Você está na página 1de 1

A IMPORTÂNCIA DOS NÍVEIS DE

LINGUAGEM NA COMUNICAÇÃO JURÍDICA


Publicado em 01 de julho de 2010 por Helio Sanches
Os níveis de linguagem são fundamentais para o profissional do Direito e todos
que interagem em sociedade, por isso a relevância na utilização da forma
adequada para determinado ato.
O uso adequado do nível de linguagem é um dos requisitos para eficiência na
comunicação, seja ela oral ou escrita, principalmente para os operadores do
Direito, onde se deve observar a distinção entre os registros: formal, comum e
informal. O elemento formal é considerado uma linguagem culta ou nível culto,
habitualmente utilizado pelas classes intelectuais, preponderando mais na
escrita do que oral. Por apresentar um vocabulário rico é exatamente onde o
profissional do Direito deve aplicar com atenção as regras gramaticais como
seu instrumento de trabalho primário, porque é a partir desse tópico que vale
ressaltar o conceito de utilização dessa norma rica, pois quando apresentar um
pedido, um ofício, uma petição ou uma defesa, é imprescindível a formalidade
para narrar todo o fato de forma clara, objetiva e com convicção. Conforme
artigo 284 do Código de Processo Civil, parágrafo único, "se o autor não
cumprir a diligência, por ter apresentado uma petição inicial com defeitos ou
irregularidades", o juiz poderá indeferir o pleito, ou seja, é inadmissível
qualquer discordância que dificulte o julgamento de mérito. O registro comum é
uma linguagem familiar ou de nível coloquial, usado no dia-a-dia e para uma
comunicação em massa e não necessitando da formalidade, mas é importante
não se confundir que por se tratar de uma linguagem menos formal não se
deve deixar de usar as formas de colocação, concordância e técnicas corretas
gramaticais. Já o registro informal trata-se de uma linguagem popular, de nível
informal mais freqüente na linguagem oral, normalmente é uma linguagem
utilizada por pessoas sem nível cultural ou de pouca escolaridade que por
motivo de força maior não foi possível aproximar se de uma gramática.
Basicamente foi descrito no parágrafo anterior sobre os registros focados
principalmente na escrita, mas existem as funções de linguagem que objetiva
nortear a comunicação verbal, no que tange os fatores: emissor, destinatário,
contexto, mensagem, contato e código, com suas respectivas funções:
emotiva, conativa, referência, poética e metalingüística; cada uma com
características distintas, desde as utilizadas em entrevistas, defesas, prosas,
discursos públicos ou jurídicos, propagandas até aos atos de cortesias.
Portanto, é absolutamente necessário para o operador do Direito dominar os
elementos fundamentais da comunicação jurídica em virtude de redigir
constantemente peças processuais, ofícios e outros documentos pertinentes a
sua profissão, como também o ato de transmitir uma mensagem no universo
jurídico, com convicção, clareza e objetividade no discurso jurídico.

Você também pode gostar