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2015
Copyright © UNIASSELVI 2015
Elaboração:
Profa. Fernanda Caroline Jaques
389.005
J36t Jaques, Fernanda
Técnicas de medição/ Fernanda Jaques. Indaial :
UNIASSELVI, 2015.
142 p. : il.
ISBN 978-85-7830-936-7
Impresso por:
Apresentação
Como saber se algo vai bem ou vai mal? Como avaliar se as condições
de trabalho são adequadas? Como podemos propor melhoria sem conhecer
de fato, sem quantificar? São essas e outras perguntas que responderemos ao
longo dos estudos desta disciplina.
III
UNI
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por
exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 - ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO.................................................................... 1
TÓPICO 1 - CONCEITO....................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 3
2 O QUE É MEDIÇÃO E PARA QUE SERVE................................................................................... 3
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 7
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 8
TÓPICO 3 - AMOSTRAGEM.............................................................................................................. 17
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 17
2 AVALIAÇÃO DO RISCO.................................................................................................................. 17
3 PREPARAÇÃO PRELIMINAR AO PROCESSO DE AVALIAÇÃO.......................................... 19
4 ELABORAÇÃO DO GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO – GHE................................. 21
5 ESTRATÉGIAS DE AMOSTRAGEM............................................................................................. 22
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 26
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 31
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 32
VII
4 AGENTE UMIDADE.......................................................................................................................... 45
5 AGENTES RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES............................................................................. 46
6 AVALIAÇÃO DE RADIAÇÕES IONIZANTES........................................................................... 49
7 AGENTE FRIO.................................................................................................................................... 50
8 AGENTE PRESSÃO HIPERBÁRICA.............................................................................................. 51
9 AGENTE CALOR................................................................................................................................ 52
10 AGENTE RUÍDO.............................................................................................................................. 52
11 AGENTE VIBRAÇÃO...................................................................................................................... 57
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 59
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 60
VIII
4.3 AMOSTRAGEM POR BORBULHADOR OU IMPINGER (GASES E VAPORES)............ 124
4.4 AMOSTRAGEM POR ESPECTOMETRIA DE INFRAVERMELHO (DIRETA)................ 124
4.5 AMOSTRAGEM POR MONITORES PASSIVOS.................................................................... 125
4.6 AMOSTRAGEM DE AERODISPERSOIDES............................................................................ 125
LEITURA COMPLEMENTAR............................................................................................................. 130
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 139
AUTOATIVIDADE............................................................................................................................... 140
REFERÊNCIAS....................................................................................................................................... 141
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos, e ao final de cada
um deles você encontrará atividades que servirão de apoio para seu
conhecimento.
TÓPICO 1 - CONCEITO
TÓPICO 3 – AMOSTRAGEM
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEITO
1 INTRODUÇÃO
Antes de sair medindo tudo por aí e aplicando todas as técnicas a serem
utilizadas na segurança do trabalho, é importante entender um pouco sobre a
medição. Pode parecer um pouco conteúdo de Ensino Médio, ou - desculpe aos
mais novos - conteúdo de Ensino Fundamental, mas ter a base é essencial.
Entender o que é uma medição, o que é uma avaliação, para que elas
servem e conhecer as unidades de medida fará com que você, acadêmico, lá na
frente, na hora de interpretar os dados, consiga ter uma linha de raciocínio concisa
e que te ajudará a visualizar além dos resultados, para que você avalie e busque
alternativas para o que necessita de melhoria e, assim, isso tudo possibilite um
ambiente de trabalho mais sadio ao trabalhador.
3
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
NOTA
4
TÓPICO 1 | CONCEITO
Eventos Unidades
Área Metro quadrado, quilômetro quadrado, are, hectare etc.
Capacidade Barril, galão, saca etc.
Comprimento Metros e seus múltiplos, pé, jarda, légua, milha etc.
Densidade Quilograma por metro cúbico, quilograma por litro etc.
Energia Caloria, quilowatt hora, frigoria etc.
Força Newton, quilograma força, poundal.
Massa Grama, quilo, arroba, quilate etc.
Potência Watt e quilowatt.
Pressão Pascal, psi, atm, bar, mca (metro da coluna d’água)
Temperatura Grau Celsius, Grau Fahrenheit, Kelvin etc.
Tempo Ano, minuto, hora, segundos, era, séculos etc.
Vazão Metros cúbicos por segundo (m³/s); Litros por segundo (L/s)
Velocidade Metros por segundo, rotações por minuto etc.
Volume Litros, metros cúbicos etc.
Som Decibel. A frequência do som é medida em hertz.
Eletricidade Volt, Ampere, Ohm
FONTE: O autor
5
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
6
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
7
AUTOATIVIDADE
• Pascal • Temperatura
• Decibel • Metabolismo
• RPM • Ruído
• Newton • Área
• Caloria • Pressão
8
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Agora, acadêmico, você saberia dizer qual unidade de medida é mais usada
na área da segurança do trabalho? Você tem ideia do que é medido em segurança
do trabalho? Para isso, temos que relembrar assuntos importantes como os riscos
ocupacionais, higiene ocupacional, insalubridade, ergonomia. Você deve tê-los
conhecido melhor quando estudou os fundamentos da segurança do trabalho, as
matérias importantes que são a base do seu curso.
Os riscos ocupacionais são divididos de acordo com seu tipo, são cinco:
NOTA
Você deve tê-los conhecido melhor quando estudou sobre a CIPA – Comissão
Interna de Prevenção de Acidentes, que é responsável por realizar o Mapa de Riscos
Ambientais das empresas.
Na verdade, nem todos estes riscos possuem agentes que são passíveis
de uma medição. Por exemplo, o risco de acidente é um risco que envolve mais a
probabilidade, ou seja, a chance de uma lesão acontecer com o trabalhador. Não
é possível medir de forma direta, apenas pode-se trabalhar eles estatisticamente,
ou melhor, eles não possuem uma energia quantificável, ou uma característica -
química, física ou biológica - envolvida de forma direta.
Por isso, o foco das medições visa apenas explorar os agentes passíveis
de quantificação, que podem ser mensurados através de unidades de medida.
Vamos explorar bastante os agentes físicos, químicos, alguns ergonômicos e dar
uma leve pincelada nos agentes biológicos.
10
TÓPICO 2 | MEDIÇÃO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
São essas concentrações que são alvo dos diferentes métodos de medição e
avaliação. Por exemplo, em uma marmoraria sabe-se que o lixador de mármore
está exposto à poeira com um agente químico prejudicial à saúde em determinada
concentração, conhecido como sílica livre cristalizada. Ao mensurarmos o quanto
da concentração desse agente tem no ambiente e qual o tempo de exposição do
trabalhador enquanto executa a atividade de lixar, poderemos concluir se este
agente prejudicial, no caso a sílica, está em quantidade superior permitida ao
que as normas e legislação pertinentes determinam, e se pode ou não fazer mal à
saúde do trabalhador.
ATENCAO
E
IMPORTANT
11
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
3 MEDIR X AVALIAR
Ao pensarmos em medição, na verdade estamos nos referindo a apenas
uma parte de um processo maior, o de uma avaliação. A medição faz parte do
diagnóstico, enquanto avaliar vai mais além, de certa forma é ter o diagnóstico e
concluir sobre ele. “Medir não é avaliar”.
• Pode contribuir para os fiscais provarem que a empresa não está conforme.
12
TÓPICO 2 | MEDIÇÃO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
E
IMPORTANT
FIGURA 3 – DINAMÔMETRO
• Eletromiografia de superfície.
• Dinamometria.
• Decibelimetria.
• etc.
14
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
15
AUTOATIVIDADE
4 O que é ergonomia?
a) ( ) Baixa luminosidade.
b) ( ) Manuseio de herbicida.
c) ( ) Queda de nível.
d) ( ) Postura inadequada.
e) ( ) Exposição a organismos patogênicos.
f) ( ) Movimento repetitivo.
16
UNIDADE 1
TÓPICO 3
AMOSTRAGEM
1 INTRODUÇÃO
A segurança do trabalho, infelizmente, ainda é uma área de pouco
investimento, área que normalmente é vista como dinheiro jogado fora, dinheiro
sem retorno. Talvez por causa disso, mas não só por isso, há muitos estudos
envolvendo maneiras de aperfeiçoar as avaliações a fim de se ter um resultado
satisfatório e que permita a sugestão de melhorias.
2 AVALIAÇÃO DO RISCO
A Avaliação de Risco é um processo que mede os riscos para a
segurança e saúde dos trabalhadores decorrentes dos perigos identificados no
desenvolvimento das atividades. Para se avaliar o risco, o avaliador deve levar
em consideração a diferença das definições de Perigo e Risco, conforme segue:
• Perigo: fonte, situação ou ato com potencial para provocar danos humanos
em termos de lesão ou doença ou uma combinação destas.
17
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
FIGURA 4 – RISCO
Exposição Perigo
FONTE: O autor
18
TÓPICO 3 | AMOSTRAGEM
Todas essas informações são recolhidas junto à empresa que irá ser
avaliada, e para isso é importante que o responsável forneça todos estes dados de
forma consciente e conjunta.
• Ordens de serviço
• Registro de treinamentos
19
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
• Procedimentos de trabalho
NOTA
20
TÓPICO 3 | AMOSTRAGEM
21
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
FONTE: O autor
Nem sempre um grupo com mesma função, até, pode estar exposto da
mesma maneira a todos os riscos. Por exemplo, um grupo de dez prensistas
constitui um grupo homogêneo para a exposição a agentes químicos, mas não
constitui para o agente ruído, já que cinco trabalham com prensa hidráulica e
cinco com prensa excêntrica (VENDRAME, 2011).
5 ESTRATÉGIAS DE AMOSTRAGEM
Primeiro, um breve histórico da estratégia de amostragem em higiene
ocupacional por Fantazini & Saliba Filho (2010):
22
TÓPICO 3 | AMOSTRAGEM
UNI
Avaliar, quantificar; ou seja, fazer isso com mais confiabilidade e menor esforço.
23
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
NOTA
Agora, isto não serve de forma contrária, se este EMR apresentar alguma
exposição acima do limite, ou caso não seja possível definir o exposto de maior
risco, deve se apelar para a amostragem aleatória.
UNI
vale frisar, que outros fatores podem influenciar essa exposição, tais como,
circulação do ar, movimentação, fatores pessoais etc. por isso a necessidade do cuidado na
eleição do EMR.
FONTE: O autor
NOTA
A amostragem aleatória, se possível, deve ser feita até mesmo por sorteio,
essa escolha oferece resultados bastante próximos da realidade de exposição.
25
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Importância
26
TÓPICO 3 | AMOSTRAGEM
Saúde do Trabalhador
Globalização
27
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
O fato de, até agora, não existirem diretrizes oficiais quanto à formação
de higienistas ocupacionais tem permitido que pessoas não qualificadas sejam
responsáveis pelo bem inestimável que é a saúde de nossos trabalhadores.
Portanto, é essencial que, ao lado desse reconhecimento oficial, sejam adotadas
diretrizes adequadas para o desenvolvimento da Higiene Ocupacional.
• Prever (antecipar) fatores de risco para a saúde e o meio ambiente que podem
estar associados aos diferentes tipos de trabalho e atuar para preveni-los já
nas etapas de planejamento e projeto de processos (incluindo equipamentos,
matérias-primas, produtos químicos etc.) e locais de trabalho.
28
TÓPICO 3 | AMOSTRAGEM
• Reconhecer agentes que podem ter impacto sobre o meio ambiente e contribuir
para a proteção ambiental. Aspectos que devem ser mais enfatizados:
29
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
Conclusão
30
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
31
AUTOATIVIDADE
1 Imagine uma padaria, onde você será o profissional que irá realizar o
reconhecimento de riscos ambientais. Nela temos dois padeiros e um
assistente, no balcão de vendas temos três atendentes e, muito próximo à
porta do estabelecimento, tem-se o caixa.
32
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Vamos aprender as técnicas de medições de agentes físicos químicos, entre
outros, mas para isso é importante entender muito bem o objetivo de se avaliar e
como proceder ao obter os resultados. Precisamos ter total entendimento sobre o
que eles oferecem.
Como já vimos, avalia-se para que seja possível ter comparações, comparar
com um padrão. Neste tópico entenderemos alguns conceitos importantes em
torno disso, que aparecem na higiene ocupacional e de certa forma também na
ergonomia, os quais complementarão nossos estudos posteriores.
Dose
34
TÓPICO 4 | PRIMEIROS PASSOS PARA A AMOSTRAGEM
Algumas das medidas imediatas que podem ser adotadas, caso algum agente
venha a ultrapassar o limite de tolerância ou mesmo estar no nível de ação, são:
35
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
36
TÓPICO 4 | PRIMEIROS PASSOS PARA A AMOSTRAGEM
LEITURA COMPLEMENTAR
37
UNIDADE 1 | ENTENDENDO O QUE É MEDIÇÃO
38
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
39
AUTOATIVIDADE
40
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Nessa unidade vamos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, e ao final de cada um de-
les você encontrará atividades que servirão de apoio para seu conhecimento.
41
42
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Os agentes físicos são agentes que interagem com o ser humano através
de energia, onde o que quantificamos são as intensidades energéticas, que,
dependendo da quantidade de horas de exposição do trabalhador ao agente,
pode acarretar em algum dano à saúde ao longo da sua vida laboral.
• Calor
• Frio
• Ruído
• Pressão anormal
• Radiações ionizantes
• Umidade
43
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
O agente frio, pela NR-15, também pode ser caracterizado como insalubre
apenas por inspeção no local de trabalho, para trabalhos em câmaras frias. Porém,
outras normas trazem limites de exposição mais específicos e vêm sendo usadas
como referência para enquadramento deste agente.
Para vibrações, até o ano de 2014 a nossa legislação não estabelecia limite
de tolerância para este agente, e então, quando eram feitas avaliações quantitativas
deste agente, os resultados eram comparados com normas internacionais. Agora,
com a nova edição do Anexo 8 da NR-15, há uma preocupação maior em se
avaliar quantitativamente este agente, apesar de ainda o custo do equipamento
para avaliação exigir um alto investimento.
3 AGENTE BIOLÓGICOS
O anexo 14 da NR-15, trata da exposição a agentes biológicos, mas salienta
que a insalubridade é caracterizada por meio de avaliação qualitativa, definido
dois graus de insalubridade para agentes biológicos, grau máximo e grau médio.
44
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS
• Estábulos e cavalariças.
4 AGENTE UMIDADE
A avaliação por umidade é de caráter qualitativo e está prevista na NR-15,
em seu Anexo 10, o qual esclarece que as atividades realizadas em locais alagados
ou encharcados são passíveis de produzir danos à saúde do trabalhador através
do contato direto com o agente. Alguns exemplos de trabalho em local encharcado
são: lavador de veículos, cultivo de arroz etc.
45
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Fornos de
microondas
Linhas de Ultravioleta Raios - X
trasmissão de Rádio Rádio FM Infravermelho médicos
energia elétrica AM TV
Frequência (MHZ)
Microondas Raios - X
e gama
RADIOFREQUÊNCIA
E
IMPORTANT
Grupo da Luz:
47
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Grupo do Laser:
Observe que este grupo não é uma fonte nova de radiação. Na verdade,
qualquer faixa do espectro pode ser emitida no formato LASER, que quer dizer:
Amplificação de luz por Emissão Estimulada de Radiação.
48
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS
49
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
7 AGENTE FRIO
A Portaria 3.214/78, NR-15 – Anexo 9 classifica como exposição ao frio
as atividades ou operações realizadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em
locais que apresentem condições similares e que exponham os trabalhadores ao
frio, sem a proteção adequada. Serão consideradas insalubres em decorrência de
laudo de inspeção realizada no local de trabalho. Ou seja, temos novamente um
caso de julgamento profissional, porém a Portaria 158, de 10/04/2006, estabelece
através da NR-29, Tabela 1, que a jornada de trabalho em locais frigoríficos deve
observar o regime a seguir.
50
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS
51
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
9 AGENTE CALOR
Há mais de uma variável para se avaliar calor, para a avaliação do agente
calor é necessário o cálculo do índice de sobrecarga térmica, este índice pode ser
levantado ao analisarmos os parâmetros abaixo:
• Temperatura do ar
• Velocidade do ar
• Carga Radiante
• Umidade Relativa do Ar
• Metabolismo do indivíduo, por meio da atividade física da tarefa
10 AGENTE RUÍDO
O agente físico ruído é muito significativo, pois é encontrado na maioria dos
processos industriais e de construção, e por isso este agente merece bastante atenção.
NOTA
52
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS
A faixa de som audível para o ser humano vai de uma faixa de 20µPa (limiar
da audição), cerca de 20Hz até 200Pa (limiar da dor), aproximadamente 20000 Hz.
20 000 Hz
Sons
desagradáveis
Sons audiveis
5 000 Hz
Sons
musicais
s
- son
20 Hz
Infra
0 Hz
53
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Mesmo assim, a faixa audível ainda é uma faixa muito grande, impossível
de utilizar em uma escala linear, por isso a unidade de medida utilizada é o dB,
que é uma escala logarítmica.
UNI
54
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS
Você lembra quais os tipos de ruído tratados pela higiene ocupacional, área
da segurança do trabalho?
56
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO DOS AGENTES FÍSICOS
TUROS
ESTUDOS FU
11 AGENTE VIBRAÇÃO
O agente vibração se divide em dois tipos: Vibrações de Mãos e Braços
(VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI), ambos são decorrentes do contato direto
com o agente, através do uso de algum maquinário, que seria a fonte geradora.
ATENCAO
A avaliação da vibração deve ser feita para CADA direção (eixo X, eixo Y, eixo Z),
visto que a vibração é uma grandeza vetorial (possui magnitude e direção).
58
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
• Os agentes físicos são agentes que interagem com o ser humano através de
energia, onde o que quantificamos são as intensidades energéticas, que,
dependendo da quantidade de horas de exposição do trabalhador ao agente,
podem acarretar em algum dano à saúde.
• As radiações não ionizantes são radiações que não são capazes de arrancar
elétrons dos átomos, ou seja, não produzem ionização, pois não têm energia
suficiente para isso.
59
AUTOATIVIDADE
c) Qual curva e qual tempo de resposta devem ser adotados nessa avaliação?
60
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Alguns agentes físicos exigem um aprofundamento maior de conteúdo
para que possamos determiná-los e compará-los aos limites de tolerância. No
tópico anterior fizemos uma breve introdução a todos os agentes, mas agora,
neste tópico, entenderemos melhor o calor, ruído e vibração.
2 DETERMINAÇÃO DA VIBRAÇÃO
Anteriormente à edição da Portaria MTE 1.297/2014, que alterou o Anexo
8 da NR-15, já era claro que as avaliações de vibrações ocupacionais desde 1983,
com o surgimento das normas ISO, deixaram de ser determinadas de forma
apenas qualitativa, inclusive com limites de exposição a esse agente definidos
pela ACGIH (TLVs) (SESI, 2001).
Porém, agora, com a nova edição, que estabelece critérios para caracterização
da condição de trabalho insalubre decorrente da exposição às Vibrações de Mãos
e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro (VCI), as avaliações quantitativas
deste agente estão ainda mais fundamentadas.
61
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
• Equipamento avaliado
• Tempo de exposição
• Jornada de trabalho
DICAS
Você pode voltar ao tópico anterior (Tópico 1) e verificar a figura dos vetores
para relembrar os eixos x, y e z e a posição deles.
62
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS AGENTES FÍSICOS – CÁLCULO E DETERMINAÇÃO
UNI
63
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
3 DETERMINAÇÃO DO RUÍDO
Para a determinação da avaliação de ruído ocupacional utilizamos o
“decibelímetro” ou o dosímetro de ruído.
64
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS AGENTES FÍSICOS – CÁLCULO E DETERMINAÇÃO
Microfone
posicionado
próximo à zona
auditiva do
trabalhador
Fio ou
cabo
Audiodosímetro
FONTE: O autor
C1 + C2 + C3 + ... Cn
T1 T2 T3 Tn
65
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Onde a dose é:
D = Te1 / Tp1 + Te2 / Tp2 +......... Ten / Tpn
Onde:
D = Dose de Ruído
Te = Tempo de exposição a um determinado nível
Tp = Tempo permitido de exposição para este nível.
UNI
66
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS AGENTES FÍSICOS – CÁLCULO E DETERMINAÇÃO
FONTE: O autor
67
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
UNI
68
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS AGENTES FÍSICOS – CÁLCULO E DETERMINAÇÃO
D= Dose em %
4 DETERMINAÇÃO DO CALOR
O calor, de acordo com a NR-15 - Anexo 3, é obtido através do cálculo
do IBUTG e da taxa calórica resultante da atividade metabólica necessária para
realização da tarefa.
69
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Onde:
Tbs – termômetro de bulbo seco
Tbn – termômetro de bulbo úmido natural
Tg – termômetro globo
70
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS AGENTES FÍSICOS – CÁLCULO E DETERMINAÇÃO
Sendo:
Sendo:
IBUTGt - IBUTG no local de trabalho.
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho.
IBUTGd - IBUTG no local de descanso.
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso.
71
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Material Complementar
Empresa:
Jornada:
Cidade/UF:
Setor: Cargo:
Funcionário:
Data:
_____/_____/________
Equipamento
Equipamento:
Calibrador n°:
Marca: Marca:
Modelo: Modelo:
Nº: Nº:
Ass. Funcionário
Ass. Responsável
72
TÓPICO 2 | PRINCIPAIS AGENTES FÍSICOS – CÁLCULO E DETERMINAÇÃO
Empresa:
Cidade/UF:
Setor: Cargo:
Funcionário: Jornada:
Data: _____/_____/________
Atividade:
1 ☐ IBUTG c/ carga solar ☐ IBUTG s/ carga solar Hora Inicial: Hora Final:
O quê:
Fonte:
2 ☐ IBUTG c/ carga solar ☐ IBUTG s/ carga solar Hora Inicial: Hora Final:
O quê:
Fonte:
3 ☐ IBUTG c/ carga solar IBUTG s/ carga solar Hora Inicial: Hora Final:
O quê:
Fonte:
4 ☐ IBUTG c/ carga solar ☐ IBUTG s/ carga solar Hora Inicial: Hora Final:
O quê:
Fonte:
73
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Média IBUTG
Equipamento:
Marca:
Modelo:
Nº:
Ass. Funcionário
Ass. Responsável
FONTE: O autor
74
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
75
AUTOATIVIDADE
Tg = 35° C.
Ts = 33° C.
Tbn = 27° C.
76
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A Norma Regulamentadora que rege os parâmetros ergonômicos é a
NR-17 – Portaria 3.751 de 1990 do TEM. Ela estabelece que o empregador deve
proporcionar condições de trabalho que permitam a adaptação do próprio
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a
proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
2 ILUMINAMENTO
De acordo com a NR-17 em seu item 17.5.3, em todos os locais de trabalho,
postos, deve haver iluminação adequada, podendo ser natural ou artificial,
apropriada à natureza da atividade, ou seja, que permite a realização da atividade
sem causar mal-estar decorrente da falta de iluminamento.
77
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Esta medição deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa
visual, para isso utiliza-se um equipamento chamado luxímetro, com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
Ater-se apenas aos valores preconizados nas tabelas, sem levar em conta
as exigências da tarefa, pode conduzir a projetos de iluminamento totalmente
ineficazes. A situação mais desejada seria aquela em que, além do iluminamento
geral, o trabalhador dispusesse de fontes luminosas individuais nas quais pudesse
regular a intensidade. Uma costureira, por exemplo, pode necessitar de maior
iluminamento quando trabalha sobre um tecido escuro e um menor e menos
ofuscante se o tecido for claro. Um ambiente com terminais de vídeo excessivamente
iluminados pode provocar ofuscamentos desnecessários (MTE, SIT, 2002).
78
TÓPICO 3 | AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS
3 DINAMOMETRIA
É a ciência que se refere a todo tipo de processos que têm em vista a
medição de forças, bem como a medição da distribuição de pressões (ADRIAN;
COOPER, 1995).
• Controle da sobrecarga.
79
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
80
TÓPICO 3 | AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS
81
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
E
IMPORTANT
LEITURA COMPLEMENTAR
É preciso reconhecer que este debate é muito mais amplo, porque amplas
são as possibilidades contidas nas expressões coletivas e individuais.
82
TÓPICO 3 | AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS
4. Suportes antivibrantes.
5. Enclausuramento integral.
6. Enclausuramento parcial.
7. Barreiras.
8. Silenciadores.
9. Tratamento fonoabsorvente.
Intervenção sobre o trabalhador:
83
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
84
TÓPICO 3 | AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS
Ventiladores:
Correias:
Engrenagens:
Causas mecânicas:
Causas aerodinâmicas:
85
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Por outro lado, se vibrarmos o sistema com uma força de outra frequência,
os deslocamentos que se obtém serão de muito menor amplitude. Podemos dizer
que, em última instância, o fenômeno de ressonância pode explicar-se como um
comportamento seletivo com a frequência de um sistema mecânico.
1. blindagem e barreiras
86
TÓPICO 3 | AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS
2. Silenciadores
São utilizados para evitar a propagação do ruído por via aérea. Podem ser
de tipo dissipativo ou de ressonância.
87
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
88
TÓPICO 3 | AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS
• revestir o teto com material absorvedor acústico, como, por exemplo, painéis de
lã de rocha que reduzem a reflexão do ruído. Com esta medida, a reverberação
da onda sonora pode ser reduzida sensivelmente;
• montar tetos e paredes com material altamente absorvente;
• escolher o material que oferecer maior coeficiente de absorção para o tipo de
ruído que se quiser tratar.
89
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
* Estas referências foram obtidas através de catálogo de produtos dos respectivos fabricantes
90
TÓPICO 3 | AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS
• redução da jornada;
• reorganização do trabalho;
• aumento das pausas.
91
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
Fornece atenuação média de até 50 dB. Por proteger todo o crânio, protege
também contra a transmissão do ruído por via óssea.
São indicados para uso em curtíssimo período de tempo e para níveis que
não ultrapassam a 135 dB.
TIPO DE PROTETORES
CARACTERÍSTICA ATENUAÇÃO* INCONVENIENTES
AURICULARES
Disponível em vários
Dificuldade de
tamanhos. Feito de
encontrar tamanho
INSERÇÃO borracha, silicone,
15 – 20 dB exato, dificuldade em
MULTIUSO plástico ou polímeros
manter limpo
expansivos
INSERÇÃO USO
Disponível em espuma 10 – 20 dB
DESCARTÁVEL
Composto por duas
conchas de plástico Para ser eficaz precisa
revestidos por ter certo peso e aderir
20 – 40 dB
CONCHA poliuretano e unidos por bem à orelha
arco de metal
92
TÓPICO 3 | AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS
Estudos têm evidenciado também que 10-15% dos indivíduos que usam
protetores têm atenuação abaixo do limite inferior da capacidade de redução dos
protetores. Erros no posicionamento, manutenção e trocas inadequadas, tempo
efetivo de uso, estão entre as causas mais comuns.
93
UNIDADE 2 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES FÍSICOS E ERGONÔMICOS
94
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
• O item 17.5.2 da NR-17 ainda faz alusão, além da iluminância, a outros parâmetros
que devem ser controlados no ambiente de trabalho, como: índice de temperatura
efetiva, que deve estar entre 20ºC e 23ºC; velocidade do ar, que não deve ser superior
a 0,75 m/s; umidade relativa do ar não podendo ser inferior a 40%.
95
AUTOATIVIDADE
• Sala de cirurgia
• Biblioteca
• Chão de fábrica de indústria metalúrgica
96
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em dois tópicos, e ao final de cada um
você encontrará atividades que servirão de apoio para seu conhecimento.
97
98
UNIDADE 3
TÓPICO 1
AGENTES QUÍMICOS
1 INTRODUÇÃO
Quantos agentes químicos você conhece? Quantos destes são utilizados
pelas indústrias no ambiente de trabalho? Inúmeros, não é mesmo? Imagine
ainda que novas substâncias são criadas todos os dias para tornar as atividades e
os processos mais eficientes.
o Sólidos ou líquidos.
99
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
• Gases e vapores: Os gases são espécies de soluções que ocupam todo o espaço
de um ambiente ou um recipiente onde se encontram. Os gases são substâncias
encontradas naturalmente em estado gasoso, podem ser liquefeitos por
resfriamento ou aumento de pressão. Já o vapor é uma substância geralmente
em estado líquido que, por aumento de pressão ou temperatura, passa para o
estado gasoso, portanto poderíamos dizer que um vapor é um gás próximo do
seu ponto de condensação. Ambos possuem um comportamento muito parecido
e, portanto, em termos de avaliação são tratados de forma muito semelhante.
Podem se dividir em:
o Orgânicos e inorgânicos.
Outras formas de interação dos agentes químicos com o ser humano se dão
através da via cutânea, pelo contato dermal, ou pelo contato com o olhos. Mesmo
assim, por ambas as vias, os agentes químicos, dependendo do tipo do agente, podem
causar os mesmos efeitos, independentemente da via de absorção do organismo.
NOTA
101
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
2 – Identificação de perigos
Apresenta os perigos mais importantes e efeitos adversos à saúde
humana do produto; efeitos ambientais, perigos físicos; químicos e, se for o
caso, perigos específicos.
4 – Medidas de primeiros-socorros
Informa as medidas de primeiros-socorros, os primeiros atendimentos
a serem tomados em caso de acidente, e também indicação de quais as ações
que de forma nenhuma devem ser feitas.
7 - Manuseio e armazenamento
O manuseio e armazenamento descreve os procedimentos de segurança
que devem ser realizados.
102
TÓPICO 1 | AGENTES QUÍMICOS
10 – Estabilidade e reatividade
Esta seção indica:
11 – Informações toxicológicas
Esta parte da FISPQ é utilizada principalmente por médicos,
toxicologistas e profissionais da área de segurança do trabalho. É fornecida
uma descrição completa, dos vários efeitos toxicológicos no corpo humano,
bem como os dados disponíveis para identificar esses efeitos.
12 – Informações ecológicas
Essas informações visam auxiliar em casos de vazamentos/
derramamentos, bem como nas práticas de tratamento de resíduos.
103
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
15 – Regulamentações
Contém informações sobre as regulamentações especificamente
aplicáveis ao produto químico.
16 – Outras informações
Fornece qualquer outra informação, como, por exemplo, necessidades
especiais de treinamento, o uso recomendado e possíveis restrições ao produto
químico podem ser indicados.
FONTE: Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-fispq-ficha-de-seguran-
ca-de-produtos-quimicos/>. Acesso em: 28 set. 2015.
3 AERODISPERSOIDES OU AEROSSÓIS
As substâncias químicas se apresentam no ambiente como partículas
sólidas ou líquidas, com diâmetro aerodinâmico na faixa de 0,01 a 100 micrômetros
(μm) e ficam dispersas no ar (em meio gasoso).
• Fibras: também com tamanhos de partícula que vão de 0,1 a 100μm, porém o
comprimento destas partículas possui uma relação três vezes maior que a largura.
Aprox. 0,25 µm
Aprox. 0,25 µm
FONTE: O autor
104
TÓPICO 1 | AGENTES QUÍMICOS
Nariz Boca
FRAÇÃO INALÁVEL
Faringe
Partículas < 200 µm
Laringe
FRAÇÃO TORÁCICA
Partículas < 25 µm
Brônquios
Traquéia
FRAÇÃO RESPIRÁVEL
Partículas < 10 µm
Alvéolos
105
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
4 GASES E VAPORES
Os gases podem se apresentar no ambiente em partículas muito menores,
se comparadas aos aerodispersoides, chegando na ordem de nanômetros (nm),
1×10−9 m.
5 SOLVENTES ORGÂNICOS
Os solventes orgânicos merecem uma atenção especial, devido às suas
propriedades serem muito usadas na indústria. Os solventes são uma mistura
de substâncias químicas que podem dissolver outros materiais, como tintas,
vernizes, resinas etc., são usados como limpadores e desengraxantes.
• Cetonas: acetonas.
106
TÓPICO 1 | AGENTES QUÍMICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas amostragens não deverá
ultrapassar os valores obtidos na equação que segue, sob pena de ser
considerada situação de risco grave e iminente.
107
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
QUADRO Nº 2
L.T. F.D.
(pp, ou mg/m³)
3
0a1
2
1 a 10
1,5
10 a 100
1,25
100 a 1000 acima de 1000
1,1
10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais
dever-se-á cumprir o disposto no art. 60 da CLT.
QUADRO Nº 1
108
TÓPICO 1 | AGENTES QUÍMICOS
109
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
110
TÓPICO 1 | AGENTES QUÍMICOS
111
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
1 - Nitropropano 20 70 médio
2 - Nitropropano 20 70 médio
Óxido de etileno 39 70 máximo
112
TÓPICO 1 | AGENTES QUÍMICOS
113
RESUMO DO TÓPICO 1
114
AUTOATIVIDADE
2 Explique com suas palavras o que significa cada efeito adverso à saúde que
os agentes químicos podem causar no ser humano.
115
116
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Agora que conhecemos os agentes químicos e a forma como eles estão
dispersos no ambiente, iremos partir para um tema mais técnico, o de amostragem
e avaliação dos agentes químicos.
2 TIPOS DE AMOSTRAGEM
Existem basicamente dois tipos de amostragem para os agentes químicos:
amostragem instantânea ou em tempo real e amostragem contínua ou integrada.
C Média = (C1 x T1) + (C2 x T2) + (C3 x T3) + ... (Cn x Tn)
Jornada (8h)
Sendo: C = concentração
T = tempo
117
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
DICAS
3 TIPOS DE MONITORAMENTO
Temos o monitoramento de pessoas e o de área. O monitoramento de
área tem como objetivo estudar o grau de contaminação de um local específico
em relação ao tempo. Coloca-se o aparelho em pontos estratégicos de dispersão
do agente. Este tipo de avaliação é mais utilizado para determinar medidas de
controle. Exemplo: Avaliação da dispersão de um agente em uma capela de
laboratório, para verificar a eficiência de exaustão da mesma.
3.1 INSTRUMENTAÇÃO
Aparelhos de leitura direta fornecem, no próprio local avaliado (de trabalho),
a concentração do contaminante. Possuem sensores eletroquímicos, podem ser
acrescidos de tubos detectores reativos ou colorimétricos com bombas acopladas.
118
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
119
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
120
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
Para cada agente que se pretende avaliar existe um método que discrimina
o tipo de amostradores, o equipamento, a vazão de ar a ser regulada etc.
DICAS
121
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
A calibração por bolha irá fornecer a vazão a partir do tempo que a bolha
demora para percorrer a bureta, ou no caso do calibrador eletrônico, ele fornecerá
o valor de forma direta, o valor da vazão no momento da leitura.
122
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
Qi = V x 60
Tm
Onde:
4 MÉTODOS E AMOSTRADORES
Alguns tubos apresentam duas seções do tubo absorvente que devem ser
analisadas separadamente, e os resultados deverão ser apresentados. Estas duas
seções existem para calcular o breakthrough, que é o procedimento que permite
decidir sobre a representatividade da amostra.
ATENCAO
123
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
124
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
125
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
FONTE: O autor
FIGURA 30 – MINICICLONE
126
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
Este tipo de amostragem pode ser realizado pelos agentes abaixo, listados
na nossa NR-15:
LT = 8 mg/m³
% quartzo + 2
127
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
LT = 24 mg/m³
% quartzo + 3
DICAS
128
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
Empresa:
Cidade/UF:
Setor: Cargo:
Funcionário: Jornada:
Função: GHE:
Data: _______/_______/________
Descrição da Atividade:
Agente: Classificação:
CAS:
Amostrador nº: Tipo:
Hora
Vazão (Q) Método: Hora Inicial:
Final:
Volume Método: Q inicial: Q final:
Tempo estimado: Q média:
Volume Estimado: Volume coletado:
Data da coleta: Tempo de Coleta:
OBS:
Equipamento:
Marca:
Modelo:
Nº:
Ass. Funcionário
Ass. Responsável
FONTE: O autor
129
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
ASBESTO
- a letra minúscula “a” ocupando 40% (quarenta por cento) da área total da etiqueta;
- caracteres: “Atenção: contém amianto”, “Respirar poeira de amianto é
prejudicial à saúde” e “Evite risco: siga as instruções de uso”.
9.2. A rotulagem deverá, sempre que possível, ser impressa no produto, em cor
contrastante, de forma visível e legível.
131
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
11.1. Os registros das avaliações deverão ser mantidos por um período não
inferior a 30 (trinta) anos.
12. O limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto crisotila é de 2,0 f/cm3.
132
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
15.1. Entende-se por “vestiário duplo” a instalação que oferece uma área para
guarda de roupa pessoal e outra, isolada, para guarda da vestimenta de
trabalho, ambas com comunicação direta com a bateria de chuveiros.
17. O empregador deverá eliminar os resíduos que contêm asbesto, de maneira que
não se produza nenhum risco à saúde dos trabalhadores e da população em geral,
de conformidade com as disposições legais previstas pelos órgãos competentes
do meio ambiente e outros que porventura venham a regulamentar a matéria.
133
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
22. As exigências contidas neste anexo entrarão em vigor em 180 (cento e oitenta
dias) a contar da data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
ANEXO Nº 1
4. Observações: ________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________
134
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
a
ANEXO II
H1
}
}
"a"
40% de H
ATENÇÃO
H CONTÉM AMIANTO
H2
60% de H Caracteres
gráficos
Respirar poeira de amianto
é prejudicial à saúde.
Evite riscos: siga as
instruções de uso
ANEXO III
- 2.1 P4 I4
- 3 P2 I2
- 4 P1 I4
- 5 P1 I4
- 6 P1 I4
- 7, 7.2, 7.4 P1 I3
- 8 P2 I3
- 9, 9.1, 9.2 P4 I3
- 10 P4 I3
- 11, 11.1, 11.2 e 11.4 P4 I3
- 12 P4 I4
- 14, 14.1, 14.2 P3 I3
- 15 P4 I3
- 16 P1 I1
- 17 P4 I4
- 18, 18.2 P3 I2
- 19, 19.1 P1 I1
- 20, 20.1 P1 I1
135
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
136
TÓPICO 2 | AMOSTRAGEM DE AGENTES QUÍMICOS
L.T. = 8 mg/m³
% quartzo + 2
QUADRO Nº 1
137
UNIDADE 3 | TÉCNICAS DE MEDIÇÃO PARA AGENTES QUÍMICOS
L.T. = 24 mg/m³
% quartzo + 3
6.1. Para jornadas de trabalho que excedem a 48 (quarenta e oito) horas semanais,
os limites deverão ser deduzidos, sendo estes valores fixados pela autoridade
competente.
138
RESUMO DO TÓPICO 2
139
AUTOATIVIDADE
2 Para que tipos de avaliações são mais indicados os métodos de leitura direta?
140
REFERÊNCIAS
ADRIAN, M.; COOPER, J. Biomechanics of Human Movement. Boston:
McGraw-Hill, 1995.
CIESE. Forma. In: Size, Shape and Health Effects of Particulates - Air Pollution:
What’s the Solution? Disponível em: <http://ciese.org/curriculum/airproj/pm_
size/>. Acesso em: 30 mar. 2015.
141
FENOLL, R.M.S. Servei de Dinamometria. Disponível em:
<http://www.iiqab.csic.es/servdinamocat.htm>. Acesso em: 2 nov. 2015.
SESI. Manual de avaliação para o PPRA. Brasília: Serviço Social da Indústria, 2013.
142