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Plantas medicinais da caatinga

do Nordeste brasileiro
Etnofarmacopeia do Professor
Francisco José de Abreu Matos
Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro
Ministro da Educação
Milton Ribeiro

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC


Reitor
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Prof. Osmar Gonçalves dos Reis Filho

* membros responsáveis pela seleção das obras de acordo com o Edital nº 13/2019.
Karla do Nascimento Magalhães
Mary Anne Medeiros Bandeira
Mirian Parente Monteiro

Plantas medicinais da caatinga


do Nordeste brasileiro
Etnofarmacopeia do Professor
Francisco José de Abreu Matos

Fortaleza
2020
Plantas medicinais da caatinga do Nordeste brasileiro: etnofarmacopeia do
Professor Francisco José de Abreu Matos
Copyright © 2020 by Karla do Nascimento Magalhães, Mary Anne Medeiros Bandeira,
Mirian Parente Monteiro
Todos os direitos reservados
Impresso no BrasIl / prInted In BrazIl
Imprensa Universitária da Universidade Federal do Ceará (UFC)

Coordenação editorial
Ivanaldo Maciel de Lima

Revisão de texto
Yvantelmack Dantas

Normalização bibliográfica

Programação visual
Sandro Vasconcellos / Thiago Nogueira

Diagramação, tratamento de imagens e


redesenho de gráficos para vetoriais
Sandro Vasconcellos

Capa

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

Plantas medicinais da caatinga do nordeste brasileiro [livro eletrônico] : etnofar-


macopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos / Karla do Nascimento

Imprensa Universitária, 2020.


. kb : il. color. ; PDF (Estudos da Pós-Graduação)

Medeiros. II. Monteiro, Mirian Parente. III. Título.

CDD
IN MEMORIAM

Ao mestre
Professor Francisco José de Abreu Matos
SUMÁRIO

A ............................................................................. 9

Capítulo I
...................

Capítulo II
............................

Capítulo III
CAATINGA: ....... 30

Capítulo IV

Análise da década de ................................................................ 43

Capítulo V

.................................................................... 47

Capítulo VI

..............................
Capítulo VII

..........

Capítulo VIII

Apresentação e análise dos dados etnobotânicos coletados ..............

.............................................................................

................................................................................ 249
APRESENTAÇÃO

N o curso de sua história, o ser humano acumulou informa-

baseou-se na observação constante e sistemática dos fenômenos e ca-

-
mentos para a recuperação de informações sobre o uso de plantas na-
-

Marggraf coletaram plantas e registraram usos conhecidos pelos habi-


tantes locais; estes espécimes constituem as primeiras plantas herbori-

-
cumentação da flora brasileira, sendo farta a documentação de espé-

metade, o Ceará, uma modesta província do Império do Brasil, foi palco


-
daram sua fauna, sua flora, seu solo, seus rios, suas pedras e sua gente
Diário de Viagem de
Francisco Freire Alemão e os Ziguezagues da Seção Geológica da
Comissão Científica do Norte de autoria de Freire Alemão e Capanema
10 Estudos da Pós-Graduação

Alemão destaca sua movimentação por povoados, vilas e cidades


cearenses. Além disso, preocupava-se em anotar lembretes sobre as

a História do Ceará encontrados nas localidades, principalmente dos

revistas. Procurava os documentos escritos para compará-los aos depoi-


-
nantemente iletrado e fundamentado na tradição oral. No entanto,
-

da Caatinga, nos estados da Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão, foi o


Silvae Aestu Aphullae (floresta

de amostras de plantas e registraram o uso de várias delas como medi-


cinais. A contribuição desses naturalistas para o conhecimento da flora
brasileira é incalculável: centenas de novas espécies foram descobertas

criação de programas globais para a identificação, validação, prepa-


-
-
terápicos (MIGUEL; MIGUEL, 2004).
No Nordeste do Brasil, a prática de uso das plantas medicinais no
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 11

-
timentos e de preservação, mas também com a falta de estudos em et-

-
lado Plantas medicinais – guia de seleção e emprego de plantas usadas
em fitoterapia no Nordeste do Brasil
levantamentos sobre uso popular das plantas medicinais deveriam res-
ponder a cinco perguntas:

Mesmo sem conhecer as modernas técnicas em etnofarmacologia


,

Brasil sempre foram precárias e isto lhe incomodava muito, não só


-

de trabalho etnobotânico dividido em seis etapas:

1ª Etapa – Levantamento das plantas utilizadas como medi-


cinais numa comunidade: através de entrevistas e formulários ade-
12 Estudos da Pós-Graduação

– o entrevistador nada sabe, o entrevistado sabe tudo.

2ª Etapa – Determinação da frequência e da coerência de uso


das plantas: a análise dos dados de muitos formulários permitiria a

-
-

serem investigadas; se tivessem acompanhamento clínico, poderiam ser


consideradas medicinalmente confiáveis. Chamava a atenção para a in-

tratados como para as formas de uso e por isso criava os glossários de


termos anotados em determinada região.

3ª Etapa – Identificação das plantas referidas nas entrevistas:


esta etapa é listada pelo Professor Matos como um dos grandes pro-
-
dicinais. Ele alertava para a importância da busca por apoio de especia-

com flores e, se possível, com frutos. A ficha de coleta deveria conter as

sua condição (se cultivada ou silvestre), seu hábito (se arbóreo, arbus-

deveria ser feito o levantamento bibliográfico, e todas as informações

nome popular). As anotações deveriam ser reunidas, analisadas e, após


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 13

determinação de uma escala de prioridade, as plantas selecionadas esta-

de fitoterapia. Já as plantas não validadas poderiam ser submetidas aos

4ª Etapa - Obrigatoriamente do uso de plantas medicinais


cientificamente validadas: para o Professor Matos, planta medicinal

-
-
-
riamente, ser feito a publicações científicas e a outras bibliografias
pertinentes, como Farmacopeia Brasileira (plantas validadas oficial-
mente). Isto garantiria aos usuários o acesso a um programa de fitote-
rapia de base científica e não pela simples incorporação do receituário
popular, sem nenhuma avaliação prévia de suas reais propriedades tera-

5ª Etapa - Devolução à comunidade da informação devida-


mente corrigida: as informações sobre as plantas selecionadas deve-
riam ser divulgadas, depois de devidamente avaliadas e corrigidas,

compreensão por leigos), contendo esclarecimentos sobre as indicações

-
delo de xerox-exsicata da espécie vegetal. Assim, ter-se-ia uma coleção
de plantas medicinais selecionadas através da captação inteligente da

6ª Etapa – Estudos químicos e farmacológicos subsequentes:


estes estudos deveriam ser de responsabilidade das universidades, ins-
-
cessitaria ser com vistas ao isolamento de princípios ativos e posterior-
14 Estudos da Pós-Graduação

7ª Etapa – Preparação de um glossário regional dos termos


usados em medicina popular: um glossário deveria ser preparado a
partir dos dados levantados em entrevistas feitas com usuários de
-
-
cado erudito.

com plantas medicinais ao longo de mais de seis décadas – estudos

-
tivas em etnobotânica e revisão da nomenclatura das plantas medicinais
-
volvimento de novos fitofármacos.
Capítulo I
FRANCISCO JOSÉ DE ABREU MATOS
O cientista

F
conhecido no meio científico como Professor Matos, graduou-se farma-

Federal do Ceará (UFC). Em homenagem a sua data de nascimento, foi

das afamadas Pílulas de Matos, criadas por seu bisavô, o cirurgião


16 Estudos da Pós-Graduação

de Baturité, Ceará.
Doutor em Farmacognosia, livre-docente e professor emérito da
UFC, é autor de centenas de artigos científicos publicados em perió-

científicos nas áreas de Farmácia, Química de Produtos Naturais e


-
mico, farmacológico e agronômico de plantas medicinais, constitu-
indo-se, assim, em uma das maiores autoridades no tema, com reper-
cussões nacionais e internacionais. Seu legado é base para a continuidade

científicas, no mundo inteiro. Membro da Academia Nacional Cearense

Brasileira de Botânica e da Academia Nacional de Farmácia de Paris.

de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, Medalha Dr.

concedida pelo Conselho Federal de Farmácia e o prestigioso troféu

Machado e Afrânio Aragão Craveiro, dirigindo-o até sua morte.


Inspirado na definição de democracia, com o lema Planta medi-
cinal do povo para o povo, o cientista marcou a história da fitoterapia

-
-
-
munidades a preparação de fitoterápicos, prescrição e dispensação na
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 17

medicinais e preparação de remédios caseiros, com garantia de eficácia,


segurança e racionalidade, baseado em hortos medicinais constituídos
de plantas medicinais com certificação botânica.

Ele respondeu:

Quando trabalhei para um programa da CEME, chamado PPPM, a

Vigilância Sanitária e Cidadania de 2003, intitulado As Farmácias


Vivas do Prof. Matos: uma luta pela democratização da saúde, além

-
-
tensão, a Farmácia Viva. Um deles chama a atenção, pois se trata de

1 Transcrição de Áudio do vídeo do Projeto Coleção Santo de Casa. Seara da Ciência, UFC,
Fortaleza, 2004.
18 Estudos da Pós-Graduação

seguinte colocação:

-
sencurralados. Assim o saber teórico encontra uma aplicação concreta e
2

Ceará (SESA), por meio do Programa Estadual de Fitoterapia, e, no ano

por meio da implantação de unidades Farmácias Vivas. As disposições do

consonância com a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos

Mesmo antes da promulgação da referida PNPMF, a ideia das

outros estados, abrindo espaço para o resgate das tradições etnofarma-


cológicas da população nordestina. Assim, surgiram os programas mu-

-
rante 40 anos o Nordeste brasileiro, coletando informações sobre o uso
popular das plantas medicinais, catalogando-as com a colaboração do

2 Transcrição da apresentação na mostra Cultural Vigilância Sanitária e Cidadania.


Intitulada: As farmácias vivas do prof. Matos: uma luta pela democratização da saúde.
Telles Ribeiro, Rio de Janeiro, 2003.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 19

botânico Professor Afrânio Gomes Fernandes, também da UFC. Assim,

medicinais, o Prof. Afrânio as identificava do ponto de vista botânico.

notáveis coleções do Royal Botanical Garden (Kew Garden) – Londres.


Nelas, se encontra a espécie Croton regelianus var. matosii, em sua

Plantas Medicinais, foi o primeiro impulso, em nível nacional, em prol


de uma política científica de retorno das plantas brasileiras como fonte

de botânicos ingleses do Kew Garden o procurou:

flora bastante rica e completamente diferente dessas duas não era es-
tudada e aí as plantas, inclusive, começavam a desaparecer por causa
do crescimento da fronteira agrícola, crescimento das cidades etc. Eles

de defesa do meio ambiente.3

3 Transcrição de áudio. Crônicas do Ceará: Francisco José de Abreu Matos, 25 ago. 2008.
20 Estudos da Pós-Graduação

Através da sondagem deste histórico podemos compreender a

narrativa sobre as espécies medicinais da Caatinga, tornou-se imprescin-


Etnofarmacopeia do Francisco José de Abreu Matos
através da catalogação, da aplicação das modernas técnicas de análises
Capítulo II
PLANTAS MEDICINAIS E SABER POPULAR

P -
viar ou curar enfermidades (GADELHA et al

A origem do conhecimento do homem sobre as virtudes das


-
-

caminhos evolutivos da espécie humana no tratamento de doenças, os


sistemas médicos tradicionais são entidades bioculturais, tendo rele-

-
22 Estudos da Pós-Graduação

cessos coevolutivos e diferentes teorias de maneira unificada, a fim de


compreender melhor a forma como o ser humano constituiu a aprendi-

-
-
-

-
piricamente, o seu potencial curativo. Toda essa informação foi sendo,

aparecimento da escrita, passou a ser compilada e guardada como um


et al., 2007).
Preciosos conhecimentos perderam-se no decorrer da história
-

realidades socioculturais e econômicas. No Brasil, o conhecimento dos


índios, dos africanos e de seus descendentes está desaparecendo em
-
íses, havendo um risco iminente de se perder essa importante memória

conscientes da importância das informações obtidas das práticas tradi-

De acordo com Amorim et al. (2003), as utilidades das plantas


-
-

-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 23

nicos. As observações populares sobre o uso e a eficácia de plantas

sendo acumuladas durante séculos (MACIEL et al., 2002a).


No Brasil, o uso das plantas medicinais no tratamento de doenças

et al.
agricultores familiares são importantes detentores de conhecimento tra-
dicional, parte integrante do patrimônio cultural brasileiro, e salva-

Assim, o Brasil não é apenas rico em diversidade de recursos

também um país rico em culturas (mais de 200 povos indígenas e di-

-
biente e ao modus vivendi de comunidades tradicionais é essencial ao

Em praticamente toda cultura e, provavelmente, desde há muito


-
priedades das plantas. Esses indivíduos geralmente alcançavam pata-

-
pendem dos sintomas, da disponibilidade de espécies na região e de

humana, tornando-se uma tradição entre os povos contemporâneos.


24 Estudos da Pós-Graduação

SILVA, 2000).

“prescritores populares”, personagens bastante conhecidos da cultura

fonte de consulta para seus males. São figuras marcantes, com espaço

-
nais e preparações caseiras assumem importância fundamental no trata-

oral dos hábitos culturais e a disponibilidade da flora.

-
-

de seu saber.
-

saber científico como garantia de desenvolvimento socioeconômico e


segurança ambiental. Porém, paralelo ao saber científico pautado no
-
-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 25

indivíduos e das coletividades, vivenciadas em determinado local por

possibilitando o surgimento de inovações através de práticas especí-


ficas, sendo resultado da forma como se estabelecem as relações com o

-
mento tradicional é constantemente defrontado pelo saber científico

-
lares em diferentes repetições, seus resultados fundamentam-se como
-

do mundo natural e sobrenatural; na transmissão histórica do saber não

da arte, porém, passível de inovação. Não segue estrutura lógico-meto-


dológica na sua construção, a comprovação de resultados não está rela-

As técnicas e os conhecimentos botânicos tradicionais não são


primitivos nem inferiores, todas as formas tradicionais de conheci-

-
26 Estudos da Pós-Graduação

-
cina alopática contemporânea com o uso de plantas originárias da me-
-

Nos países em desenvolvimento, grande parcela da população


-

remédios caseiros”. Estas se constituem em “laboratórios culturais”

-
dação dos remédios caseiros por “testemunhos de cura” de seus usuá-
et al

baseia-se nos princípios de segurança e eficácia, validados por meio de


levantamentos etnofarmacológicos, documentações técnico-científicas

et al -

A luta de movimentos e redes socioambientais obteve uma im-

-
dade cultural brasileira, reconhecendo práticas e saberes da medicina
tradicional, contemplar interesses e formas de usos diversos, desde

Na modernidade, o saber científico teve a mesma base do saber


-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 27

do pensamento por meio das formulações de hipóteses a serem demons-

Na relação entre o saber popular e o saber científico, a di-

como algo inferior, denominado de senso comum. Por outro lado, na


discussão sobre a racionalidade epistemológica e a produção do co-

-
mento de fatos, mas como o determinante na construção dos saberes

popular e conhecimento (saber) científico”. Mas pode desaparecer no


-
-

colaborar para uma ‘ex-tensão’. Isto é, ele defende uma distensão


desse “receio”.

(prática) e a abstração ou a construção de teorias. Advoga-se a perspec-


-
28 Estudos da Pós-Graduação

ficos e vice-versa, a fim de ampliá-los, por meio de suas distintas me-

-
-
volvimento de novos medicamentos. Trata-se afinal de cultura popular
folk lore = tribo saber) ou know-how

se trata de relatos verbais da observação sistemática de fenômenos bio-

religião, embora em sistemas de medicina essas dimensões tendam a se

,
médica...) (ELISABETSKY, 2003).
A abordagem das plantas medicinais, a partir da adoção por socie-

-
palmente em áreas rurais (SANTILLI, 2009). Dessa forma, é evidente a
-

plantas com fins medicinais, destacam-se: o alto custo dos medica-


-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 29

(BADKE et al

alguma espécie medicinal em casa (ABIFISA, 2007).


Capítulo III
CAATINGA
Riqueza em biodiversidade e pluralidade cultural

P
-

como Hamadryades ou pelas frases descritivas silva horrida ou silva


aestu aphylla -
tume local de tratar a estação chuvosa das Caatingas como inverno,
apesar de, na verdade, este período coincidir com o solstício de verão

A denominação “caatinga” tem sido muito usada para toda a re-


gião geográfica do nordeste do Brasil, e isto tem gerado algumas con-

chapada do Araripe, com vegetação de Cerrado, ou outras áreas mais


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 31

-
getação de caatinga, não são consideradas dentro da região geográfica,

floristicamente não relacionado com florestas de troncos brancos res-

várias fisionomias diferentes de vegetação, bem como numerosas fácies

geralmente referidas como “caatinga” adicionando-se epítetos vernacu-


lares ou técnicos (e.g., “caatinga arbórea”).

a Caatinga é proporcionalmente a menos estudada entre as regiões na-


turais brasileiras, com grande parte do esforço científico estando con-
centrado em alguns poucos pontos em torno das principais cidades da
região. Terceiro, a Caatinga é a região natural brasileira menos prote-

-
cesso de alteração e deterioração ambiental provocado pelo uso insus-

-
-

de 27 milhões de pessoas vivem atualmente na área original da Caatinga,


-
32 Estudos da Pós-Graduação

recursos da sua biodiversidade para sobreviver (SILVA et al., 2004a;

A Caatinga tem uma diversidade florística alta para um bioma

-
dade de topografias e solos, e diversidade de condições de disponibili-

bioma e o uso de medicamentos folclóricos locais é comum. Várias


espécies aromáticas importantes são relatadas para esta região como
Lippia spp. e Vanillosmopsis arborea et
al
Segundo Leal, Silva e Tabarelli (2003), embora a diversidade de

-
-conceitos são comumente compartilhados, ao apontarem a Caatinga
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 33

-
ridas do mundo. Devido a essa errônea concepção, a conservação do
bioma acaba ficando em segundo plano (CASTELLETTI et al.

fundamental para a manutenção dos padrões climáticos, da disponibili-


dade de água potável, de solos férteis e produtivos e de parte da biodi-

Figura 1 – Mapa dos biomas brasileiros (Escala 1:5.000.000)

Fonte: Mapa de Biomas do Brasil - IBGE, 2004


Rio de Janeiro - esc. 1:5.000.000

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014).

país (CASTELLETTI et al
34 Estudos da Pós-Graduação

-
cinais nessa fitofisionomia tem aumentado progressivamente
et
al et al., 2007a,b;
et al et al -

fins medicinais. Entretanto, esses estudos se concentram no estado de


et al
et al -
et al
-
suindo distintas fisionomias e paisagens, podendo-se encontrar áreas de

-
bientais, e está entre os biomas mais degradados pela ação humana

Atlântica e do Cerrado (CASTELLETTI et al.


A Caatinga pode ser descrita como uma vegetação arbustivo-ar-
bórea, com folhas caducas no verão, dotadas de espinhos, com pre-
senças de cactáceas e bromeliáceas. Tais mecanismos possibilitam a

-
-

Estépica como a mais característica da Caatinga, com fascinantes adapta-


et al., 2009).

Grande do Norte e Bahia. Durante os poucos períodos chuvosos, al-


gumas regiões isoladas ganham uma paisagem de intenso verde princi-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 35

Semidecidual na região dos estados do Ceará, Paraíba e Pernambuco,

formando mosaicos (GIULETTI et al.,


-
-

et al
Entre as espécies de porte arbóreo e arbustivo são encontrados
representantes das mais variadas famílias vegetais, no entanto, não
Amburana cearenses (Fabaceae – imbu-
rana de cheiro), Aspidosperma pyrifolium (Apocinaceae – pau pereiro),
Caesalpinia pyramidalis (Fabaceae – catingueira), Tabebuia impetigi-
nosa Myracrodruon urundeuva
(Anacardiaceae – aroeira), Mimosa tenuiflora
preta), Anadenathera colubrina
et al

2 -

-
tiva de vida, menor renda per capta e maior índice de analfabetismo do
-
volveu uma estrutura sociocultural peculiar e tem forte relação com o
uso dos recursos naturais (GIULIETTI et al., 2009).
36 Estudos da Pós-Graduação

A agricultura itinerante desenvolvida ao longo do tempo gerou


uma ocupação territorial desordenada e impactante, implicando signifi-

Assim, mesmo sendo um dos biomas mais ameaçados e alte-


rados pela ação antrópica, principalmente pelo desmatamento, a ri-

Embora detentor de elevada heterogeneidade ambiental e de en-

por políticas de conservação diante da vasta biodiversidade brasileira.


-
nico e científico do bioma, como também ao desinteresse político e
econômico pela região predominante do Nordeste brasileiro

A Caatinga tem sido bastante modificada pelo homem


(CASTELLETTI et al
-
pécies nativas pela substituição por áreas cultivadas, com a grande área

de vegetação nativa além do aumento na competição entre a fauna, de-


et al.,
2004), além dos impactos ocasionados pela construção de estradas
-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 37

Desertificação-ASD. Essas áreas foram determinadas seguindo os pres-

et al

Figura 2 – Mapa das Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASD) e


região semiárida no Brasil

Fonte: (CARVALHO et al., 2015).


38 Estudos da Pós-Graduação

detentor de grande sociodiversidade, sendo palco da ocupação de popu-

possuem e salvaguardam um grande conhecimento sobre o meio em

encontrar em áreas do bioma grupos denominados de sitiantes; va-

possuem vasto conhecimento sobre recursos vegetais locais (DIEGUES


et al.

et al.

-
nificados, estes laços sociais se estreitam, e assim tanto o germoplasma

mais precisamente da relevância dos recursos vegetais para o próprio

dentre outros usos (GIULIETTI et al., 2004).


-
-
seridas no território original da Caatinga no Brasil, apontando o uso e
conhecimento de recursos vegetais por comunidades locais: na Bahia

et al
Alagoas (ALMEIDA et al et al.
dentre outros estados do Nordeste.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 39

Muitas plantas da Caatinga são amplamente conhecidas e


usadas em medicina popular incluindo: Myracrodruon urundeuva
Allemão, Amburana cearensis (Arr. Cam.) A.C. Smith., Erythrina ve-
lutina Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenanvar. Cebil
(Griseb) Altschul e Sideroxylon obtusifolium
et al., 2007). No entanto, apesar da grande
diversidade cultural e biológica da região, poucos estudos etnobotâ-
-
demos destacar os de Moreira et al. (2002), Morais et al.

et al.

A morfologia, a fisiologia e a ecologia das plantas da Caatinga


determinam as características vegetacionais do bioma. As espécies pos-

dado o comando genético, selecionam peculiaridades adaptativas, tor-


-

vegetação são determinadas, principalmente, pela temperatura e dispo-

de produtividade e distribuição geográfica das espécies vegetais


et al et al
Diante de toda essa problemática, a conservação da Caatinga não
se torna tarefa fácil, tendo em vista as escassas Unidades de Conservação

-
et al., 2004b). Ainda se-
gundo o mesmo autor, a combinação da falta de proteção e a perda
-

-
dades. A conservação da Caatinga é fundamental para a manutenção
40 Estudos da Pós-Graduação

dos padrões climáticos, da disponibilidade de água potável, de solos

processo de consolidação e estruturação teórica e metodológica na área


de etnobotânica. Além disso, no período inicial da etnobotânica, predo-

-
tigos de estudos etnobotânicos no Brasil encontrados no período de

et al.

Estudos etnobotânicos no semiárido brasileiro são ainda muito

florestas secas. As atuais formas de uso e aproveitamento da terra são


-
cados ecossistemas. Uma das alternativas para solucionar o problema

et al.

Atlântica e Caatinga, não eram muito estudadas antes dos anos 2000,
havendo uma maior concentração de trabalhos na região norte, mais

-
ticamente toda sua área territorial dentro do bioma Caatinga, se en-
contra em defasagem de artigos publicados.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 41

et al et al
et al et al et al
-
gico para diversos fins medicinais, entretanto esses estudos se concen-
et al., 2007;
et al

et al
A Caatinga é a principal formação vegetal da região nordeste do
-
-
micos (GIULIETTI et al et al., 2000).

subestimada. Um dos grandes problemas para a sua conservação reside


-
et al.,
et al et al
et al., 2000).
A Caatinga tem sido descrita na literatura como pobre, abrigando

conservação. A Caatinga está entre os biomas menos conhecidos na


América do Sul do ponto de vista científico, tendo sua diversidade bio-

Tabarelli e Vicente (2002), estimaram ao avaliar a distribuição geográ-


fica das coletas de plantas e dos estudos florísticos e fitossociológicos
-
-
gistro de coletas.
Dentre os fatores determinantes de tal situação, estão: o desma-
tamento indiscriminado para formação de novas lavouras; o comércio
de madeira para benfeitorias e a produção de carvão; as sucessivas
42 Estudos da Pós-Graduação

-
-

na medicina popular. Estas comunidades possuem uma vasta farmaco-


et al -

et al
fundamentais para entender como os recursos são usados e como essa
informação pode contribuir para as estratégias de uso sustentável e sub-
sidiar estudos etnofarmacológicos na busca por novos fitoterápicos
Capítulo IV
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DO NORDESTE
BRASILEIRO E A REFORMA SANITÁRIA NO CEARÁ
Análise da década de 80

O -

desigualdades de renda são encontradas nos estados da região Nordeste


resultando em indicadores socioeconômicos bastante desfavoráveis nos

-
-
-
mento. Ao se observar a evolução da renda per capita, verifica-se uma
44 Estudos da Pós-Graduação

e de Pernambuco tiveram um desenvolvimento econômico superior ao seu


desenvolvimento social, reforçando as características pouco redistribu-
tivas do progresso econômico em regiões mais pobres, como o Nordeste.

de infraestrutura social podem ter ritmos diferentes, a depender da vontade


política e dos recursos investidos pelos governos.
-

parto e puerpério –, a ampliação da oferta de serviços médico-hospita-


lares, as campanhas de vacinação, os programas de aleitamento ma-
terno e reidratação oral, em muito colaboraram para a continuidade da
-

Desenvolvimento do Humano) do país.

e política do Brasil. Com seus solos pouco férteis, poucas chuvas, au-

condução política e econômica do nível central de Governo. Tal pro-


-
ções ao longo do tempo, com a mudança dos grupos políticos, mas car-
regou em si as marcas e os elementos de uma sociedade conservadora,
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 45

serviram aos interesses econômicos de desenvolvimento do capitalismo


et al

de grupos políticos comprometidos com a promoção do bem-estar e

et al
Em um trabalho elaborado pela área social da FUNDAP/IESP
(Fundação do Desenvolvimento Administrativo/ Instituto de Economia
46 Estudos da Pós-Graduação

-
-
-

desenvolvimento econômico.

-
Capítulo V
ETNOBOTÂNICA, ETNOFARMACOLOGIA E
ETNOFARMACOPEIA

A -

-
-
mento prático, significado cultural, econômico, ecológico, formas de
usos tradicionais dos recursos vegetais, suas representações simbólicas
por populações humanas passadas e presentes. Seu significado vai além
-
contra na significação sociocultural do uso das plantas para determi-

-
-
48 Estudos da Pós-Graduação

servação das espécies vegetais, os componentes ecológicos, o valor e a


importância dos recursos naturais para as comunidades, servindo na
investigação das relações entre as diversas culturas humanas e a flora
no seu entorno.
-
-
tendimento da cultura popular a respeito das plantas e suas formas de
-
tivo de registrar o saber botânico tradicional particularmente relacio-

SILVA, 2000).

-
-
-

produção científica brasileira e refletiu em um notório incremento de


trabalhos nesta área do conhecimento, porém ainda com predominância
de estudos relacionados a plantas medicinais e/ou abordagens descri-
et al., 2009).
-
-
dicional da flora, tem ligações com este universo espiritual através de

o estudo das sabedorias botânicas tradicionais, compreendendo o es-


tudo das interpretações e o conhecimento, o significado cultural, o ma-

incorporada na dinâmica dos ecossistemas naturais e de seus compo-

de estudo. Atinge não somente comunidades tradicionais como também


comunidades consideradas não tradicionais, desmistificando a ideia de
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 49

et al
et al
et al.
et al

et al

-
et al., 2009; LIMA;

-
dagem pela etnobotânica.

de uso material e dos recursos vegetais e benefícios imateriais ofertados


pelo contato com as plantas, portanto apresenta uma vastidão de possi-
-

-
-
pular, significado cultural na relação entre o homem e os elementos da

com a evolução da espécie humana, porém no decorrer da sua história,


o homem aprimorou seus instrumentos de trabalho construindo novas
tecnologias, transformando os espaços rurais em urbanos e adaptan-
50 Estudos da Pós-Graduação

-
-

pela sua investigação científica; com subsídios para estudos farmacoló-

Estados Unidos. Neste, foram abordados os aspectos histórico, cultural,

A denominação ganhou definitivamente status -

científica multidisciplinar dos agentes biologicamente ativos, tradicio-

como: “o conhecimento multidisciplinar de agentes biologicamente


ativos, tradicionalmente estudados ou observados pelo homem”.
Desenvolvendo esse conceito sob a ótica de seu significado cul-
tural, independente do pensamento cartesiano a respeito da ação de
-

-
gicamente ativos ocorra numa perspectiva cultural e histórica. Sendo

coletadas dentro de uma determinada população culturalmente definida


(grupo étnico). Em geral, além dos minerais e produtos de origem

são mais considerados plantas medicinais in natura e sim uma certa


espécie vegetal manipulada e ingerida de maneira específica para uma
-
mações etnofarmacológicas são usadas como ponto de partida para o
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 51

estudo de plantas medicinais, vem sendo reconhecida como um dos


melhores caminhos para a descoberta de novas drogas, orientando os
-

(ALMEIDA, 2003).
A etnofarmacologia é uma disciplina devotada ao estudo do com-
-

Por várias décadas a medicina tradicional foi vista, por diversos


tipos de populações de diferentes classes sociais, com muito precon-
-
-

Para Elisabetsky (2003) a etnofarmacologia não trata de supers-


tições, mas sim do conhecimento popular relacionado a sistemas tradi-
cionais de medicina. Para apreciar o conhecimento popular é preciso
admiti-lo como tal – um corpo de conhecimento, um produto do inte-
lecto humano – e não se pode ser preconceituoso. Segundo Mcclatchey
Etnofarmacopeia
e/ou dos conhecimentos tradicionais associados, contendo informações
Capítulo VI
IMPORTÂNCIA DOS LEVANTAMENTOS
ETNOBOTÂNICOS E ETNOFARMACOLÓGICOS
COMO FERRAMENTAS NA
BUSCA POR NOVOS MEDICAMENTOS

O uso de espécies vegetais para diversas finalidades apre-


senta um papel de grande importância para a sociedade desde a origem
-
ções valiosas para a compreensão de como sociedades humanas se rela-

et al. et al.,

importância no sentido de promover a integração entre a medicina tra-


et al

et al
Com o advento das drogas sintéticas, a prática da medicina tradi-
-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 53

et al
modo, distinções no uso de plantas medicinais podem ser encontradas
no Brasil, em função tanto das diferentes tradições culturais, como das
diferentes regiões ecológicas observadas ao longo do território brasi-
leiro. Deste modo, estudos etnobotânicos sobre plantas medicinais no

et al.
-

et al.,
-
-
camentos como no sentido de promover um uso seguro destas espécies
et al.
A diversidade de ecossistemas do planeta, associada aos avanços

espécies vegetais, contribuindo para a obtenção de novos produtos far-


-
-
cursos biológicos e assume papel fundamental na seleção de plantas

et al

etnofarmacológicos. Potenciais compostos bioativos são investigados a

Brandão et al et al

Destacar a importância da Etnobotânica é fundamental a partir


54 Estudos da Pós-Graduação

local são ferramentas indissociáveis dos valores culturais de diferentes


formações sociais e assim constituindo recursos produtivos para a con-

isso, podem ser identificados e desenvolvidos novos produtos a partir


de plantas, tais como artesanatos, alimentos e medicamentos
et al
-

do conhecimento construído localmente a respeito de recursos naturais,


para o desenvolvimento de novos fármacos de interesse médico ou far-

-
-

-
farmacológicas na busca de novas drogas patenteáveis, sobretudo,
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 55

informações com base na literatura e bancos de dados, ao invés de en-


-

Neste sentido, os lucros oriundos do desenvolvimento de tais fár-

suas informações. Apesar disso, as vantagens oriundas desse desenvol-

“megadiversidades”, deveria ser o foco prioritário de investigação far-


-
tassem o conhecimento popular e indígena em relação aos recursos ge-

-
mentos de origem natural estão a insatisfação com os resultados obtidos

tem impulsionado a comunidade científica a novas e incessantes pes-


et al., 2003).

as práticas “tradicionais” ganharam novo sentido indo além da simples


-
56 Estudos da Pós-Graduação

uso da biodiversidade através dos saberes locais, aplicando diferentes


-

-
-

-
mento sobre os recursos naturais dessas comunidades, além de indicar
o uso de espécies em potencial, pode vir a ensinar novos modelos para

-
suntos controvertidos, considerados por alguns “um grande desafio”. A
tão cobiçada flora brasileira e sua famosa biodiversidade, constituída de
-
mente destruída. Perde-se, assim, também as informações sobre plantas
medicinais tropicais, os conhecimentos etnomédicos tão ricos e dis-

-
-

comprometa o desenvolvimento do saber tradicional em curso, margi-

de ser construído.

do meio ambiente. N

estudo etnomédico e, ainda, são usados de forma bastante semelhante


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 57

coletamos e selecionamos para o desenvolvimento potencial de medica-


-
cesso na investigação de princípios ativos com atividade farmacológica.

-
et al

estes critérios são:

Coletas randômicas

Coletas guiadas por quimiotaxonomia, ou também chamadas de


abordagem filogenética. Baseia-se na seleção de espécies pertencentes

duas espécies de origem brasileira: Hypericum brasiliense Choisy. e


Hypericum cordatum
a espécie Hypericum perforatum L., de origem europeia, e do mesmo
-

Coletas biorracionais (guiadas pela ecologia) baseiam-se na ob-


58 Estudos da Pós-Graduação

Coletas baseadas no conhecimento tradicional ou etnodiri-


gidas consiste na seleção de espécies de acordo com a indicação de uso

-
-
mações. Após a seleção e coleta das plantas a serem estudadas, proce-

-
-
liam a segurança desses produtos para os sistemas biológicos
et al

alta porcentagem de acerto nos testes de investigação de respostas posi-

Um caminho recentemente apontado para a descoberta de novos


fármacos é baseado nos estudos de comportamento animal, como pri-
et al

etnobiologia. Essa abordagem, e mais especificamente, a etnobotânica,


-

geralmente boa correlação entre o uso etnobotânico de várias plantas e


et al et al.,
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 59

Cinchona calisaya Artemisia annua

Na abordagem etnofarmacológica, a seleção da espécie vegetal


-

por um determinado grupo por um longo período de tempo, pode su-

-
-
leção correta de testes biológicos específicos permitirá uma avaliação
et al., 2002a).

-
ridas pela população de fonte oriunda de sua farmacopeia popular (co-
-
macológicos uma importante estratégia na investigação e registro de
plantas medicinais.
A etnobotânica é citada na literatura como sendo um dos cami-
-
berta de produtos naturais bioativos (MACIEL et al., 2002a). A abor-

desde o conhecer da cultura e cotidiano das comunidades locais, até


-

vestimentas, alimentos, artesanato, dentre outros recursos, além de pro-


60 Estudos da Pós-Graduação

Segundo Hamilton et al. (2003), as plantas medicinais assumem


-
nica aplicada na busca de novos produtos.
A avaliação das propriedades farmacológicas de uma determi-

por estudos etnobotânicos, contribuindo com a validação da espécie em


estudo (MACIEL et al., 2002a).
-
mental importância para a obtenção de dados confiáveis aplicáveis vi-
-

significado para as inovações na identificação de novas plantas com

Farnsworth et al
-
mento de populações tradicionais. Plantas medicinais usadas em rituais

Khafagi e Dewedar (2000) compararam a atividade antimicro-


biana de plantas da península do Sinai (Egito) coletadas aleatoriamente
-

Sinai com atividade antimicrobiana forte e moderada. Isto está de


-
crevem o valor da informação etnobotânica para a identificação de
compostos biologicamente ativos.

curare, a diosgenina, a pilocarpina e a cocaína, não fariam parte do uso


e seriam modelos de diversos fármacos, não fosse o uso tradicional
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 61

Bisht et al -
-

prospecção farmacológica para indicar a importância destas, sendo seu uso

-
viadas ao US NCI (National Cancer Institute, dos Estados Unidos da
-

Quando se procura obter substâncias ativas de plantas, um dos


principais aspectos a serem observados consiste nas informações da

Estudos etnobotânicos de registro de plantas, seus usos e formas

base para diversos estudos básicos e aplicados, especialmente no campo


-

principal abordagem reconhecida por cientistas em todo o mundo, como


-

A principal aplicabilidade científica da etnobotânica e da etnofar-


macologia das plantas medicinais está em resgatar os saberes populares
-
-

ativas e elucidar os elementos (materiais ou simbólicos) constitutivos e


62 Estudos da Pós-Graduação

A etnobotânica vem sendo influenciada pelas necessidades da et-


-
micas com uso farmacológico, mostra potencial de desdobramento,

de medicamentos tradicionais para todas as suas necessidades medicinais.


Como resultado, confiar na informação etnobotânica pode acelerar bas-

-
-HIV do NCI (National Cancer Institute) para plantas voltadas para a

-
tados semelhantes, com plantas selecionadas etnobotanicamente re-
-

et al. et al.
proporção de sucesso etnomedicinal de espécies com histórico de uso em

in vitro
-
tegorias de uso empregadas em estudos etnofarmacológicos. Também é

de compostos isolados de plantas medicinais podem não refletir o siner-


et al
Ainda, a etnofarmacologia busca informações a partir do conhe-
cimento de diferentes povos e etnias, e estuda a interação de comuni-
dades humanas com o mundo vegetal, em suas dimensões antropoló-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 63

vida, hábitos culturais e as crenças das populações tradicionais confron-


tando-os com o conhecimento tecnocientífico, deve servir ao desenvol-
vimento socioeconômico das populações tradicionais e não tradicionais
reafirmando seus direitos. Portanto, é necessário maior controle do

das porções devidas pelas informações prestadas, e a conversão dos


valores embolsados pelos órgãos governamentais como os tributos
oriundos destes setores em fundos de promoção do saber tradicional e

entrada e saída de materiais biológicos do país e informações do saber


tradicional, garantindo também a soberania nacional e dos povos tradi-
cionais no uso dos recursos da flora nacional.

habitat, com a redução da variabilidade genética e


com práticas de coleta não sustentáveis. Apontou também para a cons-
-

resultado na perda do saber tradicional.


Capítulo VII
PROCESSO DE CONSTRUÇÃO
DA ETNOFARMACOPEIA DO PROFESSOR
FRANCISCO JOSÉ DE ABREU MATOS

A natureza do estudo

S egundo os critérios de Lakatos e Marconi (2003) a presente


-
rias (escritos) e retrospectivo (relatórios de viagens) baseado nos dados
etnobotânicos e etnofarmacológicos das plantas medicinais incluídas

Professor Francisco José de Abreu Matos.

Graduação da UFC.

Coleta de dados

medicinais, nacionais e internacionais, como Programa Flora Brasil e


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 65

busca de informações etnofarmacológicas acompanhadas de coletas de


-

do Ceará (UFC).
As entrevistas eram feitas através de um formulário elaborado

”, in-
divíduos conhecidos na comunidade visitada por receitarem plantas

-
-

de preparo, posologia e contraindicações.


A Figura 3 revela um resumo dos locais visitados pelo Professor
66 Estudos da Pós-Graduação

Figura 3 – Mapa apontando as localidades visitadas pelo


Professor Matos durante suas expedições etnobotânicas pela
Nordeste brasileiro

Fonte: elaborada pelas autoras.

Descrição da área de estudo

Nordeste – a segunda mais populosa do país – e o estado do Ceará tinha

população cearense é descrita como desigualmente distribuída, rare-


feita nos sertões e adensada nas serras. Ainda segundo o referido censo,
-
tando fracas densidades demográficas e com uma vida econômica ba-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 67

seada na pecuária, na lavoura do algodão e na policultura de subsis-

-
-

Gráfico 1 – População brasileira total (em mil pessoas) 1980-2010

200.000
População (em mil pessoas)

150.000

100.000

50.000

0
1980 1991 1996 2000 2010
População total

Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Censos Demográficos de 1980, 1991,


2000 e 2010 e contagem da população em 1996.
68 Estudos da Pós-Graduação

mais de 9 milhões no estado do Ceará.

-
-

pobre, em seus amplos aspectos. As condições hídricas são insuficientes


-

Metodologia

Trata-se de uma análise restrita aos documentos originais na

novas considerações.

por ser assinado pelo autor, pela originalidade e por ser sui generis.

Matos são mostradas na Figura 4 e os relatórios de campo (amostra) nas


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 69

Figura 4 – Registros fotográficos das expedições etnobotânicas realizadas pelo


Prof. Matos (destaque em vermelho) e sua equipe, como o botânico Prof. Afrânio
Fernandes (destaque em azul) para o Programa Óleos Essenciais da Caatinga (décs.
60 e 70) e o Programa Flora/CEME (décs.80 e 90)

Fonte: Horto de Plantas Medicinais F.J.A. Matos / Universidade Federal do Ceará, 2018.
70 Estudos da Pós-Graduação

Figura 5 – Fotografias de amostras dos relatórios originais das expedições


utilizadas na elaboração do presente trabalho. A amostra traz resultados
de 20 entrevistas realizadas no município de Pacatuba-Ceará em agosto
de 1983 e assinadas pelo professor Matos (destacada em vermelho).

Fonte: Horto de Plantas Medicinais F. J. A. Matos / Universidade Federal do


Ceará, 2018.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 71

Figura 6 – Relatório de campo, destacando em vermelho os dados


etnobotânicos coletados: nome vulgar, identificação científica, coleta
de material botânico, parte usada, preparação, administração, indicação
terapêutica, concentração/dose e observação

Fonte: Horto de Plantas Medicinais F.J.A. Matos / Universidade Federal do Ceará, 2018.

Revisão da nomenclatura botânica, resgate de registros de


exsicatas e categorização de usos terapêuticos atribuídos às
plantas medicinais

Para a revisão da nomenclatura botânica, as bases de dados on-

org, http://www.gbif.org, rede speciesLink: https: //splink.org.br. Houve

Index Herbariorum for-


nece um diretório global de herbários. Esse índice on-line permite aos

milhões de espécimes botânicos estão permanentemente abrigados


-

possível. As origens geográficas das espécies vegetais foram confir-

acordo com a lista de espécies da flora brasileira (Flora do Brasil 2020


et al
72 Estudos da Pós-Graduação

Análise botânica quantitativa

et al.
-
-

-
-
et al
A metodologia mais usada se baseia no consenso dos infor-

et al

dentro da comunidade. Isto pode sugerir a sua eficácia para determi-

(AMIGUET et al -

e comparações sobre o uso de plantas por área delimitada de terra por


determinado grupo, sobre a importância das plantas dentro de certo
-
rações entre formas de uso de plantas mais significativas

-
-
tores (SILVA et al
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 73

interpretação dos dados e a compreensão a respeito da relação entre

-
mante, permitindo analisar a importância relativa de uso das espécies a
partir do grau de consenso das respostas dos informantes
et al -
mentar o valor indicativo dos estudos etnobotânicos, tem havido tenta-

-
vamente as variáveis e analisar os padrões observados no estudo, além

A partir dessas informações e buscando agregar mais valor cientí-


fico aos relatórios etnofarmacológicos com espécies da Caatinga do

Inicialmente, converteram-se os dados constantes dos relató-


-

por espécie de planta permite uma estimativa da importância relativa

et al
Para avaliar a versatilidade de uso das espécies medicinais iden-

com a metodologia proposta por Bennett e Prance (2000), sendo o 2 o


-
forme a fórmula:

Propriedades Atribuídas a uma determinada Espécie (NPE), dividido


74 Estudos da Pós-Graduação

(NPEV) (SILVA et al
Para analisar a concordância de uso das espécies vegetais pelos
informantes, converteram-se os dados dos relatórios das plantas medi-

Na fórmula FCI refere-se ao Fator de Consenso dos Informantes,


-

de certas plantas medicinais ou agentes empregados no tratamento de

eficácia de uma planta particular no tratamento de tais doenças


et al et al

-
-
cimento tradicional local e uso sustentável da Caatinga.

Classificação das indicações terapêuticas

A primeira edição da Classificação Internacional de Atenção

of Colleges, Academies, and Academic Associations of General

-
sada e transformou-se em CIAP-2. Nesta versão foram incorporados os

mapeamento pela CID (Classificação Internacional de Doenças)


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 75

recebido reconhecimento progressivamente maior em nível mundial


como uma classificação apropriada para medicina de família e comuni-
dade na atenção primária, sendo usada intensamente na Europa e na

et al

-
pítulos relacionados aos sistemas corporais (critérios anatômicos/sistemas

-
-

Além disso é sugerido um padrão de cores para cada componente (2.º


-
76 Estudos da Pós-Graduação

Quadro 1 – Capítulos e Componentes da Classificação Internacional de Atenção


Primária (CIAP-2/2009) – versão em Português (WHO, 2009)

COMPONENTES
CAPÍTULOS (*)
(iguais para todos os capítulos)
A- Geral e inespecífico
B- Sangue, órgãos hematopoiéticos e
linfáticos (baço, medula óssea) 1-
sintomas
D-Aparelho digestivo
2- Componente de procedimentos
F- diagnósticos e preventivos
H- 3- Componente de medicações,
K- Aparelho circulatório tratamentos e procedimentos
L-
4- Componente de resultados de
N- Sistema nervoso
P- Psicológico
R- Aparelho respiratório
S- Pele e outros motivos de consulta
T- Endócrino, metabólico e nutricional 7- Componente de diagnósticos e
doenças, incluindo:
U- Aparelho urinário • doenças infecciosas
W- • neoplasias
X- Aparelho genital feminino (incluindo • lesões
mama) •
• outras doenças específicas
Y- Aparelho genital masculino
Z- Problemas sociais
PROCEDIMENTOS
SINAIS/SINTOMAS
INFECÇÕES
NEOPLASIAS
TRAUMATISMOS
ANOMALIAS CONGÊNITAS
OUTROS DIAGNÓSTICOS
Fonte: adaptado pela autora de SBMFC/WHO, 2009 (Sociedade Brasileira de Medicina de
Família e Comunidade). (*) Sempre que possível, foi utilizado um código alfa mnemônico.

-
responde a uma letra, de determinado capítulo, e os outros dois dí-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 77

-
mentos (diagnósticos ou preventivos) (2); medicações, tratamentos ou
-

nacional de Doenças (CID), mas inclui como rubricas separadas


-

-
nhecer a demanda da população atendida, tornando possível o entendi-
mento das etapas do processo diagnóstico, além de ser uma nova ferra-
menta para trabalhar a epidemiologia da Medicina de Família e

-
sultas ocorridas neste nível de cuidados é possível estabelecer um diag-

identificar ou codificar o motivo da consulta, subsidiar estudos de de-


manda, identificar sentimentos do paciente e não médico-específica.

Classificar o motivo real da consulta e não o provável diagnóstico, não

-
sificação dos principais aspectos da atenção primária, ela ainda possui
-

-
78 Estudos da Pós-Graduação

pática moderna, muitas plantas foram descritas como sendo usadas para
-

Revisão de literatura

-
gráficas nas seguintes bases de dados eletrônicas: PubMed, SciFinder,

nomes de plantas, científico ou vernacular e nome da família botânica.

acordo com a Lista da Flora Brasileira, International Plant Names


Index (IPNI) e banco de dados Tropicos.com.

Análise estatística

-
-
mento e uso de plantas por diferentes grupos étnicos, sociais ou de
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 79

Aproximação do teste qui-quadrado ( 2).

marginais foram geradas aleatoriamente e para cada uma delas foi cal-
p)

-
ticas e grupos de plantas medicinais. Esta avaliação baseia-se na com-

uma das categorias de usos consideradas no estudo (CIAP-2/2009).


Análise de agrupamento de componentes botânicos (ACB) de

-
nalmente reconhecidos em angiospermas são parafiléticos ou polifilé-
ticos, inclusive a subdivisão básica entre dicotiledôneas e monocotile-
dôneas (CHASE et al
-
mente foram se acumulando, vários cientistas associaram-se sob a sigla
APG, ou Angiosperm Phylogeny Group, propondo uma classificação
-
80 Estudos da Pós-Graduação

(inércia total), indicando boa representação dos dados em um espaço de

No presente estudo, a aplicabilidade da análise de agrupamento


-
tivo) e a medida de distância euclidiana residiram na possibilidade de

suas semelhanças. Isso se baseia na capacidade dos informantes de


identificar uma espécie específica para cada doença. Clados filogené-

-
ridade (“distância” de categorias de usos e clados filogenéticos) pode

-
-
dicações de uso pelos informantes, contribuindo para a seleção de espé-
cies de maior interesse farmacológico.
Capítulo VIII
ETNOFARMACOPEIA DO PROFESSOR J. A. MATOS
Apresentação e análise dos dados
etnobotânicos coletados

Confirmação e reclassificação das plantas medicinais

S
sobre as atividades do passado. Este trabalho observou nos relatórios
-

-
catas no banco de dados on-line https://www.splink.org.br, além de vi-
-

York Botanical Garden (Nova York, EUA).


A Etnofarmacopeia do Prof. Francisco José de Abreu Matos com
os dados destas 272 espécies de plantas descreve: nomenclatura botânica
82 Estudos da Pós-Graduação

Etnofarmacopeia do
Professor Francisco José de Abreu Matos foi escolhida para enobrecer o
-
ciado do povo nordestino do Brasil sobre plantas medicinais da Caatinga

plantas medicinais, a identificação botânica é uma condição sine qua non,

neste estudo. Para isso foi adotado o moderno sistema de classificação de

Tabela 1 – Lista das 84 espécies de plantas medicinais da coleção do professor


Francisco José de Abreu Matos que foram reclassificadas botanicamente após
revisão nos bancos de dados oficiais: http://floradobrasil.jbrj.gov.br; http://www.
tropicos.org; https://www.gbif.org; http://www.theplantlist.org/ e http://inct.
splink.org.br/

Nome registrado na coleção do


N.o Nome aceito após revisão botânica
Prof. Matos
1 Lippia citriodora HBK Aloysia citrodora Palau
2 Alpinia speciosa Schum Alpinia zerumbet
3 Gomphrena sp Alternanthera brasiliana
4 Torresea cearenses Fr. All. Amburana cearensis (All.) A.C.Sm.
Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.)
5 Piptadenia macrocarpa Benth
Altschul
6 Ananas sativus Ananas comosus (L.) Merril
7 Andira retusa HBK. Andira surinamensis
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 83

(continuação Tabela 1)
Nome registrado na coleção do
N.o Nome aceito após revisão botânica
Prof. Matos
8 Orbignya martiana Attalea speciosa Mart.
9 Baccharis trimera (Less.) DC. Baccharis crispa Spreng.
10 Guilielma speciosa Mart Bactris gasipaes Kunth
11 Bauhinia heterandra Benth Bauhinia pentandra (Bong.) D.Dietr.
12 Bauhinia macrosthachya Bauhinia ungulata L.
13 Spilanthes acmella Murr. Blainvillea acmella (L.) Philipson
14 Brassica integrifolia Brassica juncea
15 Hyptis mutabilis Cantinoa mutabilis
16 Capsicum frutens L. Capsicum frutescens L.
17 Cassia spp Cassia fistula L.
Cavanillesia arborea
18 Cavanillesia umbellata
Schum.
19 Cecropia sp Cecropia pachystachya Trécul
20 Chaptalia sp Chaptalia nutans (L.) Pol.
21 Pithecolobium dumosum Benth. Chloroleucon dumosum (Benth.) G.P. Lewis
22 Cinnamomum zeylanicum Blume Cinnamomum verum J.Presl
23 Cissampelos sp. Cissampelos sympodialis Eichler
24 Citrullus vulgaris Schrad. Citrullus lanatus
25 Citrus sinensis Citrus x aurantium L.
26 Citrus limonia Citrus x limon
Cnidosculus phyllacanthus (Mart)
27 Cnidoscolus quercifolius Pohl
et K. Holffm
28 Brusera leptophloeos Engl. Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B.Gillett
Ipomoea asarifolia
29 Convolvulus asarifolius Desr.

30 Copaifera sp Copaifera langs Painffii Desf.


31 Copernicia cerifera (Arruda) Mart. Copernicia prunifera (Mill.) H.E.Moore
Corymbia citriodora
32 Eucalyptus citriodora Hook.
L.A.S.Johnson
33 Croton rhamnifolius HBK Croton echioides Baill
34 Croton zehntneri Croton grewioides Baill.
35 Croton sp Croton heliotropiifolius Kunth
36 Chenopodium ambrosioides L. Dysphania ambrosioides
37 Elephantopus scaber L. Elephantopus mollis Kunth
84 Estudos da Pós-Graduação

(continuação Tabela 1)
Nome registrado na coleção do
N.o Nome aceito após revisão botânica
Prof. Matos
38 Gallesia gorazema Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms
Gymnanthemum amygdalinum
39 Vernonia condensata Baker
Tabebuia avellanedae
40 Handroanthus impetiginosus
Griseb.
41 Kalanchoe brasiliensis Camb. Kalanchoe crenata (Andrews) Haw.
Leonotis nepetaefolia
42 Leonotis nepetifolia Aiton

43 Caesalpinia férrea Libidibia ferrea


44 Lippia gracilis Schauer Lippia grata Schauer
45 Lippia sidoides Lippia origanoides Kunth
Chlorophora tinctoria (L.)
46 Maclura tinctoria

47 Pyrus malus L. Malus pumila Mill.


48 Hyptis suaveolens Poit. Mesosphaerum suaveolens
Sebastiania bidentata
49 Microstachys bidentata

50 Schrankia leptocarpa D.C. Mimosa candollei


51 Astronium urundeuva Engl. Myracrodruon urundeuva All.
52 Ocimun sp Ocimum gratissimum L.
53 Phyllanthus lathyroides H.B.K. Phyllanthus niruri L.
54 Heckeria umbellata (L.) Kunth Piper umbellatum L.
55 Turnera ulmifolia L. Piriqueta duarteana (Cambess.)
56 Coleus amboinicus Poit. Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng.
57 Coleus barbatus Benth Plectranthus barbatus Andr.
58 Coleus thyrsoideus Plectranthus thyrsoideus (Baker) B.Mathew
59 Pluchea quitoc DC Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera
60 Caesalpinia bracteosa Tul. Poincianella bracteosa
61 Caesalpinia gardneriana Benth Poincianella gardneriana
62 Caesalpinia pyramidalis Tul. Poincianella pyramidalis
63 Hybanthus ipecacuanha (L.) Baill. Pombalia calceolaria
64 Portulaca suaveolens L. Portulaca oleracea L.
65 Pterodon polygalaeflorus Benth. Pterodon emarginatus Vogel
66 Roupala cearaensis Sleumer Roupala paulensis Sleumer
67 Rosmarinus officinalis L. Salvia rosmarinus Schleid.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 85

(continuação Tabela 1)
Nome registrado na coleção do
N.o Nome aceito após revisão botânica
Prof. Matos
68 Acacia glomerosa Benth Senegalia polyphylla
69 Cassia alata L. Senna alata
70 Cassia tora L. Senna obtusifolia
71 Cassia occidentalis L. Senna occidentalis (L.) Link
72 Cassia reticulata Senna reticulata
73 Sesamum orientale Linn. Sesamum indicum L.
Sideroxylon obtusifolium
74 Bumelia sartorum Mart
T.D.Penn.
75 Solanum paniculatum L. Solanum paludosum Moric.
Solanum grandiFlowerum Vahl.
76 Solanum paniculatum L.

77 Solidago microglossa DC. Solidago chilensis Meyen


Peschiera affinis (Müll. Arg.)
78 Tabernaemontana catharinensis A.DC.
Miers
79 Cleome spinosa Tarenaya spinosa
80 Terminalia sp Terminalia glabrescens Mart.
81 Acacia farnesiana Vachellia farnesiana
82 Vernonia scabra Pers. Vernonanthura brasiliana
83 Xylopia sp Xylopia frutescens Aubl.
84 Fagara rhoifolia Engl. Zanthoxylum rhoifolium Lam.
Fonte: elaborada pelas autoras.

Análise geral dos dados etnobotânicos coletados

et al. et al
et al
Myracrodruon urundeuva All., popularmente conhecida como
Aroeira do Sertão, é a espécie mais citada no presente estudo. Foi citada
-
86 Estudos da Pós-Graduação

nantemente indicada no tratamento de feridas e condições inflamatórias


relacionadas a doenças ginecológicas e feridas em geral.
M. urundeuva tem sido submetida a

suas populações naturais (NUNES et al

usos. Está incluída na lista oficial de espécies ameaçadas da flora brasi-


leira e continuou a ser classificada como tal, mesmo na lista revisada de

-
nistrativo do Ministério do Meio Ambiente, publicou o Decreto-lei n.

-
pécie, Aguiar Galvão et al. -

caules de brotos de Myracrodruon urundeuva e entrecasca de plantas


adultas, sendo uma proposta de uso racional de substituição da árvore
M. urundeuva são cultivadas

adulta e assim ter disponível a entrecasca do caule. Estes resultados podem

creme de Aroeira do sertão pelo Programa Farmácias Vivas do Ceará.


Medidas de preservação e conservação da biodiversidade são

-
vismo), tem levado a reduções drásticas das populações naturais dessas

-
-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 87

dicamentos a partir de plantas cultivadas torna-se ainda mais atrativa

-
micas do bioma Caatinga.

Gráfico 2 – Proporção de plantas nativas e exóticas, segundo bancos


de dados on-line. As bases de dados online utilizadas foram http://
floradobrasil.jbrj.gov.br, http://www.tropicos.org e http://www.gbif.org

160

140

120
N.º de espécies

100

80

60

40

20

0
Nativa Exótica

Origem

Fonte: elaborado pelas autoras. As bases de dados online utilizadas foram http://
Florabrasil.jbrj.gov.br, http://www.tropicos.org e http://www.gbif.org.

Esse resultado indica um vasto conhecimento e uso de espécies


-
-
-
fermidades não resolvidas com as espécies nativas. Também pela
-

ALMEIDA et al et al
88 Estudos da Pós-Graduação

eram tratadas por espécies nativas, e propuseram a diversificação de

Um estudo de revisão da literatura sobre estudos etnobotânicos


-

migração e o intercâmbio de pessoas pode colaborar para a configu-

região. Além disso, o local do cultivo e de obtenção das espécies pode

-
et al

Na Etnofarmacopeia do professor Matos, as famílias Fabaceae

áreas da Caatinga, como os de Almeida et al. et al., 2007a,


et al.
Croton, composto
por cinco espécies.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 89

Gráfico 3 – Famílias botânicas e n.º de espécies, segundo APG


IV (2016)

Apiaceae, 6
Areca
Ma
lva

ceae,
Ru

cea
Cu

tac
cu

e, 8
ea
rb

7
ita

e,
ce

9
So ae
lan ,9
ace
ae,
12
Eupho
rbiace
ae, 13

Outras,131
Lamiaceae, 18

9
,1
ae
ce
t era
As
40
ae,
ace
Fab

Fonte: elaborado pelas autoras.

-
mília em determinada região leva ao aumento da chance de serem
-

et al
Foi observada nos relatórios etnobotânicos do Professor Matos
-
-

Hymenaea courbaril (Jatobá)

Libidibia ferrea -
Amburana cearenses
-
90 Estudos da Pós-Graduação

Anadenanthera colubrina

et al.
-
-

-
serva em suas sementes. A dominância da família Fabaceae na Caatinga

um indicador apropriado da diversidade regional da flora no bioma


et al et al

de uma vegetação no semiárido paraibano, constataram uma maior


abundância das famílias Fabaceae, Euphorbiaceae e Cactaceae.
Croton
angiospermas (STEHMANN et al., 2009), é o mais diversificado em
termos de usos medicinais, na Caatinga segundo Moro et al

particularmente rico em metabólitos secundários, como alcaloides, ter-

Formas de preparação e partes utilizadas


das plantas medicinais

formas de preparação dos “remédios” (medicamentos) a partir das espé-


cies vegetais citadas são muito diversificadas.

in natura (99,
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 91

-
-

-
nicos, os chás também representam o modo de preparo mais citado

Gráfico 4 – Formas de preparo das plantas medicinais e n.º de citações pelos


informantes na Etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

350 50,00%

303 45,00%
300
40,00%

250 35,00%

30,00%
200
25,00%
150
20,00%
99 15,00%
100

50 10,00%
50 41
34 30
17 16 15 11
20 5,00%

0 0,00%
o

ra

ua

ão

co

co

da

ol

s
do

te

tro

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tu

se

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fu

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In

em

em
in

de

ga
tra

la
o

ex

o
çã

çã
ra

ra
ce

ce
ar

ar
m

Fonte: elaborado pelas autoras.

-
92 Estudos da Pós-Graduação

-
-

et al., 2002b).
-
-

nas preparações medicinais.

encontrados principalmente em partes aéreas dos vegetais, como folhas e


et al
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 93

Gráfico 5 – Partes das plantas utilizadas para preparo dos “medicamentos” e


número de citações pelos informantes na Etnofarmacopeia do Professor Francisco
José de Abreu Matos

outras, 62
folha, 115
ramos, 14
entrecasca, 17

planta toda, 23

semente, 36

raiz, 57

fruto, 37

casca, 55

Fonte: elaborado pelas autoras.

-
vação das plantas, pois sua retirada não impede o ciclo de vida. Sabe-se
-
-

a escolha de uma espécie ou parte vegetal para um determinado trata-

Se analisarmos somente as plantas nativas, pode-se observar uma

-
94 Estudos da Pós-Graduação

etnobotânicos da região Nordeste do Brasil, o presente estudo constatou

e não a decocção.
-
tudo, observou-se uma predominância de uso de folhas, diferente de outros

-
tadas no preparo dos “remédios”, corroborando os achados deste estudo.

boa parte do ano devido ao processo de caducifólia, as mesmas foram a

A relação entre o uso da casca e a origem das espécies na Caatinga

Estudos etnobotânicos sobre plantas medicinais podem apre-


sentar resultados distintos dependendo do local onde o estudo é feito.

medicina tradicional (ALVES et al

-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 95

et al

et al -
mento sobre plantas medicinais nesses diferentes lugares.
et al. -

-
latório na relação entre pessoas e plantas nessa região. Isso favorece

-
dade de recursos hídricos.

relatórios etnobotânicos do Professor Matos, se os entrevistados se va-


-

beneficiar primariamente a matéria vegetal para garantir a comerciali-

-
tricas, entre fevereiro e maio, não superiores a 493,2 milímetros

-
macológicos do mesmo bioma.

Relatos de Usos (RUs): prevalência dos componentes em cada


categoria de uso de acordo com a classificação CIAP-2/2009

indicadas principalmente para os componentes “sinais/sintomas” e “ou-


96 Estudos da Pós-Graduação

componente “infecções”.

Gráfico 6 – Prevalência dos componentes em cada categoria de uso de acordo


com a classificação CIAP-2/2009
450

400
Componentes outros diagnósticos
Componentes Traumatismos
350
Componentes Neoplasias
N.º de Relatos de Usos (RU)

Componentes Infecções
300
Componentes Sinais/Sintomas

250

200

150

100

50

0
A B D F H K L N P R S T U W X Y
Categorias de Usos (CIAP-2009)
Fonte: elaborado pelas autoras.
Legenda: A Geral e Inespecífico; B Sangue, sistema hematopoiético, sistema linfático, baço;
D Digestivo; F Olhos; H Ouvido; K Cardiovascular; L Musculoesquelético; N Neurológico;
P Psicológico; R Respiratório; S Pele; T Endócrino/Metabólico e Nutricional; U Urológico;
W Gravidez, Parto e Planejamento Familiar; X Genital feminino; Y Genital masculino
(CIAP- 2/2009).

-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 97

verminose (32), reumatismo (30), hemorroidas (24), provocar aborto

-
angina pectoris (9), problemas no parto/

Quando analisamos o componente “infecções” ( -

pélvica (74), micoses de pele (27), sinusite (23), diarreia infecciosa

-
98 Estudos da Pós-Graduação

-
-

-
senvolvidas do país – Norte e Nordeste – com menos presença de profis-
-
poníveis para internação. Além dos fatores econômicos, agravam a

Fator de Consenso do Informante (FCI)

de uso e Fator de Consenso do Informante (FCI) para cada categoria de


uso de acordo com CIAP-2/2009, das espécies medicinais da Etnofar-
macopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos.
-

com a CIAP-2/2009, a saber, por ordem decrescente de relatos de usos


-

-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 99

2009). Em geral, houve alta concordância entre os informantes em re-


-

0,29 a 0,77. Uma análise cuidadosa dos valores de FCI para cada cate-

de uso consideradas no estudo apresentaram valores de FCI maiores

-
-
-

(BIESKI et al et al et al.,
et al
Achados semelhantes foram feitos em relação a outras categorias

Erythroxylum
vacciniifolium, com 9 indicações de uso.
100 Estudos da Pós-Graduação

Tabela 2 – Categorias de Usos, Número de espécies, porcentual do total de


espécies, relatos de uso (RU) de todas as espécies, espécies nativas que se
destacaram em número de indicações de uso e Fator de Consenso do Informante
(FCI) para cada Categoria de Uso de acordo com CIAP-2/2009, das espécies
medicinais da Etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
Relatos
Por- Espécies nativas que se destacaram
de uso
centual em número de indicações de usos
(RU)
Categoria de uso Nº de do
de todas Relatos FCI
(CIAP-2/2009) espécies total de
as Espécie de uso
espé-
espécies (RU)
cies
Hymenaea courbaril 9
(A) Geral e Anacardium occidentale
inespecífico
Myracrodruon urundeuva
(B) Sangue, Sistema Operculina macrocarpa 7
Hematopoiético, Hymenaea courbaril
linfático, baço Scoparia dulcis
Pombalia calceolaria 24
Egletes viscosa 23
(D) Digestivo 373
Lippia alba
Genipa americana 2
29
Pilocarpus jaborandi 2
Tarenaya spinosa 3
Scoparia dulcis 4
Cuphea carthagenensis 3
(K) Circulatório 99
Myracrodruon urundeuva 3
Himatanthus drasticus
(L) Cayaponia tayuya
33
Mimosa candolei 4
Egletes viscosa 3
(N) Neurológico 37
Blainvillea acmella 2
Lippia alba
(P) Psicológico 29
Chaptalia nutans
Blainvillea acmella
Hymenaea courbaril
93 407 Luffa operculata 9 0,77
Amburana cearenses 9
Operculina macrocarpa 9
Anacardium occidentale 7
(S) Pele
Myracrodruon urundeuva 7
Libidibia férrea 2
(T) Scoparia dulcis 2
Endócrino/ Licania rígida 2
39 0,29
Metabólico e Phyllanthus niruri 2
Nutricional
Anacardium occidentale 2
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 101

(continuação Tabela 2)
Phyllanthus niruri
Cecropia pachystachya
(U) Urinário 44 Scoparia dulcis
Persea americana
Myracrodruon urundeuva
Aristolochia labiata
24
Familiar Amburana cearenses 4
Myracrodruon urundeuva 40
Scoparia dulcis 7
Momordica charantia
(Y) Genital
Erythroxylum 9 0,73
Masculino
Fonte: elaborada pelas autoras.

A Tabela 2 também nos apresenta outras categorias de usos com


alta homogeneidade no conhecimento etnobotânico de plantas medici-

et al et al

A diversidade de conhecimento sobre plantas medicinais na re-


gião Nordeste foi observada em diferentes comunidades tradicionais,
vivendo em ambos os ambientes, rural e urbano, demonstrando a im-
portância atribuída ao uso de plantas medicinais nessas áreas. Esse

havia sido instituído pelo governo brasileiro e a maioria dessas pessoas

plantas medicinais da Caatinga possivelmente eram a fonte primária


para resolver doenças comuns nas comunidades estudadas, especial-
102 Estudos da Pós-Graduação

habitam a região Nordeste do Brasil possuem muito conhecimento

afetam as comunidades. Elas empregam essas plantas medicinais para

et al

Professor Matos, relacionam-se com as causas mais comuns de morta-


-
ficos e as doenças mal definidas como as cardiovasculares, infecciosas
-

et al

Dados da década de 90 revelam um Nordeste brasileiro com a


-

percentual de famílias com rendimento médio mensal familiar até 2

familiar per capita


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 103

Visando compreender melhor as mudanças ocorridas no processo

-
mente do perfil das demais regiões do país, sendo os SSAMD (sin-

passando a representar a 3ª causa de mortalidade. As doenças do apa-

-
enças com a falta de saneamento, como o de Prüss-Üstün e Corvalán
-
-
blica com redução da mortalidade infantil, além da redução de do-
104 Estudos da Pós-Graduação

(PAIM et al

-
bimortalidade da população, apesar de serem, em sua maioria, evitáveis
ou mesmo erradicáveis. Assim, representam um impacto também na
-

Mesmo assim, estas doenças, preveníveis por saneamento ambiental

ocupação da rede hospitalar, especialmente nas regiões Norte e


-
-

A Tabela 3 revela as categorias de uso (CIAP-2/2009) e as pro-


-
cinais da Caatinga citadas na Etnofarmacopeia do Professor Francisco
José de Abreu Matos.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 105

Tabela 3 – Indicações terapêuticas mais citadas para as plantas medicinais na


Etnofarmacopeia do Professor Matos por cada categoria de uso de acordo com a
Classificação Internacional da Atenção Primária (CIAP-2/2009)
CATEGORIAS DE USOS
RELATOS DE USO (RUs) MAIS CITADOS TOTAL
(CIAP- 2/2009)

(B) SANGUE, SISTEMA

373

29

99

37

407

(S) PELE

39

menstrual) (23)

TOTAL DE RELATOS DE USO (RU) 1957


Fonte: elaborada pela autora.
106 Estudos da Pós-Graduação

et al.
-
nhecimento acerca da doença; a presença de pudores, tabus, medo; a

et al., 2009;
et al

habitam a região Nordeste do Brasil possuem muito conhecimento de

afetam as comunidades. Elas empregam essas plantas medicinais para

et al

em cada categoria de uso, segundo a CIAP-2 (2009), estão apresentadas


-

etnofarmacológica na Etnofarmacopeia do Professor Matos. Porém,


como metodologia de enaltecimento da flora da Caatinga, sabidamente
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 107

deficiente de estudos nesta área, optou-se por escolher, entre as espécies

Revisão de literatura das espécies de plantas medicinais


nativas mais citadas em cada categoria de uso, segundo
CIAP-2/2009

feitas pelo Professor Matos em suas publicações ou, ainda, achados far-
macológicos relevantes, não necessariamente relacionados aos usos po-
-
tacaram nas categorias de uso consideradas no estudo.
Estabeleceu-se, como critério para seleção, além de a espécie ser

elegemos as espécies:

(A) Geral e Inespecífico – Hymenaea courbaril

(D) Digestivo – Pombaliacalceolaria


Himatanthus drasticus

(P) Psicológico – Lippia alba


Blainvillea acmella ,
(S) Pele – Operculina macrocarpa
(U) Urinário – Phyllanthus nirur
Myracrodruon urundeuva

(Y) Genital Masculino - Erythroxylum vacciniifolium


FCI = 0,73).

Hymenaea courbaril L.:


108 Estudos da Pós-Graduação

Figura 7 – Hymenaea courbaril L

Fonte: Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 30 Apr 2020. http://www.tropicos.org/


Image/52717. Photographer: T. Croat CC-BY-NC-SA.

-
tados nos relatórios etnobotânicos no Professor Matos foram: gripe,

respiratória, tuberculose, escarro, gripe, febre e convulsão. Muitas


-

como os estudos de: Agra et al


et al et al et al

-
H. courbaril mos-

-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 109

et al et al.
casca do caule de H. courbaril alivia os sintomas e tem efeito curativo

et al.
H. courbaril apresenta potenciais ações miorrela-

tratamento de doenças inflamatórias das vias aéreas. Cecílio et al.


Hymenaea courbaril in vitro
contra o rotavírus. Para Matos (2007) embora H. courbaril tenha amplo
-
priedades medicinais, falta a esta espécie informações suficientes para

Pombalia calceolaria (L.) Paula-Souza: esta espécie, perten-

-
rante, contra gripe, febre, tosse, diarreia, dor anal, tuberculose, “pri-
meira dentição”, vermes (vermífugo), hemorroidas. Para Matos (2000),

nordestina, ainda não foi submetida a estudos de validação suficientes


-
gicas ainda são desconhecidos. Ainda segundo Matos (2000), embora a
espécie P. calceolaria
como a espécie Cephaelis ipecacuanha
também chamada de “ipeca verdadeira” ou a “ipeca das Farmacopeias”.

P. calceolaria, Leal et al.

atividade broncodilatadora, provavelmente compatível com seu uso po-

das folhas, caules e sementes de P. calceolaria.


110 Estudos da Pós-Graduação

Figura 8 – Pombalia calceolaria (L.) Paula-Souza

Fonte:http://chaves.rcpol.org.br/resized/eco-0BzMlj_hubAoQO
XBGRUwzS1k0emc.jpeg.

-
ram-se pela maior diversidade peptídica, de onde foi possível isolar e
elucidar a estrutura de um ciclotídeo denominado Hyco A. A avaliação
P. calceolaria (EALPC)
-

et al.

por Imran et al. -


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 111

imune após a vacinação (MENSINK et al


não ser destruída no trato gastrointestinal (TGI) representa uma alterna-
tiva para proteger o TGI de fármacos anti-inflamatórios não esteroidais
et al

Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel: conhecida pelo homem

Figura 9 – Himatanthus drasticus (Mart.) Plumel

Fonte: Foto: Antonio Sergio. http://tropical.theferns.info/plantimages/sized/2/1/


21f5a626d156e73e17f65543fe504ddc3c5b1f27_960px.jpg.
112 Estudos da Pós-Graduação

Na Etnofarmacoepia do Professor Matos, aparece indicada para:


“bom pra pele”, tuberculose, câncer, anti-inflamatório, pancadas, con-

H. drasticus
tem sido comprovado em vários estudos in vivo e in vitro, demonstrando
as propriedades anti-inflamatórias, antinociceptivas, antitumorais e
et al

-
-

testado em modelos de nocicepção e inflamação por Lucetti et al.


-
et al.

et al

-
-
et al.
-

Himatantus drasticus: gastroprotetor, imunomodulador,


antitumoral, anti-inflamatório (acetato de lupeol, amirina, amirina, si-
-
noides, fenóis, saponinas, esteroides, cumarinas, lupeolcinamato, ace-
tato de lupeol, aminacetato de amina, aminincinamato, amirina,
plumierida, isoplumierida, protoplumericina A, cafeilplumierida, ácido
-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 113

-
rina, lupeol, mistura de sitosterol e estigmasterol).

Lippia alba (Mill.) N.E.Br.: conhecida popularmente como erva-


-cidreira-de-arbusto, do-campo ou brasileira, alecrim do campo ou sel-
vagem, cidreira-brava, falsa-melissa, cidró, cidrão, entre outros (BIASI;
L. alba

Figura 10 – Lippia alba (Mill.) N.E.Br

Fonte: Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 2020. http://www.tropicos.


org/Image /10 0168514. Photographer: Indiana Coronado CC-BY-NC-ND.

hepática e doença cardíaca. Dentre os metabólitos descritos para L. alba


estão: óleos essenciais, flavonoides sulfatados na posição 4, taninos,
114 Estudos da Pós-Graduação

Como principais constituintes dos voláteis de L. alba, citam-se os mo-

(PASCUAL et al

et al et al et al

et al -
-

et al.,

Vale et al. -

-
-
-
nentes dos óleos como das frações não voláteis atuem nesses receptores
(VALE et al et al -
dante in vitro -
postos carbonílicos, o óleo essencial de L. alba obtido por hidrodesti-
ter

-
monstrou bom potencial capturador de radicais livres, de acordo com os

in vitro
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 115

-
ter Escherichia
coli
et al., 2003).

Staphylococcus epidermidis, Enterococcus faecalis, Serratia marces-


cens e Candida albicans et al et al.,
Entamoeba histolytica, respon-

desta espécie em alguns problemas digestivos graves em adultos imu-


-
Entamoeba histolytica (moderada) e
Giardia lamblia

-
cidade de Lipia alba et al. -

Blainvillea acmella (L.) Philipson


-

B. acmella tem sido relatadas com


-
-
rados (alcenos e alcinos), tais como spilantol e derivados de amidas
et al

parte aérea de Blainvillea acmella


116 Estudos da Pós-Graduação

-
et al., 2009).

Figura 11 –
Blainvillea acmella
(L.) Philipson
Fonte: Digital Image
© Board of Trustees,
RBG Kew http://
creativecommons.org/
licenses/by/3.0/.

Blainvillea acmella.

-
bolenos e cadinenos, glucósidos flavonoides e uma mistura de cadeia
et al.,
-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 117

et al
Blainvillea acmella
Klebsiella pneumoniae e Streptococcus pyogenes et al
et al. -
gicas tem sido demonstradas para Blainvillea acmella, -

antimalárica e imunomoduladora
et al et al
et al., 2004; ELUMALAI et al et al.,
et al

Operculina macrocarpa (L.) Urb.:


,

7 categorias de usos.

Figura 12 – Operculina
macrocarpa (L.) Urb
Fonte: Operculina macrocarpa
(L.) Urb. - Flickr - Alex Popovkin,
Bahia, Brazil (13).jpg.
118 Estudos da Pós-Graduação

Na Etnofarmacopeia do Professor Matos, ela aparece indicada


para tratamento de: acne (espinha), prurido, infecções de pele, der-
-
-
Operculina
macrocarpa
preparações farmacotécnicas são o pó, a resina e a tintura, obtidas a
-

-
et al et al.
-

um LD
significativas na ingestão de água e alimentos, peso corporal, parâ-

no estudo subcrônico (valor de p).


O. macro-
carpa
Fonteles et al
uso do fitoterápico Aguardente Alemã® (Operculina macrocarpa e
Convolvulus scammonea

estava pouco relacionada.


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 119

Phyllanthus niruri L.: muito conhecido pela medicina tradicional

Figura 13 – Phyllanthus niruri L

Fonte: Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 30 Apr 2020.


http://www.tropicos.org/Image/100168185. Photographer: G. A.
Parada CC-BY-NC-SA.

Há registros de uso desta espécie de mais de 2000 anos para trata-


120 Estudos da Pós-Graduação

haver registro da espécie P. niruri


para espécie Phyllanthus amarus

et
al Phyllanthus apresentam

Triterpenos pentacíclicos foram identificados como hepatoprotetores,

et al
et al. et al.

-
Phyllanthus niruri
-
-
in vitro -

de P. niruri promoveu aumento significativo do volume urinário, do


potássio e cloro urinários em ratos (UDUPA et al -

et al et al
-
P. niruri
inibição da norepinefrina na aorta de ratos. Pucci et al.
estudo clínico na Divisão de Urologia do Hospital das Clínicas da

a ingestão de P. niruri é segura e não causa efeitos adversos significa-


-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 121

Dessa forma o consumo de Phyllanthus niruri contribuiu para a elimi-


nação de cálculos urinários.

Myracrodruon urundeuva All.: a espécie de nome popular “aro-

-
cularmente no trato geniturinário feminino.

Figura 14 – Myracrodruon urundeuva All

Fonte: Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 30 Apr 2020.


http://www.tropicos.org/Image/100515947.
Photographer: A. Araujo CC-BY-NC-SA.

-
tório adstringente, no trato de inflamações e feridas de origem em pro-
blemas ginecológicos, incluindo doença inflamatória pélvica, feridas

dos brotos e renovos do caule de M. urundeuva permitiram comprovar a


122 Estudos da Pós-Graduação

taninos com ação analgésica e anti-inflamatória (VIANA et al.


Foram isolados ainda compostos mais apolares como cicloeucalenol e
-

in vivo et al.,
et al -

-
-

sobre suas atividades antimicrobianas in vitro contra cepas bacterianas e


et al
et al
péptica e em pacientes com cervicite e ectopia usando preparações far-
-

Erythroxylum vacciniifolium Mart: no Nordeste brasileiro essa

brasileiras conhecidas e usadas como “catuaba” são representadas por

et al
incluem substâncias da classe de alcaloides, taninos, substâncias

et al. (2003a,b) isolaram oito


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 123

alcaloides de tropano da casca de E. vacciniifolium catuabina D, E, F

etanólicos das cascas e das folhas de Erythroxylum vaccinifolium em

aumento da micção, defecação, tremor e salivação. Apesar do uso


difundido na etnomedicina brasileira para melhora da performance

Figura 15 – Erythroxylum vacciniifolium Mart

Fonte: Digital Image © Board of Trustees, RBG Kew http://creative-


commons.org/licenses/by/3.0/.
124 Estudos da Pós-Graduação

Importância Relativa (IR)

Scoparia dulcis L., popularmente conhecida como “vassourinha” ou

sistemas corporais (CIAP-2/2009).

potencial ou importância farmacológica, pois, como observado por


et al.

Além da Scoparia dulcis


relevantes do ponto de vista etnofarmacológico, estão listadas na Tabela

notabilidade da espécie para a comunidade, as plantas da Caatinga são

do Brasil.
Tabela 4 – Espécies de plantas nativas com maiores valores de importância
relativa (IR)
Espécies IR Espécies IR
Scoparia dulcis L. 2.00 Cuphea carthagenensis Macbride
Anacardium occidentale L. Combretum leprosum Mart
Egletes viscosa (L.) Less. Hymenaea courbaril L.
Libidibia ferrea
Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn.

Ageratum conyzoides L. Solanum paludosum Moric.


Myracrodruon urundeuva All. Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan
Operculina macrocarpa (L.) Urb. Amburana cearensis (All.)
Ambrosia artemisiifolia L. Pombalia calceolaria

Fonte: elaborada pelas autoras.


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 125

-
-
Bauhinia cheilantha, em
et al
-

ALMEIDA et al Ximenia
americana -
et al

Esta variação, de modo geral, pode estar relacionada aos dife-


-

Teste de associação do Qui-Quadrado ( 2) entre categorias


de usos (CIAP-2/2009) e grupos taxonômicos superiores
(clados filogenéticos) (APG IV, 2016)

-
tações usadas para análises estatísticas. As cores escolhidas para compor
a tabela foram seguidas de acordo com a sugestão de Cole, Hilger e

partes da planta) em cada uma das categorias de uso consideradas.


Tabela 5 – Clados filogenéticos (APG IV, 2016) e Categorias de uso (CIAP-2/2009) com frequência de citação para as espécies
medicinais da Etnofarmacopeia do Professor Matos. As cores escolhidas para compor a tabela seguiram a sugestão de Cole,
Hilger, Stevens (2017)
126

CLADOS FILOGENÉTICOS/
CATEGORIA DE USO A B D F H K L N P R S T U W X Y TOTAL

Magnolídeas: Piperales a Magnoliales


1 27 0 4 3 4 3 0 88

Monocots: Dioscoreales a Asparagales


2 2 0 0 4 0 0 0 0 0 0 50

3 9 0 0 0 0 0 90

4 4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 16
especies)

5 3 0 2 0 0 0 0 0 2 0 0 28

6 0 7 468

Malvídeas): Myrtales a Brassicales


7 7 73 2 417
(40 especies)
Superasterídeas – Asterídeas
Estudos da Pós-Graduação

8 9 0 0 4 2 23 2 2 3 0 85
especies)
Superasterídeas – Asterídeas –
9 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 5
Superasterídeas – Asterídeas
10 (Lamídeas: Solanales a
22 22 7 7 497

Superasterídeas – Asterídeas
11 (Campanulídeas): Asterales a
22 70 2 0 4 32 4 3 9 0 213
Dipsicales (27 especies)
TOTAL 219 96 373 29 13 99 80 37 71 407 156 39 88 50 184 16 1957

Fonte: elaborada pela autora.


Legenda: A Geral e Inespecífico; B Sangue, sistema hematopoiético, linfático, baço; D Digestivo; F Olhos; H Ouvido; K Cardiovascular; L
Musculoesquelético; N Neurológico; P Psicológico; R Respiratório; S Pele; T Endócrino/Metabólico e Nutricional; U Urológico; W Gravidez,
Parto e Planejamento Familiar; X Genital feminino; Y Genital masculino (CIAP-2/2009).
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 127

-
-
et al
et al et al
et al
-
-

et al -

Caryophyllales) e 9 (Superasterídeas – Asterídeas – Cornales e Ericales)

-
-
cies citadas na Etnofarmacopeia do Professor Matos apresentam uma

Essas associações, por si só, não provam uma relação causal

clados filogenéticos e a categoria de uso considerada, mas podem servir


-
gadas a partir do ponto de vista da bioprospecção fitotermológica.
128 Estudos da Pós-Graduação

Figura 16 – Representação da associação entre grupos


taxonômicos superiores (clados filogenéticos/ APG IV,
2016) e Categorias de Uso (CIAP-2/2009): quanto maior a
área, maior o desvio entre frequência observada e esperada
Categorias de Usos (CIAP - 2/2009)

Clados Filogenéticos (APG IV / 2016)

Fonte: elaborada pela autora.


Legenda: A Geral e Inespecífico; B Sangue, sistema hematopoié-
tico, linfático; D Digestivo; F Olhos; H Ouvido; K Cardiovascular;
L Musculoesquelético; N Neurológico; P Psicológico; R
Respiratório; S Pele; T Endócrino/Metabólico e Nutricional; U
Urológico; W Gravidez, Parto e Planejamento Familiar; X Genital
feminino; Y Genital masculino; Z Problemas sociais (CIAP-2/2009)
1 - Magnoliids: Laurales, Magnoliales, Piperales; 2 - Dioscoreales
a Asparagales; 3 - Comelinas; 4 - Eudicotiledônesa; Ramunculales
e Proteales; 5 - Saxifragales; 6 - Fabides: Malpighiales, Rosales,
Cucurbitales, Fabales, Oxalidales; 7 - Malvideas: Sapindales,
Myrtales, Malvales, Brassicales; 8 - Asterides: Caryophyllales,
Santales; 9 - Ericales; 10 - Lamiids: Solanales, Boraginales, Lamiales,
Gentianales; 11 - Campanulids: Asterales para Dipsicales.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 129

Análise de cluster de agrupamento de componentes


botânicos (ACB) (APG IV, 2016)

A análise de cluster -
a priori a
-
milaridade ou dissimilaridade, as unidades amostrais em grupos, de

entre os grupos. Assim, o princípio básico de todos os métodos de agru-


-

et al.

cluster -
-

de uso e os clados filogenéticos são formados. Grupos são formados

formaram um grupo.
clusters
-

-
130 Estudos da Pós-Graduação

et al et al
et al
-
legenéticos, podem ser feitas na formação de grupos de categorias de
cluster para categorias de uso detectou asso-

Figura 17 - Representação do dendrograma de cluster para grupos taxonômicos


superiores (clados filogenéticos/ APG IV, 2016). Clade points próximos uns dos
outros representam as correlações entre si e as categorias de uso (CIAP-2/2009)
3.0

9
2.5
2.0
Altura

1.5

1
1.0

5
0.5

4
11
2

7
0.0

10

Clados Filogenéticos (APG IV/2016)

Fonte: elaborada pela autora.

-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 131

mento de problemas relacionados ao ouvido também são empregadas no


tratamento de problemas oculares e doenças genitais femininas.

Figura 18 - Representação do dendrograma de cluster para categorias de uso


(CIAP-2/2009). Os clade points próximos uns dos outros representam correlações
entre categorias de usos (CIAP-2/2009) e os clados filogenéticos (APG IV, 2016)
2.0
1.5

L
Altura

1.0
0.5

B
H

U
T
K

P
0.0

R
F

W
D

Categorias de Usos (CIAP- 2/2009)

Fonte: elaborada pela autora.

Analisando do ponto de vista do consenso cultural, a categoria F,


-

-
dições mais relacionadas foram doença inflamatória pélvica, dor mens-

-
dens semelhantes.
132 Estudos da Pós-Graduação

-
cada, dependendo da necessidade de tratar a dor abdominal generali-

neste estudo (dados não mostrados). Além disso, a similaridade na


origem anatômica das duas categorias de uso e possivelmente uma
forma simbólica de tratamentos refletindo as crenças culturais das co-
munidades visitadas também pode ser responsável.
cluster
-

ambos com valor de FCI relativamente muito altos. Diversos estudos

erétil (MIEDANY et al

-
-
mentos é semelhante.
-

o hábito de indicar as mesmas plantas para o tratamento de doenças

-
tade das indicações são semelhantes, particularmente diabetes não insu-
linodependente e problemas urinários.
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos 133

A Etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu


Matos é de valores cultural, ecológico e etnobotânico incalculáveis,
especialmente pelo fato de se tratar de estudos do bioma Caatinga

-
-

Etnofarmacopeia do Professor Matos poderá servir de referencial para

vegetais da região semiárida do Brasil.


A partir da publicação dessas informações etnofarmacológicas,
-

índices sociais e estruturais, especialmente, no acesso aos sistemas de

As associações encontradas pela análise de cluster não provam,


por si só, uma relação causal entre as propriedades farmacológicas dos

como um fator limitante para o cálculo de Valor de Uso (VU), uma im-
134 Estudos da Pós-Graduação

portante ferramenta de seleção de espécies medicinais para ensaios


farmacológicos.

etnobotânicos e etnofarmacológicos nas universidades brasileiras da


Caatinga não só para o aumento do acervo de informações sobre plantas
medicinais e descobrimento de novos fitofármacos, mas para fomentar

partir da flora nativa desse bioma tão sui generis no mundo.


-

abundante biodiversidade e profusa diversidade cultural, tenha tão


poucos fitoterápicos genuinamente nacionais.
Há uma diligente necessidade do uso sustentável da biodiversi-
dade do Brasil, não sendo mais aceitável para os cientistas de produtos
-

A despeito do seu potencial, produtos preparados com plantas


-

contam com histórico de uso na medicina tradicional deveriam ser prio-


-
Quadro 2 – Etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
1- FAMÍLIA ACANTHACEAE
analgésico (dor), cólicas
abdominais (dor de EAC
Justicia pectoralis
barriga), antigripal,
Trevo, Anador Nativa Folha: Chá (I) 4 4
cheio”)
2-FAMÍLIA ADOXACEAE
Folha: garrafada (I)
Sambucus cf. racemosa varicela, sarampo, febre,
Flor: garrafada (I), chá (I,
Linnaeus Sabugueiro 9
E), decocção (I)
Sambucus australis
Sabugueiro Nativa varicela, sarampo Flor: chá (I), decocção (I) 2 3
3-FAMÍLIA AMARANTHACEAE

Gomphrena globosa
Linnaeus Perpétua problemas cardíacos Flor: Chá (I) 4 2 2

Tubérculo: decocção (I),


Beta vulgaris
obstipação (prisão de sumo (I)
Linnaeus Beterraba Cultivada NC 2 2
ventre), anemia Raiz: in natura (I)
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Alternanthera brasiliana
Aconi Nativa febre Folha: chá (I)
135
(continuação Quadro 2)
136

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Folha, talos, ramo: macera-


ção em leite (I), maceração
em água (I), sumo (I, E), chá
febre reumática, gripe, (I), in natura (I), decocção
Dysphania ambrosioides Mastruço,
fratura óssea, contusão, em leite (I), decocção em
males do fígado, tuber- água (I)
Raiz: garrafada (I)

4-FAMÍLIA AMARYLLIDACEAE
gripe, depurativo (“limpa
Bulbo: Sinapismo *(E), in
-
natura (I), chá
Allium sativum gue”), rinite (estalecido),
Alho Cultivada *cataplasma de mostarda, NC 4
Linnaeus analgésico (para dor),
farinha e vinagre
anti-inflamatório
Allium ascalonicum
Cebola branca Cultivada (tosse convulsa), asma Bulbo: chá (I) NC
Linnaeus 3 3 0,24
Estudos da Pós-Graduação

-
Allium schoenoprasum
Linnaeus Cebolinha Cultivada Bulbo: chá (I) 3 3 0,24
(“peito cheio”)
Allium cepa obstipação (prisão de
Cebola Cultivada Bulbo: in natura (I) NC
Linnaeus ventre), males cardíacos 2 3 2

5-FAMÍLIA ANACARDIACEAE
Folhas: in natura (pó) (E),
Casca: decocção (I, E), chá
- (I, E), maceração em água (I,
matório, adstringente, E)
Myracrodruon urundeuva-
aroeira-do- sertão, inflamações e feridas de Entrecasca: decocção (I, E),
Allemão Nativa
aroeira origem ginecológicas, chá (I, E), maceração em
ferimentos infectados água (I, E)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
-
matório, purgativo,
anemia, cólicas abdomi-
nais (dor de barriga), Fruto: in natura (I), suco
hipercolesterolemia (I), sumo (I), derivados
(gordura no sangue),
gengivite, diabetes, Casca: decocção (I), chá (I,
E), maceração em água (E)
câncer, hemorragia Flor: chá (I)
Anacardium occidentale
uterina, cólicas uterinas, Raiz: chá (I) Entrecasca:
Linnaeus Nativa 20 7
dermatite amoniacal decocção (E), maceração em
(assaduras de criança), água (E), chá
caspa, seborreia na (I, E)
cabeça, rachaduras nos

Astronium fraxinifolium
dor), antitussígeno
Schott Gonçalo Alves Nativa Entrecasca: chá (I)
(tosse), problemas 3 3 2
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

renais, dor nas costas


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

(tosse convulsa), antitus-


Manga, man- Entrecasca: lambedor (I)
sígeno, anti-hemorrági-
Mangifera indica Linnaeus gueira Cultivada Folha: 3
co, dores nas pernas,
males renais
males renais, apetite Entrecasca: chá
Casca (fruto): maceração
Spondias lutea Linnaeus Nativa NC 2 2 2
corrimento vaginal em água (I)
137
138

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
6- FAMÍLIA ANNONACEAE
dores do aparelho genital
Semente: chá (I)
Xylopia sericea A.St.-Hil. Embiriba Nativa feminino, indigestão, 3 3
Raiz: chá (I)
analgésico (dor)
Guatteria schomburgkiana
Embiriba Nativa males do estômago Semente: chá (I)
Mart.
inseticida (piolhos, Folha: maceração em água
Annona squamosa
carrapatos), hemorroi- (E), sumo (E),
Linnaeus Ata Cultivada NC 4 3 3
das, males do estômago chá (I)
-
Annona coriacea Martius Araticum Nativa Folha: chá (I) 2 3 2
aparelho urinário
Annona muricata emagrecer, febre, gripe, Folha: chá (I); Fruto: suco
Graviola Cultivada 4 3
Linnaeus diabete (I)
Estudos da Pós-Graduação

Semente de
Xylopia frutescens Aubl. Nativa analgésico (dor) Semente: chá (I)
Imbiriba

7- FAMÍLIA APIACEAE

apetite), cólicas abdomi-


nais de crianças (dor de Flor: chá (I); Semente: chá
barriga), diarreia, (I); Folha: chá (I), garrafada
calmante (nervosismo), (I); Parte aérea: in natura
Pimpinela anisum
aumento do leite mater- -cataplasma (E) Inflorescên-
Linnaeus Erva-doce Cultivada 7
no, difteria (crupe), cia: chá (I);
“gases na barriga”, Frutículos: chá (I)
barriga fofa, tumor
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
indigestão, ovulação
dolorosa (cólica mens-
trual), insônia, pressão
alta, calmante (nervosis-
Semente: chá (I); Frutícu-
Foeniculum vulgare mo), cólicas abdominais
los: chá (I); Folha: chá (I);
Miller Endro Cultivada (dor de 0,90
Flor: chá (I)
barriga), dismenorreia
(dor de cólica), palpita-
ções cardíacas
Petroselinum crispum
Salsa Folha: in natura (I) NC
(Mill.) Fuss

(catarro), cólicas abdo-


Coriandrum sativum Semente: chá (I); Folha: in
minais (dor de barriga),
Linnaeus Coentro natura (I) 7 4
dor de cabeça,
“para urinar”, convulsão
“evitar filho”, Flor: chá (I); Raiz: sumo
Daucus carota
calos secos, tosse, males
Linnaeus Cenoura Cultivada NC 4 4
nos olhos Semente: chá (I)
Cuminum cyminum
Cominho Cultivada abortivo Semente: chá (I) NC
Linnaeus
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

8- FAMÍLIA APOCYNACEAE
“bom pra pele”, tubercu-
lose, câncer, anti-infla-
matório, pancadas,
Caule: (
contusões, machucadu-
diluído em água (I) Entre- 20474
Himatanthus drasticus
Janaguba Nativa casca: chá (I), maceração 9 9
(Mar t.) Plumel pele), hérnia, hemorroi-
em água (I)
da, fratura óssea,
corrimento vaginal
139
(continuação Quadro 2)
140

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Caule:
anti-inflamatório,
Tabernaemontana cathari- Impingeiro, Grão Raiz: maceração em cachaça
micoses pruriginosas EAC 33340; EAC
nensis A.DC. de porco Nativa (I) 3
(coceira de pele)
Estudos da Pós-Graduação

pancadas, contusões,
Látex: in natura (I, E),
Hancornia speciosa Gomes Mangaba Nativa 3 2
diluído em água (I, E)
(torção)

Calotropis procera Ciumeira, Folha: in natura (secas) (I)


NC 2
Algodão seda verrugas (“berruga”) Folha: in natura

Himatanthus obovatus
amenorreia (falta de Ramos (parte aérea): chá
(Müll. Pau de leite Nativa
menstruação) (I)

9-FAMÍLIA ARECACEAE

Elaeis guineensis angina pectoris Fruto: óleo/cataplasma (E) NC


(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
depurativo (“limpa as
Copernicia prunifera
Nativa Raiz: chá (I) NC 9 4
(Mill.) H.E.Moore alergias, prurido,

Fruto: sumo (água de côco)


Cocos nucifera Coco verde,
(I)
Linnaeus refrescante, “para urinar” EAC 39439 2 3 2
Casca do fruto: chá (I)
litíases renal (pedra nos
Syagrus comosa (Mart.) Catolé Nativa rins) e biliar (pedra na Raiz: chá (I) NC 2 2
vesícula)
Attalea speciosa Entrecasca (fruto): macera-
Babaçu Nativa anti-inflamatório, câncer ção em água (I), chá (I) NC 2 2 0,20
Bactris gasipaes Kunth Pupunha Nativa Fruto: decocção (I) NC
Syagrus picrophylla
Coco-babão Nativa asma Flor: chá (I) NC

10-FAMÍLIA ARISTOLOCHIACEAE

Folha: in natura (E), chá (I)


reumatismo, epilepsia, EAC 20432
Aristolochia birostris Duch Angelicó Nativa Ramos: chá (I) 3 4 4
falta de apetite, clorose
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

Aristolochia labiata Jarrinha Nativa “evitar filho”, abortivo Raiz: chá (I); Cipó: chá (I) 2 2 0,20
EAC 23422
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

11-FAMÍLIA ASPARAGACEAE

Asparagus plumosus Baker. Milindro Cultivada problemas cardíacos Folha: chá (I) 2

depurativo (“limpa as
Agave sisalana Perrine Agave Folha: decocção (I) NC 2 2
“vitalidade ao sistema
141

digestivo”
142

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
depurativo (“limpa as
Folha: chá (I), sumo (I),
Agave americana
Linnaeus Pita Cultivada males hepáticos, impin- NC 3 3 3
Ramos:
gem
12-FAMÍLIA ASPHODELACEAE
acne (espinha), hemor-
Folha: sumo (E), chá (I), in
roida, abortivo, calvície,
Estudos da Pós-Graduação

natura (E); Parte vegetati-


Aloe vera (L.) Burm. f. Babosa estimulante do bulbo 4 3
va: chá (I)
capilar
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
13-FAMÍLIA ASTERACEAE

23402; EAC 24970;


EAC 3940; EAC
ovulação dolorosa
(cólica de mulher),
depurativo (“limpa as
HUEFS
Ageratum conyzoides
gripe, aborto incompleto, Raiz: chá (I), maceração em
Linnaeus
Mentrasto Nativa nervosismo, cólicas água (I);Folha: chá (I)
abdominais (dor de
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

barriga), anti-inflamató-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

rio, distensão muscular

23402; EAC
143
144

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Flor: chá (I), maceração em


suco de limão (I), in natura
(E), lambedor (I); Folha:
catarro), males hepáti- 3937; EAC 4022;
suco (I), in natura (E),
cos, depurativo (“limpa
lambedor (I) Inflorescência:
-
Blainvillea acmella Agrião, agrião- in natura (I), lambedor (I),
(L.) Philipson bravo Nativa chá (I) 9
cabeça, bócio, gripe,
Ramos: chá (I); Planta
faringite (infecção de HUEFS
toda: maceração em água (I)
garganta)
Estudos da Pós-Graduação

ovulação dolorosa (dor


no período da mesntrua-
Inflorescência ou botões
ção), analgésico (dor),
florais: chá (I); Flor: chá
indigestão, febre, cólicas
(I), in natura (I), maceração
intestinais, males
em água (I)
Egletes viscosa (L.) Less. Macela Nativa hepáticos, EAC 24407; HUEFS 7
Folha: chá (I); Semente:
“gases na barriga”,
chá (I)
hemorroida, amenorreia
(regular menstruarão),
males renais
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
calmante (nervosismo),
dismenorreia (dor de
mulher), anticonceptivo,
Ramos: chá (I, E); Folha:
abortivo, epilepsia,
Ambrosia artemisiifolia chá (I, E); Planta toda: chá
Losna Nativa leucorreia (corrimento NC 7
Linnaeus (I)
menstrual intenso,

abortivo, dor de cabeça,


Artemisia vulgaris Galho todo com folhas e
Artemisia indigestão, males 3 3 3
Linnaeus flores: chá (I)
hepáticos, males renais
trombose (“ramo”),
Helianthus annuus Semente: chá (I), in natura
Girassol Cultivada difteria (crupe), febre, 3
Linnaeus (I), garrafada (I)
gripe, asma
Espinho de
Acanthospermum hispidum
retirante, Carrapi-
DC. Nativa Raiz: chá (I), lambedor (I) 2 3 0,24
cho

Raiz: chá (I),


regula a regra”, depurati-
Folha: in natura - cataplas-
Chaptalia nutans (L.) Pol. Língua de vaca Nativa 0,77
ma (E)
do sangue”), tumor
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

amenorreia (falta de
Elephantopus mollis Kunth Língua de vaca Nativa Raiz: chá (I), lambedor (I) HCDAL 2404; EAC 2 2 2
regra), tosse

Lactuca sativa insônia, calmante Folha: sumo (I); in natura


Alface Cultivada NC 2 2 0,20
Linnaeus (I)
145
(continuação Quadro 2)
146

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Matricaria chamomilla Folha: chá (I)
Camomila Cultivada primeira dentição
Linnaeus Flor: chá (I)

Pectis brevipedunculata Alecrim do


estomatite (feridas na
(Gardner) Sch.Bip. campo Nativa Planta toda: chá (I)
boca)

Flor: maceração em álcool


Solidago chilensis Meyen Arnica Nativa machucaduras, pancadas
(E)
Cynara scolymus males hepáticos, males
Alcachofra Cultivada Folha: chá (I) NC 2 0,20
Linnaeus digestivos, indigestão

Artemisia absinthium indigestão, epigastralgia


gotas amargas Cultivada Folha: chá (I) NC 2 3 2
Linnaeus (dor de estômago)

Gymnanthemum amygda-
linum males hepáticos, aftas
Alumã Cultivada Folha: in natura (I, E) EAC 2 3 0,24
Estudos da Pós-Graduação

(sapinho)

Vernonanthura brasiliana
Folha: maceração em água
(L.) Nativa catarata
(E)

EAC 23073; EAC


Pluchea sagittalis Folha: chá (I) 23927
Madrecravo Nativa males estomacais
(Lam.) Cabrera Semente: chá (I)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Casca (caule): chá (I),
maceração em
Baccharis crispa Spreng. Nativa diabetes, angina pectoris NC 2 2 2
água/cataplasma (E)
14-FAMÍLIA BIGNONIACEAE
depurativo (“limpa as

edema (retenção de
Jacaranda brasiliana urina), disenteria Casca (caule): chá (I).
Caroba Nativa 0,77
(Lam.) Pers. (diarreia), ansiedade decocção (E); Flor: chá (I)

anti-inflamatório
pancadas, câncer, males
renais, hepáticos e Casca (caule): chá (I),
Handroanthus impetigino- renais, câncer de esôfa- decocção (E), maceração em
sus Nativa álcool (I) NC 0,90
câncer uterino, contu- Flor: chá (I)
sões, tumoração maligna
Crescentia cujete “para urinar”, males
Coité Cultivada Folha: chá (I), lambedor (I) NC 3 3 2
Linnaeus intestinais e hepáticos
15-FAMÍLIA BIXACEAE
pancadas, machucaduras,
Folha: chá (I)
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

Bixa orellana
convulsa), gripe, palpita- Semente: chá (I), suco (I)
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Linnaeus Urucum Nativa 3


ções cardíacas, Fruto: garrafada (I)
pulmão

16-FAMÍLIA BORAGINACEAE

fígado, dismenorreia
Heliotropium indicum
(cólica menstrual), gripe, Raiz: chá (I), decocção (E,
Linnaeus Fedegoso Nativa 9 9
I)
147

menstrual
(continuação Quadro 2)
148

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Symphitum officinalle contraceptivo, anti-infla-
Confrei Cultivada Folha: chá (I) 2 3 3
Linnaeus matório

17-FAMÍLIA BRASSICACEAE
Folha: sumo (I), decocção
Brassica oleracea difteria (crupe), anemia,
Couve branco (I) NC 3 4 4
Linnaeus
Talo: sumo (I)
Semente: chá (I), in natura
Brassica juncea subsp. dor), dor de cabeça,
(E)
integrifolia Mostarda “ramo” (trombose), NC 4 4
Folha: in natura (I)
epilepsia
18-FAMÍLIA BROMELIACEAE

Ananas comosus (L.)


Nativa gripe, pulmão Fruto: suco (I) NC 2 0,20
Merril

19- FAMÍLIA BRUSERACEAE


Estudos da Pós-Graduação

Imburana de 20730
ameaça de aborto,
Commiphora leptophloeos espinho, Imbura-
Nativa anti-inflamatório, tosse, Casca (Caule): chá (I) 4 4
(Mart.) J.B.Gillett na de cambão
males renais

20-FAMÍLIA CACTACEAE

reumatismo, diabetes, Caule: chá (I)


Cereus jamacaru DC. Mandacaru Nativa 3 3 2
“dor nas costas” Raiz: chá (I)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Melocactus bahiensis
Coroa de frade Nativa Raiz: chá (I) NC
cabeça forte)

Folha: in natura (I), sumo


Pereskia bleo (Kunth) DC. Cultivada NC 2 2 2
Doce (I)
nervosa)
21- FAMÍLIA CARICACEAE
vermífugo, constipação
(intestino preso), Folha: chá (I) Flor: chá (I)
Mamoeiro macho,
Carica papaya indigestão, cólicas Fruto: in natura (I)
mamão de corda NC 3
Linnaeus abdominais (dor de Planta toda:
barriga), males hepáticos
22-FAMÍLIA CARYOCARACEAE

Caryocar coriaceum Fruto (Mesocarpo): óleo


Nativa 2 2 2
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

pele), reumatismo (E)


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

23- FAMÍLIA CHRYSOBALANACEAE

Entrecasca: maceração em
Licania rigida Benth Nativa diabetes
água (I)
149
(continuação Quadro 2)
150

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
24- FAMÍLIA CLEOMACEAE
dor de ouvido, tubercu-
lose, depurativo (“limpa
Raiz: maceração em água
-
(I), lambedor (I), garrafada
-
Tarenaya spinosa (I), Chá (I), Folha: in natura
Nativa te 4 0,79
(E)
(tirar catarro), tosse,
Flor: lambedor (I)
tosse), pulmão
25- FAMÍLIA COMBRETACEAE

Terminalia glabrescens
Catinga de porco Nativa diarreia Casca (Caule): chá (I)
Mart.
Estudos da Pós-Graduação

Folha: chá (I), in natura/pó


(E)
Entrecasca: chá (E, I)
câncer, reumatismo,
Flor: chá (I); Casca (caule):
Combretum leprosum Mart prurido (coceira),
Mufumbo Nativa chá (I), in natura/pó (E), 7
ameaça de aborto, males
maceração em água (I)
hepáticos
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Terminalia catappa
Castanhola ameaça de aborto Folha: chá (I)
Linnaeus

26- FAMÍLIA CONVOLVULACEAE


depurativo (“limpa as

acne (espinha), prurido,


infecções de pele, Batata: goma da batata (I),
chá (I), in natura /pó (I), chá
Operculina macrocarpa
Batata de purga Nativa (peito cheio), sífilis, da goma (I), garrafada (I); 20 7
(L.) Urb.
sinusite (catarro na Raiz:

(coceira), corrimento
vaginal
edema (retenção de
Folha: in natura (E),
Convolvulus asarifolius urina), artralgia (“dor
Salsa Nativa maceração em água (E) 2 2 2
Desr.
dor de cabeça, adinamia Folha: in natura (I); Ra-
mos: in natura (E); Batata:
Ipomoea batatas (L.) Poir. Batata doce 4 3 3
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

acne (espinha) in natura (E)


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Cuscuta racemosa Mart. Cipó chumbo Nativa angina (dor no coração) Cipó: chá (E) NC

27 - FAMÍLIA COSTACEAE

Costus spicatus
Nativa corrimento vaginal Planta toda: chá (I) NC
Cana de macaco
151
(continuação Quadro 2)
152

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
28 - FAMÍLIA CRASSULACEAE
males do pulmão, câncer
e inflamações no ovário

(cheio de catarro),
edema (retenção de Folha: lambedor (I), chá (I),
Kalanchoe crenata (An-
Coirama, Corama urina), colite, sumo (I), in natura (E)
drews) Haw. 7
corrimento vaginal, Talo: sumo (I)
furunculose (tumores na

gástrica, ameaça de
aborto

Kalanchoe pinnata Pers. Courama Folha: chá (I), sumo (E) 2 2 2


(espinha)

29 - FAMÍLIA CUCURBITACEAE

Cucumis anguria verruga (“berruga”),


Nativa Fruto: in natura (I, E) NC 2 2 2
Estudos da Pós-Graduação

Linnaeus hemorroida

Citrullus lanatus (Thunb.) “para urinar”, diarreia, Folhas jovens: chá (I)
Melancia Cultivada NC 4 3
febre, rins Semente: chá (I)
sinusite (catarro na
-
Luffa operculata (L.) Cogn. Cabacinha Nativa ta, febre, abortivo, Fruto: chá (I, E), 3

cheia)
abortivo, depurativo
Batata: chá (I), in natura
Cabeça de negro, (I), garrafada (I); Casca: chá
sangue”), reumatismo,
Cayaponia tayuya (Vell.) (I); Raiz: chá (I); Parte
Nativa 9 7
Cogn. aérea:
crotalus sp, corrimento
chá (I, E)
vaginal
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Folha: sumo (I), in natura/


blenorragia (gonorreia), cataplasma (E), decocção
doenças de pele, colite, (E), maceração em água (E);
inflamação ginecológica, Fruto: in natura/cataplasma
Momordica charantia Melão de São
- (E) Ramo: chá (I); Planta 7 4
Linnaeus Caetano
to vaginal, feridas toda:
infectadas, ganho de chá (E)
peso
gastralgia (dor de
estômago), indigestão,
“gases na barriga”,
hipertensão arterial Fruto: decocção (I), sumo
Sechium edule Chuchu Cultivada 3
(pressão alta), problemas (I), suco (I); Flor: chá (I)
cardíacos, corrimento
vaginal
Cucurbita pepo vermífugo (contra Semente:
Jerimum Cultivada
Linnaeus verme) maceração em água (I)

Cucumis sativis Fruto (casca): maceração


Pepino Cultivada manchas de pele NC
Linnaeus em álcool (E)

Sicana odorifera inflamação ginecológica,


Croá Cultivada Planta toda: chá (I, E) NC 2 2 0,20
(Vell.) Naudin corrimento vaginal
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

30- FAMÍLIA DIOSCOREACEAE

Dioscorea alata
Inhame Cultivada problemas cardíacos Batata: chá (I) NC 2 0,20
Linnaeus

31-FAMÍLIA ERYTHROXYLACEAE

Casca (caule): maceração


-
Erythroxylum vacciniifo- em cachaça (I), maceração
do”), hipertensão arterial
lium Catuaba Nativa em água (I), chá (I); Raiz: 9 3 3
(pressão alta), anemia,
Mart. chá (I); Caule: chá (I)
153

calmante (nervosismo)
154

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
32-FAMÍLIA EUPHORBIACEAE
dor de cabeça, doenças
oculares, edema
Ricinus communis Semente: óleo (I)
(retenção de urina),
Linnaeus Carrapateira Cultivada Folha: in natura (I) 0,77
purgativo (prisão de
ventre), ganho de peso
cálculos biliares e renais
(pedras), diabetes, Planta toda: chá (I)
Phyllanthus niruri
Raiz: maceração em água
Linnaeus Quebra-pedra Nativa 4 0,79
apetite), ameaça de (I), chá (I); Folha: chá (I)
aborto, males renais
adstringente, males
Croton sonderianus Müll. Casca (caule):in natura (I),
Marmeleiro preto Nativa hepáticos, diarreia, 4 2 0,40
Arg. chá (I); Entrecasca: chá (I)
intestino
Microstachys bidentata
Mamoninha Nativa Folha: chá (I) NC 0 0 0,00

-
Estudos da Pós-Graduação

te, picada por abelhas, Folha: in natura


Jatropha gossypiifolia
monilíase oral, anti-he- (E)
Linnaeus Nativa 7
morrágico, dor de Talo:
cabeça, dor de dente
Semente: maceração em
Jatropha curcas
purgativo, problemas nos óleo (E), maceração em água
Linnaeus Pinhão Manso 3 3 3
olhos, micose de pele (I), chá (I)

30330
depurativo (“limpa as
Croton heliotropiifolius
Velame Nativa Raiz: chá (I) 7
Kunth -
EAC 24709; EAC
29279
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
problemas renais, Casca (caule):in
anticoagulante (“afinar o natura/raspas (I); Planta
Croton echioides Baill Quebra faca Nativa 2 2 2
sangue”) toda: in natura (I)
Casca (caule): maceração
Cnidoscolus quercifolius dor de dente, anti-infla- em água (I); Planta toda: in
Favela Nativa 2 2 2
Pohl matório natura

sinusite (catarro na
Croton grewioides Baill. Canela do Mato Nativa Ramos: chá (I, E)
cabeça)

Croton campestris A.St.-


Velame Nativa epilepsia Casca: chá (I) NC
Hil.

doenças venéreas,
constipação (intestino Raiz: suco (I)
Cnidoscolus urens (L.)
Cansansão Nativa preso), dor de dente, Planta toda: 2 4
Arthur
micose de pele
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

Manihot esculenta Mandioca Nativa micose de pele Fruto: in natura (E) NC


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

33- FAMÍLIA FABACEAE


amenorreia (falta de
regra), sinusite (catarro
-
Semente: chá (I); Fruto:
truar, regula a regra”,
Senna occidentalis (L.) chá (I)
Nativa analgésico (dor), depura- NC 4
Link Pará Raiz: decocção (I), chá (I)
tivo (“limpa as impure-

malária
155
156

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
HDELTA 234; EAC

-
Hymenaea eriogyne Benth. amenorreia (falta de
ro Nativa Casca (caule): chá (I)
menstruação)
Estudos da Pós-Graduação
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

diarreia (aguda e crôni-


Casca (caule): chá (I),
(tosse cheia), tuberculo- garrafada (I), maceração em
se, fortificante, tosse, água (I), lambedor (I), in
Hymenaea courbaril
natura / pó (I),
Linnaeus Jatobá Nativa
Fruto “verde”: chá (I)
- Entrecasca: lambedor (I)
tivo (“limpa as impure-
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

-
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

são

7974; EAC
157
(continuação Quadro 2)
158

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Senna obtusifolia (L.)


Mata pasto Nativa Raiz: chá (I) 2 0,20

refrescante, “para
Tamarindus indica urinar”, males intestinais
Tamarindo Cultivada Fruto: suco (I), chá (I) 2 4
Linnaeus
(dor de cabeça forte).
Estudos da Pós-Graduação

Poincianella bracteosa
Catingueira Nativa males respiratórios, tosse Flor: lambedor (I) 2 0,20

HDELTA 223

asma, gripe, diarreia, Raiz: chá (I); Flor: chá (I),


Poincianella pyramidalis
gengivorragia (sangue lambedor (I); Casca: chá (I); 24323
Catingueira Nativa 3
nas gengivas), hemorra- Folha: chá (I) EAC 29074; EAC
gias

EAC 972
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Poincianella gardneriana
Catingueira Nativa hemorragias Casca: chá (I)

enterocolite (diarreia
importante), diabetes, Casca (caule): chá (I), in
contusão, pancadas, natura/ pó (E); Fruto: chá
Libidibia ferrea depurativo (“limpa as (I), maceração em água (I);
Nativa Raiz: maceração em álcool 9
tosse, gripe, anti-infla- (I); Inflorescência: chá (I)
matório, problemas
cardíacos
EAC 24727; EAC
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
159
160

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Inflorescência: chá (I),


hemorroidas, vermífugo,
lambedor (I), suco (I); Folha
Senna alata Nativa analgésico (pra dor), 4 4
Pará “jovens”: in natura (E)
micose de pele
Estudos da Pós-Graduação

males renais, males de


Bauhinia pentandra Mororó de Casca (caule): chá (I, E)
Nativa garganta (faringite, 2 2 2
(Bong.) D.Dietr. espinho Folha: chá (I)
amigadalite)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Copaifera langsdorffii reumatismo, males


Pau d‘oleo Nativa Casca (caule): chá (I) 2 3 3
Desf. renais e hepáticos

Casca: lambedor (I) Fruto:


decocção (I), lambedor (I),
Hymenaea courbaril var.
maceração em álcool (E),
stilbocarpa (Hayne) Y.T. analgésico (dor), tosse,
Nativa maceração em água (I), chá 4 3
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

Lee & Langenh. pancadas, contusões


(I)
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

abortivo, dismenorreia
Cassia fistula
Sene Cultivada (cólica menstrual), Folha: chá (I) 3 3 3
Linnaeus
vermífugo
Senna reticulata Flor: chá (I)
Maria mole Nativa asma 2
Raiz: garrafada (I)
161
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
162

Periandra mediterranea
(Vell.) Taub. Nativa calmante (nervosismo) Raiz: chá (I)
Estudos da Pós-Graduação

24702

Swartzia flaemingii var.


psilonema cólica intestinal (dor de
Jacarandá Nativa Casca (caule): chá (I)
Cowan barriga)

Pterodon emarginatus Semente: chá (I), in natura/


Sucupira amarela Nativa febre, dor de garganta 2 3 3
Vogel pó (I)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

24294

32229;

HUEFS

Bowdichia virgilioides
Kunth Sucupira Nativa reumatismo Casca (caule): chá (I)

HUEFS
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Casca (caule): decocção (I,


cheia), gripe, rinite E), chá (I), maceração em
(“estalecido”), ameaça água (I)
de aborto, fígado, Semente: in natura/pó (I),
Amburana cearensis Imburana de
Nativa pulmão, chá (I), maceração em água 9
(Allemão) A.C.Sm. cheiro, Cumaru
anti-inflamatória, (I)
163

obstrução nasal (“estale- Caule: garrafada (I)


cido”), dor menstrual
PARTE UTILIZADA/
164

VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
placenta retida, anemia, Semente: maceração em
Phaseolus vulgaris
cistite (infecção de água (I), decocção (I);
Linnaeus Cultivada NC 3 2 2
Folha: chá (I)
Phaseolus lunatus
Fava micose de pele Folha: sumo (E)
Linnaeus

Casca (caule): chá (I),


insônia, dor de dente, Semente: chá (I), in natura /
Erythrina velutina Mulungu Nativa obstrução nasal “(estale- pó (I); Entrecasca (caule): 3
decocção (E)

Andira surinamensis
vermífugo (matar
Angelim Nativa Semente: in natura (I)
vermes)
Estudos da Pós-Graduação

Myroxylon peruiferum
Linnaeus.f. Bálsamo Nativa analgésico (dor) Casca: chá (I)

inflamação ginecológica
Geoffroea spinosa Nativa (inflamação de mulher), Casca: chá (I) HUEFS 2 2 0,20
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

gripe, tosse, febre, EAC 32227; EAC


depurativo (“limpa as
Anadenanthera colubrina Casca (caule): chá (I),
var. lambedor (I), maceração em
Angico Nativa - 9
cebil (Griseb.) Altschul água (I)
culose, falta de apetite,
pulmão

-
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

Sensitiva, Malícia - Planta toda: chá (I) Folha:


Mimosa sensitiva
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

das mulheres, dão, males hepáticos, sumo (I), in natura/cataplas-


Linnaeus Nativa 7 0,97
Malícia anti-inflamatório, tumor ma (E)

Casca (caule): decocção


Stryphnodendron coria- anti-inflamatório,
(E), chá (I), maceração em
ceum
Barbatimão Nativa água 4 3
Benth vaginal, feridas crônicas
(I)
165
166

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

EAC 2244;

Senegalia polyphylla (DC.)


Espinheira Nativa disenteria (diarreia) Casca (Caule): chá (I)

HUEFS
Estudos da Pós-Graduação

Malícia das
Mimosa candollei - mulheres,
Nativa Ramo: chá (I) 2 2 0,20
ther sensitiva, doura- bursite
dinho do campo
EAC 47037; EAC

Leucaena glauca (L) Semente: chá (I), maceração


Linhaça NC 2 2 2
Benth. em óleo (E)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
CEPEC 47900;

Mimosa acutistipula capilar (para cabelo Casca (Caule): chá (E, I)


(Mart.) Benth. Jurema Preta Nativa crescer), problemas de Folha: sumo (E) 3 3 2
3444;
garganta
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:
167
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
168

VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
HDELTA 207; EAC

Chloroleucon dumosum emético (provoca


Casca (Caule): chá (E)
(Benth.) G.P. Lewis Jurema Branca Nativa vômito), inflamações 2
Semente: chá (I)
ginecológicas
EAC 27430;
EAC 30290; EAC

EAC 9777
Vachellia farnesiana (L.)
Coronha Nativa febre, convulsão Raiz: chá (I) 2 2

Pithecellobium dulce Casca (vagem): lambedor


Estudos da Pós-Graduação

Algaroba 2 0,20
(I)

HUEFS

HUEFS
Desmodium incanum (Sw.)
Carrapicho de boi HUEFS
DC. Raiz: chá (I) 2 3 3
catarro)

HUEFS
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Luetzelburgia auriculata
Ducke Pau mocó Nativa venenosa Planta toda 0 0 0 0,00

HUEFS
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Calliandra spinosa Ducke


Nativa Casca: chá (I) 2 2
(prisão de ventre)
169
(continuação Quadro 2)
170

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

2040;EAC

EAC 4023;
Bauhinia ungulata Lin-
Folha: chá (I)
Estudos da Pós-Graduação

naeus, Mororó liso Nativa no sangue), males 2 2 2


Casca: chá (I)
digestivos

34- FAMÍLIA LAMIACEAE


indigestão, cólicas
Mentha × villosa Huds. Cultivada abdominais em crianças Folha: chá (I) 3 0,24
(dor de barriga)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Folha: in natura (I), sumo


(peito cheio), males
Plectranthus amboinicus Malva do reino, (I), chá (I, E), lambedor (I),
hepáticos, corrimento
(Lour.) Spreng. Malvarisco Cultivada Entrecasca: decocção (E) 3
vaginal, inflamações
Casca (caule): chá (I)
ginecológicas, dor de
garganta

dor de ouvido, sinusite


Ocimum basilicum Folha: chá (I, E), decocção
Cultivada (catarro na cabeça), dor 4 3
Linnaeus (E), in natura (E), sumo (E)
de cabeça

Ocimum minimum Lin-


dor de ouvido Folha: in natura (E) 2
naeus

Cantinoa mutabilis estômago, analgésico Parte aérea: sumo (I, E)


Sambacuité Nativa 2 0,44
(dor) Raiz: chá (I)
micose de pele, entero-
colite, diarreia, angina, Planta toda: chá (I, E),
febre, calmante (nervo- decocção (E)
Ocimum gratissimum
Alfavaca Folha: chá (I, E), in natura 7
Linnaeus
(sapinho), antisséptico (I), decocção (E) 3992; EAC
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

(doenças de pele)
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Mesosphaerum suaveolens Folha: chá (I, E) Planta


hepáticos, indigestão,
Bamburral Nativa toda: chá (I) Raiz: chá (I) 2 0,44
problemas de garganta
171
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
172

VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
dismenorreia (dor de
mulher), sinusite (catarro

apetite), dispneia
(cansaço), afecções Flor: chá (I, E)
oculares, analgésico Folha: chá (I, E), in natura
(dor), vermífugo, (E)
Salvia rosmarinus Schleid. Alecrim Cultivada
calmante (nervosismo), Ramo: chá (I)
febre, Planta toda: chá (I)

ventre), volvo, clorose,

intestinais
dismenorreia (dor
menstrual), gripe,
amigdalite, faringite
Mentha arvensis var. (infecções de garganta), Folha: chá (I), in natura (I),
Cultivada 7 4
piperacens calmante (nervosismo), Raiz: chá (I), in natura (I)
cólicas abdominais (dor
Estudos da Pós-Graduação

de barriga)

Plectranthus thyrsoideus Malvaísco, Folha: lambedor (I), chá (I),


Cultivada NC 3
(Baker) B.Mathew Malvarisco ginecológicas, purgativo, sumo (I)
corrimento vaginal

faringite (infecções de
Origanum majorana Linn Cultivada Folha: sumo (I) NC 2 0,20
garganta), infecções
orais
analgésico (dor), males
hepáticos, falta de
apetite, depurativo (“lim-
Flor: chá (I, E), Folha:
sangue”), micose de
Lavandula vera DC decocção (E) Semente: chá
Cultivada pele, cólicas abdominais NC 9 7
(I)
(dor de barriga), volvo,
inflamações ginecológi-
cas, corrimento vaginal
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Cordão de S. Fruto: chá (I)


Leonotis nepetifolia Francisco males renais Flor: chá (I) 2

males hepáticos, indiges-


tão, gastrite, tosse, gripe, Folha: lambedor (I), sumo
Plectranthus barbatus
Malva-Santa Cultivada inflamações ginecológi- (E), chá (I)
Andr.
cas, corrimento vaginal

Mentha × piperita var.


Hortelã gripe Folha: lambedor (I) NC 4
citrata (Ehrh.) Briq.
males estomacais,
Tetradenia riparia (Ho-
Pluma Cultivada ovulação dolorosa Folha: chá (I) 2 2
chst.) Codd
(cólica menstrual)
Leonurus sibiricus
Macaé Cultivada Planta toda: lambedor (I)
Linnaeus

Folha: maceração em álcool


Vitex agnus-castus (E), chá (I)
Pau d‘angola reumatismo, dor de 3 3 3
Linnaeus Flor: maceração em álcool
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

cabeça
(E)
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

35- FAMÍLIA LAURACEAE


-
tensão arterial (pressão
alta), males renais e
hepáticos, infecções Semente: chá (I), maceração
Persea americana Mill. ginecológicas, corrimen- em água (I); Folha: chá (I)
Abacate NC
to vaginal, “para Fruto: in natura (I)
urinar”, diarreia, cólica
173

nefrótica (pedra nos rins)


(continuação Quadro 2)
174

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Cinammomum verum
Canela febre, males estomacais Casca (caule): chá (I) 2 2
J.Presl

Casca: chá (I); Folha: chá


Nectandra leucantha Nees Canela Nativa tônico do estômago NC
(I)
falta de apetite, indiges-
Laurus nobilis Folha: chá (I)
Louro Adaptada tão, emético (provoca NC 3 2
Linnaeus Fruto: suco (I)
vômito)
36- FAMÍLIA LYTHRACEAE

amigdalite, faringite
Fruto (casca):in natura (I,
(infecções de garganta)
E), chá (I, E),
Punica granatum anti-inflamatório,
Folha: in natura (I) Semen-
Linnaeus antibacteriano, catarata, 2 2
te: maceração em água (E)
problemas de garganta
em geral
enterocolite (diarreia
Estudos da Pós-Graduação

grave), diarreia, insônia,

sangue”), arteriosclerose
Planta toda: chá (I)
Cuphea carthagenensis (doença da velhice),
Raiz: chá (I)
Macbride Sete sangrias Nativa dismenorreia (dor de NC 7
Caule:
cólica), “para urinar”,
hipertensão arterial
(pressão alta), males
cardíacos, verrugas
37- FAMÍLIA MALVACEAE
Fruto: decocção (I), in
natura
-
Hibiscus esculentus (I)
Quiabo Cultivado pação (intestino preso), 4
Linnaeus Semente: in natura/pó (I),
hemorroidas, asma
chá (I), in natura/torrada (I)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
hemorragia uterina,
amenorreia (regula a Folha: lambedor (I), chá (I)
menstruarão), micose de Raiz: chá (I); Flor: sumo
Gossypium herbaceum pele, varicela (catapora), (E) Semente: garrafada (I),
Algodoeiro 9 0,90
Linnaeus óleo
(I)
(falta de apetite)
Gossypium hirsutum var.
marie-galante
Algodão Folha: in natura (E)
J.B. Hutch.

Casca (caule): mucilagem


Guazuma ulmifolia Mutamba preta, (I), Chá (I); Entrecasca
antisseborreico, bursite,
Lamarck Mutamba Nativa (caule): maceração em água 3 4 3
artrite, hemorroida
(E)
EAC 20042; EAC

apendicite, micose de
pele, analgésico (pra
dor), inflamações
ginecológicas, corrimen-
Cavanillesia umbellata to vaginal, fissura Casca (caule): maceração
Barriguda Nativa NC
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

calcânea (rachadura nos em água (I, E), decocção (E)


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

pés),
tumor na mama, “dor nas
costas”
depurativo (“limpa as
Triumfetta semitriloba Carrapicho de boi Nativa Raiz: chá (I)

dismenorreia (cólica

Umbigo de renal (retenção de urina),


EAC
Helicteres baruensis Nativa cólicas abdominais Fruto: chá (I) 3 4 4
175

(dor de barriga), analgé-


sico (dor)
176

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Pseudobombax marginatum hemorragia uterina,
inflamações ginecológi-
Imbiratanha Nativa Casca (caule): chá (I) NC 3 2 0,20
cas, corrimento vaginal
38- FAMÍLIA MELIACEAE

Cedrela odorata vermífugo, repelente de Entrecasca (caule): in


Cedro Nativa
Linnaeus insetos natura/pó (I)

39- FAMÍLIA MENISPERMACEAE

Cissampelos sympodialis
Angelicó Nativa depurativo (“limpa as Parte aérea: chá (I) 3 2
Eichler

40- FAMÍLIA MONIMIACEAE


hepatopatias (males
Peumus boldus Molina Boldo hepáticos), indigestão, Folha: chá (I) NC 3 0,24
males estomacais
Estudos da Pós-Graduação

41- FAMÍLIA MORACEAE


tônico (indisposição),
cólica intestinal, reuma-
tismo, gripe, catarata,
Brosimum gaudichaudii regulador do ciclo Casca (Caule): chá (I)
Inharé Nativa 27739; 0,77
Trécul - Caule:
trual
intenso
Maclura tinctoria (L.)
Nativa anti-inflamatório Caule: EAC
espinho

Dorstenia asaroides
Contra-erva Nativa Raiz: lambedor (I), chá (I) 2 4 0,29
(continuação Quadro 2)
42- FAMÍLIA MUSACEAE

Folha: sumo (I), chá


(tosse convulsa), tosse,
(“folhas secas”) (E); Flor
Musa Linnaeus Bananeira adstringente, faringite NC 3 2 0,44
(“mangará”): lambedor (I)
(infecção de garganta)
43- FAMÍLIA MYRISTICACEAE
problemas cardíacos,
Semente: in natura/pó (I),
Myristica fragrans Houtt. Adaptada analgésico (dor), síncope NC 2 3 2
chá (I)
(desmaios)
44- FAMÍLIA MYRTACEAE
febre, gripe, tosse,
HCDAL 944; EAC
Corymbia citriodora
inflamação ginecológica, Folha: chá (I, E), decocção
Eucalipto Cultivada sinusite (catarro na (E, I), lambedor (I) 42
L.A.S.Johnson

“gases na barriga”,
Ramos terminais (“folhas
diarreia, anemia, gripe,
Psidium guajava jovens”): chá (I) Fruto: in
edema (retenção de
Linnaeus Goiaba natura (I); Folha: chá (I), in 0,90
urina), hemorragia
natura/cataplasma (E)
uterina
ameba, diarreia, febre,
Folha: chá (I), decocção (E)
Eugenia uniflora Linnaeus Pitanga Nativa 4 4 2 0,40
“Ramo florido”: chá (I)
digestão)
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

Syzygium aromaticum dor de dente, dor de Botão floral: in natura (E,


Cravo da Índia NC 2 2 2
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

cabeça I)

Eugenia dysenterica emético (provoca o


Cagaita Nativa Fruto: in natura (I) 0 0 0,00
(Mart.) DC. vômito)
45- FAMÍLIA NYCTAGINACEAE
“para urinar”, refrescan-
te, alergias, depurativo Raiz: maceração em água
(I), suco (I); Batata: chá (I)
Boerhavia coccinea Mill. Pega-pinto 7 4 4
sangue”), micose de Planta toda: chá (I)
177

pele
(continuação Quadro 2)
178

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
“para urinar”, refrescan-
Mirabilis jalapa Bonina, Maravi- Semente: in natura/pó (E)
te, inflamação ginecoló-
Linnaeus lha Ramo: chá (I) 2 4 4
gica

46- FAMÍLIA OLACACEAE (F-54)

Ximenia americana
Linnaeus, Nativa problemas digestivos Casca (caule): chá (I)

2379; EAC

Olea europaea hipercolesterolemia


Cultivada Folha: chá (I) NC
Estudos da Pós-Graduação

Linnaeus (colesterol alto)

Jasminum pubescens machucaduras (feridas


Jasmim Cultivada Parte aérea: NC
de cortes, escoriações)

47- FAMÍLIA ORCHIDACEAE

Cyrtopodium blanchetii Folha: maceração em álcool


Nativa reumatismo
(E)
Cola de
Cyrtopodium punctatum Caule: maceração em álcool
(L.) Lindl. Cultivada reumatismo (E) NC 3
tatu
48- FAMÍLIA OXALIDACEAE
litíases renal e biliar
Averrhoa carambola
Carambola Cultivada (pedra nos rins e vesícu- Folha: chá (I) 2 2
Linnaeus,
la)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
49- FAMÍLIA PAPAVERACEAE
asma, febre, gripe,
Argemone mexicana Semente: chá (I), decocção
Cardo santo 3
Linnaeus, (I)
colo uterino
50- FAMÍLIA PASSIFLORACEAE
litíase renal (pedra nos
rins), prostatite
Piriqueta duarteana (retenção de urina), Folha: chá (I); Raiz: chá (I),
(Cambess.) Chanana Nativa sinusite (catarro na maceração em água (I) NC 9 4
cabeça), gripe, pielone-
frite (urina com pus)
dor de cabeça, hiperten-
são arterial (pressão Fruto: suco (I)
Passiflora edulis Sims. Nativa 7 3 3
alta), insônia, nervosis- Folha: chá (I)
mo
51- FAMÍLIA PEDALIACEAE
tendinite, febre, trombo-
Semente: maceração em
Sesamum indicum se (“ramo”), “acelerar o
Linnaeus Gergelim Cultivada parto”, dor de cabeça, 7 0,97
Casca (caule): chá (I)
analgésico (dor)
52- FAMÍLIA PHYTOLACACEAE
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Raiz: chá (I), maceração em


cachaça (I)
reumatismo, abortiva,
Petiveria alliacea Planta toda: chá (E, I)
Tipi combate infecções em 3 3
Linnaeus, Folha: in natura /cataplasma
geral
(E)

Gallesia integrifolia
(Spreng.) Harms Pau D'alho Nativa gripe Ramo florífero: chá (I)
179
180

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
53- FAMÍLIA PIPERACEAE

Flor: chá (I)


Fruto: in natura (I) Inflo-
Pimenta de (retenção de urina),
rescência: chá (I), macera-
macaco, Pimenta 32224; EAC
Piper tuberculatum Nativa ção em álcool (E), in natura 4
Longa amigdalite, analgésico 32297; EAC 3977
(I)
(dor), dor reumática
SLUI 33
Peperomia transparens
Língua de sapo Nativa Planta toda: sumo (E) NC
Estudos da Pós-Graduação

dos olhos)
males hepáticos, edema
Piper umbellatum Raiz: chá (I), maceração em
Capeba Nativa nos pés (retenção de 4 3 2
Linnaeus água (E)
urina)
edema nos pés (pés
Piper peltatum
Capeba branca Nativa inchados, retenção de Raiz: chá (E) NC
Linnaeus
urina)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
54- FAMÍLIA PLANTAGINACEAE
depurativo (“limpa as

gripe, males pulmonares,


inflamações ginecológi-
cas, sarampo, hemorroi-
da, diabetes, icterícia,
-
lha”), primeira dentição,
disenteria (diarreia),
cólicas abdominais (dor
de barriga), regulador do
ciclo menstrual, ovula-
ção dolorosa (dor de Raiz: chá (I), decocção (I),
Vassourinha,
Scoparia dulcis mulher), congestão, maceração em água (I),
Vassourinha de
Linnaeus Nativa garrafada (I); Folha: chá (I) 22 23 9 2,00
botão
menstrual intenso, Planta toda: chá (E)
antisséptico tópico
(curuba, pereba, infec-

vaginal, edema (retenção


etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

coração, anticoagulante
(“afinar o sangue”)

(gente envenenada),
Folha: chá (I)
Plantago major
Raiz: chá (I), maceração em
Linnaeus Tanchagem 7
água (E); Ramo: chá (I)
renal (retenção de
urina), angina pectoris,
181
(continuação Quadro 2)
182

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
55- FAMÍLIA PLUMBAGINACEAE

Plumbago scandens EAC 27770


Louco Nativa Dor de dente Raiz: sumo (E)
Linnaeus,
56- FAMÍLIA POACEAE
calmante (nervosismo),
Cymbopogon citratus (DC.) “para urinar”, cólicas
Capim-santo Folha: chá (I) 7 4
Stapf intestinais, indigestão,
problemas cardíacos
“Cabelo da espiga”: chá (I)
Semente: maceração em
“para urinar”, sarampo,
Zea mays Linnaeus Milho Cultivada água (I), in natura/pó (I) NC 4 4
anemia, desidratação
Flor: chá (I)
Conta de capim,
Coix lacryma-jobi
Lágrima de Nossa
Linnaeus câncer Fruto: in natura/pó (I) EAC 29724
Senhora
57- FAMÍLIA POLYGONACEAE
Estudos da Pós-Graduação

494; EAC
diarreia, males intesti-
Coccoloba latifolia Lam. Nativa Casca (caule): chá (I) 2 0,20
nais
33774; EAC

Casca: chá (I), maceração


Triplaris gardneriana dor de dente, infecções em água (E)
Nativa 3 2 2
de garganta Entrecasca: decocção (E)
HUEFS

58- FAMÍLIA PORTULACACEAE

Portulaca oleracea Lin-


Beldroega Nativa males hepáticos e renais Parte aérea: chá (I) NC 2 2 2
naeus
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
59- FAMÍLIA PROTEACEAE
hipertensão arterial
(pressão alta), anticoagu- Casca: chá (I); Folha: chá
Roupala paulensis Sleumer Congonha Nativa NC 2 2 2
lante (“pra afinar o (I)
sangue”)
60- FAMÍLIA RHAMACEAE (F-36)
Casca (caule): chá (I),
lambedor (I), decocção (I),
in natura/pó (E), maceração
tosse, asma, febre, males
em água (E)
intestinais, mal hálito,
Entrecasca (caule): lambe-
Ziziphus joazeiro Mart.
Nativa dor (I), in natura/pó (E), 7 4
pitiríase seca (“caspa”),
maceração em água (E);
dispneia (cansaço)
Folha: chá (I)
61- FAMÍLIA ROSACEAE

Malus pumila Mill. Maçã Cultivada calmante (nervosismo) Fruto (casca): chá (I) NC

Rosa alba
Cultivada acne (espinha) Flores (pétalas): chá (I) NC 2 0,20
Linnaeus,
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

62- FAMÍLIA RUBIACEAE


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

JPB

febre, abortivo, amigda-


Coutarea hexandra lite, faringite (infecções
Nativa Casca (caule): chá (I) 4 3
K.Schum. de garganta), analgésico
(dor)
183
184

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Entrecasca (caule):in
pancadas, contusões,
natura/cataplasma (E) Casca
afrodisíaco (aumenta o
(caule verde):in natura/
-
cataplasma (E) Fruto:
Genipa americana vite, glaucoma, fortifi-
Jenipapo Nativa lambedor (I), suco (I) Casca NC
Linnaeus,
(fruto verde):
recuperando de cirugia),
maceração em água (E)

JPB

EAC
disenteria (diarreia),
Raiz: chá (I)
Guettarda angelica Mart. dismenorreia (cólica
Angélica Nativa Casca (caule): maceração 4 4
Estudos da Pós-Graduação

menstrual), males
em água (I)
pulmonares e urinários

EAC 20322; EAC


Borreria verticillata (L.) Vassourinha de
Nativa hemorroida Planta toda: chá (I) 20324; EAC 2 2
G.Mey. botão
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

JPB

acidente ofídico (picada


Cainca ou de cobra), angina EAC
Chiococca alba (L.) Hitchc. Nativa Raiz: chá (I, E) 2 2 2
caninana pectoris

63- FAMÍLIA RUTACEAE


analgésico (pra dor), dor
de ouvido, abortivo,
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

dismenorreia (dor de Folha: maceração em água


PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

menstruação), ovulação (E), chá (I), sumo (I), in


Ruta graveolens EAC 23993; EAC
Arruda Cultivada dolorosa (cólica de natura/cataplasma (E); 9
Linnaeus
mulher), males oculares, Planta toda: sumo (I)
inflamações ginecológi-
cas, corrimento vaginal
185
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
186

VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

EAC 4233;

Zanthoxylum gardneri
Catuaba de
Engler Nativa Casca (caule): garrafada (I)
espinho ; EAC

-
vite, febre, amigdalite,
faringite (infecções de
garganta), “para perder
Estudos da Pós-Graduação

peso”, afecções oculares Fruto: suco (E, I), chá (I),


Citrus x limon Limão 9
em geral, angina sumo (I), decocção (I,E)
pectoris (dor no cora-
ção)
cardíacos

Pilocarpus jaborandi afecções oculares em


Jaborandi Nativa Folha: decocção (I, E) 2 0,20
Holmes geral

Pilocarpus microphyllus
Jaborandi Nativa corrimento vaginal, febre Folha: chá (I, E) 2 2 2
EAC 2407

Fruto: in natura (I),


Citrus x aurantium calmante (nervosismo),
Folha: chá (I)
Linnaeus, males hepáticos, rinite 4 3
Casca (fruto): chá (I)
(estalecido)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

Fruto: suco (I)


(sapinho), dor de cabeça, Casca (fruto): chá (I)
Citrus limetta Limeira males estomacais, febre, Folha: in natura/cataplasma NC 9 0,90
- (E), chá (E)

Casca (fruto):in natura/pó


sinusite (catarro na (I)
Citrus nobilis Lor EAC 20427 2 2 2
cabeça), diarreia Folha: chá (I)

EAC

Zanthoxylum rhoifolium
Lam. Nativa contusões, pancadas Casca: chá (I)
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

64- FAMÍLIA SAPOTACEAE


diabetes mellitus,
Sideroxylon obtusifolium contusões, cólicas
intestinais (dor de Caule: in natura/“raspas” (I)
T.D.Penn. subsp. obtusifo- Nativa barriga), inflamações Casca (caule): chá (I) NC 4 4 4
lium ginecológicas, corrimen-
to vaginal
187
(continuação Quadro 2)
188

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
65- FAMÍLIA SIMAROUBACEAE

Raiz: maceração em água


2973;
Simaba maiana Casar. Pra-tudo Nativa asma alérgica 2

66- FAMÍLIA SMILACACEAE


depurativo (“limpa as
Smilax japicanga Griseb Japecanga Nativa Raiz: chá (I) 4 3 3
“doenças de pele”
depurativo (“limpa as
Smilax longifolia Salsa Parrilha Nativa Raiz: chá (I) NC 2

67- FAMÍLIA SOLANACEAE

hemorroidas, “cólicas de Raiz: chá (I)


Physalis angulata Lin-
Canapum Casca (caule): chá (I) 7
naeus,
Estudos da Pós-Graduação

e renais, febre, gripe

Fruto: chá (I)


tosse, febre, edema Raiz: chá (I), maceração em
Solanum paniculatum
Jurubeba Branca Nativa (retenção de urina), água (E), maceração em 0,93
Linnaeus
clorose vinho (I)

JPB

males do fígado, depura- Raiz: chá (I), in natura (E)


Solanum paludosum Moric. Nativa tivo (“limpa as impure- Folha: in natura / cataplas- 7 7
- ma (E) 27947;
mações ginecológicas
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
Folha: sumo (E), in natura/
Capsicum frutescens Pimenta malague-
de pele (curuba, pereba), cataplasma (E) Fruto: in
Linnaeus, ta NC 3 3 0,24
natura
Solanum tuberosum Batata (raiz): maceração
Batata inglesa “manchas de pele” NC
Linnaeus em álcool (E)

Lycopercicum esculentum
Tomateiro Semente: in natura (E) NC
Mill

Capsicum annuum
Pimentão Nativa Fruto: in natura (I) NC
Linnaeus abertas)

Brunfelsia uniflora (Pohl) depurativo (“limpa as


Manacá Nativa Raiz: chá (I) 2 2 2
D.Don

Solanum nigrum Folha: in natura / cataplas-


Valmora NC 2
Linnaeus ma (E)

Solanum americanum Mill. Erva-moura Nativa hemorroida Fruto: in natura (I)


etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos

Datura stramonium
asma (cansaço) Flor (“seca”): cigarro (I)
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Linnaeus

depurativo (“limpa as

Cestrum nocturnum tremor, males cardíacos


Linnaeus Flor da noite Cultivada (palpitações e doença nas Ramo: chá (I) 4
coronárias), “bom pra
pele”
189
190

(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES
68- FAMÍLIA URTICACEAE
regulador e defensor das
funções renais, males
hepáticos, anemia,
Folha: decocção (E), chá (I)
Cecropia pachystachya Hastes “jovens”: chá (I)
Nativa ginecológicas, edema 9 4
Trécul Raízes “jovens”: chá (I)

dentária
69- FAMÍLIA VERBENACEAE
calmante (nervosismo),
diarreia, insônia, disp-
neia (cansaço), cólicas
Estudos da Pós-Graduação

abdominais (dor de
Lippia alba (Mill.) N.E.Br.
barriga), males estoma- Folha: chá (I), decocção (I)
Cidreira Nativa Ramo: chá (I) 24744; EAC 9 3 0,72
(“cãimbra de sangue”),

indigestão
antisséptico das mucosas
e da pele (curuba,
Alecrim, estrepa- pereba), micose de pele,
4
Lippia origanoides Kunth -cavalo Nativa rinite (estalecido), Folha: chá (I, E) 4 2 0,40
problemas de garganta,
“pé de atleta” (chulé)
(continuação Quadro 2)
PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

EAC 24230, EAC

7239,EAC 7707,
etnofarmacopeia do Professor Francisco José de Abreu Matos
PLANTAS MEDICINAIS DA CAATINGA DO NORDESTE BASILEIRO:

Raiz: chá (I) Folha: chá (I)


tosse, diarreia, asma 4200, EAC
Lantana camara Linnaeus Cambará, Camara Flor: chá (I) 3 3 2
191
(continuação Quadro 2)
192

PARTE UTILIZADA/
VERNÁCULOS
USOS TERAPÊUTI- MODO DE PREPARO/ CITA-
ESPÉCIE POPULARES ORIGEM EXSICATAS* NP NSC IR
COS POPULARES FORMA DE USO (I OU E) ÇÕES

(catarro na cabeça),
Alecrim de desinfetante geral das
Lippia grata Schauer tabuleiro Nativa mucosas e da pele Folha: chá (I) 3 4 2 0,40

de pele, pereba)
Folha: chá (I)
Aloysia citrodora Palau Erva cidreira Cultivada cabeça forte), males NC 4 4 4
Haste: chá (I)
cardíacos
70- FAMÍLIA VIOLACEAE
ameba, tuberculose,
depurativo (“limpa as
Raiz: maceração em cachaça
(I),
Pombalia calceolaria (L.) Ipepacuanha, gripe, “primeira denti-
Nativa Chá (I), lambedor (I),
Pepaconha ção”, tosse, hemorroida,
decocção (I)
prolapso retal, febre
71- FAMÍLIA ZINGIBERACEAE
Estudos da Pós-Graduação

anti-inflamatório,

peito), asma, gripe,


Batata (raiz): chá (I, E), in
Curcuma longa Linnaeus Açafroa Cultivada convulsa), sarampo, 9 4
natura (I)
faringite (infecções de
garganta)
problemas de garganta
Zingiber officinale Roscoe Gengibre Cultivada Batata (raiz):in natura (I) EAC 23994 2
(faringite, amigdalite)
febre, gripe, calmante
(nervosismo), hiperten- Fruto: in natura (I) Semen-
são arterial (pressão te: in natura (I) Folha: chá
Alpinia zerumbet (Pers.)
Colônia Cultivada alta), arritmias cardíacas, (I); Flor: chá (I) 7 4
B.L. Burtt & R.M. Sm.
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Flavour and Fragrance
Journal
AS AUTORAS

Karla do Nascimento Magalhães

e Etnofarmacologia.

Mary Anne Medeiros Bandeira

pela Universidade Federal do Ceará. Leciona sobre Farmacognosia,


250 Estudos da Pós-Graduação

Mirian Parente Monteiro


Possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal do

Federal do Ceará (2000). Atualmente é Professora Titular do Depar-

Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos da Facul-


-

coordenadora do Grupo de Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos,


-
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