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Em A voz do silêncio, obra cinematográfica de Yoshitoki Oima, Shouko

Nishimiya, uma criança com problemas auditivos, busca espaço no ambiente


escolar, mas por não conseguir se comunicar oralmente, acaba sofrendo
bullying e sendo isolada por seus colegas. Ao sair da ficção, sem
desconsiderar o contexto da obra, nota-se ainda a ineficácia das políticas de
inclusão aos portadores de necessidades especiais, sendo negligenciados
direitos importantes a eles.
Segundo o Artigo 6° da Constituição Federal, são direitos sociais: o
lazer, a educação, o transporte e o trabalho, os quais todos os brasileiros tem
acesso, independente de qualquer necessidade de natureza física ou
psicológica que possuir. Nesse contexto, é de suma importância que o Estado
desenvolva políticas públicas visando a adaptação de espaços comuns e meios
de transporte para incluir essa parcela dos brasileiros.
Além disso, as políticas públicas são uma ferramenta do Estado para
atenuar desigualdades sociais e garantir oportunidades a todos os brasileiros.
Nesse sentido, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência de 2015
foi um marco importantíssimo na luta por direitos dos deficientes, pois trouxe
uma série de avanços no acesso à educação e ao lazer bem como no combate
à discriminação no mercado de trabalho e no ambiente escolar.
Desse modo, o Estado deve garantir, através de investimentos na área
de infraestrutura, o acesso de pessoas com necessidades especiais às
diferentes estruturas da cidade a fim de facilitar sua mobilidade urbana, em
paralelo, o Ministério da Educação tem que adicionar à grade curricular o
estudo de Libras para incluir deficientes auditivos e evitar casos como o de
Nishimiya. Em âmbito escolar, cabe à escola desenvolver atividades coletivas
que possam abordar a temática para diminuir preconceitos contra portadores
de deficiência.
Desse modo, o Estado deve investir no acesso dos deficientes às
diferentes estruturas da cidade para facilitar a sua mobilidade, paralelo a isso, o
Ministério da Educação e Cultura tem que adicionar na grade curricular o
estudo de libras para incluir pessoas com problemas auditivos nas escolas. Em
âmbito escolar, cabe à Escola desenvolver atividades coletivas que possam
abordar a temática e influenciar o exercício da empatia.
As políticas públicas são um meio no qual o Estado tenta corrigir
desigualdades e garantir o acesso aos direitos da Constituição Federal. No
caso brasileiro, os portadores de deficiências precisam principalmente de
infraestrutura adequada e mais bem trabalhada. Com isso, eles terão
ampliados o acesso aos seus direitos e ingressarão de maneira positiva na
sociedade. Além disso, as políticas públicas servem para a manutenção da
dignidade de pessoas com deficiência, visto que oferece oportunidades.

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