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V I O L Ê N C I A

D O M É S T I C A
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a EMEF GENERAL VICENTE DE


PAULO DALE COUTINHO, corpo docente e
discente.
AGRADECIMENTOS

A todos os integrantes do grupo por trabalharem para finalizar o TCA.


Aos entrevistados por colaborarem conosco para a pesquisa. Todos os
professores que nos orientaram e estiveram disponíveis para ajudar. E a
demais coordenação da escola.
VIOLÊNCIA

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define violência


como, “o uso intencional da força física ou do poder, real ou
em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou
contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha
grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano
psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Violência doméstica é todo tipo de violência praticada entre os
membros que habitam um ambiente familiar. Pode acontecer entre
pessoas com laços sanguíneos (como pais e filhos), ou unidas de
forma civil (como marido e esposa ou genro e sogra). Ocorre,
independente do sexo, idade ou posição social. É caracterizada
como violência doméstica a violência física, psicológica, sexual,
patrimonial e/ou moral que ocorre em ambiente residencial,
doméstico, ou seja, em contexto familiar.

Violência psicológica: A violência psicológica é toda ação ou omissão que causa ou tem como
objetivo causar dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Ex. perseguir
ameaçar.

Violência física: A violência física ocorre quando uma pessoa viola o espaço corporal da outra sem o
seu consentimento, com o uso intencional de força física. Ex. feminicídio, agressão física.

Violência sexual: Violência sexual ocorre quando o agressor pratica relações sexuais sem o
consentimento da vítima.

Violência patrimonial: Violência patrimonial ocorre quando há subtração, retenção e destruição


parcial ou total de bens, incluindo documentos pessoais, instrumentos de trabalho, etc.

Violência moral: Violência moral ocorre quando há agressão sobre a integridade e conduta da
vítima. Ex. injúria (ofensa), calúnia, difamação.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER NO BRASIL
Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) no Brasil, referentes ao
período de janeiro a julho de 2018, a partir de um balanço do Ligue 180 – Central de
Atendimento à Mulher, foram registrados 27 feminicídios, 51 homicídios, 547 tentativas
de feminicídios e 118 tentativas de homicídios. No mesmo período, os relatos de
violência chegaram a 79.661, sendo os maiores números referentes à violência física
(37.396) e violência psicológica (26.527). Desses relatos, 63.116 foram classificados como
violência doméstica, o que inclui cárcere privado, assédio, homicídio, tráfico de pessoas,
tráfico internacional de pessoas, tráfico interno de pessoas e as violências física, moral,
obstétrica, patrimonial, psicológica e sexual.
Muitas são as implicações envolvendo o fenômeno da violência doméstica contra a mulher, com a
repercussão de casos nos meios de comunicação e atingindo a sociedade de uma maneira geral, a
ponto de ter sido criada e sancionada uma lei visando cessar a violência contra as mulheres.
Decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 7
de agosto de 2006, a Lei Nº 11.340 (Lei Maria da Penha) cria mecanismos para coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher.
Contudo, a lei só foi criada após a farmacêutica Maria da Penha sofrer constantes violências,
inclusive duas tentativas de assassinato, por parte do esposo, onde uma delas ficou paraplégica. Ao
finalmente resolver denunciar, houve incredulidade por parte da justiça brasileira e foi somente
após acionar órgãos internacionais, que anos depois seu caso foi solucionado. Diante disso, o Brasil
viu a necessidade de reformular as leis, ao que se refere a violência contra a mulher.
Um dos artigos fundamentais da Lei Maria da Penha e o Art. 5º “Para os efeitos desta Lei, configura
violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que
lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:”
VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS IDOSAS NO BRASIL
As denúncias de violência contra pessoas idosas representavam, em 2019, 30% do total de denúncias
de violações de direitos humanos recebidas pelo canal telefônico, Disque 100, disponibilizado pelo
governo federal, o que somava em torno de 48,5 mil registros. Em 2018, o serviço recebeu 37,4 mil
denúncias de crimes contra idosos. No fim do ano passado, com o isolamento social imposto pela
pandemia do Covid-19, o número observado em 2019 aumentou 53%, passando para 77,18 mil
denúncias. No primeiro semestre de 2021, o Disque 100 já registrou mais de 33,6 mil casos de violações
de direitos humanos contra o idoso, no Brasil.
A violência contra o idoso é crime previsto em lei, Constituição Federal, Estatuto do Idoso (Lei
10.741/2003) que garante o cumprimento de direitos básicos às pessoas com idade igual ou maior que
60 anos e Código Penal.
Lei 10.741/2003 Art. 3º “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público
assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à
dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.”
VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS E ADOLECENTES
A violência contra crianças e adolescentes atingiu o número de 50.098 denúncias no primeiro semestre
de 2021. Desse total, 40.822 (81%) ocorreram dentro da casa da própria vítima, os dados são do Disque
100, um dos canais da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Mulher, da Família e
dos Direitos Humanos (ONDH/MMFDH), no mesmo período em 2020, o número de denúncias chegou a
53.533.
A maioria das violações é praticada por pessoas próximas ao convívio familiar. A mãe aparece como a
principal violadora, com 15.285 denúncias; seguido pelo pai, com 5.861; padrasto/madrasta, com 2.664; e
outros familiares, com 1.636 registros. Os relatos feitos para a ONDH são, em grande parte, de denúncias
anônimas, cerca de 25 mil do total.
Em 13 de julho de 1990, foi criada a Lei 8.069, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é o
maior e mais importante marco jurídico destinado a proteção dos direitos das crianças e adolescentes no
país. Estabelece a Doutrina da Proteção Integral, reconhecendo toda criança e todo adolescente como
sujeitos de direitos e garantias fundamentais como: o direito à educação; à saúde; ao lazer; à liberdade;
ao respeito e a proteção contra qualquer tipo de violência, em situação de absoluta prioridade e
condições específicas de desenvolvimento físico, psicológico e social.
Fica evidente a intencionalidade da proteção no Art. 5º. “Nenhuma criança ou
adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.”
Após o assassinato de uma criança pelos responsáveis, foi criada a lei chamada
Menino Bernardo ou Lei da Palmada como ficou conhecida nos meios de
comunicação, que complementa o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),
Lei 13.010 Art. 18-A. “A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e
cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante,
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos
pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes
públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa
encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.”
Não existem dados oficiais referente a possível violência doméstica contra
homens. Entretanto, quando a violência ocorre contra o homem, temos o
Código Penal Brasileiro que resguarda os direitos de todos os indivíduos,
como podemos verificar nos artigos a seguir:
Art. 129. “Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:” § 9º “Se
a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de
hospitalidade.” Que trata sobre lesão corporal e o Art. 147 sobre ameaça,
“Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave”.
DENUNCIE!
Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180
É um serviço atualmente oferecido pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). É uma política pública essencial para o
enfrentamento à violência contra a mulher em âmbito nacional e internacional. Por meio de ligação
gratuita e confidencial, esse canal de denúncia funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, no
Brasil e em outros 16 (dezesseis) países: Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco e Boston),
França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça,
Uruguai e Venezuela.
Além de registrar denúncias de violações contra mulheres, encaminhá-las aos órgãos competentes e
realizar seu monitoramento, o Ligue 180 também dissemina informações sobre direitos da mulher,
amparo legal e a rede de atendimento e acolhimento.
É possível denunciar também de forma online, através da delegacia eletrônica da Polícia Civil Página
Inicial - Delegacia Eletrônica (policiacivil.sp.gov.br). Em casos de estupro, homicídio e latrocínio (Roubo
seguido de Morte) é necessário se dirigir até uma delegacia e registrar a ocorrência pessoalmente.

Disque Direitos Humanos - Disque 100


O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados,


domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de
discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel. O serviço pode
ser considerado como “pronto socorro” dos direitos humanos pois atende
também graves situações de violações que acabaram de ocorrer ou que ainda
estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante.
Fizemos uma pesquisa, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre o que é violência
doméstica, repassar fatos e mostrar gráficos sobre as pessoas da escola referente ao conhecimento
acerca do assunto.

Gráfico referente à pesquisa

Você já ouviu falar em violência doméstica?


Para você, como pode ser caracterizada a violência
doméstica.
Violência física
Violência sexual
Violência psicológica
Violência moral
Violência patrimonial
Em sua opinião, a violência doméstica ocorre somente com a mulher?
Você conhece alguém que sofre/sofreu violência doméstica?
Você acha que existe alguma solução para a violência doméstica?
Com base na pesquisa e análise dos dados obtidos, concluímos que os alunos entrevistados
não têm um conhecimento amplo sobre a violência doméstica.
O assunto deveria ser abordado, pois, como citado anteriormente e de acordo com a pesquisa,
a violência doméstica não se baseia somente em violência física, e muitos alunos não têm esse
entendimento. É possível que alguma criança possa ser ou ter sido vítima de algum tipo de
violência e não ter ciência deste fato pela falta de informação sobre o tema.
Para ampliar o conhecimento, e difundir as informações acerca do tema, a fim de evitar que os
pais se sintam desconfortáveis (em alguns casos), é necessário que as escolas também abordem
o tema, que pode ser apresentado em forma de cartazes, panfletos, palestras, reuniões e cases.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
INSTITUTO LEI MARIA DA PENHA - Tipos de Violência www.institutomariadapenha.org.br.
Acesso em 02 nov 2022.

PLANALTO - Leis planalto.gov.br


Acesso em 24 nov 2022.

GOV.BR - MDH divulga dados sobre feminicídio/Disque 100 e disque 180 www.gov.br
Acesso em 24 nov 2022.

GOV.BR - 81% dos casos de violência contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/julho/81-dos-casos-de-violencia-contra-criancas-e-adolescentes-
ocorrem-dentro-de-casa
Acesso em 02 dez 2022.

GANDRA, Alana - Aumentam o caso violência contra pessoas idosas no Brasil. https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-
humanos/noticia/2021-06/aumentam-casos-de-violencia-contra-pessoas-idosas-no-brasil
Acesso em 02 dez 2022
P O R :

Bianca Santos da Silva


Geovana Tainá da Silva Rosa
Giovanna da Silva Moreira
Guilherme Denório da Silva
Julia Asevedo Bernardino dos Santos
Keyte Steffany Nascimento Dantas de Amorim
Laura Silva de Senna
Samira Marques Ribeiro

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