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Brazilian Journal of Development 60804

ISSN: 2525-8761

Análise de recalque em fundações profundas isoladas segundo métodos


teóricos que utilizam somente o módulo de elasticidade longitudinal do
solo

Analysis of settlement in isolated deep foundations according to


theoretical methods that use only the longitudinal elastic modulus of
the soil

DOI:10.34117/bjdv7n6-451

Recebimento dos originais: 07/05/2021


Aceitação para publicação: 18/06/2021

Luã da Silva Lemos


Mestrando em Tecnologia das Construções e Estruturas Universidade Federal
Fluminense
Rua Passo da Pátria, 156 – 3o andar – Sala 365 – Bloco D – São Domingos – Niterói –
Rio de Janeiro – Brasil

Luiz Carlos Mendes


Doutor em Engenharia Civil Universidade Federal Fluminense
Rua Passo da Pátria, 156 – 3o andar – Sala 365 – Bloco D – São Domingos – Niterói –
Rio de Janeiro – Brasil

RESUMO
Fundações profundar possuem o objetivo de transferir cargas das superestrutura ao solo,
sendo de grande importância considerar a interação solo-estrutura.Este trabalho realizou
a análise numérica de recalque em fundações profundas isoladas, cravas com diâmetros
de 0,33m, 0,42m 0,50m e 0,60m, variando cargas axiais de compressão, utilizando os
métodos teóricos de Mindlin (1936), Poulos e Davis (1980) e Rowe (2001), baseados na
teoria da elasticidade.Conclui-se que os métodos teóricos de previsão de recalque de
estacas apresentam resultados próximos entre si e coerentes, com ordem de grandeza em
centésimos de milímetros, tanto nos métodos mais conservadores como nos menos
conservadores.

Palavras-chave: Métodos teóricos, Análise numérica, recalque, fundações profundas.

ABSTRACT
Deep foundations have the objective of transferring loads from the superstructure to the
soil, being of great importance to consider the soil-structure interaction. This work
carried out the numerical analysis of settlement in isolated deep foundations, nails with
diameters of 0.33m, 0.42m 0, 50m and 0.60m, varying axial compression loads, using
the theoretical methods of Mindlin (1936), Poulos and Davis (1980) and Rowe (2001),
based on the theory of elasticity. pile repression shows results that are close to each other
and coherent, with an order of magnitude in hundredths of millimeters, in both the most
conservative and the least conservative methods.

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Keywords: Theoretical methods, Numerical analysis, settlement, deep foundations.


1 INTRODUÇÃO
Os projetos de fundações profundas incluem, em grande maioria dos casos, a
aplicação de blocos com mais de uma estaca, e em poucos casos blocos com apenas uma
estaca. Em ambos os casos é de fundamental importância que a elaboração do projeto
construtivo leve em consideração a análise do comportamento das estacas, estejam elas
em grupo ou separadas quanto às características de recalque. Isso, naturalmente, requer
a consideração das diversas e distintas interações entre: estaca x estaca, no caso de blocos
com mais de uma estaca; bloco de coroamento x estacas e a própria interação desses
elementos estruturais e o subsolo.
No projeto de uma fundação profunda, o projetista deve prever a capacidade de
carga das estacas e, também, avaliar os recalques que podem ocorrer sob a ação das
cargas de trabalho de uma edificação.
A estimativa de recalques em uma fundação é uma tarefa mais complexa do que
a determinação da capacidade de carga, devido, principalmente, à heterogeneidade do
solo e, também, ao seu comportamento não linear na parte elástica da curva tensão-
deformação, pois sua rigidez depende muito do grau de deformação, ε, sofrida, ou seja,
diminui com o aumento da deformação.
Discutindo os métodos de previsão de recalques de estacas isoladas submetidas
a cargas axiais verticais de compressão pode-se enumerar os principais métodos que
serão abordados neste trabalho, dentre eles: Mindlin (1936), Poulos e Davis (1980) e
Rowe (2001).

2 MÉTODOS TEÓRICOS PARA ANÁLISE DE RECALQUE


Existem diversos métodos teóricos para previsão de recalques, devido aos fatores
de segurança variarem entre 2 e 3, o comportamento das estacas submetidas as cargas de
trabalho geralmente encontra-se no trecho elástico da curva carga-recalque, logo as
estimações de recalque baseadas na teoria da elasticidade são válidas. Desse modo, os
métodos elásticos baseados na Teoria da Elasticidade são os mais empregados na previsão
de recalques em estacas isoladas ou em grupos. Em geral, esses métodos consistem em
discretizar a estaca em elementos e tentar encontrar condição de compatibilidade entre os
deslocamentos da estaca e os deslocamentos do solo adjacente a cada um desses
elementos.

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A resposta elástica do solo é geralmente obtida através das equações de MINDLIN


(1936) que fornecem tensões e deslocamentos em um semiespaço elástico, homogêneo,
sob ação de uma carga pontual horizontal ou vertical aplicada em um ponto qualquer na
profundidade.
A principal diferença entre os vários métodos listados é a maneira pela qual eles
consideram a distribuição das tensões cisalhantes ao longo da estaca. Alguns deles
assumem que as tensões cisalhantes atuam em um único ponto, centrado no eixo da
estaca, para cada elemento da estaca. Outra forma é considerar uma área uniformemente
carregada coincidindo com a área da seção transversal, a meia altura de cada elemento de
solo. A maneira mais satisfatória é aquela que assume que as tensões cisalhantes atuam
distribuídas uniformemente ao longo da circunferência, ou seja, do perímetro de cada
elemento de estaca. Esta última hipótese é a adotada nos estudos de Poulos e Davis
(1980).

2.1 MÉTODO DE MINDLIN (1936)


Para o caso de uma carga vertical, Mindlin (1936) estabeleceu uma equação para
a tensão, σz, e outra para o recalque, wz, na direção vertical, z, num ponto a uma
profundidade, c, devido à ação de uma carga vertical pontual, P, e a uma carga horizontal,
Q, atuando no interior de uma massa semi-infinita de material elástico, homogêneo e
isótropo, caracterizado pelas duas principais constantes elásticas: módulo de elasticidade
transversal ou módulo de cisalhamento do solo, G, e coeficiente de Poisson do solo, ν.

Figura 1: Meio elástico semi-infinito

Fonte: Mindlin, 1936

Para a aplicação da equação de Mindlin, precisa-se conhecer:

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• P = carga concentrada vertical aplicada dentro do maciço de solo (ponta da


estaca);
• G = módulo de elasticidade transversal do solo;
• ν = coeficiente de Poisson do solo;
• z = profundidade do ponto em que se deseja calcular o deslocamento;
• c = profundidade do ponto de aplicação da carga concentrada (P).

Figura 2: Cargas no interior de uma massa semi-infinita.

Fonte: Mindlin, 1936

A equação Mindlin (1936) que estima o recalque, wz, é dada por:

Sendo

• P = carga vertical pontual sobre a cabeça da estaca, à profundidade c;

• c = distância vertical entre a superfície do terreno e o ponto de aplicação da carga


vertical, P (Erro! Fonte de referência não encontrada.);

• σz = tensão na direção vertical, z, num ponto, B, pela ação de uma carga vertical
e pontual, P (Erro! Fonte de referência não encontrada.);

• wz = recalque na direção vertical, z, num ponto, B, localizado a uma distância, r,


do eixo vertical OZ, provocado pela ação de uma carga vertical pontual, P, num
ponto, A, a uma profundidade, c (Erro! Fonte de referência não encontrada.);

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• r = distância, no plano, entre o eixo OZ, de aplicação da carga, P, e o ponto, B,


onde se deseja obter o recalque, (Erro! Fonte de referência não encontrada.);

• R1 = distância espacial entre o ponto, A, em que se aplica a carga, P, e o ponto,


B, onde se deseja obter o recalque (Erro! Fonte de referência não encontrada.);

• R2 = distância espacial entre o ponto, D, acima da superfície do terreno, e o ponto,


B, onde se deseja obter o recalque (Erro! Fonte de referência não encontrada.);

• z = distância vertical entre a superfície do terreno e o ponto em que se deseja obter


o recalque;

• E = módulo de elasticidade longitudinal do solo;

• G = módulo de elasticidade transversal ou módulo de cisalhamento do solo;

• ν = coeficiente de Poisson do solo;

• B (x, y, z) = ponto onde se quer saber qual é o recalque (Erro! Fonte de


referência não encontrada.);

• A (x, y, z) = ponto de aplicação da carga axial e vertical, P (Erro! Fonte de


referência não encontrada.).

2.2 MÉTODO DE POULOS E DAVIS (1980)


Poulos & Davis (1980) desenvolveram para o cálculo de recalques um processo
numérico, baseando-se na solução de Mindlin (1936) para calcular a ação da estaca sobre
o solo. Nesse método, a estaca é dividida em elementos uniformemente carregados e os
esforços atuam na superfície dos elementos das estacas. Para solucionar o problema é
imposta compatibilidade entre os deslocamentos da estaca e do solo adjacente. Os
deslocamentos da estaca são obtidos considerando a compressibilidade da estaca sob
carga axial e os do solo, através da equação de Mindlin (1936).
Na Figura 3 são definidos os parâmetros, geometria e condições de contorno,
utilizados no cálculo do recalque de estacas da solução de Poulos & Davis (1980). Onde
Es é módulo de elasticidade do solo, Eb é módulo de elasticidade da camada resistente de
solo, υs é coeficiente de Poisson do solo e υb é coeficiente de Poisson da camada
resistente de solo.

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Figura 3: Esquema para obtenção dos parâmetros de cálculo

Fonte: Poulos e Davis, 1980

Na Figura 3, tem-se:

• P = carga aplicada à estaca;

• h = espessura finita da camada de solo compressível onde a estaca está instalada,


apoiada sobre uma camada rígida;

• L = comprimento da estaca;

• D = diâmetro da estaca;

• E = módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young do solo;

• ν = coeficiente de Poisson do solo;

• Ep = módulo de elasticidade do material da estaca;

• Eb = módulo de elasticidade da camada resistente do solo abaixo da camada rígida;

• νb = coeficiente de Poisson da camada resistente do solo abaixo da camada rígida.

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Figura 4: Modelo de Poulos e Davis

Fonte: Poulo e Davis, 1980

No Método de Poulos e Davis (1980), a estaca é dividida em elementos de altura


δ, uniformemente carregados com carga q, submetidos a uma tensão de compressão, σ,
𝜕𝜎
no topo, e a uma tensão reativa, 𝜎 = 𝜕𝑍 . 𝛿 , na base, conforme Figura 4.

A equação de Poulos e Davis (1980) é dada por

Onde:

• w = recalque da estaca;

• Q = carga axial aplicada à estaca;

• B = diâmetro da estaca;

• E = módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young do solo em torno


do fuste e na ponta da estaca;

• I0 = fator de influência do recalque, determinado pelo ábaco da Erro! Fonte de


referência não encontrada., sendo função da relação entre o diâmetro da ponta
da estaca, B0, e o diâmetro da estaca, B.

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Figura 5: Fatores para cálculo de recalques de estacas: (a) fator I0; (b) influência da compressibilidade da
estaca; (c) da espessura (finita) do solo compressível; do coeficiente de Poisson do solo.

Fonte: Poulo e Davis, 1974

Onde:

• Rk = Fator de correção para a compressibilidade da estaca Erro! Fonte de


referência não encontrada.(b)

• Rh = Fator de correção para a espessura h (finita) do solo compressível Erro!


Fonte de referência não encontrada.(c)

• Rv = Fator de correção para o coeficiente de Poisson do solo Erro! Fonte de


referência não encontrada.(d)

• Rb = Fator de correção para a base ou ponta em solo mais rígido, sendo Eb o


módulo de Young do solo sob a base.

2.3 MÉTODO DE ROWE (2001)


Rowe (2001) afirma que, para aplicações rotineiras de projetos, é conveniente usar
soluções paramétricas deduzidas para uma estaca instalada em um solo elástico cujo
módulo aumenta linearmente com a profundidade.

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Na aplicação das soluções elásticas descritas a seguir, o recalque imediato ou não


drenado, para estacas em solo argiloso, é calculado, utilizando-se o módulo de Young do
solo à superfície do terreno, ESO, e o módulo de Young do solo no nível da ponta da
estaca, ESL, tendo os mesmos valores que os módulos de Young não drenados, e sendo Iρ
o valor correspondente ao valor de νs, com νs = 0,5 para argilas saturadas.
O recalque da cabeça da estaca pode ser expresso pela equação Erro! Fonte de
referência não encontrada.:

Sendo:

• S = recalque da cabeça da estaca;

• P = carga aplicada à estaca;

• d = diâmetro da estaca;

• ESL = módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young do solo, no nível


da ponta da estaca;

• I = fator de influência do recalque, calculado pela Equação Erro! Fonte de


referência não encontrada..
Rowe utilizou, para o cálculo de Iρ, a solução desenvolvida por Randolph
(FLEMING, et al. 1992), para estacas instaladas em solos em que o módulo de Young
aumenta linearmente com a profundidade, dada pela Equação Erro! Fonte de referência
não encontrada.

Onde:

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Sendo:

• Iρ = fator de influência do recalque;

• νs = coeficiente de Poisson do solo;

• λ = coeficiente de rigidez solo-estaca;

• η1 = relação entre o diâmetro da ponta da estaca, db, e o diâmetro da estaca, d;

• d = diâmetro da estaca;

• db = diâmetro da ponta da estaca;

• ξ = relação entre o módulo de Young do solo no nível da ponta da estaca, ESL, e o


módulo de Young da camada resistente de solo que suporta a ponta da estaca, Eb;

• E S = valor médio do módulo de Young do solo, ao longo do fuste da estaca;

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• ρ = relação entre o valor médio do módulo de Young do solo e o módulo de Young


do solo no nível da ponta da estaca;

• Ep = módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young do material da


estaca;

• ESL = módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young do solo, no nível


da ponta da estaca;

• Eb = módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young da camada


resistente de solo que suporta a ponta da estaca;

• μ = fator de compressibilidade da estaca;

• L = comprimento da estaca.

3 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS TEORICOS


Para o desenvolvimento deste estudo, utilizou-se do trabalho do J.F. Cabete, 2014,
onde foi realizado analise dos métodos semiempíricos, Decourt e Quaresma (1978), Aoki
e Velloso (1985) e o método de Teixeira (1960), considerando os fatores de segurança
propostos por Decourt Quaresma (1982). As estacas são isoladas, recebem a carga do
respectivo pilar, através de um bloco de fundação de estaca única. A Tabela 1 relaciona
as estacas e suas cargas.

Tabela 1: Cargas
Estaca Q (kN)
E1 420
E2 550
E3 650
E4 740
E5 800
Fonte: O autor (2021).

As estacas são de concreto, pré moldadas, cravadas com secções circulares de


mercado de 33cm, 42 cm, 50 cm e 60 cm.
Os valores e parâmetros adotados nestes estudos são:
A resistência característica à compressão do concreto das estacas é fck = 20 MPa.
O módulo de Young ou módulo de elasticidade longitudinal do concreto das estacas, é Ec
= 25, GPa. O módulo de elasticidade transversal ou módulo de cisalhamento do solo, na
ponta da estaca, é GL = 30 MPa (sugerido por Fleming, 2009). As camadas do solo
adotadas são de argila seca e homogênea, adotando-se, assim, os seguintes valores

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sugeridos por Bowles, 1988: o fator de distribuição do atrito lateral, α = 0,6; o módulo de
Young ou módulo de elasticidade longitudinal do solo, Es = 210000 MPa; e o coeficiente
de Poisson do solo, ν = 0,3 e 0,5. O carregamento das estacas é de compressão, axial e
vertical.

3.1 MÉTODO DE MINDLIN


Para o desenvolvimento e aplicação do método de Mindlin (1936) são
apresentadas a seguir algumas particularidades que norteiam o método:
Utilizou-se uma carga para o estudo, a menor carga (420 kN) uma vez que o
comportamento é semelhante, e o método de Mindlin (1936) não diferencia o diâmetro
das estacas.
Durante o desenvolvimento deste método foi estudado uma variação da
profundidade do ponto de aplicação da carga concentrada, porem demonstrou pouca
relevância, sendo assim a carga vertical pontual, P, foi aplicada na cabeça da estaca,
considerada à profundidade de 1m (c) para todos os casos.
Os recalques provocados pela carga P foram calculados em 11 pontos de 4 planos
horizontais, localizados às profundidades respetivas de 0m (superfície), 10m, 20m e 27m.
Os pontos em cada plano encontram-se alinhados e estão distanciados de 1m um
do outro, a partir da estaca.
A estaca foi instalada em um meio semi-infinito, elástico, homogêneo e
isotrópico.
Para uma maior abrangência do estudo, foi considerado dois valores para o ν
(coeficiente de Poisson do solo), ν =0,5.

3.1.1 Recalque nos pontos de um plano a 0 m

Tabela 2: Recalque em um plano 0 m de profundidade pelo método de Mindlin (1936)


P (kN) z (m) c (m) ν E (kN/m2) G (kN/m2) r (m) w (mm)
0 0,955
1 0,506
2 0,256
3 0,166
420 0 1 0,5 210000 700000 4 0,123
5 0,097
6 0,081
7 0,069
8 0,06
9 0,053

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10 0,048
Fonte: O autor (2021).

Para melhor ilustrar os resultados da Tabela 2, o Gráfico 1 apresente os pontos


plotados para os 10 pontos estudados.

Gráfico 1: Curva raio - recalque, no plano 0 m, para uma carga de 420 kN

Fonte: O autor (2021).

O recalque máximo com o coeficiente de Poisson de 0,5 ocorreu exatamente sobre


a cabeça da estaca.

3.1.2 Recalque nos pontos de um plano a 10 m


A Tabela 3 apresenta os resultados do recalque, no plano a 10 m de profundidade.

Tabela 3: Recalque em um plano 10 m de profundidade pelo método de Mindlin (1936)


P (kN) z (m) c (m) ν E (kN/m2) G (kN/m2) r (m) w (mm)
0 0,094
1 0,093
2 0,09
3 0,086
420 10 1 0,5 210000 700000 4 0,081
5 0,075
6 0,069
7 0,064
8 0,058
9 0,054
10 0,049
Fonte: O autor (2021).

O Gráfico 2 ilustra os resultados.

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Gráfico 2 Curva raio - recalque, no plano 10 m, para uma carga de 420 kN

Fonte: O autor (2021).

Assim como no plano a 0 m de profundidade, o recalque máximo ocorreu na


vertical da aplicação da carga sobre a cabeça da estaca. Os recalques calculados fora do
plano da superfície, apresentam uma tendência de menores valores de recalque, conforme
mais afastado do ponto da estaca e quanto mais profundo.

3.1.3 Recalque nos pontos de um plano a 20 m


A Tabela 4 apresenta os resultados do recalque, no plano a 10 m de
profundidade.

Tabela 4: Recalque em um plano a 20 m de profundidade pelo método de Mindlin (1936)


P (kN) z (m) c (m) ν E (kN/m2) G (kN/m2) r (m) w (mm)
0 0,047
1 0,047
2 0,047
3 0,046
420 20 1 0,5 210000 700000 4 0,045
5 0,044
6 0,043
7 0,042
8 0,041
9 0,039
10 0,038
Fonte: O autor (2021).

O Gráfico 3 ilustra os resultados.

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Gráfico 3: Curva raio - recalque, no plano 20 m, para uma carga de 420 kN

Fonte: O autor (2021).

3.1.4 Recalque nos pontos de um plano a 27 m


A Tabela 5 apresenta os resultados do recalque, no plano a 10 m de profundidade.

Tabela 5: Recalque em um plano 27 m de profundidade pelo método de Mindlin (1936)


P (kN) z (m) c (m) ν E (kN/m2) G (kN/m2) r w (mm)
0 0,035
1 0,035
2 0,035
3 0,034
420 5 1 0,5 210000 700000 4 0,034
5 0,034
6 0,033
7 0,033
8 0,032
9 0,031
10 0,031
Fonte: O autor (2021).

O Gráfico 4 ilustra os resultados.

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Gráfico 4: Curva raio - recalque, no plano 27 m, para uma carga de 420 kN

Fonte: O autor (2021).

Avalia-se que o recalque na profundidade de 27 m (ponta da estaca) é


praticamente nulo e com pouca diferença significativa entre o recalque no raio 0 (cabeça
da estaca) e o ponto 10, com uma diferença de 0.004 mm, com alguns pontos
apresentando valor semelhante.

Gráfico 5: Curva Raio - Recalque, em todos os planos pelo método de Mindlin (1936)

Fonte: O autor (2021).

Observa-se no Gráfico 5 que o recalque máximo, w =0,955 mm, ocorre


exatamente na vertical da aplicação da carga de 420 kN sobre a cabeça da estacae que, à
medida que os pontos do plano se afastam da estaca, os valores dos recalques vão
diminundido; além disto, os recalques calculados no plano a 27 m de profundidade são
menores que os calculados nos planos a 20 e 10 m de profundidade. Assim, no método

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de Mindlin, quanto mais afastado o ponto da estaca e quanto maior a profundidade, menor
o recalque.

3.2 MÉTODO DE POULOS E DAVIS (1980)


Neste capítulo é desenvolvido o cálculo de recalque de estacas isoladas, em
material incompressível, imerso em solo elástico, homogéneo semi-infinito e Poisson
igual a 0,5
Para o cálculo apresentado neste capítulo, e as estacas e as cargas apresentadas na
Tabela 1.
Sendo:
P = carga aplicada à estaca;
B = diâmetro da estaca;
E = módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young do solo;
I0 = fator de influência do recalque;
w = recalque da estaca.
A Tabela 6 apresenta os fatores de influencia para cada bitola, e o recalque para
cada carga, através do método de Poulos e Davis (1980)

Tabela 6: Planilha resumo


Bitola Cargas (kN)
(m) I0 420 550 650 740 800
0,33 0,03 0,182 0,238 0,281 0,32 0,346
0,42 0,035 0,167 0,218 0,258 0,294 0,317
0,5 0,042 0,168 0,22 0,26 0,296 0,32
0,6 0,045 0,15 0,196 0,232 0,264 0,267
Fonte: O autor (2021).

O Gráfico 6 representa a curva carga-recalque para as cargas estudadas pelo


método de Poulos e Davis (1978).

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Gráfico 6: Carga – Recalque, Estaca E1, E2, E3 e E4, Poulos e Davis (1980)

Fonte: O autor (2021).

No método de Poulos e Davis (1980) para estaca incompressível, observa-se que


as curvas representam uma função linear crescente, indicando que, para cada diâmetro, o
recalque aumenta proporcionalmente à carga. Os coeficientes angulares das curvas
relativas às estacas de menores diâmetros são maiores que os das curvas relativas às
estacas de menores diâmetros, significando que, quanto menor o diâmetro, mais rápido o
crescimento do recalque e vice-versa. As curvas relativas aos maiores recalques referem-
se às estacas de menores diâmetros e as curvas referentes aos menores recalques, às
estacas de maiores diâmetros. A linearidade das curvas indica que as equações dos
métodos teóricos são equações lineares afins e obedecem ao trecho linear da Lei de
Hooke, pois se referem a solos homogêneos e isotrópicos em todas as camadas. Os valores
dos recalques são proporcionais ao aumento das cargas e inversamente proporcionais ao
aumento do diâmetro da estaca. Neste método, nota-se que as curvas estão quase
sobrepostas, mostrando que o desempenho das estacas é semelhante para todas as cargas
aplicadas, isto é, o aumento do diâmetro não acarreta uma diminuição expressiva do
recalque.

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3.3 MÉTODO DE ROWE (2001)


Rowe (2001) afirma que, para aplicações rotineiras de projetos, é conveniente usar
soluções paramétricas deduzidas para uma estaca instalada em um solo elástico cujo
módulo aumenta linearmente com a profundidade.
O método de Rowe (2001) necessita de alguns fatores fixos como os apresentados
na Tabela 7.

Tabela 7: Constante método de Rowe (2001)


Esl (kN/m2) Eb (kN/m2) Es (kN/m2) Vs Ep (Gpa) L (m) n1 ξ ρ
210000 210000 210000 0,5 25 27 1 1 1
Fonte: O autor (2021).

Sendo:

• Esl = módulo de Young do solo no nível da ponta da estaca;

• Es = valor médio do módulo de Young do solo;

• Ep = módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young do material da


estaca;

• νs = coeficiente de Poisson do solo;

• η1 = relação entre o diâmetro da ponta da estaca, db, e o diâmetro da estaca, d;

• ξ = relação entre o módulo de Young do solo no nível da ponta da estaca, ESL, e o


módulo de Young da camada resistente de solo que suporta a ponta da estaca, Eb;

• ρ = relação entre o valor médio do módulo de Young do solo e o módulo de Young


do solo no nível da ponta da estaca;
Outros coeficientes importantes para o entendimento deste método são os listados
a seguir:

• Q = carga aplicada na estaca;

• B = diâmetro da estaca;

• λ = coeficiente de rigidez solo-estaca;

• ρ = fator de influência do recalque;

• S = recalque.
A Tabela 8 apresenta os fatores de influencia para cada bitola, e o recalque para
cada carga, através do método de Rowe (2001)

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Tabela 8: Planilha resumo


Bitola (m) λ ‫ع‬ µ (1/m) Iρ Cargas (kN)
420 550 650 740 800
0,33 5,321 0,197 0,155 0,937 1,227 1,451 1,651 1,785
0,42 357,143 5,08 0,158 0,152 0,722 0,946 1,118 1,272 1,375
0,5 4,905 0,135 0,149 0,598 0,783 0,925 1,054 1,139
0,6 4,723 0,115 0,147 0,491 0,643 0,76 0,866 0,936
Fonte: O autor (2021).

O Gráfico 7 representa a curva carga-recalque para as cargas estudadas pelo


método de Rowe (2001).

Gráfico 7 Carga – Recalque, Estaca E1, E2, E3 e E4, Rowe (2001)

Fonte: O autor (2021).

No método de Rowe (2001), observa-se que as curvas representam uma função


linear crescente, indicando que, para cada diâmetro, o recalque aumenta
proporcionalmente à carga. Os coeficientes angulares das curvas relativas às estacas de
menores diâmetros são maiores que os das curvas relativas às estacas de maiores
diâmetro, significando que, quanto menor o diâmetro, mais rápido o crescimento do
recalque e vice-versa. As curvas relativas aos maiores recalques referem-se às estacas de
menores diâmetros e as curvas referentes aos menores recalques, às estacas de maiores
diâmetros. A linearidade das curvas indica que as equações dos métodos teóricos são
equações lineares afins e obedecem ao trecho linear da Lei de Hooke, pois se referem a
solos homogêneos e isotrópicos em todas as camadas. Os valores dos recalques são
proporcionais ao aumento das cargas e inversamente proporcionais ao aumento dos
diâmetros das estacas.

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4 ANÁLISE DE RESULTADOS
A seguir são apresentadas tabelas resumo com os resultados dos recalques para os 6
métodos estudados neste trabalho, Tabela: 9.

Tabela: 9 Resultados
Metodo de previsão de recalque Bitola (m) Cargas (kN)
420 550 650 740 800
Mindlin (1936) 0,33 0,993 1,25 1,478 1,682 1,819
Poulos e Davis (1978) 0,182 0,238 0,281 0,32 0,346
Método de Rowe (2001) 0,937 1,227 1,451 1,651 1,785
Mindlin (1936) 0,42 0,993 1,25 1,478 1,682 1,819
Poulo e Davis (1978) 0,167 0,218 0,258 0,294 0,317
Método de Rowe (2001) 0,722 0,946 1,118 1,272 1,375
Mindlin (1936) 0,5 0,993 1,25 1,478 1,682 1,819
Poulo e Davis (1978) 0,168 0,22 0,26 0,296 0,32
Método de Rowe (2001) 0,598 0,783 0,925 1,054 1,139
Mindlin (1936) 0,6 0,993 1,25 1,478 1,682 1,819
Poulo e Davis (1978) 0,15 0,196 0,232 0,264 0,267
Método de Rowe (2001) 0,491 0,643 0,76 0,866 0,936
Fonte: O autor (2021).

São apresetados a seguir, a plotagem dos resultados, das curvas carga x recalque
para os métodos estudados neste artigo.

Gráfico 8: Análise de resultados, E1

Fonte: O autor (2021).

O Gráfico 8 referente as cusvas de recalque da estaca E1 apresenta valores


semelhantes para os métodos de Mindlin (1936) e Rowe (2001), isso ocorreu devido o
método de Mindlin (1936) não diferenciar o diâmetro da estaca no desenvolvimento de
seu método, sendo neste caso o método de Mindlin (1936) o mais conservador e o de
Poulos e Davis (1980) menos conservador.

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Gráfico 9: Análise de resultados, E2

Fonte: O autor (2021).

O Gráfico 9 referente a estaca E2, apresenta mudanças significativas compardos


com o gravixo x (anterior), isto aconteceu pelo método de Mindlin (1936) apresentar os
mesmos valores para estaca E1 e E2, enquanto o método de Rowe (2001) apresentou
proporcionalmente menores valores de recalque devido ao aumento do diâmetro da
estaca.
O método de Poulo e Davis (1980) continua apresentando valores menos
conservadores.

Gráfico 10:Análise de resultados, E3

Fonte: O autor (2021).

No Gráfico 10 da estaca E3 o metodo de Rowe (2001) continuou apresentando


valores menores proporcionais ao aumento do diametro da estaca.

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Gráfico 11:Análise de sultados, E4

Fonte: O autor (2021).

No Gráfico 11 da ultima estaca analisada, mantemos a mesma conjuctura da estaca


E2 com o método de Mindlin (1936) sendo o método mais conservador mesmo não
diferencindo o diâmetro das estacas e o método de Pouolos e Davis o menos conservador,
porém é possível analisar que com o aumento do diâmetro da estaca ocorre uma
aproximação da curva pelo método de Rowe (2001) em direção ao método de Poulos e
Davis (1980).
O método de Poulos e Davis (1980) é o método menos conservador, e isso se dá
pela sua formulação básica que apresa inversa proporcionalidade entre a carga que sofre
minoração pelo coeficiente de recalque encontrado através dos ábacos desenvolvidos por
Poulos e Davis (1974) e o diâmetro da estaca que sofre majoração pelo modulo de
elasticidade longitudinal do solo, que para este estudo foi considerado o mesmo para
todos.
O método de Rowe (2001) possue formulação bastante semelhante ao de Poulos
e Davis (1980), alterando o fator de influencia de recalque que é calculado e não tabelado
conforme proposto por Poulos e Davis (1980), esse fator de influencia no método de
Rowe (2001) de forma semelhante ao método de Poulos e Davis (1980) minora o
recalque, porém o coefieciente de recalque no método de Poulos e Davis (1980) minora
a carga entre 3% e 4,5% enquanto o método de Rowe (2001) apresenta um coeficiente de
recalque que minora o recalque todo em 15%, trazendo mais segurança.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observando os gráficos, percebe-se que as curvas de todos os métodos de previsão
de recalque analisados representam uma função linear crescente, indicando que, para cada

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diâmetro, o recalque aumenta proporcionalmente à carga. Os coeficientes angulares das


curvas relativas às estacas de menores diâmetros são maiores que os das curvas relativas
às estacas de maiores diâmetros. Assim, quanto menor o diâmetro, mais rápido o
crescimento do recalque e vice-versa. As curvas relativas aos maiores recalques referem-
se às estacas de menores diâmetros e as curvas referentes aos menores recalques, às
estacas de maiores diâmetros. A linearidade das curvas indica que as equações dos
métodos teóricos são equações lineares afins e obedecem ao trecho linear da Lei de
Hooke, pois se referem a solos homogêneos e isotrópicos em todas as camadas. Os valores
dos recalques são proporcionais ao aumento das cargas e inversamente proporcionais ao
aumento dos diâmetros das estacas.

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REFERÊNCIAS

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Moldada de Pequeno Diâmetro, Instrumentada, em solo Residual de Diabásio da Região
de Campinas. Dissertação de Mestrado em Engenharia Agrícola. Faculdade de
Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1996.

ARAÚJO, ADRIANE CARVALHO. Análise da Interação Solo-Estrutura em Edifícios


sobre Estacas. Dissertação de Mestrado. Progama de Pós-Graduação em Geotecnia e
Construção Civil. Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2009.

BOWLES, J. E. Foundation Analysis and Design. 5th Edition. McGraw-Hill. United


States of America, 1999.

DÉCOURT, L. Análise e Projeto de Fundações Profundas: Estacas. Fundações: Teoria e


Prática. Hachich et al. Ed. Pini Ltda., São Paulo, 1996.

FLEMING, KEN; WELTMAN, AUSTIN; RANDOLPH, MARK; KEITH, ELSON.


Piling Engineering. 3rd Edition.Taylor & Francis. New York, USA, 1992.

GARCIA, JEAN RODRIGO. Estudo do Comportamento Carga VS Recalque de Estacas


Raiz Carregadas à Compressão. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação
da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Universidade Estadual de
Campinas. Campinas, 2006.

MINDLIN, R. D. Force at a Point in the Interior of a Semi-Infinite Solid. Physics 7.1936.

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