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WBA0838_v1.

APRENDIZAGEM EM FOCO

GEOTECNIA APLICADA À
ESTABILIDADE DE ENCOSTAS E
TALUDES
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Flávia Gonçalves Pissinati Pelaquim
Leitura crítica: Petrucio José dos Santos Junior

Olá, alunos! Como é bom tê-los por aqui!

Na disciplina de Geotecnia Aplicada à Estabilidade de Encostas


e Taludes, você aprofundará seu conhecimento no estudo dos
principais tipos de movimentos de massa e análise dos parâmetros
de resistência dos solos. Você também conhecerá os métodos de
estabilidade de taludes por equilíbrio limite, com e sem a influência
de superfície freática, resultando na interpretação do conceito de
fator de segurança (FS). Vários serão os métodos que você verá ao
longo da disciplina, cada um com suas especificidades quanto à
aplicação na prática.

Além disso, uma vez sabendo calcular o FS para os taludes, você


ainda aprenderá sobre algumas propostas de soluções para
estabilização dos maciços de solo quando estes não estiverem de
acordo com o estipulado pela Norma Brasileira NBR 11.682/2009.
Técnicas como o retaludamento e a concepção do projeto, já com
alguns dispositivos de drenagem, serão apresentados na disciplina,
a fim de que você tenha ideia de como e o que fazer para ampliar a
segurança dos taludes em que você trabalhará.

Para finalizar, você relembrará o conceito de empuxo de terra


aplicado a estruturas de arrimo. Todos esses conteúdos, vistos com
enfoque prático, possibilitarão definir a segurança contra a ruptura
de taludes existentes, definir geometrias que garantam condições
de segurança satisfatórias em movimentações de terra, avaliar,
diagnosticar e recuperar taludes e acompanhar obras de terra com
taludes.

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Animado com mais esta disciplina? Vamos começar?

Bons estudos!

INTRODUÇÃO

Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira


direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática
profissional. Vem conosco!

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TEMA 1

Movimento de massa e fator de


segurança
______________________________________________________________
Autoria: Flávia Gonçalves Pissinati Pelaquim
Leitura crítica: Petrucio José dos Santos Junior
DIRETO AO PONTO

Denomina-se talude qualquer superfície inclinada em relação ao


eixo horizontal que delimita um maciço de solo, rocha ou outro
material empregado em obras geotécnicas. O talude pode ser
natural, designado encosta, ou artificial, construído pelo homem, em
que se enquadram taludes de corte e aterro.

Para se iniciar o estudo acerca da estabilidade de encostas e taludes,


é necessário conhecer a nomenclatura utilizada no estudo de
taludes, conforme apresentada na Figura 1.

Figura 1 – Nomenclatura utilizada para taludes

Fonte: elaborada pela autora.

Em perfil topográfico inclinado, caso a ação dos esforços cisalhantes


atuantes seja superior à magnitude dos agentes resistentes, haverá
uma tendência de determinado volume de material se deslocar em
direção ao pé do talude, a qual denominamos movimento de massa.

Na literatura, existem diversos sistemas de classificação desses


movimentos, sendo recomendada a utilização de classificações
regionais, em razão das características de formação e condições
climáticas a que os maciços estão sujeitos. Sob a perspectiva da
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dinâmica ambiental brasileira, Augusto Filho (1992) agrupou os
movimentos de massa em quatro principais grupos, sendo eles:
rastejo, escorregamento, queda e corrida.

Apresentando superfície de ruptura bem definida e ocorrência de


movimentos de massa em velocidades rápidas, os escorregamentos
são desencadeados quando os esforços cisalhantes atuantes no
maciço se igualam à resistência ao cisalhamento do material. Nesse
sentido, os escorregamentos ocorrem a partir do aumento da
solicitação e/ou redução da resistência, com os principais fatores
deflagradores reunidos na Tabela 1.

Tabela 1 – Fatores deflagradores dos movimentos de massa

Fonte: Varnes (1978) apud Gerscovich (2016, p. 29).

A análise de segurança de estabilidade de taludes, pela abordagem


determinística, se dá pela razão entre a resistência ao cisalhamento
(τresistente) e as tensões cisalhantes atuantes (τresistente), conforme

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Equação 1. Com base no tipo de obra e consequências de uma
eventual ruptura, são estabelecidos fatores de segurança mínimos,
com base na NBR 11.682 (ABNT, 2009).

(Equação 1)

Referências bibliográficas
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11.682:
estabilidade de encostas. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
AUGUSTO FILHO, O. Caracterização geológico-geotécnica voltada à
estabilização de encostas: uma proposta metodológica. In: Conferência
Brasileira sobre Estabilidade de Encostas, 1992, Rio de Janeiro. Anais... Rio de
Janeiro, v. 2, p. 721-733, 1992.
GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2016. 192 p.

PARA SABER MAIS

Embora ocasione sobrepeso e possa apresentar um caminho


preferencial de infiltração e, consequentemente, acelerar a variação
de poropressão do solo, a cobertura vegetal desempenha um papel
importante no processo de estabilidade de taludes, e seus efeitos
benéficos podem ser agrupados quanto à ação de copas e caules,
detritos e sistema radicular.

Acerca de copas e caules das árvores, esses componentes protegem


o maciço da ação dos agentes climáticos, como raios solares, chuva,
vento, evitando variações bruscas de temperatura e umidade
do solo das encostas. Também retêm certo volume de água na
superfície da folhagem, galhos e troncos, em que parte dessa água é
eliminada por evaporação, reduzindo o volume de água que atinge

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o terreno, além dos efeitos de evapotranspiração excedente do
metabolismo vegetal (GERSCOVICH, 2016).

Além disso, a acumulação dos detritos vegetais contribui


hidraulicamente para a imobilização de parte da água que atinge
o terreno, dada sua alta capacidade de retenção, contribuem para
o sistema de escoamento hipodérmico e moderam o escoamento
superficial, evitando a ocorrência de efeitos erosivos que
comprometam a estabilidade do talude (GUIDICINI; NIEBLE, 1984).

Por fim, o sistema radicular atua como elemento de reforço


do maciço, beneficiando a estabilidade. Conforme pode ser
observado na Figura 2, esboçando um sistema solo/raiz na
zona de cisalhamento. No início, a raiz é normal à superfície de
escorregamento. Com a movimentação relativa, ela passa a ser
inclinada, surgindo um componente tangencial ao plano que
contribui para a resistência ao cisalhamento.

Figura 2 – Sistema de reforço solo/raiz

Fonte: Varnes (1978) apud Gerscovich (2016, p. 29).

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Referências bibliográficas
GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2016. 192 p.
GUIDICINI, G.; NIEBLE, C. M. Estabilidade de taludes naturais e de
escavação. 2. ed. São Paulo: Blucher, 1984. 192 p.

TEORIA EM PRÁTICA

Você foi contratado para classificar o movimento de massa, em


relação à velocidade, que está ocorrendo na encosta localizada no
terreno de um cliente, com características geométricas indicadas
na Figura 3. Ao constatar que uma partícula localizada no ponto
A leva 21 dias para chegar ao ponto B, no pé da encosta, em qual
classificação você, como responsável técnico, enquadraria essa
movimentação, com base na Tabela 2?

Figura 3 – Geometria do talude analisado

Fonte: elaborada pela autora.

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Tabela 2 – Classificação em relação à velocidade do movimento
de massa

Fonte: Varnes (1978) apud Gerscovich (2016, p. 16).

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

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Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da
nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O capítulo “Tipo de talude e movimento de massa” do livro


Estabilidade de taludes, de Denise M. S. Gerscovich, apresenta os
conceitos de movimento de massa e ilustra casos que ocorreram
em função do tipo de solo da encosta/talude. Trata-se de um ótimo
material para solidificar o aprendizado.

GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo:


Oficina de Textos, 2016. 192 p.

Indicação 2

São diversos os sistemas de classificação de movimento de massa,


assim como seus agentes causadores. Nos capítulos “Sistemática
de classificação” e “Agentes e causas de movimentos de massas” do
livro Estabilidade de taludes naturais e escavação, são apresentadas
minuciosas contribuições para o entendimento desses fenômenos
sob essas duas óticas, extremamente útil para complementar a
formação do engenheiro geotécnico.

GUIDICINI, G.; NIEBLE, C. M. Estabilidade de taludes naturais e de


escavação. 2. ed. São Paulo: Blucher, 1984. 192 p.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber

11
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. Talude é o nome dado a qualquer superfície inclinada em relação


à horizontal que delimita um maciço, seja ele de solo, rocha ou
outro material empregado em obras geotécnicas, como resíduos
sólidos, rejeitos de mineração, etc. Frente a isso, é fácil perceber
que o talude pode ser constituído de terreno natural, designado
encosta, ou construído artificialmente pelo homem, em que se
enquadram taludes de corte e aterro.

Com base na nomenclatura atribuída ao estudo de taludes,


determine, ordenadamente, a sequência correta de itens que
completam a figura a seguir:

Figura 2 – Exercício 1

Fonte: elaborada pela autora.

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a. 1 – tamanho; 2 – pé; 3 – crista.
b. 1 – crista; 2 – pé; 3 – altura.
c. 1 – crista; 2 – tamanho; 3 – pé.
d. 1 – tamanho; 2 – crista; 3 – pé.
e. 1 – pé; 2 – crista; 3 – altura.

2. Em perfil topográfico inclinado, determinado volume de


material tende a se deslocar em direção à parte mais baixa
do talude, caso a magnitude dos esforços cisalhantes seja
superior aos esforços resistentes. Esse tipo de evento
é denominado movimento de massa. Os mecanismos
deflagradores dos movimentos de massa são classificados
considerando os tipos de ação que atuam sobre eles, sendo
um deles o aumento da solicitação e o outro a redução da
resistência.

Considerando seus conhecimentos acerca do tema, assinale


a alternativa que exemplifica um fenômeno típico para cada
um dos mecanismos deflagradores citados (aumento da
solicitação e redução da resistência), respectivamente:

a. Erosão e escorregamento.
b. Cortes e congelamento.
c. Construção de aterro e tráfego.
d. Escorregamento e congelamento.
e. Construção de aterro e elevação do lençol freático.

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GABARITO

Questão 1 - Resposta B
Resolução: no estudo de talude, seu ponto mais alto é
denominado crista (1), a base é denominada pé (2) e a distância
vertical entre esses dois pontos é denominada altura (3) do
talude.
Questão 2 - Resposta E
Resolução: são exemplos de aumento de solicitação erosão,
escorregamento, cortes, congelamento, construção de aterro
e tráfego, enquanto, entre as ações que reduzem a resistência,
tem-se a elevação do lençol freático, que reduz a tensão efetiva.

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TEMA 2

Métodos de equilíbrio limite


______________________________________________________________
Autoria: Flávia Gonçalves Pissinati Pelaquim
Leitura crítica: Petrucio José dos Santos Junior
DIRETO AO PONTO

Podem ser formadas diferentes superfícies potenciais de ruptura


em função das condições geomorfológicas do maciço. A ocorrência
de superfícies de ruptura planares, também denominadas
translacionais, é comum em mantos de solo coluvionar de pequena
espessura, assentes em embasamento de rocha (Figura 1(A)).

As superfícies potenciais de ruptura em formato de cunha são


desencadeadas quando os planos de fraqueza se cruzam e/ou as
camadas de menor resistência não forem paralelas à superfície do
talude (Figura 1(B)). Já superfícies de ruptura circular, ou rotacionais,
tendem a ocorrer na presença de solos relativamente homogêneos
(Figura 1(C)).

Figura 1 – Superfícies típicas de ruptura

Fonte: adaptada de Gerscovich (2016, p. 26-27).

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Na Tabela 1 estão resumidos os principais métodos de cálculo de
estabilidade pelo equilíbrio limite.

Tabela 1 – Principais métodos de equilíbrio limite

Fonte: elaborada pela autora.

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Referências bibliográficas
DAS, B. M.; SOBHAN, K. Fundamentos de engenharia geotécnica. 8. ed. São
Paulo: Cengage Learning, 2014. 632 p.
GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2016. 192 p.
VILAR, O. M.; BUENO, B. S. Mecânica dos solos: Volume II. 2004. Notas de Aula.
Departamento de Geotecnia, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade
de São Paulo, São Carlos, 2004. Disponível em: https://www.docsity.com/pt/
apostila-mecanica-dos-solos-volume-2/5054109/. Acesso em: 24 jan. 2021.

PARA SABER MAIS

Para análises de estabilidade de taludes em que se aplica o método


do talude infinito, Duncan (1996 apud GERSCOVICH, 2016, p.
114) desenvolveu um método simplificado para obter o fator de
segurança, aplicável para o caso de análises de tensões efetivas.
Sabendo previamente os parâmetros de resistência efetivos (c’ e
Φ’) e a razão de poropressão (ru), definida na Figura 2, é possível
calcular o FS (Equação 1).

Figura 2 – Talude infinito com fluxo paralelo

Fonte: elaborada pela autora.

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Para se obterem os parâmetros A e B no ábaco (Figura 3),
é necessário conhecer o fator de inclinação (b) e a razão de
poropressão.

Figura 3 – Ábacos de Duncan

Fonte: Duncan (1996) apud Gerscovich (2016, p. 114).

Referências bibliográficas
GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2016. 192 p.

TEORIA EM PRÁTICA

Você foi contratado como responsável técnico para analisar a


estabilidade de um talude na condição saturada. Inicialmente foram
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coletadas amostras em campo e levadas para laboratório para
ensaios e obtenção do comportamento mecânico. As características
geométricas e geotécnicas do talude estão apresentadas na Figura 4.

Figura 4 – Características do talude em estudo

Fonte: elaborada pela autora.

A partir da análise de estabilidade, é possível afirmar que o talude


cumpre com o FS mínimo normatizado pela norma técnica relativa
à estabilidade de encostas (ABNT NBR 11.682 de 2009) para nível
de segurança baixo contra danos a vidas humanas e alto quanto a
danos materiais e ambientais?

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log

20
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O capítulo “Métodos de estabilidade”, do livro Estabilidade de


taludes, da professora Denise M. S. Gerscovich, demonstra alguns
métodos de estabilidade de talude, com a exemplificação dos
cálculos por meio de exercícios resolvidos. Trata-se de um ótimo
material para solidificar o aprendizado.

GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo:


Oficina de Textos, 2016. 192 p.

Indicação 2

São diversos os métodos de análise de estabilidade de taludes.


No capítulo “Estabilidade de taludes”, do livro Fundamentos de
engenharia geotécnica, é possível complementar o estudo desses
métodos, principalmente quanto ao método das fatias de Bishop e
Morgenstern.

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DAS, B. M.; SOBHAN, K. Fundamentos de engenharia geotécnica.
9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2019. 712 p.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. A escolha de um dos métodos de equilíbrio limite para análise


de estabilidade de taludes está associada ao formato da
superfície potencial de ruptura.

Leia e associe as duas colunas a seguir:

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Assinale a alternativa que faz a associação correta entre as
duas colunas:

a. 1 – A; 2 – B; 3 – C.
b. 1 – A; 2 – C; 3 – B.
c. 1 – B; 2 – A; 3 – C.
d. 1 – B; 2 – C; 3 – A.
e. 1 – C; 2 – A; 3 – B.

2. Pretende-se construir um talude sobre rocha pouco


desagregada, onde a relação entre a extensão e a espessura
será muito grande, permitindo a aplicação do método
do talude infinito. O FS mínimo requerido para essa obra
geotécnica é 1,5.

Considerando que o solo será granular (c’ = 0) e que o


ângulo de atrito do solo (Φ’) é 37º, assinale a alternativa que
corresponda à inclinação do talude (β), de maneira a cumprir
com o nível de segurança estabelecido

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a. β = 20,2º.
b. β = 25,3º.
c. β = 26,7º.
d. β = 27,1º.
e. β = 28,0º.

GABARITO

Questão 1 - Resposta D
Resolução: as superfícies potenciais de ruptura do tipo
rotacional ocorrem em materiais relativamente homogêneos e
são caracterizadas por superfícies circulares. Já superfícies em
cunha simples ocorrem no plano de fraqueza, passando pelo
pé do talude. Por fim, superfícies translacionais se caracterizam
por superfícies planas que ocorrem no contato com material
resistente.

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Questão 2 - Resposta C
Resolução:

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TEMA 3

Análise de tensões, retaludamento e


drenagem
______________________________________________________________
Autoria: Flávia Gonçalves Pissinati Pelaquim
Leitura crítica: Petrucio José dos Santos Junior
DIRETO AO PONTO

Ao trabalhar com projetos geotécnicos de encostas e taludes, é


importante conhecer o comportamento do material, por meio da
curva tensão versus deformação, condições críticas de solicitação e
seu efeito nos parâmetros de resistência ao cisalhamento.

Tratando-se de solo, o comportamento tende a ser elastoplástico,


conforme indicado na Figura 1, em que etapas de carregamento
e descarregamento geram deformações que são decompostas
em duas parcelas, sendo uma recuperável (elástica) e outra não
recuperável (plástica).

Figura 1 – Comportamento tensão versus deformação

Fonte: Gerscovich (2016, p. 43).

O conceito relacionado à Lei de Hooke, que descreve o


comportamento tensão versus deformação de materiais
isotrópicos, elásticos e lineares, é bastante utilizado na prática da
geotecnia, segundo a qual três constantes elásticas descrevem o
comportamento do material. São elas o módulo de deformabilidade
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ou módulo de Young (E), módulo cisalhante (G) e coeficiente de
Poisson (ν).

Quando se trata do estudo da estabilidade de encostas e taludes, é


importante que se estabeleça um critério de ruptura para o solo. Em
geotecnia, é adotado o critério de Mohr-Coulomb ( ),
em que a ruptura é dependente da combinação de tensões normal e
cisalhante. Porém, a obtenção desses parâmetros precisa considerar
as condições críticas de projeto, as quais podem ocorrer ao final da
construção ou em longo prazo (Tabela 1).

Tabela 1 – Parâmetros e ensaios em solo saturado

Fonte: Gerscovich (2016, p. 97).

Entre as técnicas de estabilização de encostas e taludes, o


retaludamento, devido à sua simplicidade e eficácia, é uma das
técnicas mais utilizadas. Baseia-se na alteração da geometria dos
taludes por cortes e/ou aterros, podendo suavizar a inclinação e/ou
reduzir a altura.

Tratando-se do sistema de drenagem, podemos agrupá-lo em:

• Drenagem superficial: tem como objetivo captar as águas


superficiais e conduzi-las para local adequado, a fim de evitar

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erosão e diminuir a infiltração de água no maciço. Para isso,
são executados dispositivos como canaleta de berma, de crista,
de pé do talude e de pista, canaleta transversal, saída d’água,
escada d’água e caixa de transição/dissipação.

• Drenagem profunda: o propósito é reduzir a água infiltrada


no maciço, a fim de reduzir a vazão de percolação e efeitos
de pressão neutra. Os tipos mais utilizados são drenos sub-
horizontais e trincheiras drenantes. Vale ressaltar que a
retirada de água interna do maciço de solo precisa estar
associada com obras de drenagem superficiais.

Referências bibliográficas
GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2016. 192 p.

PARA SABER MAIS

O círculo de Mohr se mostra uma importante ferramenta para


estudo do estado de tensões e determinação dos parâmetros
de resistência ao cisalhamento de solos. Por meio do círculo de
Mohr, é possível representar os estados de tensão em todos os
planos que passam por um ponto onde, no eixo das abscissas, são
representadas as tensões normais, e no eixo das ordenadas, as
tensões cisalhantes (Figura 2).

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Figura 2 – Círculo de Mohr

Fonte: Gerscovich (2016, p. 40).

Cada estado de tensão representado no círculo de Mohr


corresponde a um par de tensões (σα, τα) relativos a um plano α,
em que o traçado da paralela a esse plano, passando pelo par de
tensões (σα, τα), cortará o círculo de Mohr no ponto denominado
polo, também conhecido como origem dos planos. Conhecido o
polo, qualquer reta que partir dele e interceptar o círculo indicará
o estado de tensões atuando em um plano paralelo à reta. Como
vantagem do método do polo, além de determinar o estado de
tensão em um dado ponto, é possível determinar o plano em que
atua (Figura 3).

Figura 3 – Conceito de polo

Fonte: Gerscovich (2016, p. 40).


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Referências bibliográficas
GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2016. 192 p.

TEORIA EM PRÁTICA

O escritório de engenharia em que você trabalha foi contratado para


executar obras de drenagem superficial em um talude rodoviário,
conforme mostrado na Figura 4. Como responsável técnico,
indique quais elementos estão sendo usados para captação e
direcionamento da água.

Figura 4 – Talude rodoviário projetado

Fonte: adaptada de Carvalhais et al. (2019, p. 9.769).

Referências bibliográficas
CAVALHAIS, R. M. Deslizamento de encostas devido a ocupações irregulares.
Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 7, p. 9.765-9.772, jul. 2019. DOI:10.34117/
bjdv5n7-150.

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Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,
acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O capítulo “Conceitos básicos aplicados a estudos de estabilidade”,


do livro Estabilidade de taludes, da professora Denise M. S.
Gerscovich, descreve conceitos básicos de análise de tensão
aplicados ao estudo de estabilidade de taludes. Trata-se de um
ótimo material para solidificar o aprendizado.

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GERSCOVICH, D. M. S. Estabilidade de taludes. 2. ed. São Paulo:
Oficina de Textos, 2016. 192 p.

Indicação 2

O estudo de tensões em um plano genérico parte de diversas


relações trigonométricas. No capítulo “Estados de tensões e critérios
de ruptura”, do livro Curso básico de mecânica dos solos, é possível
consultá-las e complementar o estudo de análise de tensões,
principalmente quanto ao círculo de Mohr, estado de tensões e
critérios de ruptura.

SOUSA PINTO, C. Curso básico de mecânica dos solos. 3. ed. São


Paulo: Oficina de Textos, 2006. 355 p.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. A partir da curva de tensão versus deformação, podem-se


extrair informações importantes quanto ao comportamento

33
do material. Com base na Figura 5, determine a sequência
correta das parcelas de deformação indicadas na figura.

Figura 5 – Curva tensão versus deformação

Fonte: elaborada pela autora.

a. 1 – angular; 2 – plástica.
b. 1 – angular; 2 – elástica.
c. 1 – plástica; 2 – angular.
d. 1 – plástica; 2 – elástica.
e. 1 – elástica; 2 – plástica.

2. O círculo de Mohr é uma importante ferramenta na análise de


estado de tensões. Cada estado de tensão representado no
círculo de Mohr corresponde a um par de tensões relacionado
a um plano. Ao traçar uma paralela a esse plano, passando
pelo par de tensões, interceptaremos o círculo de Mohr no
ponto denominado _______________.

Assinale a alternativa que completa adequadamente a lacuna.

a. Ponto.
b. Plano.

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c. Polo.
d. Ponteira.
e. Ponte.

GABARITO

Questão 1 - Resposta D
Resolução: a partir do descarregamento (tensão = 0 kPa),
podemos observar que uma parcela de deformação permanece
no material, denominada plástica, isto é, irrecuperável,
enquanto a parcela de deformação que foi recuperada é
denominada elástica.

Questão 2 - Resposta C
Resolução: o círculo de Mohr é uma importante ferramenta
na análise de estado de tensões. Cada estado de tensão
representado no círculo de Mohr corresponde a um par de
tensões relacionado a um plano. Ao traçar uma paralela a esse
plano, passando pelo par de tensões, interceptaremos o círculo
de Mohr no ponto denominado POLO.

35
TEMA 4

Empuxo e estruturas de contenção


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Autoria: Flávia Gonçalves Pissinati Pelaquim
Leitura crítica: Petrucio José dos Santos Junior
DIRETO AO PONTO

Os empuxos de terra são a resultante das tensões horizontais


desenvolvidas pela interação solo-estrutura, e são agrupados
em empuxo no repouso, ativo e passivo. No caso do empuxo no
repouso, ele se baseia na condição geostática, onde as tensões
iniciais são devidas ao peso próprio do maciço. No caso ativo, o
paramento é rotacionado a favor do terreno e faz com que o solo
mobilize sua máxima resistência frente a um pequeno deslocamento
e provocando um alívio da tensão horizontal (σ’ha). Já no empuxo
passivo, o paramento é rotacionado contra o terreno e a mobilização
da máxima resistência ocorre às custas de um maior deslocamento,
causando um aumento da tensão horizontal (σ’hp).

Na iminência de ruptura, as solicitações atingem um valor mínimo


(caso ativo) ou máximo (caso passivo), e o solo é considerado no
equilíbrio plástico, sendo comumente aplicada a teoria do estado de
equilíbrio limite para análise dos esforços horizontais atuantes.

Nesse sentido, uma das teorias mais utilizadas para determinação


dos empuxos de terra é a teoria de Rankine, a qual parte de algumas
hipóteses simplificadoras, como considerar o solo homogêneo e
isotrópico, superfície do terreno plana, ocorrência de ruptura em
todos os pontos do maciço simultaneamente sob o estado plano de
deformações, inexistência de mobilização de resistência no contato
solo-muro e verticalidade do tardoz da estrutura de contenção.

Na Tabela 1 estão apresentadas as equações para determinação


dos coeficientes de empuxo ativo (ka), passivo (kp) e crítico (kac, kpc),
tensões horizontais (σh’a e σh’p) e planos de ruptura.

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Tabela 1 – Equações da teoria de Rankine

Fonte: elaborada pela autora.

As formulações para determinação dos empuxos ativo (Ea) e


passivo (Ep), considerando diversas condições de solicitação, estão
resumidas na Tabela 2.

Tabela 2 – Esquema de cálculo dos empuxos ativo e passivo

Fonte: elaborada pela autora.

As estruturas de contenção, temporárias ou permanentes, são


empregadas quando se deseja manter uma diferença de nível
na superfície do terreno ou quando se deseja realizar aberturas
no terreno natural, e a escolha da solução leva em consideração
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a altura da estrutura, geometria, características do solo, cargas
atuantes, condições do nível d’água, nível de deformação, análise de
custo, entre outros.

Há vários tipos de estrutura de contenção, classificadas em obras


de contenção em situação de corte ou aterro. No primeiro grupo,
mencionam-se os muros de gravidade, muros de gabião, crib wall,
muros de flexão com e sem contraforte e muros de solo reforçado.
São exemplos de estruturas em corte as cortinas de estacas-
prancha, de estacas justapostas, atirantadas, o solo grampeado e
paredes diafragma.

A rotina de dimensionamento dos muros de arrimo se dá pelas


etapas de pré-dimensionamento geométrico, definição dos
esforços horizontais atuantes e verificação da estabilidade contra
deslizamento, tombamento, capacidade de carga do solo de
fundação, análise de estabilidade global e análise de estabilidade
interna. No caso de solos reforçados, na análise de estabilidade
interna, são determinados os espaçamentos entre reforços e os
comprimentos dos reforços. Caso o fator de segurança não seja
atendido em alguma verificação, altera-se a geometria do muro e
realiza-se nova rotina de cálculo.

PARA SABER MAIS

Tratando-se dos esforços horizontais em solos coesivos, é


importante mencionar que a parcela negativa no caso ativo, devido
à coesão na expressão dos esforços, faz com que a distribuição de
tensão horizontal se anule a uma determinada profundidade (z0), em
que as tensões horizontais acima dessa profundidade são negativas
(Figura 1).

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Figura 1 – Distribuição de empuxo ativo em solo coesivo

Fonte: adaptada de Gerscovich et al. (2016, p. 27).

Devido à presença da coesão no solo, é possível determinar uma


altura de corte sem que haja necessidade de escoramento, altura
crítica (hc). Altura essa na qual o empuxo resultante é nulo (Equação
1).

(Equação 1)

No caso de o solo não ser capaz de resistir aos esforços de


tração, eventualmente acabam surgindo trincas no solo, as quais
frequentemente não ultrapassam a metade da profundidade z0.
Terzaghi (1943 apud GERSCOVICH et al. 2016, p. 27) estabeleceu
que, para esses casos, a altura crítica seja determinada com base na
Equação 2.


(Equação 2)

Vale pontuar que a presença das trincas resulta em superfícies


de ruptura não planas, afetando a aplicação da teoria de Rankine.

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Assim, a recomendação é que a região de tração não seja
considerada em projeto, visto que reduz o valor de empuxo.

Uma das alternativas para determinação da distribuição do empuxo


em projeto é pelo uso do diagrama aproximado, eliminando a
região de tração. Outra alternativa, mais conservadora, é combinar
o diagrama aproximado com o empuxo de água, decorrente da
presença de água nas trincas.

Referências bibliográficas
GERSCOVICH, D. M. S.; DANZIGER, B. R.; SARAMAGO, R. Contenções: teoria e
aplicações em obras. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. 319 p.

TEORIA EM PRÁTICA

Você foi contratado como responsável técnico para projetar uma


obra de contenção em maciço com solo coesivo, com geometria e
parâmetros geotécnicos indicados na Figura 2.

Figura 2 – Características geométricas e parâmetros geotécnicos


do maciço

Fonte: elaborada pela autora.

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Avalie o efeito da resultante do empuxo ativo e ponto de aplicação
ao: (a) desprezar a zona de tração; (b) utilizar o diagrama
aproximado e (c) ao combinar o diagrama aproximado com a
saturação da trinca.

Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor,


acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de
aprendizagem.

LEITURA FUNDAMENTAL
Indicações de leitura

Prezado aluno, as indicações a seguir podem estar disponíveis


em algum dos parceiros da nossa Biblioteca Virtual (faça o log
in por meio do seu AVA), e outras podem estar disponíveis em
sites acadêmicos (como o SciELO), repositórios de instituições
públicas, órgãos públicos, anais de eventos científicos ou
periódicos científicos, todos acessíveis pela internet.

Isso não significa que o protagonismo da sua jornada de


autodesenvolvimento deva mudar de foco. Reconhecemos
que você é a autoridade máxima da sua própria vida e deve,
portanto, assumir uma postura autônoma nos estudos e na
construção da sua carreira profissional.

Por isso, nós o convidamos a explorar todas as possibilidades da


nossa Biblioteca Virtual e além! Sucesso!

Indicação 1

O capítulo “Teoria de empuxo aplicada a estruturas rígidas – muros


de contenção”, do livro Contenções: teoria e aplicações em obras,
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da professora Denise M. S. Gerscovich e outros autores, descreve
a teoria de empuxo aplicada a estruturas rígidas, abordando as
teorias de Rankine e Coulomb. Trata-se de um ótimo material para
solidificar o aprendizado.

GERSCOVICH, D. M. S.; DANZIGER, B. R.; SARAMAGO, R. Contenções:


teoria e aplicações em obras. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos,
2016. 319 p.

Indicação 2

Uma das etapas de dimensionamento de estruturas de


contenção em solo reforçado é a verificação da estabilidade do
muro. No capítulo “Contenções e taludes íngremes reforçados
com geossintéticos”, do livro Geossintéticos em geotecnia e meio
ambiente, é possível complementar a aprendizagem com exemplos
de dimensionamento de muros de solo reforçado, os quais
compreendem a análise de estabilidade externa e interna.

PALMEIRA, E. M. Geossintéticos em geotecnia e meio ambiente.


São Paulo: Oficina de Textos, 2018. 294 p.

QUIZ

Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a


verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste
Aprendizagem em Foco.

Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão


elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco
e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de
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questões de interpretação com embasamento no cabeçalho
da questão.

1. Em solos coesivos, há um ponto em que a distribuição das


tensões horizontais se anula (z0).

Sabendo que o solo possui peso específico de 16 kN/m³


e apresenta envoltória de resistência de Mohr-Coulomb,
conforme demonstrado na Equação 3, assinale a alternativa
que corresponde a essa profundidade.

(Equação 3)

a. z0 = 2,35 m.
b. z0 = 3,71 m.
c. z0 = 4,44 m.
d. z0 = 5,22 m.
e. z0 = 5,36 m.

2. A determinação dos empuxos de terra se faz fundamental ao


trabalhar com estruturas de contenção. Eles são a ________ dos
esforços __________ ao maciço de solo, provocados por tensões
__________ que são desenvolvidas em decorrência da interação
solo-estrutura.

Assinale a alternativa que completa adequadamente as


lacunas.

a. Parcela; internos; verticais.


b. Derivada; internos; horizontais.
c. Parcela; externos; horizontais.
d. Resultante; internos; horizontais.
e. Resultante; externos; horizontais.
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GABARITO

Questão 1 - Resposta C
Resolução:

Questão 2 - Resposta D
Resolução: a determinação dos empuxos de terra se faz
fundamental ao trabalhar com estruturas de contenção. Eles
são a RESULTANTE dos esforços INTERNOS ao maciço de solo,
provocados por tensões HORIZONTAIS que são desenvolvidas
em decorrência da interação solo-estrutura.

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BONS ESTUDOS!

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