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DRN | PROJETO EXECUTIVO DE

DRENAGEM PLUVIAL
FAIXA 1 E 2 NORTE – DRENAR-DF

PROJETO EXECUTIVO DE READEQUAÇÃO DE DRENAGEM DA FAIXA 1-2 NORTE –


DRENAR-DF – RA I – BRASÍLIA – DF.

RELATÓRIO TÉCNICO DO ESTUDO HIDROLÓGICO/HIDRÁULICO DAS REDES DE


DRENAGEM E DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO (QUALIDADE) 01.

BRASÍLIA/DF
03/2021

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

COMPANHIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA – TERRACAP

IZIDIO SANTOS JUNIOR – PRESIDENTE

DIRETORIA TÉCNICA E DE FISCALIZAÇÃO – DITEC

HAMILTON LOURENÇO FILHO

GERÊNCIA DE ENGENHARIA – GEREN

CARLOS AUGUSTO RIBEIRO SILVA

EXECUÇÃO DO PROJETO – GEREN/DITEC

FRANKS ALVES FONSECA

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ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO

Volume Único:
Relatório Técnico do Estudo Hidrológico/Hidráulico das Redes de Drenagem e do
Reservatório de Detenção 01.
Anexo I – Consultas as Concessionárias.
Anexo II – Estudos Geotécnicos.
Anexo III – Estudos Topográficos.
Anexo IV – Planilha Hidráulica das Redes e Lançamento do RES. 01.
Anexo V – Routing do Reservatório – RES 01.
Anexo VI – Especificações Técnicas.
Anexo VII – Plantas do Projeto Executivo de Drenagem.

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 9
2 LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................................ 12
3 CONSULTAS DE INTERFERÊNCIAS ......................................................................................... 13
4 ESTUDOS GEOTÉCNICOS ......................................................................................................... 14
5 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS ....................................................................................................... 15
6 PARÂMETROS ADOTADOS NO DIMENSIONAMENTO DAS REDES DE DRENAGEM ......... 16
6.1 ÓRGÃOS ACESSÓRIOS.......................................................................................................... 17
6.1.1 Bocas de Lobo ....................................................................................................................... 17
6.1.2 Meio Fio ................................................................................................................................. 17
6.1.3 Poços de Visita ...................................................................................................................... 18
6.1.4 Condutos de Ligação............................................................................................................. 21
6.1.5 Dissipadores de Energia ....................................................................................................... 21
7 APRESENTAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM PROJETADO ............................................. 22
8 SIMULAÇÃO HIDROLÓGICA-HIDRÁULICA DAS REDES DE ÁGUAS PLUVIAIS .................. 24
8.1.1 MÉTODO DO SOIL CONSERVATION SERVICE (SCS) ..................................................... 24
8.1.2 MODELO DA ONDA DINÂMICA ........................................................................................... 26
8.1.3 DEFINIÇÃO DA CHUVA DE PROJETO ............................................................................... 27
8.1.4 TEMPO DE RETORNO ......................................................................................................... 28
8.1.5 PRECIPITAÇÃO DE PROJETO ............................................................................................ 29
8.1.6 PARÂMETRO CN .................................................................................................................. 31
8.1.7 SIMULAÇÕES DA GALERIA DE REFORÇO ....................................................................... 34
9 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO (QUALIDADE) ON-LINE – RES.
01 37
9.1 ESTUDOS HIDROLÓGICOS .................................................................................................... 37
9.1.1 TEMPO DE RETORNO ......................................................................................................... 37
9.1.2 MÉTODO DO SOIL CONSERVATION SERVICE (SCS) ..................................................... 37
9.1.3 PRECIPITAÇÃO DE PROJETO ............................................................................................ 38
9.1.4 PARÂMETROS DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA E DO MODELO DE PROPAGAÇÃO
EM CANAIS ....................................................................................................................................... 39
9.1.5 MODELAGEM CHUVA-VAZÃO POR EVENTO: O MODELO HEC- HMS ........................... 39
9.1.6 AMORTECIMENTO DE CHEIAS EM RESERVATÓRIOS (ROUTING) ............................... 40
9.2 ESTRUTURAS DE SAÍDA DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO ........................................ 41
9.2.1 DETERMINAÇÃO DA SEÇÃO DO DESCARREGADOR DE FUNDO ................................. 41
9.2.2 DIMENSIONAMENTO DO VERTEDOR DE EXCESSOS .................................................... 42
9.3 MODELAGEM HIDROLÓGICA E HIDRÁULICA DO RES. 01 ................................................ 44
9.3.1 DISCRETIZAÇÃO ESPACIAL DO PROJETO ...................................................................... 44
9.3.2 SIMULAÇÕES HIDROLÓGICAS DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO 01 ...................... 45

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10 DIMENSIONAMENTO DO DISSIPADOR DE ENERGIA (BRADLEY-PETERKA)...................... 49


11 ESTUDO GEOTÉCNICO: ANÁLISE DE ESTABILIDADE DO RES. 01 ..................................... 53
12 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 91
13 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 92
14 ANEXOS ....................................................................................................................................... 94
14.1 ANEXO I – CONSULTAS AS CONCESSIONÁRIAS. .............................................................. 94
14.2 ANEXO II – ESTUDOS GEOTÉCNICOS.................................................................................. 95
14.3 ANEXO III – ESTUDOS TOPOGRÁFICOS. ............................................................................. 96
14.4 ANEXO IV – PLANILHA HIDRÁULICA DAS REDES E LANÇAMENTO DO RES. 01. ......... 97
14.5 ANEXO V – ROUTING DO RESERVATÓRIO – RES 01. ........................................................ 98
14.6 ANEXO VI – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS. ......................................................................... 99
14.7 ANEXO VII – PLANTAS DO PROJETO EXECUTIVO DE DRENAGEM. ............................. 100

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO – BACIA DA FAIXA 1 E 2 NORTE – DRENAR-DF.


............................................................................................................................................................... 12
FIGURA 2: PLANTA DO POÇO DE VISITA PARA TUNNEL LINER – REDE COM Ø2000MM E SHAFT
Ø3000MM. ............................................................................................................................................. 18
FIGURA 3: POÇO DE VISITA PARA TUNNEL LINER – REDE COM Ø2000MM E SHAFT Ø3000MM.
............................................................................................................................................................... 19
FIGURA 4: POÇO DE VISITA COM DISSIPAÇÃO DE ENERGIA PARA TUNNEL LINER – REDE COM
Ø1200MM E SHAFT Ø2200MM. ........................................................................................................... 20
FIGURA 5: SISTEMA DE MACRODRENAGEM EXISTENTE DA BACIA DA FAIXA 1 E 2 NORTE. .. 22
FIGURA 6: GALERIAS DE REFORÇO DE MACRODRENAGEM E RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO
(QUALIDADE) PROJETADOS PARA A FAIXA 1 E 2 NORTE. ............................................................ 23
FIGURA 7: EXEMPLO DE SEQUÊNCIA DE CÁLCULO NO MÉTODO DOS BLOCOS ALTERNADOS.
............................................................................................................................................................... 30
FIGURA 8: DIAGRAMA UNIFILAR DA REDE 01 NO SOFTWARE SSA PARA O SISTEMA DE
MACRODRENAGEM DA FAIXA 1 E 2 NORTE. ................................................................................... 34
FIGURA 9: NÍVEL DA ÁGUA NA GALERIA DE REFORÇO DE MACRODRENAGEM (PVS 64 AO 68 –
REDE 01), OBTIDOS NA SIMULAÇÃO PARA UM EVENTO DE TR DE 10 ANOS. ........................... 35
FIGURA 10: VERTEDOR RETANGULAR DE SOLEIRA DELGADA. ADAPTADO (PORTO, 1998). .. 42
FIGURA 11: VERTEDOR DE SOLEIRA ESPESSA. ADAPTADO (PORTO, 1998). ............................ 43
FIGURA 12: DIAGRAMA UNIFILAR HEC-HMS PARA A SUB-BACIA – RES. 01. .............................. 44
FIGURA 13: CURVA COTA X VOLUME DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO (QUALIDADE) 01. . 45
FIGURA 14: DETALHES DAS PLANTAS DE FUNDO E SUPERIOR DO DISSIPADOR DE IMPACTO.
............................................................................................................................................................... 50
FIGURA 15: DETALHES DOS CORTES DO DISSIPADOR DE IMPACTO. ........................................ 50
FIGURA 16: PERSPECTIVA DE ENTRADA DO DISSIPADOR DO TIPO IMPACTO, MODELO
BRADLEY-PETERKA. ........................................................................................................................... 51
FIGURA 17: PERSPECTIVA DE ENTRADA DO DISSIPADOR DO TIPO IMPACTO, MODELO
BRADLEY-PETERKA. ........................................................................................................................... 51
FIGURA 18: PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DOS FUROS DE SONDAGEM – RES. 01 (FAIXA 1 E 2
NORTE). ................................................................................................................................................ 53
FIGURA 19: EIXOS LOCADOS NA PLANTA DE DOS FUROS DE SONDAGEM – RES. 01 (FAIXA 1 E
2 NORTE). ............................................................................................................................................. 56

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1: CURVAS DE INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA – BRASÍLIA/DF. ................... 28


GRÁFICO 2: PRECIPITAÇÃO-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA – BRASÍLIA/DF. ....................................... 28
GRÁFICO 3: HIETOGRAMA DE PROJETO PARA TR = 10 ANOS E DURAÇÃO DE 1 HORA. ........ 30
GRÁFICO 4: HIDROGRAMA AFLUENTE (6,00M3/S) DESVIADAS PARA A GALERIA DE REFORÇO,
PARA UM EVENTO DE TR = 10 ANOS. .............................................................................................. 35
GRÁFICO 5: HIDROGRAMA AFLUENTE (4,86M3/S) DAS PRIMEIRAS ÁGUAS DE CHUVA
DESVIADAS PARA O RESERVATÓRIO DE QUALIDADE, PARA UM EVENTO DE TR = 10 ANOS. 36
GRÁFICO 6: HIETOGRAMA DE PROJETO PARA TR = 10 ANOS E DURAÇÃO DE 1 HORA. ........ 38
GRÁFICO 7: HIETOGRAMA DE PROJETO PARA TR = 25 ANOS E DURAÇÃO DE 1 HORA. ........ 38
GRÁFICO 8: HIDROGRAMAS AFLUENTE (42,93M3/S) E DEFLUENTE (10,37M3/S), EVENTO DE TR
= 10 ANOS E DURAÇÃO = 1,0 H. ........................................................................................................ 46
GRÁFICO 9: VOLUME ARMAZENADO E COTAS DE NA, EVENTO DE T = 10 ANOS E DURAÇÃO =
1,0 H. ..................................................................................................................................................... 46
GRÁFICO 10: VAZÃO DE SAÍDA DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO 10. HIDROGRAMA
DEFLUENTE (10,37 M3/S), EVENTO DE TR = 10 ANOS E D = 1,0 H. .............................................. 47
GRÁFICO 11: HIDROGRAMAS AFLUENTE (57,64M3/S) E DEFLUENTE (13,86M3/S), EVENTO DE
TR = 25 ANOS E D = 1,0 H. .................................................................................................................. 47
GRÁFICO 12: VOLUME ARMAZENADO E COTAS DE NA, EVENTO DE T = 25 ANOS E D = 1,0 H.
............................................................................................................................................................... 48
GRÁFICO 13: ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO DA BACIA DE DISSIPAÇÃO POR IMPACTO. ..... 49
GRÁFICO 14: ÁBACO DE DIMENSIONAMENTO DA BACIA DE DISSIPAÇÃO POR IMPACTO –
CHEGADA NO RES. 10. ....................................................................................................................... 52

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA – I (MM/H) E ALTURA DE PRECIPITAÇÃO – P (MM).


............................................................................................................................................................... 27
TABELA 2: VALORES DE CN EM FUNÇÃO DA COBERTURA E DO TIPO DE SOLO (CONDIÇÃO II
DE UMIDADE) ....................................................................................................................................... 32
TABELA 3: DIMENSÕES PADRONIZADAS DOS DISSIPADORES DE IMPACTO. ........................... 51
TABELA 4: DIMENSÕES PADRONIZADAS DOS DISSIPADORES DE IMPACTO. ........................... 52
TABELA 5: GRAVIDADE DO PROBLEMA SEGUNDO CRITÉRIO DE LUTENEGGER E SABER (1988).
............................................................................................................................................................... 54

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1 INTRODUÇÃO

A TERRACAP apresenta a metodologia de modelagem matemática hidrológica e


hidráulica empregada no dimensionamento das Redes e do Reservatório de Detenção 01, da
Faixa 1 e 2 Norte – Drenar-DF.
Os estudos/projetos de readequação de drenagem foram realizados baseados nos
projetos existentes, desenvolvido pela equipe técnica da Altran TCBR dentro do contrato no
002/2008 – SO, firmado com a Secretaria de Estado de Obras do Distrito Federal. Este
documento foi originalmente emitido em março de 2009 e posteriormente foi revisado em
função do projeto executivo da Bacia de Detenção para a Qualidade, em atendimento ao
Ofício No 033 - SPE/SO e em atendimento ao Ofício 005/2012 – GAB/SO de 23 de janeiro de
2012. Nesse sentido, cabe registar que também foram adotados a URB/MDE 098/2009 da
segunda etapa do Setor de Embaixadas Norte (SEN), o memorial PSG/MDE 032/2018, o
Parecer Técnico nº 01/2016 do Grupo Executivo – GTE, bem como o Acordo de Cooperação
Técnica entre IPHAN DF e SEGETH – Grupo Técnico Executivo (Parecer Técnico nº 01/2015).
A bacia de contribuição da denominada “Faixa 1 e 2 Norte” foi motivo de estudos
objetivando a proposição de solução para resolver os problemas críticos de drenagem, nela
existentes, que ocorrem por ocasião das chuvas mais intensas. Vale registrar que, foram
desenvolvidos estudos de verificação do comportamento hidráulico da rede de drenagem
existente, com vistas a identificação dos pontos críticos, nos quais o escoamento pluvial
estaria superando a capacidade de vazão dos condutos, ocasionando o funcionamento em
carga dos mesmos e provocando o armazenamento temporário do fluxo não captado, na
superfície do pavimento.
A sub-bacia que compreende a área de contribuição que envolve parte
estacionamento do estádio Mane Garrincha, a via SRPN – Trecho 1 e parte das instalações
do Autódromo Internacional de Brasília Nelson Piquet, tendo como exutório uma galeria com
diâmetro de 1,50 m, que desce em direção à avenida W3, por entre as quadras 901(Setor de
Rádio e TV Norte – SRTVN) e 902 (Colégio Militar). Verificou-se que a vazão pluvial máxima
estimada nesta sub-bacia, supera a capacidade de escoamento a seção plena da referida
galeria exutória, fazendo com que o excedente pluvial não captado pelas bocas de lobo,
continue escoando superficialmente e acumulando no ponto baixo da via SRPN – Trecho 1.
Na porção da sub-bacia que compreende toda a área de contribuição a montante do
Eixo W1 norte, próximo a tesourinha 102/202, verificou-se que a vazão máxima do deflúvio
supera em muito a capacidade de escoamento da galeria exutória desta sub-bacia, o que
evidencia a ocorrência da mesma estar trabalhando em carga, com retenção a montante,

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comprovado pelo alagamento da via e da mencionada tesourinha, conforme problemas


registrados nos últimos anos.
Na bacia como um todo, o deflúvio máximo gerado não é comportado pela sua galeria
exutória, a qual, operando em carga, impede a captação das contribuições pluviais de
montante, principalmente as da quadra residencial 402 Norte, ocasionando a retenção e o
armazenamento temporário na superfície do terreno evidenciado anualmente, principalmente
no Edifício Residencial Maiorca, localizado no Bloco G, que sofre com problemas de
inundação tanto nas suas imediações como também em sua área interna em razão da
deficiência do sistema de drenagem existente.
Para solução dos pontos de alagamentos verificados para um tempo de recorrência
de 10 anos, foram propostas três alternativas sendo que a solução que se apresentou mais
adequada do ponto de vista técnico, econômico e ambiental (Altran TCBR, 2012) é a
implantação de uma galeria pluvial de reforço, a ser executada pelo “Método Não Destrutivo”
a uma profundidade adequada para não interferir com nenhuma infraestrutura existente e que
ao longo do seu trajeto, receba os excedentes pluviais identificados, encaminhando-os para
um reservatório de detenção (qualidade), juntamente com as primeiras águas pluviais
coletadas pelo sistema existente, mediante o sangramento da galeria exutória de seção 3,00
x 3,00 m.
O sistema de drenagem pluvial da Faixa 1 e 2 Norte possui quatro eixos principais
(galerias) que convergem a uma macrogaleria celular de seção 3,00m x 3,00 m. Esta
macrogaleria deságua no lago Paranoá. Na situação atual este sistema de drenagem está no
limite da sua capacidade hidráulica, existindo escoamento superficial em ruas e
armazenamento temporários nos pontos baixos do terreno.
Para solucionar os problemas identificados na macrodrenagem, foi proposto um
conjunto de medidas estruturais, dentre as quais, um reservatório de qualidade para a
retenção da sujeira, carreada pelas primeiras águas de chuva, objetivando a melhoria da
qualidade da água do Lago Paranoá.
O projeto executivo buscou a compatibilização do lançamento de drenagem com a
futura Praça Internacional da Paz, bem como a Integração do Reservatório de Qualidade com
o Parque Urbano Internacional da Paz no Setor de Embaixadas Norte (SEN) a ser implantado.
Em síntese, o projeto considera a integração com a área do reservatório, através de escadas
e uma via em pavimento intertravado em todo o perímetro do reservatório.
A galeria de reforço foi projetada para ser executada pelo método “Não Destrutivo –
Tunnel Liner”, a uma profundidade adequada de modo a se evitar qualquer tipo de
interferência com a infraestrutura existente (água, esgoto, drenagem, telecomunicações e
energia elétrica), danos ao meio ambiente e transtornos à população. As especificações

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técnicas do sistema não-destrutivo em Tunnel Liner elaboradas pela NOVACAP e


TERRACAP constam no Anexo VI.
Os estudos e projetos realizados não abordam à microdrenagem existente na Faixa 1
e 2 Norte. No entanto, foram observados nas visitas técnicas problemas de manutenção e
obstruções nas bocas de lobo e poços de visita nas entrequadras, e lançamento de resíduos
sólidos nas galerias de drenagem. Nota-se, pelos apontamentos da população local, que há
muita carência de manutenção preventiva e corretiva na rede de drenagem. Assim, aponta a
necessidade de estudos futuros objetivando a melhoria na manutenção e operação do sistema
de microdrenagem.

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2 LOCALIZAÇÃO

A bacia denominada Faixa 1 e 2 Norte localiza-se no início da Asa Norte do Plano


Piloto, desenvolvendo-se na direção oeste-leste desde as imediações do Palácio do Buriti, até
a via L4, abrangendo as quadras de numeração terminal 1,2,3,4 e parte da 5. A bacia tem
uma área de ~ 8,678 Km², que drena para o lago Paranoá. A sub-bacia da galeria de reforço
tem uma área de ~ 2.559Km² (considerando as áreas equivalentes das derivações, oriundas
do sangramento das macrogalerias).

Figura 1: Localização da área de estudo – Bacia da Faixa 1 e 2 Norte – Drenar-DF.


Fonte: TERRACAP, 2020.

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3 CONSULTAS DE INTERFERÊNCIAS

Para embasar o projeto executivo de drenagem, foram realizadas consultas para


verificação da existência de infraestruturas urbanas e redes, implantadas ou a implantar, ou
ainda as possíveis interferências e/ou recomendações de natureza operacionais, às
Concessionárias, Empresas, Órgãos e Instituições responsáveis pelas referidas benfeitorias.
As cópias das cartas Consultas expedidas, bem como as respostas obtidas até o
fechamento deste relatório podem ser consultadas no Anexo I – Consultas as
Concessionárias.

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4 ESTUDOS GEOTÉCNICOS

No presente estudo, foram utilizados os dados técnicos constantes nas sondagens da


Área de Estudo, elaborado pela Altran TCBR e NOVACAP, conforme listado abaixo:

▪ Estudos Geotécnicos Realizados em 2008 – Altran TCBR dentro do contrato no


002/2008 – SO.
o Os estudos consistiram na execução de 13 furos de sondagens a percussão
(SPTs) totalizando 191,35 metros de perfuração.

▪ Estudos Geotécnicos Realizados em 2010 – Altran TCBR dentro do contrato no


002/2008 – SO.
o Os estudos consistiram na execução de 3 furos de sondagens a trado (ST) e
para a caracterização da sua resistência à penetração, 3 furos a percussão
(SPT). Além dos ensaios supracitados foram realizados um ensaio de
Infiltração (EI), um de permeabilidade (EP) e também ensaio de colapsividade.

▪ Estudos Geotécnicos Realizados em 2020 – NOVACAP/TERRACAP processo


SEI/GDF 00112-00012259/2020-15.
o Os estudos consistiram na execução de 31 furos de sondagens a percussão
(SPTs) totalizando 180,42 metros de perfuração.

As amostragens para os estudos geológico-geotécnicos totalizaram 47 sondagens a


percussão (SPTs), sendo que 40 (furos) foram locados/executados no alinhamento das redes
projetadas. Assim, considerando a extensão total de redes de 7.681,45 metros, temos um
espaçamento médio entre dois furos consecutivos, no sentido longitudinal, de ~ 192,04
metros.
Com o intuito de facilitar eventuais trabalhos de verificação de dados, anexamos ao
presente Projeto, uma cópia ipisis litteris dos estudos acima referido (vide Anexo II).

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5 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS

No presente estudo, foram utilizados os dados técnicos constantes nos estudos


topográficos da Área de Estudo, elaborado pela Altran TCBR e TERRACAP, conforme listado
abaixo:

▪ Estudos Topográficos Realizados em 2008 – Altran TCBR dentro do contrato no


002/2008 – SO.
o Os estudos consistiram no cadastro de redes de água pluvial com inspeção
interna em 4 (quatro) redes de drenagem, totalizando 15,17 km.

▪ Estudos Topográficos Realizados em 2016 – TERRACAP.


o Nuvem de Pontos LiDAR, obtidos por meio de perfilhamento a laser, referente
à Base cartográfica para áreas urbanas do DF. Os pontos são insumos
cadastrais altimétricos que tem como finalidade a geração das curvas de nível
e tem como objetivo a cota altimétrica e representar matematicamente a
altimetria de onde os pontos foram cadastrados.

Com o intuito de facilitar eventuais trabalhos de verificação de dados, anexamos ao


presente Projeto, uma cópia ipisis litteris dos estudos acima referido (vide Anexo III).

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6 PARÂMETROS ADOTADOS NO DIMENSIONAMENTO DAS


REDES DE DRENAGEM

▪ Declividades:

Mínima: declividade mínima de 0,5%.


Máxima: declividade tal que assegure uma velocidade não superior a Vmáx.

▪ Velocidades limites de escoamento nas redes projetadas:

Mínima: 1,00 m/s;


Máxima: 6,00 m/s.

▪ Diâmetro mínimo das redes projetadas em Concreto Armado:


Mínimo: 600 mm.

▪ Diâmetro mínimo e revestimento das redes projetadas em Tunnel Liner:

Mínimo: 1200 mm.


Revestimento interno: Concreto que deverá cobrir 360º da calha.

▪ Distância máxima entre os poços de visitas:


Máxima: 300,00 m (limite superior ao previsto no TR da NOVACAP, porém adotado
em função dos grandes diâmetros do projeto, e validado em reunião com a equipe de
manutenção da DU/NOVACAP).

▪ NA máximo nos trechos:


O nível de água máximo adotado foi de 82% do diâmetro (x máximo = 0,82) nas
condições de escoamento livre, sob pressão atmosférica para as redes tubulares.

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6.1 ÓRGÃOS ACESSÓRIOS

6.1.1 Bocas de Lobo

A captação das águas pluviais será executada junto ao meio fio, através de boca de
lobo (BL) com meio fio vazado. Para projeto, adotou-se a capacidade máxima de engolimento
da boca de lobo em 70L/s, e deve seguir os padrões NOVACAP.
Foram previstas bocas de lobo com meio fio vazado com aproveitamento de ramais
existentes na Via SRPN – Trecho 1, compreendido entre o Autódromo Internacional de
Brasília Nelson Piquet e o Estacionamento do estádio Mane Garrincha. Tal condição foi
necessária considerando que as bocas de lobo com grelha existentes nesses ramais estão
obstruídas e/ou com limitações na captação.
Importa ressaltar que a captação do PV-28 RD-01, foi adotado boca de lobo com grelha
padrão NOVACAP.

6.1.2 Meio Fio

O detalhe dos meios-fios simples deverá seguir os padrões NOVACAP conforme


desenho:

▪ Meio-fio Padrão – DES-01/67-A.

6.1.3 Poços de Visita

São caixas subterrâneas, visitáveis, de concreto ou alvenaria, que interligam dois ou


mais trechos de rede e condutos de ligação. São dotados de um fuste com o topo no nível da
superfície que é fechado com um tampão metálico, ou de concreto, removível.
Os poços de visita (PVs) têm também a função de possibilitar o acesso de
equipamentos para limpeza e manutenção da rede.
Os detalhes dos poços de visita devem seguir os padrões NOVACAP conforme
desenhos:
▪ PV 400 a 600 – DES-150/018.1.

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6.1.4 Poços de Visita em Tunnel Liner (Shafts)

São caixas subterrâneas, visitáveis, que interligam dois ou mais trechos de rede e
condutos de ligação. São dotados de um fuste com o topo no nível da superfície que é fechado
com um tampão metálico, ou de concreto, removível. Os poços de visita (PVs) têm também a
função de possibilitar o acesso de equipamentos para limpeza e manutenção da rede.
Em virtude das dificuldades apresentadas no processo executivo e do risco de
acidentes (desestabilização do solo) durante a execução do poço de visita em concreto
armado em grandes profundidades, o projeto tipo dos poços de visitas PV’s foi elaborado com
chapas metálicas de Tunnel Liner, também conhecidos como Shafts e/ou poços de ataques.

Os poços de ataque são de seção circular, escorados com as mesmas chapas


metálicas e diâmetro superior ao utilizado no túnel (∅ PV = ∅ TL+1.00 ≥ 2.20m), adotados
para remover o material escavado do túnel (rede de drenagem), e aproveitados como poços
de visita definitivos.

Os detalhes tipo dos Shafts são apresentados no projeto executivo (ver Anexo VII).
Abaixo temos um exemplo de rede de Ø2000mm e Shaft Ø3000mm

Figura 2: Planta do Poço de Visita para Tunnel Liner – Rede com Ø2000mm e Shaft Ø3000mm.
Fonte: TERRACAP, 2020.

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Figura 3: Poço de Visita para Tunnel Liner – Rede com Ø2000mm e Shaft Ø3000mm.
Fonte: TERRACAP, 2020.

Cabe frisar que não foi evidenciada necessidade de escoramento do poço de ataque,
uma vez que imediatamente após a escavação, será executada a montagem do primeiro anel,
ajustando-se as chapas ao terreno e fixando-as umas às outras com os parafusos e porcas
específicas. Para o prosseguimento das operações serão repetidas sucessivamente etapas
de escavação e montagem de cada anel em comprimentos múltiplos de 46cm.
Na altura da tesourinha da 102/202, a vazão escoada pela macrogaleria 2, desde a
sua cabeceira até este ponto, será toda ela interceptada e desviada para o PV 53 / RD-01 da
galeria de reforço. Em função do degrau (desnível entre chegada/saída na macrogaleria), a
interceptação será feita através da substituição do poço de visita da rede existente pelo PV
de Tunnel Liner com dissipação de energia, conforme projeto executivo (ver Anexo VII).

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Os outros 2 (dois) locais onde foram projetados poços de visita em Tunnel Liner com
dissipação, são os PV-59 RD-01 (Shaft de 2200mm) e PV-62 RD-01 (Shaft de 2200mm).

Figura 4: Poço de Visita com Dissipação de Energia para Tunnel Liner – Rede com Ø1200mm e Shaft
Ø2200mm.
Fonte: TERRACAP, 2020.

Cabe frisar a diferenciação na espessura do revestimento com recobrimento a 360º,


em concreto projetado de 5 a 7,5 cm no PV’s sem dissipadores, e revestimento em concreto
armado de 15cm, no caso daqueles com dissipadores.
Importa ressaltar que o projeto estrutural dos Shafts foi aprovado pela
NOVACAP/DE/DETEC/SEINST, conforme Análise Técnica elaborada pelo engenheiro Pedro
Bernardes (Doc. SEI/GDF 50584737 / Processo 00111-00002269/2020-71).

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6.1.5 Condutos de Ligação

São as tubulações que interligam as captações (BLs) aos poços de visita. Como via
de regra adotou-se o diâmetro de 600 mm.

6.1.6 Dissipadores de Energia

Os dissipadores do tipo impacto adotados serão padrões NOVACAP Modelo Bradley-


Peterka. O dimensionamento desses dissipadores dever-se-á levar em consideração a
elevada solicitação das estruturas por parte das forças dinâmicas e turbulências. A estrutura
deverá ser suficientemente estável para resistir aos esforços de arrancamento, provocados
pela carga de impacto sobre a parede defletora.

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7 APRESENTAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM PROJETADO

A solução que se apresentou mais adequada do ponto de vista técnico, econômico e


ambiental (Altran TCBR, 2012) é a implantação de uma galeria pluvial de reforço, a ser
executada pelo “Método Não Destrutivo” a uma profundidade adequada para não interferir
com nenhuma infraestrutura existente e que ao longo do seu trajeto, receba os excedentes
pluviais identificados, encaminhando-os para um reservatório de detenção, juntamente com
as primeiras águas pluviais coletadas pelo sistema existente, mediante o sangramento da
galeria exutória.

A figura abaixo apresenta o sistema de macrodrenagem da Faixa 1-2 Norte,


constituído por quatro eixos principais (macrogalerias 1 a 4) que convergem para uma
macrogaleria exutória de seção 3,00m x 3,00m, que deságua no Lago Paranoá.

Figura 5: Sistema de macrodrenagem existente da bacia da Faixa 1 e 2 Norte.

A galeria de reforço receberá em sua cabeceira o escoamento pluvial da via SRPN –


Trecho 1, e posteriormente o proveniente do pátio do estacionamento do estádio Mané
Garrincha e do autódromo Nelson Piquet, tendo seu caminhamento paralelo ao Colégio Militar
de Brasília e recebendo as contribuições das quadras 901 (SRTVN) e 902/903 (SGAN) e parte
da via W5 Norte. Deste ponto, a galeria de reforço descerá a via N3, cruzando a via W3 e
passando ao lado do Setor Médico Hospitalar Norte. Na altura da tesourinha da 102, receberá
a totalidade do fluxo captado pela macrogaleria 2, desde a sua cabeceira até este ponto, a
ser escoado para jusante.

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O rebaixamento do fundo do PV-53 RD-01 (cruzamento com o Eixão) foi devido ao


aprofundamento da galeria para se evitar futuramente uma eventual interferência com o túnel
do metrô da Asa Norte, conforme orientação da fiscalização da DU/NOVACAP. Tal solução
resultou na criação de vários poços de visitas a montante, buscando limitar as velocidades e
degraus nos trechos. Considere-se que na resposta do Metrô-DF (Doc. SEI/GDF 42071545),
não há previsão no momento para expansão do Metrô para a Asa Norte na altura da
Tesourinha da 102/202 Norte.
Prevista de ser implantada na porção de terreno delimitada entre as vias N4 e L4, o
reservatório de detenção para a “Qualidade”, constará da escavação no terreno na cota de
fundo 1011,500. A orientação do IPHAN e da fiscalização da DU/NOVACAP é para que fosse
evitado aterros no projeto de terraplenagem do reservatório. A vazão defluente retornará para
a galeria celular 3 x 3 m² por meio de um emissário de lançamento em Tunnel Liner.
Por questão de estética e composição paisagística, a bacia deverá ser toda ela
gramada (taludes, berma e fundo), sendo o plantio nos taludes feito com auxílio de geomanta,
para evitar o ravinamento.

Figura 6: Galerias de reforço de macrodrenagem e reservatório de detenção (Qualidade) projetados para


a Faixa 1 e 2 Norte.

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8 SIMULAÇÃO HIDROLÓGICA-HIDRÁULICA DAS REDES DE


ÁGUAS PLUVIAIS

O sistema de macrodrenagem projetado para a Faixa 1-2 Norte foi


simulado/dimensionado através do software de modelagem Autodesk® Storm and Sanitary
Analysis 2020 (SSA). No modelo, um sistema de condutos de redes pluviais é representado
por um conjunto de nós e links. Os nós representam os poços de visitas. Por sua vez, os links
ligando dois nós representam os trechos de conduto das macrogalerias. Cada um desses
elementos tem suas propriedades (por exemplo, seção transversal, declividade, cota de
terreno, cota de fundo, profundidade, etc.).
O modelo aplicado tem dois módulos principais:
(a) módulo hidrológico: determina o escoamento superficial com base na precipitação
e na separação do volume infiltrado e escoado superficialmente. Neste estudo foi utilizado o
modelo do Soil Conservation Service (SCS) e;
(b) módulo hidráulico: que determina o transporte da água no sistema de condutos,
canais e reservatórios no sistema. O modelo hidrodinâmico utilizado foi o da Onda Dinâmica.

8.1.1 MÉTODO DO SOIL CONSERVATION SERVICE (SCS)

O método do SCS foi desenvolvido em 1972 no Serviço de Conservação de Solos dos


Estados Unidos. Esse método foi ampliado para dados em grade, de observações em radares.
Em 1975 o SCS emitiu a nota técnica TR-55 (Technical Release 55) na qual foram
apresentados todos os conceitos de sustentação teórica e dados para aplicação dos métodos
do SCS nos Estados Unidos.
O método estima a chuva excedente como uma função da precipitação acumulada e
da cobertura do solo, do uso da terra e da umidade antecedente, utilizando a seguinte
equação:
(𝑃 − 𝐼𝑎 )2
𝑃𝑒 = 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑃 > 𝐼0
𝑃 − 𝐼𝑎 + 𝑆

𝑃𝑒 = 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑃 ≤ 𝐼0

Onde:
Pe – é o deflúvio (precipitação excedente) (mm);
P – representa a altura total da chuva (mm);
𝐼𝑎 – denota a abstração inicial (mm);
S – refere-se à retenção potencial máxima, a qual mede a capacidade da bacia de
reter as precipitações.

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Utilizando estudos experimentais em bacias dos Estados Unidos, o SCS desenvolveu


uma equação empírica para estimar S em função de Ia na forma:
𝐼 = 0,2 𝑆
Em consequência, a equação da chuva excedente pode ser escrita na forma:
(𝑃 − 0,2𝑆)2
𝑃𝑒 =
𝑃 + 0,8𝑆

Para determinar o valor de S, o SCS estabeleceu uma relação empírica com o CN,
sendo este uma função do tipo de solo e da cobertura vegeta que foi tabelada. A correlação
para a estimativa do CN é a seguinte:
25400 − 10𝐶𝑁
𝑆=
𝐶𝑁

Onde:
S – representa a retenção potencial máxima pelos solos após o início do escoamento
(mm)
CN – o número de escoamento.

O SCS concebeu um HU adimensional para o qual a ordenada da vazão no instante i


é expressa pela razão entre a vazão q e a vazão de pico qp em função da razão entre o tempo
t e o tempo no qual ocorre a vazão de pico (Tp).
As características físicas das bacias hidrográficas são incorporadas ao modelo pelos
parâmetros: área da bacia (A), tempo até o pico tp, vazão de pico qp, tempo de concentração
(tc), e tempo de retardo (lag) tL.
Os parâmetros do modelo são a área da bacia e o tempo de concentração, os demais
são calculados pelas equações desenvolvidas pelo SCS.
A sequência de cálculo é dada por:

o Estima-se o tempo de concentração (tc) da bacia utilizando-se fórmulas empíricas ou


estimando o tempo de viagem de uma gota de chuva do ponto mais distante ao
exutório da bacia;
o Com o valor de tc, estima-se o tempo de retardo tL pela relação 𝑡𝐿 = 0,6𝑡c;
o Estima-se o valor do tempo até o pico (tp) em função do intervalo de cálculo:

∆𝑡
𝑡𝑝 = +𝐿
2
Onde:
Δt – denota o intervalo de tempo de cálculo;
L – o lag da bacia hidrográfica.

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o Calcula-se a vazão de pico pela fórmula:

2,08𝐴
𝑞𝑝 =
𝑡𝑝
Onde:
qp – é a vazão de pico em m3/s;
A – área de drenagem em km2;
tp – é o tempo de pico, em h.

Dessa forma, conhecendo-se a vazão de pico qp e o tempo onde acontece o pico pode-
se obter as ordenadas do HU.

8.1.2 MODELO DA ONDA DINÂMICA

O modelo de transporte da Onda Dinâmica resolve as equações completas


unidimensionais de Saint Venant para fluxo não-permanente gradualmente variado. O modelo
representa a simulação de efeitos de remanso, ressalto hidráulico, as perdas nas entradas e
saídas de condutos, condutos sob pressão, estruturas especiais como vertedores, orifícios,
bombas e reservatórios, permitindo a visualização direta dos resultados das simulações,
podendo ser acompanhado para cada intervalo de tempo a evolução da onda de cheia, lâmina
de água dentro dos canais, comprometimento da capacidade hidráulica dos condutos, entre
outros.
O método de transporte hidráulico utiliza a equação de Manning para relacionar a
vazão à profundidade do escoamento, à inclinação do conduto ou à linha de água. Caso o
escoamento esteja pressurizado em conduto circulares, as equações de Hazen-Willians ou
de Darcy-Weisbach são utilizadas.

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8.1.3 DEFINIÇÃO DA CHUVA DE PROJETO

Nos projetos de obras de reservação de deflúvios é fundamental a definição do


hietograma da precipitação e do volume de deflúvio. A composição do hietograma foi a partir
das curvas IDF adotada pela NOVACAP, sendo estas construídas a partir de registros
históricos de alturas de precipitação versus duração. A equação IDF é reproduzida a seguir:
4.374,24 . 𝑇𝑅 0,207
𝑖=
(𝑡𝑐 + 11)0,884
Onde:
𝑖 = Intensidade da Chuva (l/s/ha);
𝑇𝑅 = Período de Retorno (anos);
𝑡𝑐 = Tempo de concentração (minutos);

Na tabela a seguir estão apresentados os valores de intensidade pluviométrica (mm/h)


e altura de precipitação (mm), obtidos a partir da equação IDF - Brasília, para chuvas intensas
com durações entre 5 e 120 minutos e períodos de retorno de 5, 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos.

Tabela 1: Intensidade Pluviométrica – I (mm/h) e Altura de Precipitação – P (mm).

INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA - I (mm/h) e ALTURA DE PRECIPITAÇÃO - P (mm)


PERIODO DE RECORRÊNCIA (anos)
Duração 5 10 15 20 25 50 100
(min) P (mm) I (mm/h) P (mm) I (mm/h) P (mm) I (mm/h) P (mm) I (mm/h) P (mm) I (mm/h) P (mm) I (mm/h) P (mm) I (mm/h)
5 15.79 189.42 18.22 218.65 19.82 237.79 21.03 252.38 22.03 264.31 25.42 305.09 29.35 352.17
10 24.82 148.95 28.65 171.93 31.16 186.98 33.08 198.45 34.64 207.84 39.98 239.90 46.15 276.92
15 30.83 123.32 35.59 142.35 38.70 154.81 41.08 164.31 43.02 172.08 49.66 198.63 57.32 229.27
20 35.19 105.56 40.62 121.85 44.17 132.52 46.88 140.65 49.10 147.30 56.67 170.02 65.42 196.26
25 38.54 92.49 44.48 106.76 48.38 116.11 51.35 123.23 53.78 129.06 62.07 148.97 71.65 171.96
30 41.22 82.45 47.58 95.17 51.75 103.50 54.93 109.85 57.52 115.04 66.40 132.79 76.64 153.28
35 43.44 74.47 50.15 85.96 54.54 93.49 57.88 99.23 60.62 103.92 69.97 119.95 80.77 138.46
40 45.32 67.98 52.31 78.47 56.89 85.34 60.38 90.58 63.24 94.86 72.99 109.49 84.26 126.39
45 46.94 62.59 54.18 72.24 58.93 78.57 62.54 83.39 65.50 87.33 75.60 100.80 87.27 116.36
50 48.36 58.03 55.82 66.98 60.71 72.85 64.43 77.32 67.48 80.97 77.89 93.46 89.90 107.88
55 49.61 54.13 57.27 62.48 62.28 67.95 66.11 72.12 69.23 75.52 79.91 87.18 92.24 100.63
60 50.74 50.74 58.57 58.57 63.70 63.70 67.61 67.61 70.80 70.80 81.73 81.73 94.34 94.34
65 51.76 47.78 59.75 55.15 64.98 59.98 68.96 63.66 72.22 66.67 83.37 76.96 96.23 88.83
70 52.69 45.16 60.82 52.13 66.14 56.69 70.20 60.17 73.52 63.02 84.86 72.74 97.96 83.96
75 53.54 42.83 61.80 49.44 67.21 53.77 71.34 57.07 74.71 59.77 86.24 68.99 99.54 79.63
80 54.33 40.75 62.71 47.03 68.20 51.15 72.39 54.29 75.81 56.86 87.50 65.63 101.00 75.75
85 55.06 38.86 63.55 44.86 69.12 48.79 73.36 51.78 76.83 54.23 88.68 62.60 102.36 72.25
90 55.74 37.16 64.34 42.89 69.97 46.65 74.26 49.51 77.77 51.85 89.77 59.85 103.62 69.08
95 56.37 35.60 65.07 41.10 70.77 44.70 75.11 47.44 78.66 49.68 90.80 57.35 104.81 66.19
100 56.97 34.18 65.76 39.46 71.52 42.91 75.91 45.54 79.50 47.70 91.76 55.06 105.92 63.55
105 57.54 32.88 66.41 37.95 72.23 41.27 76.66 43.80 80.28 45.88 92.67 52.95 106.97 61.12
110 58.07 31.67 67.03 36.56 72.90 39.76 77.37 42.20 81.03 44.20 93.53 51.01 107.96 58.89
115 58.57 30.56 67.61 35.27 73.53 38.36 78.04 40.72 81.73 42.64 94.34 49.22 108.90 56.81
120 59.05 29.53 68.16 34.08 74.13 37.07 78.68 39.34 82.40 41.20 95.11 47.56 109.79 54.89

Os resultados anteriormente obtidos podem ser representados graficamente pelas


seguintes famílias de curvas.

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CURVAS DE INTENSIDADE - DURAÇÃO - FREQUÊNCI A - BRASÍLIA-DF


400
INTENSIDADE DE CHUVA (mm/h)

350

300

250

200

150

100

50

0
0 20 40 60 80 100 120
TR 5 anos TR 10 anos DURAÇÃO (min)
TR 15 anos TR 20 anos
TR 25 anos TR 50 anos
TR 100 anos

Gráfico 1: Curvas de Intensidade-Duração-Frequência – Brasília/DF.

PRECIPITAÇÃO-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA - BRASÍLIA-DF
120
ALTURAS DE PRECIPITAÇÃO (mm)

100

80

60

40

20

0
0 20 40 60 80 100 120
TR 5 anos TR 10 anos DURAÇÃO (min)
TR 15 anos TR 20 anos
TR 25 anos TR 50 anos
TR 100 anos

Gráfico 2: Precipitação-Duração-Frequência – Brasília/DF.

8.1.4 TEMPO DE RETORNO

O tempo de retorno (TR), ou período de retorno, é definido como o tempo médio no


qual um determinado evento é igualado ou superado, em uma série muito longa de
observações.

▪ 10 anos para as redes de drenagem pluvial.

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8.1.5 PRECIPITAÇÃO DE PROJETO

Para a obtenção do hietograma de projeto, que é o gráfico de totais precipitados em


intervalos parciais dentro da duração considerada, deve-se adotar uma distribuição temporal
da precipitação ao longo da duração da chuva.
No projeto foi utilizado o Método dos Blocos Alternados (citado em CHOW ET AL.,
1957) para a distribuição temporal da precipitação, com intensidade obtida através da curva
I-D-F. O método consiste na determinação das alturas de chuva em cada intervalo de tempo,
rearranjando o posicionamento destas alturas na duração total da precipitação de forma
alternada, ou seja, a partir do pico são distribuídos os valores de lâmina de chuva em ordem
decrescente alternadamente no sentido esquerda-direita do pico. Em geral o pico de chuva é
posicionado no centro de duração, no entanto pode ser escolhida outra posição, de acordo
com as características locais predominantes.
Recomenda-se uma precisão de minuto para os intervalos. Toleram-se pequenos
arredondamentos tanto para a duração total do hietograma quanto para os intervalos de
tempo, de modo que a soma destes resulte, com precisão de minuto, exatamente no valor da
referida duração total.
A discretização do tempo de duração da chuva foi feita em intervalos de tempo iguais,
de forma a obedecer a algumas regras para definição do intervalo de discretização. Este
intervalo não deve ser maior do que o tempo de concentração da bacia e deve ser um
submúltiplo do intervalo de discretização utilizado no modelo de cálculo adotado. Para cada
intervalo calcular a precipitação correspondente através de equações IDF da NOVACAP. Em
seguida, deve-se determinar os incrementos de chuva correspondentes a cada intervalo e
rearranjar os incrementos da chuva de maneira a ter o bloco mais intenso entre 1/3 e 1/2 da
duração da chuva. Os demais blocos devem ser colocados de forma a seguir a seguinte
sequência: ΔPt5 - ΔPt3 - ΔPt1 - ΔPt2 - ΔPt4 - ΔPt6.
Tucci (1993) propõe a sequência ΔPt6 - ΔPt4 - ΔPt3 - ΔPt2 - ΔPt5 - ΔPt6, modificando
o método original. Costa & Menezes (2007) compara as duas opções e constata que a
proposta de Tucci (1993) leva a picos de vazão maiores com volumes menores. Desta forma,
pode-se testar a sequência a ser adotada, sempre mantendo uma lógica na escolha. Neste
estudo, optou-se por utilizar o método original para rearranjar os incrementos de chuva.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a sequência de cálculo, com
equacionamento, no Método dos Blocos Alternados.

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Definição da equação IDF


adotada

Escolha da duração da chuva (td) e do


intervalo de discretização (Δt)

Cálculo da Intensidade da Precipitação em


cada Intervalo de Tempo (i) em mm/h

Cálculo da Precipitação Acumulada em cada


Intervalo de tempo (Pn = i . tn) em mm

Cálculo da Precipitação a cada Intervalo de


discretização ( ΔP = Pn+1 - Pn) em mm

Rearranjo do Blocos de Precipitação na sequência


ΔPt5 - ΔPt3 - ΔPt1 - ΔPt2 - ΔPt4 - ΔPt6 ou ΔPt6 - ΔPt4 -
ΔPt3 - ΔPt2 - ΔPt5 - ΔPt6

Distribuição da precipitação pelo


Métododos Blocos Alternados

Figura 7: Exemplo de sequência de cálculo no Método dos Blocos Alternados.

O hietograma de projeto foi construído para o tempo de retorno de 10 anos e duração


de uma hora (distribuição temporal
Hietograma parapara
de Projeto simulação daseredes).
TR = 10 anos duração de 1 hora

20
18
Precipitação (mm)

16
14
12
10
8
6
4
2
0
5 10 15
20 25 30
35 40
45 50 55 60
Duração (min)

Gráfico 3: Hietograma de projeto para TR = 10 anos e duração de 1 hora.

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8.1.6 PARÂMETRO CN

O parâmetro CN depende do tipo, condições de uso e ocupação e umidade do solo no


período que antecede ao evento. Com relação aos tipos de solo e condições de ocupação, o
SCS distingue, no método, quatro grupos hidrológicos de solos, que variam desde areias com
grande capacidade de infiltração a solos argilosos com capacidade de infiltração
extremamente baixa (30 - 40% de argila total).
Grupo A – Solos arenosos, com baixo teor de argila total (inferior a 8,0%), sem rochas,
sem camada argilosa e nem mesmo densificada até a profundidade de 1,5m. O teor de húmus
é muito baixo, não atingindo 1,0%.
Grupo B – Solos arenosos menos profundos que os do Grupo A e com menor teor de
argila total, porém ainda inferior a 15%. No caso de terras roxas este limite pode subir a 20%
graças a maior porosidade. Os dois teores de húmus podem subir, respectivamente, a 1,2%
e 1,5%. Não pode haver pedras e nem camadas argilosas até 1,5m, mas é quase sempre
presente uma camada mais densificada que a camada superficial.
Grupo C – Solos barrentos, com teor de argila de 20 a 30%, mas sem camadas
argilosas impermeáveis ou contendo pedras até a profundidade de 1,2m. No caso de terras
roxas, estes dois limites máximos podem ser de 40% e 1,5m. Nota-se, a cerca de 60cm de
profundidade, camada mais densificada que no Grupo B, mas ainda longe das condições de
impermeabilidade.
Grupo D – Solos argilosos (30 a 40% de argila total) e com camada densificada a uns
50cm de profundidade ou solos arenosos como B, mas com camada argilosa quase
impermeável ou horizonte de seixos rolados.
A tabela fornece valores de CN para os diferentes tipos de solo e respectivas
condições de ocupação. Cabe ressaltar que essa tabela refere-se à Condição II de umidade
antecedente do solo.

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Tabela 2: Valores de CN em função da cobertura e do tipo de solo (Condição II de Umidade)

NUMEROS DA CURVA DO SCS (CONDIÇÃO DE UMIDADE II)

BACIAS URBANAS
USO DO SOLO SUPERFÍCIE SOLO A SOLO B SOLO C SOLO D
Lote até 500m² (65% impermeável) 77 85 90 92
Residencial Lote até 1000m² (38% imperveável) 61 75 83 87
Lote até 1500m² (30% impermeável) 57 72 81 86
Pavimentados 98 98 98 98
Estacionamentos
Cobertos (telhados) 98 98 98 98
Pavimentadas, com guias e drenagens 98 98 98 98
Ruas e Estradas Com cascalho 76 85 89 91
De terra 72 82 87 89
Áreas comerciais 85% de impermeabilização 89 92 94 95
Distritos industriais 72% de impermeabilização 81 88 91 93
Boas condições, cobertura de grama > 75% 39 61 74 80
Espaços abertos, parques e jardins
Condições médias, cobertura de grama > 50% 49 69 79 84
BACIAS RURAIS
USO DO SOLO SUPERFÍCIE SOLO A SOLO B SOLO C SOLO D
Terreno preparado para plantio Plantio em linha reta 77 86 91 94
(descoberto) Em fileiras retas 70 80 87 90
Linha reta, condições ruins 72 81 88 91
Linha reta, condições boas 67 78 85 89
Cultura em fileiras
Curva de nível, condições ruins 70 79 84 88
Curva de nível, condições boas 65 75 82 86
Linha reta, condições ruins 65 76 84 88
Linha reta, condições boas 63 75 83 87
Cultura de grãos
Curva de nível, condições ruins 63 74 82 85
Curva de nível, condições boas 61 73 81 84
Em curvas de nível 60 72 81 88
Terraceado em nível 57 70 78 89
Plantações de legumes Pobres 68 79 86 89
Normais 49 69 79 94
Boas 39 61 74 80
Linha reta, pobres 68 79 86 89
Linha reta, normais 49 69 79 84
Linha reta, densos 39 61 74 80
Pastagens
Curvas de nível, pobres 47 67 81 88
Curvas de nível, normais 25 59 75 83
Curvas de nível, densos 6 35 70 79
Normais 30 58 71 78
Campos Esparsos, baixa transpiração 45 66 77 83
Densos, alta transpiração 25 55 70 77
Normais 56 75 86 91
Estradas de terra Más 72 82 87 89
Superfície dura 74 84 90 92
Muito esparsas, baixa transpiração 56 75 86 91
Esparsas 46 68 78 84
Florestas
Densas, alta transpiração 26 52 62 69
Normais 36 60 70 76

O método do SCS distingue 3 condições de umidade antecedente do solo.


Condição I – solos secos - as chuvas nos últimos 5 dias não ultrapassaram 15mm.
Condição II – situação média na época de cheias - as chuvas nos últimos 5 dias
totalizaram entre 15 e 40mm.

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Condição III – solo úmido (próximo da saturação) - as chuvas nos últimos 5 dias foram
superiores a 40mm e as condições meteorológicas foram desfavoráveis a altas taxas de
evaporação.
Como as tabelas para achar o número CN se referem às condições normais chamada
Condição II, conforme o solo antecedente estiver seco ou úmido terá que ser feito às
correções do número CN.
Com as equações de Sobhani, 1975 in Asce, 2009 que conseguimos calcular
analiticamente o valor de CN(I) para o caso de seca e CN(III) para o caso de chuva
antecedente.
CN(II)
CN(I) =
[2,334 − 0,01334 ∗ CN(II)]
CN(II)
CN(III) =
[0,4036 + 0,0059 ∗ CN(II)]

Na estimativa das vazões de entrada no reservatório, optou-se por adotar CN futuro


médio variando de 80 a 95 para as sub-bacias. Adotaram-se condições de umidade
antecedente tipo II, uma prática corrente em estudos dessa natureza.

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8.1.7 SIMULAÇÕES DA GALERIA DE REFORÇO

O diagrama unifilar da Rede 01 de macrodrenagem no Autodesk® Storm and Sanitary


Analysis 2020 (SSA) é apresentado abaixo:

Figura 8: Diagrama unifilar da Rede 01 no Software SSA para o sistema de macrodrenagem da Faixa 1 e 2
Norte.

Seguindo os critérios de dimensionamento da NOVACAP, os trechos foram


dimensionados para não operaram em carga (sob pressão), ainda que a linha piezométrica
não ultrapasse a superfície do terreno. Assim, considerando o perfil do terreno ter acentuada
declividade, adotou-se degraus nos poços de visita (limitando a 1,5 metros no coletor principal
da macrodrenagem), resultando em velocidades máximas abaixo de 6,00 m/s, conforme
orientação da fiscalização da DU/NOVACAP.
Do exposto, evitou-se no dimensionamento locais críticos podem ser considerados
como aqueles em que a linha da água supera o nível do terreno (excedentes em superfície).
Ainda podem ser considerados como pontos críticos os trechos trabalhando com valores
elevados de carga hidráulica devido às altas velocidades.

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A figura abaixo ilustra o nível da água na galeria de macrodrenagem projetada


compreendido entre os PVs 64 ao 68 da Rede 01, obtidos na simulação para um evento de
TR de 10 anos.

Figura 9: Nível da água na galeria de reforço de macrodrenagem (PVs 64 ao 68 – Rede 01), obtidos na
simulação para um evento de TR de 10 anos.

A derivação do PV-69 receberá parte da vazão escoada pela macrogaleria 1, para se


evitar excedentes superficiais. Isto se deve ao aumento da vazão do escoamento pluvial, que
ao superar a capacidade da seção da macrogaleria 1 (no trecho a jusante do PV AP 1-30),
faz com que a mesma passe a operar com maior carga hidráulica, elevando a linha
piezométrica do escoamento até ultrapassar o terreno e consequentemente passando a ter
excedentes em superfície.
O sangramento da macrogaleria 1 será feito com por meio de um vertedor lateral. A
vazão vertida, da ordem de 6,0 m³/s, será captada em uma caixa coletora em concreto
armado, moldada no local, contígua a macrogaleria 1. Da geratriz inferior desta caixa partirá
uma tubulação de 1800 mm em Tunnel Liner, conduzindo a vazão vertida para o PV-70 RD-
01 da galeria de reforço.

Gráfico 4: Hidrograma Afluente (6,00m3/s) desviadas para a galeria de reforço, evento de TR = 10 anos.

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O desvio das primeiras águas de chuva, escoadas pela macrogaleria exutória 3,00 x
3,00 m, será feito por meio de vertedor lateral (ver detalhe – Derivação do PV-81), que
permitirá desviar para a bacia da qualidade uma vazão máxima de 4,86 m³/s. A interligação
na galeria de reforço será no PV-82 RD-01.

Gráfico 5: Hidrograma Afluente (4,86m3/s) das primeiras águas de chuva desviadas para o Reservatório
de Qualidade, para um evento de TR = 10 anos.

As planilhas de dimensionamento hidráulico das redes podem ser visualizadas no


Anexo IV.

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9 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO


(QUALIDADE) ON-LINE – RES. 01

9.1 ESTUDOS HIDROLÓGICOS

No estudo hidrológico foram adotados modelos matemáticos do tipo chuva x vazão


para a definição dos hidrograma de projeto, em virtude da carência de dados pluviográficos
que poderiam subsidiar análises estatísticas de cheias.
Os dados necessários à elaboração desses estudos compreendem fundamentalmente
as características hidráulicas e geomorfológicas da bacia, suas condições de
impermeabilização, tempos de concentração, bem como as precipitações de projeto.

9.1.1 TEMPO DE RETORNO

Os tempos de retorno utilizados no dimensionamento do reservatório são


apresentados a seguir:

▪ 10 e 25 anos adotado para fins de projeto de intervenções de controle de inundações,


considerado no dimensionamento da descarga de fundo, vertedor de emergência e
lançamento final.

9.1.2 MÉTODO DO SOIL CONSERVATION SERVICE (SCS)

Para estimativa da chuva efetiva (Loss) utilizou-se o software HEC-HMS que dispõe
de vários modelos como:

▪ Perda inicial mais perdas constantes (Initial and Constant Loss);


▪ Método de SCS em grade;
▪ Método de Smith Parlange;
▪ Método de Green-Ampt;
▪ Método do SCS número de deflúvio (Curve Number);
▪ Balanço de umidade no solo;
▪ Balanço de umidade no solo em grade.

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9.1.3 PRECIPITAÇÃO DE PROJETO

Os hietogramas de projeto foram construídos para os tempos de retorno 10 e 25 anos,


visando os estudos deHietograma
funcionamento das
de Projeto estruturas
para deecontrole
TR = 10 anos do
duração de reservatório de detenção.
1 hora

20
18
Precipitação (mm) 16
14
12
10
8
6
4
2
0
5 10 15
20 25 30
35 40
45 50 55 60
Duração (min)

Gráfico 6: Hietograma de projeto para TR = 10 anos e duração de 1 hora.

Hietograma de Projeto para TR = 25 anos e duração de 1 hora

20
18
Precipitação (mm)

16
14
12
10
8
6
4
2
0
5 10 15
20 25 30
35 40
45 50
60 55
Duração (min)
Gráfico 7: Hietograma de projeto para TR = 25 anos e duração de 1 hora.

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9.1.4 PARÂMETROS DA FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA E DO MODELO DE


PROPAGAÇÃO EM CANAIS

O hidrograma unitário sintético do SCS, na versão HEC-HMS, além da área da bacia


requer a estimativa do tempo de resposta da bacia (“lag-time”), expresso como uma função
do tempo de concentração (tc). Os tc foram estimados por sub-bacia, considerando-se uma
combinação de aplicação do tempo de deslocamento superficial de 15 minutos com a
somatória do tempo de percurso calculado pelo método cinemático. A equação do tempo de
concentração fica como segue:
1 𝑙𝑖
𝑡𝑐 = 15,00 + ∑
60 𝑣𝑖
𝑖

Sendo:
𝑡𝑐 : tempo de concentração (min);
𝑙𝑖 : comprimento de trecho canalizado, com declividade constante (m);
𝑣𝑖 : velocidade de escoamento no trecho canalizado, com declividade constante (m/s).

9.1.5 MODELAGEM CHUVA-VAZÃO POR EVENTO: O MODELO HEC- HMS

O modelo hidrológico empregado no estudo foi o modelo HEC-HMS, versão 4.5,


desenvolvido pelo Hydrologic Engineering Center, do Corpo de Engenheiros do Exército dos
EUA (US Army Corps of Engineers). O HEC-HMS contempla, de fato, uma solução
multimodelo composta por diferentes alternativas de modelagem da precipitação de projeto,
da precipitação efetiva, da concentração dos escoamentos por modelagem do escoamento
superficial e da propagação de hidrogramas de cheia em cursos d’água, reservatórios e outras
áreas de armazenamento, como as bacias de detenção.
Trata-se de um modelo semi-distribuído de simulação por evento. No caso do estudo
hidrológico em estudo, empregaram-se as seguintes soluções de modelagem:

▪ Chuvas efetivas calculadas por meio do método Soil Conservation Service (Método
SCS), com emprego do parâmetro CN;
▪ Modelagem da concentração de escoamentos adotando-se o modelo do hidrograma
unitário sintético triangular igualmente proposto pelo SCS;
▪ Modelagem da propagação de hidrogramas de cheia em canais adotando-se o modelo
de Muskingum-Cunge;
▪ Modelagem da propagação de hidrogramas de cheia em áreas de armazenamento
(reservatórios de detenção) pelo método de Puls modificado.

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9.1.6 AMORTECIMENTO DE CHEIAS EM RESERVATÓRIOS (ROUTING)

O método utilizado no dimensionamento do reservatório é o de Puls, por ser um dos


mais conhecidos. O método utiliza a equação de continuidade concentrada, sem contribuição
lateral e a relação entre o armazenamento e a vazão é obtida considerando a linha de água
do reservatório horizontal.
A variação do volume armazenado em um reservatório pode ser descrita pela
equação:
𝑑𝑆
𝐼−𝑄 =
𝑑𝑡

Onde:
I – vazão afluente;
Q – vazão efluente;
S – Volume armazenado;
t – tempo.
dS/dt – denota a variação no armazenamento por unidade de tempo.

Para um intervalo de tempo t, a equação acima pode ser escrita na forma de
diferenças finitas e rearranjada como:
2𝑆1 2𝑆2
(𝐼1 + 𝐼2 ) + ( − 𝑄1 ) = ( + 𝑄2 )
∆𝑡 ∆𝑡

Onde:
I1 e I2 – vazões afluentes nos instantes 1 e 2;
t – período de tempo entre 1 e 2;
S1 e S2 – volumes reservados nos instantes 1 e 2;
Q1 e Q2 – vazões efluentes nos instantes 1 e 2;

As incógnitas são, portanto, S2 e Q2, que podem ser obtidas por intermédio das
relações das curvas (cota x volume), (cota x vazão efluente), e das curvas auxiliares em
função do volume armazenado e da vazão efluente.

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9.2 ESTRUTURAS DE SAÍDA DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO

As vazões efluentes dos reservatórios de detenção on-line dependem do tipo e das


dimensões da sua estrutura de controle de saída. As relações entre o NA e as vazões
extravasadas podem ser obtidas mediante utilização dos parâmetros hidráulicos (como
coeficientes de descarga) aplicados às relações do escoamento em cada caso. No projeto
foram adotadas estruturas de controle mistas compreendendo a extravazão através de orifício
e vertedor.
As estruturas hidráulicas mistas ou de múltiplos estágios são aquelas posicionadas em
uma mesma localidade e projetadas para diferentes tempos de recorrência (TR) para um
melhor desempenho no atendimento dos eventos de chuva.
O controle das vazões de descarga é realizado em cada estágio, sendo que o estágio
inferior (S1) corresponde a um descarregador de fundo que opera primeiramente como um
vertedor. A partir do momento em que o nível de água do reservatório se eleva e beira a parte
superior do mesmo, o controle passa a ser de um orifício.
O estágio intermediário (S2) foi dimensionado para uma vazão de 25 anos, no qual
corresponde a um vertedor do tipo retangular de parede espessa.

9.2.1 DETERMINAÇÃO DA SEÇÃO DO DESCARREGADOR DE FUNDO

O descarregador de fundo (orifício) deve ser instalado no reservatório de forma a


permitir a liberação gradual da água armazenada. Deve-se instalar o descarregador junto ao
fundo do reservatório, evitando assim o acúmulo de água no interior da estrutura.
A vazão descarregada Q foi determinada pela relação:
𝑄 = 𝐾0 𝑎0 √2𝑔ℎ

Onde:
K0 – coeficiente de descarga do orifício (adimensional), sendo adotado o valor típico
para orifícios com cantos vivos 0,6;
a0 – área da seção transversal do orifício;
h – lâmina ou altura d’água, acima do eixo central do orifício (orifício livre) ou diferença
de nível d’água (orifício afogado);
g – aceleração da gravidade (9,81 m/s²).

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9.2.2 DIMENSIONAMENTO DO VERTEDOR DE EXCESSOS

O vertedor de excessos, como o próprio nome sugere, tem a finalidade de escoar o


excesso de água que entra no reservatório, quando ocorrem chuvas com intensidade superior
à utilizada no dimensionamento.
O vertedor, de acordo com aspectos construtivos utilizados, pode ser de paredes
delgadas ou de parede espessa.
Os elementos que caracterizam os vertedores estão relacionados a seguir (PORTO,
1998):

▪ Crista ou Soleira: é a parte superior, onde ocorre o contato com a lâmina vertente;
▪ Carga (H): é a diferença entre a cota da soleira e o nível de água a montante medida
a uma distância do vertedor, na qual a distribuição de pressão é hidrostática;
▪ Altura do vertedor (p): distância entre a cota de fundo do canal ou reservatório e a cota
da crista da soleira;
▪ Largura (L): largura da soleira.

A Figura 10 apresenta um desenho esquemático dos principais parâmetros que


constituem um vertedor. No caso, é apresentado um vertedor retangular de soleira delgada e
com contração lateral.

Figura 10: Vertedor retangular de soleira delgada. Adaptado (PORTO, 1998).

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O vertedor retangular é caracterizado por uma soleira que deve ter uma espessura (e)
suficientemente longa para proporcionar um paralelismo ao longo de si mesmo, com
distribuição hidrostática de pressão graças à aderência do escoamento com o plano horizontal
do vertedor. A altura da soleira é caracterizada pela elevação do fundo do canal (Delta Z),
conforme Figura 11.

Figura 11: Vertedor de soleira espessa. Adaptado (PORTO, 1998).

Os vertedores podem ser classificados quanto à natureza da parede, sendo:

▪ Parede delgada: e < 2/3H


▪ Parede espessa: e ≥ 2/3H

Onde e é a espessura da parede do vertedor; e H é a carga máxima desejada no


vertedor (H = z – zw, sendo z é a cota corrente e zw é a cota da crista).
Os vertedores serão do tipo retangular (elevado e emergência), sendo que vazão Q foi
determinada pela relação:
𝑄 = 𝐶𝑣. 𝐿. 𝐻1,5

Onde:
Cv – coeficiente de vazão (adimensional), sendo adotado o valor de 1,83 para o
vertedor de soleira delgada (elevado) e 1,71 para vertedor de soleira espessa
(emergência);
L – Comprimento útil da soleira (m);
H – Carga total acima da soleira (m).

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9.3 MODELAGEM HIDROLÓGICA E HIDRÁULICA DO RES. 01

9.3.1 DISCRETIZAÇÃO ESPACIAL DO PROJETO

Tendo em vista as redes de microdrenagem, e a proposta de implantação do


reservatório de detenção projetado, elaborou-se o diagrama unifilar para modelagem pelo
HEC-HMS.

Figura 12: Diagrama unifilar HEC-HMS para a Sub-Bacia – RES. 01.

Visando a segurança da estrutura do reservatório em enchentes com maiores períodos


de retorno, optou-se por dimensionar os vertedouros e lançamentos para TR de 25 anos, ou
seja, há um risco de 4% de ocorrer uma chuva crítica em um ano, relacionada pela seguinte
equação:
1
𝑃=
𝑇𝑅
Onde:
P – é a probabilidade de excedência;
TR – tempo de retorno;
Assim, se a excedência ocorre em média uma vez a cada 25 anos, então a
probabilidade que o evento ocorra em um ano qualquer é 1/25=0,04, ou seja, 4%.
O dimensionamento das obras de drenagem deve ser realizado, portanto, conforme
os riscos aceitáveis, o se faz pela adequada escolha dos tempos de recorrência.

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9.3.2 SIMULAÇÕES HIDROLÓGICAS DO RESERVATÓRIO DE DETENÇÃO 01

O reservatório 01 é alimentado pelo escoamento proveniente da rede 01 (Tunnel Liner


de reforço). Apresenta-se, a seguir, uma avaliação das condições de funcionamento e
operação do reservatório de detenção em estudo para os diferentes cenários simulados.
O controle hidráulico do RES. 01 é composto por:
▪ Quatro orifícios instalados na cota 1011,040 com seção circular (drenos perfurados
com diâmetro de 0,10m) para o controle de qualidade;
▪ Dois orifícios instalados na cota 1011,700 com seção retangular (1,50x1,00m) para
o controle de qualidade/quantidade;
▪ Um vertedor de emergência do tipo parede delgada, com seção transversal
retangular e soleira com largura total de 15,00m instalada à cota 1014,500. A borda
livre do reservatório é de 1,00m, sendo a cota da crista do reservatório 1015,500.

No dimensionamento do reservatório considerou-se as diferentes condições de


funcionamento das estruturas de controle (orifício em descarga livre, orifício afogado, vertedor
em descarga livre e vertedor afogado).
A Figura 13 ilustra a curva cota x volume do reservatório, nota-se que o volume útil é
de 70.263m3, e o volume máximo previsto de armazenamento é de 96.186m3.
Curva Cota x Volume (Res. 01 de Qualidade)
1,016.0
1,015.5
1,015.0
1,014.5
Cota (m)

1,014.0
1,013.5
1,013.0
1,012.5
1,012.0
1,011.5
1,011.0
0 20 40 60 80 100 120
Volume (1000 m3)

Figura 13: Curva cota x volume do reservatório de detenção (qualidade) 01.

Os hidrogramas de entrada e saída (Gráfico 8), os volumes armazenados e os níveis


d’água atingidos no RES. 01 (Gráfico 9), ao longo do tempo, permitem constatar a eficiência
de amortecimento do reservatório de detenção. A cota do NA encontrada na simulação (TR
de 10 anos) é 1.013,85m, sendo 0,65m abaixo da cota máxima da soleira do vertedouro
(1.013,850m), tendo borda livre de 1,65m em relação à cota de crista da barragem e volume
armazenado de 54.148m3. Percebe-se que o percentual de amortecimento das vazões de
pico do RES. 01 é de 76% da vazão de pico afluente ao reservatório.

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Hidrogramas Afluente e Defluente


50.0
45.0
40.0
35.0
Vazão (m3/s)

30.0
25.0
20.0
15.0
10.0
5.0
0.0
0 15 30 45 60 75 90 105 120

Hidrograma Afluente Hidrograma Defluente

Gráfico 8: Hidrogramas Afluente (42,93m3/s) e Defluente (10,37m3/s), evento de TR = 10 anos e duração =


1,0 h.

Volume Armazenado e Cotas de NA


60.0 1,014.00

50.0 1,013.50
Volume (1000 m3)

40.0 1,013.00

Cota (m)
30.0 1,012.50

20.0 1,012.00

10.0 1,011.50

0.0 1,011.00
0 15 30 45 60 75 90 105 120

Volume Armazenado Cotas de NA

Gráfico 9: Volume armazenado e cotas de NA, evento de T = 10 anos e duração = 1,0 h.

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A vazão máxima de saída estimada para um tempo de retorno de 10 anos é


apresentada no gráfico a seguir:
Vazão Máxima de Saída do RES. 01 - TR de 10 Anos
12.0

10.0

8.0
Vazão (m3/s)

6.0

4.0

2.0

0.0
0 20 40 60 80 100 120

Gráfico 10: Vazão de saída do reservatório de detenção 10. Hidrograma Defluente (10,37 m3/s), evento de
TR = 10 anos e d = 1,0 h.

Os hidrogramas de entrada e saída para um tempo de retorno de 25 anos podem ser


visualizados a seguir. A cota máxima efluente simulada é 1.014,63m, portanto, 0,87m abaixo
do coroamento e volume armazenado de 73.556m3. Essa diferença acomoda bem a
segurança colocada pelos Engenheiros de barragens, considerando uma chuva excepcional.

Hidrogramas Afluente e Defluente


70.0

60.0

50.0
Vazão (m3/s)

40.0

30.0

20.0

10.0

0.0
0 15 30 45 60 75 90 105 120

Hidrograma Afluente Hidrograma Defluente

Gráfico 11: Hidrogramas Afluente (57,64m3/s) e Defluente (13,86m3/s), evento de TR = 25 anos e d = 1,0 h.

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Volume Armazenado e Cotas de NA


80.0 1,015.00
70.0 1,014.50
Volume (1000 m3) 60.0 1,014.00
50.0 1,013.50

Cota (m)
40.0 1,013.00
30.0 1,012.50
20.0 1,012.00
10.0 1,011.50
0.0 1,011.00
0 15 30 45 60 75 90 105 120

Volume Armazenado Cotas de NA

Gráfico 12: Volume armazenado e cotas de NA, evento de T = 25 anos e d = 1,0 h.

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10 DIMENSIONAMENTO DO DISSIPADOR DE ENERGIA (BRADLEY-


PETERKA)

No dimensionamento dever-se-á levar em consideração a elevada solicitação das


estruturas por parte das forças dinâmicas e turbulências. A estrutura deverá ser
suficientemente estável para resistir aos esforços de arrancamento, provocados pela carga
de impacto sobre a parede defletora. O arranjo geral do dissipador e as dimensões requeridas
para as várias descargas estão apresentados no Gráfico 13, na Figura 14 e Figura 15 e na
Tabela 3.
No Gráfico 13 entra-se com o valor da vazão (m3/s) e obtém-se a dimensão, em
metros, da largura do dissipador (A). Com o valor da largura (A) têm-se as demais dimensões
do dissipador na Tabela 3.

DIMENSIONAMENTO DA BACIA DE DISSIPAÇÃO POR IMPACTO


8,0

7,0

6,0
LARGURA EM METROS (A)

5,0

4,0

IOR
UPER
3,0
IT ES
LIM
IOR
ER
E INF
IT
2,0 LIM

1,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 2,0 3,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10 12

DESCARGA EM m3/s

Gráfico 13: Ábaco de dimensionamento da bacia de dissipação por impacto.


Fonte: TOPOCART, 2010.

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PLANTA DO FUNDO

PLANTA SUPERIOR

Figura 14: Detalhes das plantas de fundo e superior do dissipador de impacto.


Fonte: TOPOCART, 2010.

CORTE - AA

CORTE - BB

Figura 15: Detalhes dos cortes do dissipador de impacto.


Fonte: TOPOCART, 2010.

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Tabela 3: Dimensões padronizadas dos dissipadores de impacto.

A bacia de dissipação por impacto tem geometria em forma de caixa, dotada de uma
viga transversal com seção em “L” invertido. A eficiência desta bacia para idênticos números
de Froude a montante é considerada superior a de uma bacia por ressalto hidráulico.

Figura 16: Perspectiva de entrada do dissipador do tipo impacto, modelo Bradley-Peterka.


Fonte: TOPOCART, 2011.

Figura 17: Perspectiva de entrada do dissipador do tipo impacto, modelo Bradley-Peterka.


Fonte: TOPOCART, 2011.

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Considerando as vazões de pico resultante do estudo para tempo de retorno T = 10


anos, temos:

▪ Entrada no RES. 01 – Vazão = 42,72m3/s (Planilha Hidráulica – Anexo IV) – Rede


3600mm.

No Gráfico 14 entra-se com o valor da vazão, onde se obtém a dimensão, em metros,


da largura do dissipador.
DIMENSIONAMENTO DA BACIA DE DISSIPAÇÃO POR IMPACTO
8,0

7,0

6,0
LARGURA EM METROS (A)

5,0

4,0

IOR
UPER
3,0
ITES
LIM
IOR
ER
E INF
IT
2,0 LIM

1,0
0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 2,0 3,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10 12

DESCARGA EM m3/s

Gráfico 14: Ábaco de dimensionamento da bacia de dissipação por impacto – Chegada no RES. 10.

Com o valor da largura (A = 5,50m), optou-se por adotar (04) dissipadores A4.

Tabela 4: Dimensões padronizadas dos dissipadores de impacto.

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11 ESTUDO GEOTÉCNICO: ANÁLISE DE ESTABILIDADE DO RES. 01

Para a caracterização do perfil geotécnico da área de implantação do reservatório de


qualidade (RES. 01) foram realizados furos de sondagem a percussão e a trado, conforme
mostrado na planta de locação dos furos de sondagem (Figura 18). Para os relatórios de
sondagem ver o Anexo II.
Os estudos consistiram na execução de 3 furos de sondagens a trado (ST) e para a
caracterização da sua resistência à penetração, 7 furos a percussão (SPT). Além dos ensaios
supracitados foram realizados um ensaio de Infiltração (EI), um de permeabilidade (EP) e
também ensaio de colapsividade (Vide Anexo II).

Figura 18: Planta de localização dos furos de sondagem – RES. 01 (Faixa 1 e 2 Norte).

Com relação a classificação táctil visual, constante tanto no boletim de sondagem a


trado, bem como nos laudos de SPTs, existe uma camada predominante de argila siltosa,
variando de mole a dura (muito compacto), com o impenetrável na profundidade de ~ 6,0 a
12,0 m.
A capacidade de absorção do solo foi verificada através do Ensaio de Infiltração,
resultando em um coeficiente de Infiltração de 83,10 l/m² x dia, com uma absorção relativa,
considerada média.

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Visando o conhecimento do comportamento do solo com relação a colapsividade,


foram realizados ensaios de adensamento conduzidos pela Universidade de Brasília – UNB
(Altran TCBR, 2010), feitos em duas amostras distintas sendo uma no estado natural e outra
no estado saturado (ver Anexo II).
Conforme os ensaios, o procedimento observado foi que os carregamentos do ensaio
de adensamento foram feitos em duas amostras distintas, sob condições distintas de
saturação: uma no estado natural e outra no estado saturado. Nos dois casos os corpos de
prova foram submetidos aos carregamentos de 5, 25, 50, 100, 200, 400 e 800 kPa.
Com base nos resultados dos ensaios construiu-se a tabela abaixo para calcular o
potencial de colapso.
Segundo Lutenegger e Saber (1988), o potencial de colapso (𝐼) de um solo pode ser
calculado a partir da Equação abaixo e sua classificação segue critérios descritos na Tabela
1, que expressa uma noção da gravidade do problema em função do potencial de colapso do
solo. Segundo esta classe, a amostra em estudo se enquadra como de gravidade leve.
∆𝑒𝑐
𝐼=
1 + 𝑒𝑖
Sendo:
∆𝑒𝑐 : Corresponde à variação do índice de vazios proveniente da inundação a uma
determinada tensão;
𝑒𝑖 : Corresponde ao índice de vazios antes da inundação.
velocidade de escoamento no trecho canalizado, com declividade constante (m/s).

Tabela 5: Gravidade do Problema segundo critério de Lutenegger e Saber (1988).

𝐼 (%) Gravidade
2 Leve
6 Moderada
10 Alta

A partir dos resultados pode-se concluir que o potencial de colapso (𝐼) do solo é de
leve a moderado (i=3,57% a 400 kPa), conforme a classificação de Lutenegger & Saber
(1988). Assim, o potencial de baixo risco, considerando que os taludes do reservatório foram
projetados com suavização do ângulo de inclinação (2H:1V), e compactação prevista para os
taludes com o objetivo de minimizar/evitar a colapsividade, reduzindo a permeabilidade do
solo.
As verificações de estabilidade dos taludes são apresentadas a seguir, onde foi
adotado nos taludes os elementos de Terramesh Verde, que são formados pela associação
de um reforço metálico em malha hexagonal de dupla torção, a um paramento frontal
constituído pelo mesmo pano de reforço, associado a um painel em geomanta, resultando um

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elemento de elevada resistência à tração e baixos níveis de alongamento, com paramento


frontal apto a desenvolver vegetação. A geomanta destaca-se por sua flexibilidade e
praticidade, revestindo e protegendo o talude da ação da chuva e do vento, principais
causadores dos processos erosivos

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✓ Verificação da estabilidade do RES. 01 à fatores de segurança.


A verificação da estabilidade do RES 01 à fatores de segurança foi elaborado conforme
os 3 (três) eixos traçados transversalmente e longitudinalmente.

Figura 19: Eixos locados na planta de dos furos de sondagem – RES. 01 (Faixa 1 e 2 Norte).

Foi utilizado o software MacStars® 2000, que simula a estabilidade de taludes


utilizando-se os métodos usuais de estado de equilíbrio limite.
As análises de estabilidade realizadas apresentaram valores satisfatórios do conjunto
solo/estrutura, analisada pelo método de Bishop, que analisa a ruptura ao longo de superfícies
de ruptura cilíndricas. A verificação da estabilidade global calculado é superior ao fator de
segurança mínimo recomendado (F.S > 1,5).

Tabela 6: Resumo dos resultados da estabilidade global.

Eixos FS
Eixo 01 - Talude com Terramesh 1,612
Eixo 01 - Talude sem Terramesh 1,709
Eixo 02 - Talude com Terramesh 1,523
Eixo 02 - Talude sem Terramesh 1,550
Eixo 03 - Talude Direito 1,810
Eixo 03 - Talude do Dissipador 1,937

A partir dos resultados pode-se concluir que não se observou nenhuma anomalia que
indicasse algum possível problema de estabilidade. O FS gerado pelo estudo da estabilidade
do talude com base nos dados experimentais e hipóteses adotadas encontram-se acima do
preconizado por norma. Ademais, conclui-se que os taludes do reservatório estão estáveis
para condições normais de operação conforme detalhado no projeto executivo.

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12 CONCLUSÃO

Os principais resultados das simulações indicam a suficiência das redes projetadas e


do reservatório de detenção (qualidade) tendo como meta o tempo de retorno de 10 anos. A
verificação para TR de 25 anos apontou também que não ocorre extravasamento no
reservatório.
Com o reservatório de detenção obteve-se uma intervenção pontual na sub-bacia,
portanto, com menor transtorno para a população. O abatimento dos picos de cheia em
reservatórios evita a necessidade de intervenção para o aumento de capacidade dos cursos
d’água, assim como intervenções demasiadamente longas, com muitas interferências. Além
de garantir uma grande redução nos riscos de enchente teremos a redução da poluição hídrica
do corpo d’água.

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13 BIBLIOGRAFIA

ADASA, Resolução Nº 9, de 8 de Abril de 2011, Brasília-DF.

AKAN, A OSMAN. Urban Stormwater Hydrology. Lancaster, Pennsylvania: Technomic, 1933.

ASCE (American Society Of Civil Engineer). Curve Number Hydrology – State of Practice.
Richard H. Hawkinns, Timothys J. Ward, Donald E. Woodward e Joseph A. Van Mullerm.
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CANHOLI, A. P. Drenagem Urbana e Controle de Enchentes. Ed. Oficina de Textos. 2005.

CARVALHO, J.A. Barragens de terra. Lavras. Universidade Federal de Lavras, 1998. 54p.

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NORMAS/DU – AP0997, Brasília-DF.

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de Drenagem Pluvial, Brasília-DF.

PDDU-DF, Plano Diretor de Drenagem Urbana do Distrito Federal, Brasília-DF, 2009.

PLÍNIO TOMAZ. Cálculos Hidrológicos e Hidráulicos Para Obras Municipais. São Paulo, 2002.

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LENCASTRE, A. E FRANCO, F.M. Lições de Hidrologia. Universidade Nova de Lisboa, Lisboa


1984. 451 p.

TUCCI, C. E. M, PORTO, R. L. L. P, BARROS, M. T. L, Drenagem Urbana. ABRH - Editora


da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 1995.
TUCCI, Carlos Eduardo M. Modelos Hidrológicos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005.
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_____, C. E. M. (org.) (2007) Hidrologia: ciência e aplicação. Porto Alegre: Ed. Da


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14 ANEXOS

14.1 ANEXO I – CONSULTAS AS CONCESSIONÁRIAS.

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14.2 ANEXO II – ESTUDOS GEOTÉCNICOS.

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14.3 ANEXO III – ESTUDOS TOPOGRÁFICOS.

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14.4 ANEXO IV – PLANILHA HIDRÁULICA DAS REDES E LANÇAMENTO DO RES. 01.

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14.5 ANEXO V – ROUTING DO RESERVATÓRIO – RES 01.

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14.6 ANEXO VI – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS.

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14.7 ANEXO VII – PLANTAS DO PROJETO EXECUTIVO DE DRENAGEM.

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