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Desenvolvimento Local e Pobreza no município de Porto SeguroBA
Turismo, desenvolvimento local e pobreza no
Por
MARCELO município de Porto Seguro BA
SANTANA
SILVA* & FÁBIO
MATOS Fonte: 1 Introdução
FERNANDES** http://www.portalbrasil.net/2004/imagens/brasil_ba_portoseguro.jpg
Como um dos fenômenos marcantes da
* Professor da atualidade, o turismo é uma das mais pujantes
Faculdade de atividades econômicas mundiais,
Tecnologia e principalmente o setor de serviços, sendo
Ciências – FTC considerado um dos três líderes mundiais em
JequiéBA e da produtividade, com a conseqüente ampliação
Faculdade da da oferta de emprego e geração de renda.
Cidade do Entretanto, seu desenvolvimento sempre esteve pautado no mesmo molde de qualquer
SalvadorBA outra atividade humana – o enfoque econômico. Enquanto o turismo pode contribuir
** Professor da sensivelmente para o desenvolvimento sócioeconômico e cultural de amplas regiões
Faculdade de naturais, tem, ao mesmo tempo, o potencial para degradar o ambiente natural, as
Tecnologia e estruturas sociais e a herança cultural dos povos.
Ciências – FTC
Segundo Coriolano (1998: 24) o desenvolvimento local, significa acima de tudo, um
JequiéBA
desenvolvimento em escala humana, atendendo às demandas sociais. Nele, o homem
passa a ser a medida de todas as coisas e não apenas os índices quantitativos e o lucro.
O potencial turístico da região Nordeste, foi enaltecido por diversos estudos realizados por
agências de fomento regionais e internacionais, sendo destacados os atributos naturais,
culturais e a abundância de mãodeobra com custos baixos existentes na região. O
turismo foi considerado a alternativa econômica mais viável e, nos últimos anos, amplos
investimentos foram feitos, com verbas do Prodetur e também da iniciativa privada.
Ampliaramse ofertas de hotéis e pousadas, expandiramse os aeroportos, foram abertas e
recuperadas rodovias e desenvolvidos projetos relacionados ao abastecimento de água,
tratamento do esgoto e do lixo. Com estes Investimentos, aumentou o fluxo de turístico
para a região Nordeste, aumentando significativamente em algumas cidades a sua
população com a emigração, porém as avaliações do processo sinalizam a necessidade
de reformulação de políticas no setor que prezem pela maior transparência e participação
efetiva dos diversos atores envolvidos, principalmente a classe popular, que precisa ser
ouvida e deve participar de todo o processo.
Para Coriolano (2001: 36) o desenvolvimento para a escala humana e o turismo para
benefício local significa adotar políticas que possam ocasionar trabalho e ocupação para
todos, tanto quanto atuar no campo da proteção social e de programas emergenciais
quando necessários, mas requer, sobretudo, o homem no centro do poder, de forma que
possa promover a sua realização. Significa implementar atividades de revalorização do
lugar e das pessoas. As atividades planejadas voltamse para o desenvolvimento social e
cultural do grupo e as atividades econômicas passam a contribuir para que isso aconteça.
O turismo pode ser uma forma viável de conciliar esses dois pólos, o crescimento do
trabalho e do bemestarsocial.
C lique e
O município de Porto Seguro, no estado da Bahia, é hoje o pólo turístico que mais cresce
cadastre se para no país. Sua natureza exuberante guarda ainda muitos dos traços descritos na histórica
re ce be r os carta de Pero Vaz de Caminha – a “Certidão de Nascimento” do Brasil.
inform e s m e nsais
da R e vista Espaço Desde, 1973, todo o município é tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional e no ano
Acadê m ico
2000 foi elevado à condição de Patrimônio Natural Mundial, pela Unesco. Apostando na
vocação turística, durante a década de 90, a cidade ganhou investimentos maciços em
infraestrutura. Através do Prodetur, o Programa de Desenvolvimento de Turismo no
Nordeste, que consiste numa parceira entre o Estado e o BID – Banco Interamericano de
Desenvolvimento , foram investidos US$ 73.564 milhões nas cidades de Porto Seguro,
Santa Cruz de Cabrália e Belmonte (ARAÚJO, 2002: 10)
Segundo Araújo (2002: 12) com a crise da Vassoura de Bruxa, cerca de 200.000
empregos na lavoura cacaueira foram perdidos desde o começo da crise. Sem opções de
para onde ir, grande parte desses lavradores e suas famílias migrou para as grandes
cidades da região, amontoandose nas periferias. Em Porto Seguro, já havia um grande
déficit habitacional que se acumulara ao longo dos anos e a cidade não estava preparada
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para abrigar a nova onda migratória. Assim, os novos habitantes da cidade abrigaramse
em casebres feitos da noite para o dia em qualquer local que estivesse desabitado, sobre
mangues e encostas de morros nas periferias da zona urbana, sem mínimo de
planejamento.
De acordo com o IBGE, o censo demográfico de Porto Seguro em 1991 foi de 34. 661
habitantes, em 1996 foi de 64.957 habitantes, isso representa um crescimento de 87,40%
em apenas cinco anos, equivalente a uma taxa média de crescimento de 17,58% a.a., e
no último censo de 2000 foi de 95.721 habitantes, o que representa um crescimento de
176, 16% em apenas nove anos com relação ao ano de 1991, equivalente a uma taxa
média de crescimento de 19,57% a.a. (www.ibge.gov.br, em 25/10/03)
2 Problema
A pobreza é um fenômeno complexo que se caracteriza por um conjunto de fatores que
definem o nível de qualidade de vida de um povo. O Índice de Desenvolvimento Humano
dimensiona a pobreza com base em dados sobre a educação, saúde e renda da população
e não apenas insuficiência de recursos financeiros.
O documento “Turismo e Redução da Pobreza” elaborado com base na reunião de alto
nível sobre Turismo e Desenvolvimento em LDC´s (49 países menos desenvolvidos) nas
Ilhas Canárias/Espanha, em 2001 e contribuições das delegações da WSSD. O relatório
reflete os objetivos da OMT quanto aos fatos irrefutáveis gerados dos benefícios do
turismo, para serem amplamente divulgados para toda a sociedade e que, a população
mais pobre do mundo deve se beneficiar do desenvolvimento do turismo. Este relata as
experiências de turismo com resultados reais na redução da pobreza, identificando o que é
conhecido sobre a contribuição que o turismo pode oferecer para a eliminação ou alívio da
pobreza nas comunidades locais.
Segundo Araújo (2002: 15) a cidade possui um intenso fluxo turístico, possuindo 31.131
leitos e sua migração é devido à crise da lavoura cacaueira, contribuindo para a brusca
alteração da paisagem de Porto Seguro: de um lado encontrase a cidade vista pelos
turistas, de ocupação predominantemente hoteleira e alto valor especulativo; de outro,
encontramse os assentamentos espalhados sobre a área de manguezal e loteamentos
ocupados de forma clandestina ao longo da BR367 Porto Seguro – Eunápolis.
Apostando na vocação turística, durante a década de 90, a cidade ganhou investimentos
maciços em infraestrutura. Através do Prodetur, o Programa de Desenvolvimento de
Turismo no Nordeste, que consiste, numa parceria entre o Estado e o BID – Banco de
Interamericano de Desenvolvimento, foram investidos US$ 73.564 milhões nas cidades de
Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália e Belmonte.
O aeroporto de Porto Seguro foi ampliado, a cidade ganhou sistema de tratamento de água
e esgotamento sanitário, trechos de rodovias foram construídos. Investiuse em
“marketing”: a Secretaria de Meio Ambiente de Porto Seguro foi criada em 1997 e a Costa
do Descobrimento ganhou três APA`s (Áreas de Proteção Ambiental): Coroa Vermelha,
Santo Antônio e Caraíva/Trancoso. Para uma cidade sem leis de Uso e Ocupação do Solo,
podese afirmar que a década de 90 a cidade passou por rápidas transformações.
Porém, tanto investimento em dez anos – e temse a pretensão de chegar até 2010 – já
deixou algumas seqüelas visíveis na paisagem da cidade e suscita a dúvida se suas
intervenções são realmente em nome de um turismo sustentável, que conserve o meio
ambiente e proporcione melhora nas condições de vida da população local.
Um deles, foi a construção do trecho da rodovia BA001, que liga Porto Seguro a Trancoso.
Segundo a publicação feita no jornal O Diário, de Porto Seguro/BA, do dia 27 de janeiro de
2001, os 87 Km de estrada nova que ligam Porto Seguro a Trancoso e ao Arraial d`Ajuda,
via conexão com a BR 367, são utilizados por apenas 10% dos veículos e às custas de
US$ 32 milhões investidos no trecho (ao invés dos US$ 10,620 milhões citados pela
Bahiatursa). O jornal ainda cita que o traçado da estrada não foi discutido com a
comunidade e sua implantação, no vale do Rio Buranhém, provocou deslizamento e
erosões.
Segundo Araújo (2002: 20) o Prodetur também investiu em saneamento e 99% do esgoto
encontrase implantado na cidade baixa, porém não foi destinada verba para as ligações
domiciliares, e o Rio dos Mangues que abastece a cidade continua sendo poluído.
Outro ponto que causou bastante polêmica na cidade foi construção do Terravista Resort,
pertencente ao Club Méd, inaugurado em dezembro de 2002. Construído numa área
anteriormente destinada ao Parque Balneário e Reserva Ecológica das Barreiras
Vernelhas, o Club Méd Trancoso teve suas licenças ambientais aprovadas pelos órgãos
competentes.
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3 Resultados
Na Bahia, estudo desenvolvido por Almeida Neto, Gottschall e Cypriano (1997: 17) para
Porto Seguro, apontou os seguintes impactos decorrentes da concentração da população
e da migração sobre o local: falta de controle sobre os novos assentamentos; favelização;
invasão de terras privadas ou inadequadas para urbanização; superprodução de esgoto e
lixo e conseqüente poluição; crescimento exagerado do comércio informal com
degradação do comércio formal; sobrecarga da infraestrutura existente; massificação das
áreas de lazer e praias; declínio da autoestima da comunidade local e desestruturação
Referências social; incapacidade de gestão do problema por parte do poder público municipal.
bibliográficas
Além disso, Araújo (2002: 15) comenta que a implantação da indústria de papel e celulose
ALMEIDA NETO , C .,
GO TTSC HALL, C E e outros fatores, como a seca e a crise na lavoura de cacau, têm levado uma imensa
C R YPR IANO , C .A, quantidade de pequenos lavradores a se deslocarem das áreas rurais para as periferias
de C . A das cidades litorâneas do sul da Bahia. Atraídos pela possibilidade de sobrevivência com
contextualização
da Costa do os empregos, subempregos, e outras ocupações informais geradas pela atividade
Descobrimento. turística, nos novos moradores amontoamse em favelas. O bairro “O Baianão”, por
Se cre taria de exemplo, é uma favela de Porto Seguro que abriga mais de 20.000 pessoas que, em sua
C ultura e Turism o
do Estado da maioria, vive de atividades ligadas ao turismo. Sua localização estratégica – de outro lado
Bahia, 1997, da rodovia – evita a exposição direta do problema para os visitantes. A tensão social vivida
AR AÚJO , C ristina na periferia de Porto Seguro gera questionamentos sobre quem são os beneficiados com a
Pe re ira de . política de incentivo ao turismo, assim como também coloca em questão a necessidade
Turismo e de uma avaliação mais criteriosa dos impactos ambientais, culturais e sociais (grifo
Desenvolvimento
Local. FAU/USP, nosso).
2002
Do ponto de vista ambiental, a urbanização desordenada e especulação imobiliária ligada
BENEVIDES, Irle no ao turismo de massa comprometeram até hoje a maioria dos ecossistemas costeiras da
Porto. “Para uma
agenda de Costa do Descobrimento, riquíssimos em diversidade biológica. A maior parte das
discussão do restingas e brejos costeiros foram, e ainda estão sendo, substituído por empreendimentos
turismo como hoteleiros, condomínios turísticos, centros de show e barracas de praias. Áreas de
fator de
desenvolvimento mananciais, florestas e manguezais estão, por sua vez sendo aos poucos invadidos por
local” R O DR IGUES, loteamentos habitacionais populares e de classe média, bairros de periferias e favelas.
Adyr Balle strari,
(org), Turism o e Além da destruição dos ecossistemas, este processo de ocupação alterou grande parte
De se nvolvim e nto das paisagens mais próximas a Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, comprometendo
Local, São Paulo:
HUC ITEC , 1996, irreversivelmente a sua beleza e atratividade. O crescimento populacional exponencial e a
p.2341. pressão demográfica sazonal dos turistas, vêm gerando graves problemas de saneamento,
C AVAC O ,
ocasionando inúmeros depósitos irregulares de lixo e a poluição dos lençóis freáticos,
C arm inda, cursos de água, e conseqüentemente, das praias mais freqüentadas pelos banhistas.
“Turismo rural e
desenvolvimento Do ponto de vista cultural, este processo muda totalmente os costumes, a cultura e até a
local” R O DR IGUES, fala local. As festas e a forma típica da região, mantémse apenas nos povoados menores
Adyr Balle strari,
(org), Ge ografia e ou mais afastados. A cultura do Extremo Sul é rica e original, porém desconhecida e até
Turism o: re fle x õe s ignorada pelos empresários do turismo, que vendem da região um retrato cultural
te óricas e fantasioso, inspirado da cultura negra da região do Recôncavo baiano. O turismo pode
e nfoque s
re gionais, São “mercantilizar” as culturas locais, tornandoas objetos de consumo, causando dessa forma
Paulo: HUC ITEC , danos irreversíveis à identidade da comunidade anfitriã.
1996.
Os danos causados pelo turismo, invasivo e sem planejamento, podem ser irreversíveis
C O R IO LANO , Luzia
Ne ide M.T. Do local minando, por completo, a identidade cultural do povo receptor. O que está sendo feito, em
ao global: O termos de preparação da população para que seja preservada a riqueza cultural em Porto
turism o litorâne o Seguro? Qual a participação dos nativos na estruturação de cada destino turísticocultural?
ce are nse . “O
Desenvolvimento Socialmente, poucos são os nativos que se beneficiam do turismo. O custo de vida em
local e o turismo”.
C am pinas, SP:
geral (alimentação, aluguel, etc.), ficou muito mais alto. A maioria tem emprego de baixa
PAPIR US, 1998. qualificação e salário pequeno, além de sazonal, vivendo em subúrbios ou favelas. Essa
____________, Luzia marginalização, a prostituição e o tráfico de drogas, também estimulados pelo turismo
Ne ide M.T. O “festivo” ali promovido, geram um contexto social de pobreza, criminalidade e violência
Desenvolvimento muito parecido ao que ocorre na periferia de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo.
voltado às
condições Paradoxalmente, o turismo que está sendo implantado na Costa do Descobrimento visa a
humanas e o
turismo
“descentralização da atividade turista” e o aumento de demanda por lugares exóticos,
comunitário. “dissociados da experiência cotidiana do cidadão (RELATÓRIO DO FÓRUM SÓCIO
C am pinas. SP. AMBIENTAL DO EXTREMO SUL DA BAHIA, 2003: 02).
2001.
DO C UMENTO
4 Conclusões
“TUR ISMO E
R EDUÇ ÃO DA
O direcionamento deste artigo parte do pressuposto de que as pessoas colocamse a
PO BR EZA”. O MT. mercê da incerteza sobre a prosperidade de suas localidades em relação ao turismo. São
INSTITUTO ainda carentes os conhecimentos sobre essa atividade com relação ao combate a
BR ASILEIR O DE pobreza, pelo fato de ser o turismo uma atividade de valorização recente, ou pelo fato de
GEO GR AFIA E
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ESTATÍSTIC A que, de um modo geral, as escolas negligenciam as informações sobre o turismo. Faltam,
(IBGE).
portanto, as condições necessárias para uma tomada de consciência a seu respeito.
KR IPPENDO R F,
Jost. Sociologia do Tal pressuposto nos leva a necessidade de conhecer as relações que são formados entre
turism o. Para uma os moradores locais e o turista, bem como as relações entre aquelas pessoas e os
nova compreensão
do lazer e das recursos turísticos ao serem implementados como produtos utilizados pelo turista.
viagens. R io de
Jane iro: Ed.
Nesse propósito, existem várias indagações a procura de respostas relacionadas aos
C ivilização valores que os moradores de uma localidade atribuem à implementação do turismo. Como
Brasile ira, 1989. pode o Turismo contribuir para o Desenvolvimento Local? Como o Turismo pode combater
MASTNY, Lisa. Do pobreza? Como os moradores recebem a chegada do turista? Qual é a consideração sobre
Rio a Joanesburgo: o significado do turismo para o desenvolvimento local? Como os recursos tidos a nível de
novos caminhos
para o turismo comunidade, como valor de uso, seriam considerados por seu valor de troca? Que ligações
internacional. afetivas se estabelecem entre as pessoas e patrimônio natural ou histórico? Como a
R e vista do Te rce iro comunidade coloca suas manifestações folclóricas, artesanais típicas à disposição do
Se tor.
www.re ts.rits.org.br. turismo? As pessoas são particularmente sensíveis ao turismo e desenvolvimento local?
Como os habitantes de um município identificam o turismo? Como fazem sua estimativa?
O DIÁR IO . Jornal
de Porto
Como fazem sua avaliação social em termos de riscobenefício ou de custobenefício? Tais
Se guro/BA, 27 de indagações constituem variáveis integrantes, cujo objeto de investigação é o uso do
jane iro de 2001 turismo na luta contra a pobreza.
O LIVEIR A,
Manfre do A. A Deve ser essencialmente um processo que valoriza as pessoas. Lembra Oliveira (1998)
A tualidade dos que: não pode permitir que o discurso dos Direitos Humanos seja monopolizados,
Direitos Humanos. precisamente por aqueles que mais os violam. Faltam políticas que objetivem e viabilizem
Fortale za: O PO VO
8/12/98. esses direitos, tornando os propósitos e benefícios concretos para todas as pessoas,
sobretudo para as populações mais pobres. Inexistem políticas de redistribuição das
R ELATÓ R IO DO
FO R UM SÓ C IO
riquezas, de uma forma mais eqüitativa. Daí a proposta de desenvolvimento local, de
AMBIENTAL DO desenvolvimento na escala humana, de turismo de base local para mudar o eixo de
EXTR EMO SUL DA interesse das ações. Falar de eqüidade em países de economia liberal pode soar como
BAHIA, Porto
Se guro, jun, 2003.
ironia ou ideologia e não como alguma coisa viável.
R O DR IGUES, Adyr Porto Seguro e quaisquer outros municípios que conseguirem introduzir um
Balle strari. Turismo desenvolvimento voltado para a escala humana tornamse mais preparados à promoção do
e
Desenvolvimento
turismo. Os lugares que não respeitam o direito humano, com desigualdades gritantes,
Local, São Paulo: onde há guerra, violência, fome e pobreza inviabilizam o turismo. Nesses lugares, o
HUC ITEC , 1997 turismo incomoda e é incomodado.
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