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Conceitos Basilares Das Ciencias Sociais Unidade IV
Conceitos Basilares Das Ciencias Sociais Unidade IV
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE IV
FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA.................................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 1
ESTRUTURAÇÃO DO BRASIL COMO NAÇÃO E UNIDADE POLÍTICA......................................................................... 5
CAPÍTULO 2
IDENTIDADES BRASILEIRAS...................................................................................................................................................... 7
CAPÍTULO 3
FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO A PARTIR DO FINAL DO SÉCULO XIX........................ 10
CAPÍTULO 4
CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA SOCIOLOGIA NO BRASIL DOS
ANOS 1930 ATÉ O PRESENTE................................................................................................................................................. 13
CAPÍTULO 5
CORRENTES DE PENSAMENTO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA E A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES......... 20
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................26
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FORMAÇÃO DA
SOCIEDADE BRASILEIRA
UNIDADE IV
Capítulo 1
ESTRUTURAÇÃO DO BRASIL COMO NAÇÃO E
UNIDADE POLÍTICA
Dom Pedro II tem sua imagem construída como um grande líder da nação brasileira, e é
quando ocorre a criação dos primeiros heróis nacionais. É neste contexto que a unidade
acontece atrelada à centralização e unificação territorial do país, e de sua população que
passa a elaborar uma memória e uma história enquanto nação.
Outro fator importante para a ideia patriótica é a constituição do HGB (Instituto Histórico
e Geográfico do Brasil), nos anos 1838. A esse instituto ficou destinada a escrita de uma
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UNIDADE IV | Formação da Sociedade Brasileira
É dessa forma, inundada por antagonismos em várias facetas sociais no Brasil, que nossa
sociedade é formada e as ideias de nação e unidade política se delineiam. Mas é válido
observar que existe uma entre proprietário e trabalhador, cada vez mais sedimentada. Ao
invés de termos o processo cultural formador de instituições, no Brasil, o que prevaleceu
foi o personalismo, de modo a ser o Estado construído como vontade pessoal do que pelo
reflexo coletivo. De todo modo, é a construção da ideia de Independência que sedimenta
no povo o ânimo nacional ao reconhecer o Brasil como nação, corroborado com as
diversas constituições, depois da primeira em 1824, que compreendem o surgimento
do Estado brasileiro.
https://sagres.org.br/artigos/2.%20Reconstru%C3%A7%C3%A3o%20da%20
Na%C3%A7%C3%A3o%20no%20Brasil.pdf.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2591278/mod_resource/content/1/
CHIARAMONTE_JC_metamorfoses_conceito_nacao.pdf.
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Capítulo 2
IDENTIDADES BRASILEIRAS
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UNIDADE IV | Formação da Sociedade Brasileira
Por este ponto de vista não se pode duvidar que a formação cultural da sociedade
brasileira foi criada na diversidade e complexidade. É necessário ressaltar que tal
formação interferiu na vida de homens e mulheres e, para entender, é preciso refletir
sobre os panoramas nacionais e suas diversidades de vivências culturais (BRANDÃO,
2009). Indígenas, brancos e negros compõem etnicamente a híbrida população brasileira,
como bem demonstrou a obra Casa grande e senzala, de Gilberto Freyre, inovando na
reprodução de práticas negligenciadas da história nacional em temas como sexualidade e
cotidiano. É a pluralidade a grande característica da cultura brasileira, portanto devemos
nos apossar das culturas, conforme nos ensina Darcy Ribeiro (1995, p. 20):
Para os que chegavam, o mundo em que entravam era a arena dos seus
ganhos, em ouro e glórias. Para os índios que ali estavam, nus na praia,
o mundo era um luxo de se viver. Este foi o encontro fatal que ali se
dera. Ao longo das praias brasileiras de 1500, se defrontaram, pasmos
de se ver em uns aos outros tal qual eram, a selvageria e a civilização.
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Formação da Sociedade Brasileira | UNIDADE IV
De fato, somos uma nação híbrida, entretanto, ainda vigoram preconceitos e falta de
entendimentos históricos, o que faz com que problemas seculares prevaleçam, dentre
eles, a educação (separamos o último capítulo para tocarmos novamente nesse assunto).
Para uma sociedade, de fato, democrática, o respeito ao diferente é essencial, o que
denota o respeito à própria nação.
[...] estamos nos construindo na luta para florescer amanhã como uma
nova civilização, mestiça e tropical, orgulhosa de si mesma. Mais alegre,
porque mais sofrida. Melhor, porque incorpora em si mais humanidade.
Mais generosa, porque aberta à convivência com todas as raças e todas
as culturas e porque assentada na mais bela e luminosa província da
Terra (RIBEIRO, 1995, p. 455).
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Capítulo 3
FORMAÇÃO DO PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO A
PARTIR DO FINAL DO SÉCULO XIX
Não podemos deixar de destacar Gilberto Freyre como expoente para a formação de
um pensamento social brasileiro. Tido como o mito da democracia racial brasileira,
pelo fato de afirmar que a brasilidade é edificada com a miscigenação entre o negro,
o índio e o branco, seu pensamento recai sobre o caráter nacional. Assim, se debruça
sobre religião, economia, culinária, sexualidade, política, dentre outras temáticas. Mas
cabe enfatizar que ele não dá ênfase à união física entre os grupos, mas à simbólica, ou
melhor, histórica e cultural. O livro de Boas denominado The Mind of Primitive Man foi
fundamental para Freyre, momento em que percebeu a relevância de separar os efeitos
do ambiente e culturais dos traços raciais. Foi neste viés que ele escreveu Casa Grande e
Senzala, de modo a fazer uma análise da formação do brasileiro a partir do seu dia a dia.
Segundo sua visão, a cultura daquele período se desenrolou de forma cortês, pois os
portugueses, índios e negros complementavam-se socialmente. Os primeiros, careciam
da alegria que os negros trouxeram, mesclando com a tristeza dos índios, formatando
a população que surgia neste trópico.
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Formação da Sociedade Brasileira | UNIDADE IV
Em 1875, chega ao Rio de Janeiro, vindo do Ceará, um nome de grande destaque para
o intelectualismo brasileiro, João Capistrano Honório de Abreu (1853-1927). Deu aula
no Colégio Aquino, colaborou com o jornal O Globo, foi redator da Gazeta de Notícias,
nomeado oficial da Biblioteca Nacional e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,
e escreveu a tese O Descobrimento o Brasil e o seu Desenvolvimento no Século XVI.
Foi partidário do determinismo sociológico, mas migrou do positivismo para o realismo
histórico. Suas análises se prestavam a ser imparciais e meticulosas, portanto, bastante
objetivas. Dessa forma, principiou as suas observações analisando o ambiente, os
elementos geográficos, raciais, psíquicos, econômicos, salientando a importância do sujeito
comum e das massas na evolução da história. Por outro lado, Capistrano minimizou a
influência dos heróis e dos guias. Capítulos da História Colonial, 1500-1580 é sua principal
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UNIDADE IV | Formação da Sociedade Brasileira
Alguns teóricos definem sua obra como conservadora e como sendo apresentada com
serenidade, e é questionada no sentido de não designar aos negros um papel de destaque
na formação social do Brasil. Outras produções de sua autoria são Instituições Políticas
Brasileiras e O Caso do Império. O autor galgou o título de imortal na Academia Brasileira
de Letras em 1937.
Ainda desse período, podemos falar em Luís Pereira Barreto (1840-1923), que supunha
o amálgama entre a ciência e a instrução pública como maneira civilizatória do país.
Em Filosofia Teológica (1874) e Filosofia Metafísica (1876), analisou o Brasil sob os
preceitos de Auguste Comte.
Outros filósofos que se pautaram no positivismo foram: Alberto Sales, Pedro Lessa,
Paulo Egydio, Júlio de Castilhos e Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
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Capítulo 4
CONSTITUIÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA SOCIOLOGIA NO
BRASIL DOS ANOS 1930 ATÉ O PRESENTE
Os trabalhos Gilberto Freyre (1900 – 1987) e Caio Prado Junior (1907 – 1990) qualificam
a produção, se comparada ao período anterior. Aparecem novos teóricos influenciados
pelos professores da USP e pelos europeus que vieram para compor a Escola Livre de
Sociologia e Política. Um desses foi Fernando de Azevedo (1894 – 1974) que, no texto
“Princípios de Sociologia”, comprovou domínio sociológico e exibiu uma compilação
pessoal da ciência. Outro escrito do mesmo autor foi A Cultura Brasileira e a Sociologia
Educacional.
Apesar de esta ciência sociológica ter surgido apenas de forma sistematizada, com a
criação da Universidade de São Paulo, no Brasil já existia um entendimento da sociologia
desde o fim dos anos 1800, e que foi aumentado pela obra Os Sertões, de Euclides da
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UNIDADE IV | Formação da Sociedade Brasileira
Cunha (1866 – 1909). Ele entendia que o positivismo e a república trariam a ordem e o
progresso através da melhor característica brasileira, que era justamente a mistura das
raças. Ele acreditava, inclusive, que as três expedições a Canudos falharam porque foram
executadas por filhos de negros e índios enfrentando o sertanejo, que era o aprimoramento
da raça brasileira. Na obra Os Sertões, Cunha deixa clara a ideia de que a raça branca
não representava os brasileiros. A mistura era importante, entretanto, precisaria ser
efetuada uniformemente, porque a mestiçagem tendia a enfraquecer a raça degenerando
os litorâneos e atrasando os sertanejos. Esses seriam serenos, apesar de rudes.
O darwinismo social encontrado por alguns estudiosos na obra citada pode ser visto
também em produções de Raimundo Nina Rodrigues (1862 – 1906), influenciador da
historiografia nacional quando investiga a guerra de Canudos.
Plínio Salgado (1895 – 1975) conheceu o fascista Mussolini quando viajou à Itália em
1930. Ao regressar ao Brasil, o teórico fundou um movimento fascista. Com o Manifesto
de Outubro, elaborou as diretrizes para a fundação da Ação Integralista Brasileira, que
tinha a finalidade de harmonizar o dualismo brasileiro.
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Formação da Sociedade Brasileira | UNIDADE IV
Alberto Guerreiro Ramos (1915 – 1982) contribui com A Redução Sociológica, na qual
censurou o colonialismo cultural. Neste viés, o autor entendia ser deficiente e alienada
a sociologia produzida no país, justamente por ter sido uma nação dependente e, assim,
reprodutora dos teóricos estrangeiros.
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UNIDADE IV | Formação da Sociedade Brasileira
Nelson Pereira (1928 – 2018) filmou uma película homônima (Memórias do Cárcere) e
repetiu a fala acerca da natureza humana dos presos. Este filme estreou em 1984, época
clamada pelas eleições diretas para escolha do presidente da república e do fim do AI5 -
Ato Institucional nº 5 – promulgado em 1968, o qual suspendia a liberdade individual
através da cassação dos direitos políticos. O conceito de cárcere, tratado nessas obras,
versa sobre um tipo de prisão social que, segundo eles, estava vigente no Brasil.
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Formação da Sociedade Brasileira | UNIDADE IV
A ideia marxista tomou mais corpo nas cátedras, e suas teorias alcançaram mais esferas
de atuação, de modo que a sociologia se debruçou sobre os operários fabris em pontos
opostos: aumento da indústria e baixa adesão sindical, desigualdade social e acesso aos
bens materiais, migração rural e urbanismo, modernidade e tradição.
Dentre o pensamento de realce nacional também estava o de Mário Ferreira dos Santos
(1907 – 1968), que versava sobre as ciências sociais, econômicas e histórico-culturais.
O filósofo lançou a Filosofia Concreta, na qual defendeu a necessidade de superação da
abstração filosófica resultante da fragmentação do conhecimento.
O termo cunhado pelo filósofo faz referência aos dez campos dialéticos que podem
verificar profundamente o conhecimento, almejando-o concreto. E o processo não é
excludente, ou seja, não são construídos novos conceitos, mas um é influenciado por
outro, ocorrendo, assim, mudanças e aprimoramentos, em uma existência tensional.
É saliente em seu trabalho, a afirmação de que nenhum conceito consegue findar a
experiência, fato esse, coerente com as pesquisas na esfera histórica e cultural. Desse
modo, o positivismo e o relativismo deixaram seus extremos e, tudo o que contextualizava
uma ideia, recebeu atenção.
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UNIDADE IV | Formação da Sociedade Brasileira
A briga entre o sistema e a reação das ciências sociais no Brasil teve o ponto mais alto
com o golpe de 1964. Ao contrário do esperado, os militares não atentaram para o fato
de o movimento revolucionário, derrotado na guerrilha, ter direcionado sua ofensiva
para a ampliação dos cursos de pós-graduação como núcleos de pesquisa, especialmente
após a Reforma Universitária de 1969.
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Formação da Sociedade Brasileira | UNIDADE IV
Mestre em ciências sociais e doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo, Luiz
Pereira (1933 – 1985) licenciou-se como pedagogo e atuou em três assuntos: dimensão
educacional dos processos sociais, processo de desenvolvimento e as várias faces do
modo de produção capitalista brasileiro.
É a década de 1980 que marca o final do governo militar e a promoção da abertura política,
resultando no fim do bipartidarismo. Assim, muitos que militavam nas universidades
passaram a buscar o poder na vida política.
Foi a junção da política formal com a teoria social que originou uma nova Constituição
(1988) estabelecida de forma congressual, conhecida como Constituição Cidadã e,de
fato, não muito amparada pela realidade.
Esta união da formalidade política com a teoria culmina com os novos pressupostos
constitucionais quando a ciência social é completamente absorvida pelo ideal marxista
e suas pesquisas ampliam-se para questões pontuais, denominadas minorias, a exemplo
das particularidades femininas, das favelas, dos menores de idade, da violência urbana,
da violência rural, do engajamento e da arte panfletária. A sociologia se desmembrou
em vários conceitos e alcançou cada grupo ditando os comportamentos coletivos em
detrimento dos individuais.
Foi Florestan Fernandes o precursor de uma nova época na sociologia nacional, suscitando
um olhar diferente sobre o passado e o presente sociológicos, de modo a revelar a visão
do brasileiro, descendente de índios, portugueses, africanos, asiáticos. Apresentou a
história baseada na formação das classes sociais marcada por lutas diversas. Mudanças
Sociais no Brasil, O Negro no Mundo dos Brancos, A Integração do Negro na Sociedade
de Classes são obras de relevo.
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Capítulo 5
CORRENTES DE PENSAMENTO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
E A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES
https://www.researchgate.net/publication/337722331, Friedrich_Froebel._O_
Contexto_Europeu_do_Seculo_XIX_e_os_Jardins_de_Infância.
Já em fins do século XIX e início do século XX, inúmeros teóricos da área da filosofia,
pedagogia e psicologia se debruçaram sobre as problemáticas da aprendizagem, a exemplo
de Piaget, Vygotsky, Freinet, Emília Ferreiro, Paulo Freire etc. Se havia a preocupação
com a aprendizagem, havia também com as crianças que não seguiam um padrão de
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No final do século XIX e começo do XX, ocorria uma propensão no mundo inteiro a
reformar os sistemas de ensino, sob o título escola nova ou escola-novista, objetivando a
superação do tradicionalismo e a austeridade na educação que não seguia as modificações
sociais.
Pode-se pois dizer que nos primeiros 50 anos do Império, as poucas escolas
normais do Brasil, pautadas nos moldes de medíocres escolas primárias,
não foram além de ensaios rudimentares e mal sucedidos. Em 1867,
Liberato Barroso, registrando a existência de apenas quatro instituições
desse gênero no país – no Piauí, em Pernambuco, na Bahia e no Rio
–, lamentava o fato de que,em virtude de suas deficiências, “nenhum
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UNIDADE IV | Formação da Sociedade Brasileira
Esse movimento foi acompanhado pelo nosso país, quando inseriu a psicologia na área
educativa com a aplicação de testes de inteligência para poder identificar os deficientes
intelectuais. Assim, muitos profissionais da psicologia que atuavam na área educacional
chegaram ao Brasil para ministrar cursos, dentre eles estava a russa Helena Antipoff, em
1929, que se fixou no país e influenciou sobremaneira o cenário da educação especial.
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Cabe ainda enfatizar que o ensino de filosofia e de sociologia havia sido excluído em
1971, em meio ao regime militar. Na ocasião, os conteúdos filosóficos eram tidos como
não adequados aos interesses dos governantes.
Foi em 2008 que as referidas disciplinas passaram a ser compulsórias, durante o governo
socialista do presidente Lula, implantada pelo ministro da Educação de então, Fernando
Haddad1. O objetivo era levar os alunos a se aproximarem dos ideais concebidos sobre
o que era a participação individual nas manifestações sociais.
1 Lei promulgada em 2/6/ 2008. O texto integral pode ser encontrado em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/
lei/l11684.htm.
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UNIDADE IV | Formação da Sociedade Brasileira
Somente após a crise de 1929, como diz Cardoso de Mello (1986), a industrialização
brasileira começou a se desenvolver com mais velocidade e a economia cafeeira de São
Paulo a estimulou com o capital monetário acumulado, modificando a mão de obra em
mercadoria, e implementando um mercado consumidor. E assim perdurou até 1955,
quando a economia se desamarrou da produção do café. Essa demora da estruturação
do capitalismo brasileiro colocou o Brasil em uma situação de inferioridade na partilha
do trabalho no mercado internacional.
Da mesma forma que o país demorou a se estruturar no modelo capitalista, ficando para
dependente e imitador dos modelos científicos, também no campo intelectual há um
retardo. Um dos motivos desse atraso é que a criação de instituições de nível superior e
a construção de uma tradição científica surgiram muito após outros países. O que se viu
foi uma enorme reprodução da cultura europeia e norte-americana e uma concentração,
sobretudo no Rio de Janeiro e em São Paulo, das produções nacionais.
Há ainda que enfatizar que há tempos vigora a preocupação com a formação dos
professores no país. Já em 1882, Rui Barbosa criticava a educação superior, sobretudo
de Direito. Ademais, em síntese temos:
De todo modo, as licenciaturas no país estão sob constante desafio para se adaptar ao
novo século, extremamente tecnológico e que prima pela interatividade e pelo pensamento
crítico. Conforme sinaliza Perrenoud (2002, p. 17): “a formação não tem nenhum motivo
para abordar apenas a reprodução, pois deve antecipar as transformações”.
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Formação da Sociedade Brasileira | UNIDADE IV
Para saber mais sobre a formação dos professores no Brasil, acesse o link a seguir:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639868/7431.
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