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Tem apenas dez segundos para tomar uma decisão: se não fizer nada, cinco pessoas vão

morrer. Se puxar a alavanca, serão salvas, mas, como consequência, outra pessoa morre. O
que faria?
A situação é a mesma de antes: um trem desgovernado ameaça matar cinco
pessoas. Um homem muito pesado está sentado em uma parede em uma ponte
que passa sobre a pista. Você pode parar o trem empurrando-o da ponte para a
pista em frente ao trem. Ele vai morrer, mas os cinco serão salvos. (Você não pode
optar por pular na frente do bonde porque não é grande o suficiente para pará-lo.)

Um vilão na ponte
Suponha agora que o homem na ponte é o mesmo homem que amarrou as
cinco pessoas inocentes na pista. Você estaria disposto a empurrar essa
pessoa para a morte para salvar os cinco? A maioria diz que sim, e esse curso
de ação parece bastante fácil de justificar. Dado que ele está tentando
intencionalmente fazer com que pessoas inocentes morram, sua própria
morte parece a muitas pessoas ser merecida. A situação é mais complicada,
porém, se o homem for simplesmente alguém que tenha feito outras ações
ruins. Suponha que no passado ele tenha cometido assassinato ou estupro e
que ele não tenha pago nenhuma penalidade por esses crimes. 

Um parente próximo na ponte


Aqui está uma última variação a considerar. Volte para o cenário original –
você pode puxar uma alavanca para desviar o trem para que cinco vidas
sejam salvas e uma pessoa seja morta – mas desta vez a única pessoa que
será morta é sua mãe ou seu irmão. O que você faria neste caso? E qual seria
a coisa certa a fazer?

 felicidade de todos é igual.

A escolha de Sofia
No romance A escolha de Sofia, de William Styron, uma polonesa, Sophie
Zawistowska, é presa pelos nazistas e enviada para o campo de extermínio de
Auschwitz. Ao chegar no campo de concentração, por não ser judia, é
premiada com uma escolha: Sofia pode escolher um de seus filhos para ser
poupado da câmara de gás. O outro deve morrer. Em uma agonia de
indecisão, quando vê as duas crianças sendo levadas para a morte, Sofia
pede para que deixem seu filho mais velho viver e levem sua filha mais
jovem. Sua decisão é motivada pelo fato de pensar que seu filho terá mais
chance de sobreviver, por ser mais velho e forte. No fim, ela acaba se
afastando do filho e nunca mais o vê. Ela fez a coisa certa? Anos depois,
assombrada pela culpa de ter escolhido entre seus filhos, Sofia comete
suicídio. Ela deveria ter se sentido culpada?

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