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INFORMÁTICA – REDES DE COMPUTADORES


Redes de computadores refere-se à conexão de vários dispositivos de computação
(também chamados de “nós”), como computadores, servidores, dispositivos móveis e outros
dispositivos eletrônicos, por meio de cabos, fibras ópticas, redes sem fio ou qualquer outro
meio de comunicação. Essas redes permitem a troca de informações e recursos entre os
dispositivos conectados, facilitando a comunicação, o compartilhamento de dados, o acesso
a serviços e a colaboração entre usuários.
Uma rede de computadores permite que os dispositivos se comuniquem entre si
usando diferentes tecnologias de rede, mas utilizando os mesmos protocolos de
comunicação TCP/IP (conjunto de regras e procedimentos). Essas redes podem variar
em tamanho e escala, desde redes locais em residências e escritórios (LAN - Local Area
Network) até redes geograficamente distribuídas que abrangem grandes áreas, como
cidades ou países (WAN - Wide Area Network).

INTERNET
A Internet é o sistema global de redes de computadores interconectadas que usa
o conjunto de protocolos de Internet (TCP/IP) para se comunicar entre redes e
dispositivos. É uma rede de redes que consiste em redes privadas, públicas, acadêmicas,
empresariais e governamentais de âmbito local a global, conectadas por uma ampla gama de
tecnologias de redes eletrônicas, sem fio e ópticas. A Internet carrega uma vasta gama de
recursos e serviços de informação, como os documentos de hipertexto interligados e
aplicativos da World Wide Web (WWW), correio eletrônico, telefonia e compartilhamento
de arquivos. Ainda que a internet seja considerada pública, para ter acesso é necessário a
contratação de Provedores de Serviço (ISPs).

INTRANET
A intranet é uma rede privada baseada em tecnologias de Internet (TCP/IP), mas
limitada a um grupo específico de usuários em uma organização. Geralmente, a intranet é
usada internamente por empresas, instituições educacionais ou governamentais para
facilitar a comunicação, o compartilhamento de informações e a colaboração entre
funcionários/colaboradores, departamentos ou unidades organizacionais.

EXTRANET
A extranet é uma extensão da intranet que permite o compartilhamento
controlado de informações e recursos com partes externas à organização. Ela fornece
acesso restrito a parceiros de negócios, fornecedores, clientes ou outros stakeholders
autorizados. A extranet é usada para facilitar a colaboração, o compartilhamento de dados
e a comunicação entre a organização e seus parceiros externos. Por exemplo, uma empresa
pode fornecer a seus fornecedores acesso à extranet para fazer pedidos, compartilhar
informações sobre estoque e acompanhar o status das entregas.

#FAZQUESTÃO
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PARADIGMA DA COMUNICAÇÃO EM REDE


Os paradigmas da comunicação em rede são modelos arquiteturais utilizados para
organizar e estruturar a comunicação e a troca de informações entre os dispositivos em uma
rede.

CLIENTE-SERVIDOR
No modelo Cliente-Servidor, a rede é organizada em torno de um servidor central que
fornece serviços e recursos para os clientes. Nesse modelo, os dispositivos são divididos em
dois papéis distintos:
- Cliente: Os clientes são dispositivos que solicitam serviços ou recursos do
servidor. Eles podem ser computadores, smartphones, tablets ou outros dispositivos
conectados à rede. Os clientes geralmente executam aplicativos ou programas que interagem
com o servidor para obter informações, armazenar dados ou realizar ações específicas. Os
clientes enviam solicitações para o servidor e aguardam as respostas correspondentes.
- Servidor: O servidor é um dispositivo centralizado responsável por fornecer os
serviços solicitados pelos clientes. Ele geralmente é um computador de alto desempenho
ou um sistema dedicado que executa aplicativos ou programas de servidor. O servidor recebe
as solicitações dos clientes, processa-as e envia as respostas adequadas. Ele também pode
armazenar e gerenciar dados ou recursos que são compartilhados entre os clientes.
O modelo Cliente-Servidor é amplamente utilizado em aplicações e serviços que exigem
um servidor centralizado para fornecer serviços confiáveis, gerenciar recursos e controlar o
acesso aos dados. Exemplos comuns incluem sites da web, serviços de e-mail, serviços em
nuvem, sistemas de banco de dados e muitos outros.

P2P (PAR-A-PAR OU PEER-TO-PEER)


No modelo P2P (Par-a-Par), todos os dispositivos em uma rede têm a capacidade de
agir como clientes e servidores simultaneamente. Nesse modelo, não há uma
hierarquia fixa de servidores centrais. Em vez disso, cada dispositivo na rede pode
compartilhar recursos e serviços diretamente com outros dispositivos, eliminando a
dependência de um servidor centralizado.
Os dispositivos P2P colaboram entre si, compartilhando e consumindo recursos, como
arquivos, largura de banda da rede e poder de processamento. Cada dispositivo é capaz de
solicitar e fornecer serviços de forma independente. O compartilhamento ocorre de forma
descentralizada, permitindo que os dispositivos se comuniquem e cooperem diretamente
uns com os outros.
O modelo P2P é comumente usado em aplicativos de compartilhamento de arquivos,
como BitTorrent, onde os usuários podem compartilhar arquivos diretamente entre si sem
depender de um servidor central. Também é utilizado em aplicativos de comunicação, como
chamadas de voz e videoconferências ponto a ponto.

#FAZQUESTÃO
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ABRANGÊNCIA FÍSICA
A abrangência física das redes é classificada em diferentes categorias, dependendo do
tamanho e da área geográfica que elas abrangem. Aqui estão as principais categorias de
redes em termos de abrangência física:
1. PAN (Personal Area Network - Rede de Área Pessoal): A PAN é a menor categoria
de rede em termos de abrangência física. Ela se refere a redes que são usadas para a
comunicação entre dispositivos pessoais em curta distância, geralmente dentro de um
espaço físico limitado, como um escritório, uma casa ou mesmo o corpo humano. Exemplos
comuns de tecnologias PAN incluem Bluetooth e infravermelho, usados para conectar
dispositivos como smartphones, laptops, fones de ouvido sem fio e outros dispositivos
pessoais.
2. LAN (Local Area Network - Rede Local): A LAN é uma rede que cobre uma área
geográfica limitada, geralmente dentro de um único edifício, escritório, campus universitário
ou uma área geográfica pequena. Ela permite a comunicação de dados e compartilhamento
de recursos entre computadores e dispositivos em uma área local específica. As redes LAN
são geralmente de propriedade e gerenciadas por uma única organização. Ethernet e Wi-Fi
são exemplos comuns de tecnologias usadas em redes LAN.
3. MAN (Metropolitan Area Network - Rede Metropolitana): A MAN é uma rede que
abrange uma área geográfica maior do que uma LAN, geralmente uma cidade ou região
metropolitana. Ela conecta várias LANs em diferentes locais usando tecnologias como fibra
óptica, redes sem fio e linhas de comunicação dedicadas. As MANs são usadas para fornecer
conectividade de alta velocidade entre diferentes locais dentro de uma área metropolitana.
4. WAN (Wide Area Network - Rede de Longa Distância): A WAN é uma rede que
abrange uma área geográfica extensa, como um país, um continente ou até mesmo
abrangendo todo o mundo. Ela conecta várias redes locais e metropolitanas através de
tecnologias de comunicação, como linhas telefônicas, cabos submarinos, satélites e conexões
de internet. A Internet é um exemplo de uma WAN global que conecta redes em todo o
mundo. As WANs permitem a comunicação e o compartilhamento de dados em longas
distâncias, permitindo que empresas e usuários acessem recursos e serviços remotos.

Observação: é comum encontrar a letra “w” antes do tipo de rede,


indicando que estas são sem fio (wireless). Como por exemplo: wLAN.

DISPOSITIVOS DE REDE
São equipamentos utilizados para conectar todos os dispositivos entre dois pontos
distintos. São responsáveis por recuperar o sinal, corrigir alguns erros e direcionar a
mensagem para o destino correto.
Placas de rede – equipamento que possibilita um computador se conectar em rede.
Cada placa de rede possui seu endereço físico, chamado de MAC Address, que possui o código
do fabricante e do dispositivo. Ex: 3A:34:52:C4:69:B8, sendo os 3 primeiros conjuntos
relacionados ao fabricante e os 3 últimos a peça em si.

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Hub ou Concentrador – dispositivos de rede que atua na camada 1 do modelo OSI
(física). Repete a mensagem do nó de entrada a todos os nós de saída, ou seja, não faz
distinção entre os dispositivos, pois não consegue identificá-los de forma inequívoca. Pode
ser utilizado para estender o sinal de uma rede local (LAN), pois ele faz o papel de regenerar
o sinal caso ele se torne fraco ou corrompido. O ato de regenerar o sinal é diferente da
amplificação, pois neste último não há distinção do sinal e do ruído, amplificando tudo,
inclusive o que não é desejado. O hub compartilha a largura de banda entre todos os
dispositivos conectados, o que pode resultar em colisões de dados e degradação do
desempenho da rede.
Switch ou Comutador – atua na camada 2 do modelo OSI (enlace). Responsável por
entregar a mensagem apenas ao destinatário escolhido, ou seja, este equipamento faz a
distinção entre os nós de saída, diferentemente do Hub.
Roteador – atua na camada 3 do modelo OSI (rede). Também é um equipamento
responsável por entregar a mensagem ao destinatário correto, mesmo que este não esteja
diretamente ligado a ele, ou seja, define a melhor rota entre vários dispositivos conectados
nesta rede para o tráfego da informação. Permite a comunicação entre redes distintas.
Modem – nome que vem do termo MODulador/DEModulador. Esse equipamento é o
responsável por converter sinais analógicos em sinais digitais e vice-versa.

EXPLICAÇÃO ADICIONAL PARA OS CURIOSOS:

Sinal Analógico: É uma representação contínua de uma grandeza física,


como som ou eletricidade. Ele varia suavemente ao longo do tempo e pode assumir
infinitos valores dentro de um intervalo contínuo. Por exemplo, existem infinitos
valores entre 0 e 1.

Sinal Digital: É uma representação discreta de uma grandeza física,


composta por um conjunto finito de valores discretos. É representado por bits (0s
e 1s) e possui apenas dois níveis de amplitude, como ligado/desligado ou
alto/baixo. A informação é representada e transmitida de forma binária.

OUTROS APARELHOS
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O access point e o repetidor são dispositivos distintos, embora ambos tenham a função
de expandir o alcance de uma rede sem fio (Wi-Fi).
Um access point (ponto de acesso) é um dispositivo dedicado usado para criar uma
rede sem fio (WLAN - Wireless Local Area Network). Ele é conectado a uma rede com fio
(geralmente a um switch ou roteador) e fornece um ponto de acesso sem fio para que
dispositivos possam se conectar à rede. O access point cria uma rede sem fio com seu próprio
SSID (Service Set Identifier – o nome identificador da rede) e pode oferecer recursos
avançados, como autenticação de dispositivos, criptografia e segmentação de rede.
Por outro lado, um repetidor (ou extensor de alcance) é um dispositivo projetado para
receber o sinal Wi-Fi de um roteador ou access point existente e retransmiti-lo para estender
o alcance da rede sem fio. O repetidor opera na mesma frequência e canal do sinal original e
amplia a cobertura da rede sem fio em áreas onde o sinal do roteador principal é fraco ou
inexistente. Em essência, ele atua como um intermediário entre o roteador original e os
dispositivos finais, ajudando a transmitir o sinal sem fio para áreas distantes.
Embora ambos tenham o objetivo de estender o alcance de uma rede sem fio, o access
point é mais robusto e oferece mais recursos, como a capacidade de criar uma nova rede sem
fio, autenticação avançada e controle de acesso. O repetidor, por sua vez, é uma solução mais
simples e direta para ampliar a cobertura de uma rede sem fio existente.

CONCEITOS BÁSICOS E PROCEDIMENTOS DE INTERNET


WORLD WIDE WEB – WWW
A WWW (rede de alcance mundial, numa tradução livre para o português) ou,
simplesmente Web é a parte multimídia da Internet, portanto, possibilita a exibição de
páginas de hipertexto, ou seja, documentos que podem conter todo o tipo de informação:
textos, fotos, animações, trechos de vídeo, sons e programas. A Web é formada por milhões
de páginas, ou locais chamados sites (sítios), que podem conter uma ou mais páginas ligadas
entre si, cada qual em um endereço particular, em que as informações estão organizadas.

DOMÍNIO
Domínio é o nome de uma área reservada num servidor Internet que indica o endereço
de um website. O identificador do ambiente Web (http://www) não faz parte do domínio.
Um domínio refere-se a uma parte da estrutura de nomenclatura usada para
identificar e localizar recursos na rede. É uma parte essencial dos endereços da web,
como www.exemplo.com, onde "exemplo.com" é o domínio.
Um domínio consiste em duas partes principais: o nome do domínio e a extensão do
domínio. O nome do domínio é um identificador único e personalizável escolhido pelo
proprietário ou administrador do site. Ele pode representar o nome de uma empresa,
organização, indivíduo ou qualquer outro tipo de entidade. A extensão do domínio (também
conhecida como TLD - Top-Level Domain) segue o nome do domínio e indica a categoria ou
finalidade do site.

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Existem várias categorias de extensões de domínio, como .com (comercial), .org
(organização), .edu (instituições educacionais), .gov (governo), .net (rede), .mil (militar),
entre outras. Além dessas extensões de domínio genéricas, também existem extensões
específicas para países, como .br (Brasil), .us (Estados Unidos) e .uk (Reino Unido).
O sistema de domínio é gerenciado pela ICANN (Internet Corporation for Assigned
Names and Numbers) e organizações afiliadas conhecidas como registradores de domínio.
Os proprietários de sites podem registrar um domínio por meio de um registrador de
domínio autorizado, geralmente pagando uma taxa anual para manter a propriedade do
domínio.
Além de identificar recursos na web, os domínios também são usados para fins de
comunicação por email. Um endereço de email, como exemplo@dominio.com, também
utiliza o domínio para identificar o local onde a caixa de correio eletrônico está hospedada.

URL
A sigla URL (Uniform Resource Locator ou Localizador de Recursos Uniforme) é um
termo utilizado para descrever o endereço de um recurso na rede. É uma sequência de
caracteres que indica a localização exata de um recurso, como um site, uma página da
web, um arquivo, um diretório, um serviço ou qualquer outro item disponível na web.
Uma URL é composta por vários componentes principais:
1. Protocolo: É o esquema de comunicação usado para acessar o recurso. Os exemplos
mais comuns são o HTTP (Hypertext Transfer Protocol) e o HTTPS (HTTP Secure) para
páginas da web, o FTP (File Transfer Protocol) para transferência de arquivos e o SMTP
(Simple Mail Transfer Protocol) para email.
2. Domínio: É o endereço do servidor que hospeda o recurso. Geralmente, é
representado pelo nome de domínio, como "exemplo.com". Também pode incluir um
subdomínio, como "www" em "www.exemplo.com".
3. Caminho: É a estrutura de diretórios ou a rota específica para o recurso dentro do
servidor. É representado por uma sequência de diretórios e arquivos separados por barras
("/"). Por exemplo, "/pasta1/pasta2/arquivo.html".
4. Parâmetros: São informações adicionais que podem ser passadas para o servidor
junto com a solicitação. Eles são especificados após o ponto de interrogação ("?") na URL e
separados por "&". Por exemplo, "?id=123&lang=pt".
5. Âncora (fragmento): É um marcador interno em uma página da web que leva a uma
seção específica do documento. É representado por uma cerquilha ("#") seguida do
identificador da âncora. Por exemplo, "#secao3".
Ao combinar todos esses componentes, uma URL completa é formada, permitindo que
os navegadores e outros aplicativos acessem e localizem o recurso específico na Internet.
Exemplo de URL:
https://www.exemplo.com/pasta1/pasta2/arquivo.html?id=123&lang=pt#secao3

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Nesse exemplo, o protocolo é o HTTPS, o domínio é "exemplo.com", o caminho é
"/pasta1/pasta2/arquivo.html", os parâmetros são "id=123&lang=pt" e a âncora é
"#secao3".

Quando uma URL possui uma especificação de porta, isso indica que a conexão com
o recurso desejado deve ser estabelecida através de uma porta específica no servidor. As
portas são números de identificação atribuídos a serviços específicos em um dispositivo de
rede, permitindo que múltiplos serviços sejam executados simultaneamente.
Na estrutura de uma URL, a especificação de porta é adicionada após o nome de
domínio ou endereço IP, separada por dois pontos (":"). Por exemplo:
http://www.exemplo.com:8080/pagina
Nesse exemplo, "8080" é a especificação da porta utilizada para acessar o recurso.
Cada serviço ou protocolo na Internet é tradicionalmente associado a uma porta
padrão. Por exemplo, o HTTP é normalmente executado na porta 80, o HTTPS na porta 443,
o FTP na porta 21, entre outros. No entanto, existem muitas outras portas disponíveis para
uso.

MODELO TCP/IP DE REFERÊNCIA


O modelo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é um conjunto
de protocolos de rede que foi desenvolvido para permitir a comunicação e interconexão de
sistemas de computadores em redes de computadores. Ele é amplamente utilizado como o
modelo de referência para a implementação de redes de computadores e é a base da Internet
moderna, sendo também utilizado em intranets e extranets.
O modelo TCP/IP divide a comunicação em redes em uma série de camadas, cada uma
com funções e responsabilidades específicas. Cada camada é responsável por tratar de
aspectos diferentes da comunicação, permitindo que a complexidade seja dividida em partes
menores e mais gerenciáveis.
A documentação utilizada para referenciar o modelo TCP/IP é a RFC 1122. Essa RFC
(Request for Comments), intitulada "Requirements for Internet Hosts - Communication
Layers", foi publicada em outubro de 1989 e define os requisitos técnicos e funcionais para
a implementação das camadas de comunicação do modelo TCP/IP.
O modelo TCP/IP de referência é composto pelas seguintes camadas:
1. Camada de Interface de Rede (Network Interface Layer): Também conhecida
como camada de Acesso à Rede, é responsável pela interação com o hardware e as interfaces
físicas da rede. Ela lida com os detalhes de transmissão de bits e encapsulamento dos dados
em quadros para a transmissão pela rede.

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2. Camada de Internet (Internet Layer): Essa camada é responsável pelo
encaminhamento de pacotes IP entre redes. Ela define o formato dos pacotes IP, bem como
o endereçamento IP para identificar os dispositivos na rede. O protocolo mais conhecido
nesta camada é o Internet Protocol (IP).
3. Camada de Transporte (Transport Layer): Essa camada é responsável pelo
transporte confiável e ordenado dos dados entre os dispositivos finais. O protocolo principal
nesta camada é o Transmission Control Protocol (TCP), que estabelece conexões confiáveis
e garante a entrega ordenada dos dados. O User Datagram Protocol (UDP) também é usado
nesta camada para comunicações não confiáveis e de baixa latência.
4. Camada de Aplicação (Application Layer): Essa camada abriga os protocolos de
aplicação que permitem que os aplicativos se comuniquem entre si através da rede. Ela inclui
protocolos como HTTP (Hypertext Transfer Protocol), SMTP (Simple Mail Transfer
Protocol), FTP (File Transfer Protocol) e DNS (Domain Name System), entre muitos outros.

O modelo TCP/IP é um modelo de camadas flexível e escalável, permitindo que


novos protocolos sejam adicionados conforme necessário. Ele fornece uma estrutura para a
comunicação de rede, garantindo a interoperabilidade entre diferentes sistemas e redes.
É importante destacar que o modelo TCP/IP não segue rigorosamente o modelo de
referência OSI (Open Systems Interconnection). Embora haja semelhanças entre os dois
modelos, o TCP/IP é mais amplamente adotado e se tornou o padrão de fato para a
comunicação na Internet.

MODELO TCP/IP HÍBRIDO (5 CAMADAS)


O modelo híbrido TCP/IP com cinco camadas é uma variação do modelo original de
quatro camadas TCP/IP, na qual há uma separação da camada de Interface de Rede em duas
camadas distintas: a Camada Física (Physical Layer) e a Camada de Enlace (Data Link Layer).
É apenas uma forma diferente de organização das camadas.
As cinco camadas do modelo híbrido TCP/IP são as seguintes:
1. Camada Física (Physical Layer): Essa camada é responsável pela transmissão de
bits brutos por meio do meio físico de comunicação, como cabos de cobre, fibra óptica ou
transmissão sem fio. Ela lida com detalhes elétricos, ópticos e mecânicos da transmissão de
dados.
2. Camada de Enlace (Data Link Layer): Essa camada é responsável pela
transferência confiável dos dados entre nós adjacentes em uma rede. Ela lida com a divisão
dos dados em quadros (frames), a detecção e correção de erros, o controle de fluxo e o acesso
ao meio físico (MAC). Exemplos de protocolos nesta camada incluem Ethernet, Wi-Fi e PPP
(Point-to-Point Protocol).
3. Camada de Rede ou Internet (Internet Layer): Essa camada é responsável pelo
endereçamento lógico de dispositivos e encaminhamento de pacotes IP entre redes, assim
como no modelo TCP/IP original.

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4. Camada de Transporte (Transport Layer): Essa camada é responsável pelo
transporte confiável e ordenado dos dados entre os dispositivos finais, assim como no
modelo TCP/IP original.
5. Camada de Aplicação (Application Layer): Essa camada é responsável pelas
aplicações de rede específicas e pelos protocolos de alto nível que permitem a comunicação
entre os aplicativos, assim como no modelo TCP/IP original.

TPC/IP – 5 CAMADAS (HÍBRIDO) TCP/IP – 4 CAMADAS (DE REFERÊNCIA)

5 – Aplicação 4 – Aplicação

4 – Transporte 3 – Transporte

3 – Rede 2 – Internet/Rede

2 – Enlace
1 – Acesso à rede ou interface de rede
1 – Física

PROTOCOLOS DE REDE
IP (INTERNET PROTOCOL)
O IP (Internet Protocol) é responsável pela identificação de dispositivos em uma
rede. Para cada dispositivo conectado a uma rede é atribuído um endereço IP exclusivo que
serve como identificador único na rede. O IP é um protocolo sem conexão e não confiável,
o que significa que ele não estabelece uma conexão prévia entre os dispositivos e não
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garante a entrega confiável dos pacotes. Seu principal objetivo é rotear os pacotes de
forma eficiente entre os dispositivos em uma rede, independentemente do caminho exato
que os pacotes seguirão.
Algumas características importantes do protocolo IP são:
1. Endereçamento: O IP usa um sistema de endereçamento para identificar
exclusivamente cada dispositivo em uma rede IP. Os endereços IP são representados por
números binários de 32 bits no caso do IPv4 ou 128 bits no caso do IPv6. Esses endereços
são usados para encaminhar pacotes entre dispositivos.
2. Roteamento: O IP utiliza tabelas de roteamento para determinar o caminho mais
eficiente para encaminhar pacotes entre redes. Os roteadores, que são dispositivos
especializados, são responsáveis por examinar os endereços de destino dos pacotes IP e
encaminhá-los ao próximo salto na rede.
3. Fragmentação e remontagem: O IP pode fragmentar pacotes maiores em
fragmentos menores, se necessário, para se adequar aos limites de tamanho de MTU
(Maximum Transmission Unit) das redes intermediárias. O receptor é responsável por
reagrupar os fragmentos em pacotes completos.
4. Protocolos associados: O IP trabalha em conjunto com outros protocolos, como o
ICMP (Internet Control Message Protocol), que fornece mensagens de controle e relatórios
de erros, e o ARP (Address Resolution Protocol), que mapeia endereços IP em endereços
físicos de rede (MAC).

IPV4
O protocolo IPv4 (Internet Protocol version 4) é uma versão do protocolo de Internet
amplamente utilizado para endereçamento e roteamento na Internet.
É um protocolo orientado a pacotes que é responsável por encaminhar e entregar
pacotes de dados de forma eficiente entre dispositivos em redes. Ele define o formato dos
pacotes IPv4 e os métodos para fragmentação, retransmissão e roteamento dos pacotes pela
rede.
O IPv4 é um protocolo de datagramas sem conexão e não confiável — um serviço
de entrega best-effort. O termo best-effort significa que o IPv4 não provê mecanismos de
controle de erros ou de fluxo (exceto a detecção de erros no cabeçalho). O IPv4 pressupõe a
falta de confiabilidade das camadas inferiores e faz o máximo para levar a transmissão até
seu destino, mas sem garantias.
Se a confiabilidade for importante, o IPv4 deve ser usado em conjunto com um
protocolo confiável de transporte como o TCP. Um exemplo de serviço de entrega best-effort
comumente conhecido é o correio tradicional. O correio faz o máximo para entregar as
correspondências, mas nem sempre é bem-sucedido. Se uma carta não registrada for
perdida, fica a cargo do remetente ou do pretenso receptor descobrir o paradeiro dela e
retificar o problema. O correio não acompanha todas as cartas e não notifica o remetente
sobre eventuais perdas ou danos.
O IPv4 também é um protocolo sem conexão para redes de comutação de pacotes
que usam a abordagem de datagramas. Isso significa que cada datagrama é tratado de
forma independente e que cada datagrama pode seguir uma rota diferente até seu
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destino. Isso implica uma situação na qual datagramas enviados por uma mesma origem a
um mesmo destino podem chegar fora de ordem. Da mesma forma, alguns deles poderiam
ser perdidos ou corrompidos durante a transmissão. Repetindo, o IPv4 depende de um
protocolo de nível superior para tratar todos esses problemas.

O endereço IPv4 é composto por 32 bits, divididos em quatro conjuntos de números


separados por ponto. Cada conjunto representa um octeto, que é um grupo de 8 bits.
Portanto, um endereço IPv4 é geralmente escrito na forma xxx.xxx.xxx.xxx, onde cada "xxx"
(um octeto) representa um valor numérico de 0 a 255, pois 28 = 256.
Por exemplo, um endereço IP válido pode ser 192.168.0.1, onde o primeiro octeto é
192, o segundo octeto é 168, o terceiro octeto é 0 e o quarto octeto é 1. Esses octetos são
convertidos em sua representação decimal para facilitar a leitura e a compreensão dos
endereços IP. Podem existir um total de 4.294.967.296 endereços IPv4 (232).

O endereço IPv4 é dividido em cinco classes principais: A, B, C, D e E. Cada classe


possui um formato específico de endereço IP e é destinada a fins diferentes.
CLASSE A:
- O formato do endereço IP de classe A é "N.H.H.H", onde "N" representa a parte de
rede e "H" representa a parte do host.
- O primeiro bit do endereço é sempre "0", indicando que é uma classe A.
- A parte de rede ocupa os primeiros 8 bits (1 octeto), permitindo um total de 128
redes de classe A.
- A parte do host ocupa os próximos 24 bits (3 octetos), permitindo até 16.777.214
hosts em cada rede de classe A.
- O intervalo de endereços IP de classe A varia de 0.0.0.0 a 127.255.255.255.
- Os endereços IP de classe A são usados para grandes redes, como empresas e
provedores de serviços de Internet.

CLASSE B:
- O formato do endereço IP de classe B é "N.N.H.H", onde "N" representa a parte de
rede e "H" representa a parte do host.
- Os dois primeiros bits do endereço são sempre "10", indicando que é uma classe B.
- A parte de rede ocupa os primeiros 16 bits (2 octetos), permitindo um total de
16.384 redes de classe B.
- A parte do host ocupa os próximos 16 bits (2 octetos), permitindo até 65.534 hosts
em cada rede de classe B.
- O intervalo de endereços IP de classe B varia de 128.0.0.0 a 191.255.255.255.
- Os endereços IP de classe B são usados para redes de médio porte.

#FAZQUESTÃO
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CLASSE C:
- O formato do endereço IP de classe C é "N.N.N.H", onde "N" representa a parte de
rede e "H" representa a parte do host.
- Os três primeiros bits do endereço são sempre "110", indicando que é uma classe C.
- A parte de rede ocupa os primeiros 24 bits (3 octetos), permitindo um total de
2.097.152 redes de classe C.
- A parte do host ocupa o último octeto, permitindo até 254 hosts em cada rede de
classe C.
- O intervalo de endereços IP de classe C varia de 192.0.0.0 a 223.255.255.255.
- Os endereços IP de classe C são usados para redes de pequeno porte, como
residências e pequenas empresas.

CLASSE D:
- A classe D é reservada para endereços IP multicast, que são utilizados para a
transmissão de dados em grupo para vários hosts ao mesmo tempo (broadcasting). O que na
prática ainda não acontece.
- O formato do endereço IP de classe D é "1110.x.x.x".
- Os endereços IP de classe D variam de 224.0.0.0 a 239.255.255.255.

CLASSE E:
- A classe E é reservada para uso futuro e não é usada para endereçamento normal de
rede.
- O formato do endereço IP de classe E é "1111.x.x.x".
- Os endereços IP de classe E variam de 240.0.0.0 a 255.255.255.255.

É importante destacar que, atualmente, o esquema de endereçamento IPv4 está se


esgotando devido ao crescimento da Internet. Por esse motivo, o IPv6 (Internet Protocol
version 6) foi introduzido como uma nova versão do protocolo, oferecendo um espaço de
endereço IP muito maior. O IPv6 utiliza um formato de endereço diferente e é projetado para
substituir gradualmente o IPv4.

#FAZQUESTÃO
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As faixas privadas das classes do IPv4 são reservadas para uso interno em redes
privadas (intranets) e não são roteáveis na Internet pública. Elas são usadas
principalmente em redes domésticas e redes corporativas. As faixas privadas são as
seguintes:
- Faixa privada da Classe A: 10.0.0.0 a 10.255.255.255
- Faixa privada da Classe B: 172.16.0.0 a 172.31.255.255
- Faixa privada da Classe C: 192.168.0.0 a 192.168.255.255

Essas faixas de endereços IPv4 privados foram definidas pela Internet Assigned
Numbers Authority (IANA) para permitir que as organizações usem endereços IP
internamente sem conflitos com endereços IP públicos na Internet.
Os dispositivos dentro de uma rede privada podem usar endereços IP dessas faixas
privadas sem a necessidade de roteamento na Internet pública. No entanto, se os dispositivos
em uma rede privada precisarem se conectar à Internet, eles geralmente usam um roteador
NAT (Network Address Translation) para traduzir os endereços IP privados em um único
endereço IP público compartilhado para comunicação com a Internet. Isso permite que
vários dispositivos compartilhem um único endereço IP público, economizando endereços
IP públicos, que são limitados em quantidade.

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IPV6
O IPv6 (Internet Protocol version 6) é a versão mais recente do protocolo de Internet.
Foi desenvolvido para substituir o IPv4 devido à crescente demanda por endereços IP devido
ao aumento no número de dispositivos conectados à Internet.
Uma das principais características do IPv6 é seu espaço de endereço expandido.
Enquanto o IPv4 utiliza endereços de 32 bits, o IPv6 utiliza endereços de 128 bits,
permitindo um espaço de endereço muito maior. Isso significa que o IPv6 pode acomodar
um número muito maior de dispositivos conectados à Internet. O total de endereços é de
2128, que é aproximadamente 3,4x1038 ou 340 undecilhões.
Unidade, dezena, centena, milhar, milhão, bilhão, trilhão, quadrilhão,
quintilhão, sextilhão, septilhão, octilhão, nonilhão, decilhão, undecilhão...

Esse é um número difícil de entender. Para ser mais sincero, nosso


cérebro é INCAPAZ de realmente entender essa grandeza.

Só para efeitos de escala, vamos calcular o equivalente de tempo para cada


quantidade:

1 milhão de segundos: Existem 60 segundos em um minuto e 60 minutos


em uma hora, o que totaliza 60 x 60 = 3.600 segundos em uma hora. Portanto,
dividindo 1 milhão por 3.600, obtemos aproximadamente 277,78 horas, ou cerca
de 11,57 dias.

1 bilhão de segundos: Seguindo o mesmo raciocínio, dividimos 1 bilhão por


3.600, o que nos dá aproximadamente 277.777,78 horas, ou cerca de 11.574,07
dias, que equivalem a aproximadamente 31 anos.

1 trilhão de segundos: Novamente, dividindo 1 trilhão por 3.600, obtemos


aproximadamente 277.777.777,78 horas, o que corresponde a cerca de
11.574.074,07 dias, ou aproximadamente 31.709 anos.

1 undecilhão de segundos: Usando o mesmo raciocínio dos cálculos


anteriores, podemos estimar que 1 undecilhão de segundos seria
aproximadamente: (10^36 segundos) / (3.600 segundos/hora / 24 horas/dia /
365 dias/ano) ≈ 31.709.791.983.764.586.504.312.531.709 anos. Lembrando que
o universo possui cerca de 13,77 bilhões de anos.

A notação do endereço IPv6 é diferente do IPv4. Os endereços IPv6 são escritos em


notação hexadecimal com 8 blocos compostos de 4 valores, separados por dois pontos.
Cada grupo com 4 valores hexadecimais representa 16 bits (16 bits x 8 = 128 bits). Os
quais utilizam números (de 0 a 9) e letras (de A a F).
4 bits (24 = 16) = 1 dígito hexadecimal

0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A (10), B (11), C (12), D (13), E (14), F (15) -- totalizando 16


valores – HEXA (6), DECIMAL (10).
Por exemplo, um endereço IPv6 válido pode ser:
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2001:0db8:85a3:0000:0000:8a2e:0370:7334

Na notação do IPv6, a supressão de zeros é usada para simplificar a representação


dos endereços IP, tornando-os mais concisos. Essa supressão ocorre em duas situações:
1. Supressão de zeros à esquerda em cada bloco de quatro dígitos hexadecimais:
Cada bloco de um endereço IPv6 consiste em quatro dígitos hexadecimais. Os zeros à
esquerda em cada bloco podem ser suprimidos, desde que pelo menos um dígito
hexadecimal seja mantido em cada bloco. Por exemplo, o endereço acima pode ser
simplificado para.

Por exemplo: 2001:0db8:0000:0000:0000:0000:1428:57ab

Pode ser suprimido para: 2001:db8:0:0:0:0:1428:57ab

2. Supressão de blocos de zeros consecutivos: Quando há uma sequência de blocos


contendo apenas zeros consecutivos, eles podem ser substituídos por "::" (dois pontos
duplos) para indicar a omissão desses blocos de zeros. Essa simplificação é permitida apenas
uma vez em um endereço IPv6.

Por exemplo: 2001:0db8:0000:0000:0000:0000:1428:57ab

Pode ser suprimido para: 2001:db8::1428:57ab

É importante destacar que a supressão de zeros não afeta a funcionalidade do endereço


IPv6, apenas torna sua representação mais compacta. Além disso, é necessário ter cuidado
ao interpretar endereços IPv6 simplificados, pois a omissão de zeros pode levar à
ambiguidade se não houver clareza suficiente.
Além do espaço de endereço expandido, o IPv6 introduz várias melhorias em relação
ao IPv4, incluindo:
1. Autoconfiguração de endereço: O IPv6 suporta a capacidade de dispositivos de
rede atribuírem automaticamente endereços IP aos hosts sem a necessidade de configuração
manual.
2. Segurança integrada: O IPv6 inclui suporte para recursos de segurança, como
autenticação e criptografia de pacotes, o que melhora a segurança nas comunicações de rede.
3. Suporte nativo a multicast: O IPv6 torna o multicast uma funcionalidade nativa,
facilitando a transmissão eficiente de dados para grupos de dispositivos.
4. Melhor suporte para QoS (Quality of Service): O IPv6 inclui campos adicionais no
cabeçalho que permitem a priorização de tráfego de acordo com requisitos de qualidade de
serviço, garantindo uma melhor experiência para aplicativos sensíveis à latência e largura
de banda.

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5. Eliminação da necessidade de NAT (Network Address Translation): Com o
espaço de endereço maior do IPv6, a necessidade de NAT é reduzida, permitindo uma
comunicação ponto a ponto mais direta.

PROTOCOLOS DE TRANSPORTE
UDP- USER DATAGRAM PROTOCOL
O Protocolo de Datagrama de Usuário (User Datagram Protocol - UDP) é um protocolo
de comunicação da camada de transporte do modelo TCP/IP. Ele é um protocolo simples e
sem conexão, o que significa que não estabelece uma conexão antes de enviar dados.
O UDP é amplamente utilizado em aplicações onde a entrega rápida de dados é
mais importante do que a garantia de entrega ou a ordem em que os dados são
recebidos. Não oferece confirmação de recebimento, retransmissão automática de
pacotes perdidos ou controle de fluxo.
UDP = não confiável, não orientado a conexões.

Características do UDP:
1. Sem conexão: não há estabelecimento de conexão prévia entre os hosts antes da
transmissão dos dados.
2. Simplicidade: possui uma estrutura de cabeçalho minimalista, o que torna seu
processamento mais rápido e eficiente.
3. Baixa sobrecarga: não possui mecanismos de controle de fluxo, controle de
congestionamento ou retransmissão de pacotes, o que resulta em uma sobrecarga menor em
comparação ao TCP.
4. Comunicação unidirecional: permite a transmissão de dados de um remetente
para um ou mais destinatários sem confirmação de recebimento.
5. Suporte a broadcast e multicast: pode ser usado para enviar datagramas para
múltiplos destinatários através do uso de endereços de broadcast ou multicast.
6. Endereçamento de porta: utiliza o endereçamento de porta para direcionar os
dados para os aplicativos corretos em um dispositivo. Os números de porta identificam os
serviços ou aplicativos que estão sendo acessados.
7. Aplicações adequadas: é comumente usado em aplicações como jogos online,
streaming de mídia, chamadas de voz e vídeo, onde a velocidade de transmissão é essencial.
No entanto, devido à sua natureza não confiável, o UDP não é adequado para aplicações
que exigem garantia de entrega de dados, como transferência de arquivos ou transações
financeiras. Nestes casos, o TCP é geralmente preferido devido ao seu controle de fluxo,
retransmissão de pacotes perdidos e confirmação de recebimento.

TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL

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O Protocolo de Controle de Transmissão (Transmission Control Protocol - TCP) é um
protocolo de comunicação da camada de transporte do modelo TCP/IP. Ele é amplamente
utilizado na Internet para garantir uma transmissão confiável e ordenada de dados entre
os dispositivos.
O TCP oferece uma comunicação orientada a conexão, o que significa que antes de
enviar os dados, é estabelecida uma conexão entre o remetente e o destinatário. Esse
processo envolve uma negociação de parâmetros e a sincronização das sequências de
números de sequência usadas para segmentar os dados.

Características do TCP:
1. Confiabilidade: fornece um mecanismo confiável de transferência de dados,
garantindo que os pacotes sejam entregues corretamente, sem erros ou perdas.
2. Controle de Fluxo: gerencia o fluxo de dados entre o remetente e o destinatário para
evitar que o destinatário fique sobrecarregado. Isso é feito através do uso de janelas
deslizantes e do controle dos números de sequência.
3. Controle de Congestionamento: monitora o congestionamento da rede e ajusta a
taxa de transmissão para evitar sobrecarregar a rede. Ele utiliza algoritmos como o Controle
de Congestionamento de Transmissão (TCP Congestion Control) para garantir uma
utilização eficiente da rede.
4. Segmentação e reagrupamento de dados: divide os dados em segmentos para
transmissão e reagrupa-os na ordem correta no destino.
5. Handshaking: utiliza um processo de handshaking (aperto de mãos) para
estabelecer e encerrar as conexões entre os dispositivos.
6. Endereçamento de porta: utiliza o endereçamento de porta para direcionar os
dados para os aplicativos corretos em um dispositivo. Os números de porta identificam os
serviços ou aplicativos que estão sendo acessados.
7. Aplicações adequadas: utilizado em situações como transferência de arquivos,
navegação na web, e-mail, acesso remoto, dentre outras.
O TCP é amplamente utilizado em aplicações que requerem transmissão confiável de
dados, como transferência de arquivos, navegação na web, e-mail e serviços bancários
online. Ele oferece mecanismos de controle que garantem a integridade e a entrega correta
dos dados, mesmo em condições adversas de rede.

PROTOCOLOS DE APLICAÇÃO
FTP
FTP (File Transfer Protocol): O FTP é usado para transferir arquivos entre sistemas.
Ele permite o envio, recebimento e gerenciamento de arquivos em servidores remotos. O
FTP utiliza as portas 20 (download e upload) e 21 (controle e autenticação).

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TELNET
Telnet: O Telnet é um protocolo que permite a comunicação remota com outro
computador por meio de uma sessão de terminal virtual sem o uso de criptografia. Ele
permite o controle de um computador remoto como se estivesse localmente conectado a ele.
O Telnet utiliza a porta 23 para comunicação.

SSH
SSH (Secure Shell): O SSH é um protocolo de segurança que permite o acesso remoto
a um computador por meio de uma conexão criptografada. Ele fornece autenticação segura,
transferência de dados criptografada e execução remota de comandos. O SSH utiliza a porta
22 para comunicação.

DNS
DNS (Domain Name System): O DNS é um protocolo responsável pela tradução de
nomes de domínio em endereços IP. Ele permite que os usuários acessem recursos na
Internet usando nomes de domínio, em vez de precisar memorizar os endereços IP
correspondentes. O DNS utiliza as portas 53 (TCP e UDP) para comunicação.

HTTP
HTTP (Hypertext Transfer Protocol): O HTTP é um protocolo usado para a
comunicação entre clientes e servidores na World Wide Web. Ele permite a solicitação e a
entrega de documentos hipertexto, como páginas da web. O HTTP utiliza a porta 80 para
comunicação.

HTTPS
HTTPS (Hypertext Transfer Protocol Secure): O HTTPS é uma extensão do HTTP
que adiciona uma camada de segurança por meio do uso de criptografia SSL/TLS. Ele fornece
uma comunicação segura entre clientes e servidores, protegendo a integridade e a
confidencialidade dos dados transmitidos. O HTTPS utiliza a porta 443 para comunicação.

SMTP
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): O SMTP é um protocolo de envio de e-mails.
Ele também é usado para transferir e-mails entre servidores de e-mail. O SMTP utiliza a porta
25 ou a porta 587 (SMTP sobre SSL) para comunicação.

POP3

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POP3 (Post Office Protocol Version 3): O POP3 é um protocolo usado para receber
e-mails de um servidor de e-mail. Por padrão, realiza o download de e-mails para um cliente
de e-mail local. Pode ser configurado para também manter o e-mail no servidor. O POP3
utiliza a porta 110 (POP3) ou a porta 995 (POP3 sobre SSL) para comunicação.

IMAP
IMAP (Internet Message Access Protocol): O IMAP é um protocolo utilizado para
acessar e-mails armazenados em servidores de e-mail remotos. Diferentemente do POP3, o
IMAP permite o acesso aos e-mails enquanto eles permanecem no servidor. Pode ser
configurado para fazer o download dos e-mails para a máquina local. O IMAP utiliza a porta
143 (IMAP4) ou a porta 993 (IMAP4 sobre SSL) para comunicação.

ATENÇÃO! Os protocolos de e-mail aqui citados, como SMTP, IMAP e


POP3 são utilizados por clientes de e-mail, que são programas específicos
para o gerenciamento de correspondência eletrônica, como Outlook e
Mozilla Thunderbird. Estes protocolos não são utilizados ao acessar
serviços de webmail (por meio do navegador).

Protocolos – Aplicação Porta Protocolos - Transporte

FTP 20 e 21 TCP

SSH 22 TCP

TELNET 23 TCP

SMTP 25 e 587 TCP

DNS 53 TCP/UDP

HTTP 80 TCP

POP3 110 e 995 TCP

IMAP 143 e 993 TCP

HTTPS 443 TCP

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