Você está na página 1de 13

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Colonização Europeia

Estefânia Ezaquiel Manuel – Código – 708212029

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Disciplina: História Das Sociedades II
Ano de frequência: 2o Turma C
O tutor: Emilda Anduluce
Nampula, Setembro de 2022
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
Nota d
máxima Subtotal
o tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização 1.0
(Indicação clara do
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0
 Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do 2.0
discurso académico
(expressão escrita
Conteúdo
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica 2.0
nacional e internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
Formatação  Paginação, tipo e tamanho 1.0
Aspectos
de letra, parágrafo,
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 4.0
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
______
Índice

1. Introdução ........................................................................................................................ 4

2. A Colonização Europeia .................................................................................................. 5

2.1. A vivência dos Africanos antes da presença europeia .................................................... 6

2.2. As reais causas da colonização em África ...................................................................... 7

2.3. Os impactos positivos e negativo trazido com a presença europeia no solo Africano ... 8

2.4. Medidas tomadas pelos africanos para se defender da presença europeia ..................... 9

3. Conclusão ...................................................................................................................... 11

4. Bibliografia .................................................................................................................... 12
1. Introdução

O trabalho consiste em estudar o processo da colonização política europeia e identificar as


principais causasse consequências das explorações portuguesas das margens da costa da
Guiné ao interior da África. A colonização, enquanto sistema de negação da dignidade
humana para muitos povos do mundo, simboliza um imenso espaço-tempo de sofrimento,
opressão e resistência, aquilo que hoje é designado de Sul global. Este texto, que se centra
numa análise do colonialismo europeu.

Historicamente, as colónias de exploração foram feitas de forma violenta e muitas das


populações sofreram por causa das guerras pela posse da terra. Os inúmeros choques sociais,
políticos e culturais causados pela exploração humana, comercial e pela divisão arbitrária do
território pelos países europeus, explicam em parte a fragilidade dos Estados nacionais
africanos. Para satisfazer suas necessidades, a sociedade demanda bens e serviços que, para
serem ofertados, provocam impactos de diferentes ordens. O processo de utilização dos
recursos naturais das colónias para satisfazer essas necessidades humanas, após o processo de
industrialização, trouxe consigo consequências indesejáveis de violência, utilizando a
exploração pela força e submissão racial, menosprezando os povos colonizados. Esse
processo foi feito de forma arbitrária, juntando diversos grupos etnoculturais rivais, que foram
forçados a coabitar sobre a mesma fronteira. Esse procedimento acentuou ainda mais as
transformações da paisagem cultural na África.

Objectivo Geral: conhecer a colonização Europeia.

Objectivos Específicos:

 Identificar as causas e consequências da colonização europeia em África;


 Descrever as medidas tomadas pelos africanos para se defender da presença europeia;
 Explicar a vivência dos africanos antes da colonização.

Na elaboração do trabalho aplicou-se a pesquisa bibliográfica que teve como vinculo a leitura
e interpretação de artigo, teses/dissertações e livros de autores que abordam acerca do assunto
em destaque, desde autores moçambicanos e outros internacionais que exerceram o papel de
apoio através de seus dizeres e pensamentos por eles escritos.

4
2. A Colonização Europeia

Antes do mais, importa expor o conceito da colonização que não passa de invasão/dominação
dos estrangeiros enviados ou vindos duma dada Região à outra, subjugando o povo local pelo
seu interesse (Dicionário enciclopédico online-Infopédia, 2020).

 Conferencia de Berlim

Conferência de Berlim - realizada entre 1884 e 1885, na cidade de Berlim, entre quinze países
europeus, onde foram negociados e estabelecidos as acções e os parâmetros para a futura
colonização do continente africano.

Entre 1884 e 1885, representantes de quinze países europeus definiram, em Berlim, formas de
equacionar seus interesses recíprocos em relação à África. Nem é preciso dizer que nenhum
país africano foi convidado.

A colonização da África pelos europeus remonta ao século XV, quando Portugal dominou os
primeiros territórios na costa atlântica do continente. Na busca por uma rota para as Índias, os
portugueses encontraram ali grande oportunidade de atender a seus anseios mercantilistas.

Após os primeiros contactos, nem sempre amigáveis, com aldeias e reinos africanos, os
lusitanos passaram a instalar feitorias no litoral. A partir delas, podiam-se explorar metais
preciosos, marfim e produtos agrícolas.

A divisão da África, segundo os organizadores, era uma tentativa de introduzir a África ao


livre comércio e à civilização por meio de cooperação e harmonia europeia, sem pautar e criar
novos acordos coloniais. Entretanto, os países participantes da conferência trouxeram à mesa
exigências, requerimentos e disputas antigas eles. As discussões no marco da conferência
restringiram-se à criação de normas e leis. No tratado final de Berlim, estabeleceram-se
critérios e condições para novas ocupações na região costeira que incluíam a notificação aos
outros signatários do tratado e a execução de uma autoridade efectiva. Também, aprovou-se,
duas áreas de livre comércio: a chamada “a bacia do Congo e seus tributários”, do Atlântico
até os grandes lagos; e, na direcção Leste, a segunda área de livre comércio, a “zona marítima
oriental”, que se estendia dos grandes lagos ao Oceano Indico. (WESSELING, 1998).

Desta maneira, as brigas e as exigências das potências europeias realmente estiveram


presentes sob o Tratado de Berlim. A discussão real era a negociação e a partilha da África,
considerando quais estados europeus ficariam com cada país africanos.

5
Desde a Conferência de Berlin, marco do início da colonização na África, até o começo da
descolonização, foram, aproximadamente, 75 anos. Este tempo significou a introdução da
dinâmica de produção e consumo do capitalismo nos países africanos, a inserção do
continente na economia internacional e o surgimento dos movimentos de independência
política dos respectivos países africanos. Porém, as potências europeias reprimiram estes
movimentos, principalmente, na época do entre guerras. Os impérios europeus, ao longo da
colonização estabeleceram um modelo económico, introduziram um modelo de organização
político administrativo e reconfiguraram as fronteiras geográficas, submetendo tribos e grupos
étnicos a modelos de educação e cultura ocidentais.

2.1. A vivência dos Africanos antes da presença europeia

Antes da colonização europeia os africanos tinham sua própria vivência, o continente passava
por suas próprias transformações, baseadas também na arrecadação de tributos, no trabalho
compulsório, bem como nas lutas pelo poder e pelo controle das riquezas ou das rotas de
comércio.

A imagem que muitos têm do continente africano é de guerras, de conflitos étnicos, de


pobreza e de paisagens peculiares, como as florestas, savanas e grandes desertos. A
complexidade das paisagens e dos territórios mostra que a África não deve ser vista como um
conjunto único. A diversidade de povos, os contrastes naturais e culturais mostram que a
influência externa foi marcante nesse continente.

Segundo Amin (1976), “as formações sociais são, portanto, estruturas concretas,
organizadas, caracterizadas por um modo de produção dominante e pela articulação à
volta deste de um conjunto complexo de modos de produção que a ele estão
submetidos” (, p. 12).

De acordo com Samir Amin (1976), Modo de Produção é um conceito abstracto, não
implicando em uma lógica rígida de sucessão entre eles e nem existindo de forma “pura” em
alguma sociedade, conforme trabalhado pela historiografia tradicional. De acordo com Amin,
pode-se distinguir cinco modos de produção: 1) modo de produção “comunitário primitivo”
anterior a todos os outros; 2) modo de produção tributário; 3) modo de produção escravista; 4)
modo de produção “mercantil simples”, e 5) modo de produção capitalista. Mas nenhum
desses modos de produção existiu na forma ideal, pois as sociedades históricas são formações
que combinam modos de produção variados.

6
A África negra apresenta uma gama variada destes modos de produção,
uns relativamente pouco hierarquizados – nomeadamente no território
banto –, outros fortemente desiguais como entre os tucolores no Vale do
Senegal, os achânti do Gana, os hauçás do norte da Nigéria, etc. Mas
sempre o camponês tem acesso à terra; por pertencer a um clã, tem direito
a uma parcela do território deste. Daí, que seja impossível o processo de
proletarização, isto é, de separação do produtor de seus meios de produção.
(Amin, 1976, p. 10).

2.2. As reais causas da colonização em África

As principais causas foram: motivos de natureza económica ou financeira.

 Falta de metais preciosos – era a moeda que dinamizava as trocas comerciais, dentro e
fora da Europa, daí a necessidade de metais preciosos para o seu fabrico;

 Encarecimento de produtos vindos do oriente – as trocas comerciais entre Europa e o


Oriente beneficiavam os muçulmanos, pois estes transportavam os produtos do
Oriente até ao Mediterrâneo, onde vendiam a intermediários europeus;

 Criar as bases para uma exploração económica que atendesse os interesses económicos
e políticos do processo de industrialização liderado pela Europa;

 Facilitar as rotas comerciais, a exploração e a rápida extracção de matérias-primas


para o continente europeu;

Noutro sentido, Valentim Alexandre (1993) defende que a:

«aceleração da ocupação territorial» em Angola e Moçambique teve causas de


dois tipos. Trata-se, em primeiro lugar, de causas relacionadas com o progresso
do «capitalismo». Nelas se inclui o desenvolvimento dos meios de transporte,
facilitando as ligações entre Portugal e as colónias. Também o desenvolvimento
da medicina permitiu a colonização branca das áreas afectadas pela malária e
outras doenças tropicais, assim como o desenvolvimento das técnicas militares
possibilitou a ocupação efectiva dos territórios. Estas causas são de natureza
económica, mas diferentes das que encontramos na tese de Hobson (1972), pois
não estão relacionadas com uma suposta oferta excedentária de capitais O
segundo tipo de causas do imperialismo português de Oitocentos, seguindo
ainda Valentim Alexandre (1993), diz respeito ao desenvolvimento das
condições internas em África, onde se verificava uma crescente divisão de
7
poderes entre os nativos dos territórios sob influência portuguesa, com a
constituição de unidades políticas mais pequenas e mais difíceis de manter
equilibradas, (p. 68-70 e 57-58).

De acordo com Lains (1998), em resumo, o leque de explicações sobre os motivos do


colonialismo português moderno inclui:

 A herança imperial;

 A necessidade de protecção de mercados coloniais;

 A resposta aos movimentos das outras potências coloniais europeias;

 O desenvolvimento da capacidade técnica para a colonização;

 As condições nos territórios africanos;

 Finalmente, motivos políticos (p. 465).

Portanto, A complexidade do tema não permite que se estabeleça um quadro da importância


relativa dos vários motivos apontados na literatura para a colonização portuguesa de África ao
longo dos cerca de 150 anos entre 1822 e 1975. Podemos, todavia, circunscrever o problema,
por forma a encontrarmos uma resposta parcial.

2.3. Os impactos positivos e negativo trazido com a presença europeia


no solo Africano

 Comércio de escravos;

 Fuga das comunidades nas áreas onde a actividade mineira era muito intensa;

 Morte de crianças e mulheres nas escuras galerias à procura do ouro;

 Luta pelo poder (lutas interdinásticas);

Positivos

 A abolição do tráfico de escravos levou ao aumento da exportação de mercadorias, por


forma a compensar o negócio que os comerciantes perdiam;

 Descoberta de novas terras – descobre-se toda a costa ocidental africana e se chegou


ao litoral sudeste de África, que era até então desconhecido. Foi, também, como esta
expansão que se descobriu o continente americano, a que chamaram Novo Mundo;

8
 Avanços no campo das ciências – as descobertas permitiram aos europeus
desenvolver a ciência náutica, através da navegação pelos astros;

 Comércio à escala mundial - com abertura de novas rotas comerciais entre a Europa,
a América e a África, fazendo ligação com os mercadores da Ásia, ligou estes quatro
continentes através do comércio internacional.

 A formação do comité da Organizações das Nações Unidas (ONU) a favor da


descolonização;

 Aparecimento das reivindicações africanas por emancipações;

 O nascimento do projecto de expansão económica das multinacionais norte-


americanas a fim de conquistar mais mercados de consumo.

O contacto com climas novos para os europeus e o contacto com doenças desconhecidas
levaram a medicina a realizar pesquisas que culminaram na descoberta de medicamentos para
as doenças tropicais como malária e a febre-amarela.

Deste modo, a partir de 1892, as políticas de expansão colonial em África traduziram-se num
benefício financeiro para os governos e para o Estado. Ao contribuírem para saldar os
pagamentos ao exterior, as colónias facilitaram a governação do país e o crescimento da
economia, constituindo, assim, uma forte motivação para o esforço de colonização. Este papel
das colónias na economia portuguesa, enquanto fonte de divisas estrangeiras, pode ter sido a
contribuição mais significativa das colónias para a economia portuguesa durante todo o
período de mais de século.

2.4. Medidas tomadas pelos africanos para se defender da presença


europeia

As medidas tomadas foram:

 A Criação de resistências como Pan-Africano, Os pan-africanistas organizaram


diversos encontros e congressos internacionais para combater, de forma pública, o
racismo e a dominação europeia na África: eles exigiam a extensão dos direitos de
cidadania a todos os africanos e a todos os negros, denunciando as práticas racistas dos
governos ocidentais na Europa e nas colónias, e desmascarando seus pressupostos;

9
 A Conferência de Bandung (Indonésia), em 1955. Ela foi uma iniciativa de países
asiáticos e africanos para se mostrar neutros e com objectivos diferentes no mundo
bipolar;

 Os 18 países asiáticos e os seis africanos criaram o movimento do Terceiro Mundo


para pressionar a política internacional à cooperação económica e cultural afro-
asiática. Para isso, posicionaram-se contra o colonialismo e o centralismo do poder
decisório que tinham as duas potências da época, os EUA e a URSS. Os países
africanos participantes foram Gana, Etiópia, Egito, Líbia, Libéria e Sudão.

 Por volta de 1940, dois movimentos nacionalistas surgiram no Sudão: a Umma e o


Democratic Unionists. Ambos partidos, lutaram pela autonomia e saída definitiva dos
europeus. No ano 1955, o Sudão participou da Conferência de Bandung, explicada
anteriormente.

Concernente à Moçambique, trouxemos Cabaço (2007). O percurso político e ideológico do


movimento FRELIMO - Frente de Libertação de Moçambique deu início desde 1920, mas
que só foi criado em 1962 e a partir desse momento foi liderado por Eduardo Chivambo
Mondlane, que mais tarde, na decorrência da sua morte em 1969, foi substituído por Samora
Moisés Machel. Em 1958 foi enviado um grupo de combatentes à Inglaterra para uma
formação técnica. Entre muitos objectivos previstos nessa cooperação, constava estudar as
experiências dos soldados britânicos que já tiveram experiências, consequentemente, venciam
algumas guerras nessa época. No ano seguinte, o outro grupo partiu para a Argélia com o
mesmo intuito. Desta vez, para estudar as tácticas de guerras francesas. FRELIMO foi o
movimento que conduziu a luta para independência de Moçambique durante 10 anos da luta,
que iniciou em 1964 a 1974. Porém, a proclamação da independência foi feita um ano depois,
no dia 25 de junho de 1975.

10
3. Conclusão

Conclui-se que, de fato, a chegada dos europeus ao continente africano no século XV, a partir
do périplo português, foi um dos acontecimentos de maior impacto no continente, cujas
consequências se fazem sentir até nossos dias. Em síntese, significou o bloqueamento do
desenvolvimento próprio do continente africano e sua rearticulações em direcção ao
desenvolvimento do capitalismo, cujo epicentro seria agora o Atlântico.

Entender a Segunda Guerra Mundial e suas consequências nos impérios coloniais é


fundamental para compreender os processos de descolonização. Marc Ferro mostra que os
alemães e os japoneses eram vistos pela população local como libertadores. Entretanto, no
decorrer do conflito mundial tanto o Japão quanto a Alemanha empregaram as mesmas
formas de colonização que os antigos mandatários coloniais na África e Ásia. Os últimos
territórios a serem libertados da dominação colonial foram as ex-colónias portuguesas e as
antigas repúblicas que compunham a URSS. A independência dos territórios que integravam a
União Soviética é a libertação das áreas conquistadas durante o período czarista.

Portanto, Em um período de pouco mais de meio século, Moçambique conheceu três


diferentes formas de organização política. Caracterizou-se, numa primeira fase, por ter estado
sob os auspícios de um Estado colonial, ao que lhe seguiu outro, de natureza socialista.
Actualmente, desde 1990, o país encontra-se num processo de efetivação de um Estado
orientado por princípios liberais-democráticos. Tracemos brevemente algumas características
da actuação de cada uma dessas formações estatais, especialmente na sua relação com os
indivíduos que deles faziam parte.

11
4. Bibliografia

AMIN, Samir. O desenvolvimento desigual: ensaio sobre as formações sociais do capitalismo


periférico. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.

FERRO, Marc. História das colonizações: das conquistas às independências São Paulo:
editora Companhia das Letras, 1996.

Lains, Pedro, (1998), Causas do colonialismo português em África, 1822-1975, Análise


Social, vol. xxxiii (146-147).

WESSELING, h. l. (1998), Dividir para dominar: a partilha da África. Rio de Janeiro: editora
UFRJ

12

Você também pode gostar