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FelipeLS MONO CARGAS ESTRUTURAS
FelipeLS MONO CARGAS ESTRUTURAS
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CENTRO DE ENGENHARIAS
CURSO DE ENGENHARIA MECANICA
MOSSORÓ-RN
2017
FILIPE LIMA DOS SANTOS
MOSSORÓ – RN
2017
©Todos os direitos estão reservados à Universidade Federal Rural do Semi-Árido.O conteúdo
desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções
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homologação da sua respectiva ata, exceto as pesquisas que estejam vinculas ao processo de
patenteamento. Esta investigação será base literária para novas pesquisas, desde que a obra e
seu (a) respectivo (a) autor (a) seja devidamente citado e mencionado os seus créditos
bibliográficos.
O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi
desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e
gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-
UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob
orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de
Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.
FILIPE LIMA DOS SANTOS
BANCA EXAMINADORA
A Deus, pela sua infinita misericórdia e
proteção.
α - Ângulo de ataque
αL=0 - Ângulo de ataque de sustentação nula
Cl - Coeficiente de sustentação (2D - perfil)
Clmáx - Coeficiente de sustentação máximo (2D - perfil)
Cd - Coeficiente de arrasto (2D - perfil)
Cm - Coeficiente de momento de arfagem (2D - perfil)
Clα - Derivada de Cl em relação a α
CL - Coeficiente de sustentação 3D
CLmáx - Coeficiente de sustentação máximo 3D
CLα - Derivada de CL em relação a α
CD - Coeficiente de arrasto total (3D)
CD0 - Coeficiente de arrasto em α = 0° (3D)
CDi - Coeficiente de arrasto induzido (3D)
L - Força de sustentação
D - Força de arrasto
Γ - Circulação (aerodinâmica) / Ângulo de diedro (geometria)
V∞ - Velocidade do escoamento ao longe (não perturbado)
ρ - Massa específica do ar
b - Envergadura da asa
c - Comprimento de corda (asa/perfil)
cr - Corda na raiz (“Root chord”)
ct - Corda na ponta (“Tip chord”)
CMA - Corda média aerodinâmica (“Mean aerodynamic chord”)
y - Coordenada ao longo da envergadura da asa
AR - Alongamento da asa (“Aspect Ratio”)
λ - Afilamento da asa (“Taper Ratio”)
dw - Velocidade de downwash infinitesimal
w - Velocidade de downwash
ε - Ângulo de downwash
Λ - Ângulo de enflechamento (“sweep angle”)
CM - Coeficiente de momento de arfagem (“pitching moment coefficient”)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 13
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................ 15
2.1. Objetivo geral ...................................................................................................................... 15
2.2. Objetivos especificos ........................................................................................................... 15
3. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................................... 16
3.1. Principais componentes de um avião ................................................................................. 16
3.1.1. Fuselagem...................................................................................................................... 16
3.1.2. Asa................................................................................................................................. 17
3.1.3. Empenagem ................................................................................................................... 19
3.1.4. Trem de pouso ............................................................................................................... 19
3.1.5. Grupo motopropulsor .................................................................................................... 20
3.1.6. Superfícies de comando ................................................................................................ 20
3.2. Engenharia de cargas .......................................................................................................... 21
3.2.1. Nomenclaturas importantes ........................................................................................... 22
3.2.2. Fatores de segurança e qualidade .................................................................................. 23
3.2.3. Regulamentos ................................................................................................................ 24
3.2.4. Etapas do calculo de cargas ........................................................................................... 24
3.3. Centro de gravidade ............................................................................................................ 25
3.4. Forças aerodinamicas e coeficientes .................................................................................. 26
3.5. Diagrama V-n ...................................................................................................................... 29
3.5.1. Fator de carga ................................................................................................................ 29
3.5.1.1. Fator de carga de manobra .................................................................................... 29
3.5.1.2. Fator de carga de rajada......................................................................................... 30
3.5.2. Velocidades estruturais ................................................................................................. 30
3.6. Cargas nas asas .................................................................................................................... 31
3.6.1. Distribuição de sustentação ........................................................................................... 31
3.6.2. Manobras de influencia ................................................................................................. 33
3.6.2.1. Manobras simétricas .............................................................................................. 33
3.6.2.2. Manobras de rolamento ......................................................................................... 34
3.6.2.3. Cargas nos ailerons................................................................................................ 35
3.7. CARGAS NA EMPENAGEM HORIZONTAL ................................................................... 36
3.7.1. Cargas de equilíbrio da empenagem horizontal ............................................................ 36
3.7.2. Acréscimo de carga devido a manobra.......................................................................... 37
3.7.3. Carga de manobra total na empenagem horizontal ................................................. 37
3.7.4. Acréscimo devido a rajada ............................................................................................ 37
3.8. Cargas na empenagem vertical .......................................................................................... 38
3.8.1. Carga média de manobra e carga de rajada ................................................................... 38
3.9. Cargas nos comandos .......................................................................................................... 39
3.10. Materiais compósitos....................................................................................................... 40
3.10.1. Fibra de carbono ............................................................................................................ 42
3.10.2. Madeira Balsa................................................................................................................ 43
3.10.3. Resina epoxi .................................................................................................................. 44
3.11. Ensaios mecânicos ........................................................................................................... 44
3.11.1. Ensaio de tração e compressão ...................................................................................... 45
3.11.2. Lei de Hooke ................................................................................................................. 46
3.12. Deflexão em vigas pelo método dos trabalhos virtuais................................................. 47
3.13. Teoria das falhas estáticas .............................................................................................. 48
4. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 50
4.1. Passeio de c.g........................................................................................................................ 51
4.2. Dados aerodinamicos de entrada ....................................................................................... 53
4.3. Diagrama V-n ...................................................................................................................... 55
4.4. Distribuição de sustentação e cargas máximas nas superficies ....................................... 57
4.5. Propriedades mecânicas dos materiais .............................................................................. 57
4.5.1. Fibra de carbono ............................................................................................................ 57
4.5.2. Madeira balsa ................................................................................................................ 58
4.6. Dimensionamento estrutural .............................................................................................. 59
4.6.1. Delimitações geométricas e numero de longarinas ....................................................... 60
4.6.2. Perfil de seção e material adotado ................................................................................. 61
4.6.3. Fixações e apoios .......................................................................................................... 62
4.6.4. Analise de deflexão e de tensões ................................................................................... 64
4.6.4.1. Análise de estado de tensões ................................................................................. 64
4.6.4.1.1. Tensões de flexão ............................................................................................... 64
4.6.4.1.2. Tensões normais puras ....................................................................................... 64
4.6.4.1.3. Tensões cisalhantes ............................................................................................ 64
4.6.4.1.4. Elementos sujeitos à flexocompressão ............................................................... 65
4.6.4.1.5. Análise do estado de tensão pelo método das falhas .......................................... 65
5. RESULTADOS ............................................................................................................................ 65
5.1. Construção do envelope de passeio do c.g ......................................................................... 65
5.2. Diagrama V-n ...................................................................................................................... 66
5.3. Cargas nas superficies aerodinamicas ............................................................................... 68
5.3.1. Cargas na asa ................................................................................................................. 68
5.3.2. Cargas na Empenagem Horizontal ................................................................................ 69
5.3.3. Carga na empenagem vertical ....................................................................................... 71
5.4. Distribuição de carregamento ............................................................................................ 72
5.5. Resultados estruturais......................................................................................................... 74
5.5.1. Diagramas de esforços internos da asa e analise de deflexão........................................ 74
5.5.2. Diagramas de esforços internos EH e analise de deflexão ............................................ 77
5.5.3. Diagramas de esforços internos EV e Analise de deflexão ........................................... 79
5.5.4. Analise de tensões ......................................................................................................... 80
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 82
REFERENCIAS .................................................................................................................................. 84
13
1. INTRODUÇÃO
competição. Em outras palavras, definir todas as cargas idealizadas que a aeronave poderá ser
submetida em voo, e a partir dos modelos básicos de resistência dos materiais, determinar as
seções transversais mínimas que os membros estruturais devem possuir para suportar a missão
para a qual a aeronave foi projetada.
15
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo geral
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1. Principais componentes de um avião
Um avião é definido como uma aeronave de asa fixa, em que o peso de sua
estrutura seja mais pesado que o ar, movida por propulsão mecânica, devido à reação
dinâmica do ar que escoa no em torno de suas asas. Mesmo sendo concebidos para uma
grande variedade de propostas, todos possuem os mesmos componentes considerados
principais. (RODRIGUES, 2009)
A maioria dos aviões possuem uma fuselagem, asas, uma empenagem, trem de
pouso e o grupo moto-propulsor. A Figura 1 mostra em vista isométrica explodida os
componentes principais de uma aeronave. (RODRIGUES, 2009)
Figura 1 - Componentes de um avião.
3.1.1. Fuselagem
3.1.2. Asa
As asas são superfícies utilizadas para gerar sustentação, unidas a cada lado da
fuselagem, são responsáveis por manter o avião no ar. Existem numerosos projetos
diferenciados para as asas, em tamanhos e formas. (Rodrigues, 2009)
Estrutura das asas: Para o caso de uma estrutura coberta com tela os principais
elementos estruturais de uma asa são as nervuras, a longarina, o bordo de ataque e o bordo de
fuga.
Nervuras: As nervuras dão a forma aerodinâmica à asa e transmitem os esforços
do revestimento para a longarina.
Longarina: A longarina é o principal componente estrutural da asa, uma vez que é
dimensionada para suportar os esforços de cisalhamento, flexão e torção oriundos das cargas
aerodinâmicas atuantes durante o voo.
Bordo de ataque e bordo de fuga: O bordo de ataque representa a parte dianteira
da asa e o bordo de fuga representa a parte traseira da asa e serve como berço para o
18
alojamento dos ailerons e dos flapes. A Figura 3 mostra os principais elementos estruturais de
uma asa.
Forma geométrica das asas: quanto a sua geometria, as asas podem possuir uma
grande diversidade de formas, que variam de acordo com os requisitos do projeto. Os
formatos mais comuns são retangular, trapezoidal e elíptica.
Nomenclatura do perfil e da asa: a Figura 4 ilustra os principais elementos
geométricos que formam um perfil aerodinâmico e uma asa com envergadura finita.
Corda: é a linha reta que une o bordo de ataque ao bordo de fuga do perfil
aerodinâmico;
3.1.3. Empenagem
MTW – Maximum Taxi Gross Weight: peso máximo que a aeronave pode ser
carregada no solo.
MTOW - Maximum Takeoff Gross Weight: peso máximo no início da corrida
de decolagem.
MZFW – Maximum Zero Fuel Weight: peso máximo que a aeronave pode ser
carregada no solo sem combustível utilizável.
utilizável.
Como as velocidades de uma aeronave são medidas em relação ao ar, pode-se ter
algumas variações, segundo Iscold (2001) são definidas as seguintes velocidades:
3.2.3. Regulamentos
∑𝑖=𝑛
𝑖=0 𝑀𝑖 ∗ 𝑥𝑖
𝑥𝑐𝑔 = (1)
∑𝑖=𝑛
𝑖=0 𝑀𝑖
𝐿 = 𝑞 ∗ 𝑆 ∗ 𝐶𝑙 (3)
𝐷 = 𝑞 ∗ 𝑆 ∗ 𝐶𝑑 (4)
𝑀 = 𝑞 ∗ 𝑆 ∗ 𝑐̅ ∗ 𝐶𝑚 (5)
27
O fator de carga pode ser definido como a relação entre, a aceleração medida
tomada como referência um sistema de coordenadas inercial, e a aceleração da gravidade.
Basicamente um fator de carga n = 2 significa que para uma determinada condição de vôo a
estrutura da aeronave estará sujeita a uma força de sustentação dada pelo dobro do peso, e o
cálculo de n pode ser realizado preliminarmente pela aplicação da Equação (1) mostrada a
seguir. (Rodrigues, 2009)
𝐿
𝑛 = (8)
𝑊
SAE Brasil AeroDesign não voam a altitudes muito elevadas e realizam manobras suaves.
Segundo recomendações de Da Rosa, o fator de carga máximo positivo para aeronaves da
competição é n1 = 2, inferior ao recomendado pela norma FAR 23.337, porém mais
condizentes com as características de vôo da competição. A norma utilizada recomenda que
n2 seja igual à pelo menos 50% de n1, portanto, n2 = -1.
Fonte: JAR-VLA
𝝁𝒈
𝟐∙𝒎
= (𝟗)
𝝆 ∙ 𝒄̅ ∙ 𝒂 ∙ 𝑺
𝑲𝒈
𝟎, 𝟖𝟖 ∙ 𝝁𝒈
= (𝟏𝟎)
𝟓, 𝟑 + 𝝁𝒈
𝒏
𝝆 ∙ 𝑽 ∙ 𝒂 ∙ 𝑲𝒈 ∙ 𝑼𝒅𝒆 ∙ 𝑺
=𝟏± (𝟏𝟏)
𝟐∙𝑾
(𝑀 ∗ 𝑔)
𝑉𝑐 => 2.4 ∗ √ (12)
𝑆
2 2∗𝑊
𝑉𝑠 = √ (14)
𝜌 ∗ 𝑆 ∗ 𝐶𝐿𝑚𝑎𝑥
A asa de um avião é um componente que durante todo o voo vai estar sobre efeito
de carregamento externo do ar, para geração de sustentação. Entretanto durante o voo esse
carregamento sofre mudanças alcançando valores máximos e mínimos, estruturalmente os
carregamentos máximos são os que interessam e eles são decorrentes de algumas manobras
que serão aqui abordadas. Essas manobras promovem alterações na distribuição de
sustentação (Iscold, 2001).
A forma como a carga de sustentação é distribuída sobre uma asa finita (asa,
empenagens, etc.) é uma das questões mais importantes para o cálculo de esforços sobre estes
componentes. A forma desta distribuição definirá a forma das distribuições de esforço
32
cortante, momento fletor e momento torçor. O problema de resolver a forma desta distribuição
foi solucionado pela primeira vez por Prandtl, no início do Século XX. A teoria desenvolvida
por Prandtl é uma das maiores contribuições já oferecida à aerodinâmica, a análise de Prandtl
é apresentada e explicada com detalhes por Anderson (Iscold, 2001).
O modelo utilizado para se determinar a sustentação da asa elíptica foi originado
da teoria da linha sustentadora de Prandtl (PRANDTL,1921). A resolução da distribuição
elíptica é de grande importância, visto que se torna necessário para encontrar de forma
aproximada a distribuição de cargas de asas com geometria diferente da elíptica.
O método de Schrenk consiste basicamente em encontrar de modo aproximado a
distribuição de cargas em uma asa de forma geométrica diferente da asa elíptica e trapezoidal,
através de uma média entre a asa em estudo e a asa elíptica como mostra a equação abaixo,
sendo as duas com mesma área e envergadura (Barros, 1995).
𝐿(𝑦) + 𝐿(𝑦)𝑒
𝐿(𝑦)𝑠 = (15)
2
4∗𝐿 2∗𝑦 2
𝐿(𝑦)𝑒 = √
∗ 1−( ) (17)
𝑏∗𝜋 𝑏
𝑐𝑡
𝜆= (18)
𝑐𝑟
Onde:
L(y) – É a sustentação em função da posição ao longo da envergadura de uma asa
trapezoidal;
L(y)e – É a sustentação em função da posição ao longo da envergadura de uma
asa elíptica de mesma área em planta e mesma envergadura;
b – Envergadura da Asa;
L – Força de Sustentação para condição de manobra mais crítica;
y – Posição ao longo da envergadura;
λ – É uma razão entra a corda mínima na ponta da asa e a corda na raiz da asa.
33
A manobra de rolamento com fator de carga positivo nada mais é que a mudança
de direção de uma curva mantendo o fator de carga vertical constante. A execução desta
manobra, em ensaios de vôo, deve partir de uma outra manobra conhecida como wind-up
turn1, onde o piloto mantém a aeronave voando com uma inclinação constante e com
velocidade constante, sem aumentar a potência do motor. A manobra com fator de carga igual
a 0 não faz sentido para ser executada na realidade, mas serve para determinar os limites de
carga nesta manobra, na Figura 16 está ilustrada manobra de rolamento (Iscold, 2001).
A carga provocada por deflexão dos ailerons são determinados segundo a norma
JAR-VLA, por meio do gráfico mostrado na figura 17.
36
1
𝑀𝑎 = ∗ 𝜌 ∗ 𝑉 2 ∗ 𝐶𝑚0 ∗ 𝑆 ∗ 𝑐̿ (20)
2
O acréscimo de carga para a manobra corrigida, pode ser obtida segundo a norma
JAR-VLA part 423 pela equação:
𝑐𝑔 𝑆ℎ𝑡 ∗ 𝑎ℎ𝑡 𝑑𝜖 𝜌 ∗ 𝑆ℎ𝑡 ∗ 𝑙ℎ𝑡 ∗ 𝑎ℎ𝑡
𝑑𝑃 = (𝑛𝑧 − 1) ∗ 𝑊 ∗ ( − ∗ (1 − ) − ) (21)
𝑙ℎ𝑡 𝑆∗𝑎 𝑑𝛼 2∗𝑚
𝑃𝑚𝑎𝑥 = 𝑃 ± 𝑑𝑃 (22)
As cargas de rajada, são calculadas pela adição da carga de balanço quando fator
de carga for igual a 1, a carga de rajada obtida pela seguinte equação:
𝑊
𝑃𝑣 = 𝑆𝑣𝑡 ∗ 0,534 ∗ 𝑛𝑚𝑎𝑥 ∗ (25)
𝑆
39
Onde 𝑆𝑣𝑡 é a área da empenagem vertical, 𝑛𝑚𝑎𝑥 é o fator de carga máximo obtido
do envelope de voo ou diagrama v-n, S é a área molhada do aeromodelo.
As cargas de rajada são determinadas segundo a norma JAR-VLA pela seguinte
equação:
Fonte: JAR-VLA
Resistência Elasticidade
Densidade à tração longitudinal
(g/cm³) (MPa) (GPa)
Carbono HS 1,8 3500 90-150
Carbono IM 1,8 5300 150-180
43
A tensão é definida como sendo uma força por unidade de área, a tensão é
geralmente distribuída segundo uma função continuamente variável dentro de uma porção
contínua do material. Todo elemento infinitesimal do material pode concebivelmente
experimentar diferentes tensões ao mesmo tempo (NORTON, 2013).
Na Figura 25 é mostrado o diagrama de tensão normal média e a deformação
específica de um material submetido a um ensaio axial (tração e compressão), observam-se
que diversas propriedades mecânicas do material podem ser adquiridas através do gráfico.
46
Onde:
𝜎 = Tensão;
𝜖 = Deformação específica.
47
a) b)
𝐿 𝐿 𝐿 𝐿
𝑛. 𝑁 𝑚. 𝑀 𝑓𝑠. 𝑣. 𝑉 𝑡. 𝑇
1. ∆= ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥 + ∫ 𝑑𝑥 (30)
0 𝐴. 𝐸 0 𝐸. 𝐼 0 𝐺. 𝐴 0 𝐺. 𝐽
Onde:
48
algum critério que leve em conta o real mecanismo de ruptura do material, que permita
estabelecer os efeitos dos estados de tensões multiaxiais.
Historicamente, várias teorias foram formuladas para explicar as falhas em
materiais sobre carregamentos estáticos, a teoria da tensão normal máxima, a teoria da
máxima deformação normal, a teoria da energia total de deformação, a teoria de energia de
distorção (Von Mises-Hencky) e a teoria da máxima tensão de cisalhamento, dentre estas, a
tensão de Von Mises-Hencky é a mais precisa (NORTON, 2013).
Segundo Craig Junior (2003), a teoria de energia de distorção é baseada nas
distorções provocadas pela energia de deformação. A densidade de energia de deformação de
um elemento de volume do material submetido às três tensões principais (𝜎1, 𝜎2, 𝜎3), e se
comportando de maneira linear elástica, aplicando a lei de Hooke, é apresentada na Equação
3.38. As tensões principais atuam no elemento conforme mostrado na Figura 27:
1
𝜇= [𝜎12 + 𝜎22 + 𝜎32 − 2. 𝜗. (𝜎1. 𝜎2 + 𝜎1. 𝜎3 + 𝜎2. 𝜎3)] (32)
2. 𝐸
Onde:
𝜎1, 𝜎2, 𝜎3 = Tensões principais;
𝜗 = Coeficiente de Poisson;
𝐸 = Elasticidade do material.
Onde:
𝜎𝑥, 𝜎𝑦, 𝜎𝑧 = Tensões normais nos eixos x, y e z respectivamente.
𝜏𝑥𝑦, 𝜏𝑦𝑧, 𝜏𝑧𝑥 = Tensões cisalhantes nos planos xy, yz e zx respectivamente.
4. METODOLOGIA
a)
b)
Fonte: Autoria Própria (2017)
a)
b)
PERFIL
GERAL ASA
PEG003
Densidade do
1,157 kg/m³ Re 280000 Envergadura 1,83m
ar (600m)
Viscosidade 1,771e-05 Envergadura
Mach 0.045 16m/s 0,865m
do ar (600m) kg/m.s da Semi-asa
54
Volume de
Cht cauda a0 0,1155 Cr 0,369m Corda na Raiz
horizontal
Volume de
Corda na
Cvt cauda clmax 2,3143 Ct 0,24m
Ponta
vertical
Coeficiente
Relação de
Cf 0,0055 de atrito alpha_clmax 12,2 AR 5,3088
aspecto
(Ar)
rad (Medido
Enflechamen
alpha_cl=0 0 em 25% da
to
corda)
Área em
cm_alpha0 -0,3209 S 0,6321 planta da asa
(m²)
Clmax Cl Máximo
cl_alpha0 1,4824 1,967
(Estimado) da asa
Ângulo de
Alpha_L=W ataque para
cd_alpha 0
(16m/s) Sustentação=
Peso
Afilamento 0,65
Angulação da
EMPENAGEM curva
a
CLxAlpha da
asa
12,7916 Velocidade
Sht Área da empenagem horizontal (m²) Vstall
m/s de Stall
Corda média
Distância horizontal entre o centróide da 0,34679
Lht Cma aerodinâmic
empenagem horizontal e o centróide da asa m
a
Eficiência de
Svt Área da empenagem vertical (m²) e
envergadura
Distância horizontal entre o centróide da Eficiência de
Lvt e0
empenagem horizontal e o centróide da asa Oswald
Distância vertical entre o centróide da Ângulo de
Ht Downwash
empenagem e o centróide da asa Downwash
Eficiência da empenagem (caso seja adotada a Clmax
N
angulação no tail) (Simulação)
Derivada do
PERFIL dE/da ângulo de
Superficie Horizontal da Empenagem downwash
S9032
Envergadura 1,83m Re 280000
Envergadura
0,865m Mach 0.045
da Semi-asa
Cr 0,369m Corda na Raiz a0 0,1155
Ct 0,24m Corda na Ponta clmax 2,3143
alpha_c
AR 5,3088 Relação de aspecto 12,2
lmax
Enflechamen rad (Medido em 25% da alpha_c
0
to corda) l=0
cm_alp
S 0,6321 Área em planta da asa (m²) 0
ha0
Clmax cl_alph
1,967 Cl Máximo da asa 1,4824
(Estimado) a0
Alpha_L=W Ângulo de ataque para cd_alp
1,4824
(16m/s) Sustentação=Peso ha 0
Afilamento 0,65
a1 Angulação da curva
55
CLxAlpha da asa
Angulação da curva
a2
CLxomega da asa
Cma 0,34679m Corda média aerodinâmica
Derivada do ângulo de
dE/da
downwash
PERFIL
Superficie Vertical da Empenagem
S9032
Envergadura 1,83m Re 280000
Envergadura
0,865m Mach 0.045
da Semi-asa
Cr 0,369m Corda na Raiz a0 0,1155
Ct 0,24m Corda na Ponta clmax 2,3143
alpha_c
AR 5,3088 Relação de aspecto 12,2
lmax
Enflechamen rad (Medido em 25% da alpha_c
0
to corda) l=0
cm_alp
S 0,6321 Área em planta da asa (m²) 0
ha0
Clmax cl_alph
1,967 Cl Máximo da asa 1,4824
(Estimado) a0
Alpha_L=W Ângulo de ataque para cd_alp
1,4824
(16m/s) Sustentação=Peso ha 0
Afilamento 0,65
Angulação da curva
a1
CLxAlpha da asa
Angulação da curva
a2
CLxomega da asa
Cma 0,34679m Corda média aerodinâmica
Derivada do ângulo de
dE/da
downwash
Fonte: Pegazuls (2016)
25
Velocidade dos ventos em
20
15
nó
Série1
10
0
1 101 201 301 401 501
Fonte: Autoria Própria (2016)
A velocidade média das rajadas com desvio padrão para uma confiabilidade de
95% T de student, foi de 5,74 m/s. O algoritmo de calculo do diagrama precisa de algumas
entradas de projeto, que para o atual seriam os seguintes:
o S=0.697; Área em planta da asa em m²
o Cma=0.347; Valor da corda média aerodinâmica em m
o Clmax=1.967; Coeficiente de sustentação máximo da asa
o Clmaxf=1.967; Coeficiente de sustentação máxima da asa com flaps defletidos
o a=3.81; Coeficiente da inclinação da curva Cl versus alpha da asa em rad-¹
o ro=1.157; Massa especifica do ar para altitude analisada em Kg/m³
o g=9.81; Aceleração da gravidade em m/s²
o M=12,5; Máxima massa carregada pela aeronave Kg
o W=M*g; máximo peso totalmente carregado obtido de projeto em Newton
o Vmax=30.7; Velocidade máxima obtida a partir dos dados de desempenho em
m/s
57
9
8
7
6
Tensão (MPa)
5
4
3
2
1
0
0,3 1,8 3,3 4,8 6,4 8,2 10,6 13,6 17,4 22,1 28,2 35,8 44,8 53,8 63,7
Deformação específica (mm) x10-2
1,4
1,2
1
Tensão (MPa)
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0,7 5,8 13,4 30,0 66,0 139,0 222,3
Deformação (mm) x10-2
A área útil a ser utilizada para a seção transversal da longarina é limitada pelo
perfil aerodinâmico utilizado, como mostrado na Figura 34:
Figura 34 - Vista lateral do perfil aerodinâmico utilizado na asa.
Desta forma, concluiu-se que a área útil máxima utilizada para dimensionar a
seção transversal da longarina da asa teria dimensões de 25mm de largura por 30mm de
61
altura. Para as empenagens essas dimensões são delimitadas pelo perfil da ponta, que possui
corda de 128 mm, como sua espessura máxima se encontra a 25% da corda, e essa espessura é
9% do valor da corda que é 11,5 mm.
Na asa, em virtude da redução de custos, foi adotada uma única longarina,
reduzindo o numero de fixações adotadas, e maximizando a relação resistência peso, é preciso
adotar um reforço nos bordos de ataque e fuga, afim de se manter a geometria aerodinâmica.
Para empenagem horizontal por suas particularidades, ser uma empenagem totalmente móvel,
também se usa uma única longarina, necessitando dos reforços nos bordos de fuga e ataque. O
mesmo é valido para a empenagem vertical.
As definições das geometrias das seções não entraram no escopo dessa analise,
aqui será verificada, as máximas deflexões para o carregamento de projeto por meio de
analise dos trabalhos virtuais, com o software Ftool, nele são colocados como dados de
entrada as dimensões das seções e as propriedades mecânicas obtidas dos ensaios.
Para análise das tensões normais puras aplicadas à seção, obteve-se inicialmente o
diagrama de esforço normal através do software Ftool, posteriormente aplicou-se na Equação
tensão axial, representada na seção y. As tensões normais puras não incluem as tensões
normais geradas através da flexão.
Para análise das tensões cisalhantes aplicadas à seção, obteve-se o diagrama de esforço
cortante no Software Ftool, posteriormente, aplicou-se a Equação tensão de cisalhamento que
65
A análise do estado de tensões pelo método das falhas parte da Equação 3.39, a
mesma relaciona as tensões normais aplicadas aos três eixos (x, y e z) e a tensão cisalhante,
essas tensões normais são a soma da tensão normal pura, a tensão normal desenvolvida devido
a flexão e a tensão normal desenvolvida devido a flexão gerada por um momento equivalente
utilizando o método de elementos sujeitos a flexocompressão.
5. RESULTADOS
Como pode ser visto, sobre a analise da primeira hipótese, a variação de massa
por consumo de combustível, quase não altera a posição do c.g do avião, isso se deve ao fato
da massa levada de combustível pelos aviões da competição serem bem inferior a massa
transportada como carga externa. O avião quando carregado com carga mínima de
classificação possui C.G bem próximo a ¼ da corda media, enquanto que com carga maior,
esse c.g fica bem dianteiro.
𝑊 117,8
𝑛𝑚𝑎𝑥 ∗ = 2,5 ∗ = 69,8 𝐾𝑔/𝑚²
𝑆∗𝑔 0,684 ∗ 9,81
Do gráfico 3.17, a carga por unidade de área de aileron é:
𝑤
̅ = 60 𝐾𝑔/𝑚²
𝑃𝑎𝑖𝑙𝑒𝑟𝑜𝑛 = 𝐴𝑎𝑖𝑙𝑒𝑟𝑜𝑛 ∗ 𝑤
̅ = 60 ∗ 0,044 = 2,62 𝐾𝑔
a manobra é preciso determinar as cargas de balanceamento, e para isso foi feito conforme as
Newtons para se equilibrar o avião, para as 4 condições de massa, e posição de c.g, levando-
Posição de 0,2045 -7,03 -10,36 -13,82 -14,63 -19,86 -26,04 -30,92 -33,16 -41,24 -50,26 -60,24
C.G (%) -8,18 -11,50 -14,96 -15,78 -21,01 -27,18 -32,07 -34,31 -42,38 -51,41 -61,38
0,1985
0,1974 -8,46 -11,78 -15,24 -16,06 -21,28 -27,46 -32,35 -34,58 -42,66 -51,69 -61,66
Fonte: Autoria Própria (2017)
As mesmas cargas de equilíbrio foram determinadas para voo acelerado com fator
de carga diferente de um como mostra as tabelas 9 e 10, simulando acelerações em subida e
descida respectivamente.
Tabela 9 – Cargas de equilibro para voo com fator de carga positivo máximo.
Velocidade em
12 16 19,3 20 24 28 30,8 32 36 40 44
(m/s)
Fator de carga
1 1,75 2,5 2,5 2,5 2,5 2,63 2,56 2,5 2,5 2,5
(adm)
0,214 -5,87 -10,39 -15,05 -15,86 -21,09 -27,26 -32,36 -34,49 -42,47 -51,49 -61,47
Posição de
0,2045 -7,03 -12,43 -17,96 -18,77 -24,00 -30,17 -35,42 -37,47 -45,38 -54,40 -64,38
C.G (%)
0,1985 -8,18 -14,43 -20,82 -21,64 -26,86 -33,04 -38,43 -40,40 -48,24 -57,26 -67,24
70
0,1974 -8,46 -14,92 -21,51 -22,33 -27,55 -33,73 -39,16 -41,11 -48,93 -57,96 -67,93
Fonte: Autoria Própria (2017)
Tabela 10 – Cargas de equilibro para voo com fator de carga máximo negativo.
Velocidade em
12 16 19,3 20 24 28 30,8 32 36 40 44
(m/s)
Fator de carga
-1 -1,5 -1,5 -1,5 -1,5 -1,5 -1,5 -1,5 -1,5 -1,5 -1,5
(adm)
0,214 -2,68 -5,21 -8,67 -9,48 -14,71 -20,88 -25,77 -28,01 -36,09 -45,11 -55,09
Posição de 0,2045 -2,10 -4,33 -7,79 -8,61 -13,83 -20,01 -24,90 -27,14 -35,21 -44,24 -54,21
C.G (%) 0,1985 -0,37 -1,75 -5,20 -6,02 -11,25 -17,42 -22,31 -24,55 -32,62 -41,65 -51,62
0,1974 -0,09 -1,33 -4,79 -5,60 -10,83 -17,01 -21,89 -24,13 -32,21 -41,23 -51,21
Fonte: Autoria Própria (2017)
Positivo 7,03 12,27 17,64 18,46 23,69 29,86 35,08 37,14 45,06 54,09 64,06
93,264 0,2045
Invertido 4,40 7,47 11,62 12,58 18,64 25,66 31,13 33,62 42,53 52,39 63,20
Positivo 8,18 14,47 20,89 21,71 26,93 33,11 38,51 40,47 48,31 57,33 67,31
112,878 0,1985
Invertido -0,15 1,03 4,33 5,11 10,15 16,13 20,89 23,07 30,95 39,79 49,57
Positivo 8,46 15,00 21,68 22,50 27,73 33,90 39,35 41,29 49,10 58,13 68,11
117,781 0,1974
Invertido -1,17 -0,40 2,68 3,42 8,19 13,90 18,47 20,57 28,18 36,75 46,26
Fonte: Autoria Própria (2017)
As cargas de rajada também foram analisadas, mas pelas suas magnitudes baixas,
foram descartadas pela analise de projeto. A tabela 14 mostra os acréscimos oriundos de
rajadas sofridas em diferentes condições de voo.
𝑊 117,8
𝑃 = 0,545 ∗ 𝑆𝑒𝑣 ∗ 𝑛𝑚𝑎𝑥 ∗ = 0,545 ∗ 0,0439 ∗ 2,5 ∗ = 1,05 𝐾𝑔
𝑆∗𝑔 0,684 ∗ 9,81
𝐼𝑧 = 0,350 𝐾𝑔 ∗ 𝑚²
0,88 ∗ 0,081
𝐾𝑔𝑣 = = 0,013
5,13 + 0,081
𝐾𝑔𝑣 ∗ 𝑈𝑑𝑒 ∗ 𝑣 ∗ 𝑆𝑣𝑡 ∗ 𝑎𝑣𝑡 0,013 ∗ 5,7 ∗ 𝑣 ∗ 0,0439 ∗ 2,89
𝑃𝑟𝑎𝑗 = 10 ∗ = 10 ∗ = 0.0057 ∗ 𝑣
16.3 16,3
Que é bem inferior a carga de manobra média de 1,05, que será adotada como
carga de projeto.
Com a obtenção das cargas máximas sofridas pelos componentes a tarefa seguinte
é determinar como essa carga se distribui sobre as superfícies, essa carga é modela conforme
a distribuição de Shrenk, apresentada anteriormente. Para a determinação dessa distribuição é
necessário algumas entradas no algoritmo de calculo, como as dimensões geométricas que são
obtidas dos desenhos técnicos, e das cargas máximas, obtidas a partir das analises de cargas
anteriores. Os dados de entrada em algoritmo são:
Carga máxima a ser distribuída;
Fator de carga;
Envergadura da superfície;
Tipo de asa (Trapezoidal, Retangular ou Mista);
Corda na raiz e na ponta;
Ao entrar com os dados para as três superfícies pode-se ser traçados
carregamentos de ambos, como mostra as figuras 44, 45 e 46 mostra os carregamentos
distribuídos na asa, na empenagem horizontal, e na empenagem vertical.
Manobra simétrica
Distribuição de sustentação Manobra de rolamento
200
Carregamento distribuido
150
100
(N/m)
50
0
-1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 1,5
Posição ao longo da envergadura (m)
50
40
30
20
10
0
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950
ENVERGADURA (MM)
-300
-400
-500
-600
-700
ENVERGADURA (MM)
10
0
-10 0 50 100 150 200 250 300 346 396 446 496 546 596 642 692 742 792 842 892 942
-20
-30
-40
-50
-60
ENVERGADURA (MM)
-50
-100
-150
-200
-250
-300
-350
ENVERGADURA (M)
-10
-20
-30
-40
-50
-60
-70
ENVERGADURA(M)
30
20
10
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
ENVERGADURA (M)
25
20
15
10
5
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
ENVERGADURA (M)
60
50
DEFLEXÃO NO EIXO Y (MM))
40
30
20
10
0
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
700
750
800
850
900
950
0
50
ENVERGADURA (MM)
horizontal muito em virtude de seu acoplamento na aeronave, e sua forma de fixação, não tem
sobre sua estrutura o desenvolvimento de reações axiais, sofrendo somente reações cortantes e
momentos fletores.
Figura 56 - Esforços cortantes na EH
ESFORÇO CORTANTE EH
40
30
ESFORÇO CORTANTE (N)
20
10
0
-10
-20
-30
-40
-0,35 -0,3 -0,25 -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35
ENVERGADURA (M)
4
3
2
1
0
-1
-0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4
ENVERGADURA (M)
Nas figuras 59, 60, e 61, constam os esforços cortantes, momentos fletores, e
analise de deflexão, para EV. Como pode-se notar em virtude do tipo de fixação, engaste
simples, os maiores momentos fletores e esforços, ocorrem na região perto do apoio. A
deflexão também foi adotada como parâmetro de projeto, e por isso verificada, a empenagem
apresenta deflexões de 1 mm.
DIAGRAMA E. CORTANTE EV
12
10
ESFORÇO CORTANTE (N)
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
ENVERGADURA (M)
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
ENVERGADURA (M)
Figura 61 - Deflexão na EV
DEFLEXÃO NA EV
1,5
DEFLEXÃO (MM)
0,5
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
ENVERGADURA (M)
5.5.4.Analise de tensões
A analise de tensões consistiu na verificação, das seções criticas com base nos
diagramas de esforços internos, para a asa foi constatada 3 seções de maiores carregamentos,
estando na raiz da longarina, no apoio de 0,3 m e no segundo de 0,6 m. foi verificado as
tensões de flexão, axial, e cisalhamento, dos maiores esforços, e também foi analisada a
combinação das tensões no carregamento, também foi verificada o critério de von mises de
falhas estáticas. Nas empenagens foi verificado somente uma seção que era a seção de esgaste
na EV, e no apoio da EH. Todos os resultados estão mostrados na tabela 15 juntamente com
as dimensões projetadas para construção dos itens estruturais
81
Seção 3
Seção 2 (0,3 m)
(0,6m)
M. fletor 28 M. fletor 77
Cortante
Cortante Max 60 45
Max
Carga Axial
Carga Axial max 520 520
max
Tensão de
Tensão de flexão 2,20E+07 6,06E+07
flexão
Tensão de
Tensão de cisalhamento 4,20E+05 cisalhamen 3,15E+05
to
Tensão
Tensão Axial 1,16E+07 1,16E+07
Axial
Tensão
Tensão combinada 3,36E+07 7,22E+07
combinada
Tensão de
Tensão de Von mises 1,16E+07 1,16E+07
Von mises
EH Seção 1 (Raiz)
Área 29,84513 M. fletor 0,52
82
EV Seção 1 (Raiz)
Tensão de
Centróide 7 144904,331
cisalhamento
Tensão de
1368185,56
Von mises
Como pode ser vista todas as tensões, deram abaixo das tensões admissíveis
obtidas dos ensaios, a maior tensão combinada na longarina é 40 megapascal, o que dá uma
margem de segurança mínima de 77% por cento para a asa, essa margem alta se deve ao
dimensionamento visando a redução de deflexão, que se manteve em 5mm. A empenagem
vertical também teve boa margem de segurança, em torno de 72%. Ficando assim definido e
verificado o projeto estrutural das superfícies aerodinâmicas.
6. CONCLUSÃO
concluir os seguintes pontos sobre o projeto de cargas e estrutras de uma asa, e suas
superfícies de controle:
REFERENCIAS
ANDERSON, JOHN, D. Aircraft performance and design. McGraw-Hill, New York, 1999.
BARROS, C. P, “Introdução ao Projeto de Aeronaves”; CEAEEUFMG. Belo Horizonte;
1995.7
BEER, Ferdinand P.; JOHNSTON JR, E. Russel– Resistência Dos Materiais – 3° Edição –
São Paulo: Editora Makron Books, 1996, 1255 P.
CRAIG JUNIOR, Roy R. Mecânica dos metariais. 2. ed. Rio de Janeiro: Ltc, 2003. 552 p.
SOUTO, Felipe; CALADO, Veronica; PEREIRA JUNIOR, Nei. Fibras de carbono a partir
de lignina: uma revisão da literatura. Revista Matéria, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p.101-
114, set. 2014.