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Quinta-feira, 17 de Margo de 2022 Série— No 48 DIARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA Prego deste niimero - Kz: 1.530,00 Tala + carepondanin we A wo NATUR © pe Be ala Ta a or Di ‘lativa a anincio © asinalums do «Disio “Ane | da Repiblica 11627 sti 6 de Kz: 7500 e para da Republica», deve ser diriaida & Imprens | a5 es gies Kz: 1675 106,04] 9 3." série Kz: 95.00, ncrescido do respectivo: Nicionl “EP, en Lunn, Run Heaaque de Nem EP ae Las a Bea oe aie Ke 99918667 | imposto de sel, dependend a publics da ovwinpretaneianl gorse Eads wie | A2° site Ki 51789230 | 3" siede dest previon feunrntesuri gens, Ad sie Kr1L00368 ) da nprens Nacional +E P SUMARIO ‘Rie ati) Assembleia Nacional © Tribunal Supremo € a instancia judicial superior da Lains222 Iierarquia dos Trbunais da Turisdigéo Como (Organica do Tribunal Supremo. — Revoga a Lei n° 13/11, de 18 de ‘Marjo — Lei Orginica do Tabunal Supreme. Leia 922: Oradnica dos Tribune daRelyao. —Revoa a Lei’ 16, de 10de Fevereiro — Lei Oni do Tabunal da Rela. Lets 422: ‘Das Secretaria Fein es\dministativ. ASSEMBLEIA NACIONAL Lein 222 17 de Maro A orzanizagao judiciétia angolana ganhow nova din’- mia, do qual resultou um mapa judiciario do Pais totalmente reconfigurado, tomando-se necessério proceder 4 conforma io dos diplomas legais a essa nova realidade; ‘Toma-e assim imperioso fazer uma adequagio da Lei Organica do Tribunal Supremo a esta nova realidade da organizacao judicidria, uma vez que a Lei n° 13/11, de 18 de Margo, se mostra desajustada; A Assembleia Nacional aprova, por manvlato do povo, a0 abrigo das disposiaes combinadas das alineas b) do artigo 161°, d) eh) do artigo 164° eb) don® 2 de artigo 166.°, todes da Constituigao da Repablica de Angola, a seguinte LEI ORGANICA DO TRIBUNAL SUPREMO CAPITULO I Disposicoes Gerais ARTIGO 1° objeco) ‘A presente Lei estabelece © reaula a competéncia, a composigao, a orgenizagdo ¢ o funcionamento do Tribunal Supreme. ARTIGO 3° (sede) yunal Supremo tem asua sedena Cidade de Luanda, ARTIGO.4® (Gusies0) 0 Tribunal Supremo tem jurisdigao em todo 0 territ6rio nacional, ot ARIIGOS: Poderes de cosnisto) © Tribunal Supreme conhece, em regra, matéria de direito, excepto nos casos previstos por lei ARTIGO 6? (Competincia em razao da hierarquia) 1. 0 Tribunal Supremo ¢ a instaneia superior da jurisdi- ‘s40 comum, 2. 0 Tribunal Supremo funciona como Tribunal de 1. ins- tincia, nas respectivas Cimaras, nos casos especialmente previstos na lei. ARTIGO 7" (Garantias estatutieiasd 0 Eatuto dos Magistrados Iudiciais regula as garantins| de independéncia, imparcialidade, imamovibilidade e define os direitos ¢ deveres, impedimentes, avaliagao ¢ disciplina dos Juizes Conselheiros. ines) ARTIGO 8? Puniteacoes ds Action) 1. Os Acérdios do Tribunal Supremo so de conheci- mento piblico, devendo ser divulzados na sua pagina de intemet, assim como em publicagses oficiais do Tribunal 2. Os Acérdios devem ser publicados na sua versio inte- gral, assim como as respectivas declarayées de voto, caso a8 hiaja, e salvaguardara identidade das partes, apés notificaco. I SERIE — N° 48 — DE 17 DE MARGO DE 2022, 2093, ©) Ser Procurador Geral-Adjunto da. Republica ¢ apresentar 6 (seis) pecas lab oradas no exercicio dessas flangdes, ou set Magistrado do Ministé- rio Publico, que exerga fungdes no Tribunal da Relagao on para o qual tenha sido nomendo, com a elassificagio de Bom ou Muito Bom nos tikimos trés anos, e apresentar 8 (oito) pegas pro- cessunis elaboradasno exercicio das fungdes nos ‘Tribunais da Relagéo, podendo completar com peyas elaboradas no exercicio de fangdes nos ‘Tribunais Provincinis on de Comarca, quando nao retina aquele numero de pecas, que const tuem o objecto da avaliagao curricular; @ Ser Advogado € apresentar 8 (cite) pegas pro- cessunis elaboradas no exercicio das fungses forenses, 3. Os candidatos indicam por ordem decrescente de pre- feréncia a jurisdic a que concorrem. 4. Com base na avaliago curricular, que consiste na atribuigio de uma classificagio, so seleccionados os con- correntes admitidos peto Ji, com a seinte composigao: 4) Presidente do Kiri — 0 Presidente do Tribunal Supremo; by Presidentes das Camaras que compdem o Tribunal Supremo — Voeais; ©) Um membro do Conselho Superior da Magistra- ‘ura Julicial com categoria de Juiz. Conselheiro, indicado por deliberagio do Conselho Superior da Magistratura Judicial — Vogal; @ Uin Advogado membro do Conselho Superior da Magistratura Judicial — Vogal: ©) Um Professor Universitario de Direito com a cate- ‘goria de Professor Catedritico, indicado pelo Conselho Cientifico da Universidade que for escolhida pelo Conselho Superior da Magistra- tora Judicial — Voss 5. Em caso de empate, @ repartigfo de vagas faz-se, sucessivamente, do seguinte modo 4) Prefere-se o Masistrado Judicial; ) Entre Magistrados Juiciais prefere-se o mais antigo; ©) Rate Magistrados do Ministerio Publico prefere- sc omais antigo; Entre Magistrado do Ministerio Pablico ¢ Juristas de Mérito di-se preferencia aquele que faz cum- tira quota de 2/3 ow 1/3, conforme o caso: ©) Entte Jutstas de Mérito preferesse o mais antigo no exercicio da profisstio ou de idade mais avan- sada 6. Sem prejutizo do disposto nos mimeros anteriores, em cada concurso de ingresso para o Tribunal Supreme, reser- ‘vam-se 2/3 das vagns para Magistrados Judiciais de camera, sendo que para os restantes 1/3 das vagas concorrem todos os candidatos, 7. As rearas pata o preenchimento de vagas para o ‘Tribunal Supremo nos termos do.n.°1 so apenas as regula- das na presente Lei, ARTIGO 56° Revogacio) E revogada a Lei n® 13/11, de 18 de Margo — Lei ‘Orgéinica do Tribunal Supremo, ARTIGO 57° vidas e misses) As dhividas e as omissées que resultarem da interpre- tacdo € da aplicacio da presente Lei sao resolvidas pela Assembleia Nacional ARTIGO S8° (Entrada em vigor) A presente Lei entra em vigor & data da sua publicagao. ‘Vista € aprovada pela Assembleia Nacional, em Lawanda, ‘08 17 de Novembro de 2021 © Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Pleckule Dias dos Santos. Promulgada aos 23 de Fevereiro de 2022 Publique-se. Presidente da Reptblica, Joko Manvet. Goxcatves Lounesgo. (22:1723-C-AN) Lein?3/22 eT de Margo A Constituigio da Republica de Angola, ao aprofiandar 0 designio do Estado de direito democratico, impos alteragoes 4 Lei do Sistema Unificado de Justiga ¢ a0 quadro lezisla- tivo vigente em materia de erganizagio e funcionamento dos ‘Tribunais Judiciais, estabelecendo directrizes para um novo modelo de organizagio ¢ funcionamento da justiga, onde se cevidencia a existéncin de Tribunais da Relagao As alteragies feitas a Lei Organica sobre a Organizagao Funcionamento dos Tribunais da Jurisdig#o Comm a0 reajustar o mapa judicial, consolida 0 cumprimento do prin- pio do acesso ao dircito © justiga, reforgando a defesa de direitos e de garantias dos cidadios e tornando, deste modo, ‘a justiga geograficamente mais préxima dos cidadaos € dos agentes econdmicos. ‘A Assembleia Nacional aprova, por mandato do pov, nos termos das alincasb) do artize 161°, d) ch) do autiao 164° ¢b) don. 2 do artigo 166°, todos da Constituigao da Republics de Angola, a sequinte: 2094 DIARIO DA REPUBLICA LEI ORGANICADOS TRIBUNAIS. DARELACAO, CAPITULO T Disposicoes Gerais ARTIGO L* (Objecto) A presente Lei estabelece ¢ regula a crganizagio, a com- eténeia, a composigzo eo funcionamento dos Tribunais da Relagao. ARTIGO 2° @etilgs0) Os Tribunais da Relagao sio os Tribunais de Segunda Instancia, ARTIGO 3° (Sede jurisdiens) 1, Na sede de cada Regio Judicial hd um Tribunal da Relagao que se designa pelo nome da sede da respectiva Regido Judicial 2, Cada Tribunal da Relagao exerce a sua jurisdigao no lerritério da respectiva Resio Judicial, ARTIGO 4° @oderes de copnicso) Os Tribunais da Relagio conhecem da matéria de facto de dircito, nos termos da Constituigao ¢ da lei ARTIGO S° (Gorantasestanutarias dos Juies) (O Estatuto dos Magistrados Judiciais regula as garantias de independéncia, imparcialidade, inamovibilidade e define os direitos e deveres, impedimentos, avaliagio e disciplina dos Juizes dos Tribunais da Relagao, ARTIGO 6° (Pubticagae dos Acér dios) 1, Os Acérdios dos Thibunais da Relagiio sio de conhe- cimento piblico, devendo ser divulgados nos portais dos ‘Tribunais na intemet, assim como em publicagdes oficiais dos mesmos, 2. Os Acérdaios devern ser publicados na sua versio tearal, assim como as respectivos declarages de voto, hhavendo-as, e salvaguardar a identidade das partes, apos a sua notificagio, ARTIGO 7° (Autonouiaadministrativs, tuanceirae patsimonial) (0s Tribunais da Relagao sa0 dotados de autoncmia admi- nistrativa, financeira e patrimonial CAPITULO I Composicao do Tribunal ARTIGO 8° (Composc a0) 1. Os Juizes dos Tribunais da Relagdo sio Juizes Desembargadores, 2. 0 Tribunal da Relagao € constituido pelo Presidente, pelo Vice-Presidente e pelos Juizes Desembargadores. AKTIGo 9" (ameagto ingress ds Juizes nos Tuas da Rela) 1. 0s Juizes dos Tribunais da Relagdo so nomeados pelo Consetho Superior da Mogistranara Judicial, apos reai- zagao do concurso curricular 2. Podem concarrer para os Tribunais da Relagao, sem prejuizo dos requisitos serais previstos no Estatuto dos Magistrados indicia: @ Os Magistrados Judiciais dos Tibumis de Comarea, bem como os Juizes de Direito ainda em fungoes, com a classificagao de Bom e que tenham ingressado na Magistratura ha pelo ‘menos 10 anos, b) Os Magistrados do Ministrio Piblico com a classficagao de Bom que tenham inaressado na “Masistratura hd pelo menos 10 anos, 3. Em cada concurso de ingresso para wim Tribunal da Relagao reservam-se 2/3 das vagas para Magistrados Judicias de carrera, sendo que para os restantes 1/3 das vvagas concorram todos os candidalos em igualdade de cireunstincias ARTIGO 10° ko de izes) « 1. © quatro de Iuizes dos Tribunais da Relagio, incluindo o Presidente e o Vice-Presidente, € composto por um maximo de: 4) NaRelagao de Luanda; 29 Juizes, b) Na Relagdo de Benguela: 19 Juizes, ©) NaRelagio do Lubango: 17 Juizes, @ NaRelacao de Saurimo: 17 Juizes, ©) NaRelagao de Uige: 17 Juizes 2. A alteragao do quadro de Juizes dos Tribunais da Relagio é definida per lei, nos casos em que o servigo © jjustifique, designadamente pelo aumento do volume ot ‘complexidade dos processes. 3. Anomeagio obedece as regras de provimento de vagas previstas na presente Lei e no Estatuto dos Magistrados Judiciais € do Ministério Public. 4. Os Juizes nomeados para os hugares acresvidos a que se refere n.° 2 mantém-se como Juizes Desembargadores ‘além do quadro até ceuparem as vagas que Ihes competir assim. que estas existam. 5. Enquanto aguardam vagas nos termos do mtimero ante= rior, os Juizes Desembargadores passam a exercer fangs ‘como Inspectores do Conselho Superior da Magistratura Judicial ARTIGO IL! (Posse «juramento) 1. Os Iuizes Desembargadores tomam posse perante o Presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial 2. Os Juizes Desembargadores prestam o seguinte jura- ‘mento: «Eu, (nome completo) juro por minha henra ser fil, Patria Angolana, cooperar na realizacdio dos fins superiores I SERIE — N° 48 — DE 17 DE MARGO DE 2022, 2098 do Estado, defender os principios fandamentais da ordem estabelecida na Constituigdo, respeitar as leis ¢ dedicar a0 servico piiblico todo o meu elo, inteligéncia ¢ apticion, ARTIGO 12° (Pea prosestonal [No exercicio das suas fungGes e nas solenidades em que deve participar, os Juizes Desembargadores usam traje profissional, composto por beca insignia, em modelo def nido pelo Conselho Superior do Magistratura Judicial CAPITULO I Orgios, Funcionamento ¢ Competéncia ARTIGO 13: 1, So Oraios Singulares do Tribunal: i O Presidente; b) O Vice-Presidente. 2. Sao Orga0s Colesiais do Tribunal: @OPlenatio, b) As Camaras, 3. Sem prejtizo do disposto no nlamero seauinte, as Cimaras dos Tribunais da Relagao so: «@) Camara Criminal; ) Camara do Civel; ©) Camara do Contencioso Administrative, Fiscal © Aduaneiro, @ Camara do Trabalho, @) Camara da Familia Justiga Juve 4. As Camaras desdobram-se em SecgGes, sempre que o nimero de Juizes que as compdem far superior a 6 (seis). 5. Sob proposta do Plendrio do Tribunal da Relagio res- pectivo, o Conselho Superior da Magistratura Judicial pode determinar a criagio de Seegdes sem que se observe o dls- posto no nimero anterior. ARTIGO 14 @ancionaaent 1. Os Tribunais da Relagio fimcionam sob a direcg0 do seu Presidente, por Plenirio e por Camaras. 2. Os Juizes dos Tribunais da Relagio tém o direito de fazer lavrar voto de vencido. sEccAOT Presidente Vice Pr ete ARTIGO 15° (Presiinia ¢ Viee Peseta do Tribunal) 1. A fimsao de Juiz Presidente do Tribunal da Relagao € exercida pelo Juiz mais antigo na categoria. Em caso de igualdade de circunstincias exerce a flmglo 6 Juiz mais, velho, 2. A fungi de Vice-Presidente do Tribunal da Relago é exercida pelo segundo Juiz mais antigo na categoria, 3. Havendo escusa ao exercicio do cargo de Juiz Presidente ou Vice-Presidente, sucede o Juiz imediatamente segninte, verificadas as condiedes para o exercicio do cargo. 4.0 exercicio da fungio de Juiz Presidente do Tribunal da Relagao e de Vice-Presidente € rotativo entre todos os Juizes do Tribunal da Relagao respectivo, nos termos dos rimeros anteriores, havendo interesse no cargo do Juiz sucessor imediato. 5. Arotagaoa quese refereo nimero anterior nao abrange ‘os Juizes que estejamn hi menos de | ano em efectividade de firngGes no Tribunal em que ocorra a rotagdo, independente- mente de reunir as condigbes para o eftito 6, Osmandatos dos Iuizes Presidentes e Vice-Presidentes cleitos fica reduzidos ao tempo de duragio previsto no 1° 1 do artigo seguinte, no podlendo voltar a ocupar,imedia- tamente, os cargos, ainda que para tal retnam os requisitos previstos non 1 do presente artigo, ARTIGO 16° (Duragia do mandato do Presidente edo Vice Presidente) 1. O mandato do Presidente e do Vice-Presidente do ‘Tribunal da Relagao tem a durago 3. (és) anos, nto renovavel, 2. 0 Presidente ¢ o Vice-Presidente cessantes mantém -se em fimgies até tomada de posse dos seus substitutes, ARTIGO 1 (Competéncia do Presidente) Os Presidentes dos Tribunais da Relagzo tém as seauin- tes competéncias a) Representar o Tribunal, b) Ditigir o Tribunal, superintendet 08 seus servigos € rassegurar o seurnermal fncionamento, emitindo as ordens de servigo que tenia por necessirias ©) Convocar, preparar e presi tio do‘Tribunal; od) Presidir as conferéncias das Camaras e respectivas Secedes, sem dircito a voto, sempre que tal seja as sessbes do Plen- ©) Preparar, coadjuvado pelo Secretario Adminis- trativo, ¢ submeter a aprovagio do Plenstio, a proposta de aryamento anual, bem como o pro ‘arama anual de actividades do Tribunal, A Preparat, coadjuvado pelo Secretario Administra- tivo, os relatorios de execugio orgamental e de actividades do ano anterior € deles dar conhe- cimento ao Plenirio ¢ a0 Consetho Superior da Magistratura Judicial; g) Preparar, coadjuvado pelo Secretario Adminis trative, ¢ submeter a aprovagao do Plenario a proposta de criagao de Cimaras, beam como © proposta de alteragao do Quadro de Juiz +n) Designar Juizes para intervir nos julgamentos em substituicfo, nos termos da presente Lei; 2096 DIARIO DA REPUBLICA 8 Preparar € submeter @ aprovagio do Plenario a proposta de distribuiglo dos Juizes Desembar- adores pelas Cémaras ou SecgGes, bem como qualquer mudanga ou permuta dos Juizes, de acordo com a hierarquie estabelecida nos termes aque se seguem: iA preferéncia manifestada pelo Juiz, obede- cendo a ordem de graduagio estabelecida na lista final do concurso de provimento de vvagas para os ribunais da Relagio, 11.0 grau de especializagao; itt A convenieneia de serviga ) Organizar os tumos dos Juizes Desembargadores; # Conterir posse aos Presidentes das Camara, 1 Confer posse a0 Secretaria Judicial, ao Seeretario Administrative, aos Eserivaos e demais funcio- nirios judiciais ¢ téenicos administratives do Tribunal; 1m) Designar os fimcionarios em substituigao do Secretario Judicial, do Seeretirio Administra- tivo e do Escrivio Coordenador da Unidade de Apoio Processua ni Exereer a aeglo diseiplinar sobre os funcionévios Judiciais ¢ administrativos; 0) Propor 0 quadiro de pessoal dos servigos de apoio 40 Tribunal a aprovar pelos respectivos Conse- Ios, P) Proper ¢ submeter @ aprovagio do. Conselho Superior da Magistratura Judicial a alteracao dda erganizagio e fcionamento dos servigos das Sceretarias Judicial e Administrativa do ‘Tribunal, bem como das Unidades de Apoio Processual e demas servigos, 4) Autorizar a realizagio de despesas, nos temmos da lei, 1) Assinar contratos em representago do Tribunal, 4) Exeteer as demais competéncias que the forem estabelecidas por le ARTIGO 18° (Gaisttuia do Presidente) 1. 0 Presidente do Tribunal ¢ substituido nas suas ausén- cia e imp edimentos pelo Vice-President. 2. Fallando ou estando impedido o Vice-Presidente, 0 Presidente é substituido pelo Presidente de uma das Cémaras que ba mais tempo exerga fiungses no Tribunal ARTIGO 19 (Competéncias do Viee Presidente) Os Vice-Presidentes do Tribunal da Relagio tém as segnintes competéncias: 4) Substituir 0 Presidente nas suas auséncias e impe- dimentos; ) Presidir uma das eamaras, ) Bxerver as demais eompeténcias estabelecidas na 1 delegadas pelo Presidente. SECGAO TT Plendeio ARTIGO 20° (Composisio« competnetas do Peni) 1, © Plenétio € constiuide por todos os Iuizes do ‘Tribunal da Relagao 2. Compete ao Plendio, no dominio jurisdicional, deci- dir sobre as seguintes materis: «@) Conhecer dos conflitos de competéncia entre as Cémaras: ) Conhecer dos confiitos de competéncia entre tribunais da érea territorial de competéncia do respectiva Tribunal da Relacao; ©) Exercet as demais competéncias previstas n0 Ii 3. Compete ao Plenatio, em matéria orgamental ¢ no dominio nao jurisdicional: a) Determinar a distribuigao dos Juizes Desembarga- dores pelas Camaras ou Secydes s0b proposta do Presidente do Tribunal, bem como qualquer mudanga ou permuta dos Juizes das Cémaras, de acordo com a hierarquia estabelecida nos ter- mos da alinea j) do artigo 17° da presente Lei, nomeadamente a preferéncia maifestada pelo Juiz cm observincia da ordem de graduagao estabelecida na lista final do concurso de pro- ‘vimento de vagos para os Tribumais daRelasa0, © srau de especializago e a conveniéncia de servigo, nos termos que a seguir se definem: i Entende-se como gran de especializagio otempo de sevico no exercicio de funedes numa junis- digo de competéncia especializada; i, Hntende-se por conveniéncia de servigo @ necessidade de nmidanga ott de aumento do nnimero de Juizes nas Cémaras om Seccées derivado do volume ou complexidade de processos ‘A pemnuta entre Juizes prevista na presente Lei pode ser requerida pelos Juizes interes- sados ou determinado por conveniéncia de servigopelo Presidente do Tribunal ou da res- pectiva Camara, iv. Ammdanga ou permuta entre Juizes de dife- rentes Tribunais da Relagdo 56 pode ser fectuada mediante autorizagao do Conselho Superior da Magistratura Judicial, mediante proposta do Plenirio do respectivo Tribunal da Relagao, ) Aprovar sob proposta do Presidente do Tribunas 05 reaulamentos intemos necessatios. a0 bom fancionamento do Tribunal, designadamente os I SERIE — N° 48 — DE 17 DE MARGO DE 2022, 2097 que regulam 0 funcionamento do Plenaio, as regras e os procedimentos do finncionamento das Sceretarias, a calendarizagao das sessbes de jul- gamento, a colocagao dos funcionatios judiciais e administrativos, ©) Aprovar a proposta de criagao de respectivo Tribunal, bem como as propostas de alteragio ao quadro de Juizes a spresentar a0 Conselho Superior da Magistratura Judicial, nos termos da presente Lei: Pronnnciat-se sobre questbes de natureza adminis- trativa apresentadas pelo Presidente do Tribunal, @) Aprovar a proposta do ergamento anal do Tribu- nal, bem como o plano de actividades para o ano seguinte, por dois tergos dos Juizes Desembarga- dores cin efectividade de fungses no respective Tribunal: f Decidir o destino a dar as receitas préprias, nomea- damente, das custas © multas, o da venda de publicagoes por si editadas, dos servigos pres- tados pelo niicleo de apoio documental ou de quaisquer outras que Ihe sejam atribuidas por lei, contrato ou outro titulo: _g/ Aprovar 08 relatarios de execustio do orgamento e eles dar conhecimento 20 Conselho Superior da ‘Magistratura Judicial: ‘hj Autorizar as despesas que, pela sua natureza ov montante, ultrapassem as das competéncias do Presidente do Tribunal, nos termos estabelecides ‘a presente Lei, i) Exercer as demais competineias estabelecidas na Ici ARTIGO 21° (@umeiansmente do Plenirto) 1. © Plenitio s6 pode fimncionar com a presenga da ‘maiorin dos Juizes em efectividade de fimg@es, incluindo 0 Presidente on quem o represente, nos termos da lei 2. As deliberacoes do Plenirio so tomadas por maioria dos membros presentes, dispondo o Presidente do Tribunal, ou quem o substitu, de voto de qualidade. 3. A sprovagtio do argamento do Tribunal e do Relatério de sua Execugaio por dois tergos dos JuizesDesembargadores em efectividade de fungdes no Tribunal respectivo, 4. NoPlenirio que aprovar o orgamento do‘Tribunal deve estar presente 0 Subprocurador Geral da Repablica Titular, ‘cam diteito a palavra e voto, sEccAO ME CCitmaras do Tribunal da Relagio ARTIGO 22° (Composicao das Cimarasy 1, Cada Camara € composta por um Presidente € pelo rmimero de Juizes fisado nos temos da presente Lei 2. As Camaras sto compostas por um minimo de 3 (tres) Iuizes, devendo um deles exercer as fungdes de Presidente da Camara, em conformidade com 0 estabelecido na presente Lei. 3. 0 colectivo de Inizes para o julgamento é formado de acordo com as rearas previstas no Codigo de Processo Civil ARTIGO 2 (Presenies das Caras) 1. A fimngtio de Presidente da Camara € exercida ini- ialmente pelo Juiz mais antigo na categoria na Camara respectiva, por tum mandato de 2 anos, nao renovavel e em, ‘aso de igualdade de circunstancias exerce a fincio o Juiz mais velho, 2. O exercicio da fingio de Presidente da Cémara érota- tivo entre todos os Juizes, nos termos do mimero anterior 3. Os Presidentes da Cémaras tomam posse perante © Presidente do Tribunal da Relagio respectivo. 4. Os Presidentes das Camaras sto substituidos, nas suas ‘auséacins ¢ impedimentos, pelo Juiz mais antigo na catexo- nna Camara respectiva 5. 0 Presidente da Cimara cessante mantém-se em fim- ‘es até & tomada de posse do sen substitute, que deve ‘ocorrer no prazo maximo de 30 dias a contar da data do fim «do mandato, ARTIGO m4" (gamento nas Caras) 1, 0 julzamento nas Cémaras € Secedes € efectuado por 3 (tres) Juizes, cabendo a um dos Juizes a functo de Relator ‘€108 outros a fing de adjuntos, deliberando por unanini- dade ou por maicria, 2. 0 Acérdao definitive € lavrado de harmonia com a ‘rientagio que tenha prevalecido, devendo 0 Juiz com voto vencido, quanto a decisio ou quanto aos simples fundamen- tos, assinar em diltimo luger, lavrando de forma sucinta a declaragto de voto. 3. A intervengio dos Juizes de eada Catnara ou Seegao no julgamento faz-se nos termos da lei de processo segundo a ordem dos vistos 4. Quando nio seja possivel obter o mimero de Juizes exigido para decidir 0 processo s40 chamados a intervir 05 Iuizes de outra Secgo ou Cimara, desismados para o efeito pelo Presidente do ‘Tribunal da Relagio, tendo em conta 0 critério da antiguidade na catezoria 5. As sessdes tém Ingar de acordo com a respectiva agenda, devendo a data e a hora das audiencias, bem como ‘© nianero de cada processo a julgar na respectivo sessio, constar de tabela afixada no éttio do Tribunal ¢ divulzada lectronicamente no pertal do Tribunal na intemet, com antecedéncia minima de 48 horas, sem prejizo de quais- ‘quer notificagdes que por lei dever ser feitas 6. Os projectos de Acérdaos para julgamentos devem ser apresentados na Secretaria com antecedéncia minima de até 48 horas da data do julzamento, sob pena da Secretaria nao fazer entrar 0 processo em tabela para julaamento. 2098 DIARIO DA REPUBLICA 7. A versio do projecto de Acordao ¢ facultada aos JIuizes-Adjuntos com antecedéacia minima de 48 horas da respectiva sessio, mediante cépia ou correio electranico oficial 8. Na conferéncia participam os Juizes que nela devern intervir 9. A audigncia e julgamento ¢ dirigido pelo Presidente do ‘Tribunal sempre que tal seja necessério ou pelo Presidente dda Camara respectivo e na auséncia deste pelo Juiz que 0 nos termios previstos na presente Lei ARTIGO 28° Curve) 1. Nos Tribunais onzanizam-se timos para asseaurar 0 servigo urgente e inadiavel que deva ser executado durante as ferias judiciais ou quando o servigo o justifique 2. Os tums so organizados pelo Presidente do Tribunal dda Relag3o, com prévia audiga0 dos Juizes Presidentes das Cimaras e coma antecedencia de 60 dias 3. A escala por tumos dos Juizes Desembargadores € coruinicada ao Conselho Superior da Magistratura Judicial. SUBSECCAO Competéncins das Cimnaras ARTIGO 26° (Céumara Criminady A Camara Criminal comp ete julzar, de facto e de direito:

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