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G E R E N C I A M E NTO

DE RESÍDUOS
SÓLIDOS
HISTÓRICO DO SURGIMENTO DO LIXO URBANO NO BRASIL

• Revolução Industrial (século XVIII) A transição econômica.


 Processo migratório + Produção em larga escala = Resíduos.
• Aumento da população Mundial: “Estima-se que desde a Revolução
Industrial, a população humana tenha aumentado oito vezes”
(CUIDAN D O D O P L A N E TA TE R R A, 1991).
Fotos de Lixão A geração de resíduos
sólidos de diversas
origens (domiciliares,
hospitalares, industriais e
agrícolas) e de diversas
naturezas
(biodegradáveis, não-
biodegradáveis,
resistentes ou contrários
à vida) é atualmente um
dos principais problemas
ambientais do mundo
(PACHECO at. al, 2004).

Lixão do Jardim Gramacho, Duque de Caxias


(RJ)
Lixão de Paracambi-RJ
ORIGENS DO SERVIÇO DE LIMPEZA
URBANA NO BRASIL

O serviço ordenado de limpeza urbana foi iniciado


em 25 de novembro de 1880, na cidade de São
Sebastião do Rio de Janeiro, então capital do
Império.

“Nesse dia, o imperador D. Pedro II assinou um


Decreto, aprovando o contrato de ‘limpeza e
irrigação’ da cidade, que foi executado por Aleixo
Gary e, mais tarde, por Luciano Francisco Gary, de
cujo sobrenome origina-se a palavra gari” (ABES;
1998).
BREVE CENÁRIO DO LIXO URBANO NO BRASIL

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos


do Brasil (PRSB) de 2005, o Brasil produz
diariamente 173.524 toneladas (t) de lixo.

Goiânia apresenta um dos maiores


indicadores de geração diária de lixo per
capita do país: 0,959 kg por habitante,
perdendo apenas para Camaçari, na Bahia -
média de 1,037Kg por dia.

A geração de resíduos sólidos domiciliares no


Brasil é de cerca de 0,6kg/hab./dia e mais
0,3kg/hab./dia de resíduos de varrição,
limpeza de logradouros e entulhos.
AUMENTO DA QUANTIDADE DE LIXO

O aumento excessivo da quantidade de lixo se


deve ao aumento do poder aquisitivo e pelo perfil
de consumo de uma população. Além disso,
quanto mais produtos industrializados, mais lixo
é produzido, como embalagens, garrafas,etc.
COMPOSIÇÃO DO LIXO

MATERIAIS MATERIAIS
REJEITOS
ORGÂNICOS RECICLÁVEIS

65% a 70% 25 a 30% 5% do total

CEMPRE, 2005
COMPOSIÇÃO DO LIXO
Muito variável de acordo com
fatores abaixo:
•Características das cidades –
cidades dormitórios, industriais,
veraneio.
•Clima e estação do ano
•Hábitos e padrão de vida – quanto
maior o padrão de vida, maior
consumo de papeis e plásticos e
menos matéria orgânica.
•O grau de desenvolvimento de
uma comunidade esta ligada a
quantidade de papel no lixo.
•Períodos econômicos – guerra,
paz, crises, depressões.
QUANTIDADE DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
GERADOS E COLETADOS NO BRASIL

PRODUZIDO –61,5 milhões t/ano


168,5 mil t/dia
COLETADO –51,4 milhão t/ano
140,8 mil t/dia
Ñ COLETADO –10,1milhões t/ano
27,7 mil t/dia

•A coleta de coleta de resíduos sólidos urbanos no Brasil


tem crescido em média 8% ao ano. São Paulo está na
liderança, com quase 270 mil t/mês.
•A seguir aparece Salvador, com 57 mil t.
Destinação Final dos Resíduos
Sólidos Urbanos Coletados (t/dia)
Com Destinação Sem Destinação Total
Macroregião
Adequada Adequada

Norte 1.049 6.790 7.839

Nordeste 10.782 18.660 29.442

Centro-oeste 4.493 5.635 10.127

Sudeste 42.644 57.696 100.340

Sul
6.557 7.521 14.079

Brasil 65.525 96.302 161.827

Fonte: edição 2006 do “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil"


GESTÃO DE RESÍDUOS NO BRASIL
 Setor do saneamento básico que afeta o solo, água o ar
e a saúde da população.

 Poder publico municipal: responsável pela gestão dos


resíduos sólidos.

 3R’s: Reduzir, Reciclar e Reutilizar.

 Gerenciamento Integrado: máxima redução da


produção de lixo, o máximo reaproveitamento e
reciclagem de materiais e, ainda, a disposição dos
resíduos de forma mais sanitária ambientalmente
adequada, abrangendo toda a população e a
universalidade dos serviços
OBJETIVOS DE U M SISTEMA DE LIMPEZA
URBANA
 promover a sustentabilidade econômica das
operações;
 preservar o meio ambiente;

 preservar a qualidade de vida da população;

 contribuir para a solução dos aspectos sociais


envolvidos com a questão.
 sejam as mais econômicas;

 sejam tecnicamente corretas para o ambiente e


para a saúde da população
ADMINISTRAÇÃO DA LIMPEZA URBANA

 diretamente pelo Município;

 através de uma empresa pública específica;

 através de uma empresa de economia mista


criada para desempenhar especificamente essa
função.
REGIMES D E A DMINIST RA Ç Ã O :
 C o ncessão: Na concessão, a concessionária
planeja, organiza, executa e coordena o serviço,
podendo inclusive terceirizar operações e
arrecadar os pagamentos referentes à sua
remuneração, diretamente junto ao
usuário/beneficiário dos serviços

 Terceirização: Deixar às empresas privadas a


operação propriamente dita.

 Consórcio: um acordo entre municípios com o


objetivo de alcançar metas comuns previamente
estabelecida
CICLO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Geração do resíduo

Acondicionamento

Coleta e transporte

Tratamento

Disposição final
LIXO OU RESÍDUOS SÓLIDOS
 Os "restos das atividades humanas,
considerados pelos geradores como
inúteis, indesejáveis ou descartáveis,
podendo-se apresentar no estado sólido,
semi-sólido ou líquido, desde que não seja
passível de tratamento convencional".

( Associação Brasileira de Normas


Técnicas – A BNT – N B R 10.004)
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
 Quanto a natureza física: secos e
molhados;

 Quanto a composição química: material


orgânico e material inorgânico.

 Quanto à periculosidade: perigosos, não


inertes e inertes.

 Quanto a origem/geração
QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE
CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

 Classe I (perigosos) - São aqueles que, em função


de suas características intrínsecas de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade ou patogenicidade, apresentam riscos
à saúde pública através do aumento da
mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam
efeitos adversos ao meio ambiente quando
manuseados ou dispostos de forma inadequada.

 EX: Resíduos industriais, resíduos radioativos,


resíduos hospitalares.
QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE
CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

 Classe II A (não inertes): São os resíduos que


podem apresentar características de
combustibilidade, biodegradabilidade ou
solubilidade, com possibilidade de acarretar
riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se
enquadrando nas classificações de resíduos
Classe I –Perigosos – ou Classe II B – Inertes.

 Ex: lixo de restaurante, bagaço de cana.


QUANTO AOS RISCOS POTENCIAIS DE
CONTAMINAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

 Classe II B (Inertes): São aqueles que, por suas


características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao
meio ambiente, e que, quando amostrados de forma
representativa, segundo a norma N B R 10.007, e
submetidos a um contato estático ou dinâmico com água
destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, conforme
teste de solubilização segundo a norma N B R 10.006, não
tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da
água, conforme listagem nº 8 (Anexo H da N B R 10.004),
excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

 EX: Entulhos de construção civil.


QUANTO A ORIGEM / GERAÇÃO :

 Domiciliar;
 Comercial: pequenos e grandes geradores;

 Publico: limpeza publica urbana, de feiras e


praias;
 Serviços de saúde e Hospitalar: sépticos (que
podem conter patógenos) e assépticos;
 Agrícola;

 Industrial;

 Resíduos de construção civil;

 Portos, aeroportos e terminais rodoviários e


ferroviários;
 Lixo especial: radioativo, pilhas e baterias, pneus.
RESÍDUOS HOSPITALARES
RESPONSABILIDADE PELOS RESÍDUOS

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