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Aula 01
Aula 01
Aula 01 - Política
Olá, pessoal, estão animados nossa aula de hoje? Espero que sim
pois hojee veremos um dos temas mais interessantes de todo o nosso curso e
que vem despencando nas provas de atualidades!
Como vocês mesmo devem imaginar falar de política implica falar de
muitas coisas do nosso cotidiano, mas, para fins de prova alguns temas são
muito mais recorrentes do que outros e é justamente desses temas que vamos
tratar aqui hj, ok?
Pois bem, iniciaremos nossa aula falando sobre um dos aspectos
políticos mundiais que mais tem estado na mídia nos últimos meses: os vários
conflitos que se estendem pelo mundo afora. Esse é um dos assuntos mais
fortes do ano de 2012 e por isso não podemos de forma alguma, deixar de
estudá-lo, por mais chato que alguns alunos o julguem. Eu entendo que temos
uma grande dificuldade de compreender esse assunto, afinal a realidade é
muito distinta da nossa, não é mesmo? No entanto, ignorar esse aspecto
político mundial seria correr o risco de perder valioooosos pontinhos na
prova... e esse risco nós não podemos correr!!
Na segunda parte da nossa aula, abordaremos alguns importantes e
atuais aspectos políticos nacionais, ok?
Então simbora trabalhar esses assuntos. ;-)
Primavera Árabe
A assertiva esta correta! Apesar de ter sido a primeira eleição livre de toda
história do país ela foi vencida pelo candidato de uma organização política de
inspiração religiosa. É bom lembrar, pessoal, que até 2005, as eleições no
Egito eram indiretas, com o presidente escolhido pelo Parlamento e ratificado
por consulta popular, tida como claramente fraudulenta pela oposição e por
observadores internacionais.
A) Crise na Tunísia
Bom, para entendermos essa crise aqui nossa historinha terá que
retornar a 17 de dezembro de 2010, quando um jovem tunisiano ateou fogo no
próprio corpo ao ser repreendido por policiais que o impediam de vender
vegetais, sem permissão, em uma banca de rua.
Essa revolta é uma das mais importantes de ser compreendida, pois
ela foi o verdadeiro estopim de todas as outras, que só ocorreram após o gesto
desse jovem, o que desencadeou uma onda de protestos em todo o país,
clamando por maior liberdade política e reclamando do desemprego.
A Tunísia é um país do Norte da África de maioria muçulmana (99%
da população), que se destacava como um importante destino turístico e
exemplo de prosperidade no mundo árabe. No campo político, todavia, o país
era governado desde 1987 por Zine Al-Abdine Ben Ali, que impunha ao país
um regime de caráter autoritário.
A assertiva está errada. A Tunísia não era o único país islâmico que vivia uma
ditadura e nem o único que derrubou o governo. Outro exemplo e que está na
pauta do dia dos noticiários do mundo é a Líbia, portanto, esta afirmativa está
incorreta.
A assertiva está correta. Como já foi dito nos comentários da questão anterior,
o caso da Líbia também resultou no fim da ditadura de Muammar Kadhafi. Em
fevereiro de 2011 estouraram algumas manifestações na Líbia contra o
governo de Muammar Kadhafi, essas manifestações se estenderam até agosto,
havendo contínuos combates. Neste mesmo mês, os rebeldes conseguiram
cercar o quartel-general de Kadhafi, pressionando-o a deixar o poder. Um de
seus filhos, Seif AL Islam, foi capturado e enviado para o Tribunal Penal
Internacional, no qual responderá por crimes contra a Humanidade. Ao final de
agosto de 2011, os rebeldes conseguiram dominar Trípole, promovendo a fuga
do ex-ditador. Convém lembrar que o ex-ditador líbio foi morto no dia 20 de
outubro de 2011, e não foi apenas a população da Líbia que comemorou sua
morte. Em vários países também aconteceram manifestações comemorativas
com a morte de Kadhafi. (nesta aula ainda falaremos mais sobre esse tema!)
Por outro lado, também no Egito foram promovidos protestos contra o
presidente Hosni Mubarak. Iniciaram-se no dia 25 de janeiro de 2011
manifestações populares exigindo a renúncia do presidente egípcio, depois de
18 dias de intensos protestos contra seu governo, o presidente renunciou
entregando todo poder ao Exército. Mubarak governou o Egito por 30 anos, foi
aliado do governo norte-americano e coordenou a política com mãos de ferro,
combatendo grande oposição em seu país. Mas, a pressão popular fez com ele
deixasse o governo.
Em junho de 2012 foi eleito Mohamed Mursi, apoiado pela Irmandade
Mulçumana, com 51,73% dos votos. Mas nem tudo são flores. Nas últimas
semanas, tanto a oposição quanto o governo levaram multidões às ruas,
principalmente no Cairo. Houve episódios de enfrentamento e violência,
inclusive diante do palácio presidencial, na periferia do Cairo, que deixaram
mortos. Os problemas começaram quando Mursi assinou decretos que lhe
atribuíram "superpoderes", pois eximiram as decisões dele de exame judicial, e
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Esta assertiva era considerada errada, pois quando foi realizado o referido
concurso, a aproximação entre essas duas facções ainda não havia ocorrido,
todavia, atualmente ela já seria entendida como correta.
Portanto, vamos dar uma atenção a mais pra isso aqui, ok?).
No início do mês de fevereiro de 2012, o Hamas e o Fatah, assinaram
um compromisso formal para constituir um governo interino unificado na
Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com o objetivo de organizar eleições
parlamentares e presidenciais nas regiões ainda este ano. Essa
aproximação complicou, ainda mais, as negociações
de paz entre palestinos e israelenses, pois a união dos dois grupos dá indícios
de uma luta contra Israel, o que põe fim às negociações de paz.
De todo modo, é bom lembrar que o Hamas é o mais importante
movimento fundamentalista islâmico na Palestina o qual controla a região da
Faixa de Gaza e defende o enfrentamento e a resistência contra Israel. Por
outro lado, o Fatah é uma organização política e militar que luta pela libertação
dos povos da Palestina, sendo a maior facção da OLP (Organização para
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B) Crise no Egito
O Egito é um país árabe situado no Norte da África, bem próximo ao
Oriente Médio, fazendo fronteira a leste com Israel e Faixa de Gaza, conforme
podemos observar no mapa a seguir. Trata-se de um dos países mais
populosos da África, cuja maior parte da população (cerca de 90%) professa a
religião islâmica sunita.
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Hosni Mubarak, no início de 2011, pode ser explicada pelo fato de ser
este um dos poucos países árabes que não se democratizaram
plenamente ao longo do século XX.
A assertiva está errada. O que invalida a questão é dizer que o Egito é um dos
poucos países árabes que não se democratizaram. Quando, na verdade, o
Egito é mais um entre os vários países árabes que viviam em ditaduras, as
quais, inclusive, têm atualmente passado por processos desestabilizadores.
C) Crise na Líbia
A Líbia é um país localizado no norte do continente africano fazendo
fronteira com a Tunísia e o Egito, dentre outros países. Conforme vem sendo
exaustivamente noticiado pela mídia, o norte da África está sendo palco de
uma onda de manifestações contra governos ditatoriais, como os dois que
vimos acima, Tunísia e Egito.
No dia 15 de fevereiro de 2011, a população líbia desencadeou suas
manifestações diante da prisão do advogado humanitário Fethi Tarbel, que
representava a família de mais de 1200 detentos mortos em um massacre
promovido pelo governo líbio em 1996, representado por Muammar Kadhafi.
“Pai da África, irmão líder, guia da revolução”. Esses foram apenas
alguns dos títulos que Muammar Kadhafi atribuiu a si mesmo para se solidificar
no governo líbio desde 1969 quando depôs, num golpe militar, a monarquia
que governava o país.
Todas as manifestações vistas no Oriente Médio e na África, incluindo
as ocorridas no Iraque, Irã, Sudão e Angola, foram surpreendentemente
superadas pela rapidez e violência dos eventos ocorridos na Líbia. Tal fato
causa certa surpresa, uma vez que, apesar do governo ditatorial, esse país
possui o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África, superior,
inclusive, ao brasileiro. A distribuição de renda é satisfatória, o índice de
alfabetização é o terceiro melhor do continente e o de pobreza está entre os
mais baixos de todos os países periféricos. Então volta a surpresa: porque se
erguer contra um governo que lhes proporciona uma qualidade de vida
relativamente boa?
A população na Líbia é formada por mais de 140 tribos diferentes,
algumas das quais sempre desfrutaram de muitos privilégios no governo de
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Ben Khayil que afirmou que espera que as relações internacionais da Líbia
possam se regularizar e que a economia volte a ter o investimento
internacional, principalmente para ajudar na reconstrução nacional.
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D) Crise na Síria
Essa é uma das crises que tem atingido os mais diversos países do
mundo nos mais diversos setores: político, econômico e social. O próprio mês
de abril deste ano vem concentrando muitos debates sobre esse conflito em
diferentes regiões do planeta:Turquia, Rússia, Nova York e até o Brasil.
Isso ocorre porque cada um desses países se sente atingido de algum
modo pelo desenrolar do conflito. Para termos uma ideia, nesse momento,
temos mais ou menos 24 mil sírios tentam se refugiar no país vizinho: a
Turquia, gerando um grave problema social nesse país.
Do mesmo modo, mesmo estando a milhares de quilômetros da
região do conflito, a economia brasileira também acabou se “ferindo”. Pois é,
pessoal, mesmo estando do outro lado do Atlântico, nossa balança comercial
sentiu um baque de mais de 180 milhões de dólares que foram perdidos em
vendas devido à continuidade do conflito. :- /
Sei que muitas vezes olhamos para esses conflitos como algo bem
distante e que não interfere em nada na nossa realidade, não é mesmo? No
entanto, o que vemos na prática é uma situação muito mais complexa e que
pode afetar sim, o nosso cotidiano.
Atualmente, a Liga Árabe tem cumprido a missão de monitoramento
na Síria para conter a onda de violência que assola o país desde março de
2011 - quando manifestantes iniciaram protestos contra o regime de Bashar
AL-Assad, que respondeu com repressão violenta. Assim, já faz mais de um
ano que o país enfrenta forte crise política e social e que a comunidade
internacional tenta, sem sucesso, promover acordos entre o governo sírio e a
oposição. De todo modo, uma coisa os dois lados têm em comum, pois mesmo
as forças de oposição, não aceitam interferência militar estrangeira no país.
A Liga Árabe traçou ainda um plano para acabar com a violência na
Síria, entre as medidas estão: fim de todas as ações violentas, permissão de
entrada de jornalistas no país e libertação dos detidos durante os protestos
contra o regime do presidente Bashar AL-Assad. A Liga seria responsável,
ainda, pela entrega de relatórios internacionais informando sobre o andamento
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A assertiva está errada. Fique atento, pessoal, e não caiam no erro de achar
que só a religião move os conflitos árabes. No caso da Síria, ditadura do atual
governo e o desemprego são causas do conflito.A população da Síria é de 90%
de mulçumanos e apenas 10% é cristã.
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A assertiva está correta. Realmente, amigos, para legitimar seu poder, tanto o
atual governante como seu pai, se utilizaram, durante quatro décadas, tanto
do autoritarismo político quanto da ideologia pan-árabe, mas afinal, vocês
sabem o que é essa ideologia?
O Pan-arabismo é um movimento político que tende a reunir os países
de língua árabe e de civilização árabe numa grande comunidade de interesses.
Assim, ele busca unificar as populações e nações árabes do Oriente Médio e
possui estreita vinculação com o nacionalismo árabe.
E) Sudão do Sul
O mais novo país do mundo surgiu no dia 09 de janeiro de 2011,
denomina-se Sudão do Sul e já está envolvido em conflitos com Sudão que
registrou no final de agosto de 2011 uma queixa formal contra seu vizinho,
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Política nacional
A inserção do Brasil na América
1 – O Brasil e a América
Bem, depois de termos estudado a globalização, ficou claro para
todos nós que atualmente vivemos num contexto bem diferente do período da
Guerra Fria, não é mesmo? Se antes tínhamos apenas dois pólos de poder no
mundo (comandados por EUA e URSS), hoje em dia, a existência de vários
desses pólos é o elemento central do cenário vivido.
Todavia, essa multipolarização não ocorre de forma tranquila, e sim
bastante conflituosa, já que os detentores do poder não desejam perdê-lo!
Ainda assim, no mundo globalizado, a desconcentração de poder não é uma
escolha. Inevitavelmente vão surgindo novos “competidores” - que possuem
meios e disposição - para contestar o papel de liderança das superpotências
na condução dos mais variados assuntos internacionais.
Em meio a tanta competição, torna-se comum a existência de
discordâncias sobre questões relevantes do cenário político e econômico
internacional. Em consequência disso, aumentam as tensões entre os
principais atores da política mundial, que se lançam em jogos de aliança
envolvendo pequenas e médias potências.
Esse contexto de busca por aliados favorece, significativamente, a
importância do Brasil no cenário internacional, uma vez que ele se destaca e se
fortalece econômica e institucionalmente ao constituir determinadas alianças.
Para analisar a inserção brasileira no contexto internacional,
precisamos levar em consideração seu “entorno estratégico” e suas
ambições no ajuste das nações.
Bem, nosso país está localizado na América do Sul, portanto, está
distante dos grandes focos de conflitos mundiais – Oriente Médio, Índia e
Paquistão, Coréias, África – e livre de armas nucleares. O conflito mais sério
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que permeia a nossa realidade é o caso dos brasiguaios. Entretanto, ele vira
“café pequeno” diante dos outros conflitos espalhados pelo mundo.
Além disso, o perfil político da América Latina mudou
significativamente nos últimos anos, colocando a região no fenômeno
conhecido pelo nome de “onda vermelha”. Caracterizado pela subida de
vários líderes de esquerda ao poder, esse fenômeno se iniciou com o
presidente venezuelano Hugo Chávez, em 1998. A partir dali, a escalada da
esquerda não parou mais e foi entendida como uma reação ao fracasso dos
governos conservadores, já que a proposta “vermelha” sempre esteve voltada
aos problemas sociais e econômicos da América Latina.
Com um discurso totalmente anti-Bush, Hugo Chávez se transformou
em inspiração para outros presidentes latinos como Evo Morales, da Bolívia,
Rafael Correa, do Equador e o reeleito agora em 2012, Daniel Ortega, da
Nicarágua! A onda vermelha “contagiou” até mesmo governantes de partidos
mais tradicionais como Néstor Kirchner, ex-presidente argentino, falecido em
2010.
Em contraposição a esta realidade, os Estados Unidos também
possuem seus aliados na América Latina, donde se destacam o México e a
Colômbia. Além disso, os americanos se mostram bastante dispostos a se
aproximar dos dirigentes esquerdistas que possuem políticas econômicas de
não-intervenção do Estado na economia, como o Brasil e o Chile.
Durante a maior parte do século XX, a política externa brasileira se
orientou pelo eixo da diplomacia desenvolvimentista, coerente com o projeto
de industrialização nacional e com o modelo de substituição de importações.
Isso lhe permitiu um bom ambiente externo para que se desenvolvesse
internamente.
Apesar disso, durante o regime militar, o projeto geopolítico brasileiro
estava voltado para garantir a sua supremacia militar sul-americana por meio
da aquisição de tecnologias de mísseis e enriquecimento de urânio, inclusive
com fins nucleares. Em nome da aquisição de toda a tecnologia nuclear, o
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Valor do
IDH
Posição País 2011
44º Chile 0.805
45º Argentina 0.797
47º Barbados 0.793
48º Uruguai 0.783
51º Cuba 0.776
53º Bahamas 0.771
57º México 0.770
58º Panamá 0.768
60º Antígua e Barbuda 0.764
62º Trinidade e Tobago 0.760
67º Granada 0.748
69º Costa Rica 0.744
72º São Cristóvão e Névis 0.735
73º Venezuela 0.735
79º Jamaica 0.727
80º Peru 0.725
81º Dominica 0.724
82º Santa Lúcia 0.723
83º Equador 0.720
84º Brasil 0.718
São Vicente e
85º Granadinas 0.717
87º Colômbia 0.710
93º Belize 0.699
98º República Dominicana 0.689
104º Suriname 0.680
105º El Salvador 0.674
107º Paraguai 0.665
108º Bolívia 0.663
117º Guiana 0.633
121º Honduras 0.625
129º Nicarágua 0.589
131º Guatemala 0.574
158º Haiti 0.454
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$
8º Brasil 2,172,000,000,000 2010 est.
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tá?
Países-membros da Comunidade Andina
Países-membros do MERCOSUL
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___X___
Bom, pessoal, ficaremos por aqui, desejo a todos vocês uma excelente semana
Lembrem-se que, qualquer dúvida ou comentário, não se acanhem em utilizar
o fórum! ;)
Um forte abraço e até a próxima ☺
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LISTA DE QUESTÕES
1-(CESPE/TRE-RJ/2012) A respeito do Mercado Comum do Sul
(MERCOSUL) e das dificuldades que esse bloco ainda encontra para se
consolidar, julgue os próximos itens.
a) A dependência do Brasil em relação ao MERCOSUL é crescente, haja vista
que as exportações para esse bloco mais do que dobraram entre janeiro e
junho de 2012, quando comparadas com os mesmos meses de 2011.
b) A aprovação da entrada da Venezuela no MERCOSUL se deu depois de
recente crise política ocorrida no Paraguai.
c) Na mesma reunião em que foi aprovada a entrada da Venezuela no bloco,
foi recusada a admissão dos países da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia,
Peru e México), sob a argumentação de eles serem considerados neoliberais.
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GABARITO
1. A- ERRADA 6. A- CERTA
B- CERTA B- ERRADA
C- ERRADA C- ERRADA
D- ERRADA
2. A- CERTA
7. A- ERRADA
3. A- ERRADA B- CERTA
B- ERRADA C- ERRADA
C- CERTA D- ERRADA
D- ERRADA
E- ERRADA 8. ERRADA
9. CERTA
B- ERRADA
11. A-ERRADA
C- ERRADA B- ERRADA
C- CERTA
D – ERRADA
D- CERTA
E- CERTA
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