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Johnathan Alexandre Adorno

CONTRIBUIÇÕES DO BIM PARA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO:


Um estudo de caso em edificação unifamiliar em Palmas/TO.

Palmas – TO
2019
Johnathan Alexandre Adorno

CONTRIBUIÇÕES DO BIM PARA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO:


Um estudo de caso em edificação unifamiliar em Palmas/TO.

Projeto de Pesquisa elaborado e apresentado como


requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC I) do curso de bacharelado
em Engenharia Civil do Centro Universitário Luterano de
Palmas (CEULP/ULBRA).

Orientador: Profª Drª Angela Ruriko Sakamoto.

Palmas – TO
2019
LISTA DE TABELAS

Tabela 2 – Cronograma da pesquisa. ........................................................................................ 32


Tabela 3 – Orçamento da pesquisa. .......................................................................................... 33
LISTA DE ILUSTRAÇÃO

Figura 1 - Relação dos componentes importante do Guia PMBOK® em projetos .................. 11


Figura 2 - Impacto de Variáveis ao Longo do Tempo. ............................................................. 12
Figura 3 - Desenvolvimento iterativo. ...................................................................................... 14
Figura 4 - Processo de Criação da EAP. ................................................................................... 15
Figura 5 - Diagrama de fluxo de dados do processo. ............................................................... 15
Figura 6 - Exemplo de Método do Caminho Crítico ................................................................ 16
Figura 7 - Ciclo de vida do BIM na cadeia produtiva da AEC. ............................................... 18
Figura 8 - Estrutura das dimensões........................................................................................... 20
Figura 9 - Fluxograma de Orçamentação. ................................................................................ 21
Figura 10 - Exemplo de composição de custo unitário. ........................................................... 23
Figura 11 - Planilha De Custos Diretos. ................................................................................... 25
Figura 12 - Modelo de PLE. ..................................................................................................... 26
Figura 13 - Projeto arquitetônico integrado na plataforma BIM. ............................................. 28
Figura 14 - Fluxograma da pesquisa......................................................................................... 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AEC Arquitetura, Engenharia e Construção


BIM Building Information Modeling
CIFE Stanford University Center for Integrated Facilieties Engineering
PMBOK Project Management Book of Knowledge
CAD Autocad
2D Duas dimensões
3D Três dimensões
4D Quatro dimensões
5D Cinco dimensões
6D Seis dimensões
7D Sete dimensões
8D Oito dimensões
CEULP/ULBRA Centro Universitário Luterano de Palmas
EUA Estados Unidos da América
LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias
PLE Planilha de levantamento de eventos
CEF Caixa Econômica Federal
SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção
Civil
BDI Budget Difference Income
SCRUM Metodologia ágil para gestão e planejamento de projetos
TCPO Tabela de Composições e Preços para Orçamentos
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 7
1.1. Problema de Pesquisa .................................................................................................. 8

1.2. Hipóteses ...................................................................................................................... 8

1.3. Objetivos ...................................................................................................................... 8

1.3.1. Objetivo Geral ...................................................................................................... 8

1.3.2. Objetivos Específicos ........................................................................................... 8

1.4. Justificativa .................................................................................................................. 9

2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 10


2.1. PMBOK ..................................................................................................................... 10

2.1.1. Ciclo De Vida Do Projeto................................................................................... 10

2.1.2. SCRUM...................................................................................................................... 12

2.1.4. Gerenciamento De Projetos e Custo Na Construção Civil ........................................ 17

2.2. BIM (Building Information Modeling) ...................................................................... 18

2.2.1. Vantagens E Desvantagen Do BIM .................................................................... 19

2.2.2. Dimensões .......................................................................................................... 20

2.3. Orçamento .................................................................................................................. 21

2.3.1. BDI E Coposições De Preços Unitárias ............................................................. 22

2.3.2. Composições Unitárias E Orçamento Direto...................................................... 23

3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 27
3.1. Tipo De Estudo .......................................................................................................... 27

3.2. Objeto De Estudo ....................................................................................................... 28

3.3. Local E Dados Da Edificação .................................................................................... 28

3.4. Instrumentos De Coleta De Dados E Análise ............................................................ 28

4. CRONOGRAMA ............................................................................................................. 32
5. ORÇAMENTO ................................................................................................................. 33
REFERENCIAS ....................................................................................................................... 34
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1. INTRODUÇÃO
Devido à dificuldade imposta pelo cenário atual, as construtoras tendem a buscar cada
vez mais a evolução no seu processo administrativo com intuito de impulsionar sua
produtividade e reduzir os custos na execução de um empreendimento, e deste modo não se
tornar obsoleta em um mercado cada vez mais competitivo e bastante volátil. Para muitos o
setor da construção civil é um termômetro da economia do país, então é uma área que sofre
bastante com as inconstâncias da economia brasileira. a maioria das empresas do Tocantins
estão atrasadas no processo de modernização, em grande parte não foi implementado nenhuma
das etapas do processo gestão de custo a tecnologia de modelagem tridimensional que
compreende um conjunto de processos associados para analisar edifícios, conhecida como BIM,
Building Information Modeling – modelagem das informações da edificação.
O setor da engenharia é muito tradicional, não é incomum profissionais que têm como
costume trabalhar apenas com o conhecimento empírico, causando assim vícios construtivos.
Por ser uma indústria tradicional, existe uma certa resistência a novas tecnologias, que podem
significar a redução de desperdício de material, tempo e custo.
Segundo uma pesquisa realizada em Stanford University Center for Integrated
Facilieties Engineering (CIFE), com 32 projetos de grande porte nos EUA, foram identificados
os seguintes Benefícios com o uso do BIM:
● Eliminação de até 40% das mudanças orçamentárias não previstas;
● Estimativas de custo com imprecisões de até 3%;
● Até 80% de redução de tempo gasto na elaboração de estimativas de custos;
● Até 7% de redução no tempo de projeto.
O processo para se ter um orçamento eficiente na previsibilidade de custo sem grande
variabilidade do orçado para o realizado, ainda é um grande desafio para muitos engenheiros e
empreiteiras. Planejar deixa de ser uma atitude secundária para se torna essencial na garantia
de qualidade do orçamento. Pois já é notório que o valor de uma obra depende de diversas
variáveis como, variação de mercado, custo direto e indireto, mão de obra, dentre outros.
8

1.1. PROBLEMA DE PESQUISA


Como o BIM5D apoia na elaboração do orçamento de uma obra residencial unifamiliar
financiada pela CEF?

1.2. HIPÓTESES
As premissas adotadas para nortear as soluções do problema foram:
● A compatibilização de projetos reduz os erros de orçamento;
● O BIM5D ajuda a transformar os componentes da EAP em entregáveis demandados na
PLE
● O BIM5D dá suporte ao levantamento de quantitativo para composição de preços
unitários.

1.3. OBJETIVOS
Este estudo é realizado numa edificação unifamiliar, concluída em dezembro de 2018, e
que tem os projetos compatibilizados e disponíveis na plataforma da AutoDesk.

1.3.1. OBJETIVO GERAL


O objetivo deste trabalho é propor diretriz de uso BIM4D para elaboração de orçamento.

1.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


● Alinhar os entregáveis do BIM3D aos sprints de execução;
● Ajustar a PLE aos itens compatibilizados do BIM3D.
● Estudar LDO para identificar as regras do financiamento e incorporar no
orçamento e planejar as medições.
9

1.4. JUSTIFICATIVA
Apesar dos benefícios nítidos do uso do BIM em termos de aumento na eficiência da gestão
no fluxo de informações, capacidade de antever problemas futuros, melhor uso da edificação e
coordenação de projeto, entretanto a doação de práticas BIM tem sido de maneira lenta e no
Tocantins não é diferente.
Muitos clientes desconhece os benefícios da adoção BIM, que pode auxiliar na tomada de
decisão, no custo real da obra. Pois é algo corriqueiro começar uma obra e com o passar do
tempo ela se torna cada vez mais cara que o planejado. E muito disse passa por erros no
orçamento e na tomado de decisão do proprietário, que normalmente leigo no assunto e não tem
as ferramentas adequada para tomar a melhor decisão.
Segundo Taves (2014) “não é mais possível fazer a verdadeira engenharia sem operar e
calcular preços e custos. Dado que o controle e o gerenciamento de custos são primordiais, e
devem funcionar atrelado as tecnologias para um melhor desempenho”.
Assim este estudo apresenta uma proposta para elaboração do orçamento baseado na LDO
mais ressente com um prisma de quais os benefícios e dificuldade da adoção BIM no orçamento.
Desta forma a contribuir com as práticas para elaboração de orçamento para os engenheiros e
profissionais da área, assim como servir de base para que outros estudos possam ser realizados
e incorporar novas técnicas, práticas, ferramentas e recomendações.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
Para colaborar no embasamento da pesquisa, foram levantados conteúdos teóricos e
pesquisas que suportam o entendimento e endossa abordagem metodológica proposta no
presente trabalho. Os termos centrais das pesquisas são: colaboração que o conceito BIM pode
trazer no processo de elaboração de orçamento.

2.1. PMBOK
O PMBOK (Project Management Book of Knowledge) traz uma coleção de
conhecimentos e um guia de boas práticas para o gerenciamento de projetos, desta forma age
como um norteador para os profissionais da área de gerenciamento. O guia é baseado em várias
áreas, como: custo, escopo, compras, comunicação, qualidades, dentre outras áreas, tendo como
objetivo central organizar o processo do trabalho a ser executado no decorrer do projeto.
O Guia PMBOK não é um roteiro ser seguido fidedigno, pois precisa ir além. Já que o
próprio Guia deixa claro que os conhecimentos contidos no Guia e as práticas da administração
de projetos não podem ser aplicados de maneira uniforma em todos os projetos, pois os diversos
projetos são singulares. (CURTO, 2011)
Para o PMBOK (2017) o gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos
usados em planejamento, estimativa, orçamento, financiamento, gerenciamento e controle dos
custos, para que o projeto possa ser realizado dentro do orçamento aprovado.

2.1.1. Ciclo De Vida Do Projeto


As diversas fases pelas quais um projeto passa durante seu processo de criação é
conhecida como ciclo de vida do projeto, sendo assim, logo se percebe que um projeto tem
diversas fases das quais se relacionam de maneira lógica e que culmina na conclusão de diversos
projetos de matérias distintas. De acordo com o PMBOK 6ª edição, as fases podem ser
sequenciais, iterativas ou sobrepostas. Os nomes, a quantidade e a duração das fases do projeto
são determinadas pelas necessidades de gerenciamento e controle das organizações envolvidas
no projeto, pela natureza do projeto em si e sua área de aplicação. Vale ressaltar que as múltiplas
fases deverão ter um prazo definido, com início/fim.
Entretanto, existe a fase de controle ou revisão de fase, e neste ponto é aberto o projeto
e os diversos documentos do empreendimento a ser projetado são reexaminados para se fazer
11

uma análise mais criteriosa, comparando com o plano de gerenciamento do projeto para
determinar se o mesmo deverá prosseguir conforme planejado, se haverá mudanças ou até
mesmo o encerramento.
Vale ressalta que o empreendimento de engenharia tem uma relação e sequência lógica
até a finalização do produto seguindo as fases do ciclo de vida que precisam ser para assim ser
concretizadas no tempo determino para que a entrega ocorra conforme objetivada. (MATTOS,
2010)
Embora exista certa variância em dimensão e complexidade que contém um projeto,
todavia um projeto pode ser mapeado, conforme será verificado na imagem demonstrada
abaixo. Deve-se ressaltar que a imagem a seguir foi retirada do PMBOK 2018 que representa:
⮚ Início do projeto;
⮚ Organização e preparação;
⮚ Execução do trabalho, e
⮚ Encerramento do projeto.
Figura 1 - Relação dos componentes importante do Guia
PMBOK® em projetos

Fonte: PMBOK 2018.


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Essas diversas fases de projeto conhecidas como fases genéricas, são caracterizadas por
algumas diretrizes que de acordo com PMBOK 6ª edição, possui:
● Níveis de custo e de mobilização (e desmobilização) de recursos baixos no início,
ocorrendo o aumento à medida que o trabalho é executado e caem rapidamente
conforme o projeto é finalizado;
● Risco maior no início do projeto. Esses fatores diminuem ao longo do ciclo de vida do
projeto, à medida que as decisões são tomadas e as entregas são aceitas;
● Capacidade das partes interessadas para influenciar as características finais do produto
do projeto, sem afetar significativamente os custos e o cronograma, sendo mais alta no
início do projeto e diminui à medida que o projeto progride para o seu término. O
custo das mudanças e correções de erros, que geralmente aumenta significativamente à
medida que o projeto se aproxima do término.
Todos esses conceitos podem ser vistos na ilustração abaixo.

Figura 2 - Impacto de Variáveis ao Longo do Tempo.

Fonte: PMBOK 2018.

2.1.2. SCRUM
Scrum não é um processo ou uma técnica para o desenvolvimento de determinado
produtos. Ao invés disso, é um framework (quadro de tarefas, utilizado no acompanhamento
do projeto) dentro qual você pode empregar diversos processos e técnicas. O papel do Scrum é
fazer transparecer a eficácia relativa das suas práticas de desenvolvimento para que você possa
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melhorá-las, enquanto provê um framework dentro do qual produtos complexos podem ser
desenvolvidos. (SCHWABER,2006)
O framework Scrum consiste nos times do Scrum interligadas a papéis, eventos, regras
e artefatos. Cada item dentro do framework serve a um propósito único e é essencial para o uso
e êxito do Scrum. As regras do Scrum integram os diversos eventos, papéis e artefatos,
administrando as relações e interações entre eles. (SUTHERLAND,2013)
O Scrum é tem como princípio 3 pilares: transparência, inspeção e adaptação.
● Transparência: Os processos devem estar visíveis para toda a equipe, para assim ser
possível um ordenamento e o acompanhamento de todas as atividades.
● Inspeção: A equipe deve verificar, frequentemente, se as tarefas estão no seu fluxo
correto, evitando variações indesejáveis e auxiliando o membro da equipe se necessário for.
● Adaptação: Ao verificar alguns aspectos do projeto fora do desvio padrão do projeto,
o planejamento deverá ser adequado pelo grupo o mais rápido possível para minimizar danos
que podem vir a ocasionar.
De acordo com Guia SBOK 2016 “O framework Scrum é impulsionado pelo objetivo
de oferecer o maior valor de negócio em um curto período de tempo. Para alcançar este objetivo,
na prática, o Scrum acredita em desenvolvimento iterativo de resultados”.
Na grande maioria dos projetos de certo grau de complexidade, o cliente pode não ser
capaz de definir totalmente os requisitos, ou ainda, não ter certeza de como deve ser o produto
final. Pensando nisso, o modelo iterativo é mais flexível para assegurar que qualquer mudança
solicitada pelo cliente possa ser incluída como parte do projeto. Possivelmente as mudanças de
usuário serão escritas constantemente durante todo o período de duração do projeto. Nos
estágios iniciais da escrita, a maioria das mudanças de usuário tem como finalidade aumentar
o nível de complexidade do projeto. Essas mudanças que os usuários promovem são conhecidos
como Épicos. Os Épicos, são geralmente muito grandes para serem completados pelo time em
apenas um curto espaço de tempo. (GUIA SBOK 2016)
Na figura 3 podemos perceber que como o modelo de desenvolvimento iterativo o custo
não e se dissipado de uma única vez, vai aos poucos o processo parece uma escada como
podemos percebe na figura.
Figura 3 - Desenvolvimento iterativo. 14

Fonte: Guia Sbok 2016.

O benefício do desenvolvimento iterativo é que ele permite a correção durante o


processo, na medida em que todas as pessoas envolvidas adquirem um entendimento amplo
sobre o assunto a ser entregue como parte do projeto, e incorporando o conhecimento de
maneira iterativa. Assim, o tempo e o esforço necessário para chegar ao ponto final é
consideravelmente reduzido e a equipe produz resultados mais eficazes. (SBOOK, 2016)

2.1.3. EAP E CAMINHO CRITIVO


A EAP e uma decomposição hierárquica do escopo total do trabalho a ser desempenhada
pela equipe do projeto com intuito de atingir os objetivos traçados do projeto e criar as entregas
15

solicitadas. A EAP organiza e determinar o escopo global do projeto e representa o trabalho


especificado no do escopo do projeto aprovada. (PMBOOK, 2018)
Criar a EAP e o processo de decompor as entregas e o trabalho do projeto em
componentes menores tornando assim mais fácil e ágil no processo de gerenciamento. O
principal benefício desse processo e que ele fornece uma visão estruturada do que deve ser
entregue. Esse processo e realizado uma vez ou em pontos predefinidos no projeto. esse método
de entradas, fermentas e técnicas, posteriormente vindo a saída do projeto e ilustrada na imagem
4.
Figura 4 - Processo de Criação da EAP.

Fonte: PMBOK, 2018.


O trabalho planejado é contido dentro dos diversos níveis de componentes da EAP, que
são chamados pacotes de trabalho. Um pacote de trabalho pode ser usado para unir as atividades
onde o trabalho é agendado, estimado, monitorado e controlado.
Figura 5 - Diagrama de fluxo de dados do processo.

Fonte: PMBOK, 2018.


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O Método do caminho crítico faz o mapeamento da sequência de atividades caso uma


delas se atrase, por consequência todo o projeto estará atrasado, com um efeito dominó, por
tanto podemos perceber que a frequência de atividades não tem folga.
Pensando assim, o caminho crítico indica quais atividades o grupo e responsáveis devem
ter maior atenção; O caminho crítico pode ter folga positiva, igual a zero ou negativa
dependendo das restrições de prazo aplicadas. Um exemplo de restrição de prazo que acarretará
em uma folga negativa: O projeto pode ter finalizado em uma data anterior a prevista.
(MONTES, 2017)
O caminho crítico é o seguimento de atividades que retrata o caminho mais longo de
projeto, que determina a menor duração viável do mesmo. O caminho mais longo tem uma
folga menor total—possivelmente zero. As datas decorrentes de início e término antes do tempo
e início e término posterior não são fatalmente o cronograma do projeto, mas sim uma indicação
dos períodos de tempo para execução das etapas de projeto, usando os parâmetros inseridos no
modelo do cronograma para durações de atividades, relações lógicas, antecipações, esperas, e
outras restrições conhecidas. O método do caminho crítico é usado para calcular os caminhos
críticos e a quantidade total de folga ou de elasticidade do cronograma nos caminhos dentro do
modelo de cronograma. (PMBOOK, 2018)

Figura 6 - Exemplo de Método do Caminho Crítico

Fonte: PMBOK, 2018.


17

2.1.4. Gerenciamento De Projetos e Custo Na Construção Civil


Devido à inconstância do setor da construção, o gerenciamento de diversas áreas de
conhecimento se torna cada vez mais essencial, sob o prisma no futuro pode-se perceber que
uma maior eficiência no gerenciamento de custo, qualidade e integração são de extrema
importância para o setor da construção civil. Para Carvalho e Azevedo o setor da construção
civil é um dos setores de fundamental importantes para o desenvolvimento econômico
brasileiro, pois é grande responsável pela parte da agitação financeira e avanços econômicos do
país. Além disso, integra atividades com diferentes níveis de complexidade implicando na
diversidade de produtos e processos tecnológicos (CARVALHO e AZEVEDO, 2013, p. 114).
Quando se fala em construção no setor privado é prioridade para o contratante uma
obra de baixo custo e de alta qualidade no serviço, e para isso devem-se usar mecanismos de
integração de projetos para atingir uma obra da mais alta excelência. Pois a constante procura
pelo avanço dos processos, que pode vim por meio da qualidade, que é um fator central para a
diminuir de gastos inúteis. Os projetos possuem custos ocultos que são resultados da falta de
qualidade, esses custos são provenientes de desperdícios que ocorre na execução e também
devido o atendimento a garantias, quando o serviço apresenta falhas. O benefício de se buscar
soluções para a problemática dos custos originados pela falta de qualidade é a possibilidade do
aumento de lucros para a empresa (PINTO; GOMES, 2010).
Para Formoso (2001), as falhas no planejamento e controle estão entre as principais
causas da baixa produtividade, de suas grandes perdas e de uma certa falta de qualidade em
seus produtos. De fato, um bom planejamento é essencial para aumento da produtividade,
diminuição nos atrasos, melhora a produção, reduz a mão de obra ociosa e ajuda na coordenação
de atividades múltiplas interdependentes. (Ballard, 1994; Ballard & Howell, 2003; Hamzeh et
al., 2012).
A análise de custo é parte essencial para o desenvolvimento de todos as áreas da
construção civil, o setor tem almejado apresentar novos horizonte, trazendo uma melhor
estimativa de valores e custeio para as obras. A apresentação de metodologias mais eficazes,
com alternativas que tornariam o lucro favorável ao menor custo possível, sem abrir mão da
qualidade.
De acordo com Dias (2011) “na Engenharia de Custos nenhuma das variáveis utilizadas
em um orçamento podem ser previamente fixadas, dependem exclusivamente de informações
18

quanto ao projeto, localização do serviço ou das exigências do Edital de Licitações ou do


Memorial Descritivo do Empreendimento”.
2.2. BIM (Building Information Modeling)
O BIM é processo para gerenciar projetos de construção complexos, proporcionando
boas oportunidades para arquitetura, engenharia e construção da indústria (BEDRICK, 2005).
O BIM melhora as práticas de projeto de construção, no qual torna mais fácil o processo
de construção e mais rápido para todos os envolvidos. O Edifício é descrito com informações
gráficas, tais como linhas e vetores em aplicações de CAD mais velhos. No entanto, além de
informação gráfica, mais informações podem ser adicionadas ao modelo 3D com superfície
complexa e ferramentas de definição avançadas (EASTMAN, et al., 2014).
O BIM pode ser utilizado em todas as etapas do ciclo de vida do projeto, pois existe a
integração com as diversas matérias e etapas de conhecimento de um projeto desta concepção,
passando pela execução, habitabilidade, manutenção, e porventura até demolição ou
readequação. Neste raciocínio todos os envolvidos no empreendimento, tais como arquiteto,
proprietário, empreiteiro, encarregado, fornecedor dentre outras, poderá consultar e contribuir
para uma edificação mais eficiente, com menor custo, alta qualidade e ótima habitabilidade.
Figura 7 - Ciclo de vida do BIM na cadeia produtiva da AEC.

Fonte: http://www.neuralenergy.info/2009/06/building-information-modeling.html.

Atualmente, ocorre um estágio de transformação na indústria AEC, entretanto, o


Tocantins ainda está em estágio inicial no que se refere ao BIM. Mas com a visão no futuro, o
19

BIM poderá ser uma ótima experiência, tratando-se de uma forma totalmente inovadora em
relação a maneira com que sucede a interação com ambiente da construção. Atrás das
modelagens pode-se até imaginar pessoas tendo experiências com imóveis virtualmente antes
de ser executado o projeto. Nesta linha de pensamento aborda Mattos (2014), no qual modelos
BIM podem ser criados também para visualização.
Ademais, modelos 3D servem para ajudar os clientes a entender melhor o projeto e
assim podem obter apreciação realista com o recurso de visualização de BIM. Há exemplo é o
software Navisworks que possibilita o uso de Walk-in que amplifica a percepção do cliente,
desta forma, oportuniza mudanças no projeto ainda na fase de concepção deste, levando em
consideração que o cliente terá uma noção mais nítida do resultado final. Além disso, a
satisfação do cliente pode ser aumentada porque projetos de CAD 2D podem não ser suficiente
para satisfazer as demandas do cliente (AUTODESK, 2015).

2.2.1. Vantagens E Desvantagen Do BIM


A tecnologia BIM abandona o processo convencional usado na atualidade que tem um
processo de representação 2D, o BIM por sua ver trabalha não somente com modelos 3D, mas
com uma base de dados externas, integrando especificações de requisitos de desempenho e
outras informações que no modelo usual 2D se mantes desconecto entre si, o impacto positivo
do BIM em diversos aspectos da construção da edificação e no ciclo de vida.
Algumas vantagens que o BIM proporciona como: Aumento da qualidade e do desempenho
da construção; Visualização antecipada e mais precisa de um projeto; Correções automáticas
de baixo nível quando mudanças são feitas no projeto; Geração de desenhos 2D precisos e
consistentes em qualquer etapa do projeto; Colaboração antecipada entre múltiplas disciplinas
de projeto; Verificação das intenções de projeto; Extração de estimativas de custo durante a
etapa de projeto; Incrementação da eficiência energética e a sustentabilidade; Sincronização de
projeto e planejamento da construção; Descoberta de erros de projeto e omissões antes da
construção; Reação rápida a problemas de projeto ou canteiro; Uso do modelo de projeto como
base para componentes fabricados; Melhor implementação e técnicas da construção enxuta;
Sincronização da aquisição de materiais com o projeto e a construção. (EASTMAM, 2014)
Kassem e Amorim (2015) apontam maior qualidade no projeto e menor custos da obra, pois
tem um nível maior de detalhamento no fluxo de informação entre os diferentes responsáveis
pelo projeto. Diante do nível maior de detalhamento de informações, os profissionais obtêm
20

maior eficácia e produtividade, conseguindo projetos mais minuciosos e com uma redução
exponencial de erros com incompatibilidade. (KASSEM E AMORIM, 2015)

2.2.2. Dimensões
Uma das características do modelo BIM é a sua disponibilidade e a conexão de
informações que se tornam parte do projeto, conhecidos como dimensões do modelo BIM
(KYMMEL, 2008). Portanto, existem várias dimensões no BIM como, 3D que tem funções de
representação tridimensional; modelos 4D BIM que possui funções de programação,
planejamento e controle de obras; modelos 5D BIM nos quais executam funções de estimativa,
de quantidades e orçamentos da obra; e modelos 6D que tem uma ênfase maior na
sustentabilidade (AOUAD, 2006). Ainda pode-se contar com o modelo 7D que permite o
gerenciamento de instalações e reparos. Mais uma dimensão pode ser considerada, de acordo
com Imriyas Kamardeen (2010), a modelagem 8D seria com um foco na segurança.
A figura 8 ilustra essa estrutura das dimensões das 8 formas tradicionais de modelagem
BIM.
Figura 8 - Estrutura das dimensões

Fonte: http://biblus.accasoftware.com/ptb/as-dimensoes-do-bim-3d-4d-5d-6d-7d/.
21

2.3. Orçamento
Com uma função essencial, os orçamentos são concebidos na elaboração do levantamento
do custo, parte fundamental no processo de levantamento dos quantitativos necessários para a
concepção dos projetos. Com o passar dos tempos, o aumento dos serviços, a procura por mão de
obra de melhor qualidade, se fez necessários um novo prisma sobre a orçamentação na construção
civil.
Orçamento, sendo um instrumento de planejamento das empresas, contém informações
de receitas calculadas e suposição de despesas com finalidade de controlar as atividades
necessárias para os serviços prestados pela empresa voltada as obras de engenharia. (SANTOS,
2011)
Tisaka (2011) afirma que o orçamento ao ser criado, deverá englobar de forma fidedigna
todos os serviços a serem executados na obra, compreendendo o levantamento dos quantitativos
do projeto e da composição dos custos unitários de cada serviço, das leis sociais e encargos
complementares, apresentados em planilha (SANTOS,2011)
Para Dias (2011) “O orçamento das construções ou dos serviços de engenharia civil é igual
a soma do custo direto, do custo indireto e do resultado estimado do contrato (lucro previsto)”.
Figura 9 - Fluxograma de Orçamentação.

Fonte: Dias (2011).


22

2.3.1. BDI E Coposições De Preços Unitárias


O BDI é uma das parcelas incluídas na elaboração de qualquer orçamento na construção
civil, com a finalidade de uma bonificação. Ligado diretamente ao produto final, o BDI trabalha
de acordo à evolução da obra, localidade e até mesmo pela administração da obra, sendo que a
lucratividade do construtor está inserida no mesmo (DIAS, 2011).
Segundo Dias (2011) o BDI é composto de duas parcelas distintas:
• B – chamado de BENEFÍCIO, que condiz com resultado estimado do contrato e
• DI – sigla de DESPESAS INDIRETAS, que corresponde aos custos considerados indiretos,
como da administração de obra.
De acordo com Mattos (2006) a estipulação varia de acordo com aas especificidades de
cada obra, visto que em planilhas de concorrência, a oferta é baseada nos tipos de serviços.
Cada empresa tem que distribuir seus custos dentro dos itens da composição final.
Para Dias (2011) na fase da orçamentação são levadas em consideração alguns pacotes
de serviços necessários para a elaboração que são:
• Obtenção de índices para obra - baseado nos índices de utilização dos insumos,
como mão de obra, materiais e equipamentos. A geração de um parâmetro de comparação entre
orçado e o executado.
• Levantamento de equipes - a quantificação da produtividade da equipe inclusa na
obra, de acordo com a realização dos serviços. Mediante os índices de mão de obra necessários
para a execução do serviço;
• Revisão de valores e índices - a facilidade de recalcular os insumos e índices
necessários para o orçamento, alterando apenas os campos, inserindo novos valores e mantendo
os demais dados da produção;
• Criação de simulações - a busca por novas alternativas de orçamentação, com uma
nova metodologia de construção;
• Elaboração de cronogramas físico e financeiro - o cronograma irá expor de forma
clara a evolução dos trabalhos feitos ao longo do período da obra, assim como o cronograma
de custo mensal, que apresenta tudo o que foi gerado nos meses de serviço, como uma
distribuição ao longo do tempo da obra dos valores;
• Estudo da viabilidade econômico- Funciona como uma balança que se baseia
mediante aos custos e a despesas mensais, gerando um relatório prévio das finanças da obra no
decorrer dos meses.
23

2.3.2. Composições Unitárias E Orçamento Direto


Como já se imagina, os custos diretos de uma determinada obra são a somatória dos
CUSTOS UNITÁRIOS Dos diversos serviços específicos da obra, multiplicados pelas suas
respectivas quantidades. (TISAKA, 2007)
Para o cálculo dos custos unitários é fundamental que conheçamos a sua composição, isto
é, quanto de matéria e mão de obra vai ser utilizado, número de pessoas por hora e não-
qualificado e o tempo do uso de equipamento, máquinas a ser utilizado, por unidade desses
serviços.
Podemos localizar alguma literatura sobre o tema, porém a mais conhecida é a TCPO -
Tabela de Composição de Preços da PINI, onde podem ser encontrados os parâmetros de
quantitativos e horas necessárias para as composições dos principais serviços utilizados na
construção civil e predial. (TISAKA, 2007)
A composição de custos são objetos fundamentais na construção do orçamento, onde
segundo Cordeiro (2007) está composição de custo exige o conhecimento dos materiais,
encargos sociais, mão de obra e o BDI.
A composição de custo compreende em primeiro plano a identificação dos serviços que
compõe o todo da obra. Todo serviço precisa ser mensurado. De acordo com Mattos (2006)
este levantamento de quantitativo é a grande tarefa do profissional que trabalha com
orçamento.
A composição de custo, auxilia e contribui na análise de qual pode ser o lucro advindo do
empreendimento a ser executado, assim como estabelece o preço de venda do edifício e o BDI
aplicado sobre todos os itens a fim de assegura o retorno da aplicação.
Na figura 10 seguir um exemplo de composição de custo unitário para vislumbra melhor.

Figura 10 - Exemplo de composição de custo unitário.


CÓDIGO FORRO MINERAL M2 COEF. PRECO UNIT/UN SUBTOTAL
335 ARAME GALVANIZADO 10 BWG, 3,40 MM (0,0713 KG/M) KG 0,0711 9,33 0,66
FORRO MINERAL m² 1,0665 17 18,13
PERFIL CANALETA, FORMATO C, EM ACO ZINCADO, PARA ESTRUTURA FORRO
39427 M 2,4000
DRYWALL, E = 0,5 MM, *46 X 18* (L X H), COMPRIMENTO 3 M 2,38 5,71

39430 PENDURAL OU PRESILHA REGULADORA, EM ACO GALVANIZADO, COM CORPO, MOLA E UN 2,2122
REBITE, PARA PERFIL TIPO CANALETA DE ESTRUTURA EM FORROS DRYWALL 0,89 1,96
FITA DE PAPEL REFORCADA COM LAMINA DE METAL PARA REFORCO DE CANTOS DE
39432 M 1,4404
CHAPA DE GESSO PARA DRYWALL 1,69 2,43
MASSA DE REJUNTE EM PO PARA DRYWALL, A BASE DE GESSO, SECAGEM RAPIDA,
39434 KG 0,5202
PARA TRATAMENTO DE JUNTAS DE CHAPA DE GESSO (COM ADICAO DE AGUA) 2,28 1,18
PARAFUSO DRY WALL, EM ACO FOSFATIZADO, CABECA TROMBETA E PONTA AGULHA
39435 UN 7,9740
(TA), COMPRIMENTO 25 MM 0,05 0,39
40547 PARAFUSO ZINCADO, AUTOBROCANTE, FLANGEADO, 4,2 X 19" CENTO 0,0221 14,43 0,31
88278 MONTADOR DE ESTRUTURA METÁLICA COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 1,0000 10,2488 10,24
88316 SERVENTE COM ENCARGOS COMPLEMENTARES H 1,0000 10,7456 10,74
Total Material 59% 30,77
Total Mão de Obra 41% 20,98
Total da Com posição 100% 51,75

Fonte: Autor, 2019.


24

O orçamento analítico constitui a maneira mais precisa de se prever o custo da obra. Ele é
efetuado a partir de composições de custos e cuidadosa pesquisa de preços dos insumos, com
alguns itens sendo necessário uma cotação de preço para assim procura chegar a um valor
bem próximo do custo real da obra.
O orçamento analítico vale-se de uma composição de custos unitários para cada serviço
que for realizado, levando em consideração a quantidade de mão-de-obra, material e
equipamento é gasto no decorrer da obra. Além do custo dos serviços (chamados de custo
direto), são computados também os custos de manutenção do canteiro de obras, equipe
técnica, administrativa, gastos com segurança, taxas e impostos, etc. (chamados custo
indireto), chegando a um valor orçado mais próximo da realidade. Mattos (2006)

elaboração da planilha de custos diretos


A planilha de custos diretos deve conter os seguintes itens de serviços:
Preços unitários
✓ lista dos serviços a serem realizados
A princípio, com o projeto, especificações técnicas, memorial descritivo e termos de
referência em mãos. Para assim ser possível fazer a relação de todos os serviços envolvidos.
✓ levantamento dos quantitativos
o próximo passo e realizar levantamento de todos os quantitativos dos serviços
relacionados com as respectivas unidades.
✓ cálculo dos preços unitários
Em cada um dos serviços colocado em planilha é necessário embutir os respectivos custos
unitários obtidos pela composição dos custos unitários.
✓ cálculo dos custos de cada um dos serviços
Com a multiplicação dos quantitativos pelos custos unitários, obtém-se o custo de cada
item individual, como. Administração local, canteiro da obra, mobilização e desmobilização e
serviços técnicos
A soma dos custos unitários de todos os itens de serviços contidos na planilha a
representam os custos diretos da obra.
Seguir exemplo de planilha orçamentaria de custo direto, pois vale ressalta que a planilha
acima se transformará em Planilha de preços unitários somente depois de acrescido o BDI a
ser determinado.
25

Figura 11 - Planilha De Custos Diretos.

Fonte: TISAKA, 2017.

Um sistema que auxilia na elaboração de orçamento no território nacional é o SINAPI


Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da construção Civil, já a bastante tempo no
mercado foi desenvolvido no ano de 1969, a tabela de referência foi criada com o intuito de
fornecer informações de custo de forma clara, para âmbito nacional. O SINAPI é indicado de
acordo com o Decreto 7983/2013, que define as regras e critérios de embasamento para a
elaboração de orçamentos. Ajuda basta na elaboração, pois já tem modelos de composições,
insumos e faz uma coleta de preço em todo o território.
Trabalhando de forma frequente para a manutenção e atualização das composições, o
SINAPI tem buscado uma adequação entre as primícias da engenharia brasileira.
Acompanhado de cadernos técnicos, com os itens e insumos que serão usados em cada
orçamento de serviço (CAIXA, 2017).
26

2.3.3. LDO - LEI DE DIRETRIZ ORÇAMENTARIA


A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) determina as metas e prioridades para o ano
posterior. Para tal, estabelece a quantia de recursos que o governo pretende poupar; estipula
regras, vedações e limites para as despesas dos Poderes públicos; aprova o aumento das
despesas com indivíduos; regulamenta as transferências a entes públicos/privados; reger o
equilíbrio entre as receitas e as despesas; indica prioridades para os financiamentos pelos
bancos públicos.
No site na secretaria de planejamento desenvolvimento e Gestão, se defina LDO
como “O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as metas e prioridades
para o exercício financeiro seguinte; orienta a elaboração do Orçamento; dispõe sobre
alteração na legislação tributária; estabelece a política de aplicação das agências financeiras
de fomento”.
Como podemos observar a LDO tem grande relevância para a contratação de
financiamento, a LDO vigente na atualidade é a de nº 13.707 que foi sancionada em 14 de
agosto de 2018. LOA Lei de Orçamentária Anual que juntamente com LDO são as diretrizes
regem as linhas de financiamento público como os da CEF, que agora atua de forma mais
pratica por meio dos Boletins de medição BM e a Planilha de levantamento de eventos PLE,
que informa todos os eventos relacionados a edificação.

Figura 12 - Modelo de PLE.

Fonte:https://www.novomachado.rs.gov.br/Arquivos/220/Licita%C3%A7%C3%B5es/13411/CRONOGRAM
%20EXECUCAO_3264.pdf
27

3. METODOLOGIA
A presente pesquisa foi realizada por meio de artigos científicos, tese e dissertações, na
sua grande maioria retirada do EBSCO, um banco de dados da própria instituição
CEULP/ULBRA. Voltada para o setor da construção civil, com aplicação em uma residência
família localizada no distrito de Palmas, que pretende ver como o BIM pode ajudar no
processo de orçamentação.

3.1. Tipo De Estudo


A presente pesquisa é identificada sob o ponto de vista de sua natureza como pesquisa
aplicada. Segundo Gerhardt e Silveira (2009) e uma pesquisa objetiva gerar conhecimentos
para aplicação prática, dirigidos à solução de problemas particulares. Envolve verdades e
interesses locais.
Quanto a abordagem da pesquisa ela é identificada como uma pesquisa qualitativa,
uma vez que na pesquisa qualitativa, o desenvolvimento da pesquisa é imprevisível. O
conhecimento do pesquisador é parcial e limitado. O objetivo da amostra é de produzir
informações aprofundadas e ilustrativas: seja ela modesta ou sublime, o importante que ela
seja capaz de produzir novas informações (DESLAURIERS, 1991, p. 58).
A respeito do objetivo metodológico a pesquisa se enquadra no tipo exploratória. De
acordo com Duarte (2016) se trata de uma pesquisa específica, se tornando assim na grande
maioria um estudo de caso, sempre de acordo com outras fontes que darão embasamento ao
assunto abordado. Feito na sua grande maioria através de pesquisa bibliográfica e das
entrevistas ao assunto abordado.
No que tange ao procedimento metodológico se trata de uma pesquisa mista, com
pesquisa bibliográfica e experimental. Para Triviños (1987) o estudo experimental segue um
planejamento criterioso. As diversas etapas de pesquisa têm início na formulação de
problemas e hipóteses, que delimitam as variáveis que atuam no fenômeno a ser estudado. já a
pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências teóricas previamente
analisadas, e publicadas por meios de livros, artigos científicos, dissertações e sites.
(FONSECA, 2002).
28

3.2. Objeto De Estudo


O objetivo deste estudo é analisar com uma estrutura já compatibilizada pode contribuir na
e elaboração do orçamento da edificação. E desta maneira, fazer um estudo Lei de Diretrizes
Orçamentarias LDO nº 13.707 vigente no ano de 2019.

3.3. Local E Dados Da Edificação


O objeto de estudo foi uma residência unifamiliar em alvenaria que foi concluída em
janeiro de 2019. Possui uma área construída de 274 m² em um lote de 406,10 m² e sua estrutura
é de concreto armado, localizada na Quadra 205 Norte Avenida NS 03 no Residencial Privillege
em Palmas – TO. O acesso através da Prof. Dr. Angela Ruriko Sakamoto.

Figura 13 - Projeto arquitetônico integrado na plataforma BIM.

Fonte: Junior, 2019.

3.4. Instrumentos De Coleta De Dados E Análise


As condições que contribuem para a realização desse estudo foram as referências
bibliográficas já existente. vale ressalta que a edificação já se encontra compatibilizada e foram
usadas as diretrizes do BIM3D
Em paralelo a isso, serão estudadas as contribuições do BIM5D e LDO para elaboração
de planilha orçamentaria e incorporar no planejamento as medições.
Figura 14 - Fluxograma da pesquisa. 29

Fonte: Autor, 2019.


30

• Etapa – 1 Delimitação do tema e objetivos, parte relativa ao desenvolvimento do tema


proposto, e objetivos do estudo.
• Etapa – 2 Referências bibliográficas, tem por objetivo a elaboração de conteúdo para
embasar a pesquisa.
• Etapa – 3 Estudo LDO, nesta etapa tem como intuito estudar a Lei de Diretrizes
Orçamentarias – LDO de 2019, nº 13.707 que foi sancionada em 14 de agosto de 2018
que tem como um dos objetivos orienta a elaboração de Orçamento. Assim como, a
LOA Lei de Orçamentária Anual, que em conjunto (com a LDO) que são as diretrizes
que regem as linhas de financiamento público.
Etapa – 3.2 Projeto 3D, os projetos já foi estudo e compatibilizado por Adriano Batista
Ribeiro Costa Junior em seu trabalho de conclusão de curso. Então partindo desse ponto
que irá ser elabora a planilha orçamentaria e comparar com a já existente.
Etapa – 3.3 EAP e Caminho critico, elaboração de uma Estrutura analítica do projeto
EAP estabelece que uma visão estruturada do quer dever ser entregue, já caminho critico
está ligado ao cronograma, pois é usada para estimar a duração mínima de projeto.
Etapa – 3.4 Entrevista com técnicos, se necessário será realizada uma entrevista com
técnicos que trabalha na área de orçamento para saber como o BIM pode usar na área
atualmente.
• Etapa – 4 Aplicação SINAPI, nessa etapa tem como intuito a elaboração da planilha
orçamentaria, considerando os custos diretos e indiretos e exemplificando como é
elaborado uma composição.
• Etapa – 6 Proposta de acompanhamento, elabora uma proposta de acompanhamento
através da Planilha de levantamento de eventos PLE, que informa todos os eventos
relacionados a edificação. Para incorpora no planejamento de medições.
Etapa - 7 Conclusão, apresentação das analise do projeto feita pelo estudo, assim como
as conclusões finais, e apresentação dos resultados finais.
Essas etapas seguir a metodologia descrita no fluxograma acima. Este estudo
seguiu o protocolo que se encontra detalhado no quadro 1, conforme as orientações de
Yin (2010), que torna de fácil acesso a replicação deste estudo e colabora no
levantamento da validade dos resultados desta pesquisa
31

Quadro 1 – Protocolo da pesquisa.

Visão Geral do Projeto

Objetivo: O objetivo deste trabalho é propor diretriz de uso do BIM na etapa inicial para elaboração
de orçamento.
Assuntos do estudo: modelagem 3d, elaboração de orçamento e LDO de 2019, nº 13.707
Leituras relevantes: como preparar um orçamento, BIM 5D, LDO.

Procedimentos de Campo

Apresentação das credenciais: Apresentação como acadêmico para a direção das empresas
Acesso aos Locais: autorização para acesso aos projetos e local a ser estudado.
Fonte de Dados: Primárias (acesso aos projetos, entrevistas, observações) e secundárias
(bibliográfica).
Advertências de Procedimento: Não se aplica.

Questões investigadas no estudo:

a. Levantamento de quantidades atrás de BIM3D;


b. Analise dos custos da edificação;
c. Estudo da PLE e Boletim de medição;
d. Acompanhamento de obra financiada pela CEF.

Esboço para o relatório final:

• Construção de composições de preço unitário;


• Elaboração e planilha orçamentariam.
• Transformar os componentes EAP entregáveis conforme PLE.
• Adequar Planilha de levantamento de eventos PLE, segundo diretriz da CEF.
Fonte: Autor, adaptado de Yin (2010).
32

4. CRONOGRAMA
A pesquisa seguirá o cronograma apresentado na tabela 1.

Tabela 1 – Cronograma da pesquisa.


Etapas Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Escolha do tema X
Levantamento
X X
bibliográfico
Elaboração do Projeto X X
Apresentação do
X
Projeto
Correções sugeridas
X
pela banca
Levantamento de
X
projetos existentes
Adequação de
X X
projetos
Simulação de
X X
modelagem
Propor diretrizes de
X X
uso
Revisão e redação final X X
Entrega do TCC X
Defesa do TCC X
Correções e
adequações sugeridas X
pela Banca
Entrega do trabalho
X
final
Fonte: Autor (2018).
33

5. ORÇAMENTO
As despesas para realização da pesquisa estão apresentadas na tabela 2.

Tabela 2 – Orçamento da pesquisa.


DESPESAS
Especificação
1. Materiais de
Quantidade unidade Valor Unitário Valor Total
Consumo e Serviços
Folhas de Papel A4 01 resma R$ 21,00 R$ 21,00
Caneta Esferográfica 01 R$ 2,50 R$ 2,50
Computador 01 - -
Impressões coloridas 30 R$ 0,75 R$ 35,00
Impressões preto e
100 R$ 0,50 R$ 50,00
banco
Encadernação 10 R$ 3,00 R$ 15,00
Sala para reuniões e
Disponibilizada pela instituição conforme disponibilidade
execução do trabalho
Quantidade
2. Recursos humanos Valor Unitário Valor Total
Pessoa/CH
Professor Dr. 1 / 4H Conforme PCS da Instituição
TOTAL DA DESPESA R$ 123,50
Fonte: Autor (2018).
34

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37

ANEXOS

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