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ANA PAULA BORGES DE OLIVEIRA

TURNO: NOITE
CURSO: LETRAS- LINGUA PORTUGUESA

RESENHA CRÍTICA- POR QUE LER OS CLÁSSICOS?

A pergunta é simples: por que ler os clássicos?


É fácil imaginar e julgar os clássicos como difíceis e complexos na hora da leitura. Escolas e
universidades tem como dever mostrar aos alunos clássicos da literatura, como A Íliada, A
Odisséia até a Divina Comédia comparando-os com o nosso dia a dia. Um clássico na
concepção universal é sem mais delongas interpretação do livro em outra linguagem, um livro
de linguagem complexa e cheia de detalhes sórdidos para a compreensão e sentimento, nada
mais precisará do que uma análise linguística que levará o leitor a perceber que a leitura é um
tanto atemporal.
Botar em questão um clássico que fez parte da sua vida e talvez tenha mudado algumas
concepções sobre a realidade que se vive, é um dever naturalmente complexo.
Como exemplo, o clássico de Johan Goethe, O sofrimento do jovem Werther (1774)
adentrando o início do romantismo na Europa, Goethe consegue expor o exagero, idealização
da mulher, o sofrimento por um amor inalcançável de um jovem apaixonado por uma mulher
casada, o que implica na segunda geração do Romantismo. Dito este que o personagem do
jovem é na verdade a personificação de algum sentimento de cada um de nós. Por isso, na
época em que o livro fora lançado, há rumores que muitos jovens identificaram-se tanto com
o jovem Werther que alguns ou a maioria preferiu ter o mesmo fim do personagem, o suicídio.
Afinal, quem nunca sofreu por um amor platônico? Quem nunca sentiu-se tão angustiado com
a sociedade nos dias atuais? Werther sentia-se puramente angustiado com os facetes que
aconteciam na sociedade em sua época. O clássico é sem dúvidas um dos melhores livros
onde encontramos a sinceridade, a pureza e a extensão do sofrimento que a imaginação pode
trazer nas idealizações que beiram da loucura.
A comparação que segue é de trama trágica clássica de Romeu e Julieta de William
Shakespeare, onde os jovens tem o fim extremamente trágico como o de Werther. Não
deixando apenas essa comparação, há também a similaridade entre o comportamento do
jovem Werther e o comportamento de Hamlet, também de William Shakespeare, onde Hamlet
tomado por um luto absurdo, era também um jovem só, melancólico e de olhar vago, antes de
adentrar a loucura imposta pelo fantasma do pai.
Apesar de as obras serem, pode-se dizer de gêneros diferentes, no qual dois são trágicos e um
é romântico, é perceptível a similaridade das obras em questão, tanto na fase romântica do
amor exagerado, quanto ao trágico: a morte está presente em todas as três obras.
O clássico então traz isso, a atemporalidade das obras, traz a tona uma boa análise linguística
e etc, terá presente que ás vezes na época clássica pode trazer muito mais do que há hoje em
dia.

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