Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação À Distância
Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação À Distância
A Colonização Europeia
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______
Índice
1. Introdução ........................................................................................................................ 4
2.3. Os impactos positivos e negativo trazido com a presença europeia no solo Africano ... 8
2.4. Medidas tomadas pelos africanos para se defender da presença europeia ..................... 9
3. Conclusão ...................................................................................................................... 11
4. Bibliografia .................................................................................................................... 12
1. Introdução
Objectivos Específicos:
Na elaboração do trabalho aplicou-se a pesquisa bibliográfica que teve como vinculo a leitura
e interpretação de artigo, teses/dissertações e livros de autores que abordam acerca do assunto
em destaque, desde autores moçambicanos e outros internacionais que exerceram o papel de
apoio através de seus dizeres e pensamentos por eles escritos.
4
2. A Colonização Europeia
Antes do mais, importa expor o conceito da colonização que não passa de invasão/dominação
dos estrangeiros enviados ou vindos duma dada Região à outra, subjugando o povo local pelo
seu interesse (Dicionário enciclopédico online-Infopédia, 2020).
Conferencia de Berlim
Conferência de Berlim - realizada entre 1884 e 1885, na cidade de Berlim, entre quinze países
europeus, onde foram negociados e estabelecidos as acções e os parâmetros para a futura
colonização do continente africano.
Entre 1884 e 1885, representantes de quinze países europeus definiram, em Berlim, formas de
equacionar seus interesses recíprocos em relação à África. Nem é preciso dizer que nenhum
país africano foi convidado.
A colonização da África pelos europeus remonta ao século XV, quando Portugal dominou os
primeiros territórios na costa atlântica do continente. Na busca por uma rota para as Índias, os
portugueses encontraram ali grande oportunidade de atender a seus anseios mercantilistas.
Após os primeiros contactos, nem sempre amigáveis, com aldeias e reinos africanos, os
lusitanos passaram a instalar feitorias no litoral. A partir delas, podiam-se explorar metais
preciosos, marfim e produtos agrícolas.
5
Desde a Conferência de Berlin, marco do início da colonização na África, até o começo da
descolonização, foram, aproximadamente, 75 anos. Este tempo significou a introdução da
dinâmica de produção e consumo do capitalismo nos países africanos, a inserção do
continente na economia internacional e o surgimento dos movimentos de independência
política dos respectivos países africanos. Porém, as potências europeias reprimiram estes
movimentos, principalmente, na época do entre guerras. Os impérios europeus, ao longo da
colonização estabeleceram um modelo económico, introduziram um modelo de organização
político administrativo e reconfiguraram as fronteiras geográficas, submetendo tribos e grupos
étnicos a modelos de educação e cultura ocidentais.
Antes da colonização europeia os africanos tinham sua própria vivência, o continente passava
por suas próprias transformações, baseadas também na arrecadação de tributos, no trabalho
compulsório, bem como nas lutas pelo poder e pelo controle das riquezas ou das rotas de
comércio.
Segundo Amin (1976), “as formações sociais são, portanto, estruturas concretas,
organizadas, caracterizadas por um modo de produção dominante e pela articulação à
volta deste de um conjunto complexo de modos de produção que a ele estão
submetidos” (, p. 12).
De acordo com Samir Amin (1976), Modo de Produção é um conceito abstracto, não
implicando em uma lógica rígida de sucessão entre eles e nem existindo de forma “pura” em
alguma sociedade, conforme trabalhado pela historiografia tradicional. De acordo com Amin,
pode-se distinguir cinco modos de produção: 1) modo de produção “comunitário primitivo”
anterior a todos os outros; 2) modo de produção tributário; 3) modo de produção escravista; 4)
modo de produção “mercantil simples”, e 5) modo de produção capitalista. Mas nenhum
desses modos de produção existiu na forma ideal, pois as sociedades históricas são formações
que combinam modos de produção variados.
6
A África negra apresenta uma gama variada destes modos de produção,
uns relativamente pouco hierarquizados – nomeadamente no território
banto –, outros fortemente desiguais como entre os tucolores no Vale do
Senegal, os achânti do Gana, os hauçás do norte da Nigéria, etc. Mas
sempre o camponês tem acesso à terra; por pertencer a um clã, tem direito
a uma parcela do território deste. Daí, que seja impossível o processo de
proletarização, isto é, de separação do produtor de seus meios de produção.
(Amin, 1976, p. 10).
Falta de metais preciosos – era a moeda que dinamizava as trocas comerciais, dentro e
fora da Europa, daí a necessidade de metais preciosos para o seu fabrico;
Criar as bases para uma exploração económica que atendesse os interesses económicos
e políticos do processo de industrialização liderado pela Europa;
A herança imperial;
Comércio de escravos;
Fuga das comunidades nas áreas onde a actividade mineira era muito intensa;
Positivos
8
Avanços no campo das ciências – as descobertas permitiram aos europeus
desenvolver a ciência náutica, através da navegação pelos astros;
Comércio à escala mundial - com abertura de novas rotas comerciais entre a Europa,
a América e a África, fazendo ligação com os mercadores da Ásia, ligou estes quatro
continentes através do comércio internacional.
O contacto com climas novos para os europeus e o contacto com doenças desconhecidas
levaram a medicina a realizar pesquisas que culminaram na descoberta de medicamentos para
as doenças tropicais como malária e a febre-amarela.
Deste modo, a partir de 1892, as políticas de expansão colonial em África traduziram-se num
benefício financeiro para os governos e para o Estado. Ao contribuírem para saldar os
pagamentos ao exterior, as colónias facilitaram a governação do país e o crescimento da
economia, constituindo, assim, uma forte motivação para o esforço de colonização. Este papel
das colónias na economia portuguesa, enquanto fonte de divisas estrangeiras, pode ter sido a
contribuição mais significativa das colónias para a economia portuguesa durante todo o
período de mais de século.
9
A Conferência de Bandung (Indonésia), em 1955. Ela foi uma iniciativa de países
asiáticos e africanos para se mostrar neutros e com objectivos diferentes no mundo
bipolar;
10
3. Conclusão
Conclui-se que, de fato, a chegada dos europeus ao continente africano no século XV, a partir
do périplo português, foi um dos acontecimentos de maior impacto no continente, cujas
consequências se fazem sentir até nossos dias. Em síntese, significou o bloqueamento do
desenvolvimento próprio do continente africano e sua rearticulações em direcção ao
desenvolvimento do capitalismo, cujo epicentro seria agora o Atlântico.
11
4. Bibliografia
FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas às independências São Paulo:
editora Companhia das Letras, 1996.
WESSELING, h. l. (1998), Dividir para dominar: a partilha da África. Rio de Janeiro: editora
UFRJ
12