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Desenvolvimento Integrado de projetos com o uso da


tecnologia BIM
Natan da Silva Tonello – natan91tol@gmail.com
MBA em Projeto, Desempenho e Construção de Estruturas e Fundações
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Rio Branco, AC 28/04/2022

Resumo
O crescimento da construção civil nas últimas décadas tem criado novos desafios para
empresas de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) no Brasil. Deste modo,
impulsionou grandes construtoras buscassem por diferentes e novas tecnologias para
acompanhar esse crescimento. A tecnologia BIM (Building Information Modeling)surgiu
como uma ferramenta para desenvolver a integração entre as disciplinas, criar
modelos virtuais e proporcionar a colaboração entre os agentes integrantes do
processo, criando projetos com maior qualidade e que sejam capazes de cumprir suas
funções de forma mais eficiente, agregando maior valor aos serviços fornecidos pelas
empresas do setor da construção civil. Desta maneira, o presente artigo busca analisar
as ferramentas BIM existentes no mercado e verificar como os softwares de
engenharia integram os projetos entre diversas tecnologias.

Palavras-chave: Building Information Modeling. Integração de projetos. Empresas de


Arquitetura e Engenharia. Implementação BIM.

Introdução
A revolução tecnológica nas últimas décadas no setor da construção civil e o
atual cenário econômico global impulsionou grandes construtoras a projetarem seus
empreendimentos visando uma integração de seus projetos. O principal objetivo desta
tecnologia é realizar um ensaio digital que reflita a realidade de todas as fases do
empreendimento, desde a concepção do projeto até a sua entrega. Esses ensaios
permitem detectar antecipadamente erros de compatibilização das disciplinas que
poderiam interferir no valor final do empreendimento. Assim, chamada tecnologia BIM
(Building Information Modeling) surgiu como ferramenta para desenvolver a integração
entre essas disciplinas.

O artigo está dividido em 2 capítulos. No primeiro capítulo, será apresentada


uma revisão bibliográfica sobre os principais conceitos do BIM, trazendo sua origem,
surgimento no Brasil e principais dimensões. O segundo capítulo traz a temática de
integração BIM, abordando a colaboração, IFC e os níveis de interoperabilidade.
Ainda no segundo capítulo, para exemplificar os conceitos apresentados, uma
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análise de de um modelo BIM será apresentada, sendo desenvolvido totalmente com


uso de ferramentas BIM.

1. BIM (BUILDING INFORMATION MODELING)

De modo geral, o termo Building Information Modeling ou simplesmente, em


português, Modelagem de Informação da Construção, refere-se a tecnologia que cria
um modelo virtual preciso, integrando todas as disciplinas e etapas, abrangendo todo
o ciclo de vida de uma edificação.

1.1 ORIGEM DO BIM

Os primeiros conceitos relacionados ao BIM surgiram pelos estudos de Charles


Eastman, professor da Georgia Tech School of Architecture. Assim, de acordo com
Eastman et al. (2008, p. 19),

A tecnologia BIM facilita o trabalho simultâneo de múltiplas disciplinas


de projeto. Apesar de a colaboração usando desenhos também ser
possível, ela é inerentemente mais difícil e mais demorada do que
trabalhar com um ou mais modelos 3D coordenados nos quais o controle
de modificações possa ser bem gerenciado. Isso abrevia o tempo de
projeto e reduz [...] os erros de projeto e as omissões.

Tais conceitos, metodologias e abordagens que hoje identificamos como BIM


já são conhecidos há pelo menos 30 anos e em menos de 15 anos entrou em
circulação sob a sigla BIM. A Modelagem da Informação na Construção é, sem
dúvidas, um dos desenvolvimentos mais promissores dentro da indústria AEC
(EASTMAN et al., 2014).

Foi nos Estados Unidos, no início da década de 1980, que essa abordagem
ficou conhecida como Building Product Models (Modelos de Produto da Construção);
enquanto isso, na Europa, na mesma época, era difundida como Product Information
Models (Modelos de Informação de Produto), onde ambas utilizavam a nomenclatura
“produto” para se diferenciarem de uma abordagem, referenciando-se a um processo
e gestão. Com a evolução dessa nomenclatura, houve uma agregação entre as duas,
originando o termo conhecido por Building Information Model (EASTMAN et al.,
2014). O primeiro registro de uso da terminologia Building Modeling existente de
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forma documentada, com o sentido de BIM, como é empregada atualmente, foi


datada no ano de 1986, empregada no artigo que pertence a Robert Aish, que veio
a fazer parte da Bentleys Systems e hoje compõem a equipe da Autodesk
(EASTMAN et al., 2014).

A nova era digital proporcionou várias transformações para os usuários da


tecnologia, sendo que tal revolução não foi diferente para a Arquitetura, Engenharia
e Construção (AEC). Prova disso é que nas últimas décadas, o avanço desta fez
surgir softwares em CAD (Computer-Aided Design) capazes de construir modelos
digitais de projetos que antes eram realizados de forma manual. Por muitos anos,
os projetos arquitetônicos e complementares foram dependentes desta tecnologia,
levando em conta a precisão e redução no tempo gasto na realização dos mesmos.

Contudo, tal tecnologia se limitava apenas a projetos bidimensionais, nos quais


o projetista tinha apenas uma visão em planta do projeto. Consequentemente, erros
não vistos na fase de concepção se tornavam grandes problemas durante a fase de
execução.Assim, surgiu a necessidade de uma modelagem da informação, onde os
projetistas, juntamente com todos os envolvidos no projeto, fossem capazes de
realizar um ensaio que refletisse a realidade do empreendimento a executar.

1.2 O BIM NO BRASIL

Em meados do ano 2000, o BIM ganhou mais visibilidade e atenção no Brasil.


Rocha (2011) relembra que o BIM possui o intuito de proporcionar grandes
mudanças nas criações de produção da construção civil; todavia, essa ideia, por
se mostrar ser tão revolucionária e inovadora já esteve muito longe de ser adotada.

Fazendo uma análise do BIM na comunidade brasileira, verifica-se que o


Brasil apresentou um relevante atraso na inserção dessa tecnologia, dado que a
utilização do próprio CAD também se deu de forma tardia no país. A arquiteta
Gabriela Celani, relembra que este atraso já se dava desde a década de 1970.
Enquanto a cultura CAD já estava presente em vários países desenvolvidos, no
Brasil o início de sua utilização se deu apenas na década de 1990 (GEROLLA,
2011). A Figura 1 mostra, de forma exemplificada, a diferença de tempo do início
da implementação do BIM e do CAD no Brasil e no exterior.
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Figura 1 – Início da implementação do CAD e do BIM no Brasil e no exterior.


Fonte: Gerolla (2011).

BIM ainda vem sendo utilizado de forma parcial, explorando poucas de suas
características, como verificação de interferência e levantamento de quantitativos.
Em geral, muitas empresas do ramo da Arquitetura o “implementam” de modo
isolado, não havendo nenhuma integração entre os profissionais de estruturas e de
instalações. Isso ocorre por consequência de não existir um software que permita aos
profissionais trabalharem simultaneamente em seus projetos, ou seja, trocando as
informações em tempo real. O BIM no Brasil é implementado com muitos erros e, de
certo modo, como algo efêmero (SAYEGH, 2011).

No intuito de disseminar estes conceitos em território nacional, em 2 de abril de


2020, o Governo Federal estabeleceu o Decreto nº 10.306 que prevê o uso do Building
Information Modeling na execução de maneira direta ou indireta em obras e serviços
de Engenharia realizados pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública
Federal. Segundo o art. 4º do decreto, a implementação do BIM acontecerá a partir
do dia 1º de janeiro de 2021 e ocorrerá de forma gradual, dividida em três fases. Na
primeira fase, o BIM será usado para o desenvolvimento de projetos de Arquitetura
e Engenharia, referentes a construções novas, ampliações ou reabilitações,
englobando disciplinas de estruturas e instalações hidráulicas, elétricas, ventilação,
aquecimento e ar-condicionado, fazendo uso de ferramentas para a detecção de
interferências, extração de quantitativos e geração de documentação gráfica.

Já na segunda fase, que tem data prevista para início em 1º de janeiro de 2024,
o BIM abrangerá as utilizações já previstas na primeira fase, mas também englobará
a orçamentação, planejamento e o controle da execução de obras e a atualização
do modelo e suas informações como construído (as built) para obras que tenham
projetos de Arquitetura e Engenharia elaborados ou executados com aplicação do
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BIM. A terceira e última fase de sua implementação, prevista para o ano de 2028,
abrangerá os usos já previstos nas duas fases anteriores, assim como o
gerenciamento e a manutenção do empreendimento após sua construção, cujos
projetos de Arquitetura e Engenharia e cujas obras tenham sido desenvolvidos ou
executados com aplicaçãodo BIM, deste modo, englobando todas as dimensões do
BIM que serão abordadas mais adiante.

1.3 OS CONCEITOS EM BIM

O BIM pode ser compreendido como sendo uma plataforma tecnológica que
engloba e sincroniza todas as informações referentes a elaboração e construção de
um empreendimento. Além disso, também disponibiliza informações das várias
disciplinas sincronizadas entre si, tais como arquitetônicas, estrutural, instalações
elétricas e hidrossanitárias. O BIM também permite o fornecimento de orçamentos,
cronogramas, simulações virtuais 3D e informações de logística, englobando todas
as informações necessárias para as futuras manutenções prediais do
empreendimento. O sistema proporciona que todas as futuras alterações no modelo
sejam prontamente modificadas em todas as pranchas associadas, bem como nas
tabelas (orçamentos e demais especificações).

Para Ribeiro (2010), BIM é caracterizado como uma tecnologia de modelagem


de informações compreendidas num único arquivo, permitindo-se associações entre
os conceitos, análise, documentação e comunicação entre os diversos sistemas na
qual está englobada a edificação. Já Rosso (2011) diz que a plataforma informa as
interferências, testa as alternativas do projeto e estuda seu comportamento quando
exposto a diversos fatores.

Andrade e Ruschel (2009) afirmam que a plataforma BIM se diferencia do CAD


pelo fato de o BIM permitir uma representação de todos os componentes envolvidos
no projeto (p. ex.: paredes, vigas, pilares, fundações, mobiliário, instalações
elétricas, instalações hidráulicas e instalações especiais) através de modelos
relacionados à sua geometria, possibilitando agregar propriedades e características
a esses objetos.
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Figura 2 – Utilização da plataforma BIM na indústria AEC.


Fonte: Monteiro e Castanheira (2017).

1.4 AS DIMENSÕES DO BIM

Como o BIM permite a integração das informações de planejamento do


projeto, possibilita que cada etapa construtiva seja planejada num determinado
tempo, fazendo com que o projeto seja o mais próximo possível da realidade,
fornecendo um histograma destinado a cada tipo de serviço e garantindo uma maior
qualidade e maior gestão dos prazos (BLANCO, 2011).

O BIM vai além da compatibilização dos projetos de Engenharia e


Arquitetura, sendo uma ferramenta que permite ao profissional trabalhar em
diversas dimensões, desde o 2D até o 7D. O que diferencia essas dimensões são
as informações que cada uma delas fornecerá sobre o modelo. Segundo
Campestrini et al. (2015), quanto mais dimensões o modelo tiver, maiores serão
as informações passíveis de modelação, tornando a tomada de decisão mais
complexa e assertiva possível. Assim, os modelos que contêm informações
espaciais e qualidade do projeto (p. ex.: pilares, vigas, lajes, paredes, portas,
janelas, tubulações etc.) é um modelo 3D, fornecendo informações de
compatibilização espacial do projeto, especificações de materiais, acabamentos,
quantitativo de materiais e soluções para revestimento.

É nesta etapa onde é possível obter um ensaio digital da edificação, com todos
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os projetos representados em três dimensões, fornecendo, também, informações


de seus componentes para as fases seguintes da concepção do modelo. É nesse
ponto que se torna possível realizar uma análise das interferências projetuais das
diversas disciplinas que compreendem o projeto, buscando por possíveis erros e
imperfeições e visando sempre ter soluções viáveis para uma boa execução
(GONÇALVES, 2019).

A dimensão 4D fornece informações acerca do cronograma da obra, sobre


inícioe término de cada atividade desenvolvida, produtividade de equipamentos e
ritmo de produção (CAMPESTRINI et al., 2015). Nesta dimensão é possível vincular
o modelo criado juntamente ao cronograma da obra, sincronizando tarefas, tempos
e gerando um planejamento visual de andamento da obra, permitindo que o
engenheiro possa acompanhar os avanços físicos da obra (GONÇALVES, 2019).

De acordo com Hamed (2015), a dimensão 5D do BIM está vinculada ao


orçamento da obra e às atividades relacionadas ao empreendimento. Já Campestrini
et al. (2015) explanam que um modelo 5D é programado para receber os custos dos
serviços (p. ex.: custo de materiais, mão de obra, equipamentos, despesas indiretas,
bônus, etc.) e, a partir deles, receber informações como custo das atividades da obra
e curvas ABC.

Na dimensão 6D do BIM são realizadas análises da energia de consumo. Esta


fase fornece informações sobre a validade dos materiais, os ciclos de manutenção,
o consumo de água, de energia elétrica, entre outros. Assim, permite a escolha mais
acertada de instalações de alto desempenho na edificação, estando relacionada de
forma direta à sustentabilidade.

Por fim, a modelagem 7D do BIM é usada pelos gestores do empreendimento


na operação e manutenção da edificação durante o seu ciclo de vida (HAMED, 2015).
Esse modelo, em conjunto com as informações finais da obra, podem ser utilizado
para operações futuras na edificação como manutenção, verificação de informações
dos equipamentos instalados, especificações técnicas e acrescentar, ainda,
informações que possam garantir uma boa gestão do seu ciclo de vida. A Figura 3
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ilustra como as dimensões avançam de acordo com o processo projetual.

Figura 3 – Ciclo de dimensões BIM.


Fonte: Leite (2016).

Um modelo BIM bem empregado é processado desde a concepção do projeto,


passando pela execução, ocupação, manutenção e, enfim, a demolição. Assim,
trata-se de um processo bastante abrangente. De fato, este é um dos principais
motivos que dificulta a compreensão desta tecnologia. Partindo desse princípio, é
importante a compreensão sobre o que é BIM e o que não é, para assim dar início a
implantação desta tecnologia em escala macro.

1.4.1 O que não é BIM

Desde o surgimento do BIM, deu-se início ao processo de adaptação por parte


das empresas e dos profissionais, afinal, essa tecnologia não é adotada radicalmente
da noite para o dia. Contudo, fornecedores de softwares vêm promovendo no
mercadoprodutos travestidos de soluções BIM, ou seja, softwares que fazem uso da
tecnologia3D, porém não são integrados à referida plataforma de modelagem. Para
um melhor entendimento, pode-se comparar com a expressão greenwashing
(pintando de verde).Essa expressão foi utilizada para identificar empresas, governos,
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ONGs e marcas que pregam a sustentabilidade em seus produtos e serviços, mas


que, no entanto, não estão trabalhando com sustentabilidade. Da mesma forma,
existem muitos softwares que são 3D, mas que não operam na plataforma BIM.
Assim, é importante verificar quais são os meios corretos para sua implantação.

A principal característica da modelagem BIM é a informação, de acordo com a


Coletânea de Implantação do BIM da CBIC (2016), os softwares que permitem uma
modelagem em visualização tridimensional de uma edificação, mas que não
mostram relatórios de quantitativos e não se integram a outros softwares, não
podem (nem devem) ser considerados BIM. Existem soluções que modelam em 3D
mas que não trabalham com banco de dados nem com atualizações automáticas.
Essas soluções também não são consideradas BIM. Por exemplo, alteração em uma
tabela ou em uma determinada parede, mas que não provoca alteração automática
em outras vistas ou em quantitativos, projetos que apresentam apenas uma
volumetria 3D, mas que não possuem nenhuma outra informação pertinente ao
mesmo, ou que concedem alterações em suas dimensões numa interface, no
entanto, não reflete nas demais.

1.4.2 Ensaio digital

Segundo a CBIC (2016), na construção civil é comum o reaproveitamento de


projetos em várias construtoras. Por exemplo, um mesmo empreendimento pode
ser executado novamente, mudando-se apenas o endereço. No entanto, existem
outros fatores que irão provocar mudanças no planejamento original, tais como:
mudanças climáticas, mudança na geologia do solo, mão de obra, entre outros.

A modelagem BIM no canteiro de obras surgiu para minimizar as alterações


do planejamento original. Na construção de um edifício de vários pavimentos, por
exemplo, é obrigatório a instalação de bandejas para proteção. Com o uso da
plataforma BIM é possível administrar todas as fases de um canteiro e ensaiar todo
o seu processo. O software Virtual Design & Construction – VDC (Construção
Virtual), por exemplo, permite uma visualização digital de todas essas fases antes
de iniciar a execução da obra. Dessa forma, pode-se analisar, antecipadamente,
o layout do canteiro de obra, o posicionamento de gruas e dos elevadores.
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Figura 4 – Modelagem BIM no canteiro de obras.


Fonte: CBIC (2016).

2. A INTEGRAÇÃO BIM

A integração de projetos com uso do BIM no planejamento e execução de obras


não é uma condição que ocorre de forma imediata. Existe todo um caminho que deve
ser percorrido até atingir essa integração. De fato, quando essa tecnologia é integrada
de forma correta, os resultados são benéficos para todos os envolvidos, conforme já
citado anteriormente neste artigo. De fato, verificou-se que o BIM é algo abrangente,
que exige uma grandecolaboração de todos os envolvidos. Portanto, a colaboração
é o segredo para se obter resultados satisfatórios. A Coletânea de Implementação
do BIM da CBIC (2016)ressalta que é possível realizar a classificação da integração
do BIM de acordo com o nível de colaboração que existe no ciclo de vida de um
empreendimento (Figura 5).

Figura 5 – Colaboração no ciclo de vida de uma obra.


Fonte: CBIC (2016).
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Sabe-se que na construção civil a colaboração é mais ampla. De acordo com a


Figura 5, a colaboração começa desde a concepção do projeto feito pelo arquiteto,
passando pelos projetos complementares, orçamentários e chegando até a fase de
execução.

2.1 A COLABORAÇÃO BIM

O modelo tridimensional elaborado pelo BIM vai além de uma representação


gráfica do edifício, pois ele funciona como um banco de dados capaz de fornecer
detalhes de toda a estrutura, durante o ciclo de vida da construção. De fato, todos
os envolvidos devem ser capazes de extrair tais informações de maneira
colaborativa. É evidente que o tradicionalismo na construção civil ainda consiste num
fator atual que dificulta nessa colaboração. Segundo Manzione (2013, p. 125),

[...] a colaboração na AEC compreende complexos fluxos de


trabalho em que diferentes agentes precisam ser incorporados em
um conjunto comum de informações por um longo período de
tempo [...]. Para o autor, [...] durante o processo de projeto,
quando a tecnologia BIM é utilizada, a colaboração acontece
através da troca ou do compartilhamento dos modelos BIM ou de
seus subconjuntos.

Neste sentido, o desenvolvimento integrado de projetos deve consistir no


compartilhamento de modelos BIM em suas diversas extensões. Desse modo, a fase
de compartilhamento é onde ocorre o que foi chamado por Santos (2016) como sendo
o “BIM mal feito”. Por exemplo, para os iniciantes desta tecnologia, o software Revit
é visto como sendo o único capaz de realizar todo o fluxo BIM; no entanto, foi visto
que existem vários outros softwares capazes de realizarem o mesmo fluxo.

Outro exemplo, apresentado pela Coletânea de Implantação do BIM da CBIC


(2016), relata que um projetista, na tentativa de compartilhar seu projeto estrutural
com outros agentes do empreendimento, não obteve sucesso pois o arquivo de seu
software não era compatível com os outros sistemas, de modo que foi necessário
contratar uma empresa para fazer apenas uma fusão do banco de dados entre os
sistemas. Nestes caso apresentado, evidencia-se que a colaboração de modelos
BIM é um processo essencial para a integração de projetos.
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2.1.1 O que é IFC?

Conforme afirma a Coletânea de Implantação do BIM da CBIC (2016,) para a


melhor compreensão do que vem a ser o IFC, pode-se tomar como exemplo a língua
universal: o inglês (Figura 6).

Figura 6 – Inglês, a língua universal.


Fonte: CBIC (2016

Por exemplo, um chinês pode se comunicar com um francês através do uso da


língua inglesa; assim, ambos se tornam aptos para realizar o compartilhamento de
informações importantes entre si. O IFC é uma ferramenta utilizada para o
compartilhamento de modelos BIM entre diversas tecnologias. A respeito do IFC, a
CBIC (2016) traz que:

O Industry Foundation Classes (IFC) é um formato neutro de arquivo


de dados importante para descrever, trocar e compartilhar
informações tipicamente utilizadas na indústria da construção civil e
também no setor de gerenciamento de ativos (e de manutenção). As
especificações IFC são protegidas por copyright, foram
desenvolvidas e estão em contínua evolução e manutenção pela
BuildingSMART26 International (organização também conhecida
como IAI – International Alliance for Interoperability).

De fato, por meio de arquivos IFC pode-se modelar um edifício, modificando-o


através de várias tecnologias e tornando possível uma integração de projetos.
Existem três formatos de arquivos IFC que são capazes de integrar todas as
camadas do BIM, são elas: a) IFC-SPF: é um formato de arquivo de texto,
apresentando a extensão “.ifc”; b) IFCX-ML: é um formato de arquivo XML, que serve
como interoperabilidade entre arquivos XML e modelos BIM, apresentando a
extensão “.ifcXML’’; e c) IFC-ZIP:é um formato de arquivo ZIP, na qual está inserido
um arquivo IFC-SPF, apresentandoa extensão “.ifcXIP”.

De forma singular, o desenvolvimento de um projeto na plataforma BIM só é


possível por meio da interoperabilidade de arquivos IFC, pois seria impossível
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modelar uma edificação usando somente uma determinada tecnologia. Entretanto,


com o avanço da tecnologia, empresas fornecedoras de softwares de projetos, estão
inserindo puglins capaz de cominicar-se com outros tecnologias simultanemante,
exemplo TQS & Revit.

2.2 DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE PROJETOS

A implantação do BIM é um processo imprescindível para o desenvolvimento


integrado de projetos, permitindo o compartilhamento de informações, visualizações
tridimensionais, extração de quantitativos automáticos, compatibilização de projetos
entre outros aspectos. Porém, para que esse fluxo de trabalho e informações sejam
cumpridos é de extrema importância a comunicação entre os profissionais envolvidos.
Isso se dá devido ao BIM se vincular aos conceitos de Integrated Project Deliver (IPD)
e Engenharia Simultânea (ES), os quais abordam os vários projetos que compõem o
empreendimento como um elemento único, sem fragmentação, integrando pessoas,
sistemas, objetivos e informações.

Por exemplo, quando um investidor contrata uma empresa de Engenharia e


Arquitetura para a construção de uma edificação, é comum o arquiteto ser o primeiro
a ser consultado para tal concepção. Tradicionalmente entre os profissionais da AEC,
o arquiteto projeta e estuda todo o empreendimento de forma isolada e, somente após
a conclusão, os demais envolvidos iniciarão os projetos complementares. Desse
modo, quando surgem conflitos entre as disciplinas complementares e a arquitetura
ou vice-versa, o projeto já desenvolvido retorna para correções. Esta metodologia de
desenvolvimento é muito comum entre os profissionais; porém, analisando-se sob
uma visão integrativa, ocorre retrabalho e perda de tempo.

Todavia, o que realmente é desenvolvimento integrado de projetos? De acordo


com Pedrini (2012), a integração de projetos somente é alcançada quando é aplicada
a Engenharia Simultânea.

Engenharia Simultânea é uma abordagem sistemática para o


desenvolvimento integrado e paralelo do projeto de um produto e os
processos relacionados, incluindo manufatura e suporte. Essa
abordagem procura fazer com que as pessoas envolvidas no
desenvolvimento considerem, desde o início, todos os elementos do
ciclo de vida do produto, da concepção ao descarte, incluindo
qualidade, custo, prazos e requisitos dos clientes. Os
empreendimentos de construção tradicionais têm como
característica o caráter seqüencial das intervenções para cada um
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dos seus participantes, em que o projeto permanece ainda como uma


atividade fragmentada. No entanto, os problemas de qualidade
surgidos na fase de uso, o aumento das exigências dos clientes, as
pressões de custo e a necessidade de inovação, entre outros fatores,
têm induzido a práticas diferenciadas de organização dos projetos
(PEDRINI, 2012, p. 89-92).

O desenvolvimento de produtos na indústria da construção civil apresenta várias


fases já citadas anteriormente, fases que englobam diversos agentes que,durante este
processo, são responsáveis pela tomada de decisões, que repercutirão no produto
final, afetando diretamente sua construtibilidade e qualidade. Quanto mais complexo
o empreendimento, maior será a necessidade de uma rede ampla de colaboradores,
para que seja possível gerenciar as informações. A interação entre eles se torna
indispensável, visando que todos componentes tenham acesso de forma eficiente e
rápida a estas informações (Figura 7).

Figura 7 – Modelo de Comunicação Integrada.

Fonte: CBIC (2016).

Entretanto, é aqui que reside uma das maiores dificuldades de todo o processo:a
integração entre profissionais e as várias interfaces que proporcionam uma ligação
física ou lógica entre dois sistemas que não poderiam ser conectados diretamente do
empreendimento.

A integração das interfaces é um dos pontos cruciais na fase de projeto. Assim,a


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Engenharia Simultânea surge para otimizar os processos, reduzir tempos e custos e


visando melhorar a qualidade final do produto, por meio da integração dessas fases.
Assim, ela é uma ferramenta que tem por objetivo a eficiência do processo de projeto,
sendo o seu principal mecanismo a seleção e formação de uma equipe multifuncional.
Na fase de desenvolvimento do projeto devem ser estudadas quais são as melhores
soluções para atender aos objetivos estabelecidos, seja de prazo, custo ou qualidade,
sendo importante para evitar erros e retrabalhos.

O desenvolvimento integrado de projetos é atingido quando todos os envolvidos


estão trabalhando desde o início. Antes do arquiteto iniciar o projeto, o mesmo deve
consultar os engenheiros calculistas para saber, por exemplo, quais as melhores
posições para os pilares, ou consultar os projetistas de instalações prediais para
saber qual a melhor posição para as louças sanitárias, altura da caixa d’agua e
direções das águas do telhado. Este é um simples exemplo de desenvolvimento
integrado.

No Brasil, os profissionais de AEC ainda estão “presos” aos conceitos antigos


de desenvolvimento de projetos e poucos ainda estão dispostos a se adaptar a novos
conceitos e ferramentas de integração. Outro fator que limita e dificulta a integração
de processo de projeto, planejamento e execução está no fato de que as construtoras
apenas entram em cena quando todos os projetos já estão definidos, gerando, muitas
vezes, discrepância entre projeto elaborado e o que realmente é executado.

2.3 ANÁLISE DE PROJETOS INTEGRADOS

Antes de iniciar a análise do modelo apresentado neste artigo, é importante


salientar que nem todo software que apresenta simulação 3D utiliza os conceitos BIM;
exemplo disso é o Sketchup. Por meio deste programa, o usuário consegue modelar
todo o projeto; entretanto, o mesmo não oferece informações sobre as especificações
dos materiais utilizados. Tendo essa diferenciação em mente, agora será feito o estudo
do projeto já elaborado. O projeto analisado foi fornecido por uma empresa de
engenharia da cidade de Rio Branco/AC, na qual trabalha com desenvolvimento de
projetos complementares.
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O modelo trata-se de uma edificação comercial térrea, situado no município de


Rio Branco, Estado do Acre. Os projetos complementares foram deselvolvidos no
período entre junho e setembro de 2020. O terreno possui área de 600 m², com taxa
de ocupação equivalente a 61,42 m² e 368,88 m² de área construída. O projeto
arquitetônico foi desenvolvido em um software Autodesk (Revit) que se enquadra na
tecnologia BIM, e seus projetos complementares desenvolvidos nos softwares BIM da
AltoQi (QiBuilder e Eberick) (Figuras 8)..

Figura 8 Ensaio digital 3D da edificação


Fonte: Autoria própria (2021).

A Figura 8 mostra o ensaio digital do projeto arquitetônico da edificação,


desenvolvido no software Revit e seus projetos complementares foram,
posteriormente, desenvolvidos nos softwares AltoQi (QiBuilder e Eberick), na qual a
colaboração digital foi realizada na plataforma Fusion A30, todas ferramentas do
segmento BIM. Quando projetados em plataformas como o Revit, os projetos
arquitetônicos possibilitam a facilidade de agregar propriedades aos materiais
utilizados no projeto. Assim, ele faz uso de vários recursos para definir estes
materiais, tais como: gráficos, vistas renderizadas, vistas realistas e propriedades
físicas, necessárias durante o processo de concepção.

2.3.1 Interoperabilidade

Durante esta análise, foi levado em conta a interação entre os responsáveis


técnicos na elaboração dos projetos. Análise essa que se faz necessária devido à
importância de uma boa comunicação entre os envolvidos, com o intuito de
solucionar possíveis conflitos que venham a existir entre as disciplinas,
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acarretando, assim, em retrabalho e perda de tempo. Arquitetos, engenheiros,


construtoras, proprietários e fornecedores que compõem a equipe de projeto e
execução de obras e, como já mencionado em outro momento, quanto mais
complexo e maior o empreendimento, maior a rede de colaboradores, a interação
entre eles e a necessidade de processoa colaborativos adequados.

O modelo foi elaborado por arquitetos e engenheiros em conjunto, os quais


estavam compartilhando informações e entrando em consenso acerca das
melhores soluções a serem adotadas. O projeto arquitetônico foi desenvolvido em
Revit, o qual permitia ser compartilhado por meio de arquivos IFC, com informações
de materiais e volumetria 3D, facilitando a realização de simulação digital, que é de
suma importância na elaboração dos projetos complementares. Nesse, os projetos
foram desenvolvidoscom softwares BIM (Revit, QiBuilder e Eberick).

Como os projetos complementares de ambos os modelos foram


desenvolvidos em programas BIM, possibilitou-se que seus processos
colaborativos fossem por meio do A360 (Figura 9), que funciona como um drive
que possibilita acesso ao armazenamento de projetos, onde há um espaço de
colaboração e também a serviços na nuvem, permitindo uma melhora considerável
no modo de criar, visualizar, simular e compartilhar com outros profissionais. Dentro
do A360 os engenheiros podiam trocar informações, assinalar possíveis problemas
de incompatibilidade e todos os interantes do grupo recebiam atualizações
automáticas.

Pode-se perceber que o planejamento que antecede a elaboração dos


projetos é algo primordial, sendo essencial o contato entre arquiteto e cliente para
atender as necessidades e a comunicação entre a equipe de Engenharia,
Arquitetura e com a própria construtora.
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Figura 9 – Aba de comentários A360 com engenheiro assinalando a revisão do projeto.


Fonte: Autoria própria (2021).

2.3.2 Compatibilização

A compatibilização é uma prática importante e deve ser feita antes da


execução da obra, afinal, um bom projeto exige um trabalho cuidadoso para evitar
contratempos que encarecem a obra, atrasam o cronograma ou perdem tempo do
profissional com retrabalho. É uma fase importante para se obter qualidade em um
empreendimento, pois ela interfere diretamente no aumento de produtividade da
construção, já que o processo de integração é onde se observa e detecta
problemas que provavelmente só seriam detectados durante sua execução,
ocasionando atrasos no planejamento, retrabalhos, desperdício e afetando
diretamente o orçamento da obra.

O processo de compatibilização checa e analisa as definições entre os projetos


para que as diferentes disciplinas construtivas não interfiram umas nas outras. Assim,
o método mais tradicional de tornar projetos compatíveis é de forma manual ou pela
sobreposição de desenhos CAD 2D. Com o BIM esta verificação deixa de ser feita de
modo manual e visual no “olhômetro”, prática essa arcaica; porém, ainda comum entre
muitos profissionais. Os programas BIM disponibilizam ferramentas que são capazes
de detectar essas interferências, acusando através de avisos aos projetistas, além de
permitir visualizar onde ocorre tais interferências, como, por exemplo, quando dois ou
mais elementos se cruzam ou ocupam a mesma área ou quando a distância entre dois
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elementos não respeita ao mínimo recomendado.

No modelo apresentado, o projetista informou que todos os projetos foram


integrados e foi feito um processo colaborativo entre todos os envolvidos. Por
exemplo, através da exportação de modelo externo entre os softwares Eberick e
Revit por meio de arquivoIFC, o engenheiro foi capaz de visualizar a interação entre
o arquitetônico e estrutural, de modo que o modelo estrutural pôde atender as
exigências impostas pelo projeto arquitetônico, pois na medida que a estrutura era
modelada, era possível visualizar se ocorreria algum erro de incompatibilidade.

O processo colaborativo através do A360 permitiu aos profissionais discutirem


as posições dos pilares para evitar dificuldades ao elaborar o projeto
hidrossanitário. Por exemplo, o layout dos banheiros possuía uma laje superior que
sustentava o reservatório elevado. Como de costume, a laje de reservatório
geralmente possui 4 pilares, mas neste caso foi solicitado ao calculista dimensionar
apenas 3 pilares, para que fosse possível inserir uma tubulação de água fria na
curva da parede. Caso não houvesse a comunicação entre os profissionais, o
estrutural teria sido proetado com 4 pilares e o projetista de instalações teria que
inserir tubulações de água fria enterradas ou criar nova coluna de água, gerando
certa dificuldade, pois a tubulação de água fria ficaria próxima da tubulação de
descarga. Estas foram algumas das interferências constatadas pelos projetistas
durante o processo de compatibilização, tornando evidente a necessidade e as
vantagens dainteração interdisciplinar de um empreendimento.

Figura 10 – Projetos compatibilizados – Instalações hidrossanitárias.


Fonte: Autoria própria (2021).
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Conclusão

Os projetistas ressaltaram as vantagens que veem ao desenvolver seus


projetos utilizando ferramentas BIM, relatando a redução de erros, o aumento da
produtividade, a facilidade na alteração dos projetos, a interação entre as etapas,
a possibilidade apresentada pela plataforma de poder modelar objetos inserindo
suas propriedades físicas, a capacidade de gerar de forma automática os
quantitativos de materiais, os cálculos de volume (escavação e peças estruturais),
a conferência e a identificação automática e a facilidade em trocar informações
entre plataformas.

Em contrapartida, também ressaltam algumas desvantagens ou dificuldades


de adaptação quanto ao uso da ferramenta. Desse modo, ao inserir essa tecnologia
na empresa houve uma grande necessidade de capacitar seus profissionais. Uma
outra dificuldade foi a incompatibilidade com parceiros de projetos, onde se verifica
que não é todo profissional que utiliza as ferramentas BIM,sempre existindo o risco
de, ao fechar um negócio, surgir dificuldades quando iniciar a integração dos
projetos.
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REFERÊNCIAS

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