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Também desejamos agradecer ao Cognition and Student Learning

Program of the Institute for Education Sciences (Programa de Cognição e


Aprendizagem do Aluno do Instituto para as Ciências da Educação), da
Secretaria de Educação dos Estados Unidos, por vários subsídios que
facilitaram as pesquisas de Roediger e McDaniel em contextos escolares,
em colaboração com Kathleen McDermott. O trabalho que conduzimos em
Illinois, na Columbia Middle School e na Columbia High School, não teria
sido possível sem esse apoio. Agradecemos a nossos coordenadores do
programa no CASL: Elizabeth Albro, Carol O’Donnell e Erin Higgins.
Além disso, agradecemos aos professores, diretores e alunos das Columbia
Schools, em particular, Roger Chamberlain (diretor da escola quando
iniciamos nossa pesquisa na Columbia Middle School) e Patrice Bain,
professora pioneira na implementação de nossas pesquisas em sala de aula.
Outros professores que nos permitiram conduzir experimentos em suas
salas de aula incluem Teresa Fehrenz, Andria Matzenbacher, Michelle
Spivey, Ammie Koch, Kelly Landgraf, Carleigh Ottwell, Cindy McMullan,
Missie Steve, Neal O’Donnell e Linda Malone. Um grande grupo de
assistentes de pesquisa nos ajudou com esses estudos, incluindo Kristy
Duprey, Lindsay Brockmeier, Barbie Huelser, Lisa Cressey, Marco Chacon,
Anna Dinndorf, Laura D’Antonio, Jessye Brick, Allison Obenhaus, Meghan
McDoniel e Aaron Theby. Pooja Agarwal foi imprescindível em cada etapa
desse projeto, orientando a pesquisa no dia a dia, enquanto era estudante de
Pós-graduação na Washington University e depois supervisionando o
projeto em seu Pós-doutorado. Muitas das sugestões práticas apresentadas
neste livro vieram de nossas experiências em sala de aula.
A Dart NeuroScience de San Diego, Califórnia, apoiou nossas pesquisas
sobre atletas da memória por meio de uma generosa bolsa de estudos.
Roediger atuou como pesquisador principal e foi auxiliado por David
Balota, Kathleen McDermott e Mary Pyc. Testamos vários atletas da
memória nesse projeto – somos gratos por James Paterson ter nos permitido
usar sua história no livro. Somos especialmente gratos pelo apoio de Tim
Tully, cientista-chefe da Dart, que teve a iniciativa de nos procurar com a
ideia de identificar indivíduos com habilidades de memória muito
superiores.
Nossos financiadores foram generosos em seu apoio, mas cabe a nós
isentá-los de qualquer responsabilidade quanto às opiniões expressadas
neste livro, que estas são dos autores e não representam a opinião da James
S. McDonnell Foundation, do Institute of Education Sciences, da Secretaria
de Educação dos Estados Unidos ou da Dart NeuroScience.
Roediger e McDaniel desejam agradecer aos muitos alunos e colegas de
Pós-doutorado que trabalharam em parceria e ajudaram com os projetos
descritos neste livro. Alunos de Pós-graduação que trabalharam com
Roediger em projetos relevantes durante esse período foram Pooja Agarwal,
Andrew Butler, Andy DeSoto, Michael Goode, Jeff Karpicke, Adam
Putnam, Megan Smith, Victor Sungkhasettee e Franklin Zaromb. Colegas
de Pós-doutorado incluíram Pooja Agarwal, Jason Finley, Bridgid Finn,
Lisa Geraci, Keith Lyle, David McCabe, Mary Pyc e Yana Weinstein. A
equipe de pesquisa que trabalhou no projeto inclui Jane McConnell, Jean
Ortmann-Sotomayor, Brittany Butler e Julie Gray. Mark McDaniel gostaria
de agradecer a seus alunos que trabalharam na pesquisa pertinente a este
livro: Aimee Calendar, Cynthia Fadler, Dan Howard, Khuyen Nguyen,
Mathew Robbins e Kathy Wildman, e à equipe de assistentes de pesquisa,
Michael Cahill, Mary Derbish, Yiyi Liu e Amanda Meyer. Seus colegas do
Pós-doutorado que trabalharam em projetos relacionados foram Jeri Little,
Keith Lyle, Anaya Thomas e Ruthann Thomas.
Somos gratos pelas pessoas que compartilharam suas histórias de
aprendizagem e rememoração que ilustraram as ideias importantes neste
livro. Agradecemos a Ken Barber, da Jiffy Lube International, Bonnie
Blodgett, Mia Blundetto, Derwin Brown, Matt Brown, Patrick Castillo,
Vince Dooley, Mike Ebersold, Nathaniel Fuller, Catherine Johnson, Sarah
Flanagan, Bob Fletcher, Alex Ford, Steve Ford, David Garman, Jean
Germain, Lucy Gerold, Bruce Hendry, Michael Hoffman, Peter Howard,
Kiley Hunkler, Thelma Hunter, Erik Isaacman, Karen Kim, Young Nam
Kim, Nancy Lageson, Douglas Larsen, Stephen Madigan, Kathy Maixner,
Michael Matthews, Kathleen McDermott, Michael McMurchie e Rick
Wynveen, da Renewal by Andersen, Jeff Moseley, James Paterson e seus
alunos do Bellerbys College (Stephanie Ong, Victoria Gevorkova e Michela
Seong-Hyun Kim), Bill Sands, Andy Sobel, Annette Thompson e Dave
Nystrom, da Farmers Insurance, Jon Wehrenberg, Mary Pat Wenderoth e
Michael Young. Agradecemos a Lorri Freifeld, da revista Training, por nos
apresentar a líderes de programas de treinamento corporativos exemplares.
Muitas pessoas gentilmente leram os primeiros manuscritos.
Agradecemos a Ellen Brown, Kathleen McDermott, Henry Moyers,
Thomas Moyers e Steve Nelson. Como é habitual no meio científico, cinco
de nossos pares da comunidade científica foram recrutados por nosso editor
para revisar o manuscrito anonimamente: agradecemos aos três que depois
se identificaram – Bob Bjork, Dan Schacter e Dan Willingham – e aos dois
cujas identidades permanecem desconhecidas.
Por fim, agradecemos a Elizabeth Knoll, nossa editora, e à equipe de
profissionais da Harvard University Press por suas percepções, orientação e
dedicação em prol da qualidade deste livro.
Os Autores
APRESENTAÇÃO À EDIÇÃO BRASILEIRA

O que acontece quando um autor de ficção se junta a um bando de


pesquisadores em teoria cognitiva? No caso, coisa boa, um belo livro.
Com o financiamento de uma fundação, vários psicólogos cognitivos
norte-americanos empreenderam uma aventura intelectual ambiciosa.
Queriam mapear a abundante pesquisa sobre os processos de aprender e de
ensinar. Perguntavam quais conclusões poderiam ser destiladas de um
volume extraordinário de artigos e livros que estavam aparecendo. Quais
achados poderiam ajudar alunos, pais e professores em seu cotidiano?
Bons professores sempre tiveram intuições brilhantes de como manejar
as suas aulas. Parte dessas ideias se plasmou em uma ampla literatura no
campo da pedagogia. Era o melhor que tínhamos para orientar os mestres
em sala de aula. E não se pode dizer que eram livros equivocados.
Mas como saber o que realmente funcionava e o que era um falso
caminho? Até muito recentemente, não havia maneiras seguras de
responder a essas perguntas. Porém, com a quantificação crescente da
pesquisa educacional, com as facilidades de computação das últimas
décadas e com a pressão crescente para publicar, há uma silenciosa
revolução no campo da pesquisa sobre ensino e aprendizagem. Publicaram-
se centenas e centenas de pesquisas metodologicamente rigorosas, com
“antes e depois”, com grupos-controle e randomização das amostras. Muitas
perguntas são respondidas por essa avalanche de estudos. Na verdade,
muitas práticas consagradas se confirmaram. O mesmo com alguns palpites.
Contudo, os estudos revelaram um número muito grande de práticas
equivocadas. O que parecia óbvio era totalmente errado. O que parecia
bobice era o certo.
Apenas dois exemplos. Primeiro. Sempre acreditamos na regra do
“senta na cadeira e estuda até aprender”. Pois bem, está errada. Devemos
levantar da cadeira, várias vezes, antes de aprender. Por quê? Leiam no
livro! Segundo. Sempre acreditamos na seguinte rotina: assistimos à aula,
fazemos boas anotações e, na véspera da prova, revisamos nossos escritos.
Certo? Errado! Rever as anotações em quase nada adianta, apesar de
parecer a providência óbvia. Temos de olhar para o caderno fechado e nos
perguntar: quais ideias importantes estarão contidas nele? Por quê? Leiam
no livro!
Nem sempre o monte de pesquisas revisadas mostra resultados tão
nítidos. Como sempre acontece, os números podem não ser consistentes ou
carecer de sentido. É preciso interpretá-los com muito cuidado, para que
contem a sua história. Daí a importância de pesquisadores sólidos, como os
autores deste estudo. Em um trabalho concertado, puderam passar em
revista um grande volume de pesquisas, sempre com a preocupação de
extrair delas conclusões inteligíveis para alunos e professores – e não
apenas para PhDs em psicologia cognitiva.
Podemos pensar em duas etapas nessa missão. A primeira é espremer os
dados, buscando conclusões gerais e se esgrimindo com as inevitáveis
contradições. Esse foi o trabalho do time de pesquisadores por cerca de 10
anos. A segunda é traduzir essas mesmas conclusões para uma linguagem
compreensível, amena e interessante.
A esse respeito vale citar Jacques Barzun e seu clássico The House of
Intellect. Nele, o autor explica que as tecnicalidades, o rigor e o jargão
(quase impenetrável) são necessários para fazer avançar a ciência. É assim
que são conduzidas as pesquisas e redigidos os artigos delas derivados. Não
obstante, é perfeitamente possível traduzir esses mesmos resultados em uma
linguagem acessível para quem não é pesquisador acadêmico. A versão para
o grande público não precisa ser uma caricatura grosseira do original. Pelo
contrário, as ideias importantes e suas limitações podem ser perfeitamente
traduzidas em uma linguagem que todos entendem.
Há mais de um século que revistas como a Scientific American e a
Science et Vie fazem isso com total sucesso, mostrando que Barzun está
correto. Mas essa tradução não deixa de ser um grande desafio, sobretudo
em áreas novas e requerendo ferramentas estatísticas sofisticadas.
Os pesquisadores tinham em suas mãos resultados preciosos. Mas como
traduzi-los para o grande público, diante de sua inexperiência nesses
misteres? A solução encontrada foi simples e brilhante: recrutaram para
essa tarefa um autor respeitado de obras de ficção. A ele caberia traduzir os
resultados em um livro atraente e fácil de entender.
Obviamente, havia de trocar por palavras que todos entendam as
discussões de “chi quadrado”, análises multivariadas, nível de significância
e outros conceitos restritos aos muros da academia. A estratégia óbvia é que
tudo tem de ser contado por meio de exemplos. Em vez de tabelas de
correlação múltipla, mostram-se casos interessantes em que a ideia se
aplica. É isso que torna Fixe o conhecimento: a ciência da aprendizagem
bem-sucedida atraente.
Como o escritor não sabe de jargão estatístico e de teoria cognitiva,
imagino que os pesquisadores tiveram de interpretar os resultados e contar
para ele, antes que se plasmassem nas páginas do livro. Como só vai
escrever o que entendeu, migram para o livro as ideias, já traduzidas para a
cabeça de quem não é do ramo.
O resultado está aí. Dez anos de revisão da literatura pertinente
traduzida em um livro de fácil leitura e altamente educativo. De fato, é um
grande sucesso nas estatísticas de vendas da Amazon.com.
A razão de haver sido convidado para redigir esta Apresentação à
edição brasileira nasce do fato de que usei amplamente este livro para
redigir o meu Você sabe estudar? Como aprendi muito nele, sugeri à Penso
Editora a sua tradução. Fui mais adiante honrado com o convite para revisá-
lo tecnicamente e preparar este texto.
Aí está o livro. Acho que é fácil gostar dele.
Claudio de Moura Castro
PREFÁCIO

Em geral, as pessoas lidam com a aprendizagem de maneira equivocada. As


pesquisas empíricas sobre como aprendemos e lembramos mostram que
muito do que consideramos verdadeiro sobre como aprender acaba se
revelando um esforço, em grande parte, desperdiçado. Até mesmo alunos de
medicina e outros universitários – cujo principal ofício é aprender –
confiam em técnicas de estudo que estão longe de serem ideais. Ao mesmo
tempo, esse campo de pesquisa, embora exista há 125 anos, tem sido
particularmente produtivo nos últimos anos, gerando um conjunto de
achados que encorpam uma ciência sobre a aprendizagem em plena
expansão: estratégias altamente eficazes, com base em evidências,
substituem práticas menos eficazes, mas amplamente aceitas, arraigadas em
teorias, crenças e intuições. Contudo, existe um paradoxo: as mais eficazes
estratégias de aprendizagem não são intuitivas.
Dois de nós, Henry Roediger e Mark McDaniel, são cientistas
cognitivos e dedicamos nossas carreiras ao estudo da aprendizagem e da
memória. Peter Brown é um contador de histórias. Formamos uma equipe
para explicar como funcionam a aprendizagem e a memória, e fazemos isso
menos citando pesquisas do que contando histórias sobre pessoas que
alcançaram o domínio de habilidades e de conhecimentos complexos. Com
esses exemplos, iluminamos os princípios da aprendizagem que, segundo as
pesquisas, mostram alta eficácia. Este livro se originou em parte de uma
colaboração entre 11 psicólogos cognitivos. Em 2002, a James S.
McDonnell Foundation, de St. Louis, Estados Unidos, em um esforço para
superar a lacuna entre os conhecimentos básicos sobre a aprendizagem em
psicologia cognitiva e a sua aplicação na educação, concedeu a nós e a mais
nove colegas a bolsa de pesquisa Applying Cognitive Psychology to
Enhance Educational Practice (Aplicando a psicologia cognitiva para
melhorar a prática educacional), com Roediger como pesquisador principal.
Ao longo de 10 anos, a equipe colaborou em pesquisas para traduzir a
ciência cognitiva em ciência educacional, e, sob vários aspectos, este livro é
o resultado direto daquele trabalho. Os pesquisadores e uma boa parcela de
seus estudos são citados neste livro, nas notas e em nossos agradecimentos.
Nosso trabalho também é apoiado por vários outros financiadores, e
McDaniel é o codiretor do Centro de Pesquisas Integrativas em
Aprendizagem e Memória da Washington University.
Os livros, em sua maioria, lidam com tópicos de maneira sequencial –
cobrem um aspecto, avançam ao próximo, e assim por diante. Seguimos
essa estratégia no sentido de que cada capítulo aborda temas novos, mas
também aplicamos dois princípios de aprendizagem que consideramos
primordiais: a repetição espaçada de ideias-chave e a intercalação de
tópicos diferentes, mas relacionados. Se os alunos ampliam seus estudos
sobre um tópico, periodicamente retornando a ele, eles o memorizam com
mais facilidade. Da mesma forma, ao intercalar o estudo de diferentes
tópicos, os alunos aprendem cada um deles mais facilmente do que se os
tivessem estudado um por um, em sequência. Desse modo,
deliberadamente, tratamos de ideias-chave mais de uma vez, repetindo
princípios em contextos diferentes ao longo do livro. Assim, o leitor irá
memorizá-los melhor e usá-los com mais eficácia.
Esta é uma obra sobre o que as pessoas podem fazer em seu próprio
benefício, neste exato momento, no intuito de aprender melhor e lembrar
por mais tempo. A responsabilidade pela aprendizagem recai sobre cada
indivíduo. Professores e instrutores também podem ser mais eficazes
imediatamente, aplicando esses princípios ao seu ensino e ajudando os
alunos a entendê-los. Este não é um livro sobre como a política educacional
ou o sistema escolar deveriam ser reformados. Claramente, porém, existem
implicações para as políticas educativas. Por exemplo, professores
universitários na vanguarda da aplicação dessas estratégias em sala de aula
têm experimentado o potencial dessas ideias para estreitar as disparidades
de aproveitamento[NT] em ciências, e os resultados desses estudos são
reveladores.
Nosso público-alvo, é claro, são alunos e professores, e todos os leitores
para quem a aprendizagem eficaz é uma alta prioridade. Também
escrevemos para os eternos aprendizes chegando à meia-idade ou mais
velhos que almejam lapidar suas habilidades de modo a permanecer no
jogo.
Se, por um lado, há ainda muito a ser conhecido sobre a aprendizagem e
seus alicerces neurais, um vasto conjunto de pesquisas resultou em
princípios e estratégias práticas que podem ser aplicadas imediatamente,
sem nenhum custo e com efeitos excelentes.

N. de T.: No original, achievement gap, termo que se refere à defasagem no aproveitamento e no


rendimento escolar entre os alunos.
SUMÁRIO

Apresentação à edição brasileira


Claudio de Moura Castro

1 – A aprendizagem é mal compreendida


2 – Para aprender, recupere as informações
3 – A prática espaçada e intercalada
4 – Enfrente as dificuldades
5 – Evite a ilusão de que você já sabe
6 – Vá além dos estilos de aprendizagem
7 – Aumente suas habilidades
8 – Fixe o conhecimento

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