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Palace II foi um edifício residencial construído na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que

foi implodido no dia 28 de fevereiro de 1998, a despeito de investigações anteriores


terem encontrado em registro como causa da tragédia um erro estrutural de cálculo
(assinado pelo engenheiro responsável) nas vigas de sustentação. Na madrugada de 22
de fevereiro de 1998, um domingo de carnaval, parte do edifício Palace II, na Barra da
Tijuca, no Rio de Janeiro, desabou, destruindo 44 apartamentos, deixando oito mortos e
mais de 120 famílias desabrigadas, uma das maiores tragédias na história da engenharia
civil brasileira. Até hoje, os ex-moradores lutam na Justiça pela indenização.
Construído pela Sersan em 1990, com previsão de conclusão para 1995, de propriedade
do então deputado federal Sérgio Naya (Partido Progressista Brasileiro, PPB-MG), o
prédio tinha graves defeitos de estrutura e acabamento e, por isso, havia sido interditado
pela Defesa Civil em 1996 após ter morrido um operário ao cair no fosso do elevador
que apresentava defeito. A construtora já havia sido processada 4 vezes em virtude da
má construção do prédio, que não havia recebido o habite-se da prefeitura. O primeiro
desmoronamento ocorreu às 3 da manhã de 22 de fevereiro de 1998, quando as colunas
1 e 2 do prédio de 44 apartamentos desabaram. O incidente resultou em 8 mortes. Em
24 de fevereiro, a Prefeitura anunciou que a implosão do prédio ocorreria em cinco dias.
O segundo deslizamento ocorreu pouco antes das 13h do dia 27 de fevereiro de 1998,
quando laudos técnicos orientaram os moradores a retornarem ao prédio para retirar
seus pertences 30 minutos antes do deslizamento, quando um inexplicável jato d'água
irrompeu do telhado a 23°. o chão. Não tenho certeza se esta placa possui a piscina
mostrada na foto, no entanto, por questões de segurança, supõe-se que o tanque seja
esvaziado antes que os técnicos entrem na instalação explosiva interna.
Outra explicação para o segundo colapso é que os técnicos da implosão, preocupados
em não incomodar os vizinhos, pré-instalaram uma grande quantidade de água na laje
do telhado para que ela liberasse o mínimo de material particulado na atmosfera quando
implodisse. Tal medida sobrecarregaria o limite de resistência da estrutura, fazendo com
que partes da estrutura desabassem antes mesmo de implodir, mas essa possibilidade foi
rapidamente descartada.
Aconteceu ao meio-dia de 28 de fevereiro de 1998. A implosão foi realizada pela
empresa CDI Implosões e transmitida ao vivo de todo o Brasil.
A Calçada, construtora conhecida por construir edifícios residenciais de luxo e alto
padrão, anunciou o projeto de um novo edifício residencial no local do antigo Palácio II.
A empresa comprou o terreno e vai construir uma torre integrada ao Palace I, com uma
grande praça de lazer entre as quadras e áreas de lazer que estão integradas ao grande
empreendimento da Barra da Tijuca (academias, piscinas, quadras poliesportivas, área
de lazer infantil, cinema) o mesmo. Com isso, a empresa pretende desfazer-se do lugar
da desgraça e promete transformar o primeiro quarteirão (Palácio I). A previsão é de
que as obras comecem em novembro de 2010 e tenham duração de 24 meses.
Serão 176 apartamentos em 22 andares e quatro coberturas lineares de 2 e 3 dormitórios
(as coberturas Palace I são duplex). As plantas dos apartamentos serão as mesmas do
Edifício 1, mas as áreas das varandas do terceiro ao vigésimo andar serão
significativamente reduzidas.
O terreno está localizado na área central da Barra da Tijuca e faz parte da Associação
Bosque Marapendi, associação que oferece aos seus moradores serviços como clube,
diversas quadras esportivas, parque aquático, ônibus privativos para os diversos bairros
da a cidade florestal de mesmo nome. Nessa área, as construtoras não buscam mais
espaço para novos empreendimentos. Apesar da turbulência que causou em 1998, a
especulação imobiliária combinada com uma classe média crescente e o aumento da
renda dos moradores tornaram o terreno um alvo fácil para novas construções.
STJ determina indenização de R$ 30 milhões às famílias de vítimas do Pallace 2
A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que houve fraude à
execução na transferência de um terreno localizado em Brasília, arrematado em leilão
judicial com o intuito de garantir a indenização devida às vítimas do Edifício Palace II.
O imóvel, que atualmente abriga um dos maiores shopping centers do Distrito Federal,
está situado no bairro Lago Norte.
A decisão da Academia foi tomada durante análise de recursos interpostos em dois
embargos de terceiros, o primeiro da Paulo Octavio Investimentos Imobiliários Ltda. A
segunda é a Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A., em que a legalidade da
alienação judicial, determinada pelos desembargadores cariocas e no âmbito da ação
civil pública destinada a ressarcir os danos sofridos pelas vítimas do complexo Palace
II, foi desafiado. Ambas as empresas afirmam que são as verdadeiras donas do terreno
leiloado e que o título da propriedade foi adquirido de boa fé.
O Palácio II, na Barra da Tijuca, na cidade do Rio, desabou em fevereiro de 1998,
matando oito pessoas e deixando mais de 170 famílias desabrigadas. O prédio foi
construído pela empresa Sersan, do então deputado federal Sérgio Naya.
Para constar, em ação civil pública, é determinado o bloqueio de todos os bens
pertencentes a Sérgio Naya e sua empresa Matersan e Sersan – uma das sócias da
companhia dona do terreno.
O relator, ministro Villas Bôas Cueva, lembrou que o imóvel em questão pertencia à
empresa LPS - Participações e Investimento Ltda., cujos sócios Paulo Octávio
Investimentos e Sersan - cujos ativos não podiam ser alienados.
O magistrado destacou que as provas colhidas durante o processo mostraram claramente
que o terreno chegou ao Iguatemi após uma série de transferências fraudulentas de bens
envolvendo pessoas que tentaram evadir a queda do segundo construtor do palácio.
“A fraude na execução é clara no artigo 593, seção II, do Código de Processo Civil 1973
(CPC/2015, seção 792, seção IV), pois há uma ação pendente contra o devedor (Sersan)
com a capacidade de reduzi-lo à insolvência ao transferir uma parte desejável dos bens
imóveis que, em última instância, lhe pertencem", disse o relator.
O ministro destacou ainda que não há dúvidas de que a empresa que cedeu o terreno
para o Iguatemi usou de "astúcia" para se tornar a única proprietária do imóvel e depois
o transferiu para a empresa do shopping, que, segundo a reportagem, “tem de implicar
conluio entre os participantes e dolo de todos os adquirentes sucessores".
Declara o Relator: “O descumprimento deliberado de ordens judiciais é agravado pelo
fato de a mercadoria não poder ser entregue no mesmo processo e de a sentença
transitar em julgado”.
Além disso, destacou ainda que a indisponibilidade de Sérgio Naya e dos bens de sua
empresa foi amplamente divulgada por diversos meios oficiais e extra oficiais, não
sendo crível que uma empresa do porte da Iguatemi não fizesse o contrário e que não
tenha tomado as devidas precauções antes de adquirir o imóvel no qual viria a construir
um dos maiores shoppings da capital federal; e que, ao adquirir somente dois terços do
terreno, a Iguatemi se tornou sócia-condômina no referido empreendimento, juntamente
com a Paulo Octavio, anterior adquirente.
Terceira Turma admite fraude em transferência de terras para indenizar vítimas do
Palácio II
Uma terceira turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou conhecimento de
práticas fraudulentas na execução da cessão de um terreno localizado em Brasília, que
foi arrematado em leilão judicial para garantir indenização às vítimas do complexo
Palace II. O imóvel é atualmente um dos maiores shopping centers do Distrito Federal,
localizado em Lagos do Norte.
A decisão da Academia foi tomada durante análise de recursos interpostos em dois
embargos de terceiros, o primeiro da Paulo Octavio Investimentos Imobiliários Ltda. A
segunda é a Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A., em que a legalidade da
alienação judicial, determinada pelos desembargadores cariocas e no âmbito da ação
civil pública destinada a ressarcir os danos sofridos pelas vítimas do complexo Palace
II, foi desafiado. Ambas as empresas afirmam que são as verdadeiras donas do terreno
leiloado e que o título da propriedade foi adquirido de boa fé.
O Palácio II na Barra da Tijuca, na cidade do Rio, desabou em fevereiro de 1998,
matando oito pessoas e deixando mais de 170 famílias desabrigadas. O prédio foi
construído pela empresa Sersan, do então deputado federal Sérgio Naya.
Para constar, em ação civil pública, está determinado o congelamento de todos os bens
pertencentes a Sérgio Naya e sua empresa Matersan e Sersan, uma das sócias da
empresa proprietária do terreno.
A transferência de título é fraudulenta
O relator, ministro Villas Bôas Cueva, lembrou que o imóvel em questão pertencia à
empresa LPS - Participações e Investimento Ltda., cujos sócios Paulo Octávio
Investimentos e Sersan - cujos ativos não podiam ser alienados.
Conluio entre vendedores e compradores
O ministro enfatizou que ainda não há dúvidas de que a empresa que cedeu as terras à
Iguatemi usou "artimanhas" para se tornar proprietária exclusiva da fazenda e depois
entregá-la aos compradores. a empresa central, que, segundo o apresentador, "já alude a
conluio entre as partes envolvidas e à fraude de todos os sucessivos compradores".
"Em decorrência do descumprimento deliberado da ordem judicial, as fraudes são ainda
mais graves, pois não havendo bens ordenados no mesmo julgamento, a decisão já é
definitiva e inapelável", afirmou o apresentador.
Ressaltou ainda que a falta de bens de Sérgio Naya e suas empresas foi amplamente
divulgada por diversos meios oficiais e oficiosos, sendo inacreditável que uma empresa
do porte da Iguatemi não tenha tomado as devidas providências antes de adquirir os
bens. onde seria construído um dos maiores shopping centers da capital federal; e que,
ao adquirir apenas dois terços do terreno, a Iguatemi tornou-se coproprietária do
referido empreendimento com o comprador anterior, Paulo Octavio.
Ao contrário da responsabilidade objetiva onde não se deve provar qualquer fato
culposo pelo risco causado pela atividade, apenas pelo ato; perda; e o nexo causal, a
responsabilidade subjetiva exige a necessidade de comprovação da culpa do
profissional, como dolo, negligência ou dolo, para caracterizar o ato ilícito e a obrigação
de indenizar, conforme explica Daniele Oliveira:
"Na responsabilidade civil, culpa significa que o causador do dano não teve a intenção
de causá-lo, mas por descuido, negligência ou culpa, causa danos e deve ser reparado. A
causa da negligência é a chuva, se por imprevisibilidade, falta de atenção ao praticar
determinado ato, o infrator causa danos ou lesão. não preparado por falta de
conhecimento, habilidade, habilidade e competência. A negligência ocorre quando o
agente não é diligente, não controla a prática do ato correta e cuidadosamente, agindo
com negligência.»
Tanto o engenheiro quanto o arquiteto são responsáveis pelos danos causados por erros
cometidos na elaboração do projeto, como cálculos e plantas pré-fabricados, conforme
explicitado a seguir:
“[...] o projeto, o controle de projeto e construção é responsável pelos efeitos colaterais
causados pela obra o empreiteiro, cuja tarefa é dirigir e controlar a execução do projeto
desde o trabalho preliminar, preparação do terreno até a conclusão e perícia de
construção. materiais usados. , tais como tijolos, tubulações e vergalhões e os rejeita
caso sejam insuficientes ou danificados, o que é responsável pela qualidade da obra e
pela segurança."
Ao que explica os artigos e as matérias acima, a responsabilidade é subjetiva.

Referências
https://rodrigobede.jusbrasil.com.br/artigos/454546832/a-responsabilidade-civil-dos-arquitetos-e-engenheiros

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/stj-determina-indenizacao-de-r-30-milhoes-as-familias-de-vitimas-do-pallace-

https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/coberturas/desabamento-do-palace-ii/noticia/desabamento-do-palace-
ii.ghtml

https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/09062022-Terceira-Turma-reconhece-fraude-na-
transferencia-de-terreno-destinado-a-indenizar-vitimas-do-Edificio-Palace-II.aspx

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