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Aluno(a): _________________________________________________________No ___

Ano: 4º Turma:______ Data: _____ /_____ /_______ Período: 3º


Disciplina: História Atividade: Abolição da escravatura
Professor (a): ___________________________________________________________
O fim da escravidão
Na primeira metade do século XIX (1801-1900), a escravidão
africana passou a ser mundialmente combatida. No Brasil, começou-se o fim
do tráfico negreiro, mas não o fim da escravidão.
Como as fazendas de café estavam em expansão, o primeiro
decreto de proibição do tráfico, em 1831, preocupou os fazendeiros. Para
não correr o risco de ficar sem a mão de obra escrava, eles passaram a
adquirir mais escravizados. Assim, intensificou-se o tráfico clandestino de
seres humanos vindos da África.
Os navios negreiros transportavam cerca de um milhão de pessoas
no início daquele século. Nos porões dos navios, muitos escravos não suportavam os sofrimentos e morriam.
Essa primeira lei, de 1831, na prática não era obedecida e muitos brasileiros começaram a criticar a escravidão,
considerada uma vergonha nacional. O poeta Castro Alves estava entre os principais críticos.

A campanha abolicionista
Os defensores do fim da escravidão contavam com um aliado importante, a Inglaterra, que pressionava o Brasil para
acabar com o tráfico negreiro. A Inglaterra já havia abolido a escravidão em suas colônias. A ela interessava ampliar o
mercado consumidor para os seus produtos industrializados. Uma vez
libertos, os escravos receberiam salários e poderiam comprar os produtos
exportados pelos ingleses.
Além da pressão externa, os escravos também lutavam pela
liberdade. Eles se rebelavam e organizavam fugas. Com a participação de
pessoas importantes, como o jornalista José do Patrocínio, o engenheiro
André Rebouças e os advogados Luís Gama e Antônio Bento, começava a
campanha abolicionista.
Os abolicionistas publicavam jornais com artigos a favor da
libertação dos escravizados, faziam caricaturas e organizavam passeatas,
comícios e festas para arrecadar dinheiro e comprar cartas de alforria,
documento que concedia liberdade ao escravizado, que passava à
condição de liberto.
Diante de todo esse movimento, em 1850, foi decretada a Lei Eusébio de Queirós, que proibia, de fato, o tráfico
negreiro. Para mostrar que a lei deveria ser cumprida, alguns fazendeiros que a desrespeitaram foram presos. Esperava-se
que, com o fim do tráfico, a escravidão entraria em crise, porque a natalidade entre os escravos era muito baixa e a
mortalidade, muito alta. Dessa forma, o preço dos escravos aumentaria e os fazendeiros desistiriam de investir nesse tipo de
mão de obra.
As leis de libertação dos escravos
Proibir o tráfico negreiro foi o primeiro passo para o fim da escravidão. Entretanto, os senhores de escravos
resistiram e, como ainda havia muitos escravizados no país, eles passaram a comprá-los de outras regiões. Também
aumentava a luta dos abolicionistas e dos escravizados pela liberdade. Eles entravam na Justiça para conseguir os direitos
que lhes eram negados por seus senhores. O advogado afrodescendente Luís Gama defendeu e conseguiu libertar mais de
500 escravizados.
A libertação dos escravizados era apenas uma questão de tempo e outras leis abolicionistas foram aprovadas pela
Assembleia. As principais foram:

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COLÉGIO AGOSTINIANO NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
• Lei do Ventre Livre, de 1871, que libertava os filhos de escravizados nascidos a partir daquela data;

• Lei dos Sexagenários, de 1885, que libertava os escravizados com mais de 60 anos.

Finalmente, em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Aurea, pela qual libertava todos os
escravizados. Apesar de eles terem contribuído por mais de 300 anos para a riqueza do Brasil, a libertação não foi
acompanhada de nenhuma reparação. Os libertos não receberam terras nem tiveram acesso à educação, como propunham
os projetos dos abolicionistas. Nas cidades, passaram a habitar cortiços e morros e aceitavam os piores empregos, pelos
quais recebiam os mais baixos salários, tornando-se pessoas discriminadas pela sociedade.

• Atividade
Agora, em uma folha A3 (na horizontal), trace uma linha do tempo com as leis que foram criadas na
tentativa de acabar com a escravidão até a lei que libertou todos os escravos do Brasil.
Sua linha do tempo deverá conter: o ano da lei, o nome, o que ela representava e uma ilustração.

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