Muito bom rever vários rostos já conhecidos, e conhecer outros novos. Espero que tenhamos mais tempo nesses dias de nos tocarmos, nos conhecermos melhor. É um grande privilégio para mim, realmente é, encontrar mais e mais irmãos que compõe essa família amada do Senhor. Eu queria nos lembrar, antes de iniciarmos, que nós temos uma promessa do Senhor, João cap. 6, verso 44 e 45, o Senhor Jesus estava falando com aqueles discípulos a respeito do pão da vida e se dirigindo, especificamente, aos fariseus, e no cap. 6 do Evangelho de João, no verso 44, Ele diz: João 6:44 Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer (ou não o atrair); e eu o ressuscitarei no último dia. E logo no verso seguinte ele cita uma expressão do Velho Testamento que diz assim: João 6:45 Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim. Queria então recordar os irmãos nessa noite, que o fato de nós nos reunirmos, como também nosso irmão orava ao Senhor agora há pouco, não é, realmente não é uma atitude que parte de nós, por mais que achamos que seja. Na verdade, de alguma maneira, nós respondemos a um convite do Senhor. Então, quando o povo de Deus se coloca junto, nós precisamos ter bem claro, diante de nós, o que é que está para acontecer nesse tempo. Nós vamos reunir para adorá-lo, nós vamos nos reunir para tocá-lo, nós vamos nos reunir para melhor conhecê-lo, nós vamos nos reunir para compartilhar a sua palavra. Então irmãos, de maneira nenhuma é algo comum o povo de Deus se reunir. Os irmãos sabem muito bem, que em períodos difíceis da vida igreja, especialmente nos períodos de perseguição, de aflição, os irmãos então, de alguma maneira maior, especial, foram acordados para essa grande verdade, o quanto é sublime o reunir do povo de Deus. E muitos vieram a conhecer a sublimidade disso, o valor profundo disso, quando perderam isso, porque foram impedidos muitos deles, politicamente, por regimes políticos, de se reunirem. Então que nós nunca consideremos algo comum, nós nos reunirmos como igreja, porque não é algo comum. É algo espiritual. O Senhor nos reúne para ele mesmo. Nós não estamos aqui interessados propriamente uns nos outros. Nós valorizamos uns aos outros. Nós não estamos aqui focados uns nos outros. Nós estamos aqui para Ele, por Ele. Estamos aqui movidos por Ele mesmo e desejosos de vê-Lo, do contrário não há outro motivo no nosso reunir. E relacionado a isso eu gostaria também de nos lembrar que nós temos dois maravilhosos instrumentos – se posso dizer assim - dados pelo Senhor, para que o reunir do povo de Deus tenha significado. O primeiro deles está nas nossas mãos. Irmãos, homens e mulheres derramaram o seu sangue, para que nós tivéssemos uma cópia da palavra escrita de Deus. Houve um tempo durante o reinado da chamada Maria sanguinária, Maria I da Inglaterra, quando ela ordenou, durante aquele seu período de regência, que cada família, ano de 1600 e alguma coisa, no final do século XVII, cada família que tivesse na sua casa um exemplar da Bíblia, o pai de família daquela família, deveria ser decapitado e parte do seu sangue seria recolhido em uma bacia e a Bíblia da família seria mergulhada naquele sangue. Sabe o que é que isso diz para nós? Isso diz para nós que Satanás odeia a palavra de Deus e tudo o que ele quer é uma palavra, uma Bíblia fechada, tanto no sentido literal, quanto no sentido espiritual, porque onde não há visão, o povo se corrompe (Provérbios 29:18). Então nós temos esse maravilhoso instrumento, preservado pelo Senhor através de sangue de servos e servas, para que tivéssemos em nossas mãos essa cópia escrita, da palavra que é soprada por Deus mesmo, como Paulo para Timóteo, escritura soprada por Deus mesmo (2 Timóteo 3:16) e útil para a nossa correção para o nosso ensino, nossa educação, e o propósito final, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra, para que através dela, nós sejamos conformados à imagem do amado Filho de Deus. Então não é uma coisa comum, nós trazermos de casa esse nosso livro, esse livro e então podermos abri-lo e compartilhar a palavra de Deus e segundo instrumento, esse livro seria um livro selado para nós se nós não tivéssemos esse outro Consolador, aquele que quando o Senhor o prometeu naqueles capítulos memoráveis de João 13 a 17, Ele disse que seria um igual a Ele, da mesma qualidade que Ele, aquele alom parakletos, um Consolador da mesma qualidade que Eu, como se Ele dissesse: Ele sou Eu. Eu estou do lado de vocês. Ele estará em vocês e Ele vos guiará - foi a promessa do Senhor - a toda a verdade, porque Ele não falará por Si mesmo, mas Ele falará tudo que tiver recebido de mim e o Senhor disse: Ele me glorificará. (João 16:13 quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir.) Então irmãos nós estamos hoje prontos para juntos orarmos ao Senhor e agradecendo a ele, porque nós temos essas duas maravilhosas provisões: nós temos a palavra de Deus, nós temos o Espírito de Deus. E quando a palavra de Deus, com o Espírito de Deus, são colocados juntos, o que nós temos é a palavra viva de Deus. Lembra do Livro de Hebreus? A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e penetra até o ponto de dividir alma de espírito. È isso que nós precisamos. Nós temos um ser tão misturado! Tantas vezes nós achamos que estamos agradando e servindo ao Senhor. Nós estamos é atropelando tudo, porque nós precisamos que a palavra de Deus separe o que é da alma, do que provém dela, tem fonte nela, tem origem nela, e o que é do espírito, tem fonte nele, e tem origem nele. Do contrário não podemos ter um caminhar espiritual, nem como indivíduos e nem como igreja. Mas nós podemos contar com esses instrumentos: o espírito e a palavra, porque ela então é viva e eficaz e penetra até o ponto de dividir alma de espírito, juntas e medulas. Ela é apta para discernir e o sentido é examinar, julgar, discernir os pensamentos e os propósitos do coração. Graças ao Senhor. Então irmãos, o ajuntamento do povo de Deus é sublime e por isso no Velho Testamento era chamada de Santa Convocação. Santas convocações. Vocês se lembram? Vamos então orar ao Senhor para que esse ajuntamento seja uma santa convocação, para que o Espírito de Deus, usando a palavra de Deus, possa então abrir o que Ele deseja do coração do Senhor nessa noite. Vamos então orar. Senhor. Tu nos sondas e nos conheces. Pedimos ao Senhor que nessa noite, nós realmente experimentemos como povo teu, reunido nesse lugar, a realidade espiritual por trás dessa reunião. Senhor, nós pedimos a Ti, esperamos tanto em Ti, para que o Teu espírito nos ajude nessa noite. Sem Ele nada podemos fazer, nada temos a dar. Também te pedimos que o Senhor use a tua palavra escrita inspirada por Ti mesmo, que ela seja aberta aos nossos corações pelo Espírito, e como uma palavra viva e eficaz, julgue os nossos corações, penetre dividindo alma e espírito, comunique a nós a mente do Senhor, para que nós sejamos conformados à tua imagem. Senhor nos oferecemos a Ti nessa noite. Nós realmente não consideramos algo ocasional nós estarmos aqui, sabemos que o Senhor nos convidou pela Tua soberana misericórdia, nós pudemos responder a Ti, e estarmos aqui. Senhor, use esse tempo. Trabalhe o que está no Teu coração. Tenha liberdade de fazer isso em nossas vidas. Prepara o nosso coração como um solo adequado para aquilo que tu mesmo desejares semear na nossa vida nessa noite. Pedimos ao Senhor que cuide desse ambiente para nós. Nós sabemos da oposição do teu inimigo e do nosso inimigo. Nós pedimos que o Senhor nos guarde Senhor, para que não haja distração, para que não haja interferência, naquilo que o Senhor deseja cumprir no meio de nós nessa noite. Guarda-nos da cilada do maligno. Nós nos entregamos a Ti, nós esperamos em Ti, nós olhamos só para Ti. Em nome de Jesus, amém.
Nossa intenção para esses dias em que estaremos
juntos, é compartilharmos alguns princípios a respeito da restauração do Testemunho do Senhor. E de que forma isso então foi dividido em alguns itens a serem desenvolvidos nessas noites e manhãs em que estivermos juntos em lugares diferentes conforme os irmãos programaram. Nós então iremos gastar esse tempo todo focados nesse assunto, a Restauração do Testemunho do Senhor. Entendo que esse é um assunto muito grande, ocupa mesmo as Escrituras todas. Desde que o homem caiu em Gênesis 3, o Senhor está a restaurar. Esse é um assunto de Gênesis 3 a Apocalipse 22, mas nós vamos, claro, mencionar alguns pontos que eu entendo sejam profundamente significativos, nesse processo de restauração de recuperação, do que o Senhor deseja na sua igreja. Então hoje, nós vamos abrir um pouco sobre o significado central do Altar, o que é que ele tipifica, o que ele representa nesse desejo de restauração do Senhor para com o seu testemunho. Qual o lugar do Altar, o que é que ele significa, o que é que representa? Nós vamos procurar destacar três aspectos básicos, claros, importantes, que eu penso, nós precisamos refletir seriamente e não apenas refletir como indivíduos. Nós precisamos refletir como igreja. Nós temos passado um tempo de extrema necessidade, de que nós retornemos aos princípios da palavra de Deus, do contrário nós nunca teremos a recuperação da glória do testemunho do Senhor. Irmãos, isso não é algo opcional. Isso é algo necessário. Durante esses dias, quando estivermos tocando em alguns pontos, principalmente hoje nesse período inicial, nós iremos ver como que o Senhor usou Esdras de uma forma tão especialmente relacionada à sua palavra, como é citado tanto no livro dele Esdras, como no livro de Neemias, o lugar que Esdras teve, nessa brecha para restauração do testemunho do Senhor, especificamente usando a sua palavra, a revelação da palavra, a palavra renovada, a palavra trazida de volta. O Senhor usou de maneira tão especial Esdras, para nos deixar claro um assunto: não teremos possibilidade alguma de termos recuperação da glória de Deus na sua casa, a não ser que nós tenhamos um grupo consistente de irmãos e irmãs que retornem às Escrituras, e orem ao Senhor para que abram essas Escrituras a eles, para que então possam andar segundo a luz que têm recebido, em obediência àquele que é o cabeça da igreja, do contrário nós continuaremos sendo um corpo convulsivo, um corpo que faz muito movimento, mas que não responde à ordem da cabeça. Irmãos, o nosso Senhor não está interessado em convulsão no seu corpo. Ele está interessado em movimentos ordenados e muitas vezes a ordem Dele para o seu corpo é: pára. Deita, descansa, medita. Pensa, reconsidera. Somos muito focados em obra, obra, obra. Nós colocamos o fazer na frente do ser, nos colocamos o externo na frente do interno e dessa maneira o Senhor nunca irá recuperar o seu testemunho, porque irmãos, todas as vezes que nós colocamos o fazer na frente do ser, nós invertemos o que o Senhor deseja. Compreende isso irmão? Todas as vezes que nós colocamos o carisma na frente do caráter, invertemos o que o Senhor quer fazer. Nós tendemos a dar ênfases a carismáticos. O Senhor dá ênfase a caráter. O caráter é a base do carisma e irmão, para formar caráter é preciso tempo. Um caráter não é formado de um dia para o outro. Há necessidade de termos uma história de discipulado com o Senhor para que possamos refletir o seu caráter e é isso que Ele quer fazer com todos nós. E uma terceira inversão. Primeiro, nós colocamos fazer na frente de ser, colocamos carisma na frente de caráter e também colocamos poder na frente de santidade. Mas na palavra de Deus, santidade é a base do poder. Você não encontra nenhum versículo no Velho Testamento que diz: “meu povo, seja poderoso, porque eu sou poderoso”. Mas você encontra que diz: “sede santos, porque Eu, o Senhor seu Deus, sou Santo”. Então irmãos, que o Senhor nos ajude a recuperar essas ênfases que tem sido tão distorcidas, tão negligenciadas, tão perdidas e por isso não é de admirar que nós de modo geral, como igreja, vivamos tanta confusão. Então que o Senhor nos ajude, a seriamente, termos um movimento de retorno às Escrituras Sagradas, para que o Senhor recupere a sua glória na sua casa. Então nós vamos passar por alguns temas, vamos procurar tocar na questão dos propósitos de Deus na recuperação do testemunho do Senhor ligado à família, recuperação do testemunho do Senhor ligado à igreja, recuperação do testemunho do Senhor ligado ao serviço cristão. De modo geral nós vamos tocar nesses três temas em especial durante esses dias. Família, a igreja, o serviço ou ministério cristão. Hoje, eu queria compartilhar essa fundamentalidade dessa centralidade do altar, o que ele tipifica, para que então vejamos que ele é a base de tudo o que o Senhor quer fazer em termos de restauração. Ele é o fundamento, Ele é a base. Queria que então nós fôssemos à palavra de Deus, em primeiro lugar no livro de Esdras. Esdras cap. 1. Antes de lermos qualquer texto aqui em Esdras, enquanto você mantém a sua bíblia aberta, eu queria primeiro mostrar uma diferença que eu acho necessária para os irmãos. Há uma diferença entre o trabalho do Senhor para edificar a sua igreja e o trabalho do Senhor para restaurar o testemunho na sua igreja. Vou citar o primeiro elemento de diferença. Quando o Senhor disse em Mateus cap. 16, e foi ele quem em primeiro lugar usou essa palavra para Ele tão sagrada, tão especial, ele usou com o pronome pessoal junto. Ele falou para Pedro. Eu edificarei a minha igreja (Mateus 16:18). Então irmão, morda a língua, quando você usar a expressão minha igreja, porque você não tem igreja. Só Ele tem igreja. Morda a língua quando você usar a expressão “eu vou para a minha igreja”, porque igreja não é um lugar geográfico. Igreja é uma realidade espiritual, porque o Senhor quando usou esse nome Ele disse: é minha igreja. Só Eu tenho igreja e Eu a edificarei, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Então tenhamos cuidado quando tocamos essa realidade chamada igreja, porque isso está no cerne do coração do nosso Senhor. Então, quando o Senhor iniciou o processo de edificar a sua igreja, “Eu a edificarei”, o que é que Ele fez? Se você examinar Mateus 16 com cuidado, você vai ver que tem quatro grandes revelações ali e se a minha memória está boa, seis anos atrás, eu estive com os irmãos no Retiro, onde nós compartilhamos essas quatro revelações de Mateus 16: Cristo, a Igreja, a Cruz e o Reino. Essas são as quatro maiores revelações de todo o Novo Testamento. Você pode fazer um quadro de quatro colunas, Cristo, a Igreja, a Cruz e o Reino, e você coloca todos os versículos do Novo Testamento debaixo dessas quatro colunas, porque todos tem a ver com esses quatro elementos. Cristo, é claro primeiro, a centralidade de Cristo, quem Ele é? Tu és o Cristo o Filho do Deus vivo. É a primeira confissão em Mateus 16: Cristo. Depois, o Senhor olha para Pedro e diz assim: E tu és um bem aventurado, porque não foi carne nem sangue quem te revelou, mas o Pai que está no céus, e sobre essa rocha – que é Ele mesmo- eu edificarei a minha igreja. Agora entrou o assunto da igreja. E depois na seqüência você vai ver o caminho pelo qual o Senhor edificaria a sua igreja. Imediatamente depois dele falar sobre a igreja, já inicia dizendo assim, o Evangelista Mateus registrando: desde esse tempo, não antes, primeiro havia a necessidade da revelação de Cristo, quem Ele é, e Ele então iria falar, em seguida, da sua igreja. Desde esse tempo, começou, porque essa foi a primeira vez. Antes ele não tinha falado desse assunto, e desde esse tempo, começou Jesus a falar aos seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas, e ser morto, ressuscitado no terceiro dia. E ele fala três vezes a partir de Mateus 16, ou seja, nos seis últimos meses, no ministério terreno do Senhor Jesus, foi o tempo no qual ele falou três vezes sobre a cruz. Ele não falou nos três primeiros anos. Falou nos seis últimos meses. Do monte da Transfiguração, que está logo aí no 17, até o Gólgota, entre um monte e outro monte – transfiguração e o Gólgota - o Senhor menciona a cruz três vezes. Desde esse tempo começou a falar Jesus a seus discípulos que lhe era necessário. Não havia outro caminho. Então ele introduz a cruz, a revelação da cruz, como único caminho pelo qual Ele poderia edificar a sua igreja, mas não só isso. Se você continuar em Mateus 16, você vai ver que Ele diz também: se alguém – agora ele abandona o assunto da cruz Dele e vem para o assunto da cruz nossa - e se alguém quiser ser meu discípulo, vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me, porque quem quiser preservar a sua vida, perdê-la-á, mas quem perder a sua vida, por minha causa, de fato a achará. Não é? Ele mostra qual o caminho para a edificação da igreja no que concerne a Ele - Ele teria que ir á cruz – não tinha outra opção - Pai se possível for, afasta de mim esse cálice, Ele orando três vezes - mas não se faça a minha vontade, mas a Tua vontade, porque não havia outro caminho, porque Deus de forma justa deveria tratar justamente, com o pecado injusto, na pessoa justa do seu Santo Filho. Então a cruz, no que concerne ao Senhor Jesus, e logo em seguida a cruz no que concerne a nós. Se nós queremos ter a expressão real da vida da igreja, a cruz tem que trabalhar nas nossas vidas. Não tem outra opção. Nós não podemos cooperar na edificação da igreja com os nossos talentos. Tudo o que temos de natural não serve. Precisa ser passado pelo altar, pela cruz, princípio que nós vamos procurar examinar um pouco mais hoje, para que então o Senhor possa recuperar, em ressurreição, possa usar como material que tem lugar na sua casa. Compreende a importância disso irmão? Compreende como é amplo este princípio? Quanto tem sido trazido de maneira, de modos de tudo quanto é coisa do mundo para dentro da igreja para cooperar na edificação. Ou será que não. Será que eu estou enganado? Será que é só lá em São Lourenço que acontece isso? Nós temos importado maneiras do mundo, estilos do mundo, psicologia do mundo, técnicas psicológicas do mundo, música do mundo para cooperar na edificação da igreja - maneira de ser do mundo, vestindo como o mundo, para não ficarmos muito distantes do mundo. Não é? Parece Isaque o filho de Abraão. Você sabe que Abraão foi para o Egito, foi repreendido pelo Senhor e Isaque não foi mas ficou na fronteira. Lembra? Nós queremos estar o mais próximo possível do Egito, sem cair nele, para poder falar para os egípcios: Nós somos mais ou menos iguais a vocês. Venham para cá. Mas esse não é o propósito. É o processo do Senhor. Quando o Senhor foi julgar Sodoma, Ele não falou com Ló que estava misturado com eles. Ele falou com Abraão que estava bem distante, para colocá-lo em uma posição de brecha e de intercessão. Compreende irmão? A única maneira de influenciarmos o mundo é ficarmos bem longe dele, bem separados dele. O Senhor Jesus quando orou pelos seus discípulos e por nós em João 17, disse: Santifiquei-os João 17:17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. 18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. Esse é o processo do Senhor. E nós precisamos recuperar isso. Como? Tendo um retorno consistente, na visão do Senhor, na sua palavra sobre o que é a igreja. Quais são as suas fundações para a igreja? Ou será que a igreja é alguma coisa que acontece? Não. Ela não é uma coisa que acontece. É uma casa que tem fundamentos da qual Deus é o arquiteto e edificador. Então nós precisamos retornar às escrituras de forma consistente para podermos fornecer lugar no coração, na vida, na mente, no espírito, para que o Senhor no use, em cooperação com Ele para restauração do seu testemunho. Me perdoe o longo parêntese, mas o que eu queria dizer é que a maneira do Senhor de edificar a sua igreja, ela é em certa medida, diferente da sua maneira de recuperar a sua igreja, o seu testemunho. Então para iniciar a edificação da sua igreja sabe o que é que Ele faz? É dar vida. Não tem jeito da igreja ser edificada com mortos. Nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados e Ele nos deu vida, juntamente com Ele. Efésios 2:4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; 7 para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Mas quando esse povo que já tem vida Nele se extravia, não tem que dar vida para quem já tem vida. Mas Ele tem que aplicar a sua palavra e os seus princípios, para recuperar aqueles que se extraviaram de relação com ele em vida. Então a edificação segue um caminho em certa medida, diferente - não em toda medida - e a restauração segue um outro caminho. Por isso que quando nós abrimos Esdras, eu quis então colocar isso de início, você vai ver o caminho da restauração. Você sabe que essa palavra aparece aqui, veja por favor no cap. 2 de Esdras, com bastante clareza, no versículo 68. Veja lá. Esdras 2:68 Alguns dos cabeças de famílias, vindo à Casa do SENHOR, a qual está em Jerusalém, deram voluntárias ofertas para a Casa de Deus, para a restaurarem no seu lugar. Você vai encontrar muitas vezes em Esdras essa expressão casa do Senhor, porque o tema de Esdras é Casa do Senhor, o tema de Neemias, a cidade de Deus. A casa de Deus em Esdras, a cidade de Deus em Neemias. Casa tem a ver com glória, cidade tem a ver com governo. Por que é que o Senhor restaura a sua casa? Para que Ele tenha o seu governo. Por que é que o Senhor lida conosco com graça? Graça é o ponto final? Não. Graça é o ponto inicial, porque o Senhor deseja pela graça nos introduzir no seu governo. Onde que o Senhor tem o seu testemunho? Apenas nos dando a sua graça? Não. O Senhor só tem o seu testemunho entre nós, se nós formos um povo que vive debaixo do seu governo. Então o assunto casa e cidade eles se inter relacionam. Casa-glória. Cidade-Governo. Esdras cap. 2:68 é uma das vezes que a expressão casa do Senhor é mencionada e aí diz assim: a qual está em Jerusalém. Esses cabeças de família deram voluntárias ofertas para a casa de Deus, agora veja e expressão, para a restaurarem. Esse é o assunto de Esdras, Neemias, Ageu, Zacarias, Malaquias. Restauração. Ester inclusive, que entra nessa brecha, pois a história de Ester está entre os capítulos 6 e 7 de Esdras. É ali que entra, na cronologia, a história de Ester. Aquele livro deveria estar ali no meio, entre o 6 e 7 de Esdras. Esses seis livros estão relacionados com a restauração. Mas irmãos, vamos agora para o foco do que eu queria compartilhar nessa noite: a centralidade do altar, na recuperação do testemunho do Senhor. Volte comigo no cap. 1 de Esdras. 1 ¶ No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias, despertou o SENHOR . Agora vá ao versículo 5. 5 ¶ Então, se levantaram os cabeças de famílias de Judá e de Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do SENHOR, a qual está em Jerusalém. Despertou para fazerem o quê? Subirem a edificar a casa do Senhor. No versículo 2, você vai ver a referência à casa, no 4, também. Todo foco é a casa, mas estou chamando a atenção dos irmãos para o verso 1 e para o verso 5, para essa expressão: cujo espírito Deus despertou, para nós vermos onde começa a restauração e termos cuidado com esse ponto inicial. A restauração começa onde o propósito inicial começou. Quem deseja restaurar o seu testemunho em sua casa, foi aquele quem concebeu a sua casa. E quem concebeu a sua casa foi Ele mesmo. O próprio Senhor: Eu edificarei a minha igreja. Então veja o que é que está acontecendo aqui no cap. 1. Não está dizendo simplesmente que voluntários se ofereceram. Vamos tomar bastante cuidado com essa nota. Está dizendo que em primeiro lugar que quando se cumpriu a palavra pela boca de Jeremias, que aquele povo iria para o cativeiro e ficar lá setenta anos, porque eles seriam disciplinados, e me lembro que eu já comentei com os irmãos qual era o propósito disso, e o propósito é que em Jerusalém eles queriam ídolos e não o Senhor Deus, e então o Senhor Deus tratando, tratando e falando com eles e eles não respondendo, o Senhor Deus tomou uma decisão: querem ídolos? É ídolos que vocês vão ter. Vão para a terra deles. E lá em Babilônia havia, segundo a história, em torno de dois mil ídolos diferentes. Você poderia trombar com ídolos em todas as esquinas. Você poderia orar para o ídolo que você quisesse, do deus que você quisesse. Poderia escolher á vontade. Eram duas mil velas. Ele abandonaram o Sol, e escolheram para o lugar Dele duas mil velas. Então o Senhor entregou à disciplina aquele povo durante setenta anos. Mas quando os propósitos disciplinares de Deus se completaram, Ele toma uma atitude em primeiro lugar e é o que nós estamos lendo aí. Ciro faz a confissão, que o Senhor despertou o seu espírito. Por que é que nós sabemos que ele faz essa confissão? Porque está escrito aí e logo em seguida você vê o que ele diz: Deus, o Deus do céu, Ele me encarregou. Impressionante, porque esse era um imperador pagão. Foi o primeiro imperador persa logo que o império babilônico foi conquistado, Ciro o grande, Ciro o persa e então ele diz: Deus me encarregou. Você sabe que cem anos antes dele nascer, Isaías o cita pelo nome em Isaías cap. 44, que Jeová iria suscitar o seu pastor, Ciro, cem anos antes dele nascer. Ele é chamado pelo nome em Isaías 44:28. E então, o Senhor Deus diz: ele será o meu libertador. Ele trará o meu povo e cem anos depois é o que acontece. De alguma maneira Ciro é comunicado dessa palavra de Isaías, talvez por Daniel. E então ele tem uma compreensão de que ele seria um vaso e ele responde a esse propósito do Senhor. O Senhor usa quem quer. Então quando Ciro responde a isso, o Senhor despertou o espírito de Ciro, e o verso 5 agora 5 ¶ Então, se levantaram os cabeças de famílias de Judá e de Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do SENHOR, a qual está em Jerusalém. Onde que a restauração começa? Onde o propósito começou. Irmãos, o coração do Senhor arde para que Ele tenha testemunho na terra. Você já percebeu que o livro de Daniel não chama o Senhor de Deus do céu e da terra? Você já percebeu que o livro de Daniel o chama o Senhor de apenas de Deus do céu? Sabe por que? Porque o povo estava cativo na Babilônia e o lugar de testemunho do Deus do céu na terra era Jerusalém. Era o templo, era onde estava a Shekina, a glória de Deus e agora estava queimada à fogo, destruída. Compreende? Como se Deus não tivesse mais lugar para colocar os pés mais na terra. Ele não tem mais seu santuário, Ele não tem mais a sua habitação, como se Ele se recolhesse ao céu, o Deus do céu. Mas irmãos a Sua intenção é ter um testemunho na terra, Dele mesmo. Quando Ele ordenou o seu santuário lá em 25:8, Ele disse assim. Farão para mim um santuário para que Eu possa habitar no meio deles. Eu quero ser o Deus deles. Eu quero que ele seja o meu povo, porque o desejo central do coração do nosso Deus é união, é ser nosso Deus, e nós sermos o seu povo. Ele nunca irá abandonar esse desejo. Então quanto o povo de Deus extravia, qual o desejo do coração de Deus? Trazê-lo de volta, porque o seu povo foi redimido para Ele mesmo. Irmão, por isso o livro de Esdras, Neemias, as epístolas, escritas às igrejas de certa forma extraviadas. A de Corinto estava extraviada, a de Colossenses estava extraviada. Os Gálatas estavam extraviados. Por isso Paulo é tão forte com eles. Então, quando olhamos para esses livros, seja o Novo ou no Velho Testamento, o que é que nós vemos? Nós ficamos admirando Esdras, admirando Paulo? Nós vemos o coração de Deus pulsando em Esdras, Neemias, Zorobabel, Paulo, Pedro, Lucas, João - não é? - desejo de restaurar o seu testemunho, aqueles que Ele chamou para ser o seu Deus e que eles fossem o seu povo. Então não percamos a beleza desse primeiro passo da restauração. Sabe por que é que nós estamos aqui? Se estamos realmente em função Dele e focados Nele, é porque Ele tem despertado o nosso espírito. Graças a Deus irmãos. Entenda que você não está respondendo a convite humano. Você tem sido despertado por Ele. Esse é o primeiro passo. Você precisa saber o que é que Ele quer agora. E para isso nós precisamos de um retorno consistente à palavra. Conhecer os princípios da restauração, o que essencial e o que é periférico, o que é que significa realmente o Cristo ser o cabeça da sua igreja e governar sobre nós, o que é que seria a posição Dele como Sumo Sacerdote, os princípios de fundação da casa do Senhor, e são vários, são muitos fundamentos. Precisamos conhecê-los. E não é conhecê-los na cabeça, academicamente, se não vamos para o seminário. Nós precisamos conhecê-lo como vida, revelação e nos colocarmos debaixo desse Senhor para que Ele seja praticado no nosso meio. Do contrário nós vamos nos satisfazer com um conhecimento intelectual e isso pode nos tornar duas vezes piores, de muitas maneiras. E melhor não conhecermos a verdade do que a conhecermos e não a obedecermos. Tiago já nos diz isso lá no seu livro. (Tiago 1:23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha-se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; 24 pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência.) Tornai-vos praticantes e não somente ouvintes. Então, graças ao Senhor esse primeiro passo vem Dele. É Nele essa origem. Qual o próximo passo? Vamos lá para Esdras 3. Vire uma página da sua Bíblia e você vai ver o primeiro e essencial ponto e agora aqui eu quero tirar algumas lições do Novo Testamento para nós sobre essa questão do altar. Cap. 3:3 de Esdras é muito significativo. Diz a palavra, e vou resumir para os irmãos compreenderem a história, quando quase cinqüenta mil pessoas, que é o número relatado na lista de Esdras 2, quando ela termina, quase cinqüenta mil pessoas responderam com esse espírito despertado, como nós lemos no início, Deus despertou, e quase cinqüenta mil responderam a esse chamado do Senhor. Por que? Irmão, de novo, nos fala muito este contexto aqui, para nós, igreja do Senhor hoje. O que é que aquele povo foi fazer no deserto, uma terra assolada, não tinha nada lá, não tinha templo, não tinha porta, não tinha altar, nada. Uma cidade queimada a fogo, inimigos ao redor e logo no cap. 4 de Esdras você já vai ver os inimigos inquietando o povo no edificar, inimigos estavam lá; feras, é uma região deserta exposta a feras. O que é que esse povo foi fazer lá? E não é só isso. Temos que considerar mais um item aqui, importante – eles deixaram um lugar de prosperidade. Eles diziam: “aqui em Babilônia está tão horrível. Vamos para Jerusalém porque teremos alguma chance”. Pelo contrário, em Babilônia estava muito bom, naturalmente falando. O que é que eles tinham em Babilônia. Em primeiro lugar eles criaram a idéia de Sinagogas. Sinagoga nunca foi uma intenção do Senhor. Não veio de Jeová, não veio do cabeça, não veio do Senhor. Sinagoga foi uma criação da mente religiosa do homem no cativeiro. Eles selecionavam dez cabeças de família e dez cabeças de família podiam se reunir para ter culto, adoração. Eles tinham a Torá, eles podiam ler a Lei, tinham os Salmos, então podiam cantar. Olhe quanta coisa boa!! Uma reunião perfeita. Tem a Lei, a Torá, vamos ler a palavra do Senhor, tem os Salmos e por isso vamos cantar. Eles podiam fazer as suas orações, podiam aplacar toda consciência religiosa que eles tinham. Só não tinham o que era mais importante. O que é que eles não tinham? O Altar, os sacrifícios, porque eles sabiam muito bem que altar, habitação do Senhor, o templo, o santuário, não poderia ser edificado em outro lugar, a não ser em Jerusalém. Conclusão: aqueles que voltaram, voltaram exclusivamente despertados pelo nome de Deus, vontade de Deus, e glória de Deus. Percebem a importância disso? Por isso esses livros são tão maravilhosos. Não tinham outro motivo, senão o nome de Deus, a vontade de Deus, a glória de Deus. Então agora nós começamos a nos checar, quais motivos nós temos. Será que são os mesmos? Será que nós temos sido aqueles que se ofereceram ao Senhor em primeiro lugar porque foram despertados por Ele e então rendem glória a Ele, porque podíamos estar em “n” lugares, mas temos estado junto ao povo de Deus, respondendo àquela luz que Ele nos tem dado e então em primeiro lugar, glórias a Ele porque Ele tem despertado. Em segundo lugar, qual o motivo que segue esse despertamento? Nós fomos despertados para quê? Para o nome, glória e vontade de Deus, ou para edificar alguma coisa particular? Ou para termos o nosso movimento, ou para termos a nossa igreja, para termos a nossa obra, seja lá o que for? E nós precisamos de cuidado em relação a isso e muito e muito, porque quando nós olhamos para a história da cristandade hoje, o que nós vemos é isso: impérios particulares, obras particulares, pessoas centralizadas, homens que governam e alguns para disfarçar que o governo é de um homem só, colocam mais dois ou três do lado dele. Não é? Essa é a infeliz verdade. Verdade vista em muitos lugares. Irmãos nós precisamos nos arrepender diante do Senhor. Todos nós, porque esse caminho é único para todos nós. É o único para mim, é o único para os irmãos, é o único para todos, porque na igreja só há um único cabeça e nós precisamos aprender a ouvi- lo, responder ás ordens Dele e o que Ele deseja para a sua igreja, e recuperar a sua palavra. Nossas melhores intenções não tem lugar na sua igreja. Não bastam, não servem e eu penso que isso coloca um “não” muito grande na nossa face e por isso que nós temos dificuldade de lidar com isso, porque o não é muito grande. Sem mim, nada e esse nada pesa muito em nós. Não é? A declaração que o Senhor dá para nós, na nossa cara é: você é inútil. Sem mim, nada podeis fazer.( João 15:5) Mas, por outro lado a declaração que Ele dá para nós é: eu pela graça, te fiz um cooperador, e quero trabalhar tanto em você, em primeiro lugar, porque caráter vem primeiro, como também eu quero trabalhar através de você. Graças a Deus, nós temos esse lugar de pedras no santuário. Nós, que éramos cacos de telha, perdidos na poeira do mundo, nós fomos feitos pedras vivas do santuário do Deus altíssimo. Esse é um privilégio maravilhoso. Pedro exulta tanto com isso quando ele escreve aquela epístola e diz assim: 1 Pedro 2:5 também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. Um sacerdócio santo, ministrando a Ele. Que maravilha. Primeiro Ele nos despertou. Em segundo lugar, a centralidade do Altar e agora então vamos entrar em mais detalhes sobre isso. Eu queria abordá-lo de três maneiras e em primeiríssimo lugar o Altar sempre - porque o Espírito Santo não se confunde na tipologia bíblica. Ele nunca usa tipos de duas maneiras. Sempre, sempre e sempre, o Altar no Velho Testamento tipifica a cruz no Novo Testamento. É muito óbvio, porque o Altar era o lugar onde os sacrifícios eram oferecidos. Todos aqueles sacrifícios eram figuras do precioso Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Em primeiro lugar o Altar fala da centralidade da pessoa gloriosa, da obra gloriosa do Senhor Jesus. Percebe qual é o primeiro item a ser recuperado no testemunho da glória do Senhor na sua casa? É a centralidade da pessoa e obra de Cristo. Se Cristo não é central, se Cristo não tem a primazia, se Ele não tem a preeminência, se Ele é reconhecido mais do que só pela confissão da boca, se Ele não é reconhecido na prática da Assembléia como aquele que é o único cabeça e que tem então direitos de governá- la e que a nossa responsabilidade não é fazer nada mas é ouvi-lo, clara a direção dele, para que então algo seja feito, então nós estamos negando a centralidade do Altar. Mantemos apenas a confissão, mas não mantemos a realidade. Percebe a diferença? A centralidade da pessoa gloriosa e da obra gloriosa de Cristo. Agora, observe que ainda no cap. 3 parte final, você vai ver que vai se falar dos fundamentos do templo. Os fundamentos são lançados logo a seguir depois do Altar. Muito interessante. Nem um fundamento real, genuíno sólido, não é atividade humana convulsiva, como eu disse não, é fundamento bíblico, espiritual, de Deus para a sua casa, pode ser lançado antes que o Altar esteja no seu lugar. Percebe aí a conexão. Nunca haverá uma fundamentação adequada, genuína, a não ser que primeiro o Altar seja firmado sobre as suas bases. Esdras 3:3. Firmaram o altar sobre as suas bases, e ainda que estivessem sobre o terror dos outros povos - está vendo os inimigos aí? – ainda que eles estivessem sob o terror de outros povos, eles ofereceram sacrifício ao Senhor. Que interessante, não é irmãos? Maravilhoso. Esse povo aprendeu que se eles tivessem uma relação acertada, correta com Deus no Altar eles não precisariam temer as suas costas, os seus inimigos, como já disse outras vezes para os irmãos. Essa é uma atitude anti estratégica. Nenhum comandante, nenhum estrategista tomaria uma atitude dessa, uma tolice. Se você vai para um deserto exposto a feras e a inimigos, a primeira coisa que você vai fazer é se proteger, se não vai morrer todo mundo. Não é? Então qual o primeiro item a ser edificado? O muro. Vamos lá edificar os nossos muros e depois voltamos a atenção aqui para dentro daí vamos edificar o Altar, vamos edificar a casa. Eu se estivesse lá, faria isso, mas não o Espírito Santo na sua maneira. Primeiro o Altar. O último são os muros. Os muros só vem com Neemias. Primeiro o Altar, depois os fundamentos, depois a casa, depois o sacerdócio e depois os muros. Essa é a ordem. Altar, fundamentos, casa sacerdócio, muros. Essa foi a ordem e essa é a ordem que o Espírito segue espiritualmente falando na recuperação hoje, da sua igreja, porque foi Ele quem estabeleceu essa ordem. Essa ordem não é apenas literal. Ela é tipológica. Então irmãos, do que é que o Altar nos fala? Em primeiro lugar da centralidade da Pessoa e Obra de Cristo. Irmão, o primeiro passo que nós precisamos dar consistentemente à palavra para a recuperação do Testemunho do Senhor é irmos à escritura e examinarmos as verdades a quem o Senhor Jesus é. Irmão, me entenda com cuidado. Eu não estou sendo crítico, mas entenda então com cuidado. Seja gentil comigo. Eu tenho muita reserva, quando nós começamos a nos ocupar demais com eventos futuros, com o tamanho, quanto mede o gafanhoto do Apocalipse. E nós deixamos de ver com clareza aquilo que é central que o Senhor quer recuperar entre nós. Não é que Apocalipse não seja a palavra do Senhor. Apocalipse é a palavra do Senhor acima de tudo. Não é um livro de profecia em primeiro lugar. O livro de Apocalipse abre dizendo que ali está a palavra e o testemunho do Senhor. Há muito do Senhor Jesus no Apocalipse. Mas o nosso problema é que nos vemos pouco do Senhor Jesus no Apocalipse e vemos muito da besta, do gafanhoto, da ira, da trombeta e etc e etc. E começamos a inquirir, a indagar, a investigar, e vamos nos artigos, nos documentos, e perdemos um tempo enorme de especulação na grande maioria das vezes ao invés de vermos Cristo no Apocalipse. Cristo e a sua noiva a sua igreja. Então irmãos, nós precisamos ser cuidadosos com relação a isso. Isso não significa que você vai jogar Apocalipse fora, mas significa que você pode pedir ao Espírito Santo que abra os seus olhos para que você veja Cristo, porque irmão pouca importa se a igreja vai ser arrebatada antes, no meio ou depois da grande tribulação. O que importa é que nós estaremos com Ele. Junto com Ele. Se Ele estivesse no inferno era lá que nós deveríamos querer estar, porque o inferno deixaria de ser inferno e se Ele não estiver no céu, é o último lugar onde nós deveríamos desejar ir, porque não ia ter nada nesse céu, se Ele não estivesse lá. Então irmãos a centralidade de Cristo nas escrituras, a centralidade de Cristo na palavra, é o que nós mais precisamos para a recuperação do Testemunho do Senhor. Irmãos nós temos procurado a ajudar irmãos em outros lugares, a gastarem tempo meditando sobre Cristo, Cristo mesmo. Procure Cristo nos Evangelhos, veja a centralidade de Cristo nas epístolas, veja Cristo no Novo Testamento, no Velho Testamento, porque a centralidade da pessoa e obra de Cristo é o elemento mais fundamental para recuperação do Testemunho do Senhor. Não haverá glória sem isso. A igreja não precisa de academicismo, intelectualismo, especulação, de filosofia, nem de nada. Nós precisamos da revelação fresca e viva de Cristo, representada pelo Altar. Cristo pessoa, Cristo obra. Nunca separe essas duas coisas. Ele não é Cordeiro intacto de Deus. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Vemos a beleza de Cristo e a beleza da cruz. Paulo quando entrou naquela assembléia de Corinto tão confusa, logo no cap. 2 de 1ª Coríntios 2, ele diz assim: 1 Coríntios 2:2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado. Porque a pessoa e a obra são inseparáveis. Cristo sem a cruz, não é o Cristo de Deus. Cruz sem Cristo é vazia, não é nada. Então Cristo e a sua cruz, sua pessoa e a sua obra. Então examine as Escrituras com esse foco, peça ao Espírito Santo que te ajude. Quem sabe deixe alguns livros de lado e volte para a Bíblia mesmo. Peça que o Senhor abra os seus olhos para que você veja Cristo nas Escrituras. Irmãos, se nós não formos um povo apaixonado por Cristo mesmo, nunca haverá recuperação do Testemunho do Senhor. Nós podemos traçar algumas estratégias, podemos estabelecer caminhos, mas não será recuperada a glória, o vigor do Testemunho do Senhor. Então o Altar em primeiro lugar, fala que Cristo é central, que tudo que está no coração de Deus tem a ver com o seu Filho, que a sua igreja só pode se focar, quando se foca Nele, e não em si mesmo. Irmão, quanta pregação hoje é pregação da igreja? E algumas são muito evidentes aos nossos olhos. Outras são mais sutis. O que nós propagamos de alguma forma em muitos círculos o que vivemos, é o nosso nome, é o nosso nome, é a nossa maneira, é o nosso reunir. Nós não entendemos que quando a nossa mensagem de alguma maneira é Cristo, a maneira da igreja, a prática da igreja, outras questões assim, nós estamos colocando a lua na frente do sol. Cristo é o sol. A igreja não é nada sem o sol. A lua é um espelho apenas. Ela reflete a glória do sol. Você olha para ela e você admira o sol nela. Essa é a igreja. Mas quando nós pregamos a igreja, seja em que aspecto for, sua prática, a sua maneira, sua obra, nós colocamos a lua na frente do sol. E o resultado para nós, é um eclipse, trevas. Nós ficamos zonzos, sem referência, porque a igreja passou a ser o assunto central. Igreja não é o assunto central. A centralidade da pessoa e obra de Cristo. Então irmão, você quer um exercício espiritual fundamental para a sua vida? Tanto pessoal quanto para a sua cooperação na edificação do Testemunho do Senhor? Vá à palavra procurando Cristo. Medite sobre Cristo. Peça ao Espírito Santo para abrir os seus olhos para você ver Cristo como você nunca viu. Ou você acha que já viu tudo? Você acha que Ele não é expresso nesse livro de uma maneira assustadora? Ele é. Ele é expresso aqui de uma maneira assustadora, assombrosa. Vá comigo por favor, em Colossenses cap 1. Olhe só essa oração de Paulo irmão. Queria que você notasse um termo que é usado aqui. Eu acho tão incomum registrar orações, não é? Você alguma vez já fez isso? Já escreveu uma carta para alguém e colocou uma oração no meio da carta? Paulo fez isso algumas vezes. Ele escreveu a oração dele no meio da carta aos Colossenses, escreveu duas orações para os Efésios. Acho que ele queria nos ajudar em algo. Ele queria nos ajudar a ver como se ora, o que é que deve ser central nas orações, quais são as prioridades da oração. Oh Senhor, tem piedade do meu vizinho que ontem caiu e quebrou a perna e fez isso; Senhor abra aquela porta, fecha essa outra. Amém, nós podemos orar sobre todas as assuntos. O nosso Senhor não se entristece conosco não. Mas todos esses assuntos são secundários. Há uma oração que em primeiro lugar toca o céu, porque toca os propósitos do Senhor. Então essas orações nós vemos duas vezes em Efésios 2, e uma em Colossenses. Em Colossenses Paulo ora assim em 1:9. 9 ¶ Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, (ele está se referindo a Epafras que é citado logo ali em cima no versículo 7, porque Paulo não conheceu os Colossenses, essa igreja não foi fundada por ele, e sim por Epafras, que é o cooperador dele e dele diz) não cessamos de orar por vós (veja agora como que ele ora) e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, (Que maravilha, não é? Ele não está falando assim:façam. Ele diz assim: ouçam, ouçam, ouçam. Transbordem de pleno entendimento da sua vontade, ou seja, Cristo é o único cabeça da igreja. Só Ele pode edificar a igreja, só Ele tem a maneira, a palavra, o assunto. Então, transbordeis de pleno conhecimento da Sua vontade. Aí ele diz mais: em toda sabedoria e entendimento intelectual. Não. Em todo entendimento espiritual. É isso que está escrito aí? ) em toda a sabedoria e entendimento espiritual; Percebe? Percebe que é uma questão de revelação? Há necessidade de que o Espírito Santo intervenha e abra os nossos olhos e tire escamas, porque irmãos, nós podemos realmente não ser servos. Talvez não sejamos servos, mas talvez sejamos meio servos. Lembra daquela cura interessante naquele segundo cego lá de Marcos? Ele cura dois cegos. O Senhor cura dois cegos em Marcos. Um deles Ele cura em duas etapas. Você imagina que não viu nada e recebe o primeiro toque do Senhor e consegue ver luz, vultos, até mesmo homens como árvores andando. Já está bom demais, não está? Para quem nunca viu nada. Então o Senhor perguntou a ele: o que é que você vê? Ele responde: vejo os homens, como árvores, os vejo andando. Para ele talvez estivesse maravilhoso. Quem sabe desse um jeito de apertar o olho, melhorar um pouco e ver mais claramente. Mas o Senhor não estava mais satisfeito, porque Ele não se satisfazia com nada que não seja plenitude. Por isso Paulo usou essa palavra epignosis, transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade. Mas é um conhecimento espiritual. Então ele diz: sabedoria e entendimento espiritual. Então o Senhor toca aquele servo de novo, e aí na segunda vez o cego diz assim: agora vejo claramente. Irmãos, é isso que o Senhor deseja para nós. Se nós já somos um povo que já viu algo, amém. Mas saiba que o Espírito Santo quer nos dar um segundo toque, para que nós possamos dizer: agora vejo, Senhor. E agora eu quero entrar nessa brecha, ouvir a Ti, junto com meus irmãos, em submissão aos meus irmãos, quero ouvir a Ti, e quero responder docilmente, passo a passo, calmamente, a cada entendimento que o Senhor der a nós, que temos então visto ao Senhor de uma maneira mais clara. Irmão, para a sua alegria, Ele não vai fazer só com você. A nossa alegria é que quando nós nos engajamos nessa carreira cristã, e corremos essa carreira olhando firmemente para Jesus, é que nós temos aquele olho bem fixo no alvo, mas você sabe que o corredor dá uma olhadinha para o lado - não é? – para saber onde é que estão os outros. Então quando você olha para o lado, você encontra companheiros de carreira que estão com o mesmo foco, um foco absorvente. Eles estão com aquelas roupas levinhas, deixaram a bagagem de lado, estão se desembaraçando de peso, desembaraçando de pecado que tenazmente assedia. Estão correndo levinhos, rápidos. Quando você olha para o lado você vê um aqui e outro lá. Você tem companheiros de carreira. Sabe o que é que você deve fazer quando os encontra? Imediatamente você tem que se submeter a eles. Se você não se submeter a eles, você perde a carreira. A carreira cristã só pode ser ganha em submissão. Efésios 5 antes de entrar em princípios específicos sobre marido mulher, pais e filhos, senhores e servos, coloca um princípios fundamental em Efésios 5:21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. Isso é fundamental na carreira cristã. Mas irmãos, de modo geral nós temos perdido isso, pois nós achamos que de alguma maneira a submissão pode restringir a liberdade do espírito na vida do irmão. Saiba que não, porque quem estabeleceu a submissão foi o Espírito Santo e Ele está colocando para nosso caminho de cuidado, caminho de proteção. Tratando- se de profetas, falem dois ou três e os outros julguem. Esse é o princípio da submissão. Por exemplo, na reunião do povo de Deus, porque a submissão é o único caminho para avançar seguro na carreira cristã e cumprir o propósito de Deus. Então o Altar, em primeiro lugar, fala da centralidade da pessoa e da obra de Cristo. Todas as verdades referentes à glória da casa de Deus, que vai ser vista em Esdras, vem depois. Vamos colocar essa verdade de outro modo. Primeiro tem que haver uma verdadeira apreciação da pessoa e obra de Cristo, antes de haver uma introdução genuína nas verdades a respeito da casa de Deus, você não pode ver a casa primeiro e o Altar depois. Você tem que ver o Altar primeiro, para que os seus olhos sejam abertos para ver a casa depois. Percebeu irmão? Muito importante. Esta é a ordem do Espírito Santo. Segundo ponto a respeito do Altar, que entendo esse aspecto tipológico do Altar. Primeiro lugar, centralidade da pessoa e da obra de Cristo. Em segundo lugar, o Altar não é apenas aquele lugar onde os animais eram oferecidos tipificando Cristo, mas o Altar é naqueles lugares onde todas as ofertas voluntárias eram oferecidas para o agrado e para a satisfação de Deus, tipificando o próprio ofertante. Por isso ele colocava a cabeça sobre o animal antes de oferecê-lo, como que uma identificação, com aquele animal que seria oferecido e é por isso que Paulo, em Romanos 12 fala assim: eu vos rogo – um clamor, ele implora – pelas misericórdias de Deus. Sabe o que é que significa isso? Significa Romanos 1 até 8, tudo lá o que ele fez, quando nós éramos aqueles iníquos, injustos, perversos como Romanos 1, 2 e 3 descreve. Ele nos justificou, santificou, até mesmo glorificou e então Paulo diz assim: eu vos rogo, pelas misericórdias que Deus demonstrou a vocês, apresenteis os vossos corpos - lembra? - como um sacrifício. Olhem aí o Altar de novo. Agora não está falando da cruz de Cristo. Agora está falando da nossa posição no Altar: como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto - melhor palavra ali é serviço - é o serviço que vocês devem fazer. Você não acha interessante a palavra original ali ser serviço? Acho que culto é uma palavra fraca, conforme foi traduzindo por João Ferreira. A palavra no original é serviço espiritual e não culto racional. Está dizendo: sabe qual é o primeiro serviço que você dever fazer a Deus? Não é sair fazendo, fazendo e fazendo. É se oferecer para ser queimado inteiro. Esse é o teu serviço. Apresente o seu corpo como sacrifício vivo, santo e agradável. Isso vai subir às narinas Dele como cheiro suave, porque você está se oferecendo. Você não está dizendo: Senhor eu quero ser um trabalhador Teu. Não. Você está dizendo: Senhor, eu reconheço que o Senhor me comprou para que em primeiríssimo lugar, o Senhor tenha, em mim, um lugar de descanso, o Senhor tenha no meu coração um lugar de prazer. Você compreende vida cristã assim? Para isso o Senhor nos chamou. Sabe onde isso fica mais lindamente claro na minha maneira de ver? Em João 12, a unção de Maria de Betânia, quando Maria quebra aquele vaso de alabastro e derrama aquele perfume de nardo puro, preciosismo na cabeça do Senhor e aquele ativista trabalhador, chamado Judas, olha para aquilo e se escandaliza. Ele era um dos doze. Ele diz: que desperdício. Então o Senhor fala com relação à ação daquela mulher. Ela fez isso para mim, ela fez isso porque ela vê quem Eu sou. E diz a palavra em João 12 que quando ela faz isso irmão, observe os detalhes, e por que é que você precisa ver Cristo com cuidado na palavra. Quando você lê João 12, você vai ver que está escrito assim: e encheu-se toda a casa do perfume do bálsamo. Percebeu? Você deseja que a casa do Senhor seja cheio com o perfume do seu bálsamo? Então quebre a sua vida a Ele. Não é a serviço Dele. É a Ele. Nosso irmãos Watchman Nee, depois de 20 anos naquela prisão comunista, quando no final da sua vida, ele vai falar um pouco do seu testemunho, ele diz assim: Senhor, eu faria, passaria tudo isso de novo, não por causa da Tua igreja, nem por causa dos teus filhos, nem por causa da Tua obra, mas por Ti mesmo, por Ti mesmo. Irmãos, o objetivo do Evangelho é nos levar, como Maria de Betânia, a nos derramarmos aos pés do Senhor. Nós perdemos a genuinidade da caminhada, porque nós começamos a olhar para outras coisas, quem sabe até mesmo para a igreja, quem sabe para obras, quem sabe para coisas, quem sabe para o mundo? E nós perdemos o foco da vida cristã. João 12. O nardo puro, derramado aos pés do Senhor. Nós somos para Ele. Então irmãos, Altar fala do lugar onde nós nos oferecemos. Ofereçais os vossos corpos. Isso para Deus é um sacrifício vivo, santo e prazeroso e agradável e é o vosso serviço espiritual. E o verso 2 mostra qual seria o resultado. A única maneira de não nos conformarmos com este século, nem com os seus ditames é se nós vivermos uma vida de Altar na nossa relação com o Senhor, porque logo o verso 2 de Romanos 12 diz: e não vos conformeis com este século. Preste atenção porque esse “e não vos conformeis”, vem depois do “oferecei vossos corpos”. Percebe? É essa consagração que faz toda essa diferença. Então esse é o segundo significado do altar. Irmãos. Cristo tem primazia nas nossas vidas? Ele é primaz nas nossas vidas? Aquela repreensão que aquela igreja de Éfeso ouviu, igreja número um no meio das sete, e o um sempre vai estabelecer o princípio mais importante e por isso é o número um e então quando o Senhor fala a Éfeso Ele está falando ao número um na intenção Dele para com a igreja. O que é que Ele quer recuperar na sua igreja como número um? Amor. Amor a Ele mesmo. Tenho porém contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. E a palavra lá significa primazia de amor. De alguma maneira eles colocaram coisa, de algum modo, como primaz em lugar do Senhor, embora mantivessem a sua boa doutrina, sua ortodoxia, provaram falsos apóstolos, acharam mentirosos, tinham labor, tinham perseverança - se você ler a carta você vai ver - tinham tudo menos o mais o importante. Abandonaram o seu Altar pessoal, abandonaram a primazia do amor. Quando isso acontece a ruína é certa. Então esse é o segundo aspecto do Altar. O terceiro, vou concluir então com esse. Irmão, o Altar também fala, se ele aponta para a cruz, ele também fala do trabalho subjetivo da cruz em nós. Nós sabemos que a cruz do Senhor Jesus foi um fato. Na cruz Ele cumpriu a nossa redenção. Na cruz Ele lidou com os nossos pecados, na cruz Ele nos salvou, na cruz Ele cumpriu o propósito de Deus acima de tudo, se oferecendo ao Pai. Agora Ele nos diz: se alguém quer vir após mim, como meu discípulo, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Então o que é que significa isso? Significa o trabalho da cruz. Eu não quero entrar em detalhe sobre ele especificamente, eu quero citar quatro textos para os irmãos no Evangelho para nos ajudar a entender essa operação prática e não o conceituar. É muito difícil nos conceituarmos as coisas espirituais muitas vezes. Mas o trabalho da cruz é aquele oferecimento voluntário - tem um “c” bem grande antes dessa Cruz - sofrer não é ser trabalhado pela cruz. Há muitas pessoas que quanto mais sofrem piores ficam, mais amargas, mais murmurantes, mais absorvidas consigo mesmas, mais cheia de autocomiseração, quanto mais sofrem piores ficam. Sofrimento, não transforma ninguém. Ou seja, quando o Senhor nos chamou a tomar a cruz, Ele não disse que nós simplesmente deveríamos aceitar resignadamente os sofrimentos. O trabalho da cruz é mais do que isso. Inclui sofrimento. Não é igual a sofrimento. Percebe? Exemplo Jó. Quando o Senhor foi trabalhar Jó, tirá-lo de uma esfera de conhecimento de Deus que ele tinha, e o próprio Deus dá testemunho dele, da retidão dele - ele tinha algo do conhecimento de Deus - o Senhor queria transportá-lo para uma esfera bem mais elevada de conhecimento de Deus, como ele diz no final - eu o conhecia só de ouvir falar, mas agora meus olhos te vêem - imediatamente depois ele diz: e eu, meus olhos vêem a Ti, e quanto a mim, eu me arrependo. E eu me abomino. Sabe qual o resultado de vermos quem Jesus é? Esse. Nós vamos nos arrepender, e nós vamos nos abominar. Sabe o que é que significa a palavra abomino no hebraico? Ela é uma palavra ligada a idolatria, sempre. Quando Jó falou eu me abomino, sabe o que é que ele disse? Eu me reconheço um adorador de mim mesmo. Eu me reconheço um idólatra. Eu amava a minha glória, amava o fato de que viúva nenhuma passava fome na minha porta. Eu amava o fato, que quando eu saía na praça, os jovens se retiravam e os príncipes, os maiorais do povo, punham a mão na boca, pois agora quem ia falar era o grande Jó. Um monte de sabedoria. Ele se orgulhava disso. Se orgulhava da sua glória. Até que ele passou pelo trabalho da cruz, lá no Velho Testamento, mesmo princípio. Então ele foi sendo quebrado, quebrado, entra no redemoinho de Deus, duas rodadas, entra em pé e sai de ponta cabeça, tem dois redemoinhos nos cap. 38 e 40, e quando ele termina aqueles redemoinhos, ele fala: agora eu Ti conheço de ver. Antes era só de ouvir falar. Então eu olho para mim, me arrependo e me abomino, porque eu era um amante de mim mesmo. Um adorador de mim mesmo. Irmãos, isso é sempre o resultado do trabalho da cruz. Maravilhoso. Nós precisamos disso, do contrário o Senhor não pode se alegrar em nós e nem nos usar no que concerne ao seu propósito, porque nós seremos edificadores de algo que nós entendemos ser do Senhor. Mas não necessariamente que seja algo do Senhor. Então o último aspecto do Altar fala do trabalho da cruz. O trabalho da cruz é que é a palavra de Deus, mais o sofrimento. Agora sim. Jó não apenas sofreu. Jó sofreu, sofreu, mas no cap. 38, Deus intervém. Na verdade um pouco antes. Eliú intervém. Ele foi o último a falar porque ele era o mais novo. Os mais velhos que deveriam ser os mais sábios, eram os mais tolos. Bildade, Zofar. Eles falaram primeiro. Eliú foi o último e ele representa o falar do Espírito Santo. E depois Deus entra no meio, intervém e fala do redemoinho. Então, quando Jó ouviu a palavra de Deus, o seu sofrimento teve sentido e significado. O que é trabalho da cruz? O trabalho da cruz é sofrimento, mais a palavra. Quando o Senhor fala conosco em meio ao sofrimento, então nós podemos tomar a cruz, nós deixamos de dar coice contra a cruz. Isso significa pessoas, circunstâncias, os arranjos da providência de Deus na nossa vida. Uma vez nosso irmão Watchman Nee, de novo, citando uma irmã do século passado, antes da reforma, chamada Madame Guyon (1648-1717) se referindo a ela, diz assim: “nós precisamos hoje, aprender a ajoelhar e a beijar a mão que trata conosco”, assim como fazia Madame Guyon. Um dos escritos dessa irmã, se chama “Experimentando as profundezas de Jesus Cristo”. Sabe por que ela experimentou as profundezas de Jesus Cristo? Porque ela conhecia o caminho da cruz. Ela orou ao Senhor pedindo que tratasse com a sua vaidade. Ela era uma dama muito bonita. Sabe o que é que aconteceu daí alguns meses? Ela foi acometida de varíola. Cuidado quando você orar. Deus leva a sério, mas Ele tem o caminho certo para tratar adequadamente com cada um de nós. Talvez a beleza externa, a vaidade dessa irmã, fosse um deus, com “d” maiúsculo. Então o Espírito Santo com a sua mão de amor sabia que no caso dela, para lidar com ela esse seria o caminho e foi assim que Ele agiu. Nosso Senhor não fez diferente com o jovem rico. Fez? Quando Ele olhou para aquele jovem rico disse: ‘Vai e vende tudo o que tens. Dá aos pobre, depois vem e me segue’. Duro não é? Mas irmãos, o trato do Senhor depende do tamanho do Deus do nosso coração. Ele tem uma mão que rege esses traços conosco e são sempre dóceis. E sabe qual o resultado final? Leia o livro de Jó. Porção dobrada, porque a causa dos nossos cansaços somos nós mesmos. A causa do nosso descanso é Ele. É conhecê-lo, é viver Nele. Então Ele sabe disso. Nós não sabemos. Então Ele lida conosco para que nós sejamos mudados de cativeiro. Na verdade aquela expressão de Jó, lá no final do capítulo, “mudou o Senhor a sorte de Jó”, é outra tradução infeliz, porque a idéia original é “mudou o Senhor o cativeiro de Jó”. E não a sorte. Ele não era alguém azarado que se tornou sortudo. Mas ele era cativo dele mesmo, e agora ele se tornou cativo do Senhor, do seu amor. Então, mudou o Senhor o cativeiro de Jó. Os irmãos percebem que é isso que Ele quer fazer conosco? Irmãos, nós somos cativos de nós, e por isso vivemos uma vida tão triste, tão frustrada tantas vezes. O Senhor diz que quando nós tomamos o jugo dele, que também fala do trabalho da cruz, nós aprendemos Dele que é manso e humilde de coração. Resultado: nós encontramos descanso para as nossas almas. Esse é o resultado do trabalho da cruz. Então queria citar para os irmãos para concluirmos quatro referências no Evangelhos que nos mostram na minha maneira de ver, com muita clareza, o quê o trabalho da cruz, subjetivamente falando deseja fazer em nós. Em primeiro lugar a cruz fala da centralidade da pessoa e obra de Cristo. Em segundo lugar do nosso altar pessoal, a nossa devoção pessoal, nosso viver para Ele, atitude de Maria de Betânia. Em terceiro lugar a centralidade do Altar fala do trabalho da cruz em nós para que a igreja seja edificada, porque ela não pode ser edificada com o que eu sou, e nem com o que você é. Ela só pode ser edificada com o que Cristo é. Então Cristo tem que ser formado em nós e como que Cristo é formado em nós? Pelo trabalho da cruz. Compreende? Então vamos ver quatro referências. Vamos em Mateus, cap. 10, a primeira referência. Irmãos, há uma chave comum nessas quatro referências que vão então uni-las e a chave é que nos quatro textos você vai encontrar a seguinte expressão: quem ama a sua vida perde. Mas quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á. Essa é a chave, nas quatro vezes, nos quatro textos. Então você reúne essas quatro menções, e então como eu disse para os irmãos, ela fornece um quadro muito precioso a respeito do significado subjetivo do trabalho da cruz. O que é que o Senhor quer fazer conosco através do trabalho da cruz. Em primeiro lugar, vamos ler Mateus 10, a partir do verso 34. Mateus 10:34 Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Forte a palavra do Senhor. 35 Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. Lembra Hebreus 12 que diz: a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer espada de dois gumes. O Senhor disse que Ele veio trazer espada e fazer divisão. E lá diz que a sua palavra é viva e eficaz e mais cortante que uma espada e penetra até o ponto de dividir. Está vendo? Porque a palavra falada é igual à palavra viva, que é o próprio Cristo. A palavra falada ou a palavra escrita é um reflexo Dele mesmo: as minhas palavras são espírito e são vida (João 6:63) e aqui Ele está falando sobre Ele mesmo. Ele é a palavra, com “P” maiúsculo. Então Ele veio causar divisão porque Ele é espada, como está bem claro aí no final do verso 34. 35 Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. 36 Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa. 37 Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim; 38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim. Está vendo aí o aspecto subjetivo? Não está falando da cruz Dele. Ele está falando nós tomarmos a cruz. E agora a chave que vai aparecer nos quatro textos. 39 Quem acha a sua vida perdê-la-á; quem, todavia, perde a vida por minha causa achá-la-á. Ou seja, uma troca de vida. Os irmãos já sabem que a palavra no original são psquê e zoé. Psiquê se refere à nossa vida, vida natural, humana. Zoé, se refere à vida incriada, que não tem começo e não tem fim, vida que só um ser possui nesse universo: Deus. Vida divina, vida eterna, vida que só Ele possui. Como é que nós podemos ser substituídos de uma vida para outra? Pelo trabalho da cruz. No caso específico aqui, do quê que o trabalho da cruz vai nos separar? Vamos colocar da seguinte forma: Afeições naturais. O Senhor não pode obter testemunho de glória na sua casa se na sua casa nós não formos separados de afeições naturais. Vamos tentar explicar isso para que você não fique confuso? A palavra de Deus nos ordena a honrarmos o nosso pai e a nossa mãe. Aqui não está dizendo para você odiar seu pai. E de novo há uma infeliz tradução deste texto em outro Evangelho que usa a palavra odeia. “Odeia seu pai”, mas o que eu estou dizendo não é isso. A palavra no original é amar menos. Ele está requisitando a primazia do amor para Ele, acima de qualquer outra relação humana, como está bem claro aí. Quem ama o seu pai ou sua mãe, m a i s do que a mim, não é digno de mim. O que Ele requisita é primazia de amor, sabe por que? Porque o Senhor é ciumento? Não. É porque Ele sabe algo que nós precisamos saber. Quando a relação com Ele é colocada em um lugar central da nossa vida, e o trabalho da cruz lida com as nossas afeições naturais, e a afeição pelo Senhor é colocada em um lugar central na cidadela do nosso coração, as outras relações assumem o seu devido lugar. Graças a Deus irmão. Você não precisa ficar desesperado atrás de psicólogo. As relações da sua vida podem assumir um devido lugar se Cristo for o centro das suas afeições. Sabe o que é que a psicologia faz? Ela vai tentando trabalhar a alma para alma, alma para alma. E o cachorro? Ele corre atrás do rabo tentando morder o tempo todo, porque o único trabalho que pode mudar a personalidade humana, é um trabalho que tenha cunho espiritual, porque ali está o cerne da vida humana, e não na mente, na alma, na psique, mas sim no espírito. Então nenhum trabalho do espírito e da palavra, que não alcance o espírito humano não muda nada na vida da pessoa, muda comportamentalmente, mas não muda no sentido que o Espírito de Deus deseja mudar, no sentido de formar Cristo em nós e não formar um cidadão melhor, porque a igreja não é uma entidade filantrópica, mas é a casa de Deus, coluna e baluarte da verdade, para nós sermos conformados como Cristo é o chamado de Deus. Então em primeiro lugar compreenda a cruz nos separando das afeições naturais. Vou citar um exemplo. Acho que seria melhor nós lermos, para ficar bem claro esse assunto. 2ª Coríntios cap. 5. Acho que esse texto nos ajuda muito nessa questão. De 14 a 17. 2 Coríntios 5:14 Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. 15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16 ¶ Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. 17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. Sabe o que viver em função das afeições naturais? É viver para si mesmo. Quando nós acalentamos as afeições naturais, vivemos em função de afeições naturais, permitimos que afeições naturais nos governem, que afeições naturais determine a nossa jornada com o Senhor, que afeições naturais determine a nossa convivência na vida da igreja, aí a vida da igreja se torna um ambiente social, onde você vai porque gosta, porque se dá bem, porque as pessoas lá são legais, porque tem o seu mesmo nível social, seja lá que bobagem outra for, porque essa, não é a casa de Deus. A casa de Deus é algo espiritual, onde afeição natural não entra. Nós somos membros uns dos outros. Em Cristo não há grego nem judeu, nem escravo nem livre. Mas nós somos um em Cristo Jesus. Olhe como Paulo lida com esse assunto aqui. “Assim que” – olhe o verso 16 - Por que assim que? Porque a base do que ele colocou está lá no verso 14 e 15. O amor de Cristo nos constrange. Ele morreu e morreu para que? O que é que diz o verso 15? Para que não vivamos para nós. Aí o verso 16 diz: 16 ¶ Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; conclusão - daqui por diante. Olhe que expressão irmão. A ninguém conhecemos segundo a carne. Muito claro. Se você tem o privilégio, como eu tenho tido a tantos anos de ter um pai e uma mãe cristãos, que privilégio, mas uma coisa é certa, não os conhecemos segundo a carne quando então nós estamos em Cristo. Nós podemos ter comunhão no espírito, podemos nos exortar no espírito e aí não entra pai e mãe. Eu sou filho e posso exortar meu pai, com todo esse respeito da ordem de Deus na criação. Posso fazer isso para ajudá-lo. Ou a minha mãe. Por que? Porque nós somos um em Cristo. A relação que prevalece não é a relação da carne e sangue, mas é a relação em Cristo. Compreende isso irmão? Então a ninguém conhecemos segundo a carne. Agora examine você mesmo, nos seus relacionamentos - irmãos - o quanto que afeições naturais interferem na nossa jornada cristã, eu penso que poucos de nós sabem avaliar adequadamente. Poucos de nós sabem avaliar. Quanto que afeições naturais interferem para impedir que casais avancem no seu relacionamento conjugal é uma enormidade. Os irmãos não imaginam a enormidade, por causa de afeições naturais. Muitas vezes, vínculos não rompidos. O casal não consegue se relacionar adequadamente por vínculos não rompidos, por afeições naturais com outros. Não se relacionam adequadamente um com o outro, muitas vezes por afeição natural. Então afeição natural é um dos assuntos que o Senhor através do trabalho da cruz deseja ordenar nas nossas vidas. Quando Ele assume o centro das nossas afeições, todas as outras afeições entram no seu devido lugar. Nós não teremos preferência, por exemplo, no corpo de Cristo. Nós não nos comportaremos como os Corintos (1 Coríntios 1:12): eu sou de Paulo, eu prefiro o Apolo, eu prefiro Cefas, e aqueles outros diziam assim: eu prefiro Cristo. Isso é tão espiritual, não é? Mas sabe por que é que Paulo colocou também como uma crítica para esse grupo, porque se não fosse não estaria lá? Sabe por que é que ele criticou o grupo do “eu sou de Cristo”? Sabe por que? Pense um pouco. Porque esse grupo não deveria ter dito isso. Se eles entenderam que havia um dano tão grande no corpo de Cristo, alguém ou um grupo dizendo de preferências, aquele grupo não deveria dizer que eles eram de Cristo. Então faça o que vocês quiserem pois nós somos do grupo de Cristo. Se eles entendessem o corpo de Cristo, o que eles deveriam dizer era: não irmãos, não irmãos. Não irmãos. Nós somos de Cristo. E não eu sou de Cristo. Percebeu a diferença? Irmão. Você, está equivocado. Você não é de Paulo. Você não é de Apolo. Nós somos de Cristo e é o que Paulo vai fazer. Claro. Quando ele olha para esse divisão, ele fala assim: Paulo foi crucificado por vós? Vocês foram batizados em nome de Paulo? Lembra quando ele fala para eles? É assim que ele corrige. Ele foca em Cristo. Mas aquele grupinho diz: deixe aqueles sectários para lá, nas suas seitas, paulinas, cefalinas e apolinas. Nós somos cristinos. Você vê o erro disso? Deixaram de ver a unidade do corpo de Cristo e então poder ajudar aqueles irmãos dizendo: nós todos somos de Cristo. Então irmãos, quanto a cruz precisa trabalhar nas nossas afeições naturais, do contrário nós não vamos a lugar nenhum no corpo de Cristo. Vamos ter nossos cuidados, nossos melindres, nossas delicadezas, nossas preferências e etc, tudo aquilo que não confere com o avanço da obra do Senhor. Em segundo lugar, Mateus cap. 16. Não vamos ler nada, para que nós avancemos um pouco mais, o tempo está ficando muito alongado. Vou só citar o texto de Mateus 16, quando o Senhor fala da cruz para Pedro e o que é que ele fala? Senhor, não suceda isso contigo. Você consegue ler aquele versículo melhor do que isso, não consegue? Aquele versículo está escrito, na verdade, assim: Senhor, tem piedade de nós. Não suceda isso conosco. Sabe por que? Porque eles eram doze irmãos. Onde o mestre fosse, eles estariam atrás. Eles tinham deixado barco, pai, rede, tudo e tinham seguido a Ele. E o destino Dele, seriam o destino deles. Então quando Pedro falou: Senhor, tem compaixão de Ti, ele está dizendo: Senhor, tem compaixão de nós. Se o seu mestre ia para cruz, para onde eles iriam? E o Senhor deixou bem claro depois que Ele falou da cruz, não é? Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue e tome a sua cruz e siga- me. Ele nunca escondeu, Ele nunca foi político. Mas Pedro tinha uma mente - e agora nós vamos focar aqui o segundo aspecto do que o trabalho da cruz quer nos separar, quer nos livrar, auto compaixão. Irmãos, nós temos muito mais auto compaixão do que nós imaginamos. Se nós fôssemos honestos, nós queríamos fazer um circulo ao redor de nós de consoladores. Igual Jó teve aqueles amigos quando ele estava sofrendo. Nós temos uma terrível auto compaixão. Sabe qual um outro resultado dela? Quando nós começamos a sofrer, nós questionamos tudo, até Deus. Quando os hebreus começaram a sofrer, leia o livro, você vai ver que o autor de Hebreus, lembra aqueles irmãos de alguma coisa interessante, curiosas. No cap. 6 ele lembra aqueles irmãos, que Deus não era injusto, para ficar esquecido do trabalho deles e do amor que evidenciaram para com os santos, para porque serviram e ainda serviam aos santos. Porque que o autor disse que Deus não era injusto para ficar esquecidos do vosso trabalho. É porque quando começamos a sofrer, a primeira idéia que vem na nossa mente é: ‘Deus não é justo comigo. Por que eu estou passando isso? Deus não me trata de maneira justa’. É o caso dos hebreus que estavam sofrendo muito. Sabe o que mais quando questionamos quando sofremos? Amor de Deus. Isso no cap. 12. Quando entra o autor de Hebreus no cap. 12 ele vai dizer: vocês sabem por que é que estão sofrendo? Porque Deus disciplina e açoita a todos os que recebe por filho. É prova de que vocês não são bastardos, filhos ilegítimos, mas vocês são filhos. Ele açoita e disciplina a quantos ama. Sabe qual o propósito? Para que sejais participantes da sua santidade. Então se a cruz não te livrar da auto compaixão, vamos atrasar e muito, o trabalho do Senhor na nossa vida, e na vida da assembléia. E esse é o assunto aqui de Mateus 16, quando o Senhor trata com Pedro ali do verso 21 a 23. A próxima referência que usa essa chave, e também me permito aqui só citar para os irmãos, na passagem de Mateus 16, aonde que está essa chave. Está no verso 25. Olhe que é repetida aquela expressão. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á. Quem perder a vida por minha causa, achá-la-á. Está vendo que o assunto é o mesmo. Não é? Em Mateus 10, afeições naturais. Mateus 16, auto piedade, auto compaixão. Agora em Lucas 17, vai aparecer de novo. Observe Lucas 17:33. De novo a chave. Quem quiser preservar a sua vida, perdê-la-á e quem a perder, de fato a salvará. Agora vamos olhar o contexto, começando no verso 26. Não vamos ler para ganharmos tempo. Depois do verso 26, você vai ver o Senhor dizendo que como foi nos dias de Noé, seria nos dias do filho do homem. Vamos ter cuidado com o texto. Ele vai dizer assim: nos dias de Noé, casavam-se e davam-se em casamento. O que mais que eles faziam nos dias de Noé? Comiam e bebiam. Tem alguma coisa ilícita nisso? Não. Depois ele vai citar o exemplo de Ló, verso 29. Também nos dias de Ló, o que ele diz nos dias de Ló? Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam. Tem alguma coisa ilícita aqui? Não. Mas lembram do que Paulo disse em 1ª Coríntios 10:16, ele diz assim. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convém. E logo em seguida essa expressão ainda é mais importante aqui para esse contexto. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. Sabe do que o trabalho da cruz vai nos separar se nós formos submissos ao trabalho da cruz? Em uma palavra irmão: do amor ao mundo. De que amor ao mundo venha nos dominar. O Senhor usou essa expressão na parábola do semeador quando Ele falou dos espinhos, dos cuidados do mundo e a fascinação das riquezas. Sufocam a palavra e ela fica infrutífera. Esse é o assunto tratado. É tratado de uma maneira muito bonita como tudo na palavra de Deus e nós não estamos tendo tempo para entrar em detalhes, mas se você ver aí a contraparte, você vai ver que Noé entra e Ló sai. Observou isso com cuidado? Noé entra e Ló sai. Nós sabemos que arca é uma figura de Cristo, interpretado lá em Pedro. Pedro diz que a arca tipificava Cristo na qual foram salvas oito pessoas. Então quando Noé entra, sabe o que é que isso fala? Na medida em que a cruz vai trabalhando em nós, nós vamos rumando à plenitude de Cristo, tipificado pela arca e a contraparte, nós vamos nos distanciando das raízes do mundo. Trigo. Quanto mais o trigo cresce, mais a sua espiga fica cheia, seus grãos amadurecem, a sua cabeça dobra, usa espiga dobra e as suas raízes se destacam do solo. Essa é a natureza do trigo. Ele cresce para Deus e crescer para Deus é se desarraigar do solo e dobrar a sua cabeça. Isso é crescer para Deus. Como que o joio cresce. Quanto mais cresce, mais ereto e mais soberbo e mais as suas raízes entram no solo. Por isso o Senhor disse que ele separaria o trigo do joio e então, quando o assunto do amor ao mundo é tratado aqui em Lucas 17, fica muito evidente. Irmãos, aqui nós não temos apenas dois personagens. Temos três e o terceiro é o sino. O primeiro é Noé, o segundo é Ló. Então Noé entrando, no que então tipologicamente seria a plenitude de Cristo, e Ló saindo, no que se refere às amarras do mundo, mas tem o terceiro personagem aí, que está lá no verso 32. A corneta de Deus. Lembrai-vos da mulher de Ló. Por que é que ela é a trombeta nesse versículo? Porque ela demonstrou o seu amor ao que deixou para trás, quando ela então, lá naquela colina, vira os seus olhos para trás, e se torna uma estátua de sal, porque de alguma maneira o seu coração estava focado naquilo que o Senhor abominava em Sodoma e em Gomorra. Então ela se tornou aquela estátua como testemunho. Essa é a exortação usada aqui pelo próprio Senhor Jesus. Então, só o trabalho da cruz pode nos separar do amor ao mundo. Irmãos, esqueça de achar que você pode lidar com o mundo. Esqueça. A sutileza, o engano, o poder de sedução do mundo é muito maior do que as nossas forças. Esqueça que você pode lidar com ele. Você não pode. Você precisa encontrar lugar junto ao Senhor, permitir que a cruz trabalhe profundamente em sua vida. O trabalho do Espírito de Deus, da palavra de Deus e das circunstâncias. Essa é a cruz. Você toma a cruz, através da palavra de Deus, do Espírito de Deus e das circunstâncias e o trabalho da cruz, vai te separar do amor ao mundo, porque vai te mostrar que o mundo sim, é desejável, mas que Cristo é muito melhor. Só o trabalho da cruz pode fazer isso e por último, a última referência. João cap. 12 e aqui nós vamos terminar. A chave, de novo, está no verso 25. Quem ama a sua vida a perde, mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna. Qual o contexto dessa chave? O contexto agora é maior. Em João 11, o Senhor havia ressuscitado a Lázaro. A palavra diz no cap. 12 que muitos judeus iam visitar Lázaro ressuscitado e voltavam crendo em Jesus, por causa do que Ele fez a Lázaro. Então veja a glória disso. Jesus ressuscita Lázaro, judeus iam visitar Lázaro e voltavam crendo, tudo tão glorioso, mas ainda não acabou. Jesus entrou em Jerusalém aclamado: Hosana! ao que vem em nome do Senhor. Bendito o rei de Israel. Ele entra aclamado como rei. Glorioso. Terceiro ponto. Tem um último, o quarto ponto. Os gregos que nunca se interessaram por Ele, agora demonstram interesse. Procuram Felipe e dizem para Felipe: queremos ver a Jesus. Você vê a cena de glória? Lázaro ressurreto, judeus crendo, o Senhor aclamado como aquele Hozana, ao que vem em nome do Senhor, rei de Israel, entra em Jerusalém aclamado. Imagine o coração dos discípulos. Todos com taquicardia. Agora Ele está vindo, está entrando em Jerusalém e vai reinar. Vai ter o trono central e seis de cada lado. Não é assim? Então os gregos, chegam para Felipe e dizem: queremos ver Jesus. Felipe fica empolgado e vai procurar André. Agora eles vão ver o que é sabedoria com S maiúsculo. O filho de Deus. Agora eles vão ver que Sócrates era senão um tolo. Platão era também um tolo. Eles vão ver quem é a sabedoria. Isso é o que deve ter passado no coração deles. Eles vão comunicar para Jesus, aquela dupla, Felipe e André. É o que o texto diz em João 12. Lá diz assim que eles comunicaram a Jesus. Sabe o que é que aconteceu na hora em que eles comunicaram? João 12:23. Respondeu-lhes Jesus. É chegada a hora de ser glorificado o filho do homem. Esse foi o enfarte final. Não tinha mais nada para acontecer. Vai ser glorificado o Filho do homem. Mas logo em seguida no verso 24, em realidade eu vos digo. Se o grão de trigo caindo na terra não... Ah! Agora a esperança morreu. Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, ele vai ficar só. Que maravilha meus irmãos. O nosso Senhor está dizendo: se Eu assentar nesse trono de Jerusalém, se Eu assentar nesse trono dos gregos, mostrar que a minha sabedoria é “a” Sabedoria, com “S” maiúsculo, eles vão ficar impressionados comigo, vou ser um rei e tanto, vou ensinar para eles o que é a verdadeira sabedoria e na hora em que eles morrerem eles vão todos para o inferno. Não é? Porque o grão de trigo caindo na terra não morrer ele vai ficar só. Só. Mas se Ele morrer, vai produzir muito fruto. O propósito eterno de Deus de conquistar uma família, de alcançar uma família de muitos filhos, semelhantes ao seu Filho, só podia ser concretizada, se o grão caísse em terra e morresse, e não se ele se assentasse no trono de Jerusalém, e nem no trono da sabedoria grega. E foi isso que o Senhor falou para eles. Eu não vim para assentar em trono nenhum. Vim para morrer, porque se eu não morrer eu fico só. Se eu morrer, muito fruto. Por isso João inicia dizendo que Ele é o unigênito, que ninguém jamais viu a Deus, que Ele é o unigênito que expressa quem Deus é. Paulo em Romanos vai dizer que porque Ele foi semeado na morte, ressuscitado, Ele é agora o primogênito entre muitos irmãos. Graças a Deus e o Senhor tinha isso tão claro diante Dele e então Ele apresentou na frente dos seus discípulos e sabe então qual é a lição central aí? O trabalho da CRUZ. Somente o trabalho da cruz pode nos separar do amor à glória pessoal. Amor à glória pessoal. Irmãos, tudo o que nós buscamos de nós mesmos é trono, evidência. Provérbios diz que o homem é provado pelos louvores que recebe. Nós temos um desejo insano no nosso coração que já tem seis mil anos, que vem lá do Éden: desejo de ser Deus, desejo de receber glória. Quem primeiro teve esse desejo foi Lúcifer e foi julgado com mais um terço de anjos que queria assumir uma posição que tocava ao Criador, sendo criatura. Paulo quando vai escrever algumas orientações a irmãos com relação a governo na casa de Deus, ele diz assim: que no governo da casa de Deus, 1 Timóteo 3:6 não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo, porque a condenação do diabo foi por causa da soberba e então ele diz: cuidado em como vocês lidam na casa de Deus com essa questão de governo. Só para citar um exemplo. Mas é claro que isso toca muitas outras esferas e toca a todos nós. A única coisa capaz de nos separar de busca de glória pessoal, é o trabalho da cruz. O Espírito, a palavra e a circunstância, abrindo os nossos olhos para vermos quem Jesus é. Eu queria terminar, citando para os irmãos um texto de Filipenses, que traduz isso, para mim, de uma maneira tão significativa, esse resultado desse trabalho da cruz. Filipenses 3:3. Paulo está falando sobre uma verdadeira circuncisão, a cruz. É uma faca. Sabe o que é que a cruz deseja fazer em nós? Despojar a carne. Despojar o ego. Não é essa a figura da circuncisão no Velho Testamento? Não é? Lembra que o povo quando cruzou o Jordão com Josué, era um povo não circuncidado, os irmãos se lembram? E Josué circuncida o povo depois do Jordão. Está certo isso? E você se lembra como que se chama o lugar que eles foram circuncidados? Gilgal. Sabe o que é que significa Gilgal? Despojamento. O povo foi circuncidado em Gilgal. Por isso quando Paulo escreve aos Colossenses, ele fala em despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo. Colossenses, cap. 2. Filipenses quando trata desse assunto, diz assim: Filipenses 3:3 Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Três marcas agora. Primeira: nós que adoramos a Deus no Espírito. Olha que maravilhoso resultado do trabalho da cruz. Nos tornar realmente adoradores de Deus no nosso espírito. Não adoradores de nós mesmos, de coisas. Adoramos a Deus no Espírito. Segunda marca: nos gloriamos em Cristo Jesus. Esse era o segredo da vida espiritual de Paulo como ele vai falar no cap. 4 de Filipenses, porque ele aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação. Esse era o segredo. Ele aprendeu que os valores e os recursos dele não estavam nele, mas estavam em Cristo. E se estavam em Cristo, eram intocáveis, imperturbáveis. Tudo o que ele tinha estava em Cristo. Ele não precisava ter justiça. A justiça dele era Cristo. Não tendo justiça própria como ele diz aí em Filipenses 3 logo na frente. Ele não precisava ter poder, nenhum tipo de poder. Cristo, em Cristo, ele tinha poder para operar com apóstolo. Ele não precisava de sabedoria. Ele escreveu para os Corintos que Cristo se nos tornou da parte de Deus sabedoria, justiça, santificação, redenção. Percebe isso irmão? Há muita diferença. Às vezes quando nós nos convertemos, achamos que esses valores estão em nós. Cristo nos tornou santos, Cristo nos tornou justos... não. Esses valores estão todos Nele. Continuam Nele. Só que Ele foi dado a nós. Um dom. Então nós viemos a participar de tudo o que Ele é, tudo o que Ele tem à vista de Deus. Então ele diz: gloriamos em Cristo Jesus e por último, muito interessante essa marca: e não confiamos na carne. É assim um salto tão grande, não é? Ele vai lá do alto para baixo. Adoramos a Deus no espírito, gloriamos em Cristo Jesus. Ele deveria colocar outra marca que tocasse essa esfera, mas a próxima marca que ele vai colocar, toca uma esfera bem baixa: ele vai dizer que não confiamos na carne. Essas três coisas operam juntas. Se o trabalho da cruz não for fundo em nós, nós não adoramos Deus no Espírito. Adoramos a nós e coisas. Nós não nos gloriamos em Cristo; gloriamos em nós e no que somos, no que fazemos e somos aqueles que confiam em si mesmos, confiam na carne. Resultado: o Senhor não pode obter nenhum lucro. Primeiro lugar nenhum prazer nas nossas vidas. Em segundo lugar, nenhum lucro, em que concerne a nos usar como cooperadores. Somos inúteis, a não ser que toda a carne seja silenciada diante do Senhor. Sua igreja não pode ser edificada. Então irmãos, esse assunto é realmente grave. Não é a toa que ele vem como ponto número um lá em Esdras. É o primeiro item da recuperação do Testemunho do Senhor. Nós não temos para onde correr, se nós queremos glória na casa de Deus. Nós temos que nos voltar para a centralidade da pessoa e da obra de Cristo, para o significado do nosso altar pessoal como Maria de Betânia e para a centralidade do trabalho da cruz nas nossas vidas. Ofereça-se ao Senhor para que Ele pelo Seu Espírito use a palavra na sua vida como uma faca afiada. Irmão, se você não tivesse ninguém com quem compartilhar a palavra, você ainda meditaria nela? Ou você medita para falar para os outros? Você afia a espada para enfiar na barriga dos outros. Então que o Senhor nos ajude a termos uma visão diferente, clara, lúcida, do contrário o Senhor não poderá obter o seu testemunho. De jeito nenhum, porque são princípios da restauração do Senhor. Então se o Senhor permitir nós vamos entrar em algumas aplicações dessa restauração, em termos de relacionamento da família, em termos de relacionamento na igreja, em termos da questão do serviço ou do ministério cristão. Estejamos então, diante do Senhor, todos nós em oração para que o Senhor nos dê um céu aberto nesses dias. Que Ele possa mostrar algo vivo, algo impactante aos nossos corações, e não tenhamos apenas mais cinco dias de informação, mas estejamos mesmo dispostos aos seus pés a reconsiderar nossas vidas, nossos caminhos em todos os sentidos. Amém? Vamos orar. Senhor entregamos a Ti, o que o Senhor quis depositar nos nossos corações essa noite e também entregamos nossos próprios corações a Ti para que ele seja um solo adequado, para que tudo aquilo que o Senhor tem desejo em nós não seja perdido. Nos ajude a guardar, a reter com firmeza a Tua palavra e Senhor expressamos a Ti o nosso prazer, a nossa alegria em sermos Teus, e pedimos a Ti que complete o que o Senhor começou em nós. Não nos deixe uma casa inacabada, um trabalho pela metade, mas produza em nós algo que satisfaça, que alegre, que traga descanso ao Teu coração. Nós te pedimos em nome de Jesus. Amém Senhor.