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Mecânica Teórica I
Geografia
12
História
Educação
Física
Ciências Artes
Química Biológicas Plásticas Computação Física Matemática Pedagogia
Física
Mecânica Teórica I
2a Edição
Fortaleza Geografia
12
História
2014
Educação
Física
Ciências Artes
Química Biológicas Plásticas Computação Física Matemática Pedagogia
Pedagogia
PARTE 1
O Movimento Unidimensional
e sua Representação Física
3. Impulso
Se um objeto sofre a ação de uma força F durante um intervalo de tempo dt, a
sua quantidade de movimento mudará. Podemos escrever então que:
dp = Fdt. (1.6) (1.6)
Portanto: pf tf
∫ dp = ∫Fdt ,
pi ti
(1.7) (1.7)
4. Energia Cinética
Ao multiplicarmos dp, na equação (1.6), por v, obtemos:
vdp = Fvdt. (1.9) (1.
xf
1 2 1 2 (1.11)
2 2 ∫x
∴ mv f − mvi = Fdx . (1.11)
i
Atividades de avaliação
1. Num dado instante, a força que atua sobre uma partícula é F. Algum tempo
depois, a força duplica. Qual é a relação entre as taxas de variação de mo-
mentum da partícula nos dois instantes?
2. O impulso I de uma força F que atua sobre uma partícula durante o
instante de tempo t0 até o instante de tempo t é definido por:
t
I = ∫Fdt .
to
Mostre que o impulso é igual à variação de momentum: ∆p = I . Prove que
quando a força é constante, I= F ∆t , onde ∆t = t − to .
3. Em que condições uma força muito intensa, que atua durante um período de
tempo muito curto, produz a mesma variação de momentum que uma força
de pouca intensidade que atua durante um longo período de tempo? Faça
um diagrama das forças como funções do tempo para explicar a resposta.
4. Enuncie as condições em que o tarbalho realizado por uma força é (a) zero,
(b) positivo e (c) negativo.
Lembrando que:
dx d 2 x dv
= v=e ,
dt dt 2 dt
#
t
d2 x #
v
#
t
m = mdv = F (t) dt,
to dt 2 vo to
t o
` dx = v o dt + m a F (t) dt k dt
1 #t (2.5)
t o
m a t F (t) dt k dt
#
t
1 #t
#
t
x - xo = vdt +
t
o t o o
` x - x o = v o (t - t o) + # m a # F (t) dt k dt.
t
1 t
(2.6)
t t o o
dv
m = dt ,
F (v )
que integrando, obtemos:
v t
dv
∫v m F (v) = ∫dt =
to
t − to , (2.9) (2.9)
o
Exemplo 2.1
Um pára-quedista salta de um avião. Suponha que durante a queda an-
tes de abrir o pára-quedas, ele enfrente a resistência do ar. A resistência do ar
é contrária ao movimento e, neste caso, funciona impedindo que a velocidade
de queda aumente tão rapidamente quanto ela aumentaria se a queda fosse
realmente livre. Pode-se dizer que a força de resistência do ar é proporcional a
velocidade de queda (Fresist. ∝ ν), ou seja, Fresist. = αν , com α sendo o coeficien-
te de proporcionalidade. A questão é determinar a velocidade e a distância
percorrida durante queda antes da abertura do pára-quedas.
Resolução:
Seguindo o enunciado, podemos escrever que a força resultante é dada
pela soma da força de atração gravitacional e a força de resistência do ar. A
atração gravitacional é para baixo, enquanto a resistência do ar é para cima.
Um desenho esquemático é mostrado na figura 2.1.
d 2x
m = F (2.10) (2.10)
dt 2
d2 x
`m = mg - av
dt 2
dv
` m dt = mg - av,
#
v
dv #
t
` m mg - av = dt
vo to
In a
mg - av k a
mg =- m t
` a mg k = e m t
mg - av a
& v = a ^1 - e m th (2.12)
mg a
Atividades de avaliação
1. Um carro está se movendo a 105 km/h (29,2 m/s), quando o motorista come-
ça a frear com uma força crescente, de modo que a desaceleração aumenta
com o tempo de acordo com a relação a(t) = ct, onde c = –2,67 m/s2.
a) Quanto tempo o carro leva para parar?
b) Qual a distância percorrida nesse processo?
2. Considere um objeto de massa que cai no ar, a partir do repouso, num
local de gravidade g e sob a ação de uma força de arrasto D que aumenta
linearmente com a velocidade D = bv, e tem sempre o sentido oposto a ela.
A constante depende das características do objeto (sua forma e tamanho,
por exemplo) e das propriedades do fluido (especialmente sua densidade).
Ache a velocidade em função do tempo, v(t), do objeto.
3. A figura mostra uma partícula de massa m percorrendo a trajetória indicada
do ponto A até o ponto B. Neste trajeto atua sobre a partícula uma força
elástica dada por F = − k PO , com k > 0. Calcule o trabalho realizado pela
força elástica.
s (v o " v 1) = 2k In .
g - kv 21
9. Uma partícula de massa acha-se sob a ação de uma força cuja energia
potencial é V = ax2 - bx3.
a) Determine a força.
b) A partícula parte da origem x = 0 com velocidade v0. Mostre que se
|vo| < vc, onde vc é uma certa velocidade critica, a partícula permanecerá
confinada a região próxima da origem. Determine vc.
10. Considere um pêndulo de comprimento l e uma bola de massa m presa ao
seu fim, conforme mostra a figura ao lado. A massa se move dentro de um
óleo com o valor de θ inicialmente decrescente. A bola realiza pequenas
oscilações, mas o óleo resiste às oscilações com uma força proporcional
à velocidade dada por Fres = 2m g/l (li) . A bola é posta inicialmente na
posição θ = α. Encontre o deslocamento angular θ e velocidade angular
como função do tempo.
2 mv - 2 mv 0 = xo
F (x) dx (2.17)
observamos que a variação da energia cinética do corpo, quando ele se move
do ponto x0 até o ponto x é igual ao trabalho feito sobre o corpo pela força du-
rante este processo. No entanto, comparando com a equação (3.1) que define
a energia potencial, podemos ver que:
1 2 1 2
2 mv - 2 mv 0 = U (0) - U (x) = - U (x) (3.2)
xo
que ao substituirmos nela a energia potencial dada por (3.11), vamos obter:
x
dx (3.12)
∫
0 2 1
= t − to . (3.12)
ET − kx 2
m 2
e:
cosqθdqθ
dx =
k
2Er
m cos i
o o
(3.14)
& i = io + ~t.
Portanto, pondo (3.14) em (3.13), a massa terá um movimento descrito por:
2E
x= k sen (~t =+ i 0) . (3.15)
Figura 3.1, na qual vemos uma função complexa que, talvez só possa ser re-
presentada por um polinômio de sexta ordem, ou ordem superior. Este potencial
mostra uma região com um mínimo da função localizado em x0 e um mínimo
local, em x5. Se considerarmos que a energia total seja ET só poderemos consi-
derar posições x para as quais ET – U(x) seja maior ou igual a zero.
A título de exemplo, avaliemos o caso em que a energia total seja igual a
E1. Então a partícula estará confinada a região entre as posições x1 e x2. Para
qualquer posição entre estes dois valores de x, a velocidade da partícula varia-
rá, de forma que (1/2)mv2 + U(x) = E1. Isso implica que quando x se aproxima de
x1 ou de x2, a velocidade da partícula diminui gradativamente até zero. Assim
se a partícula estiver inicialmente em x2, tenderá a se mover na direção de x1.
Enquanto se dirige a x1, a sua velocidade aumenta gradativamente, atingindo
um máximo quando passa por x0, a posição de potencial mais baixo da região.
À medida que caminha para x1, depois de passar por x0, a sua velocidade
diminui, até parar completamente na posição x1. A tendência será de que a
partícula tenda a voltar para a posição x2, repetindo o tipo de movimento que
teve quando ía para x1, mas com a velocidade dirigida na direção oposta.
c dU (x) m 1 c d U (x) m
2
U (x) = U (x o) + dx | x (x - x o) + 2 | xo (x - xo) 2
o
dx 2
1 c d U (x) m
3
+6 | xo (x - xo) 3 + ...
dx 3 (3.17)
A constante U(x0) pode ser desprezada ou definida como representando
o nível de referência em que U(x0)=0, sem modificar o resultado físico da solu-
ção. Como x0 é um ponto de mínimo,
dU (x) (3.18)
dx | x = 0.
o
c
d 2 U ( x o) m
= k e (x - x o) = x'.
dx 2
Com isto, o nosso resultado será:
1 (3.20)
U (x') , 2 kx '2 .
#
x
dx
m
2 [Er - U (x)]
x0
`- # #
V (x) x
dU (x) = (- kx + kx 3 /a 2) dx
V (x o) xo
1 1 x4 1 1 x4
` U (x) = U (x o) + 2 kx 2 - 4 k 2 - 2 kx 2o + 4 k 02 . (3.21)
a a
k 3 x2
kx − 2 x = 0 ⇒ kx 1 − 2 = 0 ⇒ x = 0 ou x = ± a .
a a
Para analisarmos se os pontos são de máximo ou de mínimo, vamos
derivar uma segunda vez. Assim obtemos:
d 2U ( x) 3kx 2
= k− 2 .
dx 2 a
Para x = 0, obtemos:
d 2 U ( x = 0) 0
= k - 3k 2 = k > 0, (ponto de mínimo)
dx 2 a
O valor da função em x = 0 é U(x = 0) = 0.
Para x = a, obtemos:
d 2 U (x = a ) a2
2 = k - 3k 2 =- 2k < 0, (ponto de máximo)
dx a
O valor da função em x = a vale:
1 1 a4 3
U (x = a) = 2 ka 2 - 4 k 2 = 4 ka 2 .
a
Para x = –a, obtemos:
d 2 U (x =- a) ( - a) 2
2 = k - 3k =- 2k < 0, (ponto de máximo)
dx ( - a) 2
O valor da função em x = –a vale:
4
1 1 ( - a) 3 2
U (x =- a) = 2 k (- a) 2 - 4 k 2 =
4 ka .
(- a)
Nos pontos de inflexão, a derivada segunda da função é igual a zero. Assim:
d 2U ( x) 3kx 2
k
= − 0 ⇒ x=
= ± a 3 / 3.
dx 2 a2
Os valores da função nos pontos de inflexão são:
3 5 2 3 5 2 Com base na aná-
U x =
+a = ka e U x = −a = ka .
3 36 3 36
4
1 1
Figura 3.2 – Esboço do gráfico da função potencial 𝑈𝑈 (𝑥𝑥) = 𝑘𝑘 x 2 − 𝑘𝑘 x2 para k =
2 4 𝑎𝑎
1 e a = 3.
Assim,
1
x −
m 1 2 1 2 1 k 4 2
2 ∫0 4
ka − kx + x dx =
t
2 4 a 2
1
−
m a k x2
2 2
x
2 ∫0 2
∴ k− dx =
t
2a
−1
m k x2
x
2 ∫0 2
∴ a − dx =
t
a
x −1
m 2 a2 − x2
2 k ∫0 a
∴ dx =
t
x
m 2a dx
∴
2 k ∫a
0
2
− x2
t.
= (3.23)
1 x
x arctgh , x < a
dx a a
∫0 a 2 − x 2 = 1
arcotgh x , x > a
a a
2m x
∴ t
arctgh −arctgh0 =
k a
2m x
∴ arctgh =t.
k a
Portanto,
x ( t) k k (3.25)
arctgh a = 2m t & x (t) = atgh 2m
2 1
Assim, podemos ver que se ET = ka , a integral
4
#
x
dx
26
m Er - U (x)@
xo
pode ser resolvida por métodos elementares e fornece o resultado de x(t) con-
dizente com a discussão do problema.
Vamos considerar a situação em que a força F não possa ser conside-
rada como a derivada apenas da função potencial, mas que tenha a contribui-
ção adicional de F', isto é:
dU (3.26)
F=− + F '. (3.26)
dx
Podemos escrever (3.26) como:
dU
F+ F' ,
= (3.27)
(3.27)
dx
Ou seja,
d (3.29)
dt (E c + U) = F'v.
Atividades de avaliação
1. A função energia potencial para a força entre dois átomos em uma molécu-
la diatômica pode exprimir-se aproximadamente pela função
a b
U ( x) = - ,
x 12 x 6
Em que a e b são constantes positivas e x a distância entre os átomos.
Determinar (a) a distância de equilíbrio entre átomos, (b) a força entre eles
e (c) a energia mínima necessária para romper a molécula (isto é, para
separar os átomos até a distância x = ∞).
2. A assim chamada energia potencial de Yukawa
r
U (r) =- ro U o e -r/ro
dá uma descrição bastante precisa da interação entre núcleons (isto é,
nêutrons e prótons, os constituintes dos núcleos). A constante r0 vale apro-
ximadamente 1,5×10-15m e a constante U0 é cerca de 50 MeV. (a) Determi-
nar a expressão correspondente para a força de atração. (b) Para mostrar
o curto alcance dessa força, calcular a razão de seus valores em r = 2r0, 4r0
e 10r0, e o que assume em r = r0.
Assim, vamos supor que x = ept continue sendo uma solução da equa-
ção diferencial dada por (4.3).
Como já calculado anteriormente:
dx − pt d 2x
− pe
= e 2
p 2 e − pt .
=
dt dt
Portanto, temos duas soluções, (4.11) e (4.12), que devem ser linear-
mente independentes. Assim a solução geral é uma combinação linear destas
duas soluções. Isto é:
x (t) = C 1 e kt cos ~t + C 2 e kt sen ~t. (4.13)
3) Raízes repetidas (ou iguais):
O que acontece então, quando temos uma solução do tipo x = ept para
a equação
d 2x dx (4.3)
a 2
+ b + cx =
0 (4.3)
dt dt
e os dois valores de encontrados na equação característica
ap 2 + bp + c =0 (4.6) (4.6)
são iguais, isto é, o discriminante (b2 – 4ac) é zero? Ficamos obviamente com
duas soluções iguais, que, obviamente são a mesma solução. Em outras pa-
lavras, só temos em mãos uma única solução e precisamos encontrar a outra,
pois temos uma equação diferencial de segunda ordem que deve ter duas
soluções.
Vamos chamar a solução existente de x1(t). Lembremos da álgebra li-
near que se temos uma solução x1(t), então a multiplicação desta solução
por uma constante também é uma solução, mas linearmente dependente da
solução inicial. Isso nos dá a possibilidade de pensar que se multiplicarmos
a solução x1(t) por uma função que dependa de t, o resultado pode ser uma
função linearmente independente de x1(t). Investiguemos, pois este fato.
Chamemos x2(t) = g(t). Da equação característica (4.6) devemos ter os
valores de p iguais a – b/2a. Assim:
-b
x 2 (t) = g (t) e 2a t . (4.14)
Para que x2(t), dada por (4.14), seja uma solução, ela deve obedecer à
equação diferencial. Logo, precisaremos da derivada primeira e segunda de
x2(t) em relação a t. Estas derivadas são:
dx 2 (t) dg (t) -2ab t b -b
2a t
(4.15)
dt = dt e - 2a g (t) e
e
d 2 x2 (t ) d 2 g (t ) −2 ab t b dg (t ) −2 ab t b dg (t ) −2 ab t b 2 dg (t ) −2 ab t
= 2 e − e − e + 2 e
dt 2 dt 2a dt 2a dt 4a dt
d 2 x2 (t ) d 2 g (t ) −2 ab t b dg (t ) −2 ab t b 2 −b
t
∴ 2
= 2
e − e + 2
g (t ) e 2a
. (4.16)
dt dt a dt 4a
ac 2a t m + b c 2a t m
d 2 g (t) -2ab t b dg (t) -2ab t b2 -b dg (t) -2ab t b -b
2 e - a dt e + 2 g (t) e
dt e - 2a g ( t) e
dt 4a
+ c _ g (t) e 2a t i = 0.
-b
(4.17)
−b
t
Como em (4.17) o termo e 2 a aparece em todas as parcelas, podemos
colocá-lo em evidencia. E assim, obtemos:
+ - b dt + b dt m + a 4a - 2a + c k g (t) = 0
d 2 g (t) c dg (t) dg (t) b2 b2
a 2
dt
a k
d 2 g (t) b2
`a + - 4a + c g (t) = 0
dt 2
d 2 g ( t) 1
`a - 4a (b 2 - 4ac) g (t) = 0.
dt 2 (4.18)
Como em (4.18) aparece o discriminante (b2 – 4ac) e ele é igual zero, fato pelo
qual temos duas raízes iguais, reescrevemos (4.1) como:
d 2 g (t )
a = 0. (4.19) (4.19)
dt 2
g (t ) = # dg (t) = # K dt 1
g(t)=K1t+constante 2 (K2)
ou
g(t) = K1t+K2. (4.21)
A constante K2 que aparece em (4.21) pode agora ser ignorada, pois ela
não muda a forma da função g(t).
Chegamos então à conclusão de que a segunda solução, dada por
(4.14) para a equação diferencial (4.3) é:
b b
x 2 (t) = g (t) e - 2a t = K 1 te - 2a t . (4.22)
Portanto, a solução geral para a equação diferencial (4.3) será, confor-
me (4.5) e (4.21), da forma:
b b
x (t) = C 1 x 1 (t) + C 2 x 3 (t) = C 1 e - 2a t + C 2 te - 2a t, (4.23)
onde a constante K1 que aparece em (4.22) foi incorporada à constante C2 de
(4.23).
4.2. Oscilações
Vamos agora aplicar os conhecimentos na resolução de problemas físicos
representados por equações diferenciais de segunda ordem. Daremos aten-
ção particular à resolução de problemas de oscilações mecânicas, embora o
d2 x dx
m + b dt + kx =+ F (t) . (4.30)
dt 2
Esta maneira de escrever (4.30) é a forma geral da equação do movimento
que queremos determinar. Iniciaremos nosso estudo considerando F(t) = 0.
Assim, teremos:
d 2x dx (4.31)
m 2 + b + kx =
0. (4.31)
dt dt
Após adquirirmos um conhecimento mais aprofundado da resolução da
equação do movimento na forma de (4.32), retornaremos à forma de (4.30).
Quando estivermos de frente a um problema em geral nos será dado
uma situação que corresponderá a uma condição física, na qual deverão ser
dadas duas condições iniciais: um valor de posição e um valor de velocidade
para um determinado tempo.
ou ainda
d 2x
2
+ wo2 x =
0, (4.32c) (4.32c)
dt
−b + b 2 − 4ac −b − b 2 − 4ac
=p1 = e p2
2a 2a
−b + b 2 − 4mk −b − b 2 − 4mk
p1 = e p2 ,
2m 2m
Os termos destas raízes são tão freqüentes no nosso estudo, que mere-
cem recebem uma denominação especial. k/m já foi chamado de ωo. Agora va-
mos chamar b/2m de γ. Assim, com essa notação as raízes são escritas como:
p 1 =- c + c 2 - ~ o (4.39)
e
p 2 =- c - c 2 - ~ o . (4.40)
O termo c 2 - ~ 0 de (4.39) e (4.40) também aparecerá muitas vezes.
Como o mesmo é dado a partir da diminuição da freqüência natural de oscila-
ção do sistema, vamos chamá-lo de ω1, ou seja:
~1 = c2 - ~o . (4.41)
Finalmente podemos escrever as raízes como:
p 1 =- c + ~ 1 . (4.42)
e
p 2 =- c - ~ 1 . (4.42)
Feito isto, vamos agora avaliar os três tipos de raízes definidas acima.
Primeiro, para que as raízes sejam distintas e reais, devemos ter: c ! ~ 0
2 2
Já a figura 4.3 mostra a função x(t) = C1e–γt cos(ω1t) para a qual definimos
γ = 0,15. O gráfico continua sendo uma oscilação, mas a amplitude agora
diminui gradativamente no decorrer do tempo. O que aconteceria se aumen-
tássemos o valor de γ ? Lembremos que γ = b/2m e que, portanto, aumentar o
valor de γ implica em aumentar o valor de b, que é o coeficiente de resistência!
A resposta está no gráfico da figura 4.4, para o qual definimos γ = 0,3.
Figura 4.9 – Gráfico da função x(t) = C1 te-γt + C2 e-γt para γ > ω1.
Vamos dar nomes aos amortecimentos que vimos nas figuras anterio-
res. O primeiro tipo, aquele em que o amortecimento é pequeno, de forma que
existe ainda oscilação mesmo com a presença do fator de amortecimento,
será denominado subamortecido. Conforme o fator de amortecimento vai au-
mentando, vimos que a amplitude das oscilações diminui até o ponto em que
não existem mais oscilações. Como vimos esta situação corresponde a um
amortecimento crítico em que γ = ω0 e denominamos este caso de amorteci-
mento crítico. Se o amortecimento continuar a aumentar, representará a situ-
ação de que o amortecimento é tão grande que a massa tem dificuldades de
voltar à posição de equilíbrio e o sistema estará superamortecido, ganhando,
portanto, este nome: superamortecimento.
d2 x dx
p (t) + q (t) dt + r (t) x = s (t),
dt 2 (4.46)
onde agora consideraremos o caso em que a função s(t) não seja zero.
Na equação (4.46) também não consideramos os coeficientes constan-
tes, embora nos problemas que iremos resolver os coeficientes são constan-
tes. Para facilitar nosso estudo, vamos, no entanto, fazer uma simplificação.
Vamos definir o primeiro coeficiente, p(t), como sendo igual a 1, e reescrever
(4.46) como: d2 x dx
+ q (t) dt + r (t) x = s (t),
dt 2 (4.47)
e definir: d2 x dx
+ q (t) dt + r (t) x = 0,
dt 2 (4.48)
como a equação diferencial homogênea associada.
A equação diferencial não-homogênea pode ser pensada como a soma
de uma equação homogênea a uma não-homogênea.
Como vimos anteriormente, a equação diferencial homogênea apre-
senta duas soluções gerais. Chamemos estas duas soluções gerais de x1(t) e
x2(t). A solução da equação não-homogênea, porém, é uma só. Ela deve satis-
fazer a condição de que, quando aplicada a equação diferencial homogênea,
dê como resultado a função s(t). Ou seja, a solução que estamos procurando,
que vamos chamar de Yp(t) (solução particular), deve ser tal que:
d 2 Yp dYp
2 + q (t) dt + r (t) Yp = s (t) . (4.49)
dt
O teorema de resolução das equações diferenciais nos diz que, se x1(t)
e x2(t) são soluções da equação diferencial homogênea e Yp(t) é solução da
equação diferencial não-homogênea, então, a solução geral da equação dife-
rencial, que chamaremos de x(t), é dada pela somas das soluções homogê-
neas e não-homogêneas, isto é:
x (t) = x 1 (t) + x 2 (t) + Yp (t) . (4.50)
A solução geral da equação diferencial deve satisfazer tanto a equação
homogênea quanto a não-homogênea. Por natureza, a solução da equação
diferencial homogênea dá um valor zero. Se encontrarmos uma solução par-
ticular para a equação não-homogênea, poderemos adicioná-la à solução ho-
mogênea e ainda teremos uma solução, porque o resultado final continuará a
ser nulo. Isso não quer dizer que a solução homogênea não adiciona sentido à
solução. A parte homogênea da solução para uma situação física ajuda no en-
tendimento do sistema físico. Uma solução pode ser formada pela soma das
soluções homogêneas e não-homogêneas e terá um número indeterminado
de constantes. Esta solução será chamada de solução geral da equação di-
ferencial. Para aplicar a solução ao problema físico, as constantes devem
ser determinada forçando a solução a obedecer às condições físicas iniciais.
Uma vez que uma solução geral é formada e então forçada a obedecer às
condições iniciais, podemos ficar seguros de que ela é única, como garantido
pelo teorema da unicidade.
Os casos mais importantes de forças aplicadas os osciladores harmô-
nicos são aquelas de forças periódicas. Vamos analisar o caso em que es-
tas forças sejam dadas por termos harmônicos tais como senos e cossenos.
Posteriormente iremos mostrar que forças periódicas podem sempre ser re-
presentadas como a soma de funções senos e cossenos, de modo que o
teorema da superposição nos assegurará a solução geral.
Vamos supor que temos um oscilador harmônico forçado por uma os-
cilação senoidal de freqüência angular ω. A equação de movimento para este
oscilador é: d2 x dx
m + b dt + kx = Fsen~t.
dt 2 (4.51)
A solução para a posição x(t) da massa do oscilador é encontrada su-
pondo que a oscilação seja uma resposta à força aplicada. Em outras pala-
vras, devemos supor que se a força aplicada for uma oscilação, o movimento
da massa deverá ser também um movimento oscilatório. Isso quer dizer que
a solução deverá ser do tipo:
x (t) = x o sen~t. (4.52)
Neste caso, a dificuldade resultará em se encontrar o valor de x0. Os
cálculos podem ser muito facilitados se supusermos que a expressão para x(t)
possa ser escrita como a parte imaginária de uma função exponencial dada
por eiωt. Vejamos um exemplo.
Exemplo 4.1
Seja um oscilador harmônico sem amortecimento (b = 0), que inicial-
mente em repouso, é submetido a uma força F0 sen(ωt) a partir de t = 0. Vamos
determinar o deslocamento x(t).
Resolução:
Seja m a massa do oscilador. Assim, temos, para a força resultante:
d2 x (4.53)
FR = Fo sen (~t) - kx = m ,
dt 2
d2 x
`m + kx = Fo sen (~t) . (4.54)
dt 2
Chamando ~ 20 = k/m , a equação (4.54) se torna:
d2 x Fo sen (~t)
+ ~ 2o x = m .
dt 2 (4.55)
e
d2 x d2 x F sen~t
Im 2
2 + ~ o = Im + ~ 2o Im [x] = o m . (4.59)
dt dt 2
O interesse é encontrar a parte imaginária, ou seja, (4.59). Se x for uma
solução particular, essa solução particular deve ser uma resposta a força os-
cilante aplicada. O resultado deve ser uma oscilação da massa seguindo uma
forma pelo menos parecida com a forma da força aplicada.
Suponhamos uma solução da forma:
x = x o e i~t, (4.60)
dx
` dt = i~x o e iwt,
d2 x
` =- ~ 2 x o e i~t . (4.61)
dt 2
Substituindo (4.60) (4.61) em (4.57), obtemos:
Fo e i~t (4.62)
- ~ 2 x o e i~t + ~ o2 x o e i~t = m ,
F Fo
x o (~ 2o - ~ 2) = mo ` x o = .
m (~ 2o - ~ 2)
ou
^~ 20 - ~ 2 h Fo sen ~t Fo sen (~t)
^ 2
m ~0 - ~ h
2 = m
havendo portanto uma identidade. Assim, xp(t) dada por (4.64) é uma solução
particular da equação diferencial (4.55).
Para determinar a solução geral precisamos determinar a solução da
equação homogênea xk(t), ou seja, determinar a solução de:
d2 xk (4.67)
+ ~ 20 x k = 0.
dt 2
Fo sen~t ~Fo
x (t) = - sen ~ o t
m (~ o2 - ~ 2) m (w 2o - ~ 2)
` x (t ) = ; E (sen~t - sen~ o t) .
Fo
m (w 2o - ~ 2) (4.71)
Exemplo 4.2
Seja um oscilador harmônico amortecido, que inicialmente em repouso
é submetido a uma força Fo cos(ωt) a partir de t = 0. Vamos determinar o des-
locamento x(t).
Resolução:
Seja m a massa do oscilador. Assim, temos, para a força resultante:
dx d2 x (4.72)
FR = Fo cos (~t) - kx - b dt = m 2 ,
dt
2
dx dx (4.73)
` m 2 + kx + b dt = Fo cos (~t) .
dt
Re : 0 xD = Re : + 2c Re : dt D + ~ 20 Re [x] = 0 m . (4.77)
d2 x dx 2 d2 x D dx F cos ~t
2 + 2c + ~ (4.77)
dt dt dt 2
Se x for uma solução particular, suponhamos uma solução da forma:
x = xo eiwt , (4.78)
(4.78)
dx
` dt = i~x o e i~t,
d2 x
` 2 =- w 2 x o e i~t . (4.79)
dt
logo:
m (~ 2o - ~ 2 + i2c~) = m ^~ 2o - ~ 2h + 4c 2 ~ 2 exp ;i.arctg c mE .
2 2c~
~ 2o - ~ 2
Assim, (4.81) se torna:
Fo e iwt
x= .
m ^~ 2o - ~ 2h + 4c 2 ~ 2 exp ;i.arctg c mE
2 2c~
~ 2o - ~ 2 (4.82a)
e i 2 = cos ` 2 j + isen ` 2 j = i,
r r r
H ( t o) = ' a,
0, t < to (4.92)
t > to ,
onde a é uma constante com a dimensão de aceleração e o argumento indica
que o tempo de aplicação da força é t = t0.
A função impulso, I, é uma função degrau positiva aplicada a t = t0, se-
guida por uma função degrau negativa aplicada algum tempo mais tarde t1.
Assim:
I (t o, t 1) = H (t o) - H (t 1),
ou 0, t < to
I (t o, t 1) = * t o < t < t 1 , (4.93)
0, t > t 1
Embora possamos escrever as funções de Heaveside e funções impul-
so como H(t0) e I (t0, t1) por simplicidade, estas funções dependem do tempo e
são mais apropriadamente escritas como H (t,t0) e I (t,t0, t1).
Então:
a (4.95)
x p (t) =
~ 2o
e
x c (t) = e - b(t - t ) [A 1 cos ~ 1 (t - t o) + A 2 sen~ 1 (t - t o)] .
o
(4.96)
Assim, por (4.90),
x (t) = x p (t) + x c (t) (4.90)
a solução geral, para t > to, deve ser:
a (4.97)
x ( t) = + e - b(t - t ) [A 1 cos ~ 1 (t - t o) + A 2 sen~ 1 (t - t o)]
o
~ 2o
a 6
- 1 - e - b(t - to - x) cos ~ 1 (t - t o - x)
~ 2o
sen~ 1 (t - t o - x )@,
be - b(t - to - x)
- (4.101)
~1
ae - b(t - t - x) 6 - bx
` x ( t) = e cos ~ 1 (t - t o - x) - cos ~ 1 (t - t o)
~ 20
sen~ 1 (t - t o - x) - ~ 1 sen~ 1 (t - t o)@,
x
be - b b
- ~1
(4.103)
Atividades de avaliação
1. Observe as proposições abaixo:
a) Utilizando o princípio da superposição, determine o movimento de um os-
cilador subamortecido (γ = (1⁄3)ωo) inicialmente em repouso e submetido,
após t = 0, a ação da força F = A sen(ωot) + B sen(3ωot), onde ωo é a freqüên-
cia natural do oscilador.
b) Qual deve ser a razão entre A e B para que as oscilações forçadas com frequ-
ência 3ωo tenham a mesma amplitude que as oscilações cuja frequência é ωo?
2. Imagine se a Terra não girasse, fosse esférica, sólida e de densidade unifor-
me, ρ, e que cavássemos um buraco no chão através do centro da Terra,
até o outro lado do mundo. Assim, se abandonássemos uma pedra na boca
do buraco ela emergiria no Japão depois de um tempo igual a π⁄ωo, onde
ωo é uma constante. Suponha que ao invés de simplesmente abandonar
a pedra, a joguemos com uma velocidade para dentro do buraco. Quanto
deve valer v0 para que a pedra apareça agora no Japão num tempo π⁄2ωo?
Sua resposta deve ser em termos de ωo e R, o raio da Terra.
3. Um oscilador harmônico subamortecido é submetido à ação de uma força
aplicada F = Fo e-at cos(ωt + θ). Determine uma solução particular expres-
sando F como parte real de uma função exponencial complexa e procu-
rando uma solução para x que tenha a mesma dependência exponencial
do tempo.
Figura 5.1 – Esquema dos vetores A ( t ) e A ( t + ∆t ) e da variação deles.
O vetor ∆A representa a variação do vetor A (t) entre os instantes de
tempo t e t + ∆t. A derivada de A (t) em relação a t é dada por:
dA (t) lim A (t + Tt) - A (t) (5.1)
dt = Tt " 0 Tt .
Se um corpo se mover no espaço, podemos descrever a sua trajetória
através das coordenadas de um ponto P em função do tempo. Vamos definir
a posição do corpo de interesse através de um vetor posição r dado em co-
ordenadas cartesianas por:
r = ix + jy + kz , (5.2) (5.2)
onde i , j e k são os vetores unitários ao longo das direções x, y e z.
Vamos calcular a derivada do vetor posição em relação ao tempo, a
qual representa a velocidade instantânea:
dr dx dy dz (5.3)
v = =i +j +k =ivx + jv y + kvz . (5.3)
dt dt dt dt
A derivada segunda do vetor posição representa a aceleração instantâ-
nea e é dada por:
d 2 r d 2 x d 2 y d 2 z dv dv y dvz (5.4)
a = 2 =i 2 + j 2 + k 2 =i x + j +k . (5.4)
dt dt dt dt dt dt dt
Em muitos dos problemas a serem resolvidos neste livro, no entanto,
poderemos nos restringir ao movimento bidimensional. Consideremos inicial-
mente o movimento ao longo de um plano definido pelas coordenadas x e y. A
posição, a velocidade e a aceleração deste corpo serão dadas por:
r= ix + jy , (5.5)(5.5)
dr dx dy
v= = i + j += ivx + jv y e (5.6)
(5.6)
dt dt dt
d 2 r d 2 x d 2 y dv dv
a = 2 =i 2 + j 2 =i x + j y . (5.7)
(5.7)
dt dt dt dt dt
Figura 5.2 – Esquema de um vetor posição r do pondo P.
Figura 5.3 – Esquema do vetor posição r com os vetores unitários eˆr e eθ quando θ muda.
Retomando (5.11) e substituindo (5.12) nela, que por sua vez substituin-
do (5.17), obtemos:
dr d (r ê r ) dr dê (5.11)
v = dt = dt = ê r dt + r dtr .
dr dê di dr di
v = ê r dt + r r dt = ê r dt + rê i dt
di
` v = a dt k ê r + r a dt k ê i .
dr di
(5.19)
a = dt = dt :a dt k ê r + r a dt k ê iD
dv d dr di
d2 r dr dê r dr a di k d2 i di dê
`a = 2 êr + + ê i + r ê + r dt dti . (5.20)
dt dt dt dt dt dt 2 i
d2 r dr di dr a di k d2 i d i di
a= ê r + dt dt ê i + dt dt ê i + r ê - r dt dt ê r . (5.22)
dt 2 dt 2 i
` dt = v # ^mv h + r # F .
dL Figura 5.4 – Os
(5.26) vetores L , r e p.
O primeiro termo do segundo membro de (5.26) é zero, pois surge o produto
v x v que é zero. O segundo termo do segundo membro, cuja forma escrita
surge da definição da segunda lei de Newton, recebe o nome torque da força
em torno do ponto em relação ao qual a posição é medida.
Assim, podemos escrever (5.26), como:
dL
dt = x
(5.28)
a =a ê r + a 2 dt dt + r 2 k ê i .
d2 r d2 i k dr di d2 i
2 - r 2 (5.23)
dt dt dt
É possível ver que o termo dL/dt é exatamente igual a aθ multiplicado por
mr. Ou seja, é igual a dL
dt = rma i = rFi . (5.31)
Se pudermos integrar entre instantes de tempo distintos, obteremos a
seguinte relação
#
t2
L2 - L1 = r # F dt.
t1 (5.32)
A relação (5.32) é a análoga à segunda lei de Newton para o momentum
linear, exceto que agora ela nos diz o quanto o momentum angular muda.
Figura 6.1 – Um projétil lançado do ponto (xo, 0, zo) com uma velocidade inicial vo num
local onde a aceleração da gravidade é g .
d 2z dz
m = 2
mg − b . (6.15) (6.15)
dt dt
como:
dvx
m = −bvx
dt
v t
dvx b x
dv b
∴ − dt ⇒ ∫ x =
= − ∫dt
=
vx m vox
vx m0
vx b
⇒ ln − t
=
vox m
& dx = v ox e -(b/m)t dt
# #
x t
` dx = v ox e -(b/m)t dt
0 0
mv ox 6 - (b/m) t
@. (6.17)
`x= b 1-e
Um procedimento similar pode ser utilizado para encontrar uma solução
para z. O estudante seguramente verificará que o resultado será:
v z = a v ox + b k e -(b/m)t - b ,
mg mg (6.18)
e
z = c b oz + 2 m 61 - e -(b/m)t@ - b t.
mv m2 g mg
b (6.19)
mv ox 6 - (b/m) t
@
x= b 1-e
& 61 - e -(b/m)t@ = mv ox x
b
bx
` e -a m tk = 1 - mv ox
b
` t =- b ln a mv ox ox k
m bx - mv
(6.20)
(6.20)
Substituindo o valor de t dado por (6.20) em t dado por (6.19), ficamos com:
voz mg m 2 g mvox
z=
+ x − ln . (6.21)
vox bvox b2 mvox − bx (6.21)
obtemos
m 2 g bx
2 3
m2 g bx 1 bx 1 bx
− 2 ln 1 − ≅ − − − − + − − ,
b mvox b 2 mvox 2 mvox 3 mvox
que substituindo em (6.21), obtemos:
voz mg m 2 g bx 1 bx 1 bx
2 3
z
= + x − − 2 − − − + − +
vox bvox b mvox 2 mvox 3 mvox
m 2 g bx 1 bx 1 bx
2 3
voz mg
z
∴= + x − + + +
vox bvox b 2 mvox 2 mvox 3 mvox
2 3
voz mg mg 1 m 2 g bx 1 m 2 g bx
z
∴= x+ x− x− − −
vox bvox bvox 2 b 2 mvox 3 b 2 mvox
voz 1 g 2 1 bg 3
∴=z x− x − x − (6.22)
vox 2 vox 2 3 mvox 3 (6.22)
2v v 2 b 2
xmáx =ox oz − xmáx − (6.23)
g 3 mvox (6.23)
Resolução:
Supondo que a força de resistência do ar possa ser escrita como pro-
porcional a velocidade relativa do projétil em relação ao ar, teremos o movi-
mento regido segundo a equação (6.25):
d 2r ˆ − b dr − v ,
m =
− mgk ar (6.25)
dt 2 dt (6.25)
onde a velocidade do vento é var = wj .
Escrevendo a equação (6.25) em termos das componentes cartesia-
nas, ficamos com
d 2x dx (6.26)
m 2
= −b , (6.26)
dt dt
d2y dy
m 2
−b + bw e
= (6.27)
(6.27)
dt dt
d 2z dz
m 2
−mg − b
= . (6.28)
(6.28)
dt dt
#
x
#
t b e- m t t
& dx = v ox e - m t dt & x = v ox 0
0 0 (- b/m)
mvox − mb t mvox
∴x = − e −−
b b
mvox − t
b
(6.29)(6.29)
=∴x 1 − e ,
m
b
que é a função horária da posição x.
Para a coordenada y temos de (6.27) que:
d2 y dy dv y
m 2 =- b
dt + bw & m dt =- b (v y - w)
dt
a- m
bk
dv y
# #
vy t
& = dt
v oy (v y - w) 0
b ^v y - wh b
^v oy - wh
` ln (v y - w) | vyvoy =- m t | 0t & ln =- m t
& ^v y - wh = ^v oy - wh e - m t
b
` dt = w + ^v oy - wh e - m t
dy b
# # [w + ^v oy - wh e - m t] dt
y t b
& dy =
0 0
# # w dt + ^v oy - wh # e - m t dt
y t t b
` dy =
0 0 0
^v oy - wh b t
` y = wt + e- m t 0
(- b/m)
` y = wt + b ^v oy - wh^1 - e - m th,
m b
(6.30)
mg vz a mg + v z k
b t b b
& ln b + v voz =- m t 0 & ln mg =- m t
a k
b + v oz
(mg + bv z) b b
ln =- m t & (mg + bv z) = (mg + bv oz) e - m t
(mg + bv oz)
` vvz
mg
a mg k - m t dz
b mg
a mg k -mt
b
z =-
b + b + v oz e & dt =- b + b + v oz e
& dz = - b dt + a b + v oz k e - m t dt
mg mg b
a mg + v k # e
z t t
& # dz =- mg
b # dt + b oz
b
-mt
dt
0 0 0
b t
mg mg e- mt
& z =- b t + b + v oz b
-m 0
` z =- b t + a b + v oz k + a b + v oz k b
b
mg mg e- m t mg m
a- m k
b
` z =- b t - c 2 + b oz m e - m t + c 2 + b oz m
mg m 2 g mv b m 2 g mv
b b
+ b m 1 - e - m th.
m 2 g mv oz ^
c
mg b
` z =- b t +
b2 (6.31)
que é a função horária da posição z.
Queremos agora determinar as posições x1 e x2 em que o projétil re-
tornará ao plano horizontal. Para isso, faremos z = 0 na função horária da
posição. Com este procedimento, poderemos determinar o instante t em que
o projétil atinge o plano horizontal. Isto é, de (6.31) obtemos:
mg m 2 g mvoz − t
b
z=
− t + 2 + 1 − e =
m
0
b b b
mg m 2 g mv − t
b
⇒ t = 2 + oz 1 − e m
b b b
− t
b
ou mg
ou gt = + voz 1 − e m . (6.32)
b (6.32)
A equação (6.32) é transcendente, isto é, não há como isolar t. Devemos,
portanto, procurar outra forma de encontrar t. Uma alternativa é isolar t na ex-
pressão para x (equação 6.29) e, em seguida, substituir na expressão (6.32).
Vamos considerar que o projétil tenha atingido a posição x1, logo de (6.29):
mvox − t
b
=x1 1 − e
m
b
b
bx1 − t
∴ − 1 =−e m
mvox
b b
bx1 − t bx − t b
ou 1− e m ⇒ ln 1 − 1
= ln
= e m
− t
=
mvox mvox m
m bx
⇒ t =− ln 1 − 1 . (6.33)
b mvox
m − − ln 1− 1
b m bx
bx1 mg m b mvox
g − ln 1 − = + voz 1 − e
b mvox b
ln 1− 1
bx
mg bx1 mg mvox
∴ ln 1 − + + voz 1 − e =0
b mvox b
mg bx mg bx
∴ ln 1 − 1 + + voz 1 − 1 − 1 = 0
b mvox b mvox
(6.34)
c - bx 1 - b 2x 1 2 - b 3x 1 3 - ... m = 0
gx 1 bv oz x 1 mg 2 2 3 3
v ox + mv ox + b mv ox 2m v ox 3m v ox
g bv g b b2
` v ox x 1 + mvozox x 1 - v ox x 1 - 2
2 x1 - gx 3 - ... = 0
2mv ox 3m 2 v ox3 1
bvoz bg 2 b2 g 3
∴ x1 − x1 − x1 − =
0
mvox 2mvox2 3m 2 vox3
2
2v v 2b 2vox voz
x1 ≅ ox oz −
g 3mvox g
2v v 8bv ox v 2oz (6.37)
` x 1 ,= oxg oz - . (6.37)
3mg 2
m bx
t=
− ln 1 − 1 (6.33)
b mvox (6.33)
e
` y = wt + b ^v oy - wh^1 - e - m th,
m b
(6.30)
obtemos:
y 1 = w :- b ln a 1 - mv1ox kD + b (v oy - w) " 1 - e - m [- b ln (1 - mv ) ] ,
m bx m b m bx 1
ox
` y 1 =- b ln a 1 - mv1ox k + b (v oy - w) " 1 - e - m [- b ln (1 - mv ) ] ,
mw bx m b m bx 1
ox
` y 1 =- b ln a 1 - mv1ox k + b (v oy - w) " 1 - e ln (1 - mv )] ,
mw bx m bx 1
ox
` y 1 =- b ln a 1 - mv1ox k + b (v oy - w) a mv1ox k
mw bx m bx
(6.40)
(6.41)
2V (x, y, z) (6.46)
Fy (x, y, z) =- 2y ,
(6.47)
2V (x, y, z)
Fz (x, y, z) =- 2z ,
é que em mais de uma dimensão há funções que podem, por exemplo, formar
uma circulação em torno de algum ponto. No caso de uma função deste tipo,
o valor de V teria de diminuir continuamente em torno da circulação. Mas se
estivermos sobre uma circulação em algum ponto o valor da função vai se re-
petir e como vamos manter o valor de V diminuindo continuamente se ele tem
que se repetir? Uma hora ele terá de aumentar para poder repetir o valor inicial
e não poderá diminuir continuamente. Portanto, em mais de uma dimensão
há funções que não podem manter o requerimento de diminuírem continua-
mente, pois a continua diminuição impediria que a mesma tivesse sempre o
mesmo valor num mesmo ponto.
O que queremos, portanto, é responder sob que condição podemos
encontrar uma função energia potencial. Acontece que existe um teorema
matemático que nos permite determinar de forma simples se podemos ou não
encontrar uma função potencial para uma força. Obviamente a força não pode
girar em torno de algum ponto. Mas este teorema também resolve este proble-
ma. Vamos enunciá-lo abaixo:
Teorema: “Se o rotacional de uma força for zero em todos os pontos,
então existe uma função energia potencial”.
Embora possa não parecer imediatamente o rotacional de uma força é
uma quantidade bem definida matematicamente, como vamos ver a seguir.
Suponhamos que uma força possa ser escrita em coordenadas carte-
sianas como:
F (x, y, z) = Fx (x, y, z) i + Fy (x, y, z) j + Fz (x, y, z) k . (6.50)
O rotacional da força, dada por (6.50) é dado por:
d # F = a 2y - 2z k i + c 2z - 2x m j + d 2x - 2y n k .
20 2x 2 (- y) 20 2x 2 (- y)
` d # F = ( 0 - 0 ) i + ( 0 - 0 ) j + (1 + 1 ) k
` d # F = 2k .
Figura 6.2 – Desenho esquemático da força representada por setas no sentido do eixo
z e seu rotacional representado por setas em circulação anti-horária.
Exemplo 6.3
Repetir o procedimento do exemplo 6.1 para a força gravitacional. É cla-
ro que já sabemos que a força gravitacional pode ser representada por uma
função potencial, como no caso das proximidades da superfície da Terra. Mas
como é o caso geral?
Resolução:
Vamos por uma massa nas proximidades da massa M. Suponhamos
que M esteja na origem do sistema de coordenadas. Assim a força sobre a
massa m situada no ponto r = xi + yj + zk é
GMm
F (r ) = êr.
r2
Esta força aponta na direção e no sentido de M na origem do nosso
sistema de coordenadas e diminui com o quadrado da distância entre os dois
corpos. Ela também é simetricamente esférica em torno de M e aparente-
mente não apresenta nenhuma circulação em torno de M. Portanto, devemos
esperar que possamos descrevê-la por uma função energia potencial.
Precisamos avaliar se o rotacional desta força é zero. Para isso, vamos
escrever a força em termos das coordenadas x, y e z. Isto é:
GMm
F (r ) = (xi + yj + kz )
r 3/2
(d # F ) x = c 2yz - 2z m
2F 2Fy
2 -z 2 -y
(d # F ) x = 2y 2 2 2 3/2 -
2 z
(x + y + z ) (x + y 2 + z 2) 3/2
2
- 3yz - 3zy
(d # F ) x = 2 2 2 5/2 - = 0.
(x + y + z ) (x + y 2 + z 2) 35/2
2
das, como é o caso da maioria das funçoes na física. Portanto, se a terceira afir-
mação é verdadeira, então a primeira afirmação também deve ser verdadeira.
Isso mostra que a afirmação 1 implica a afirmação 2, a 2 implica a 3 e a
3 implica a 1. Portanto, todas as três são equivalentes. A equivalência entre 1
e 3 também é conhecido como (um aspecto do) teorema de Helmholtz.
A expressão de força conservativa vem do fato de que quando uma
força conservativa existe, ela conserva a energia mecânica. As forças conser-
vativas mais comumente encontradas no nosso estudo são a força de atração
gravitacional, a força elétrica e a força elástica.
Muitas forças, como aquelas que são função da velocidade, não são
campos de força. Nestes casos, os três requisitos acima não são matemati-
camente equivalentes. Por exemplo, a força magnética satisfaz a condição 2,
uma vez que o trabalho realizado por um campo magnético sobre uma partí-
cula carregada é sempre zero, mas não satisfaz a condição 3, e a condição
1 nem mesmo é definida, pois a força não é um campo vetorial, o que não
permite avaliar o seu rotacional.
Vamos voltar à nossa discussão a respeito da definição da função ener-
gia potencial em três dimensões.
No caso unidimensional tínhamos definido o potencial como
U (x) =- # F (x) dx.
x
xo (3.1)
Como transformamos esta equação para o caso de mais de uma dimen-
são? A equação (3.1) diz que devemos integrar todas as contribuições de dis-
tância vezes a força na direção de movimento do corpo desde a posição inicial
até a posição final e pegamos o valor negativo desta integral. Com certeza po-
deremos copiar este procedimento para a situação tridimensional, mas vamos
ter que fazer algumas modificações para levarmos a direção em consideração.
Vamos tomar um trajetória entre duas posição arbitrárias, uma posição inicial ro
, e uma posição final r . A primeira consideração é que o caminho não pode ser
uma linha reta e a segunda é que a força em algum ponto intermediário ri não
precisa apontar na mesma direção do elemento de percurso, dS (r i) naquele
ponto, como desenhado esquematicamente na figura 6.6.
Figura 6.6 – Desenho esquemático de uma trajetória
os pontos inicial ro ,
com
intermediário ri e final r , elemento de percurso dSi , e força F (r ' ).
d dr dr
dt V (r ) = dt : dV (r ) =- dt : F (r ) . (6.67)
(6.67)
O que nos permite ver que o resultado da derivada temporal de V(r) é
igual a menos o trabalho realizado pela força por unidade de tempo, ou seja,
a potência. É preciso lembrar que um trabalho infinitesimal realizado ao longo
de uma distância infinitesimal dr é igual a dW = F (r )dr . Se dividirmos este
elemento infinitesimal de trabalho pelo infinitésimo de tempo correspondente a
sua realização, obtemos a potência:
dW dr
dt = F (r ) : dt . (6.68)
(6.68)
1 d c dr dr m d d ; 1 c dr dr m E d 6 @
2 m dt dt : dt + dt V (r ) = dt 2 m dt : dt + V (r ) = dt E cm + V (r ) = 0
E 1 = 2 m c dt : dt m + V (r ),
1 dr dr
- m ê r = : 2 - r a dt k D ê r + :r 2 + 2 dt dt D ê i .
F (r ) d2 r di 2 d2 i dr di
dt dt (7.3)
Como as coordenadas nas direções de êr e êo são linearmente indepen-
dentes, podemos considerá-las separadamente. Observemos primeiramente
a componente tangencial, ou seja, a coordenada na direção de êθ na equação
(7.3).
De acordo com a equação (7.3), temos que
r a dt k + 2 dt dt = 0.
d2 i dr di
(7.4)
Antes de dizermos qualquer coisa a respeito da equação (7.4) vamos
examinar a seguinte expressão:
1 : d a 2 di kD 1 a 2 d 2 i dr di k d2 i dr di (7.5)
r dt r dt = r r 2 + 2
dt dt = r 2 + 2
dt dt .
dt dt
que por (7.4):
1 : d a 2 di kD 1 a 2 d 2 i dr di k d2 i dr di (7.6)
r dt r dt = r r 2 + 2r
dt dt = r + 2 dt dt = 0.
dt dt 2
Portanto,
d a 2 di k
dt r dt = 0
di
& r 2 dt = constante h. (7.7)
Se considerarmos que esta área foi desenhada num tempo dt, a área
por unidade de tempo será:
dA 1 2 di
dt = 2 r dt . (7.10)
dA 1 2 di h
dt = 2 r dt = 2 . (7.11)
Ou seja, a área varrida por unidade de tempo pelo raio vetor definido pela
órbita de um astro celeste é constante. Esta é a segunda lei de Kepler: O raio ve-
tor que liga um planeta ao Sol varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais.
Outra conclusão que podemos tirar a respeito da componente radial, θ,
é de seu valor com o tempo. Se r 2 dq / dt= h ≡ constatnte , podemos determi-
nar θ em função do tempo. Para isso vamos tomar em (7.11):
h (7.12)
di = dt
r2
e integremos entre dois intervalos de tempo. Assim, obtemos:
#
t
h
i = io + dt.
0 r2 (7.13)
Assim, podemos ver que se conhecermos h, podemos determinar a po-
sição θ em função do tempo através da resolução da integral em (7.13), que
é uma integral bem simples de ser calculada, que basta determinar o valor de
r a cada instante.
Vamos agora examinar a outra coordenada na equação (7.3) para tentar
encontrar uma solução para a equação da órbita, ou seja, vamos examinar a
coordenada radial da equação (7.3). De acordo com a equação (7.3), temos que
- m = 2 - r a dt k .
F (r ) d 2 r di 2
dt (7.14)
É preciso antes de resolver esta equação observar que
d 1 1 dr
= − 2
dt r r dt
&- r 2 a dt k r = dt ,
d 1 dr
(7.15)
dr 2 d
`1j d `1j
dt =- r dt r =- h di r . (7.17)
a di k2
F (r ) h2 d2 1
` m =- - r (7.18)
(7.19)
r di r
2 2
dt
2 2
dq h
Como de (7.16) podemos trocar o termo por 2 , a equação
dt r
(7.19) fica:
h 2 d 2 ` 1 j a h k2 F (r) (7.20) (7.20)
- -r 2 = m
r 2 di 2 r r
A equação (7.20), que é uma equação diferencial de segunda ordem, é
a equação do movimento sob a ação de uma força central, sendo chamada
de equação de Binet. Como podemos observar o lado direito é linear em u,
mas o lado esquerdo pode não ser.
O exemplo mais simples de órbita numa força central é aquele de uma ór-
bita circular onde a distância da origem é constante, r = a. Pode-se deduzir ime-
diatamente que dr/dt =0 e que d2r/dt2 =0, de forma que a resolução da equação
da órbita a partir da componente radial d2r/dt2 – h2/r3 = F(r)/m com r = a produz
a 3 F (a)
h= . (7.21)
m (7.21)
A condição inicial obviamente precisa ser tal que r2 dθ/dt = h com h dado pela
equação (7.21). Para que isso aconteça, devem ser obedecidas, em t = 0,
todas as condições seguintes:
1. A partícula deve estar em r(0) = a.
F (a + t) d 2 t h2
` m = 2 - .
dt (a + t) 3 (7.23)
d2 x
+ ~ 20 x = 0,
dt 2 (4.32c)
podemos definir
3h 2 1 dF (a) (7.27)
~2 = - m dr
a4
e deduzir que ρ(t) = A cos(ωt + φ), que é um termo limitado pela amplitude A.
A limitação da amplitude satisfaz então a condição de que a perturbação seja
pequena em torno de uma órbita circular. Se, no entanto,
3h 2 1 dF (a )
− <0 , (7.28)
a 4 m dr (7.28)
obteremos uma solução para ρ(t) que representará um crescimento indefinido.
É interessante escrever a nossa condição de estabilidade para a órbi-
ta circular, para uma condição que não envolva h. Isto pode ser feito com a
equação (7.21),
a 3 F (a)
h= . (7.21)
m (7.21)
resultando em
1 dF (a ) 3 (7.29)(7.29)
< ,
− F (a ) dr a
onde usamos o fato de que – F(a) < 0. Como esperado, a condição de estabi-
lidade depende somente da forma da força.
Dando prosseguimento à resolução da equação radial, podemos obser-
var o lado direito da equação (7.20),
d2 ` 1 j 1 r 2 F (r ) (7.20)
+ = .
di 2 r r h2 m
que é linear em u. Isto, porém, não garante ainda que a equação seja line-
ar, uma vez que o lado esquerdo pode não ser linear. Lembremos que, se a
equação não for linear, não teremos métodos analíticos simples para resolvê-
-la. Isto implica que se a equação (7.20) terá ou não solução vai depender da
potência de r que depende a lei da força escrita no lado esquerdo da equação.
Para ter uma equação de orbita linear a lei de força deve pertencer a
uma das seguintes formas:
F a u k = mu 2 + nu 2
1
3
m n
& F (r) = 2 + 3 . (7.30)
(7.30)
r r
A atração gravitacional é um dos casos de forças inversamente pro-
porcionais ao quadrado da distância e a equação da orbita u(θ) produz uma
equação diferencial linear e, portanto, pode ser resolvida analiticamente.
Vamos considerar o caso particular de forças inversamente proporcio-
nais ao quadrado da distância e aproveitar o ensejo para avaliar outras forças
inversamente proporcionais a outras potências de r.
Se substituirmos F(r) da equação (7.2),
d2 ` 1 j 1 r 2 F (r )
+ = .
di r
2
r h2 m (7.20)
por GMm/r2, obteremos
d2 ` 1 j 1 r 2 GMm
+ =
di 2 r2 r h 2 mr 2
d ` 1 j 1 GM
` +r = 2 , (7.31)
(7.31)
di 2 r h
que é a equação do movimento de um corpo sob a ação de uma força central
inversamente proporcional ao quadrado do raio.
O que nos lembra a equação (7.31)?
A equação (7.31) é uma equação diferencial de segunda ordem não
homogênea cuja variável independente é 1/r. A solução de (7.31) é, para nós,
já conhecida. Para a parte homogênea a solução é:
1 M (7.32)
r = G h 2 f cos (i + {) .
7.3.1 Elipse
A elipse é o lugar geométrico dos pontos P do plano, ou conjunto de dois
pontos do plano, cuja soma de suas distâncias a dois pontos fixos F1 e F2 do
7.3.2 Hipérbole
A hipérbole é o lugar geométrico dos pontos P do plano, tais que o valor abso-
luto da diferença de suas distâncias a dois pontos fixos F1 e F2 do mesmo pla-
no é uma constante positiva menor do que a distância entre os pontos fixos F1
e F2. A figura 7.5 mostra uma hipérbole, onde F1 e F2 são os focos da hipérbole,
o centro da hipérbole fica no ponto médio entre F1 e F2. V1 e V2 são os vértices.
(7.36)
e p
r a = 1 - f = a ( 1 + f) (7.39)
Além disso, a distância entre o foco e o centro da elipse será:
a - rr = af. (7.40)
Outra propriedade geométrica da elipse é que a distância entre o ponto
D e a diretriz será igual a DO/ε, que é igual a soma da distância entre o foco e
o centro da elipse mais a distância entre o foco e a diretriz. Isto é:
DO/f = af + pf. (7.41)
Portanto,
DO/e = af 2 + p. (7.42)
Se utilizarmos o teorema de Pitágoras, b + (aε) = a , o semi eixo menor
2 2 2
da elipse será:
b = a 1 - f2 . (7.43)
A área da elipse é dada por A = πab e como vimos em (7.11) que
dA/dt = h/2 é uma constante, teremos A = πτ/2, onde τ é o período da órbita.
Igualando estas duas expressões e escrevendo h em termos do semi-eixo
maior como h2 = GMp = GMa(1 – ε2), temos:
GM = a x k a 3,
2r 2 (7.44)
que demonstra a terceira lei de Kepler, que diz “o quadrado do período de um
planeta é proporcional ao cubo do eixo maior da sua órbita elíptica”. O resul-
tado, dado pela equação (7.44), é mais bem compreendido se a escrevermos
como:
2r 3/2
x= a .
GM (7.45)
d2 r h2 1 dV (r)
2 - 3 =-
dt r m dr . (7.48)
Multiplicando a equação (7.48) por m(dr/dt), obtemos
d 2 r dr dr h 2 dr 1 dV (r) 0 dr d 2 r (7.49)dr h 2 dr d
m - m 3 + m
dt m dr = m dt dt 2 - m dt r 3 + dt
dt dt
2
dt r
` dt : 2 a dt k + 2 + V (r)D = 0.
dr m dr 2 mh 2
2r (7.50)
d m dr
2
L2
+ + V ( r ) 0.
= (7.51)
dt 2 dt 2mr 2
Podemos ver que o termo em colchetes em (7.51) é a energia mecâni-
ca total ET. Isso é evidente porque o termo envolvendo L é a energia cinética
relativa à componente θ, onde a velocidade angular foi definida como uma
função dependente de r utilizando a constante dθ/dt = h/(mr2), isto é:
E cinética = 2 m c dt m = 2 m a dt k + 2 m a r dt k
2
1 dr 1 dr 2 1 di 2
2 2
1 dr 1 L
∴Ecinética
= m + m
2 dt 2 mr 2
` E cinética = 2 m a dt k +
1 dr 2 L2
(7.52)
2mr 4
Como U(r) não é igual a V(r), vamos chamá-lo de “potencial radial efeti-
vo” ou simplesmente de “potencial efetivo”. O novo termo L2/2mr2 representa o
efeito do movimento angular e é chamado “potencial centrífugo”.
Vamos considerar mais uma vez a força de atração gravitacional, cujo
potencial é V(r) = -GMm/r. O potencial efetivo neste caso é:
L2 GMm (7.56)
U (r ) = - r ,
2mr 2
e
E T = 2 m a dt k + U (r) .
1 dr 2
(7.57)
Na figura (7.10) é mostrado um gráfico do comportamento de U(r) em
função de r para a expressão (7.56).
E T = 2 m a dt k + U (r) = 2 a 2
1 dr 2 mh 2 1 dr k2
+ U (r ) .
r di (7.60)
A equação (7.60) apresenta um termo dr/dθ que pode ser utilizado para
se determinar a dependência de r em função de θ. Embora a resolução possa
ser difícil analiticamente, é sempre possível encontrar alguma técnica que per-
mita a determinação do ângulo apsidal, ∆θ, definido como a variação angular
entre os pontos apsidais, correspondendo aos valores máximo e mínimo de r.
O ângulo apsidal determina se a órbita é aberta ou fechada.
Para calcular o ângulo ∆θ, extraímos o termo dr/dθ, obtendo:
= r2 c [E - U (r)] m
dr 2 (7.61)
di mh 2
dr
` = d i,
r2 c m
2
[ E - U ( r )]
mh 2
Exemplo 7.1
Pode-se mostrar que a correção na energia potencial de uma massa
nas proximidades da Terra e submetida a sua atração gravitacional é dada por:
hmMGR 2
V * (r) =- (1 - 3 cos 2 i),
5r 3
sendo M a massa da Terra, 2R o diâmetro equatorial e 2R(1 – η) o diâmetro
polar. Calcular a taxa de precessão de um satélite da Terra numa órbita apro-
ximadamente no plano equatorial.
Resolução:
Vamos escrever o potencial efetivo do sistema V' (r):,
GmM L2 hmMGR 2
V' (r) =- r + - (1 - 3 cos 2 i) .
2mr 2 5r 3
No plano equatorial θ = π/2 e o potencial efetivo se torna
GmM L2 hmMGR 2
V' (r) =- r + - .
2mr 2 5r 3
No perigeu o valor de r é um mínimo, que chamaremos de ro, e, por-
tanto, representa um ponto extremo do potencial efetivo. Isto quer dizer que
c dV' (r) m | = 0. Matematicamente, temos:
dr ro
c L2 m
2
dV' (r) GmM 3hmMGR
dr | ro = + - |
r 2
5r 4
mr 3 ro
` dr | ro = c
L2 m
2
dV' (r) GmM 3hmMGR
+ - = 0.
r 2o 5r 4o mr 3o
A equação da energia potencial pode ser escrita como uma expansão
em série de Taylor em torno do seu ponto de mínimo, ro, uma vez que a órbita
é quase circular:
2
dV' (r) 1 d V'(r) 2
V' (r) = V' (ro) + dr | ro (r - ro) +
2 dr 2 | ro (r - ro) + ...
Como se trata de um ponto de mínimo, c dVdr'(r) m| = 0 e V' (ro) pode ser
ro
considerado como uma constante arbitrária, que definiremos como V' (ro) = 0.
Deste modo V' (r) pode ser escrito como:
2
1 d V' (r)
V' (r) = 2 | ro (r - ro) 2 + ...
dr 2
Vamos chamar (r − ro) de x e escrever a energia total do sistema como
2
1 dx 1 d 2V ' (ro ) 2
E=m + x =constante.
2 dt 2 dr 2
c
d 2 V' (ro) m 2hmGMR 2 3L2
=- + .
dr 2
5r 5o mr 4o
Mas vimos acima que
c GmM L2 m
3hmMGR 2
2 - 4 + =0
ro 5r o mr 3o
2
2GmM 6hmMGR 2L2
&- = + .
r 3o 5r 5o mr 4o
3 d 2 V'(ro)
Substituindo o valor de −2GmM / ro em , fica:
dr 2
c
d 2 V' (ro) m L2 6hmMGR 2
= 4 - .
dr 2
mr o 5r 5o
~ c1 - m c m c m.
2 6hMGR 2 3hMGR 2 3hMGR 2
~r = o . ~o 1 - = ~o
5r o5 ~ o2 5r o5 ~ o2 5r o5 ~ o
A frequência de precessão, ωp, é igual a diferença entre a frequência
tangencial, ωo, e a frequência radial, ωr:
~ p = ~o - ~r = ~o - c ~o - m
3hMGR 2 3hMGR 2
= .
5r o5 ~ o 5r 5o ~ o
Para o movimento circular ou quase circular, podemos escrever que a
força de atração gravitacional é igual a força centrífuga:
v 2 GmM GM
m ro = &v= ro
r o2
e
L = mvro = m ^ GM/ro h ro = m GMro .
= 5 c 2 ma 3 k .
1 1
3hMGR 2 3hM 2 G 2 R 2 3h R 2 MG 12
5r o ^m GM/ro h /mr o2
~p = 5 =
5r o5 r o2 c
3 m GM/ro m ro ro
m
onde usamos V(r) = − k/r. Neste caso poderemos ver que a solução para r será
dada por r = L/(1 + ε cosθ), onde definimos L = mh2/k. Para definir o valor da ener-
gia em função da excentricidade, primeiro precisamos determinar dr/dt:
dr dr di ; l E
-2
lf seni fh
1 + f cos (i + {) 61 + f cos (i + {)@2
dt = = = l seni
di dt
(7.64)
` a dt k = a l k sen 2 i.
dr 2 fh 2
(7.65)
Definamos agora a quantidade h2/r2:
h2
2 = h a
l k = a hl k ^1 + f cos ih2 .
-2 2
2
(7.66)
r 1 + f cos i
` E = 2 a l k [ f 2 - 1] .
m h 2
(7.68)
Figura 8.1 – Folha de ouro tão fina que os átomos são considerados pontos uniforme-
mente distribuídos sobre um plano.
8.3 Derivação
A seção de choque transversal diferencial de esplalhamento pode ser deri-
vada a partir das equações de movimento para uma partícula sob influência
de um potencial central. Em geral, as equações de movimento descrevendo
duas partículas interagindo sob a ação de uma força central pode ser dividi-
do em um movimento do centro de massa e o movimento das partículas em
relação uma a outra. Para o caso da partículas alfa espalhadas por núcleos
pesados, como no experimento realizado por Rutherford, pode-se considerar
que só a partícula alfa se move e o núcleo espalhador permanece parado em
relação ao referencial do laboratório. A figura 8.3 mostra um esquema ilustra-
tivo dessa situação.
Figura 8.3 - Esquema ilustrativo de pártícula alfa espalhada por um núcleo pesado.
d2 ` 1 j 1 r 2 F (r )
+ =-
di r
2
r h2 m (7.20)
d2 ` 1 j 1 r2 Z1 Z2 e2
+ =- .
di r
2
r h 2 4rf o r 2 m (8.3)
Precisamos definir quanto vale h2. Como vimos h é uma constante
e deve ter o seu valor definido nas condições iniciais do problema. Vamos
considerar que quando a partícula alfa estava muito longe do centro espa-
lhador sua velocidade era vo e que esta velocidade tinha o sentido de uma
linha que passaria a uma distância b do centro espalhador, como mostra
a figura 8.3. O Valor de b é chamado parâmetro de impacto. O valor de h
seria, portanto:
h = vob. (8.4) (8.4)
i o = 2 + arctg c b
Z1 Z2 e2 m r
= 2 + arctg c
r Z1 Z2 e2 m (8.7)
2 2 .
4rf o mv o b 4rf o mv 2o b 2
O chamado ângulo de deflexão, Θ, é definido como:
Z Z e2 (8.8)
Θ = 2θ o − π = 2arctg 1 2 2 . (8.8)
4πε o mvo b
b db
σ= . (8.11)
senΘ dΘ
Para uma partícula alfa, temos que m=6,7 × 10-27 kg, q1 = 2 × 1,6 × 10-19C,
q1(para o ouro) = 79 × 1,6 × 10-19C, e v = 2 × 107 m/s. Substituindo estes valores
obtemos um valor de cerca de 2,7 × 10-14 m, enquanto o raio mais proximo do
real é de cerca de 7,3 × 10-15m.
O raio de verdade do núcleo não pode ser obtido através destas experi-
ências, pois as partículas alfas não têm energia suficiente para penetrar mais
de 27 fm do centro nuclear, como é observado. Rutherford percebeu isso e
também percebeu que o impacto real das particulas alfas na folha de ouro que
causasse qualquer força adicional ao do potencial de um coulomb mudaria
a forma de sua curva de espalhamento em altos ângulos de espalhamento
(menores parâmetros de impacto) de uma hipérbole para uma outra curva.
Isto não foi observado, indicando que o ouro não havia sido acertado de forma
que Rutherford só sabia o núcleo de ouro (ou a soma dos raios de ouro e alfa)
era menor do que 2,7 × 10-14 m.
Exemplo 8.1
Mostrar que para uma força central repulsiva, proporcional ao inverso
do raio ao cubo,
K
F (r) = , K > 0,
r3
as órbitas tem a forma
1
r = A cos [b (i - io)] .
2π 3 K (π − Θ )
dσ = dΘ .
mvo2 Θ 2 ( 2π − Θ )
Resolução:
Usando a equação de Binet, tem-se a seguinte equação diferencial
para a trajetória em termo de u(θ):
+ u =- 2 2 F a u k .
d2 u m 1
di 2 Lu
Como 1/u = r e F(r) = K/r3, ficamos com:
d2 u m
+ u =- 2 2 Ku 3
di 2 Lu
d2 u `
+ 1 + 2 K j u = 0.
m
` (8.15)
di 2 L
Assim,
u = A cos ^bi - bi oh = A cos ` bi - 2 j = Asen (bi) .
r (8.18)
Mas:
dσ db (8.23)
dσ = 2π bdb ⇒ = 2π b . (8.23)
dΘ dΘ
2K < H (r - H) (- 1) (2r - H) - (r - H) F
3
db
` 2b =
dH mv 20 (2r - H) 2 H 2
; E
db 2K (r - H) H 2 - 2rH - r 2 + 2rH - H 2
^2r - H h2 H 2
` 2b =
dH mv 20
db 2Kr 2 ^r - Hh
mv 20 ^2r - Hh2 H 2
` 2b =
dH
2Kr 2 ^r - Hh
mv 20 ^2rHh2 H 2
` 2bdb = d H. (8.24)
Atividades de avaliação
1. Sabe-se que distribuição de poeira no espaço entre o Sol e os plane-
tas resulta na soma da atração gravitacional do astro sobre o determina-
do planeta de massa m a uma força de atração central adicional dada por
F' = mkr, onde k = (4/3)πρG. Sendo ρ a densidade de poeira através do espaço.
a) Se a massa do Sol for M, determine a velocidade angular de revolução
do planeta em órbita circular de raio ro; determine a freqüência angular
para pequenas oscilações radiais. A seguir, mostre que se F' for muito
menor do que a atração devido ao Sol, uma orbita quase circular será
aproximadamente uma elipse, cujo eixo maior tem um lento movimento
de precessão e cuja velocidade angular é: ~ p = 2rt ^ r o G/M h ..
3 1/2
1
r = A cos [b (0 - i o)]
1
r = A cosh [b (0 - i o)]
1
r = Asenh [b (0 - i o)]
1
r = A (0 - i o)
1 1 !bi
r = ro e
12. Para que valores de L e E cada um desses movimentos ocorrem? Ex-
presse as constantes A e β em termos de E e L em cada caso. Faça um
gráfico da órbita de cada um dos tipos acima.
13. Discuta os possíveis tipos de movimentos para a seguinte força central:
k k'
F (r) =- 2 +
r r3
Admitindo k > 0 e considerando ambos os sinais para k'. Resolva a equa-
ção orbital, mostrando que as órbitas ligadas têm a forma:
a (1 - f 2) se L2>–mk∆∆
r= ,
1 + f cos ai
mostre que esta é uma elipse que têm movimento de precessão. Deter-
mine a velocidade angular de precessão e diga se a precessão está na
mesma direção ou na direção oposta a da velocidade angular orbital.
14. A energia potencial para um oscilador tridimensional isotrópico é:
1
V (r) = 2 kr 2 .
Km = f p.
cos i + (m 2 /m 1) 2 - sen 2 i
2
m
1 + m 21
alvo
Au + Al
feixe incidente
160°
detector
feixe retroespalhado
Sobre o Autor
Gerson Paiva Almeida é Doutor em Física pela Universidade Federal do Ceará,
com estágio doutoral na Universidade Paul Sabatier, em Toulouse na França.
Também fez estágio de pós-doutorado no Instituto de Astrofísica, Geofísica e
Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). É Professor
Adjunto da Universidade Estadual do Ceará (UECE), onde atua como pesqui-
sador na área das Ciências Atmosféricas, com ênfase em Aerossóis Atmosféri-
cos e Meio Ambiente. Na docência, atua no Curso de Graduação em Física do
Centro de Ciências e Tecnologia (CCT) da UECE, nas modalidades licenciatura
presenciais e a distância e também no bacharelado presencial. Atua ainda no
Curso de Mestrado em Ciências Físicas Aplicadas do CCT da UECE como
docente permanente.
F
iel a sua missão de interiorizar o ensino superior no estado Ceará, a UECE,
como uma instituição que participa do Sistema Universidade Aberta do
Brasil, vem ampliando a oferta de cursos de graduação e pós-graduação
na modalidade de educação a distância, e gerando experiências e possibili-
dades inovadoras com uso das novas plataformas tecnológicas decorren-
tes da popularização da internet, funcionamento do cinturão digital e
massificação dos computadores pessoais.
Comprometida com a formação de professores em todos os níveis e
a qualificação dos servidores públicos para bem servir ao Estado,
os cursos da UAB/UECE atendem aos padrões de qualidade
estabelecidos pelos normativos legais do Governo Fede-
ral e se articulam com as demandas de desenvolvi-
mento das regiões do Ceará.