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A BELEZA

DA LITURGIA
Propostas para celebrações dignas

SECRETARIADO NACIONAL DE LITURGIA


APRESENTAÇÃO

“Só Deus não teve princípio, | nem tão pouco há-de ter fim, | criou
o mundo em seis dias, | eu vou contar, foi assim... || Para começar, logo ao
primeiro dia, | Deus criou a Luz, que é toda alegria. | No segundo dia fez o
firmamento, | tão azul quando não está cinzento” |, dizem as duas primeiras
quadras duma canção para crianças, que gosto muito de ensinar aos mais
pequenos da catequese.
As coisas feitas pela mão do homem, ao contrário de Deus infinito
e eterno, que não teve princípio nem tão pouco há-de ter fim, são todas
datadas. Começam num dia e acabam noutro, como o livro que tem entre
mãos, caríssimo leitor ou leitora, que teve uma data para começar e outra
para ser acabado. Vou-lhe contar como foi, imitando os dizeres da canção.
Certa manhã, alguém escreveu uma carta ao Secretariado Nacional
de Liturgia fazendo uma pergunta relacionada com a celebração da Missa.
Respondeu-lhe um dos vogais do mesmo Secretariado, e foi como se
alguém provocasse um incêndio. Não tardaram a surgir perguntas e mais
perguntas de participantes nos nossos Encontros Nacionais ou Diocesanos
de Liturgia, e logo a seguir de pessoas que tinham conhecimento dessas
respostas, morassem elas no Brasil ou nalgum dos Países que fazem parte
dos PALOPs. Interpretámos o fenómeno como sinal do desejo e necessi-
dade que muitos cristãos sentem de aprofundar as coisas da Liturgia, que
a Constituição Sacrosanctum Concilium «considera como o exercício da
função sacerdotal de Cristo, na qual os sinais sensíveis significam e, cada
um à sua maneira, realizam a santificação dos homens e o Corpo Místico
de Jesus Cristo – cabeça e membros – presta a Deus o culto público inte-
gral» (SC 7).
A todas se respondia, na medida do tempo disponível e na data
mais livre de outros trabalhos urgentes, dado que este não era prioritário,
mas apenas e só uma forma de realização pessoal que nos dava muito
6 6 APRESENTAÇÃO

prazer. Pensava-se na solução a dar à pergunta feita, escrevia-se a resposta


no computador e depois enviava-se pela Internet. Os destinatários eram
pessoas que não conhecíamos, mas que tinham gosto pela Liturgia e não
receavam apresentar-nos todo o género de questões, das mais simples às
mais complexas.
As respostas foram-se acumulando e, num dia destes, alguém nos
sugeriu que era tempo de juntá-las em livro e de as colocar à disposição
de quem quisesse conhecê-las. Assim se fez e a obra aqui está na sua mão.
As respostas vão-se sucedendo em determinada ordem. Primeiro
as que dizem respeito à celebração da missa, nos seus quatro momentos,
formando outros tantos Capítulos: Preparação, Ritos Iniciais, Liturgia da
Palavra e Liturgia Eucarística.
A esta primeira secção, que é a mais extensa, com 83 respostas,
seguem-se mais nove: diversas formas de celebração da missa (17
respostas), outras celebrações litúrgicas (36), ano litúrgico (32), dispo-
sição e adorno das igrejas (9), liturgia e livros litúrgicos (11), ofícios
e ministérios (18), canto e música na liturgia (3), religiosidade popular
(8), igreja, sacerdócio e fé cristã (4), ao serviço da liturgia em portugal
(2). Ao todo são 223 respostas, agrupadas em 38 Capítulos.
Os colaboradores são cinco, tendo sempre respondido em nome do
Secretariado, o que, de algum modo, compromete a responsabilidade deste
e da Comissão Episcopal da Liturgia.
Pela nossa parte, desejamos que os leitores deste livro nele encon-
trem tanto prazer, como o sentimos nós ao prepará-lo, convencidos de
que estávamos a prestar um serviço de qualidade à causa da liturgia em
portugal.
«Bendito seja Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que do
alto do Céu nos abençoou, com todas as bênçãos espirituais em Cristo»
(Efésios 1,3).

JOSÉ DE LEÃO CORDEIRO


CELEBRAÇÃO DA MISSA
8 CELEBRAÇÃO DA MISSA

1
PREPARAÇÃO

1. Crucifixo durante a celebração da Missa

Numa Igreja em que, em local alto e visível está ao meio um grande


crucifixo..., será litúrgico colocar um pequeno crucifixo ao centro do
altar, com a imagem de Cristo voltada para o celebrante, crucifixo que
até perturba a visão do que se passa no altar?

A Instrução Geral do Missal Romano,1 documento que iremos citar


muitas vezes ao longo deste livro, exprime-se assim: «Sobre o altar ou
junto dele coloca-se também uma cruz, com a ima­gem de Cristo cruci-
ficado, que a assembleia possa ver bem. Convém que, mesmo fora das
acções litúrgicas, permaneça junto do altar uma tal cruz, para recordar
aos fiéis a paixão salvadora do Senhor» (IGMR 308).2
A interpretação deste texto é fácil. Durante a celebração da Missa
coloca-se sobre o altar ou junto dele um crucifixo, com a respectiva
imagem voltada para a assembleia. Cruz e imagem de Cristo devem ter
dimensões que permitam à assembleia vê-las bem. Fora da celebração é
conveniente que tal cruz permaneça junto do altar. Nada se diz de outras
cruzes que possam existir na igreja, o que não admira, pois a Instrução, no
n. 308, fala apenas da celebração.
Conheço igrejas em que, como naquela que a consulente refere,
um crucifixo, de grandes proporções, está em lugar alto, bem à vista da
assembleia, e sempre bastou e continua a bastar, sem necessidade de mais
nenhum, para a celebração da Missa. Conheço outras em que, além desse
crucifixo grande, existe outro, de menores dimensões, colocado perto do
altar, voltado para a assembleia. Vou vendo algumas celebrações em que
1
A Instrução Geral do Missal Romano será citada, doravante, umas vezes Instru-
ção Geral, outras apenas Instrução. Utilizamos a 3ª edição (2009), do Secretariado
Nacional de Liturgia.
2
Dado o grande número de citações das quatro siglas da Instrução Geral do Missal
Romano (IGMR), optámos por indicá-las, a partir de agora, apenas pelas duas
primeiras letra (IG).
PREPARAÇÃO 9

o crucifixo é posto sobre o altar, bem ao centro, com a imagem de Cristo


voltada para o presidente. E ontem mesmo, alguém me dizia que já há
quem ponha, sobre o altar, duas cruzes coladas pelas costas, uma voltada
para o presidente e outra para o povo.
Não faço comentários. Mas alerto a nossa consulente para tais situa-
ções, a fim de que, quando as vir, não fique admirada nem se assuste, mas
também não as imite.

2. Uma só cruz ou várias cruzes

Na nossa igreja, atrás do altar temos uma cruz pintada a mosaico


na janela central. Muitas vezes o pároco gosta de colocar no presbitério, a
um metro do altar, uma cruz de madeira. No domingo, durante a procissão
de entrada, um padre pediu que se colocasse também a cruz processional
ao lado do altar. Não deverá essa cruz, depois da procissão de entrada,
ser reposta na sacristia ao lado do presbitério e ser novamente usada na
procissão de saída?

1. Para responder ao seu pedido de esclarecimento, começo por


citar o Ritual da Celebração das Bênçãos,3 que tem introduções muito ricas
sobre diversas celebrações.
A propósito da importância da cruz exprime-se assim: «Entre
as sagradas imagens, ocupa o primeiro lugar a representação da cruz
preciosa e vivificante, que é o símbolo de todo o Mistério pascal. Para
o povo cristão, nenhuma outra imagem é mais querida, nenhuma é mais
antiga. A santa cruz representa a paixão de Cristo e o seu triunfo sobre a
morte e, ao mesmo tempo, como ensinaram os Santos Padres, anuncia a
sua vinda gloriosa» (RCB 960).
Sobre o lugar eminente da cruz na igreja e na vida dos fiéis afirma:
«A imagem da cruz não só é proposta à veneração dos fiéis na Sexta-Feira
3
Este livro litúrgico chama-se apenas Celebração das Bênçãos. Mas, para não confun-
dirmos as suas siglas (CB) com outras iguais que correspondem às iniciais do Ceri-
monial dos Bispos (CB), decidimos chamar-lhe Ritual da Celebração das Bênçãos,
o que também é verdade, pois corresponde a um fascículo do Ritual Romano, e isso
permitir-nos-á citá-lo com as iniciais (RCB).
10 CELEBRAÇÃO DA MISSA

Santa e celebrada como troféu de Cristo e árvore da vida na festa da Exal-


tação, a 14 de Setembro, mas está também em lugar eminente na igreja e
coloca-se diante do povo sempre que ele se reúne para celebrar as acções
sagradas e, além disso, ocupa um lugar nobre nas casas dos baptizados.
Tendo em conta as circunstâncias do tempo e do lugar, com razão os fiéis
erigem publicamen­te a cruz, para que seja testemunho da sua fé e sinal do
amor de Deus para com todos os homens» (RCB 961).
Pareceu-me oportuno transcrever estas afirmações, apesar de não
responderem, por si sós, ao problema colocado pelo consulente. O que
delas se conclui é isto: a cruz é o símbolo primordial para todos os cristãos.

2. Uma só cruz. Avancemos agora um pouco mais. A Instrução


Geral do Missal Romano refere-se, em vários dos seus números, à cruz
de Cristo, afirmando que deve haver uma só cruz, com o crucificado, de
preferência junto do altar, onde pode permanecer mesmo fora das acções
litúrgicas. As normas da Instrução insistem na unicidade da cruz e na obri-
gatoriedade de ela ter a imagem de Cristo crucificado. Por isso, as outras
cruzes eventualmente presentes, devem, de preferência, ser guardadas
num lugar digno, que em geral é a sacristia. Essa cruz pode permanecer
junto do altar mesmo fora das celebrações.
Vou transcrever os vários números da Instrução que assim o deter-
minam: «Sobre o altar ou perto dele, haja uma cruz, com a imagem de
Cristo crucificado» (IG 117); «A cruz com a imagem de Cristo crucificado
e porventura levada na procissão pode colocar-se junto do altar, para se
tornar a cruz do altar, que deve ser apenas uma, ou então seja guardada
num lugar digno...» (IG 122); «Na procissão de entrada, o acólito pode
levar a cruz... Chegando ao altar, põe a cruz junto dele, para se tornar a
cruz do altar, ou então coloca-a num lugar digno...» (IG 188); «Sobre o
altar ou junto dele coloca-se também uma cruz, com a imagem de Cristo
crucificado, que a assembleia possa ver bem. Convém que, mesmo fora
das acções litúrgicas, permaneça junto do altar uma tal cruz, para recor-
dar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor» (IG 308).

3. Quando se incensa essa cruz única? Pode incensar-se duas


vezes, durante a celebração da Eucaristia. Transcrevem-se dois dos muitos
números da Instrução que o referem. No final da procissão de entrada,
PREPARAÇÃO 11

«chegado ao presbitério..., se for oportuno, o sacerdote incensa a cruz


e o altar» (IG 49); depois de colocar o pão e o cálice sobre o altar, «o
sacerdote pode incensar os dons colocados sobre o altar, depois a cruz e
o próprio altar...» (IG 75).

4. Como se incensa a cruz do altar? A cruz do altar é incensada


duas vezes, como acabámos de dizer. E como se incensa? Com três ductos
do turíbulo: «Incensa-se com três ductos do turíbulo... a cruz do altar... Se
a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incensação do
altar; caso contrário, é incensada quando o sacerdote passa diante dela...»
(IG 277).

5. Importância da cruz do altar e da procissão. À cruz do altar


e àquela que é levada na procissão deve prestar-se a maior atenção:
«Acima de tudo há-de prestar-se a maior atenção àquilo que, na cele-
bração eucarística, está directamente relacionado com o altar, como
são, por exemplo, a cruz do altar e a cruz que é levada na procissão»
(IG 350).
Creio que as informações que se retiram do Ritual da Celebração
das Bênçãos e da Instrução Geral do Missal Romano permitem que o
consulente fique esclarecido sobre o problema litúrgico que o levou a
escrever-nos.
Deus vos ajude a ultrapassar estes diferendos e a permanecer na paz
de Cristo, grande dom que podemos e devemos pedir sem cessar.

3. Ornamentação da igreja, do altar e da cruz

1. Deverá haver muitas flores em toda a igreja?


2. Deverão pôr-se muitas flores no altar?
3. Estará bem pôr flores aos pés da Cruz de Jesus?

1. Ornamentação da igreja. A resposta que lhe vou dar tem por


base o que sobre o assunto se diz na Instrução Geral do Missal Romano.
Este documento constitui uma verdadeira introdução teológica, litúrgica e
pastoral a tudo o que diz respeito à celebração da Missa.
12 CELEBRAÇÃO DA MISSA

2. O adorno ou ornamentação das igrejas vem tratado no capítulo


V da Instrução Geral, em vários dos seus números. Transcrevo o n. 292
e comento-o frase por frase: «Na ornamentação da igreja deve tender-se
mais para a simplicidade do que para a ostentação...». Afirmam-se nesta
frase três coisas: as igrejas devem ser ornamentadas; essa ornamentação
deve tender para a simplicidade; há que fugir sempre da ostentação, que
é sinónimo de exibição, luxo, aparato e riqueza. Porquê? Porque o impor-
tante não é a ornamentação da igreja, mas a liturgia que aí será celebrada.
A ornamentação deve servir de suporte e envolvência à liturgia, e estar ao
seu serviço, com simplicidade e não com exibicionismo.
Segunda frase do n. 292: «... Na escolha dos elementos decorativos,
procure-se a verdade das coisas...». Os elementos decorativos são prin-
cipalmente as flores e a verdura que se utilizam. Procurar a verdade das
coisas é utilizar flores e verduras naturais, e não artificiais. Nos jardins, o
que há são flores e verduras naturais. As flores e verduras artificiais vêm
das fábricas. As flores verdadeiras são as dos jardins. As das fábricas, por
mais bonitas que sejam, não se comparam àquelas. Não são a verdade das
coisas, mas imitação. Na ornamentação de uma igreja nunca deveriam
entrar flores nem verduras artificiais. A verdade das coisas exige isso.
Última frase do n. 292: «... e o que contribua para a formação dos
fiéis e para a dignidade de todo o lugar sagrado». Não se deve ornamen-
tar uma igreja por ornamentar, mas fazê-lo para formar os fiéis. E o que é
formar os fiéis através da ornamentação? Como é fácil de compreender,
entra-se aqui num campo vastíssimo, do qual não posso agora falar muito,
para não me alongar. Resumidamente direi, que a pessoa encarregada da
ornamentação de uma igreja, tem de ter noções certas pelo menos acerca
da liturgia, do ano litúrgico e da pastoral litúrgica, o que só se adquire
recebendo formação em pequenos cursos, nessas áreas. O amadorismo, no
campo da Liturgia, não é bom conselheiro. Uma pessoa com algum jeito
para ornamentação e com algumas luzes na linha do que acabámos de
dizer, é capaz de contribuir, através da sua arte decorativa, para a formação
dos fiéis e para dar dignidade sagrada ao espaço celebrativo. Não precisa
de ter um curso superior, mas precisa de saber o que a Igreja pensa e ensina
sobre esses temas.
Penso que, com o que fica dito, se respondeu à primeira pergunta.
Deverá haver muitas flores em toda a igreja? Não é preciso. O que é preciso
DIVERSAS FORMAS
DE CELEBRAÇÃO DA MISSA
152 DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA

5
A MISSA ANTES DA REFORMA LITÚRGICA

84. Origem da palavra ‘missa’ e evolução da celebração eucarística

1. Qual foi a origem da palavra ‘missa’?


2. Como evoluiu a celebração da Eucaristia nos primeiros sécu-
los? Sei que é pedir muito, mas não sei onde obter informação.

1. A palavra ‘missa’ designa hoje a celebração da última Ceia que


Jesus fez com os seus discípulos, por Ele próprio chamada a Páscoa ou a
Ceia pascal. Esta Ceia aparece descrita em quatro lugares do Novo Testa-
mento (Mt 26, 26-27; Mc 14, 22-23; Lc 22, 15-20; 1 Cor 11, 22-25). A
sua celebração, por parte dos cristãos, tem tido muitos nomes: ‘fracção
do pão’, ‘Ceia do Senhor’, ‘Eucaristia’, ‘Sacrifício’, ‘Missa’, ‘Celebração
eucarística’, etc..
Etimologicamente a palavra ‘missa’ vem do verbo latino mittere
(enviar, despedir), e deve ter designado inicialmente apenas dois momen-
tos da celebração: a despedida dos catecúmenos, no fim da Liturgia da
Palavra, e a despedida dos fiéis, no final da celebração: ite, missa est. A
partir do século IV, pouco a pouco, chamou-se ‘missa’, não apenas às
despedidas mas às duas partes que as antecediam (missa dos catecúmenos
e missa dos fiéis). E a partir do século VI chama-se ‘missa’ a toda a cele-
bração.
Devo acrescentar que tudo isto que acabo de lhe dizer está muito
simplificado.
Com efeito, há quem prefira outra etimologia para a palavra ‘missa’.
Em vez de ser a despedida ou a própria celebração, a palavra ‘missa’ esta-
ria antes relacionada com a oferenda, a oferta, o envio para Deus (mittere),
a oblação do nosso sacrifício eucarístico. Assim, a frase final ite, missa est,
mais do que dizer, ‘ide, é a despedida’, quereria antes dizer: ‘ide, já se fez
a oblação’, ‘já se enviou para Deus a nossa oferenda’.
O Catecismo da Igreja Católica prefere relacionar a palavra ‘missa’
com o envio dos que participaram na celebração: a celebração eucarística
A MISSA ANTES DA REFORMA LITÚRGICA 153

chama-se «Santa Missa porque a liturgia em que se realiza o mistério


da salvação termina pela despedida dos fiéis (missio), para que eles vão
cumprir a vontade de Deus na sua vida quotidiana» (CIC 1332). Mas este
significado não parece estar muito provado pelos documentos históricos.
Actualmente continua a chamar-se Missa a toda a celebração, sobre-
tudo nas rubricas e nos títulos: Missa estacional, Missa da comunidade,
Missa ritual, Missa votiva, Missa exequial, Missa de defuntos, Missas com
crianças, Missa crismal, Ordinário da Missa, próprio da Missa, Missa do
dia, Missa conventual, Missa com o povo, Missa dominical, Missa ferial,
Missa concelebrada, Missa vespertina, Missa celebrada de frente para o
povo, etc.
Em vez da palavra Missa muitos preferem a palavra Eucaristia.

2. Como diz e bem, o que pede é muito. Essas informações só é


possível adquiri-las num curso específico sobre a história da celebração
eucarística.
Quero, apesar de tudo, indicar-lhe as grandes articulações dessa
história, seguindo um livro muito especial sobre o assunto, que tem por
título A Missa ontem e hoje. O seu autor, grande mestre e pedagogo da
liturgia, explica o título assim: «Ontem, vinte séculos de história; Hoje, a
Eucaristia dominical». São as duas partes do livro.
A primeira parte, ou seja, a dos vinte séculos de história, divide-a
em 13 capítulos, a cada um dos quais dá um título que é uma verdadeira
síntese de muitos saberes, e que só outros mestres podem explicar e desen-
volver: 1. Da Ceia do Senhor à Eucaristia da Igreja; 2. A herança de Israel;
3. A Eucaristia das Igrejas judaico-cristãs; 4. A Eucaristia das Igrejas do
mundo greco-romano; 5. A Eucaristia no tempo dos mártires; 6. O manto
branco de Igrejas a seguir à paz; 7. A Eucaristia no tempo dos Padres. A
Missa; 8. A Eucaristia no tempo das invasões dos bárbaros; 9. A Eucaristia
na época carolíngia; 10. A Eucaristia na Idade Média; 11. A Eucaristia no
tempo da Reforma católica; 12. A Eucaristia durante a renovação litúrgica;
13. A Eucaristia depois do Concílio Vaticano II.
Como facilmente perceberá por este simples enunciado de títulos,
não é possível minimamente responder à sua pergunta.
Aconselho-o a ler o que diz o Catecismo da Igreja Católica do n.
1322 ao n. 1416, mas muito especialmente os nn. 1337-1355.
OUTRAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
180 OUTRAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS

9
LITURGIA DAS HORAS

101. Breviário e Liturgia das Horas

A reforma litúrgica alterou muito o antigo Breviário. Mesmo em


latim, gostaria de fotocopiar o livro com o modo de rezar antigo. Alguém
me pode ajudar?

De facto, caro consulente, a reforma litúrgica iniciada pelo Concílio


Vaticano II com a publicação da Constituição sobre a Liturgia Sacrosanc-
tum Concilium e os trabalhos que se seguiram a esse documento, alteraram
bastante o então chamado Breviário, que passou a chamar-se Liturgia das
Horas.
O Breviário tinha a seguinte estrutura diária: Matinas, Prima,
Laudes, Tércia, Sexta, Noa, Vésperas e Completas, ao passo que a estru-
tura também diária da Liturgia das Horas passou a ser: Ofício de Leitura,
Laudes, Hora Intermédia, Vésperas e Completas. Sabendo nós que o
actual Ofício de Leitura corresponde às antigas Matinas, e que Tércia,
Sexta e Noa foram substituídas pela Hora Intermédia, fácil é concluir que
não foram as Matinas que desapareceram, mas sim a Hora de Prima, que
o próprio Concílio mandou suprimir (cf. SC 89, d: “Suprima-se a Hora de
Prima”).
Não foi só o número de momentos de oração diária que diminuiu
de 8 para 5, mas também a extensão de cada um deles, sendo alterado,
sempre para menos, o número de salmos. Diz a Constituição Litúrgica:
«Distribuam‑se os salmos, não já por uma semana, mas por mais longo
espaço de tempo» (SC 91).
Esta grande reforma tinha um objectivo: adaptar a Oração Oficial
da Igreja, propô-la a todos os fiéis, pelo menos Laudes e Vésperas diárias,
e tornar possível àqueles que rezam todo o ciclo da Liturgia das Horas,
fazerem-no nas horas do dia o mais aproximadas possível do tempo real,
excepto o Ofício de Leitura, que ficou sem hora própria, podendo ser
rezado no momento do dia ou da noite mais disponível.
LITURGIA DAS HORAS 181

Diz no seu correio: Mesmo em latim, gostaria de fotocopiar o livro


com o modo de rezar antigo. Alguém me pode ajudar? A quem me deverei
dirigir? Não penso que seja muito viável copiar centenas e centenas de
páginas em latim do antigo Breviarium Romanum. Mas pode fazê-lo, se
quiser; basta pedir emprestado um Breviário em latim, a um sacerdote que
conheça. Antes, porém, tem de pensar como vai reunir essas centenas de
páginas fotocopiadas.
Dou-lhe um conselho: o melhor e mais prático é adquirir a edição
completa da Liturgia das Horas (4 volumes) e aí encontrará todo o Ofício
Divino, distribuído ao longo do mês, para o rezar à sua vontade.
No momento histórico em que o Concílio nos convidou a andar em
frente, não vale a pena puxar para trás. A Liturgia das Horas é muitíssimo
mais rica do que o antigo Breviário. Não há comparação possível entre
ambos.
Bom trabalho.

102. Liturgia das Horas durante a exposição do Santíssimo

Será liturgicamente correcto rezar uma parte da Liturgia das Horas


durante a exposição do Santíssimo? Por exemplo, temos o Santíssimo
exposto durante uma hora e, dentro dessa hora, podemos rezar Vésperas?

Diz o Ritual da Sagrada Comunhão e culto do Mistério Eucarístico


fora da Missa: «Diante do Santíssimo Sacramento exposto por um tempo
prolongado pode celebrar-se alguma parte da Liturgia das Horas, sobre-
tudo as Horas principais. Com efeito, por meio dela, prolongam-se pelas
várias horas do dia os louvores e acções de graças que a Deus são dadas
na celebração da Eucaristia, e dirige-se a Cristo e, por Ele, ao Pai as
súplicas da Igreja em nome do mundo inteiro» (CEFM, n. 96). O mesmo
repete o Cerimonial dos Bispos (nn. 1111-1114).
As Vésperas são, juntamente com as Laudes, as Horas principais
da Liturgia das Horas. Rezá-las diante do Santíssimo Sacramento exposto
por um tempo prolongado, não apenas é liturgicamente correcto, mas é
recomendado fazê-lo, sobretudo comunitariamente, pelas razões indicadas
pelo Ritual, mas também individualmente.
ANO LITÚRGICO
242 ANO LITÚRGICO

14
O DOMINGO

137. O dia do Senhor

Qual o dia de adorar a Deus?

A resposta a dar a esta pergunta, tal como está formulada pelo


nosso consulente, depende de quem ele é enquanto homem crente. Se for
muçulmano, terei de lhe dizer que esse dia é a sexta-feira; se for judeu, a
resposta terá de lhe indicar o sábado.
Vou partir da convicção de que se trata de um cristão, e responder-
-lhe que o dia de adorar a Deus é o domingo, o nosso principal dia de
festa. Quem o afirma de maneira inequívoca, explicitando as razões da
supremacia do domingo sobre os outros dias da semana, é a Constitui-
ção Sacrosanctum Concilium, num dos seus números que vou transcrever
integralmente: «Por tradição apostólica, que nasceu do próprio dia da
Ressur­reição de Cristo, a Igreja celebra o Mistério pascal todos os oito
dias, no dia que bem se denomina dia do Senhor ou domingo. Neste dia
devem os fiéis reunir‑se para participarem na Eucaristia e ouvirem a
palavra de Deus, e assim recordarem a Paixão, Ressurreição e glória do
Senhor Jesus e darem graças a Deus que os «regenerou para uma espe-
rança viva pela Ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos» (1 Ped
1, 3). O domingo é, pois, o principal dia de festa a propor e inculcar no
espírito dos fiéis; seja também o dia da alegria e do repouso. Não deve
ser sacrificado a outras celebrações que não sejam de máxima importân-
cia, porque o domingo é o fundamento e o centro de todo o ano litúrgico»
(SC 106).
A adoração a Deus, segundo este texto, começa por uma reunião.
Nessa reunião escuta-se a palavra de Deus (comunhão pelo ouvido), parti-
cipa-se na Eucaristia (comunhão pela boca), recorda-se o Mistério pascal
de Cristo, filho único de Deus (fonte única da nossa salvação) e dão-se
graças a Deus (Pai, Filho e Espírito Santo).
TRÍDUO PASCAL 243

15
TRÍDUO PASCAL

138. Ambão adornado durante a leitura da Paixão do Senhor

Na leitura da Paixão do Senhor estará certo colocar-se no ambão


ou numa outra estante, do outro lado, um pano longitudinal como é hábito
colocar mas somente no ambão?

Aqui está um assunto sobre o qual nenhum livro litúrgico diz o que
quer que seja, nomeadamente a Instrução Geral do Missal Romano, ao
referir-se ao ambão: «A dignidade da palavra de Deus requer que haja na
igreja um lugar adequado para a sua proclamação e para o qual, durante
a liturgia da palavra, convirja espontaneamente a atenção dos fiéis. Em
princípio, este lugar deve ser um ambão estável e não uma simples estante
móvel. Tanto quanto a arquitectura da igreja o permita, o ambão dispõe-
-se de modo que os ministros ordenados e os leitores possam facilmente
ser vistos e ouvidos pelos fiéis» (IG 309), ou o Ordenamento das Leituras
da Missa: «No espaço da igreja deve haver um lugar elevado, fixo, dotado
de conveniente disposição e nobreza, que corresponda à dignidade da
palavra de Deus e ao mesmo tempo recorde com clareza aos fiéis que
na Missa se prepara tanto a mesa da palavra de Deus como a mesa do
Corpo de Cristo e, finalmente, os ajude, o melhor possível, a ouvir e a
prestar atenção durante a liturgia da palavra. Por isso, deve atender-se,
de acordo com a estrutura de cada igreja, às proporções e harmonia entre
o ambão e o altar» (OLM, n. 32; EDREL 834).
O mais importante na leitura da história da Paixão é fazer uma
boa proclamação. Nisso me parece que devemos insistir e investir esfor-
ços. Numa Carta circular sobre a preparação e a celebração das festas
pascais, da Congregação do Culto Divino, diz-se o seguinte: «A história
da Paixão reveste-se de particular solenidade. É aconselhável que seja
cantada ou lida segundo o modo tradicional, isto é, por três pessoas que
assumem a parte de Cristo, do cronista e do povo. A Paixão é proclamada
pelos diáconos ou presbíteros, ou na falta deles, pelos leitores; neste caso,
a parte de Cristo deve ser reservada ao sacerdote. Esta proclamação da
DISPOSIÇÃO E ADORNO
DAS IGREJAS
296 DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS

19
DEDICAÇÃO E USO DAS IGREJAS

169. Dedicação da igreja e do altar

Estamos a terminar as obras de requalificação da nossa igreja


paroquial e temos a ideia de fazer a Dedicação da mesma. Quando há dias
adquirimos o livro Pontifical Romano verificámos que ele fala também na
Dedicação do altar. Ora acontece que o altar da nossa igreja já foi dedi-
cado há 30, a quando da inauguração da igreja. Será que podemos fazer
só a Dedicação da igreja ou devido ao altar já ter sido dedicado já não é
permitido? Agradecia uma resposta da vossa parte o mais breve possível.

De facto, o livro litúrgico a que o consulente se refere chama-se


Dedicação da Igreja e do Altar, e o rito que nele se descreve é uma das
acções litúrgicas mais solenes, por dizer respeito à dedicação a Deus do
edifício onde a comunidade cristã se reúne para «ouvir a palavra de Deus
e sobretudo para celebrar os sagrados mistérios e onde se conserva o
Santíssimo Sacramento da Eucaristia». Já houve tempos em que a cele-
bração completa demorava cerca de seis horas. Era preciso ter resistência
física acima da média para aguentar o esforço.
Quando o edifício é construído de raiz, a Dedicação propriamente
dita pode ser precedida, no início das obras, do Rito do lançamento da
primeira pedra ou do começo das obras, como vem indicado no Capítulo
I. Tal rito, porém, é facultativo: «Quando se começa a construção de uma
nova igreja, é conveniente celebrar um rito, pelo qual se implore a bênção
de Deus para levar a bom termo aquela obra» (DIA 1).
O Capítulo II tem por título Rito da dedicação da igreja. Utiliza-
-se quando o edifício fica pronto, quer tenha sido construído de raiz, quer
tenha sofrido uma intervenção importante, como parece ser o vosso caso.
Este capítulo corresponde àquilo a que, na sua pergunta, chama inaugu-
ração. Mas a palavra dedicação é mais rica, pois significa a intenção de
destinar a igreja unicamente e de maneira permanente ao Senhor (DIA 2).
É um rito muito bonito e catequético, se for realizado segundo as indica-
ções do livro litúrgico.
DEDICAÇÃO E USO DAS IGREJAS 297

O livro litúrgico indica três maneiras possíveis de fazer os ritos


iniciais. Se pudesse dar-vos um conselho dir-vos-ia que utilizem o modo
mais solene, que começa pela procissão inicial (nn. 28-33), prossegue com
a entrega do edifício ao Bispo e a abertura da igreja pelo pároco (n. 33),
entrada na igreja (n. 34), ida directa do bispo para a cátedra, sem beijar o
altar (n. 35) e inclui a inauguração do ambão e a liturgia da palavra (n. 53)
(com a leitura obrigatória de Neemias 8, 1-4ª.5-6.8-10), a oração da dedi-
cação e a unção do altar e das paredes da igreja (nn. 63-65), a incensação e
a iluminação do altar e da igreja (nn. 66-71), a liturgia eucarística e a inau-
guração da capela do Santíssimo Sacramento ou do sacrário (nn. 72-84).
É este o rito que vos aconselho. Quanto ao facto de o altar ter sido
benzido há 30 anos, ignorem o facto, pois, quando uma igreja sofre requa-
lificações significativas, como é o caso da vossa, pode utilizar-se o rito
indicado no Capítulo II, que é o modelo.
Num gesto de partilha e entreajuda, envio-vos um Rito de Dedica-
ção preparado por mim próprio para um caso análogo ao vosso e que vos
pode servir, com as necessárias adaptações.

170. A utilização do edifício da igreja

Será errado usar a igreja para fazer actividades diversas (desde


que relacionadas com a igreja, como é obvio) para além da Missa?

A igreja é utilizada, sobretudo, para a reunião da assembleia na


Missa do domingo. Mas também noutras circunstâncias: Sacramentos da
iniciação cristã, catequese sob todas as suas formas, grupos de oração,
Liturgia das Horas, celebrações da palavra na ausência do presbítero, casa-
mento, funerais, grandes festas e reuniões de multidão...
Diz o Código de Direito Canónico, no cânone 1210: «No lugar
sagrado apenas se admita aquilo que serve para exercer ou promover o
culto, a piedade e a religião; e proíba-se tudo o que seja discordante da
santidade do lugar».
Portanto, parece-me perfeitamente lógico que tenham tomado, de
acordo com o vosso pároco, essa decisão, pois o referido filme tratava do
nascimento de Jesus, mistério que celebramos em cada Natal.
LITURGIA
E LIVROS LITÚRGICOS
310 LITURGIA E LIVROS LITÚRGICOS

23
O MISTÉRIO DA LITURGIA

178. O que celebramos na Liturgia

Que celebramos nós na Liturgia?

Na Liturgia celebramos sempre e só o Mistério pascal de Jesus


Cristo, desde a sua Encarnação até ao envio do Espírito Santo prometido
aos Apóstolos. Esse Mistério tem no seu centro a Paixão, Ressurreição dos
mortos e gloriosa Ascensão do nosso Redentor.
Foi do lado de Cristo adormecido na cruz que nasceu a Igreja, e
foi a esta Igreja, na pessoa dos Apóstolos, que Jesus confiou o encargo de
continuar a obra por Ele próprio iniciada.
Assim o vai procurando fazer esta Igreja, tantas vezes pobre e fraca,
mas simultaneamente rica e forte, o melhor que pode e sabe, evangelizando
os pobres, ensinando-lhes o modo de viver que agrada a Deus, e fazendo-
-os progredir no mistério insondável do sacrifício pascal do Senhor. Di-lo
a Constituição Sacrosanctum Concilium: «Assim como Cristo foi enviado
pelo Pai, assim também Ele enviou os Apóstolos, cheios do Espírito Santo,
não só para que, pregando o Evangelho a toda a criatura, anunciassem
que o Filho de Deus, pela sua morte e ressurreição, nos libertara do poder
de Satanás e da morte, e nos intro­duzira no Reino do Pai, mas também
para que realizassem a obra de sal­vação que anunciavam, mediante o
sacrifício e os sacramentos, à volta dos quais gira toda a vida litúrgica»
(SC 6; EDREL 2060), ou seja, toda a Liturgia.
O que vem então a ser a Liturgia? A definição é dada pela própria
Constituição: «A Liturgia é o exercício da função sacerdotal de Cristo» (SC
7; EDREL 2061), levado a cabo pela Igreja. Trata-se de uma frase densa,
cujo sentido profundo é este: tudo aquilo que Jesus Cristo realizou na terra
enquanto sacerdote, continua a Igreja a torná-lo presente em cada época
da história na celebração da Liturgia, ou, como o acreditava e expunha, no
século V, o papa S. Leão Magno, num dos seus sermões: «Tudo o que na
vida do nosso Redentor era visível, passou para os ritos sacramentais» (S.
Leão Magno, Sermões para a Ascensão, n. 3; AL 4340), isto é, passou agora
para a Liturgia organizada e celebrada pela Igreja.
O MISTÉRIO DA LITURGIA 311

Para realizar obra tão grande, Cristo está sempre presente na sua
Igreja, especialmente nas acções litúrgicas. É por ser obra de Cristo sacer-
dote e da Igreja, seu Corpo, que qualquer acção litúrgica é acção sagrada
de valor único, cuja eficácia não é igualada por nenhuma outra acção da
Igreja.
E o que é celebrar a Liturgia? Será repetir gestos feitos ou palavras
pronunciadas por Jesus, apenas para recordar cenas da sua vida?
Certamente não. Celebrar a Liturgia nem é repetir apenas para
recordar, nem também é repetir para fazer de novo. Jesus morreu e ressus-
citou uma única vez. Esse acontecimento histórico é único e irrepetível.
Celebrar a Liturgia ou as acções litúrgicas é tornar presente, por interven-
ção de Jesus e do Espírito Santo, a realidade profunda e invisível do seu
Mistério pascal, para entrarmos cada vez mais em comunhão de vida com
esse Mistério.
O ponto de partida de qualquer celebração litúrgica cristã é sempre
uma palavra de Jesus transmitida pelos Evangelhos ou por outros livros
do Novo Testamento: «Ide e fazei discípulos de todos os povos, bapti-
zando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (celebração do
Baptismo); Fazei isto em memória de Mim (celebração da Eucaristia);
aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados (celebração
da Penitência)», etc.
Então, uma vez mais, o que celebramos nós na Liturgia? Celebra-
mos realidades da vida e do mistério de Jesus, por sua vontade expressa,
para sermos tocados por elas, delas vivermos e por elas nos deixarmos
transformar. A celebração dos mistérios da Liturgia tem um objectivo em
relação a nós: fazer-nos viver por Cristo, com Cristo e em Cristo, e por Ele
darmos glória a Deus Pai, na força do Espírito Santo que habita em nós.

179. O que é celebrar a Missa, quem celebra, que fazer para parti-
cipar melhor?

Gostava de perceber melhor o que é celebrar a Missa, quem é que


a celebra e o que fazer para participar na sua celebração de maneira
sempre mais perfeita?
OFÍCIOS E MINISTÉRIOS
334 OFÍCIOS E MINISTÉRIOS

27
MINISTÉRIOS LAICAIS

LEITORES

189. Rito da instituição dos leitores e dos acólitos

Podem explicar-me como é o rito da instituição dos leitores e dos


acólitos?

Não é fácil explicar em poucas palavras como é esse rito. Quer saber
em pormenor? Aconselho-o a comprar e a ler o Enquirídio dos Documen-
tos da Reforma Litúrgica. Além das introduções a todos os livros litúrgicos
existentes e utilizados na liturgia em geral, possui também um índice muito
completo e muito útil para encontrar a resposta que eu próprio lhe estou a
dar. Nestas coisas como noutras, não há nada como sabermos pescar por
nós próprios, porque assim não temos de estar sempre dependentes dos
que possam ou queiram pescar por nós. Além disso, nenhum fiel cristão
deve descurar uma formação cada vez mais profunda nas coisas da sua fé,
entre as quais a liturgia ocupa um lugar cimeiro. Dessa forma cresce ele
próprio no conhecimento, mas fica também mais habilitado a dizer aos
outros, quando eles lho pedirem, as razões da sua própria esperança.
Muito resumidamente posso dizer-lhe que a instituição de acólitos e
leitores é feita pelo Bispo da diocese ou pelo Superior Maior dos Institutos
religiosos. A instituição é completamente diferente da ordenação. Aque-
les que são instituídos não recebem a imposição das mãos, que é o gesto
essencial duma ordenação. Os candidatos ao diaconado permanente e ao
presbiterado devem receber, antecipadamente, estas duas instituições. Mas
também podem ser instituídos leitores e acólitos que permaneçam sempre
ou por determinado tempo nesses ministérios.
A instituição propriamente dita consta de um chamamento simples
feito ao candidato pelo Bispo, seguido de uma oração e de uma bênção,
que o candidato recebe, de joelhos, diante do Bispo.
CANTO E MÚSICA
NA LITURGIA
366 CANTO E MÚSICA NA LITURGIA

28
CANTOS EM PORTUGUÊS E EM LATIM

207. Cânticos alegres na Liturgia

Porque não podem cantar-se cânticos alegres na liturgia dos domin-


gos? Em algumas igrejas católicas isso é possível e os párocos aceitam.

1. Penso, caríssima consulente, que deve ser uma pessoa compro-


metida e empenhada em prestar um bom serviço à sua comunidade paro-
quial. Para responder à sua pergunta sugiro que considere um pouco aquilo
que se passa na vida social. Há situações e situações. Há momentos de
alegria e de tristeza; horas de trabalho, horas de estudo e de recreio, etc. A
nossa apresentação exterior, os nossos gestos e atitudes são, naturalmente,
diferentes conforme as circunstâncias.
Ora a Liturgia é o culto oficial da Igreja, povo de Deus, convocado
e reunido no amor de Cristo. Devemos ter em conta que, ao longo do ano,
celebramos aspectos diferentes do Mistério pascal de Jesus: o Natal que
é precedido de um tempo de preparação (o Advento), a Páscoa preparada
pelas semanas da Quaresma, o Tempo pascal e o Tempo comum. Cada
tempo litúrgico tem a sua cor própria, a sua expressão: de maior reco-
lhimento e reflexão, manifestação de alegria pela vitória sobre o mal e o
pecado, e de esperança. Assim, os cânticos deverão ser distintos num dia
de Natal, num Domingo da Quaresma, no dia de Páscoa, etc.
Por ser culto oficial ele é orientado segundo normas estabelecidas
pelo Magistério da Igreja que recebeu de Cristo o mandato de conduzir
o seu povo pela santidade de vida até que chegue à meta final. Por isso a
finalidade do canto é a mesma da liturgia: «o louvor de Deus e a santifi-
cação dos fiéis.»
A música instrumental e os cânticos, portanto, não se usam para
distrair nem para entreter agradavelmente as pessoas, nem para se dizer
que a Missa tal… foi gira, espectacular… Tudo deve contribuir para a
oração pessoal e comunitária, levando todos a aderir mais a Jesus Cristo e
a praticar com maior empenho o mandamento do Salvador: «Meus filhos,
isto vos mando, que vos ameis uns aos outros» .
CANTOS EM PORTUGUÊS E EM LATIM 367

2. Cânticos alegres!? A alegria do canto não depende tanto do canto


em si, mas sobretudo da perfeição e do entusiasmo interior da assembleia e
dos cantores. Não é do barulho, mas da expressão duma fé que faz saborear
a alegria de pertencer à família de Jesus, o Salvador.
Volto a lembrar que o canto não é um ornamento para tornar a Litur-
gia mais bela, mas se destina a unir as pessoas nos mesmos propósitos, isto
é, a viver com fé o mistério que se celebra. «Bendito seja Deus que nos
reuniu no amor de Cristo». Não há dúvida, porém, de que a Missa com
cânticos bem escolhidos, bem executados, em que toda a assembleia parti-
cipa, se torna mais agradável e atraente; e realiza melhor a sua finalidade.
Mas para se alcançar isso…
Todos reconhecemos que “ninguém nasce ensinado”. Para aprender
a ler e escrever… vai-se à escola; para exercer uma profissão… é neces-
sária uma preparação adequada de um ou vários anos e praticar junto de
quem sabe… Também para orar bem, para cantar bem, para celebrar bem
com todos os irmãos na fé é necessária alguma aprendizagem e formação
adequada.
Se quiser entender melhor os “por quês” e o modo correcto de
compreender e viver a liturgia da Igreja, aconselho-a a ler com atenção
o livro «A Música Sacra Nos Documentos da Igreja» (2006). Leia, ao
menos, os documentos desde o Concílio Vaticano II em diante. Aí encon-
trará uma resposta mais completa que a ajudará a entender melhor esta
questão e a deixar de lado os atalhos que desviam do rumo certo.
Sabemos que em muitos lados se usam cantigas nas celebrações
litúrgicas. Mas, será esse o caminho certo? Ajudarão a fazer com que a
Santa Missa seja verdadeiro alimento da fé?
Porque somos livres, todos podemos esforçar-nos por proceder bem
ou mal. Quem age de modo incorrecto e chama a atenção dos outros para
os seus atrevimentos é, por isso, mais livres? Realiza melhor a vontade de
Deus?
Jesus ensinou os seus discípulos a orar ao Pai: «… não nos deixeis
cair em tentação, mas livrai-nos do mal.»
RELIGIOSIDADE POPULAR
372 RELIGIOSIDADE POPULAR

30
RELIGIÃO E FÉ

210. Religião cristã ou fé cristã?

Qual foi a primeira religião cristã: a ortodoxa, hoje presente na


Grécia e na Rússia, ou a católica romana, hoje presente em Roma, na
Europa ocidental e em todo o mundo.

A palavra religião não aparece uma única vez na boca de Jesus nem
nos Evangelhos, e nos outros livros do Novo Testamento só a encontramos
quatro vezes: duas nos Actos dos Apóstolos (25,19 e 26,5), sempre referida
a S. Paulo, e outras duas na Carta de S. Tiago (1,26 e 1,27). Por isso, só
do ponto de vista sociológico, enquanto objecto de estudo comparado com
outras religiões, tem sentido falar de religião cristã ortodoxa e de religião
católica romana.
A realidade à qual a história das religiões chama religião cristã,
chamou-lhe Jesus «a minha Igreja» (Mt 16,18). O que vale a pena estudar
e conhecer é a história desta Igreja de Jesus, desde que foi fundada por Ele
até hoje.
É curioso notar que os primeiros escritores cristãos em vez de fala-
rem de religião cristã, falavam antes de religião dos cristãos, como se
pode ver na Carta a Diogneto, que é uma apologia do cristianismo, escrita
entre os anos 190-200: «Uma vez que te vejo, ilustríssimo Diogneto, tão
interessado em conhecer a religião dos cristãos e em informar-te sábia e
cuidadosamente acerca do Deus em que acreditam..., aprovo o teu vivo
desejo, e rogo a Deus, que nos concede o dizer e o ouvir, que me seja dado
falar de tal modo que tu, ouvindo, te tornes melhor, e de tal modo ouças
que não contristes quem te fala» (Carta a Diogneto, n. 1; AL 457).

1. A Igreja primitiva. Quando a Igreja se constitui progressiva-


mente, sob o impulso da doutrina de Cristo e da certeza da sua presença,
ela era una, se bem que múltipla, e homogénea apesar das particularidades
IGREJA, SACERDÓCIO
E FÉ CRISTÃ
390 IGREJA, SACERDÓCIO E FÉ CRISTÃ

35
IGREJA AO SERVIÇO DE CRISTO

218. Olhar de Bento XVI sobre a Igreja

Nos primeiros séculos, a Igreja atraiu para Cristo em primeiro


lugar as classes sociais mais desfavorecidas e humilhadas, como a dos
escravos e dos servos. Hoje parece ter perdido essa capacidade atractiva
até sobre esses. Será possível mudar alguma coisa?

Quando vi a sua pergunta, caríssimo consulente, estive para não lhe


responder, por não se tratar de um tema litúrgico, mas da vida e do mistério
da Igreja. Depois lembrei-me que a resposta já existia. Deu-a o papa Bento
XVI e depois apareceu escrita em muitas revistas. Vou transcrevê-la, tal
como a li.
«Eu diria que uma Igreja que procurasse sobretudo ser atractiva
estaria já num caminho errado. Porque a Igreja não trabalha para si, não
trabalha para aumentar o próprio número, nem o próprio poder. A Igreja
está ao serviço de um Outro, não se serve a si própria para se tornar um
corpo forte, mas serve para tornar acessível o anúncio de Jesus Cristo, as
grandes verdades, as grandes forças de amor de reconciliação que estão
ligadas a esta figura e que vêm sempre da presença de Jesus Cristo. Neste
sentido a Igreja não procura atrair para si própria, mas deve ser trans-
parente para Jesus Cristo. E na medida em que ela não trabalha para si
própria, como corpo forte e poderoso no mundo, mas se faz simplesmente
voz de um Outro, torna-se realmente transparência pela grande figura de
Cristo e as grandes verdades que a força do amor trouxe à humanidade.
A Igreja não deve olhar para si própria, mas ajudar a que se olhe para o
Outro, e ela própria deve ver e falar de um Outro».
Não sei acrescentar mais nada ao que aí lhe deixo como resposta do
papa Bento XVI a alguém que, como o caríssimo amigo, vive preocupado
com este assunto.
Mas deixe-me dizer-lhe apenas só mais isto. Se não andássemos
tão dependentes de estatísticas que se mandam fazer por tudo e por nada,
AO SERVIÇO DA LITURGIA
EM PORTUGAL
400 AO SERVIÇO DA LITURGIA EM PORTUGAL

38
RESPONSÁVEIS E ÓRGÃO EXECUTIVO

222. Conferência Episcopal Portuguesa

A Conferência Episcopal Portuguesa é a mesma coisa que a Comis-


são Episcopal? Quando nasceu? Quais foram os Presidentes da Comissão
Episcopal até hoje?

1. A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e as Comissões


Episcopais (CE) não são a mesma coisa.
A Conferência Episcopal Portuguesa actua regularmente como tal
desde a década 1930-1940, mas só em dezasseis de Maio de 1967 teve os
seus Estatutos aprovados e ratificados pelo papa Paulo VI, a 16 de Julho
de 1967 (CEP, Documentos Pastorais, I [1967-1977], pp. 5, 243 e 250).
Quer isto dizer que viveu e funcionou durante mais de trinta anos sem
Estatutos aprovados e ratificados por Roma. Apesar disso não deixou de
fazer bom trabalho.
A Conferência Episcopal Portuguesa é formada pelos bispos resi-
denciais, coadjutores e auxiliares das dioceses das três províncias ecle-
siásticas de Portugal: Braga, Lisboa e Évora; pelos bispos titulares que
em Portugal exerçam funções por designação da Santa Sé; e pelos bispos
eméritos que forem eleitos para cargos da Conferência.
Os órgãos da Conferência Episcopal são a Assembleia Plenária, o
Conselho Permanente, as Comissões Episcopais, o Secretariado Geral e os
Secretariados Nacionais.

2. A Comissão Episcopal de Liturgia (CEL) é uma das Comissões


Episcopais da Conferência. A primeira referência à sua existência, dispo-
nível e à mão, encontro-a no arquivo de correspondência do Secretariado
Nacional de Liturgia, com data de 6 de Fevereiro de 1962: «No dia 6 de
Fevereiro de 1962, reuniu em Lamego, no Paço Episcopal, a Comissão
de Liturgia do Episcopado Português, composta dos Bispos de Lamego,
SIGLAS UTILIZADAS NO LIVRO

A, B, C – Anos Litúrgicos
CB – Cerimonial dos Bispos
CDAP – Celebrações Dominicais na Ausência do Presbítero
CDC – Código de Direito Canónico
CE – Comissões Episcopais
CEFM – Sagrada Comunhão e Culto do Mistério Eucarístico
fora da Missa
CEL – Comissão Episcopal de Liturgia
CEP – Conferência Episcopal Portuguesa
CIC – Catecismo da Igreja Católica
CJIC – Catecismo Jovem da Igreja Católica
DE – Directório Ecuménico
DMC – Directório das Missas com Crianças
EDREL – Enquirídio dos Documentos da Reforma Litúrgica
IG – Instrução Geral do Missal Romano
IGLH – Instrução Geral Sobre a Liturgia das Horas
IGMR – Instrução Geral do Missal Romano
MR – Missal Romano
NGALC – Normas Gerais do Ano Litúrgico e do Calendário
OLM – Ordenamento das Leituras da Missa
OR – Ordo Romanus
RCB – Ritual do Baptismo das Crianças
SC – Constituição Sacrosanctum Concilium
ÍNDICE GERAL
1ÍNDICE GERAL

CELEBRAÇÃO DA MISSA

1 Preparação
1. Crucifixo durante a celebração da Missa............................................ 8
2. Uma só cruz ou várias cruzes............................................................. 9
3. Ornamentação da igreja, do altar e da cruz......................................... 11
4. Quando se anunciam as intenções da Missa....................................... 14
5. Os textos do Missal Romano.............................................................. 16
6. Gestos e atitudes corporais durante a celebração da Missa................ 18

2 Ritos Iniciais
7. Evangeliário e cruz na procissão de entrada....................................... 19
8. Reverência ao altar............................................................................. 20
9. Inclinação profunda ao altar ou genuflexão ao Santíssimo................ 20
10. Lugar da cadeira presidencial............................................................. 21
11. Acto penitencial.................................................................................. 22
12. Cantar a absolvição............................................................................. 23
13. Os cânticos do Ordinário da Missa: Glória, Salmo e Santo............... 26
14. Textos do Glória a Deus nas alturas e do Santo, Santo, Santo........... 30
15. Lugar do coro na celebração da Missa............................................... 32
16. Lugar destinado aos fiéis na Missa..................................................... 33
17. Incenso litúrgico................................................................................. 34
18. Formas de incensar............................................................................. 35
19. Uso do incenso na Missa e fora dela.................................................. 36
20. Inclinações antes e depois da incensação........................................... 40

3 Liturgia da Palavra
21. Papel do comentador na assembleia................................................... 40
22. Lugar do comentador.......................................................................... 42
23. Lugar do ambão na igreja................................................................... 43
24. Ambão e microfone............................................................................ 45
25. Olhar a assembleia durante a leitura................................................... 46
406 ÍNDICE GERAL

26. Inclinações a fazer pelo leitor............................................................. 47


27. Genuflexões e inclinações dos leitores na Eucaristia......................... 48
28. O salmo responsorial.......................................................................... 50
29. Lugar donde se canta o salmo responsorial........................................ 51
30. O Aleluia antes do Evangelho............................................................. 52
31. O Aleluia e o versículo antes do Evangelho....................................... 53
32. O Aleluia e o seu versículo antes do Evangelho................................. 54
33. A aclamação antes da leitura do Evangelho....................................... 56
34. O sinal da cruz na proclamação do Evangelho................................... 58
35. Proclamação do Evangelho pelo diácono........................................... 61
36. Bispo, presbítero e diácono na proclamação do Evangelho............... 64
37. A homilia............................................................................................ 66
38. Ajoelhar ou genuflectir na proclamação do Credo ............................ 66

4 Liturgia Eucarística
39. As coisas do altar................................................................................ 68
40. O que deve ou pode colocar-se no altar.............................................. 71
41. As mulheres e as jovens podem servir ao altar................................... 72
42. Inclinações ao altar durante a celebração........................................... 74
43. A pequena cruz do corporal................................................................ 74
44. Modo de organizar a procissão dos dons............................................ 76
45. Colocar e estender o corporal no altar................................................ 81
46. Onde se deve colocar o sanguinho...................................................... 82
47. Os acólitos purificam as mãos?........................................................... 84
48. O acólito, o cálice, a patena e o altar.................................................. 85
49. Preparação do cálice........................................................................... 86
50. Incensação das oblatas........................................................................ 87
51. Modo de incensar................................................................................ 88
52. Ductos e ictos na incensação.............................................................. 88
53. Incensação e inclinações..................................................................... 88
54. O acto de incensar............................................................................... 90
55. Atitudes corporais durante a Oração Eucarística................................ 91
56. O momento da consagração................................................................ 92
57. As palavras da consagração do cálice................................................. 94
58. Toque da campainha na Missa............................................................ 95
59. Doxologia final das Anáforas.............................................................. 97
ÍNDICE GERAL 407

60. Levantar as mãos à doxologia final.................................................... 102


61. O canto do Pai-Nosso na Eucaristia dominical................................... 103
62. Como se reza o Pai-Nosso na Missa?................................................. 105
63. O embolismo do Pai-Nosso................................................................ 107
64. Modo de realizar o rito da paz............................................................ 107
65. O pão para a Eucaristia....................................................................... 110
66. Cor do véu da píxide........................................................................... 112
67. Jejum eucarístico................................................................................ 114
68. Momento de ir buscar a píxide ao sacrário......................................... 117
69. Comungar de pé ou de joelhos............................................................ 118
70. Comunhão na mão.............................................................................. 120
71. Comungar na mão............................................................................... 126
72. Comunhão sob as duas espécies......................................................... 129
73. Receber a Comunhão na mão
ou comungar por suas próprias mãos.................................................. 135
74. Ministro do cálice na Comunhão sob as duas espécies...................... 137
75. Impossibilidade de comungar por causa da alergia ao glúten............ 138
76. Dar a Comunhão com a mão esquerda............................................... 139
77. A maneira de se apresentar à Comunhão............................................ 139
78. Comunhão por intinção ...................................................................... 141
79. Posição corporal dos fiéis durante a distribuição da Comunhão........ 141
80. Posição corporal dos fiéis e dos concelebrantes
durante a distribuição da Comunhão.................................................. 143
81. Atitude corporal dos fiéis durante a Comunhão................................. 145
82. Os momentos a seguir à Comunhão................................................... 147
83. Vasos litúrgicos nas grandes Missas campais..................................... 148

DIVERSAS FORMAS
DE CELEBRAÇÃO DA MISSA

5 A Missa antes da Reforma Litúrgica


84. Origem da palavra ‘missa’ e evolução da celebração eucarística....... 152
85. Missa Tridentina................................................................................. 154
86. As sacras............................................................................................. 155
408 ÍNDICE GERAL

6 Missa de Vigília e Missa vespertina


87. O que é e não é a Missa vespertina..................................................... 156
88. Alguns dos dias em que pode haver Missa vespertina..................... 158
89. Hora a partir da qual se pode celebrar Missa vespertina.................... 160
90. Missa da vigília e Missa vespertina.................................................... 162
91. Cumprimento do preceito dominical em Missa não vespertina.......... 163

7 Missas com crianças


92. As crianças na celebração da Missa.................................................... 164
93. As crianças na celebração da Missa
e nas celebrações da Palavra............................................................... 166
94. Aclamações nas Missas com crianças................................................ 167
95. Leituras feitas por crianças................................................................. 169
96. Encenação da palavra nas Missas com crianças................................. 171

8 Missas de defuntos
97. Missas de defuntos.............................................................................. 172
98. Missa do sétimo dia............................................................................ 173
99. Ornamentação do altar nas Missas de defuntos na Quaresma............ 174
100. Toque dos sinos nos funerais.............................................................. 175

OUTRAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS

9 Liturgia das Horas


101. Breviário e Liturgia das Horas............................................................ 180
102. Liturgia das Horas durante a exposição do Santíssimo...................... 181
103. Incensação durante as Vésperas com adoração do Santíssimo........... 182
104. Vésperas logo a seguir à Missa........................................................... 184
105. Completas do dia de Pentecostes........................................................ 186
106. Liturgia das Horas da solenidade do Sagrado Coração de Jesus........ 186
107. Liturgia das Horas do dia 2 de Novembro.......................................... 187

10 Sacramentos
108. Preparação dos pais e padrinhos para o Baptismo das crianças......... 189
109. Adiamento do Baptismo das crianças ................................................ 190
ÍNDICE GERAL 409

110. Baptismo de crianças.......................................................................... 193


111. Taxas devidas pela transferência de Baptismos.................................. 198
112. Livros Paroquiais e Baptismo............................................................. 199
113. Idade para receber a Confirmação...................................................... 201
114. Sacramento da Penitência .................................................................. 202
115. Exames de consciência a partir da Palavra de Deus........................... 204
116. Comungar sem se confessar................................................................ 207
117. Festa da primeira Comunhão ............................................................. 209
118. Questões várias sobre o diácono......................................................... 211
119. Matrimónio de uma pessoa solteira com outra divorciada................. 213
120. Recolha de ofertas num casamento sem Missa................................... 214
121. Bênção dos esposos ........................................................................... 215
122. Novo casamento de divorciados......................................................... 217

11 Comunhão fora da Missa


123. Distribuição da Comunhão fora da Missa.......................................... 220

12 Celebrações Dominicais na Ausência do Presbítero


124. Ministros leigos na proclamação do Evangelho................................. 224
125. Incenso nas Celebrações Dominicais
na Ausência do Presbítero................................................................... 224
126. Recolha da colecta
nas Celebrações Dominicais na Ausência do Presbítero.................... 225

13 Santíssimo Sacramento
127. Capela do Santíssimo Sacramento...................................................... 228
128. Adoração e genuflexão ao Santíssimo Sacramento............................ 230
129. Genuflectir ao Santíssimo Sacramento .............................................. 231
130. Ministros da exposição do Santíssimo................................................ 233
131. Exposição do Santíssimo.................................................................... 233
132. Saudação ao Santíssimo Sacramento exposto.................................... 234
133. Exposição do Santíssimo na píxide ou na custódia............................ 235
134. Expor o Santíssimo para recitar o terço.............................................. 235
135. Santíssimo exposto e exéquias de corpo presente ............................. 236
136. Exposição do Santíssimo Sacramento
por um ministro extraordinário da Comunhão.................................... 237
410 ÍNDICE GERAL

ANO LITÚRGICO

14 O Domingo
137. O dia do Senhor.................................................................................. 242

15 Tríduo Pascal
138. Ambão adornado durante a leitura da Paixão do Senhor.................... 243
139. Só o madeiro da cruz ou a cruz com a imagem do Crucificado?........ 244
140. Adoração da Cruz na Sexta-Feira Santa ............................................ 248
141. Círio pascal......................................................................................... 249
142. Ladainhas dos Santos na Vigília pascal.............................................. 251
143. Cobrir o altar com a toalha
e adornar a igreja com flores na Vigília pascal................................... 252
144. Vigília pascal presidida por um diácono............................................. 254

16 Solenidades, Festas e Memórias


145. As festas não se transferem................................................................. 256
146. Festas móveis...................................................................................... 257
147. Memórias obrigatórias e facultativas.................................................. 258

17 Celebrações ao longo do Ano Litúrgico


148. Directório Litúrgico............................................................................ 258
149. Relatos do nascimento de Jesus e celebrações do Tempo do Natal.... 259
150. Ocorrências litúrgicas......................................................................... 262
151. Organizar o calendário litúrgico de uma Ordem Religiosa................ 264
152. Flores na liturgia do Advento e da Quaresma..................................... 265
153. Celebração do Santíssimo Nome de Jesus.......................................... 266
154. Quarta-Feira de Cinzas....................................................................... 267
155. Preparar as cinzas............................................................................... 268
156. Círio pascal no Tempo Pascal............................................................. 269
157. As Rogações....................................................................................... 269
158. Vigília de Pentecostes: leituras para a celebração prolongada........... 273
159. Possibilidade de escolher leituras na Vigília de Pentecostes.............. 275
160. Solenidade do Corpo de Deus............................................................. 277
161. Solenidade de Todos os Santos........................................................... 278
162. Missas na Comemoração dos Fiéis Defuntos..................................... 279
ÍNDICE GERAL 411

18 Santos e Beatos
163. Data da Solenidade de S. José............................................................ 280
164. Padroeiro de um concelho ou de uma paróquia?................................ 282
165. Nomes de Beatos na Ladainha dos Santos ........................................ 283
166. Oração colecta da Missa de S. Dionísio ............................................ 285
167. S. Julião, padroeiro da Figueira da Foz.............................................. 288
168. Quem foi S. Julião, patrono da Figueira da Foz?............................... 289

DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS

19 Dedicação e uso das igrejas


169. Dedicação da igreja e do altar............................................................. 296
170. A utilização do edifício da igreja........................................................ 297
171. Igreja paroquial com má acústica....................................................... 298

20 Altar
172. Reverência ao altar............................................................................. 301
173. Dimensões e material de um altar menor........................................... 301

21 Imagens
174. Cobrir as imagens das igrejas............................................................. 304

22 Insígnias do Bispo
175. Báculo e mitra..................................................................................... 305
176. Mitra e báculo..................................................................................... 307
177. Vestes do Bispo................................................................................... 308

LITURGIA
E LIVROS LITÚRGICOS

23 O Mistério da Liturgia
178. O que celebramos na Liturgia............................................................. 310
179. O que é celebrar a Missa, quem celebra,
que fazer para participar melhor?....................................................... 311
412 ÍNDICE GERAL

24 Apresentação gráfica dos livros litúrgicos


180. Maiúsculas e minúsculas pronominais relativas a Deus
nos textos litúrgicos............................................................................ 315

25 O Missal Romano
181. O Missal Romano actual..................................................................... 321
182. Próxima edição típica do Missale Romanum...................................... 323
183. Fazer um Missal.................................................................................. 323

26 O Leccionário
184. Anos litúrgicos A, B, C....................................................................... 324
185. Leituras e orações das Missas não vespertinas
celebradas no sábado à tarde............................................................... 325
186. Omissão de versículos nos Leccionários............................................ 325
187. O que deve ou não deve ler-se nos Leccionários................................ 326
188. Leituras a fazer em determinado dia................................................... 329

OFÍCIOS E MINISTÉRIOS

27 Ministérios laicais

Leitores
189. Rito da instituição dos leitores e dos acólitos..................................... 334
190. Perguntas em jeito de entrevista sobre o leitor................................... 335
191. Questões sobre os leitores................................................................... 337
192. Leitor instituído e distribuição da Comunhão.................................... 340
193. Cursos Paroquiais de Leitores............................................................ 342

Acólitos
194. Acólito não instituído......................................................................... 345
195. Funções dos acólitos........................................................................... 346
196. Questões relacionadas com os acólitos............................................... 348
197. Casos em que o acólito pode estender o corporal sobre o altar.......... 350
198. Genuflexões e inclinações dos acólitos............................................... 352
199. Limite de idade para se ser acólito..................................................... 352
ÍNDICE GERAL 413

200. Acolitar na Missa Tridentina.............................................................. 356


201. Pode um acólito, que entretanto se divorciou,
continuar a ser acólito?....................................................................... 358

Ministros extraordinários da Comunhão


202. Ministros extraordinários da Comunhão............................................ 359
203. Vestes dos ministros extraordinários.................................................. 360
204. Faça cada qual tudo e só o que lhe pertence....................................... 361
205. Ministros extraordinários e purificação do cálice............................... 362
206. Posição corporal dos ministros extraordinários
durante a consagração......................................................................... 363

CANTO E MÚSICA NA LITURGIA

28 Cantos em Português e em Latim


207. Cânticos alegres na Liturgia............................................................... 366
208. Cânticos em latim............................................................................... 368

29 Música gravada nas celebrações


209. Uso de CDs nas celebrações............................................................... 369

RELIGIOSIDADE POPULAR

30 Religião e fé
210. Religião cristã ou fé cristã?................................................................. 372

31 Rosário
211. A recitação do Rosário........................................................................ 375
212. Rezar o Rosário ou o Terço
diante do Santíssimo Sacramento exposto.......................................... 377

32 Via-Sacra
213. Como termina a Via-Sacra.................................................................. 379
214. Via-Sacra e acólitos............................................................................ 380
414 ÍNDICE GERAL

33 Procissões e velas
215. Procissões........................................................................................... 384
216. Velas de cor......................................................................................... 386

34 Bênçãos
217. Uso de bandeiras na Liturgia.............................................................. 387

IGREJA, SACERDÓCIO
E FÉ CRISTÃ

35 Igreja ao Serviço de Cristo


218. Olhar de Bento XVI sobre a Igreja..................................................... 390
219. Igreja, assembleias litúrgicas e fé....................................................... 391

36 Sacerdócio dos Ministros


220. Aniversário de Ordenação presbiteral................................................ 395

37 Aprofundamento da fé
221. Catecismo Jovem da Igreja Católica................................................... 397

AO SERVIÇO DA LITURGIA
EM PORTUGAL

38 Responsáveis e Órgão Executivo


222. Conferência Episcopal Portuguesa..................................................... 400
223. Secretariado Nacional de Liturgia...................................................... 401

SIGLAS UTILIZADAS NO LIVRO........................................................... 404

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