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CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO NEOTESTAMENTÁRIO

Atividade Discursiva

O momento em que Jesus exerce seu ministério profético e messiânico é marcado por tensões
políticas e sociais, que são reflexos de anos de conflitos e alianças estabelecidas desde o
período asmoneu. A organização social e política, os grupos religiosos existentes no período de
Jesus, bem como o diálogo e afastamento de Jesus em relação a esses fatos, são fruto de
intensa discórdia dentro do próprio judaísmo do tempo de Jesus.

Com base nas informações do sobre os grupos religiosos do tempo de Jesus, faça uma
comparação entre as crenças dos principais grupos (Fariseus, Saduceus, Zelotes, Essênios) com
a postura de Jesus em relação a tais crenças.

1 - Zelotes

Os zelotes eram membros do partido judaico que se opunha à dominação romana por julgá-la
incompatível com a soberania do Deus de Israel. Em períodos mais turbulentos apelavam à
violência. Os zelotes formavam um grupo extremista que usava a rebelião e a violência contra
a dominação dos romanos, pois acreditavam que tal submissão era uma traição a Deus.

1.1 - Jesus

Todo o ministério de Jesus era baseado em meios pacíficos.

2 - Saduceus

Os saduceus eram o partido religioso, econômico e político dominantes na época de Jesus. A


ele pertenciam a maioria dos sacerdotes. Favoráveis à presença romana, eram materialistas e
não acreditavam na ressurreição, nem nos anjos.

2.2 – Jesus

A vida para eles, portanto, se resumia ao aqui e agora, sobre a qual Deus não tinha nenhuma
interferência. Quanto a esse grupo, Jesus disse aos seus discípulos para tomarem cuidado com
o seu “fermento” (Mt 16,6), símbolo do mal e da corrupção.

3 – Fariseus

Os fariseus ou separados eram um partido leigo muito próximo ao povo. Eram admirados pelo
povo mesmo que o desprezassem. Distinguiam-se pela intransigência e rígida observação da
Lei, além de elevado nível moral. Acreditavam na Ressurreição, nos anjos e aguardavam o
Messias.

3.3 – Jesus
Em razão do seu legalismo, Jesus os repreendeu de forma corajosa (Mt 23,1-32), chamando-os
de amantes dos primeiros lugares, hipócritas e condutores cegos, pois a religiosidade deles
estava baseada no exterior, nos rituais e na justiça própria, em desprezo à parte mais
importante da Lei: o juízo, a misericórdia e a fé.

4 – Essênios

Os essênios eram um grupo originalmente ligado ao clero de Jerusalém, mas que se afastou
em protesto. Retiraram-se para o deserto a fim de encarnar uma vivência genuína da fé
judaica, com vida comunitária intensa e cultivo da esperança messiânica.

4.4 – Jesus

As práticas místicas dos essênios destoavam dos ensinamentos de Jesus, que não impôs
nenhum ritual de purificação, a não ser a purificação pela Palavra (Jo 13,10; 15,3). Além disso,
os cristãos foram chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5,13-15), o que implica
viver e influenciar a sociedade e a cultura, e não viver em reclusão.

LITERATURA E PANORAMA DO NOVO TESTAMENTO (resposta dia 26/08/2022)

Atividade Discursiva

Reflita sobre o período Intertestamentário e sobre o processo de produção literária dos livros
apócrifos e pseudoepígrafos nesse período, e destaque os principais argumentos para a não
aceitação desses livros por parte dos judeus e cristãos em seus respectivos cânones.

Apócrifo, termo denominado como oculto ou ilegítimo; já a palavra pseudoepígrafos significa


que são escritos judaicos extra bíblicos ou não inspirados do Antigo Testamento.

Esses eram livros que deixavam explicito que em determinadas circunstancias as intenções dos
autores eram muito atrevidas, pois muitas vezes achavam que estavam completando relatos
bíblicos ou que até mesmo que as obras em questão fossem substituídas pelas suas.

Será destacado quatro argumentos para a não aceitação dos apócrifos / pseudoepígrafos pelos
judeus e cristãos:

1- Autoridade Apostólica;
2- Catolicidade;
3- Uso tradicional;
4- Inspiração Divina.

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