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PROJETO PEDAGÓGICO

LEO FRAIMAN
A SÍNDROME
DO IMPERADOR
PAIS EMPODERADOS EDUCAM MELHOR

Mais de
100 DICAS
práticas para
contribuir com
a educação
dos filhos
INTRODUÇÃO
É bastante comum as equipes gestoras das escolas, tanto públicas como privadas,
apontarem as dificuldades em estabelecer vínculos de confiança com as famílias de
seus alunos. Em parte, porque consideram que as famílias cobram da instituição
escolar algo que vai além de seu escopo de atuação; em parte, porque consideram
a escola a portadora inequívoca das soluções para a educação de crianças e jovens.
A proposta deste projeto pedagógico é estimular, por meio da adoção do
livro A síndrome do imperador pelas famílias, a parceria entre estas e a escola, ex-
plicitando os limites e as potencialidades de cada parte no processo de formação
integral dos alunos. Trabalhando conjuntamente, equipe pedagógica e pais ou
responsáveis ajudarão a formar crianças e jovens mais colaborativos e atuantes,
identificando e prevenindo comportamentos que podem levar os filhos a se tor-
narem “pequenos imperadores”.
Com a ajuda do projeto, família e escola poderão discutir juntas temas como:
• Quais ações as famílias podem praticar para contribuir com o desenvolvimento
de crianças e jovens em uma sociedade em permanente transformação.
• Quais ações dos pais ou responsáveis podem contribuir para uma vida familiar
mais saudável.
• Qual é a importância da relação solidária entre famílias e escola no desenvolvimento
socioemocional de crianças e jovens.

O que você vai encontrar neste projeto


• Embasamento teórico para melhor compreensão do livro.
• Resumo dos capítulos para envio aos pais ou responsáveis, de forma a
incentivar a leitura.
• Sugestões de reflexões e atividades relacionadas a cada capítulo.
• Indicações de como trabalhar, em parceria com as famílias, com o Caderno
de Atividades.
• Orientações para a realização de encontros presenciais com as famílias.

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Como este projeto está estruturado
• Apresentação
• Atividades – Leitura guiada dos capítulos e orientações para o Caderno de
Atividades
• Encontros – Orientações para os encontros presenciais
• Planejamento – Organização da entrega dos livros para as famílias e calendário
dos encontros (duas opções):
• Opção 1 – Leitura guiada dos capítulos e três encontros presenciais
com as famílias (duração de 1h30)
• Opção 2 – Leitura guiada dos capítulos e cinco encontros presenciais
com as famílias (duração de 1h30)

Ressaltamos que o conteúdo deste projeto é de sugestões, que podem ser utiliza-
das em sua totalidade, parcialmente ou de forma adaptada à realidade da escola.

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APRESENTAÇÃO
Esta apresentação visa aprofundar alguns conceitos e teorias de autores citados
por Leo Fraiman em seu livro, de maneira que você tenha subsídios para condu-
zir o projeto de parceria com a família dos alunos. O primeiro conceito de que
vamos tratar é o que dá título ao livro.

O que é síndrome do imperador


A expressão “síndrome do imperador” tem sido cada vez mais utilizada para de-
signar o problema de crianças e adolescentes que se comportam como tiranos no
interior da família: não obedecem a regras, querem ter todos os seus caprichos
atendidos imediatamente, não sabem lidar com a frustração, são mandões e agres-
sivos, desrespeitam as pessoas que estão a sua volta, entre outras características.
A síndrome do imperador não é um problema psiquiátrico, mas sim educa-
cional. Portanto pode ser corrigida com a mudança das atitudes de pais e edu-
cadores. A origem dessa síndrome está relacionada à conformação de relações
que não são saudáveis entre pais e filhos, como: pais ausentes ou excessivamente
permissivos, falta de limites claros, confusão entre amar e mimar, mercantilização
ou terceirização da responsabilidade que cabe à família no processo educativo e,
em grande medida, pouca confiança dos pais em si mesmos e nos próprios filhos.
Nesse sentido, a proposta de Leo Fraiman nessa obra é a de empoderar os
pais para que possam reassumir o controle da família e promover uma educação
saudável.
Assim, o livro é direcionado aos pais, mas deixa muito clara a necessidade de
que a equipe pedagógica da escola seja parceira da família no processo de mudan-
ça das atitudes educativas em relação aos filhos. Somente com essa união entre
escola e família, entre pais e educadores, será possível oferecer às crianças e aos
adolescentes de hoje as ferramentas para que se tornem adultos autoconfiantes,
proativos, criativos, autônomos, empreendedores e, portanto, capazes de obter
sucesso e felicidade na vida (profissional, social e familiar).

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Mundo líquido
Ao contextualizar “como estamos vivendo hoje” (capítulo 1), Leo Fraiman cita
diversos estudos e autores, entre eles Zygmunt Bauman, que desenvolve o con-
ceito de “modernidade líquida”. Segundo essa concepção do sociólogo polonês,
a sociedade em que vivemos atualmente perdeu as referências em instituições
e valores de sustentação, tornou-se uma sociedade líquida, fluida, incapaz de
manter uma forma.
Bauman considera que a globalização e o surgimento de novas tecnologias,
bem como a instabilidade econômica mundial, contribuíram para essa “liquefa-
ção” da estrutura social. O Estado, que antes era a instância maior da organização
social, está perdendo sua função. A família está deixando de ser a principal res-
ponsável por transmitir valores éticos e morais. A escola não é mais o local onde
se concentram o conhecimento e o aprendizado. As formas de trabalho mudam
constantemente. Até as relações entre as pessoas – relações de amor, amizade,
familiaridade – são cada vez mais fluidas.

São esses padrões, códigos e regras a que podíamos nos conformar, que podíamos selecio-
nar como pontos estáveis de orientação e pelos quais podíamos nos deixar depois guiar,
que estão cada vez mais em falta. Isso não quer dizer que nossos contemporâneos sejam
guiados tão somente por sua própria imaginação e resolução e sejam livres para construir
seu modo de vida a partir do zero e segundo sua vontade, ou que não sejam mais depen-
dentes da sociedade para obter as plantas e os materiais de construção. Mas quer dizer que
estamos passando de uma era de “grupos de referência” predeterminados a uma outra de
“comparação universal”. (BAUMAN, Z. Modernidade líquida, p. 14)

Essa sociedade, em que tudo é temporário, gera insegurança, angústia, ansiedade


e medo. É em resposta a essa situação que Leo Fraiman destaca a importância
de a criança e o adolescente terem um projeto de vida, mas, para construí-lo,
precisam ser apoiados pela família e pela escola.

Infelizmente, se olharmos bem ao nosso redor, podemos perceber que a falta de liderança
e de referências que gera insegurança e sensação de desamparo também estão presentes em
muitas famílias. Por isso, a criança e o adolescente que tiverem um projeto de vida terão
também mais chances de crescer para serem a melhor versão de si mesmos. (FRAIMAN,
L. A síndrome do imperador, p. 16)

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Presente e futuro
Outro estudioso citado por Fraiman é Yuval Harari, autor de Sapiens: uma breve
história da humanidade, Homo Deus: uma breve história do amanhã e 21 lições
para o século 21. Neste, ele explora as grandes questões do presente e o que po-
demos fazer para construir um futuro melhor. Ao falar sobre trabalho, aponta
uma dualidade:

Não temos ideia de como será o mercado de trabalho em 2050. Sabemos que o aprendi-
zado de máquina e a robótica vão mudar quase todas as modalidades de trabalho – desde
a produção de iogurte até o ensino da ioga. Contudo, há visões conflitantes quanto à na-
tureza dessa mudança e sua iminência. Alguns creem que dentro de uma ou duas décadas
bilhões de pessoas serão economicamente redundantes. Outros sustentam que mesmo no
longo prazo a automação continuará a gerar novos empregos e maior prosperidade para
todos. (HARARI, Y. 21 lições para o século 21, p. 45)

Segundo Harari, os seres humanos têm basicamente dois tipos de habilidade: as


físicas e as cognitivas. Se antigamente o desenvolvimento tecnológico substituía
o trabalho físico, hoje, com a inteligência artificial (IA), as máquinas concorrem
com os humanos e cada vez mais podem substituí-los também em tarefas que
requerem habilidades cognitivas. A tendência é a perda de muitos postos de tra-
balho tradicionais.
Porém, Harari afirma que a inteligência artificial também poderá ajudar a
criar novos empregos humanos, na medida em que estes, em vez de competir,
sejam concentrados nos serviços, na pesquisa, no desenvolvimento e na própria
alavancagem da inteligência artificial. “Se for assim, é possível que o mercado de
trabalho em 2050 se caracterize pela cooperação, e não pela competição, entre
humanos e IA”, afirma ele.

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Base Nacional Comum Curricular
Fraiman considera o desenvolvimento das competências socioemocionais fun-
damental para que os jovens estejam preparados para os desafios desse “novo
mundo”. Ao citar em seu livro essas competências, o faz relacionando-as com a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Finalizada em 2018, após quatro anos de elaboração, a BNCC define quais
são as competências e as habilidades que todos os alunos brasileiros devem de-
senvolver, progressivamente, na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e no
Ensino Médio. Como afirmado na introdução desse documento, ela é um patamar
sobre o qual todas as escolas, do sistema público ou privado, devem trabalhar:
“para além da garantia de acesso e permanência na escola, é necessário que sis-
temas, redes e escolas garantam um patamar comum de aprendizagens a todos
os estudantes, tarefa para a qual a BNCC é instrumento fundamental” (p. 8).
Segundo a Base, “competência é […] a mobilização de conhecimentos (con-
ceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais),
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (p. 8). Nela são estabelecidas dez
competências gerais que devem estar presentes nas três etapas da Educação Básica:

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo


físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar apren-
dendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, in-
cluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para
investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar
soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mun-
diais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escri-
ta), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens
artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiên-
cias, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

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5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as
escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimen-
tos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conheci-
mentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo
do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de
vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, ne-
gociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promo-
vam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em
âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de
si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se
na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica
e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se
respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento
e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identida-
des, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliên-
cia e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários. (BNCC, p. 9-10)

Em seu livro, Fraiman resume o que são essas competências (conhecimento;


pensamento científico, crítico e criativo; repertório cultural; comunicação; cul-
tura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação; autoconhecimento e
autocuidado; empatia e cooperação; e responsabilidade e cidadania), explica como
elas podem ser trabalhadas pela família (p. 110-114) e sugere algumas “Ideias
iluminadoras para desenvolver as 10 competências da BNCC no cotidiano fa-
miliar” (p. 159-169).
É interessante que todos os professores leiam o documento original da
BNCC, especialmente a Introdução e a parte referente à etapa da Educação Básica
em que atua. Esse é um documento público e pode ser consultado em: <http://
basenacionalcomum.mec.gov.br/> (acesso em: 25 jul. 2019).

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Família e escola
Como afirmado anteriormente, o livro A síndrome do imperador é direcionado
aos pais, mas a todo momento são feitas referências à importância da união entre
família e escola. No capítulo 6, especialmente, Leo Fraiman dá algumas orien-
tações voltadas às instituições educacionais:

Para promover o desenvolvimento socioemocional, a escola deve, em primeiro lugar,


propiciar um ambiente acolhedor e inspirador a seus próprios profissionais. Para isso,
deve: incentivar a criação de uma rede de apoio e consideração entre os educadores, ge-
rando familiaridade e estimulando o trabalho em equipe; promover o aperfeiçoamento
das competências pedagógicas e educacionais; criar novas competências motivacionais;
compartilhar boas práticas; realizar estudo de casos e promover ações de aprendizado co-
mum, tais como trocas de experiências entre pares; estimular a adoção de hábitos de saúde
e qualidade de vida; desenvolver contextos formais e informais de aprendizados (esportes,
artes, atividades cívicas, entre outras); e oferecer orientação sistemática e multimídia aos
familiares. (FRAIMAN, L. A síndrome do imperador, p. 108)

O autor também enfatiza que é necessária uma relação forte entre família e escola,
pautada na confiança. “Quando uma família matricula seus filhos em uma escola,
está aceitando uma série de deveres e adquirindo direitos, e o combinado é que
ambos sejam respeitados e cumpridos” (p. 115). Fraiman afirma que a relação
entre escola e família é delicada e que, para que se estabeleça e perdure, deve ser
muito clara para ambas as partes. O autor indica aos pais seus direitos e deveres
em relação à escola (p. 118-120), e é importante que esse quadro também seja
lido e refletido pela equipe pedagógica.
Para finalizar: este projeto pedagógico foi feito para educadores como você,
para ajudá-los a implementar uma parceria sólida e frutífera com os pais. Por
isso, é importante ler o projeto na íntegra e assistir a todos os vídeos indicados
(inclusive os que são sugeridos para os pais), fazendo as adaptações necessárias à
realidade da comunidade escolar.

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ATIVIDADES
A seguir é apresentado o resumo dos capítulos, acompanhado de orientações para
a realização das atividades propostas no livro e de sugestões de vídeos, textos e
conteúdos complementares.
Esses materiais podem ser impressos e enviados aos pais ou disponibilizados
pela escola para acesso em ambiente virtual.

Diário de Bordo
O Diário de Bordo é um recurso que ajuda na organização da leitura e na vi-
sualização dos avanços conseguidos durante o desenvolvimento do projeto. Para
compô-lo, a escola deve pedir aos pais que adquiram um caderninho (ou poderá
oferecê-lo como brinde às famílias participantes), e nele deverão ser registradas
todas as etapas realizadas ao longo do projeto.
É necessário que esse registro seja detalhado e preciso, indicando datas e
locais de todos os eventos; passos, descobertas e indagações ao longo da leitura;
resultados dos testes e questionários do Caderno de Atividades. Os pais também
poderão anotar no Diário de Bordo as tarefas solicitadas para os encontros pre-
senciais, bem como sua avaliação desses encontros.
Proponha aos pais que iniciem o Diário de Bordo com as respostas ao “pré-
-teste” sugerido no livro (p. 21-23). Peça que reescrevam as 20 frases, grifando
com canetinha ou marca-texto verde as que assinalaram como “nunca penso
assim” ou “penso assim poucas vezes” (0 ou 1 ponto), em amarelo as que consi-
deraram como “penso assim frequentemente” (2 pontos) e em vermelho as que
foram classificadas como “penso assim sempre” (3 pontos).
Oriente-os a revisar a lista após cada encontro, refazendo as marcações. Assim,
como em um semáforo, os pais e os responsáveis poderão visualizar o que está
indo bem, o que merece mais atenção e os pontos em que têm mais dificuldade.
À medida que a lista for ganhando mais “verde” e tiver reduzidas as marcações
em vermelho, os familiares identificarão os avanços alcançados durante o projeto
e irão se sentir motivados a perseverar no que ainda podem melhorar.

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Introdução — Como estamos vivendo hoje
O livro A síndrome do imperador foi inspirado em uma entrevista concedida
pelo autor, Leo Fraiman, ao apresentador Ronnie Von no programa Todo Seu. A
entrevista alcançou mais de 30 milhões de acessos nas redes sociais e mostrou a
importância do tema da família como educadora. “Este livro é a minha contri-
buição para aqueles e aquelas que ainda acreditam que a família é a base essencial
da formação humana e que os pais e as mães atuais precisam se respeitar mais, se
ajudar mais e fortalecer sua aliança com a escola para formar filhos com brilho
nos olhos e amor no coração” (p. 13), diz Fraiman.
O Brasil vive um momento de muitas crises e incertezas, tanto na esfera
política como na econômica, e a violência gerada por essa situação vitima prin-
cipalmente os jovens. Esse contexto de insegurança e instabilidade também pro-
picia o desenvolvimento de transtornos como síndrome do pânico, depressão e
ansiedade. É um “projeto de morte”, afirma o autor, uma “situação-limite” em
que pais e mães precisam se posicionar em prol da educação dos filhos para que
eles sejam cidadãos autônomos, empreendedores, resilientes e capazes de enfrentar
os desafios e abraçar as oportunidades.
O autor considera que “O intuito deste livro é apontar direções para que
você – pai, mãe, educador, educadora – possa inspirar o caminho e o futuro dos

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nossos jovens” (p. 19). Não se trata de apresentar soluções mágicas para todos os
problemas, mas sim de ajudar pais e mães a repensarem suas práticas e seu pró-
prio projeto de vida. Assim, “de dentro para fora”, poderão assumir o controle e
ajudar os filhos a se tornarem pessoas éticas, saudáveis e felizes.

Atividades para enviar aos pais


• Leia e responda com atenção ao “pré-teste” das páginas 21 a 23. Com ele
será possível identificar se, e em que medida, a família está contribuindo
para a formação de um pequeno “imperador”.
• Repasse as questões para o Diário de Bordo, grifando as frases com as cores
verde (assinaladas com 0 ou 1 ponto), amarelo (assinaladas com 2 pontos) e
vermelho (assinaladas com 3 pontos). Retome essa parte do Diário de Bordo
ao término de cada capítulo ou após cada encontro presencial.
• O livro cita Zygmunt Bauman e seu conceito de “mundo líquido”, segundo
o qual não há mais parâmetros definidos ou valores consistentes em que
os jovens possam se apoiar. Para entender melhor esse conceito, assista ao
vídeo “A vida e o Mundo Líquido”, episódio 5 da série “Terminar bem para
começar melhor” (disponível em: <https://youtu.be/BxcV0QyqUrs>, acesso
em: 25 jul. 2019).
• A Etapa 1 do Caderno de Atividades traz dez sugestões para desenvolver
a presença. Leia todas as ações e marque as que já realizou. Pense em uma
situação em que uma dessas atitudes te marcou. Relembre como foi, pense
nos detalhes e escreva uma crônica ou conto breve. Caso o professor considere
interessante, poderá ser feita a leitura de alguns desses textos no encontro
presencial.
• Assista ao vídeo “Orientação familiar – Pais na educação escolar – Pais presentes,
filhos com futuro” (disponível em: <https://youtu.be/oYEzLENFb7s>, acesso
em: 25 jul. 2019) para reforçar a importância da presença na vida de seus
filhos e na escola.

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Presente e futuro — Para onde estamos indo?
O título deste capítulo levanta algumas questões que angustiam muitos pais: que
futuro aguarda nossos filhos e filhas? O que estamos construindo para eles? De
que maneira podemos ajudá-los a enfrentar tantos desafios?
As novas tecnologias, que se desenvolvem de maneira veloz, tiveram e ain-
da terão grande impacto no mercado de trabalho, indicando a formação de um
cenário profissional muito diferente do atual. Com a crescente automação, o
desenvolvimento da inteligência artificial e a queda de barreiras físicas e de co-
municação decorrente do avanço da internet, há formas de trabalho e profissões
que tendem a desaparecer e outras que serão criadas.
As ameaças e as dificuldades a serem enfrentadas certamente são muitas, mas
as oportunidades vindouras também são, e os profissionais do futuro deverão se
posicionar diante disso. Para Fraiman, “Se formos capazes de investir em nossas
redes de relacionamento (para formar alianças de profissionais consistentes e in-
teligentes) e em nossa capacidade de nos comunicar (uns com os outros e com
o nosso mercado) e se soubermos criar ou usar a tecnologia, teremos pela frente
um mundo desafiador e interessante. Em resumo, é a atitude empreendedora a
ação – no sentido de pegar a vida nas mãos e fazer acontecer – que nos permitirá
sair da angústia” (p. 30).
É preciso preparar o jovem para lidar com as mudanças, que já estão acon-
tecendo em ritmo acelerado, ajudando-o a ser empreendedor, a trabalhar em

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parceria, a criar formas diferentes de relacionamento. Para isso, não basta contar
apenas com a inteligência cognitiva; desenvolver as competências socioemocionais
é fundamental para que os jovens alcancem sucesso, seja na esfera profissional,
social ou familiar.

Atividades para enviar aos pais


• Leo Fraiman cita em seu livro a obra 21 lições para o século 21, de Yuval
Harari, segundo a qual “uma das maiores ameaças ao ser humano diante desse
cenário futuro é a dispensabilidade”. A obra também apresenta reflexões sobre
o futuro profissional e a flexibilidade do mercado de trabalho, e a educação
e a formação integral. Para conhecer mais sobre o pensamento de Harari,
assista ao vídeo “21 lições para o século 21 – Resumo animado” (disponível
em: <https://youtu.be/owOvHbIXSag>, acesso em: 25 jul. 2019).
• De acordo com o relatório “21 profissões do futuro” (p. 34-36), há três pilares
comuns a todas as novas profissões: treinamento, cuidado e conexão. Faça
um exercício de reflexão sobre esses três conceitos: que profissões atuais você
acredita que desenvolvem bem esses itens? Por que você considera isso? Você
tem uma ou mais dessas habilidades? Você procura desenvolver, em seu dia
a dia, essas habilidades? Anote suas reflexões no Diário de Bordo.
• As empresas valorizam cada vez mais as competências socioemocionais, e isso
tem impactado especialmente os jovens que estão ingressando no mercado
de trabalho e tem sido tema de diversas reportagens e matérias jornalísticas.
Leia a seguir dois exemplos de como a mídia trata o assunto.

Se encontrar uma colocação no mercado não está fácil para quem tem experiência pro-
fissional, o desafio dos que acabam de completar o ensino médio ou um curso superior
é ainda maior. No final de 2018, esses jovens de 18 a 24 anos representavam 32,5% dos
12,5 milhões de brasileiros desempregados, segundo dados do IBGE. Ao mesmo tempo,
o mercado precisa da nova geração, composta pelos millennials, que já ocupam 50% dos
cargos em empresas ao redor do mundo, de acordo com a Millennial Survey, pesquisa da
Deloitte. Até 2020, estima-se que este número suba para 75%.

Mas onde está o gargalo, se os jovens querem emprego e as empresas querem contratá-
-los? Segundo especialistas, com a falta de experiência são outros os requisitos buscados
no mercado – e não se fala mais em fluência em idiomas e domínio de programas. [...]

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Saber se relacionar, ser colaborativo, ter postura proativa, criatividade e energia na execução
das tarefas são quesitos que entram nas novas avaliações e pesam tanto ou mais na balança
do que a formação técnica. Batizadas de “soft skills”, estas competências socioemocionais
são características do comportamento humano que a inteligência artificial não substitui.
(ZANATTA, B. Competências socioemocionais são o “pote de ouro” do novo mercado de
trabalho. O Estado de S. Paulo, 24 fev. 2019. Disponível em: <https://economia.estadao.
com.br/blogs/radar-do-emprego/competencias-socioemocionais-sao-o-pote-de-ouro-do-
novo-mercado-de-trabalho/>. Acesso em: 25 jul. 2019.)

O mercado corporativo moderno valoriza cada vez mais pessoas com esse
tipo de habilidade, que envolve empatia, trabalho em equipe, gestão do tem-
po e, mais importante, relacionamento interpessoal. Esses atributos não são
aprendidos necessariamente em sala de aula, mas as instituições de ensino
podem, sim, contribuir para desenvolvê-los.

[...]
Empatia, proatividade, curiosidade, trabalho em equipe e relacionamento interpessoal
entram para o rol das competências socioemocionais, que se tornaram as queridinhas dos
recrutadores nos dias de hoje. São atributos que não dá para passar a ter estudando ou
lendo teorias. A boa notícia é que esse tipo de habilidade não se adquire apenas como traço
de personalidade ou a partir da criação familiar, é possível desenvolver e melhorar sempre,
a partir da vivência e da força de vontade. (MARTINS, T. Empregadores valorizam cada
vez mais as competências socioemocionais. Correio Braziliense, 25 mar. 2018. Disponível
em: <https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/trabalho-e-forma
cao/2018/03/25/interna-trabalhoeformacao-2019,668549/empregadores-valorizam-
cada-vez-mais-as-competencias-socioemocionais.shtml>. Acesso em: 25 jul. 2019.)

• Leia atentamente os dez itens da Etapa 2 do Caderno de Atividades, que trata


de como desenvolver a organização. Identifique as formas de organização
que já estão estabelecidas em sua família e aquelas que você gostaria de
adotar. Estabeleça uma ordem de prioridades e trabalhe um item de cada
vez. Por exemplo: se a maior dificuldade identificada é que os filhos se
alimentem corretamente, você deve pensar primeiro sobre esse ponto para,
então, pesquisar e adotar um cardápio balanceado, determinar horários para
as refeições etc. Se o problema principal for a falta de ajuda dos filhos nas
tarefas domésticas, então a primeira coisa a fazer é dividir os serviços e as
responsabilidades da casa. Anote no Diário de Bordo as ações, as datas de
início e as observações que julgar importantes.

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C A P Í T U LO 3
A realidade das crianças e dos adolescentes
imperadores — Perigos à vista
Crianças e adolescentes não desenvolvem a síndrome do imperador de um dia
para o outro. Isso ocorre como consequência de uma série de fatores, relaciona-
dos à sociedade em que se vive, à educação, às atitudes dos pais e dos professores,
entre outros.
Embora as competências socioemocionais sejam fundamentais para o desen-
volvimento das competências cognitivas, teoricamente estas deveriam ser objeto da
escola, e caberia à família cuidar das primeiras. A mudança nos papéis familiares é
um dos fatores que dificultam a aprendizagem das competências socioemocionais.
Segundo Fraiman, “Criou-se, na educação informal dos filhos, um vácuo que a
escola sozinha não é capaz de ocupar, embora muitas famílias esperem isso. No
mundo ideal, tanto o homem como a mulher deveriam expressar sentimentos e
adotar posturas firmes, ser pessoas amorosas. Mas no mundo real atual, poucos
querem assumir o papel de autoridade, e os filhos ficam sem orientação” (p. 43).
À medida que os pais perdem seu espaço, há um empoderamento de crianças
e adolescentes relacionado principalmente ao consumo, ou seja, à venda “irracio-
nal e infindável de produtos e serviços”, segundo o autor. Esse cenário propicia o
surgimento da síndrome do imperador, manifestada na forma de crianças e ado-
lescentes imaturos, que não respeitam regras nem limites, não aceitam nem sabem
lidar com as frustrações, estão sempre irritados e insatisfeitos e são incapazes de se
relacionar corretamente com as pessoas ao redor ou de tomar decisões equilibradas.

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Uma das ações para propiciar uma educação saudável ao filho, segundo o
autor, “é investir na familiaridade e sair do mero parentesco”. O parentesco é a
situação estabelecida pelos laços de sangue, e, portanto, impossível de mudar.
Já a familiaridade tem a ver com escolhas e está relacionada com a confiança e
a importância que os membros da família têm um para o outro. “Os filhos ten-
dem a confiar em quem sentem que se importa de verdade com eles” (p. 57),
completa o autor.

Atividades para enviar aos pais


• Leia os “Casos para refletir” (p. 60-61). Pense se você já viveu ou conhece
alguém que viveu alguma das situações descritas. Reflita e apresente mais três
situações que considere emblemáticas, indicativas de que “algo está errado na
educação familiar”. Faça as anotações no Diário de Bordo para apresentá-las
no próximo encontro presencial.
• Após assistir ao vídeo “Felicidade – Como ajudar o meu filho a alcançá-la”,
indicado no capítulo, tente definir em poucas palavras o que é “felicidade”
e por que “a verdadeira felicidade é o oposto do vício e chama-se virtude”.
Faça suas anotações no Diário de Bordo.
• Na Etapa 3 do Caderno de Atividades, sobre como desenvolver a disciplina, o
autor sugere: “Assistam juntos a filmes que retratem a disciplina sendo praticada
para um fim relevante [...]. Exemplos inspiradores fazem a diferença” (p. 152).
Um filme bem interessante que pode ser assistido em família é 100 Metros
(dir.: Marcel Barrena, 2016). Baseado na história real de Ramón Arroyo, o
filme conta a história de um homem de 35 anos que é diagnosticado com
uma doença debilitante, mas que supera suas limitações com o esporte. Ou-
tra sugestão é O homem que mudou o jogo (dir.: Bennett Miller, 2017), que
também é baseado em uma história real. No filme, Brad Pitt atua como Billy
Bean, o gerente de um time de beisebol que é surpreendido por um corte de
orçamento. Diante da adversidade, ele reorganiza o elenco de jogadores e o
sistema de finanças do clube, conseguindo manter o time entre as principais
equipes do esporte nos anos 1980.
Dois documentários que também tratam de esportes, disciplina e superação
são I Am Bolt (dir.: Benjamin e Gabe Turner, 2016), sobre o velocista jamai-
cano Usain Bolt, e Paratodos (dir.: Marcelo Mesquita, 2016), que mostra os
desafios e as trajetórias de atletas paralímpicos durante a preparação para as
Paralimpíadas.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 17
C A P Í T U LO 4
Atitudes que prejudicam a educação dos filhos — Sim, isso faz mal
O primeiro passo para alcançar uma educação saudável, que beneficie não só os
filhos mas também os pais, é reconhecer que atitudes podem prejudicar esse cami-
nho. O livro traz dez exemplos de comportamentos prejudiciais na relação com os
filhos: ironia, descaso e menosprezo, agressão física ou verbal, negligência, amea-
ça, comparação, terceirização, mercantilização, autoritarismo e permissividade.
Com base nesses exemplos, Fraiman trata da diferença entre autonomia
e abandono. Muitas vezes os pais acreditam estar dando autonomia aos filhos
quando, na verdade, estão abandonando-os. Educar para a autonomia é se inte-
ressar e acompanhar a vida dos filhos, ajudando-os a tomar atitudes adequadas
e a assumir responsabilidades.
O autor explica: “O ser autônomo é forte por dentro, se sente capaz de en-
frentar a si mesmo (aos impulsos) e aos outros (às provações e provocações). O
abandono decorre da falsa crença de que as coisas se resolvem sozinhas. Outra
atitude de abandono é acreditar que, se o filho não faz alguma coisa, é porque ele
é fraco ou má pessoa. Como vimos, abandonar é também terceirizar a educação
da criança, sob a alegação de que não tem tempo e que já tentou de tudo, de que
a escola ou a esposa/o marido é que têm que cuidar disso” (p. 68). Outros dois
problemas apontados no livro são a superproteção e o autoritarismo.
No quadro “Tipos de pais” (p. 70-73) são apresentadas as quatro principais
posturas adotadas pelos familiares e as consequências delas para os filhos.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 18
Os pais negligentes “são aqueles que oferecem poucas regras e limites, dão
pouco afeto e não se envolvem na vida dos filhos” (p. 70). Como consequência,
estes se sentem abandonados, pouco importantes, e podem se tornar indiferentes
em relação à vida.
Os pais permissivos também estabelecem poucas regras ou limites, mas agem
como se fossem “amiguinhos” dos filhos, tentando participar da vida deles como
iguais, e não como referências adultas. “Essa postura traz vários prejuízos: esses
jovens têm dificuldade em enfrentar a vida, apresentam autoestima e autoeficácia
baixas, muitos são pessimistas e não confiam na vida, em si e no futuro” (p. 71).
“Pais autoritários, ao contrário, oferecem muitas regras e limites, mas pouco
afeto e envolvimento na vida dos filhos” (p. 72), o que gera medo e desconfiança,
fazendo com que os filhos não desenvolvam boas relações sociais e apresentem
baixa autoestima.
Para o autor, “a postura mais adequada para criar filhos de forma saudável
é a dos pais participativos. São aqueles que impõem regras e limites, mas sabem
dar afeto e se envolvem diretamente na vida dos filhos” (p. 72).

Atividades para enviar aos pais


• Releia os dez exemplos de atitudes prejudiciais (p. 65-67) em relação à educação
dos filhos. Questione-se: você já apresentou algum desses comportamentos?
Consegue se lembrar em qual ou em quais situações? Escreva a respeito disso
no Diário de Bordo, descrevendo o que aconteceu, como e por que você
teve essa atitude e se considera que foi adequada ou não. Ao escrever, você
poderá refletir e avaliar o ocorrido de maneira mais objetiva.
• O vídeo “Orientação familiar – Os 4 tipos de pais – Que tipo de pai ou mãe é
você?” (disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=B4lYB2iavO0>,
acesso em: 15 jun. 2019) pode ajudá-lo a entender as quatro diferentes
posturas adotadas pelos pais e a refletir sobre o “tipo de pai” com o qual
você se identifica.
• A Etapa 4 do Caderno de Atividades é sobre como desenvolver o engajamento.
O item 8 indica: “Viva seus dias com mais propósito”, e apresenta um roteiro
que pode ser feito pela manhã (p. 154). Pratique essa sugestão por 15 dias.
Anote os resultados e observações no Diário de Bordo.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 19
C A P Í T U LO 5
Corrigindo o rumo para uma educação saudável
— Pais empoderados educam melhor
Na prática, o comportamento de resolver tudo pelo filho equivale a afirmar que
ele é incompetente, incapaz de tomar decisões. Deixar que ele faça só o que quer,
na hora que quer e do jeito que quer, sem se importar com as consequências ou
com os reflexos disso na vida de outras pessoas, também acaba por destruir a
confiança que ele tem nos pais e, consequentemente, em si mesmo. O papel dos
pais é ajudar os filhos a terem mais autoconfiança, autonomia e responsabilidade.
Uma das formas apontadas para tornar crianças e adolescentes mais autocon-
fiantes é desenvolver a resiliência, ou seja, a capacidade de se adaptar a mudanças,
de lidar com problemas e de superar dificuldades sem se deixar abater por elas.
Para Fraiman, “A chave é ensinar aos filhos que, se há solução, não temos pro-
blemas, e sim desafios que nos farão melhores e maiores” (p. 81).
Neste capítulo é retomado e aprofundado o tema da felicidade, afirmando-se
que esta é uma sensação que advém dos contrastes da vida e que não está basea-
da no “ter”, mas no “empreender”. “Afinal, tanto o sucesso como a felicidade
são construídos de dentro para fora, a partir de pequenas ações que se tornam
hábitos, que se tornam virtudes, que constroem nosso caráter, o qual se torna

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 20
nossa fortaleza interior” (p. 82). A felicidade é entendida como uma construção
pessoal, que demanda prática e esforço. Outro fator importante para conquistar
a felicidade é a qualidade das relações (reais, e não virtuais) estabelecidas com as
outras pessoas.
Em seguida, é discutido como os pais podem se empoderar para mudar a
forma como estão educando seus filhos, praticando atitudes que unam firmeza
e afetividade, presença e confiança. São apontados “dez exemplos de como lidar
de modo adequado e ponderado com questões comuns no dia a dia das famí-
lias” (p. 89-92). Os exemplos são acompanhados de uma breve explicação sobre
a assertividade dos pais nas atitudes tomadas, como uma “moral da história”.
Os quadros que encerram este capítulo tratam de dois assuntos muito im-
portantes: o uso saudável da tecnologia e como conversar em casa sobre o tema
do suicídio. São apresentados estudos que fundamentam as sugestões de como
os pais podem se posicionar e ajudar os filhos nessas questões.

Atividades para enviar aos pais


• Estão disponíveis na internet vídeos com o resumo em animação das teorias
de alguns dos autores citados neste capítulo. Na descrição dos vídeos há
indicações de como adquirir os livros, caso você queira se aprofundar nos
temas. Entre os vídeos, estão: “O jeito Harvard de ser feliz – por Shawn
Achor” (disponível em: <https://youtu.be/-gtlWxYf9LI>, acesso em: 25 jul.
2019), “FORA DE SÉRIE – Outliers | Malcolm Gladwell” (disponível em:
<https://youtu.be/8qc4dKLcksY>, acesso em: 25 jul. 2019) e “Mindset: a
nova psicologia do sucesso”, de Carol S. Dweck (disponível em: <https://
youtu.be/lQqTG6kcj4k>, acesso em: 25 jul. 2019).
• Leo Fraiman afirma que existem algumas ferramentas que podem auxiliar
no empoderamento dos pais, e “a principal delas é o projeto de vida familiar
– o conjunto de atitudes que a família estabelece como suas mais nobres e
valiosas definições e decisões acerca de cada membro e das relações que eles
construirão com a vida nas mais diversas áreas” (p. 92).
Reúna a família para discutir sobre esse tema e elaborar um projeto de vida
de acordo com as indicações do autor: deve ser um documento escrito,
conjunto e que estabeleça objetivos individuais e do grupo, bem como os

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 21
prazos para que as metas sejam cumpridas. É importante definir também
como cada membro da família poderá colaborar para que todos alcancem
os objetivos propostos.
• O livro apresenta 13 “propostas que podem fazer a diferença para um bom
projeto de vida familiar (p. 99-102). Leia cada uma delas, reflita e anote no
Diário de Bordo se concorda ou não com a proposta e por quê.
• Entre as sugestões feitas na Etapa 5 do Caderno de Atividades, para desenvolver
a resiliência, estão: buscar saber mais sobre si mesmo, manter o pensamento
positivo diante da vida, adotar uma atitude de fé, proatividade e criatividade,
perceber situações nas quais você ou seus filhos se esforçaram e conseguiram
superar dificuldades e celebrar pequenas conquistas.
Durante uma semana, experimente o seguinte exercício antes de se deitar:
pense em como foi o seu dia, concentrando-se não nos problemas ou nas
situações desagradáveis, mas sim nos momentos positivos. Lembre-se das
tarefas que conseguiu realizar (no trabalho, em casa ou com a família), mes-
mo que sejam as mesmas que faz todos os dias. Se você teve alguma conversa
agradável com os filhos, o cônjuge ou um amigo, retome o assunto em sua
mente. Se comeu ou bebeu algo de que goste bastante, procure lembrar do
gosto. Você vai se surpreender com a quantidade de coisas boas, prazerosas
e estimulantes que foi capaz de realizar em um dia comum, talvez até con-
siderado inicialmente um dia “ruim”.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 22
C A P Í T U LO 6
Desenvolvendo as competências socioemocionais
— A lição de casa das famílias
As competências socioemocionais foram apontadas anteriormente como funda-
mentais para que o jovem possa enfrentar os novos desafios, inclusive os colocados
pelo mercado profissional. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que
estabelece as competências que precisam ser desenvolvidas durante a Educação
Básica, situa no mesmo patamar de importância as competências cognitivas e as
socioemocionais.
Embora a BNCC se volte para o ensino escolar, cabe aos pais colabora-
rem no aprimoramento dessas competências. Fraiman ressalta que “Da mesma
forma que desenvolvemos nossa musculatura exercitando-nos na academia ou
praticando esportes, é também praticando as competências socioemocionais
que as crianças e os adolescentes vão desenvolver seu cérebro de forma integral”
(p. 109). Por isso, o livro traz dicas, sugestões de atividades e indicação de livros
e filmes para ajudar a família a desenvolver cada uma das dez competências ge-
rais apresentadas pela BNCC: conhecimento; pensamento científico, crítico e
criativo; repertório cultural; comunicação; cultura digital; trabalho e projeto de
vida; argumentação; autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; e
responsabilidade e cidadania.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 23
A responsabilidade pela educação é da escola e da família, em parceria e es-
tabelecendo uma relação de confiança. “Quando há confiança entre a família e
a escola, podem existir diferenças, mas elas são conversadas entre os adultos. É
muito melhor que os adultos (família e escola) construam e honrem um contra-
to claro sobre direitos e deveres de ambos os lados que resulte em um clima de
paz e segurança para todos” (p. 116-117), afirma Leo Fraiman para, em seguida,
apresentar um quadro com os direitos e deveres dos pais na relação com a escola.
Um dos temas adicionais abordados no capítulo 6 é o otimismo, com foco
em como ele pode ser aprendido e exercitado. Outro assunto discutido é como
os pais podem agir para ajudar os filhos a irem bem na escola, dando dicas como:
“Mostre a importância do aprendizado para a vida como um todo, e não ape-
nas para tirar boas notas na escola”, “Proporcione um ambiente adequado ao
estudo”, “Escute as angústias do filho e suas dificuldades, mas não resolva seus
problemas” (p. 122).
“É preciso ressignificar sua identidade, para que seu papel diante da vida
e de seus filhos se renove a fim de alcançar uma felicidade autêntica” (p. 126),
destaca Leo Fraiman na conclusão do livro. Para auxiliar os pais no processo
de empoderamento, o autor constrói um guia de atitudes baseado na palavra
PODER, que inclui ações voltadas a reforçar a Presença, a Organização, a Dis-
ciplina, o Engajamento e a Resiliência.

Atividades para enviar aos pais


• A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento escrito
para orientar as escolas quanto às competências e às habilidades que devem
ser desenvolvidas em cada fase do ensino regular. Embora seja destinado às
escolas, é interessante conhecer esse material e acompanhar como a instituição
de ensino está trabalhando seus conteúdos. A Introdução, em especial, tem
informações sobre o que é e como foi elaborada a BNCC, quais são as dez
“competências gerais da Educação Básica” e quais são seus marcos legais e
fundamentos pedagógicos. O documento pode ser consultado em: <http://
basenacionalcomum.mec.gov.br/> (acesso em: 25 jul. 2019).
• Observe o quadro com os direitos e deveres dos pais (p. 118-120). Responda:
você tem os seus direitos respeitados? Você cumpre com seus deveres? Quais
são os direitos e os deveres que poderiam ser mais bem trabalhados na relação
com a escola?

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 24
• Na conclusão do livro, Leo Fraiman abre um canal de conversa direta com
os leitores e pede que contem as experiências que viveram a partir da leitura
de A síndrome do imperador no site <www.asindromedoimperador.com.br>.
Que tal aceitar o convite do autor e escrever para o portal? Você pode, a
partir das anotações feitas no Diário de Bordo, contar como foi o projeto de
parceria com a escola, as reflexões que fez durante a leitura sobre a educação
de seus filhos e a organização da família e o que mudou (em suas ideias e em
sua prática) depois de ler o livro.

ENCONTROS
Os encontros da equipe pedagógica com os pais e/ou os responsáveis pelos alunos
são momentos propícios para refletir, buscar caminhos que possam ser trilhados
em conjunto e fortalecer os laços entre a escola e a família. Por isso, é muito
importante que esses encontros sejam ao mesmo tempo agradáveis e enriquece-
dores para todos.
Antes de cada encontro, organize bem o espaço. Verifique a limpeza do local
e se há cadeiras suficientes para o número de convidados, certifique-se da possibi-
lidade de utilizar projetor multimídia e aparelho de som para música ambiente,
teste todos os equipamentos e disponibilize blocos de notas, canetas e outros
materiais que forem necessários.
Os encontros propostos estão previstos para durar cerca de 1h30min e se-
guem basicamente a mesma pauta:
• apresentação (15 min);
• dinâmica de grupo (40 min);
• roda de conversa (20 min);
• encerramento (15 min).

No início da reunião, informe aos presentes o tempo estabelecido para cada item
e monitore atentamente a duração das etapas, pois, às vezes, no auge da atividade,
o tempo passa e a proposta não é concluída.
Faça sempre o “gancho” entre as partes do encontro, relacionando a apresen-
tação com o que será desenvolvido na dinâmica e, depois, desta com a reflexão da
roda de conversa. O encerramento, além de fechar as atividades da reunião, deve
incentivar a continuidade da leitura e criar expectativa para o próximo encontro.
Ao final, reforce para os participantes qual ou quais capítulos deverão ser lidos
antes do próximo encontro.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 25
Encontro 1
Antes de realizar o primeiro encontro de desenvolvimento deste projeto, sugeri-
mos uma dinâmica de grupo com os alunos. Ela será subsídio para o momento
com os pais.
Verifique com a coordenação pedagógica a questão das autorizações para
foto e filmagem.
Fotografe os alunos um a um e solicite a eles que, de preferência, sorriam
para as fotos.

Apresentação
Amplie as fotos tiradas dos alunos e recorte somente o sorriso. Numere as imagens
e exiba-as para os pais (impressas, em forma de slides ou de sucessão de imagens
em vídeo). Desafie cada participante a tentar reconhecer o sorriso de seu (sua)
filho(a). Incentive os pais a observarem, falarem, interagirem. Deixe-os o mais
à vontade possível.
Instigue-os a falar da sensação de ver os filhos sorrindo, alegres, e do que
e como fazem para que essa cena seja frequente. Estimule-os a refletir sobre os
possíveis erros e exageros cometidos para dar satisfação imediata aos filhos, con-
fundindo essa sensação momentânea de prazer com o sentimento de felicidade.
Questione o que fazem para se informar, o que leem ou assistem; enfim, como
se preparam para ter uma relação saudável com os filhos.
Fale então sobre o projeto de parceria da escola com a família, sobre o livro
A síndrome do imperador e sobre Leo Fraiman. Exiba o vídeo preparado pelo
autor para apresentar o livro.

Dinâmica de grupo
Proponha um exercício baseado na Meta SMART. Prepare uma sequência de
slides com a explicação do conceito e com o exemplo a seguir.
No método SMART, cada letra dessa palavra corresponde a um termo que
traduz adequadamente o que é e, principalmente, como deve ser elaborada uma
meta para uma instituição.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 26
S - Corresponde ao termo specific, ou seja, uma meta deve ser específica no que quer.
M - Atribui-se a measurable (mensurável). O que nos mostra que é necessário
determinar um indicador tangível e com possibilidade de mensuração.
A - Vem de achievable, que quer dizer atingível ou o que é alcançável.
R - Corresponde a relevant, o que permite entender que as metas precisam ser
relevantes.
T - Vem de time, ou seja, para toda meta é preciso determinar um tempo para
que ela se cumpra.

Exemplo: Como desenvolver (ou maximizar) a presença?


Pense especificamente o que pretende fazer (passar mais tempo com o filho
ou envolver-se nas atividades dele), como fará(organizando-se melhor, reservando
um tempo para discutir com ele sobre o dia, sobre as atividades) e por que fará
(para aproximar-se do filho, para entendê-lo melhor).
Que resultado pretende atingir? Sentir-se mais próximo do(s) filho(s), otimi-
zando o tempo que estiverem juntos.
É possível alcançar essa meta? Sim, dependerá mais dos pais que do(s) filho(s).
O que é relevante? A qualidade dos momentos passados juntos.
Qual o tempo necessário para cumprir a meta? Um mês.
Meta SMART pretendida no período de um mês: tornar-se mais presente na vida
do(s) filho(s), otimizando o tempo que passarem juntos, envolvendo-se nas atividades
cotidianas, valorizando suas conquistas, fazendo-o(s) aprender com os próprios erros.
Após a apresentação do exemplo, distribua papel e caneta para que cada pai
ou responsável presente esboce uma meta SMART a partir do que vivenciou.
Oriente-os a pensar nos itens, dizendo que devem priorizar o que observaram
ser mais “urgente” no âmbito familiar.

Roda de conversa
Incentive os presentes a falarem sobre o exercício e sobre a importância de esta-
belecer metas de modo consciente.
Relacione a dinâmica e o tema do exemplo com o primeiro capítulo do
livro e a Etapa 1 do Caderno de Atividades: “Como desenvolver a presença?”.
Questione sobre como foi para eles realizar o “pré-teste” e peça que comentem os
pontos em que acreditam ter mais dificuldade. Saliente que, independentemen-
te do resultado, o importante é estarem motivados a aprender, a assumir novas
posturas, a repensar hábitos e, principalmente, a se fortalecer.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 27
Encerramento
Verifique se os presentes gostariam de fazer alguns questionamentos ou obser-
vações. Encerre o encontro com um texto ficcional ou poema de incentivo. Su-
gestão: “Todo filho é um professor”, de Bráulio Bessa (disponível em: <https://
youtu.be/aAVVmT66bJI>, acesso em: 25 jul. 2019).

Encontro 2
Apresentação
Inicie o encontro com uma fala de boas-vindas e a apresentação de um vídeo
motivacional. Sugestões de vídeos de curta duração: “O sapinho” (disponível
em: <https://youtu.be/VQ5_yhJ-ZIQ>, acesso em: 25 jul. 2019); “Vídeo mo-
tivacional Disney” (disponível em: <https://youtu.be/k-RoXJV3yDE>, acesso
em: 25 jul. 2019).
Convide os participantes do encontro para uma breve reflexão com base
no vídeo apresentado. Pergunte como eles costumam reagir quando se sentem
desafiados por uma situação nova (um novo emprego ou uma mudança de casa,
por exemplo). E, quando os filhos enfrentam algo novo ou diferente em sua vida,
o que eles fazem? Incentivam os jovens a buscarem soluções ou tentam resolver
os problemas por eles?

Dinâmica de grupo
Solicite aos pais com antecedência que encaminhem (por meio de um grupo no
WhatsApp, e-mail específico ou outro canal de comunicação direta) suas dúvidas
ou situações do cotidiano familiar que gostariam de discutir no encontro. Faça uma
seleção dessas contribuições e transforme-as em questões ou situações-problema
para serem utilizadas na dinâmica. Use também as opções que disponibilizamos
abaixo (Sugestões de perguntas).
A dinâmica será o conhecido jogo da velha. Faça na lousa o desenho de três
colunas e três linhas. Divida os presentes em dois grupos. Se ficarem muito nu-
merosos, divida-os em quatro grupos e faça mais rodadas.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 28
Sorteie quem começará o jogo, escolhendo X (xis) ou O (círculo), e inicie
com uma pergunta. Cada grupo só poderá assinalar o espaço que desejar quando
responder corretamente à pergunta. Se os participantes do grupo não souberem
a resposta, você deverá comentá-la e prosseguir o jogo com a pergunta para o
grupo adversário.
Lembre-se de que o momento é de descontração. Caso não saibam as respos-
tas, faça comentários, dê dicas, estimule os grupos a construírem suas respostas.

Sugestões de perguntas
1. Comentem a frase: “Precisamos de segurança, controle e previsibilidade para
crescer de forma saudável”. Respostas pessoais.
2. Completem a frase: “Novos tempos pedem novas…competências”.
3. O que significa afirmar que: “Competências cognitivas deverão andar ao lado
das competências socioemocionais”? É preciso preparar o jovem para lidar
com a mudança, ser empreendedor, aprender a conviver e fazer parcerias.
Ou seja, ajudá-lo não somente a desenvolver sua inteligência cognitiva
mas também a investir em outras, tais como a inteligência emocional e a
inteligência social, favorecendo sua capacidade de trabalhar bem com as
competências socioemocionais, como inclusive prevê a nova Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), aprovada pelo Conselho Nacional de Educação
(p. 31).
4. Vocês concordam com a afirmação “Aproximar-se da melhor versão de si
mesmo e se reinventar com atitude empreendedora é o único caminho para
se manter em um mercado que muda avassaladoramente” ou discordam
dela? Respostas pessoais.
5. Diante da afirmação “O futurista Thomas Frey prevê que, até 2030, mais
de 2 bilhões de postos de trabalho deixarão de existir”, citem qual seria o
principal motivo disso. Crescente automatização de diversas atividades.
6. Citem profissões do futuro de acordo com a leitura do Quadro 2 (p. 34).
Analista quântico de aprendizado de máquinas, mestre de computação de
ponta, criador de jornada de realidade aumentada, gestor de diversidade
genética, técnico em saúde assistida, analista de cidades cibernéticas, detetive
de dados, entre outras.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 29
7. Citem os três pilares comuns a todas essas novas funções e que são fundamentais
para ajudar os trabalhadores a permanecerem relevantes ou não dispensáveis,
não importando as novas tecnologias que surjam, uma vez que as pessoas
almejam o toque humano em suas relações. Treinamento, Cuidado e Conexão
(p. 35-36).
8. Como competir com a inteligência artificial? Sendo capazes de investir
em nossas redes de relacionamento (para formar alianças de profissionais
consistentes e inteligentes) e em nossa capacidade de nos comunicar (uns
com os outros e com o nosso mercado) e sabendo criar ou usar a tecnologia.
9. Expliquem a frase: “O mundo que temos hoje diante de nós é instável
e ‘líquido’”. Tanto os fatos quanto os relacionamentos são cada vez mais
inconstantes, não duradouros, e tudo parece estar propenso a mudar de
maneira cada vez mais rápida e imprevisível (p. 27).
10. O que são competências socioemocionais? Também chamadas de “competências
não cognitivas”, “caráter” ou “qualidades pessoais”, são as habilidades que
cada pessoa tem para alcançar seus objetivos, para se relacionar com os outros
e trabalhar em grupo e para administrar e controlar suas emoções (p. 36).

Roda de conversa
Talvez, ao final do jogo, não dê “velha”, e sim empate. Destaque que o objetivo
da dinâmica é retomar os conteúdos com ludicidade. Se houver comentários
como “mas ninguém ganhou”, aproveite o momento para fazer um link com a
importância das competências socioemocionais.
Como fechamento da dinâmica, promova uma reflexão acerca do encontro
ou, se julgar conveniente, incentive os pais a falarem sobre suas descobertas, sen-
sações e dúvidas durante a leitura do livro, compartilhando as anotações feitas
no Diário de Bordo.

Encerramento
Distribua uma folha de sulfite para cada participante e peça que a chacoalhem
bastante. Pergunte se estão ouvindo o barulho e peça que chacoalhem mais. Na
sequência, solicite que amassem a folha, abram-na e amassem-na novamente.
Oriente-os a chacoalhar as folhas e pergunte se há barulho. A resposta será negativa.

projeto pedagógico A S Í N D R O M E D O I M P E R A D O R 30
Explique a metáfora: a folha, sem amassar, representa os problemas, a inse-
gurança, a ansiedade, as lutas pelas quais todos passam (principalmente em re-
lação à educação dos filhos). Ao amassar a folha, ao tê-la na palma da mão, eles
passaram a ter o controle da situação e, por isso, ao balançá-la novamente, não
há mais barulho, pois já estão, aos poucos, empoderando-se.

Encontro 3
Apresentação
Após uma fala de boas-vindas e agradecimento aos pais pela participação no
encontro, sugerimos exibir o curta-metragem de animação Piper, de Alan Barillaro
e Marc Sondheime (Pixar-Disney, EUA, 2016), ganhador do Oscar 2017. O
filme está disponível no YouTube: <https://youtu.be/ulde8n7cC68>, acesso em:
25 jul. 2019.
Se julgar conveniente, proponha um momento de reflexão após a exibição do
vídeo. Comente sobre os sentimentos de Piper quando a mãe decide que é a hora
de ele sair do ninho (hora da mudança) e buscar o seu próprio alimento. Piper
passa, então, a conhecer como é a vida no ambiente externo, fora de sua zona de
conforto, e, aos poucos, se dá conta das adversidades que o cercam... Convide
os pais a refletirem e comentarem sobre as frustrações de Piper, relacionando-as
com as dos filhos quando se deparam com determinados obstáculos ou desafios.

Dinâmica de grupo
Realize uma adaptação do jogo batalha-naval, com o objetivo de destacar e re-
tomar alguns pontos dos capítulos 3 e 4.
Prepare pedaços de papel de 10 cm x 10 cm, com as perguntas e respectivas
respostas referentes ao conteúdo desenvolvido nesses capítulos (cuja leitura foi
indicada para este encontro). As “Sugestões de perguntas e respostas para a di-
nâmica batalha-naval” estão mais adiante, nas páginas 33 a 36.
Divida a lousa em 20 quadrados, identificando as linhas (horizontais) com
as letras A, B, C e D e as colunas (verticais) com os números 1, 2, 3, 4 e 5.
Com fita adesiva, cole na lousa as perguntas com as respectivas respostas,
uma em cada posição, mas com o conteúdo virado para dentro, de modo que
elas fiquem “escondidas”. Em outro espaço da lousa, anote a ordem de jogada
dos grupos. Informe que, quando um grupo não souber a resposta, a questão
será dirigida imediatamente ao seguinte, que também terá direito a responder à
próxima pergunta.

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Assim como em uma batalha-naval, cada grupo, em sua vez, deverá escolher
uma posição (A3 ou B5, por exemplo). Leia a pergunta correspondente à posição
escolhida e informe quantos pontos ela vale, caso seja respondida corretamente.
Dê alguns minutos para a resposta. Aproveite o momento para reforçar alguma
ideia ou complementar a resposta. Anote os pontos e prossiga até que as 20 per-
guntas sejam respondidas.
O grupo com maior número de pontos vencerá o jogo e poderá ganhar um
brinde, como uma caixa de chocolates, por exemplo. O mais importante não é o
jogo em si, mas a oportunidade de retomar e discutir as ideias do autor. Trata-se
também de um momento de socialização que pode ser usado para refletir, com os
pais, sobre como cada um lida com a frustração (de ter perdido o jogo) ou com
a satisfação (de ter feito o maior número de pontos). Peça que relacionem esses
sentimentos com aquilo que observam nas atitudes dos filhos e que comentem
como os orientam nessas situações. Conduza a atividade com descontração.

Roda de conversa
Exiba um vídeo do autor que esteja relacionado ao conteúdo do capítulo 3 ou 4
(faça a escolha com base no aspecto que considere mais necessário aprofundar).
Sugestões de vídeos: “Orientação familiar – Os 4 tipos de pais – Que tipo de
pai ou mãe é você?” (disponível em: <https://youtu.be/B4lYB2iavO0>, acesso
em: 15 jun. 2019); “A relação entre pais e filhos” (disponível em: <https://you
tu.be/D_qeEu70jMs>, acesso em: 25 jul. 2019); “Psicologia positiva: o que é
e como funciona” (disponível em: <https://youtu.be/Vb4MC0wb5IU>, acesso
em: 25 jul. 2019).
Em uma roda de conversa, faça algumas observações acerca das atividades
realizadas no encontro e convide os pais a falarem sobre as propostas do Cader-
no de Atividades, o Diário de Bordo, a mudança na rotina da família, os vídeos
sugeridos como apoio à leitura etc.
Até o capítulo 4, o livro ajuda os pais a compreenderem o contexto atual em
que vivem, a identificarem a síndrome do imperador e a avaliarem em que medida
estão agindo equivocadamente e incentivando esse tipo de comportamento. Os
próximos capítulos estarão centrados em propostas para que as famílias possam
alterar essa realidade. Por isso, à medida que os participantes expuserem suas

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vivências, destaque os aspectos que demonstram o processo de empoderamen-
to dos pais e a disponibilidade para a mudança. Ressalte que é possível adotar
atitudes para uma educação mais saudável e que esse será o tema dos próximos
capítulos do livro.

Encerramento
Verifique se os presentes gostariam de fazer alguns questionamentos ou obser-
vações. Encerre o encontro com um texto ficcional ou poema de incentivo.
Sugestão: “O tempo”, de Mario Quintana. Caso prefira, há uma versão em
vídeo/áudio do poema, declamado por Antônio Abujamra (disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=6jZFYLjX_k4> e <https://youtu.be/Ze90aK
gzIhw>, acessos em: 25 jul. 2019).
Colocar uma música de fundo, distribuir chocolates (assim todos ganharão,
e não somente o grupo vencedor da dinâmica) e/ou escrever na lousa uma frase
motivacional ou de agradecimento pode enriquecer a finalização do encontro.

Sugestões de perguntas e respostas para a dinâmica batalha-naval


A1 (4 pontos)
Expliquem a diferença entre “autonomia” e “abandono” na educação dos filhos.
Respostas pessoais, de acordo com as explicações das páginas 67 e 68.

A2 (1 ponto)
Segundo Leo Fraiman, “[…] ter alguém que acredita em nós é um elemento
poderoso que impulsiona ao sucesso”. Para ele “A + creditar” significa...
“dar crédito”.

A3 (4 pontos)
Comentem a mudança nos papéis familiares.
Respostas pessoais, de acordo com as explicações das páginas 42 a 46.

A4 (4 pontos)
O que é uma síndrome?
Síndrome diz respeito a um conjunto de fatores ou sintomas que costumam se
manifestar e durar um tempo, não apenas em momentos pontuais, gerando um
prejuízo visível para a saúde física e/ou mental do indivíduo – como ocorre na
síndrome do pânico, por exemplo.

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A5 (1 ponto para cada acerto)
Completem a frase: “O papel educativo das famílias deve ser voltado a estimular
a ............................, o ............................... e a .....................................
perseverança, foco e determinação.

B1 (4 pontos)
O que é a síndrome do imperador?
Considere corretas as respostas que se aproximem de: “um conjunto de sintomas
que envolvem imaturidade psicológica, intolerância com regras, limites e leis,
irritabilidade diante de frustrações, insegurança emocional e atitudinal, insatisfação
generalizada, ingratidão com os demais e a vida, inadequação para o mercado
de trabalho, incapacidade de lidar com frustrações, instabilidade para tomar
decisões, imperatividade social”.

B2 (1 ponto por situação citada e comentada)


Comentem alguns dos “Casos para refletir” citados nas páginas 60 e 61.
Respostas pessoais.

B3 (5 pontos)
Comentem um dos vídeos do autor indicados no livro.
Respostas pessoais.

B4 (1 ponto por item comentado)


Deem exemplos de atitudes que prejudicam a educação dos filhos.
Respostas pessoais, de acordo com as explicações das páginas 65 a 67.

B5 (1 ponto para cada tipo comentado)


Comentem o quadro “Tipos de pais”, apresentado nas páginas 70 a 73.
Respostas pessoais.

C1 (2 pontos)
Comentem o significado da expressão “dar colo com mola”, usada por Leo Fraiman.
“Dar colo com mola” é ouvir, entender, analisar e orientar.

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C2 (2 pontos)
Após citar os tipos de pais, o autor ressalta qual seria o tipo ideal. Qual é esse
tipo ideal?
A postura mais adequada para criar filhos de forma saudável é a dos pais
participativos (p. 72-73).

C3 (3 pontos)
Na página 68, o autor cita duas posturas dos pais que precisam ser cuidadas
quando se trata de educação: a superproteção e o autoritarismo. Expliquem-nas.
“Na superproteção, os pais fazem tudo pelos filhos, porque acreditam que ele
não é capaz de fazer sozinho ou que é seu papel fazer por eles […]. Já a postura
autoritária se vale de ações como bater, xingar, gritar, falar com o dedo em riste,
humilhar, ironizar e ameaçar para que os filhos façam o que os pais desejam.”

C4 (3 pontos)
Comentem algo mencionado pelo autor ou pelos autores dos livros citados ao
longo da obra que chamou a atenção de vocês, explicando por quê.
Respostas pessoais.

C5 (2 pontos)
“Combine que a partir de tal semana seus filhos vão passar a acordar com o des-
pertador, sem esperar que você os chame.” Essa postura visa desenvolver o (a):
( ) presença. ( ) organização. (X) disciplina. ( ) engajamento. ( ) resiliência.

D1 (2 pontos)
“Busque incentivar mudanças necessárias, não incentive ‘mais do mesmo’ nem a
passividade diante dos desafios.” Essa postura visa desenvolver o (a):
( ) presença. ( ) organização. ( ) disciplina. (X) engajamento. ( ) resiliência.

D2 (3 pontos)
Vocês concordam que a “competência socioemocional pode efetivar a potencia-
lização da competência cognitiva”? Justifiquem suas respostas.
Respostas pessoais. Os pais podem responder afirmativamente, uma vez que
a competência socioemocional permite ao indivíduo acessar e reproduzir
construtivamente o conhecimento.

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D3 (4 pontos)
Expliquem a frase: “Um estudo realizado por pesquisadores americanos mostrou
que os níveis de felicidade das pessoas têm a forma de um U”.
Significa que há “picos no início e no fim da vida, e o ponto mais baixo se encontra
na meia-idade, período entre os 45 e 50 anos. Em geral, essa é a fase em que as
pessoas têm mais gastos financeiros, seja por terem filhos em idade escolar, seja
por questões de saúde; o corpo começa a mudar, perdendo a vitalidade dos anos
de juventude; e aumentam as preocupações com o futuro” (p. 45).

D4 (1 ponto para cada exemplo citado)


Citem exemplos de atitudes que prejudicam a educação dos filhos.
Ironia, descaso, menosprezo, agressão física ou verbal, terceirização, mercantilização,
autoritarismo, permissividade, negligência, ameaça, comparação.

D5 (2 pontos)
“Ao observar comportamentos inadequados, não se omita, mesmo que isso gere
conflito. É importante se posicionar e investir no diálogo para buscar novas ati-
tudes” (p. 153). Essa postura visa desenvolver o (a):
( ) presença. ( ) organização. ( ) disciplina. (X) engajamento. ( ) resiliência.

Encontro 4
Apresentação
Após o agradecimento pela presença de todos, apresente o vídeo com um trecho
do filme O Pequeno Príncipe – O cativar (disponível em: <https://youtu.be/aB
nC8GOAU70>, acesso em: 25 jul. 2019).
Pergunte aos participantes sobre o Diário de Bordo, se já percebem mudan-
ças entre a situação em que se encontravam no início da leitura e a relação atual
com os filhos. Solicite aos pais que se posicionem especialmente quanto à busca
por fazer os filhos felizes, tema que foi abordado no Encontro 1.
Leia em voz alta o primeiro e o segundo parágrafos do texto “Em busca da
felicidade” (p. 82). Peça aos pais que continuem a leitura, alterando o leitor a
cada parágrafo (p. 82-86). Promova uma breve reflexão ao final da leitura.

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Dinâmica de grupo
Solicite aos participantes que escolham um tema em que todos sintam dificul-
dade na educação dos filhos. Pode ser um dos sugeridos no capítulo: presença,
organização, disciplina, engajamento e resiliência, ou outro que observaram ao
longo do projeto: limites, alimentação, sedentarismo, ansiedade etc.
Divida os pais em dois grupos e peça que levantem duas ou mais questões
sobre o tema. Oriente-os a elaborar as perguntas na forma de situação-problema.
Por exemplo: “Meu filho dorme muito tarde porque fica jogando videogame e
tem dificuldade de acordar pela manhã. Já conversei com ele e não tive sucesso.
O que fazer?”.
Anote na lousa as questões levantadas. Peça a cada grupo que discuta possí-
veis soluções para os problemas elencados (tanto pelo próprio grupo como pelo
outro). Esclareça que poderão pensar em mais de uma resposta para cada ques-
tão. Oriente-os a eleger um redator para o grupo e determine um tempo para a
realização da atividade.

Roda de conversa
Promova uma “roda de soluções”. Leia uma das perguntas e peça a um represen-
tante de cada grupo que fale sobre a(s) solução(ões) encontrada(s). Os outros
participantes do grupo poderão complementar a(s) resposta(s). Proceda da mesma
forma em relação às outras perguntas.
O importante é que os participantes percebam que não há uma solução per-
feita, única e ideal para os problemas, mas sim que há várias formas de buscar a
solução para que os erros não persistam.
Ao final, converse com os presentes sobre a importância de sentirem-se for-
talecidos e como foi discutir e buscar soluções em grupo, e não individualmente.

Encerramento
Apresente o vídeo “Autoestima e a melhor versão de si mesmo” (disponível em:
<https://youtu.be/qk3P-EOBxzA>, acesso em: 25 jul. 2019).
Prepare previamente mensagens de motivação, de agradecimento e de oti-
mismo, dobre-as e coloque-as em balões que serão enchidos pelos participantes.

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Coloque uma música bem animada para que todos (após terem seus balões cheios)
circulem pela sala jogando os balões para o alto. Pare a música e solicite a todos
que, ao mesmo tempo, estourem os balões (isso fará um efeito sonoro semelhante
ao de fogos de artifício). Oriente-os, então, a pegar uma das mensagens para ler.
Deixe-os à vontade para ler a mensagem em voz alta, se quiserem.
Agradeça a presença e o empenho de todos na atividade proposta e encerre
o encontro ao som de uma música que transmita uma mensagem positiva.

Encontro 5
Apresentação
Comece com uma fala de boas-vindas e agradecimento aos pais pela participação
e pela perseverança na realização do projeto. Em seguida, exiba um vídeo mo-
tivacional. Sugerimos o vídeo “Educa sempre – Emocionante mensagem para
pais e mães” (disponível em: <https://youtu.be/Ed-aG4xDkRE>, acesso em: 25
jul. 2019).

Dinâmica de grupo
Desenvolva uma dinâmica de grupo com o objetivo de refletir sobre os conceitos
trabalhados nos capítulos 5 e 6. Como material para a atividade, utilize folhas
de sulfite com trechos curtos dos capítulos escritos ou digitalizados. Cada trecho
deverá estar em uma folha diferente.
Antes do encontro, faça uma bola de papel com as folhas, envolvendo-as
uma a uma. Leve-a ao encontro e peça aos presentes que “passem a bola”, en-
quanto ouvem uma música previamente selecionada. Cada vez que a música for
pausada, a pessoa com a bola na mão deverá tirar a última camada de folha, ler
o trecho escrito e comentá-lo. Reinicie a música, pause-a e prossiga com a ativi-
dade sucessivamente, até que chegue à última folha.
Algumas sugestões de trechos do livro que podem ser utilizados na dinâmica
são: “10 competências definidas pela BNCC” (p. 110-114) e “Como desenvolver
a resiliência” (Caderno de Atividades, p. 156-158).

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Roda de conversa
Incentive os presentes a comentarem a atividade e a relembrarem como o livro
aborda o “empoderamento”, bem como o que essa palavra tem a ver com “ob-
ter” ou “construir” poder. Mostre no livro o acróstico criado a partir da palavra
PODER: Presença, Organização, Disciplina, Engajamento e Resiliência.
Retome com os pais esses conceitos, incentivando-os a comentar o que
aprenderam com a mensagem geral do livro e, se desejarem, a relatar situa-
ções/exemplos. Convide-os a criar, em grupos, outros acrósticos para a palavra
PODER, com frases que resumam o aprendizado trazido no livro. Distribua pin-
céis marcadores atômicos ou canetinhas e papel A3 para a realização da atividade.
Determine um tempo e solicite que socializem suas produções.

Encerramento
Prepare uma sequência de slides ou distribua para os participantes um texto curto
ou poema que possa ser lido em voz alta. Cada participante poderá ler um trecho
ou uma estrofe. Sugerimos o poema “Retalhos”, de Cris Pizzimenti. Se preferir,
você pode exibir um vídeo com o poema (disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=EtFIXi1Khr0>, acesso em: 25 jul. 2019).
Finalize o encontro com uma fala de agradecimento que ressalte a impor-
tância da parceria entre família e escola. Essa fala poderá ser sua, da coordenação
pedagógica ou da direção. Se possível, distribua vasinhos de flores ou lembran-
cinhas feitas em conjunto com a disciplina de Arte e que simbolizem o projeto,
no sentido do cuidado, da parceria, da união, do carinho e da beleza. Também é
possível sensibilizar os alunos cujos pais participaram dos encontros a escreverem
um pequeno texto valorizando a atitude participativa dos pais e manifestando
gratidão por isso. Outra opção seria exibir neste momento vídeos curtos, de 30
segundos, feitos e editados pelos filhos.

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PLANEJAMENTO
Opção 1 (8 semanas)
Semana 1 Entrega do livro e das orientações para leitura e atividades do
capítulo 1. Sugestão de uso ou distribuição do Diário de Bordo.
Semana 2 Leitura e realização de atividades do capítulo 1 pelos pais.
Semana 3 Realização do Encontro 1 e entrega das orientações para leitura e
atividades dos capítulos 2, 3 e 4.
Semana 4 Leitura e realização de atividades dos capítulos 2, 3 e 4 pelos pais.
Semana 5 Leitura e realização de atividades dos capítulos 2, 3 e 4 pelos pais.
Semana 6 Realização do Encontro 3 e entrega das orientações para leitura e
atividades dos capítulos 5 e 6.
Semana 7 Leitura e realização de atividades dos capítulos 5 e 6 pelos pais.
Semana 8 Realização do Encontro 5 e finalização do projeto.

Opção 2 (12 semanas)


Semana 1 Entrega do livro e das orientações para leitura e atividades do capítulo 1.
Sugestão de uso ou distribuição do Diário de Bordo.
Semana 2 Leitura e realização de atividades do capítulo 1 pelos pais.
Semana 3 Realização do Encontro 1 e entrega das orientações para leitura e
atividades do capítulo 2.
Semana 4 Leitura e realização de atividades do capítulo 2 pelos pais.
Semana 5 Realização do Encontro 2 e entrega das orientações para leitura e
atividades dos capítulos 3 e 4.
Semana 6 Leitura e realização de atividades dos capítulos 3 e 4 pelos pais.
Semana 7 Leitura e realização de atividades dos capítulos 3 e 4 pelos pais.
Semana 8 Realização do Encontro 3 e entrega das orientações para leitura e
atividades do capítulo 5.
Semana 9 Leitura e realização de atividades do capítulo 5 pelos pais.
Semana 10 Realização do Encontro 4 e entrega das orientações para leitura e
atividades do capítulo 6.
Semana 11 Leitura e realização de atividades do capítulo 6 pelos pais.
Semana 12 Realização do Encontro 5 e finalização do projeto.

Elaboração: Ana Cosenza e Regina Pires Castro


Validação: Leo Fraiman e Mariana Gonçalo

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