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Personagens

Pedro: Frágil, fruto da educação romântica, sentimental, propenso a comportamento


neuróticos e tráficos.

Alencar: Poeta ultrarromântico, lírico arrebatado e de um idealismo extremo e exacerbado. É a


única personagem que atravessa a obra toda.

Cohen: Financeiro sem escrúpulos, símbolo da alta finança nacional oportunista

Conde Gouvarinho: Representa a incompetência politica é através desta personagem que se


pode verificar a grande contradição entre o ser e o parecer, pois o conde Gouvarinho é um
representante da alta política e do poder instituído, por outro lado não tem qualquer visão
histórica ou qualquer tipo de cultura relevante para a sua posição. O facto de se ter pessoas
como ele à frente do país é também o motivo para o povo português se encontrar
progressivamente decadente.

Sousa Neto: Representante da Administração Publica, incompetente

Palma Cavalão: representa a corrupção e os interesses políticos no jornalismo,


nomeadamente quando publica um artigo contra Carlos por dinheiro e vende essa mesma
tiragem, também por dinheiro.

Dâmaso: simboliza os vícios e os defeitos da Lisboa da regeneração, nomeadamente a vaidade


imbecil, o egoísmo, a cobardia, a degradação moral, o excessivo egocentrismo e a visão
deformada da vida.

Cruges: simboliza o talento artístico nesta obra.

Craft: É um personagem com pouca importância para o desenrolar da ação, mas que
representa a formação britânica, o protótipo do que deve ser um homem.

Eusebiozinho: Produto da educação portuguesa, conservadora e deformada

Ega: É amigo inseparável de Carlos e cabe-lhe um papel importante na evolução da intriga


trágica, pois é ele quem toma conhecimento da existência de documentos que provam o
parentesco. Gosta de se fazer notar e de ser lisonjeado nos círculos que frequenta. quer pela
sua postura crítica e de certa forma distanciada de permanente acusador dos males do país,
mas estando ele próprio não isento de ridículos, quer pela sua intervenção em defesa do
realismo-naturalismo, já para não invocar a similitude dos nomes, Ega tem sido visto em
muitos aspetos como uma espécie de alter-ego de Eça.

Afonso: É um ponto de equilibro, é com ele que Pedro entrega Carlos e é ele quem Carlos
interroga na esperança de que o avô desminta as revelações finais. É um português austero, de
bom senso, e defende o património português face á descaracterização dos costumes
portugueses e á invasão das modas estrangeiras. Embora tenho sobrevivido ao desgosto da
morte do filho, Pedro, não supera a tragédia do neto morrendo também com ele o futuro da
familia.

Carlos: Educado superiormente, (á maneira inglesa) com um gosto requintado e se distancia


da vulgaridade que é a sociedade rica e medíocre de Lisboa. Vítima do diletantismo que o
impede de concretizar os seus projetos de vida. Carlos deixa-se influenciar apesar da sua
educação, pelo meio decadente onde vive.

Maria Eduarda: É descrita como sendo uma deusa, superior a tudo e a todos, e de uma beleza
extraordinária. Após conhecer Carlos revela-se uma mulher sensata, equilibrada e culta.
Encarna a heroína romântica, perseguida pela vida e pelo destino, mas acaba por encontrar a
razão de viver na paixão é também vítima do seu passado.

Características trágicas das 3 personagens:

1.A superioridade física e intelectual: destacam-se no meio medíocre em que vivem pelas suas
qualidades físicas e morais.

2.O papel do destino, fatalidade: que é referido ao longo do romance desde a concordância de
nomes, ao destino irreparável, até á inevitabilidade do destino.

3.Os indícios, presságios: siais que vão surgindo ao longo da obra disfarçados como força do
destino, dificultando por isso o reconhecimento por parte das personagens.

4.A peripécia: súbita mudanças dos acontecimentos e a passagem da felicidades para a


infelicidade após a descoberta.

5.A catástrofe: a morte das personagens por vezes física (Afonso) outras socialmente como
Carlos e Maria Eduarda.

6. O reconhecimento: revelações a Ega por Guimarães

6.A temática do incesto.

Afonso:

1.É avisado por Vilaça que as paredes do Ramalhete eram fatais aos Maias.

2.Este tenta evitar que o neto tenho a mesmo fim que o filho (suicidou-se), mas a força do
destino abateu-se sobre a familia.

3.A morte de Afonso após o conhecimento da relação incestuosa entre os seus netos, provoca
sofrimento e desperta horror e pena no leitor.

Carlos:

1.O nome de Carlos indicia o futuro trágico deste, já que tinha sido atribuído pela mãe, que via
uma novela onde o herói se chamava Carlos Eduardo.

2.Carlos desafia o destino ao envolver-se com uma mulher supostamente casada cometendo
assim incesto.

Maria:

1.Afaastada da familia pela mãe que fugira do marido apos o trair, é vítima do destino e da
fatalidade.

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