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Resumo
O crescimento da construção civil nas últimas décadas tem criado novos desafios para
empresas de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) no Brasil. Deste modo,
impulsionou grandes construtoras buscassem por diferentes e novas tecnologias para
acompanhar esse crescimento. A tecnologia BIM (Building Information Modeling)surgiu
como uma ferramenta para desenvolver a integração entre as disciplinas, criar
modelos virtuais e proporcionar a colaboração entre os agentes integrantes do
processo, criando projetos com maior qualidade e que sejam capazes de cumprir suas
funções de forma mais eficiente, agregando maior valor aos serviços fornecidos pelas
empresas do setor da construção civil. Desta maneira, o presente artigo busca analisar
as ferramentas BIM existentes no mercado e verificar como os softwares de
engenharia integram os projetos entre diversas tecnologias.
Introdução
A revolução tecnológica nas últimas décadas no setor da construção civil e o
atual cenário econômico global impulsionou grandes construtoras a projetarem seus
empreendimentos visando uma integração de seus projetos. O principal objetivo desta
tecnologia é realizar um ensaio digital que reflita a realidade de todas as fases do
empreendimento, desde a concepção do projeto até a sua entrega. Esses ensaios
permitem detectar antecipadamente erros de compatibilização das disciplinas que
poderiam interferir no valor final do empreendimento. Assim, chamada tecnologia BIM
(Building Information Modeling) surgiu como ferramenta para desenvolver a integração
entre essas disciplinas.
Foi nos Estados Unidos, no início da década de 1980, que essa abordagem
ficou conhecida como Building Product Models (Modelos de Produto da Construção);
enquanto isso, na Europa, na mesma época, era difundida como Product Information
Models (Modelos de Informação de Produto), onde ambas utilizavam a nomenclatura
“produto” para se diferenciarem de uma abordagem, referenciando-se a um processo
e gestão. Com a evolução dessa nomenclatura, houve uma agregação entre as duas,
originando o termo conhecido por Building Information Model (EASTMAN et al.,
2014). O primeiro registro de uso da terminologia Building Modeling existente de
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BIM ainda vem sendo utilizado de forma parcial, explorando poucas de suas
características, como verificação de interferência e levantamento de quantitativos.
Em geral, muitas empresas do ramo da Arquitetura o “implementam” de modo
isolado, não havendo nenhuma integração entre os profissionais de estruturas e de
instalações. Isso ocorre por consequência de não existir um software que permita aos
profissionais trabalharem simultaneamente em seus projetos, ou seja, trocando as
informações em tempo real. O BIM no Brasil é implementado com muitos erros e, de
certo modo, como algo efêmero (SAYEGH, 2011).
Já na segunda fase, que tem data prevista para início em 1º de janeiro de 2024,
o BIM abrangerá as utilizações já previstas na primeira fase, mas também englobará
a orçamentação, planejamento e o controle da execução de obras e a atualização
do modelo e suas informações como construído (as built) para obras que tenham
projetos de Arquitetura e Engenharia elaborados ou executados com aplicação do
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BIM. A terceira e última fase de sua implementação, prevista para o ano de 2028,
abrangerá os usos já previstos nas duas fases anteriores, assim como o
gerenciamento e a manutenção do empreendimento após sua construção, cujos
projetos de Arquitetura e Engenharia e cujas obras tenham sido desenvolvidos ou
executados com aplicaçãodo BIM, deste modo, englobando todas as dimensões do
BIM que serão abordadas mais adiante.
O BIM pode ser compreendido como sendo uma plataforma tecnológica que
engloba e sincroniza todas as informações referentes a elaboração e construção de
um empreendimento. Além disso, também disponibiliza informações das várias
disciplinas sincronizadas entre si, tais como arquitetônicas, estrutural, instalações
elétricas e hidrossanitárias. O BIM também permite o fornecimento de orçamentos,
cronogramas, simulações virtuais 3D e informações de logística, englobando todas
as informações necessárias para as futuras manutenções prediais do
empreendimento. O sistema proporciona que todas as futuras alterações no modelo
sejam prontamente modificadas em todas as pranchas associadas, bem como nas
tabelas (orçamentos e demais especificações).
É nesta etapa onde é possível obter um ensaio digital da edificação, com todos
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2. A INTEGRAÇÃO BIM
Entretanto, é aqui que reside uma das maiores dificuldades de todo o processo:a
integração entre profissionais e as várias interfaces que proporcionam uma ligação
física ou lógica entre dois sistemas que não poderiam ser conectados diretamente do
empreendimento.
2.3.1 Interoperabilidade
2.3.2 Compatibilização
Conclusão
REFERÊNCIAS
GONCALVES, F. J. BIM: Tudo o que você precisa saber sobre esta metodologia.
2019. Disponível em: http://maisengenharia.altoqi.com.br/bim/tudo-o-que-voce-
precisa-saber/. Acesso em 14 mai. 2020.