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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

Disciplina: História da Química


Nome : Laura Beatriz Cordeiro Nery
Data : 04/10/2022
Turma : 2022 Semestre : 2022.1
RESUMO
CAPÍTULO 5 – SÉCULO XX
A prática da química como ciência moderna e voltada para a chamada
pesquisa básica, com a publicação regular de artigos científicos, teve início
apenas no século XX. Marco na evolução do ensino da ciência química no
Brasil, foi o Instituto de química do Rio de Janeiro, fundado por Mario Saraiva
em 1918, de caráter eminentemente prático, fez-se novamente sentir, uma vez
que a finalidade precípua da escola seria fundar mão-de-obra para a
emergente indústria química nacional, e ai da em 1918, a escola Politécnica de
São Paulo criou o “curso de químicos”, mas esse e outros cursos do gênero
criados em outras partes do país terminaram por se converter nos atuais
cursos de engenharia química. A química brasileira sempre teve forte influência
alemã, ilustrado pela participação de nomes tais como Theodor Péckolt,
Wilhelm Michler e F.F.W Dafert. A presença alemã na química brasileira seria
ainda consolidada com a vinda de Fritz Feigl para o laboratório de produção
mineral do ministério da agricultura. A prática da ciência química como
conhecemos atualmente, recebeu grande impulso nos anos 30 do século XX,
com a criação do curso de química na Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo, infelizmente no Brasil, não se conseguiu
estabelecer o vínculo entre universidade e indústria, esse fato é considerado
um dos fatores que dificultaram a prática da ciência química em alto nível e de
forma contínua, em solo nacional; Um fato negativo a ser apontado na forma de
fazer-se química na USP era a falta de embasamento matemático e da física
em sua formação, o que ainda hoje caracteriza uma tendência mundial. O
nascimento da química moderna no Brasil foi marcado pela ausência de
conteúdos contemporâneos, como a mecânica química. No Brasil as
sociedades dedicadas à química são relativamente recentes. Tal fato insere-se
num contexto maior, a saber, a pouca tradição brasileira na criação e
consolidação de sociedades científicas, com as primeiras instituições fundadas
tendo vida bastante efêmera. A formação de mestres e doutores em muito
contribuiu para que a química brasileira atingisse o estágio em que atualmente
se encontra, uma vez que a formação de pessoal qualificado para a rede
pesquisas é condição imprescindível para o desenvolvimento de qualquer
ciência.
CAPÍTULO 6 – QUAL O FUTURO DA QUÍMICA NO
BRASIL?
Tendo-se em vista a expansão dos cursos de graduação e pós-graduação em
química que ocorreu, nas últimas três décadas do século XX, sem falar, nos
investimentos efetuados em pesquisa pelos órgãos financiadores brasileiros,
pode-se antever um futuro efetivamente promissor para a química brasileira.
Comparando-se os artigos publicados por pesquisadores nacionais com
aqueles publicados por pesquisadores situados em países com maior tradição
em química, pode-se perceber que, os trabalhos aqui desenvolvidos são de
muito bom nível científico, fato corroborado pelo número crescente de
publicações de pesquisadores brasileiros em periódicos internacionais. O que
nos falta é a massificação do estudo da ciência e da realização de pesquisa
científica, a nosso ver única forma de conseguirmos, a médio e longo prazo,
gerarmos pesquisadores capazes de produzir conhecimentos e descobertas
que se constituam em mudanças de paradigmas para a ciência química. Para
tal seria preciso, que volumes muito maiores de recursos fossem investidos,
equiparando-nos com os países mais avançados. Tal desejo, contudo, ainda
parece longe de tornar-se realidade. Devemos sempre lembrar que o que
temos hoje é fruto do trabalho e esforço, nem sempre devidamente
reconhecidos, daqueles que nos precederam. Oxalá possamos passar o bastão
às futuras gerações, em estágio mais avançado do que encontramos.

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