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OUTUBRO/ 2018
Sinopse
—Você é rica.—
—Kyle, seus pais criaram uma para você. Você receberá mil
e quinhentos dólares por mês para cobrir seu aluguel e serviços,
com a condição de entrar na reabilitação de drogas e terminar o
programa. Depois de um ano de sobriedade, e com exames
regulares de sangue comprovando que está limpo, está conta lhe
dará uma quantia de cinquenta mil dólares a cada ano até a sua
morte.—
—O que?—
Finn não diz nada, ele apenas pega o telefone e liga para o
assistente. —Por favor, traga um pouco de chá quente.—
1
É o nome dado a qualquer tipo de chá aromatizado com óleo essencial de bergamota.
—Você é uma mulher muito rica, London—
—Claro.—
Casa.
Finn Cavanaugh.
Ele sorri e olha para Gabby, depois se vira para mim. —Ela
é minha sobrinha. Ela ficará comigo por cerca de um mês.
E com isso, ele se vira e corre pela praia de volta para sua
própria casa, que fica a cerca de cem metros da minha. Seus
ombros são ridiculamente largos, especialmente por trás.
Mamãe gostava de ler. Ela deve ter mais de mil livros aqui,
tudo, desde enciclopédias desatualizadas até romances de banca.
Thrillers, suspense policial, design de interiores e biografias
estão lá também.
2
O Goodwill é uma fundação que oferece educação, desenvolvimento de
carreira e oportunidades de emprego para ajudar os necessitados a obter auto-
suficiência, dignidade e esperança através do Poder do Trabalho.
uma nova peça que estreia em seis semanas, mas ela manda
mensagens ou liga todos os dias, checando-me.
Tudo o que sei com certeza é que o maldito carro não liga.
Nada.
—Que diabos?—
—Tente de novo.—
—Sim?—
—Tente de novo.—
—Depende.—
—Obrigada.—
Ele suspira e sinaliza para fazer uma curva. —Eu não tenho
certeza do que está acontecendo com ela. Ela tem sido muito
desafiadora para seu pai, então eu me ofereci para trazê-la aqui
por algumas semanas para lhe dar um tempo. Eu esperava que
isso mudasse sua atitude, mas até agora não.
—Eu não acho que isso é o que você vai querer ouvir—, diz
ela. —Roger, o produtor de A Summer's Evening, decidiu
substituí-la permanentemente.—
—Eu quero que você tome o tempo que você precisa para
se curar, London. Você é respeitada nesta comunidade. E se você
não puder voltar como dançarina, ainda haverá um lugar para
você aqui.
—Olá.—
Eu ri, feliz por isso ouvir dela. —A vida é muito curta para
não comer biscoitos.—
Tenho saudade.
—Eu não sabia que tinha isso aqui ainda—, diz ele.
—Oi, Gabby.—
—Por que eu não volto com você e tento falar com ela?—
Mas ele está olhando para mim com tanta esperança que
sei que não posso fazer mais nada.
—Olá, Superman.—
Ele ri. —Eu não gosto de ver você com dor—.
—Vá embora!—
—Que homem?—
—Sim?—
—Qualquer coisa.—
Ela engole em seco. —Comecei a sangrar ontem e não sei o
que fazer. Tio Finn não tem nada aqui para mim, então eu acabei
de jogar minha calcinha fora.—
—Por favor, espere para ligar para eles até voltarmos. Isso
é importante.—
Seus olhos se estreitam. Ele não está feliz, mas ele acena
uma vez.
—Espere aqui—, eu digo para Gabby. —Eu vou pegar meu
carro e buscá-la em dez minutos.—
—E Gabby?—
—Tem eletricidade?—
Capítulo Três
Finn
— Mãe,— eu digo ao telefone, e franzo a testa para Gabby
quando ela tenta roubar outra barra de chocolate do armário
que eu escondi dela esta manhã.
—Por quê? Você não deveria voltar para casa por mais um
mês.—
—Eu gostaria de ver Gabby—, diz ela. —Eu não vou ficar
muito tempo.—
—Droga, Gabby.—
—Quem é Larissa?—
—Minha melhor amiga—, diz ela. —Eu não falei com ela
desde nunca. —
—Desde nunca.—
Soco no peito.
Acalme-se, Cavanaugh.
—Olá —, diz ela com um sorriso. —Você chegou um
pouquinho cedo.—
—Sim.—
—Perfeito.—
—Que barulho?—
—O gemido.—
—E lisonjeiro.—
Deus, caramba.
—Eu deveria ir—, diz ela. —Se eu não fizer isso, vou me
jogar de novo em você e o limite disso é uma vez por dia.—
—Há um atalho para a minha casa aqui—, diz ela com uma
piscadela. —Apenas no caso de você precisar.—
—Não.—
—Espero que você esteja com fome—, diz a mãe. —Eu fiz
waffles para todos nós.—
—Estou tomando café da manhã com London hoje—, eu a
informo, e sorrio quando Gabby que bate as mãos em felicidade.
—Oh, por favor, estamos bem aqui sem você, não é, menina
querida?—
Cacete.
—Eu também não, mas parece que não tenho nada além de
tempo ultimamente.— Eu dou de ombros e jogo as batatas em
uma panela para que elas possam começar a fritar enquanto eu
pego o molho. —Eu tenho cozinhado muito mais do que posso
comer.—
—Não muito.—
—Não. É a verdade.—
—Oponho-me.—
—Você também.—
—Você percebeu?—
—Gabby?—
Eu concordo.
—Eu a vejo em Nova York todo o tempo. E não, não vou
sentir falta de lidar com uma menininha hormonal todos os
dias.—
—Oh— Eu aceno, não sei porque estou triste com isso. Ok,
eu sei porque. Finalmente vamos ter a chance de ficar sozinhos e
ele tem que ir embora. É uma droga, grande momento.
—E o trabalho?—
Ele esfrega a mão no rosto. —Terá que esperar por mim.—
—Oi. Não sei por que estou aqui, mas Gabby insistiu para
que eu viesse com ela.—
Eu sinto uma alegria vir sobre mim sempre que alguém diz
que seguiu a minha carreira. —Muito obrigada, Sra.
Cavanaugh.—
—Obrigada.—
Finalmente.
—Sim.—
—Você?—
Eu concordo.
—Como assim?—
—Está?—
—Venha aqui.—
Ele faz o que eu peço, circulando a ilha para ficar ao meu
lado, do jeito que ele fez ontem na minha casa. Ofereço-lhe um
pouco de queijo e salame, e ele tira a mordida diretamente dos
meus dedos, deixando a língua descansar na ponta do meu
polegar por um momento.
—Isso é um aviso?—
—Uma promessa.—
—E molhada.—
—Porra.—
Capítulo Cinco
London
—Pequeno.—
Eu não estive aqui antes, então tento dar uma olhada antes
que ele me abaixe para a cama.
—Por favor.—
—Me beije.—
—Não.—
E eu não me importo.
—Eu acho que sou eu quem veio duas ou três vezes, então
eu deveria estar te agradecendo.— Eu beijo sua bochecha e rolo
para longe, pego meus shorts e os puxo, então simplesmente rio.
—Eu acho que vou descer as escadas de topless, porque acho
que é onde você deixou a minha camisa.—
—Vai ser difícil ver você andar pela minha casa assim—,
ele diz enquanto também puxa seu short, pega minha mão e me
leva para as escadas. Isso não machuca minha perna tão mal
quanto fez há uma semana, o que me deixa ridiculamente feliz.
Quando encontro o sutiã e a camisa, voltamos para a cozinha e
eu devoro três pedaços de queijo, cinco azeitonas e um punhado
de castanhas de caju antes que Finn tenha a oportunidade de
tirar os bifes do forno.
—Com manteiga?—
—Legal.—
Eu não posso.
—Você quer falar sobre isso? Se não for algo que você quer
compartilhar, tudo bem.—
—Tenho certeza que ele fez. Meu pai era um maníaco por
controle e ele não podia controlar Kyle. Mas meus pais eram
pessoas boas. Não é incrível como duas crianças podem nascer
do mesmo casal, criadas na mesma casa, e sair tão diferente? —
—É fascinante—, ele concorda, levando-me para a sala de
jantar enquanto ele carrega nossos pratos. —Vinho?—
—Por quê?—
—Me siga.—
Capítulo Seis
Finn
—Eu?—
—Eu não sei do que você está falando, mas se isso faz você
se sentir melhor, você pode ter outra rodada.—
—Tome isso, seu filho da puta—, diz ela, com uma voz
feroz. —Eu tenho você agora.—
—Por quê?—
—Não.—
—Está trancada?—
—Claro.—
—Obrigado.—
—E se eu ganhar?—
—Sim.—
—Eu nunca fui boa nisso—, ela confessa. —Eu não consigo
dormir com isso, e sinto que tenho que assistir cada segundo
disso, no caso de algo horrível acontecer e eu ter que correr.—
—Eu quero montar você—, diz ela, com voz firme e forte.
—Você é sexy.—
—Poderosa—, diz ela, e morde meu lóbulo da orelha, e eu
não aguento mais. Eu aperto sua bunda em minhas mãos e rolo-
nos, evitando sua perna ruim, colocando-a debaixo de mim.
—E?—
—Eu não sei, acho que esse pode ser o cara tipo unicórnio.
Ele não chega atrasado quando diz que vamos ir em algum lugar,
ele tem uma ética de trabalho, ama sua família. Ah, e ontem à
noite quando eu estava enlouquecendo com a tempestade, ele
me acalmou totalmente e fizemos sexo muito quente e poderoso
para tirar minha mente disso. —
—Estou aqui.—
—Está arruinado?—
—Oh, mais uma coisa sobre o Finn; ele tem quase quarenta
anos.—
—Não.—
—Como assim?—
—O que?—
—Eu sei, você vai sentir minha falta, mas eu não acho que
haja alguma razão para você continuar vindo aqui, a menos que
você comece a ter problemas novamente, ou sinta que está
deslizando para trás. Mas você é uma mulher forte, que estava
em excelente estado de saúde, para começar, o que a ajudou
imensamente. —
—Obrigada.—
—Essa é a melhor notícia que tive o dia todo—, diz ele, com
um sorriso bonito e feliz. —Não que você esteja precisando
perder peso, mas esteja se recuperando. As curvas não me
incomodam.—
—Como?—
—Vamos a Londres.—
—Amanhã de manhã.—
Sinto meus olhos se arregalarem e então sorrio e me lanço
em seus braços. —Você está me levando para Londres?—
A história.
—Prazer—, diz Finn, mas seus olhos dizem que ele não
está satisfeito com o quão familiar Jeffrey está comigo.
—Não olhe para mim, acho que você deveria pelo menos
pensar sobre isso.—
—Você não tem que cortar o seu tempo já curto por minha
causa.—
—London-—
—Me deixe terminar.— Eu pego sua mão na minha e ele
beija meus dedos, trazendo as borboletas no meu estômago para
a vida. —Ser entendido é profundo. Você me entende. É um
grande negócio.—
Só você.
—OK.— Ele olha para cima e fala com alguém que não
consigo ver. —A que horas seu avião pousa?—
—Você é encantador.—
3
Uma rede de restaurantes americana que comercializa cachorro-quente.
—Eu diria que esta é uma noite de abertura. Seu lugar é
legal —, ele diz, e me observa pegando os pratos. —Um
condomínio à beira do Central Park não é fácil de encontrar.—
—O dia mais longo da minha vida—, diz ele. —Eu não achei
que isso iria acabar. Eu estive pensando em você o dia todo.—
—Gosta?—
—Você também.—
—OK.—
Domesticado
Ela é impressionante.
Quero dizer, ela é minha melhor amiga, e eu já sabia disso,
mas ficar sentada aqui no escuro vendo-a agir e cantar é sempre
uma alegria.
—Oh meu Deus, você está aqui! Você não me disse que
estava vindo.—
—Viva um pouco.—
—Bem, duh.—
—Eu sei.—
—Definitivamente?—
—Eu não sei. Eu não tenho mais vinte anos e trabalhar das
seis da manhã até a meia-noite simplesmente não me atrai como
antes. Meu corpo não é o mesmo. Sim, eu me recuperei da lesão,
mas não sei se quero passar por isso novamente. —
—Eu sei, e é por isso que estou falando sobre isso com
você. Eu assumi desde o primeiro dia no hospital que a
Broadway acabou para mim.—
—Por quê?—
—Ai credo.—
—Eu ouvi você, mas você está agindo como uma pirralha
mimada, e eu preciso te pegar na parte de trás da limusine para
que ninguém possa me ver quando eu bater em sua bunda.—
—Mandão—.
—Boa menina—.
—Sim senhor.—
Ela está quieta, mas presumo que seja porque ela não se
senti bem.
—Você é teimosa.—
—Mais tarde.— Ela sorri para mim e eu sei que não posso
resistir a ela. Eu entro com ela e fecho a água antes que ela flua
pelos lados. Ela desce as costas dela até descansar contra o meu
peito e inclina a cabeça para trás. —Veja? Isso é bom.—
—Muito bom—, eu concordo, pegando a esponja e sabão.
—Eu vou te lavar.—
—Entendido.—
—Eu não tive que pedir ajuda ao meu pai em mais de uma
década, e isso é incomum para um artista que vive em
Manhattan. Estou orgulhosa disso. Então, eu gosto de comprar
coisas bonitas. Eu não preciso de você para comprá-las para
mim, e eu não preciso de nenhuma das cordas que possam vir
junto com elas.—
—OK.—
—Eu acho que nós vamos ter que aprender a ouvir, mas o
que isso realmente se resume é, eu preciso que você me ouça. Eu
sei que você não é um leitor de mentes, então eu farei o meu
melhor para ser vocal com você quando se trata de como me
sinto. Mas eu preciso que você me encontre no meio do caminho
e ouça. —
—Obrigada.—
—Se ele a convidou para sair, ela não é horrível—, diz Finn
com uma risada.
—Em um café—, diz ela antes que ele possa. —Nós vamos
para o mesmo todas as manhãs, no mesmo horário. Finalmente
consegui falar com ele há uma semana.—
Ugh.
—Entendo.—
Ela olha para mim com olhos tristes. —Não. Ele não
disse.—
—Sim.—
—Sim.— Ela sorri para todos nós. —Sinto muito pelo jeito
que está terminando, mas eu tive uma boa noite.—
—Eu?— Eu exijo.
—Sim.—
—Bom saber.—
Capítulo Onze
London
Domingo de manhã provaram ser o meu dia favorito com
Finn. É o único dia da semana em que dormimos tarde, fazemos
sexo preguiçoso, e depois café da manhã e mais tempo
preguiçoso.
—Por quê?—
—Olá?—
—Eu sou ótima, Jeffrey. Como você está? Você está de volta
ao país?—
—Bem-vindo a casa.—
—Obrigado. Então, estou ligando porque estava
conversando com Gerald ontem e ele gostaria de nos ver em seu
escritório na quinta-feira.—
—LA, claro.—
—Não.—
—Bem, então devemos definitivamente ficar por alguns
dias. Sinta-se à vontade para marcar várias reuniões, se quiser.
Terei trabalho suficiente para me manter ocupado enquanto
estiver trabalhando.—
—Certo.—
—Eu não sei o que pensar, Celeste.— Ele tira a minha mão
dele e abaixa, depois tira a mão dele.
—Esse papel pode mudar sua vida—, diz ele. Eu olho para
Jeffrey, que apenas sorri aquele largo e bonito sorriso de gato de
Cheshire4.
4
Personagem do livro Alice no país das maravilhas.
5
No Brasil o musical foi titulado como O Rei do Show.
—Eu posso fazer isso.—
—Você fez tão bem lá—, diz ele, e me puxa para um grande
abraço. —Obrigado por fazer isso.—
—Graças a Deus.—
—Bem, eu acho que vamos ver como ele ficará, então, não
vamos?— Eu dou de ombros e subo na parte de trás do meu
carro, acenando para ele enquanto nos afastamos.
O que?
Não.
—Você deve ter tido uma boa reunião—, diz ele, e morde a
parte carnuda do meu ombro.
Eu aceno de novo.
—Eu quero ouvir você dizer isso.— Seus lábios estão quase
pressionados aos meus. Seu corpo está fazendo coisas deliciosas
para mim e estou à beira de perder o controle.
Mas não é.
—Oi, Kyle.—
—Claro que sim—, ele diz, sua voz mais dura agora. —Você
acha que eu posso pagar a reabilitação por conta própria?—
—Não, é por isso que eu perguntei.—
—Bom Deus, Kyle. Claro que não, esse é o seu dinheiro. Era
só uma pergunta.—
—Sinto muito—, diz ele, fungando mais. —Eu sei que você
acabou de fazer perguntas. Sim, eu também teria perguntas.—
Certo.
—Eu espero que sim, Kyle. Mantenha-me informada sobre
o seu progresso, ok?
—Não.—
—Olá, baby—, diz ele, mas posso dizer que ele está com
pressa.
—Eu recebi uma ligação de Kyle esta manhã. Ele diz que fez
um pedido com o seguro da herança para a reabilitação, e eu só
quero descobrir se isso é verdade.—
Te vejo em breve.
—Finn?—
—Não, eu nunca fodi ele, só não achei que ele fosse o seu
tipo.—
—Ele não é.— Ela pega seu taco. —Quero dizer, ele é
fisicamente meu tipo. Ele é gostoso.—
Estou rindo tanto que agora tenho que colocar a água para
baixo ou vou derramar tudo sozinha. —Não, eu não assisto
pornô.—
—Isso é bom.—
—Certo?—
—Estou feliz.—
E ligado.
Isso é gostoso.
—Eu não posso ficar longe de você—, diz ele enquanto ele
agarra meus ombros e me fode duro por trás. —Cheguei em casa
cedo porque preciso de você, e isso não aconteceu comigo antes,
London.—
—E ai galera?—
—Imobiliária.—
—Foda-se vocês.—
—Tudo bem, tudo bem. Não é por isso que viemos aqui —,
diz Quinn, rindo e claramente gostando de me atormentar. —
Nós realmente viemos chamá-lo para comer.—
—Ou isso, ou eu vou sair daqui para o resto do dia. Por que
está tão quieto?— Carter pergunta. —E por que eu sinto que
este silêncio é um presságio para tempestade?—
—Não foi. Você tem que seguir em frente com sua vida,
Carter. Darcy gostaria disso.—
Ele apenas franze a testa e fica de pé. —Eu estou indo para
casa também. Gabby deve estar em casa a qualquer hora. Eu vou
ajudá-la com o dever de casa.—
—Setenta e oito.—
—Contanto que você fique na ponta dos pés com ele, e não
confie cegamente.—
—OK, querida.—
Ela ri. —Não, você não é. Diga a ela que eu disse olá e falo
com você amanhã.—
—Você também.—
Eu te amo.
—Olá?— Eu chamo.
—Ele te ama.—
—Não.—
—E porque não?—
—Ela faz. Eu sei disso com certeza. Eu vi o jeito que ela olha
para você, querido garoto. As mulheres não olham para homens
assim a menos que já tenham planejado o casamento em sua
cabeça de dez maneiras diferentes —.
—Casamento?— Eu engulo em seco e mudo de novo na
cadeira. —Eu não pensei em casamento.—
—Sim, senhora.—
—O tempo passa.—
—Obrigado.—
—Agora é hora de se estabelecer e me dar mais netos.—
É ridículo.
Eu sorrio e respondo.
—Você voltou?—
Ou no Finn.
—Lidere o caminho.—
—Isso é muito.—
—E apropriado?—
—Humm.—
—Oh, sim.—
Sem camisa.
Deus o abençoe.
—Bom dia—, eu digo, chamando sua atenção. Ele se vira
para sorrir para mim.
—Oh, não.—
—Eu fiz.—
—Me desculpe por não ter dito ontem à noite. Eu acho que
fiquei chocada.—
—Eu te amo.—
—Deadpool.—
Eu olho para ele com horror. —Você levou sua mãe para
Deadpool ?—
—Improvável.—
—Obrigada.—
É um processo lento.
Mas eu preciso . . .
—Ei, tudo bem—, diz ele. —Eu sei que não sou sua pessoa
favorita. Mas por favor, você pode apenas pensar sobre isso?
Isso tornaria muito mais fácil para mim, não que você me deva
alguma coisa.—
Mas eu sei que isso vai começar uma briga, então eu fico de
boca fechada.
—Kyle ligou.—
—Eu achei que deixaria, mas não. Ele disse que se é o que é
preciso, ele faria acontecer. Tenho muito medo de acreditar nele,
mas acho que ele realmente quer isso desta vez.—
—Eu sei. Se você realmente quer ir, eu vou com você. Mas
não acho que seja uma má ideia esperar e ver o que acontece. —
—Obrigada.—
—Casamento?—
Ele olha para mim. —Eu não tenho tempo para uma mulher
e uma família. Eu trabalho longas horas, cuido da mamãe e,
sinceramente, gosto de brincar um pouco. —
—Isso não é tudo que ele viu em mim.— Eu pisco para ele,
fazendo-o rir agora. —Então, por que você realmente pediu para
me encontrar aqui? Nós dois sabemos que você poderia ter me
dito a que horas tê-lo lá por e-mail ou mensagem.—
—A estrela de cinema?—
—Eu sei.—
—Eu gosto de uma mulher com bom senso—, diz ele, mas
ele passa a mão por sua virilha, como se estivesse se protegendo
de um golpe de surpresa.
—Esperar. O que?—
—Ei apaixonada.—
—Obrigada.—
—Muito Obrigada.—
—E eu gostaria de financiá-lo.—
—Você me ouviu.—
Eu concordo.
EU-
Finn
Agora mesmo.
Doce mãe de Deus, ela é boa com aquela boca quente dela.
—Puta merda—, eu rosno, empurrando meus dedos em
seus cabelos e segurando. Seus lábios franzem, agarrando a
minha pele sensível, sugando com força suficiente para fazer
meus malditos olhos se virarem.
—Não?—
—Nós estamos?—
—É assim mesmo?—
—Ok, diga.—
—Deixe-me ter isso—, diz ela. —Eu não preciso que você
venha salvar o dia.—
—OK.—
—OK?—
—Espere o que?—
—Eu quero que você veja isso.— Eu passo a pasta para ela
e ela abre, franzindo a testa.
—O que é isso?—
—Sim.—
—Claro.—
—Eu não pedi para você!— Sua voz está mais alta agora, e
seus olhos estão irritados, e tenho a nítida sensação de que fiz
algo errado.
Não que agora seja a hora de propor. Ela pode jogar algo
em mim.
—Isto é impossível.—
—Foda-se a festa.—
Ela ri agora. Porra, ri, e estou tão frustrado que quero dar
um soco na parede.
—Isso é engraçado?—
É essencialmente um lenço.
Eu não entendo.
—Sim, senhora.—
Sim. Que porra é esse jogo que você está jogando? —Não,
está tudo bem. O que está errado?—
—Eu sabia que você faria—, diz ele. —Eu sei que você
passou pelo inferno e estou apenas aumentando o seu estresse.
Eu odeio isso. Mas eu simplesmente não tenho mais ninguém.—
—Eu acho que ele apenas foi para o banheiro. Você quer
esperar por ele?—
—Não.— Eu balancei minha cabeça e ofereci-lhe um
sorriso. —Eu não vou demorar. Apenas deixe-o saber que eu
corri para casa.—
—Então, eu acho que isso significa que você não vai para a
reabilitação? Que você não está limpo?—
—O que, um idiota?—
Mas eu não digo isso. Eu quero saber onde isso está indo.
—Mas não, você não morreu, não foi? Porra putinha, você
sempre estragou tudo para mim.—
—Por que, você não acabou de dizer que está sóbrio? Tudo
o que precisaria é de um exame de sangue para confirmar, e o
dinheiro é seu, Kyle.—
—Bom.—
London Watson?
—Finn—.
Não, obrigada.
Nada disso.
Talvez amanhã?
6
Abreviação para For Your Information ( para te informar)
A qualquer hora, amor.
Capítulo Dezoito
London
Foi uma noite longa. Dormi aos trancos e, quando acordei,
procurei Finn e depois lembrei de tudo o que aconteceu ontem.
Houve tantos altos e baixos ontem, não estou convencida se foi
um reality show ruim.
Ele deve saber que eu não estou pronta para falar porque
ele envolve seu braço em volta dos meus ombros, e nós nos
sentamos assim por um tempo, ouvindo a cidade se animar ao
nosso redor. Uma vez que minha caneca está vazia, eu a coloco
de lado, e então inclino minha cabeça em seu ombro, apreciando
o jeito que ele me faz sentir.
E ainda assim, eu ainda estou tão brava com ele que não sei
o que fazer comigo mesma.
—Diz.—
—Eu sei.—
—Ele quer amar você—, ela repete. —E sei que não sou
especialista no jogo de relacionamento, mas acho que parte de
amar alguém é cuidar delas quando estão tristes, assustados ou
de luto. Você é minha melhor amiga no mundo inteiro, e se você
quer que eu mate ele e esconda o corpo, eu farei isso totalmente,
mas, London, eu acho que você estava sendo um pouco mais
sensível que antes. E eu também acho que, enquanto estamos
nisso, você está atirando um pouco da raiva de Kyle sobre Finn.
—
—Então, ele não disse, Hey baby, vamos encontrar uma casa
juntos. —
—Eu vou tomar aquele beijo para dizer que você não está
tentando me dispensar.—
Ela acena com a cabeça. —Eu fiz. E eu sinto muito por não
me comunicar bem com você. Eu acho que nós dois temos
espaço para melhorias nessa área. —
—Acordado.—
—Mesmo?—
—Ele está, mas ele terá uma fiança mais leve e poderá
soltá-lo.—
—É assim mesmo?—
—Oh, sim. E quando seus lábios se contorcem porque sou
boba? Eu só quero pular em você.—
—Por quê?—
Eu olho para ela até que ela encontra meus olhos com os
dela.
—Porque eu disse.—
—Finn—.
—Venha agora.—
—Certo.— Ela torce o nariz. —Eu acho que nós vamos ter
que sair para o café da manhã, então.—
Capítulo Vinte
London
Duas semanas depois . . .
Quase.
—Eu quero que você tenha muito por onde escolher—, diz
ele, com os olhos perfeitamente sérios. Desde a discussão em seu
aniversário, fizemos um esforço para ouvir um ao outro e
comunicar claramente nossas necessidades.
—O que há lá em cima?—
—É assim mesmo?—
Eu concordo.
—É incrível.—
—Anatomia?—
—Talvez.—
—Anatomia, querida?—
—Eu te avisei.—
—Ouch—
—Quem, eu?—
7
Um tipo de bronzeador artificial que pode ser usado o ano todo.
—Então você está comigo por causa das minhas pernas e
minha bunda?—
—Possivelmente?—
—Provavelmente.—
—London.—
—Sim.—
Seus polegares estão fazendo círculos nas maçãs do meu
rosto e ele está olhando profundamente nos meus olhos.
Uma vez que ele está lavado, ele nos seca, e então me leva
de volta para a cama, nos colocando debaixo das cobertas.