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No Brasil, o sistema carcerário passa por vários problemas, entre eles insalubres,

proliferação de doenças, falta de água potável e de comidas nutritivas, falta de


recursos higiênicos, falta de assistência e de proteção, assim como diversos outros
empecilhos que dificultam o melhoramento de nosso sistema prisional.

Segundo dados do levantamento do depen, desde o ano 2000 o Brasil já


apresentava déficit de vagas no sistema prisional, tendo uma estimativa de que
naquele ano, haviam 232.755 presos em todo país, estabelecidos dentro de um
sistema que contava com apenas 135.710 vagas. E não tão distante, o que
demonstra o perpetuamento da falta de vagas, até junho 2019 era um pouco mais
de 461.000 vagas disponibilizadas para abrigar cerca de 800.000 detentos,
contabilizando, segundo dados do CNJ, que o aumento da população peticionar
cresce em um ritmo de 8,3% ao ano.

Um dos pontos apontados para esse super loteamento de celas é a grande


quantidade presos provisórios, onde 41,5% das pessoas encarceradas ainda não
cumprem pena definitiva no Brasil, causando um aumento expressivo na lotação.
Em 2021, visando melhorar o sistema, a Funpen investiu cerca de R$150 milhões
do em construção e reformas nas unidades prisionais em todo o Brasil, assim como
observados no Painel de Monitoramento de Obras do Depen. Ademais, novo cálculo
demonstrou um aumento de 54,15 % na quantidade total de presos em atividades
educacionais nas Unidades Prisionais no Sistema Prisional Brasileiro e o aumento
de 21,5% na quantidade total de presos em atividades de trabalho, demonstrando
que os investimentos em melhores condições não só estruturais de celas, mas
também em procurar aumentar as chances de trabalho e estudo estão sendo
efetivadas, gerando aspectos muito positivos.

Naquele mesmo ano, o Depen apoiou órgãos de administração prisional e


secretarias estaduais de educação na construção dos Planos Estaduais de
Educação, onde arrecadaram mais de 260 mil livros às unidades prisionais do país.

O investimento dentro das áreas de segurança também recebeu valor expressivo,


com a finalidade de justamente diminuir a violência que ocorre dentro das
prisões.Além de tentar elaborar planos médicos para os apegados, tendo em vista

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que muitos estabelecimentos não contam com devido atendimentos médico o
suficiente para atender todas as necessidades das lotações.
A situação das mulheres dentro do sistema também é um tópico muito importante.
Todos são iguais, mas temos que ter consciência de que a mulher que possui
necessidades distintas dos homens e mesmo na condição de mãe, lactante e
gestante continua sendo presa preventivamente em locais mal estruturados e
criados para atender o gênero masculino. Além da grande violência enfrentada por
elas, muitas vezes até mesmo pelas próprias autoridades responsáveis pelas
unidades.

FONTES
● http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen
● https://www.gov.br/depen/pt-br/assuntos/noticias_old/segundo-levantamento-
do-depen-as-vagas-no-sistema-penitenciario-aumentaram-7-4-enquanto-a-po
pulacao-prisional-permaneceu-estavel-sem-aumento-significativo
● https://forumseguranca.org.br/publicacoes/sistema-prisional/

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