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MÓDULO V

Material elaborado pela equipe da SaferNet Brasil:


Bianca Orrico1
Rodrigo Nejm2

AULA 1

1 CIBERBULLYING

1.1 O QUE É?

O Ciberbullying é uma modalidade virtual do bullying (intimidações repetitivas entre crianças


e adolescentes), mas com características próprias, pois tem um efeito multiplicador e de grandes
proporções quando acontece. Nessa modalidade de bullying, as ferramentas tecnológicas tais
como celulares e câmeras fotográficas, ambientes como a Internet e as redes sociais são usados
para produzir, veicular e disseminar conteúdos de insulto, humilhação e violência psicológica
que provocam intimidação e constrangimento das crianças e adolescentes envolvidos.

É um problema mundial, por vezes subestimado pelos adultos, que muitas vezes o encaram
como uma brincadeira de crianças. Ciberbullying não é brincadeira porque só existe brincadeira
quando todos os envolvidos se divertem. Se há uma relação desigual de poder, onde uns se
divertem e outro sofrem e são maltratados, então é preciso que os adultos tomem uma
providência. O maior desafio é justamente diferenciar o que é brincadeira agressiva e o que é a
violência do ciberbullying quando os conteúdos circulam fora de contexto nas redes. O que está
por trás desta palavra diferente é um tipo muito sério de discriminação e intolerância
reproduzidas nas relações entre crianças e adolescentes. Mais importante do que apenas
denunciar e responsabilizar os agressores, é vital um trabalho educativo para criar uma cultura
de respeito e cidadania também nas relações estabelecidas no mundo digital.

Desde 2015 há uma lei no Brasil prevista para prevenir e combater este tipo de violência,
especificando a definição abrangente de Bullying, Lei nº 13.185 / 2015:

“Art. 1º § 1º “No contexto e para os fins desta Lei, considera-se intimidação sistemática
(bullying) todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo que ocorre sem
motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o
objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de
desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.”

Acesso à lei: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm

1
Psicóloga SaferNet Brasil. (UNIFACS)
2
Diretor de Educação SaferNet Brasil. Psicólogo. Pesquisador Doutor (GITS/UFBA)
1.2 O QUE FAZER?

É importante mostrar que ciberbullying não é uma "brincadeirinha" e pode trazer sérias
consequências prejudiciais para ambos: vítimas e agressores.

Sinais das vítimas de Ciberbullying:


- Mudanças repentinas no uso da Internet e celular;
- Medo de compartilhar o que faz na Internet e celular;
- Medo de ir para escola e encontrar amigos;
- Exclusão repentina de perfis em redes sociais e jogos;
- Evitam participar em atividades coletivas;
- Sinais incomuns de tristeza;
- Isolamento no intervalo da escola;

É fundamental que a vítima saiba que ela não é culpada e receba apoio emocional dos familiares,
educadores e amigos. Geralmente a vítima é alguém que pode ser vulnerável por apresentar
algo que destoa do grupo. Não há justificativa, nem motivações específicas para a escolha, mas
os alvos podem ser pessoas que não conseguem fazer frente às agressões sofridas, por isso elas
precisam de apoio dos pares, da escola, família e de profissionais. Os agressores geralmente são
(ou foram) vítimas desta mesma forma de violência em outros contextos e também precisam de
ajuda e orientações. É muito importante não individualizar o problema nem na vítima nem no
agressor, lembrando que o ciberbullying, assim como o bullying, são fenômenos coletivos, são
fruto de problemas nas formas de socialização entre os pares e nunca uma questão individual.

1.3 COMO PREVENIR?

É muito importante estimular o debate sobre este tema com toda comunidade escolar e realizar
atividades preventivas, seguindo as previsões da Lei nº 13.185 / 2015. Sendo um problema
coletivo, as testemunhas que participam (assim como as que silenciam) são parte do problema
e precisam estar envolvidas nas possíveis soluções para construção de um contexto de respeito
e convivência pacífica das diferenças.

– Um primeiro passo é conscientizar as crianças e adolescentes sobre a dimensão pública da


Internet e da Web;
– Em seguida é vital enfatizar que a Internet não é um mundo paralelo sem regras e sem leis.
Todas as leis valem na Internet assim como valem na rua, na escola e no bairro;
– Tudo o que fazemos online deixa rastros, tudo. Somos responsáveis por tudo o que
escrevemos, comentamos e produzimos na rede;
– Se produzimos conteúdos de violência, se participamos de situações de ciberbullying ou se
divulgamos mensagens humilhantes estamos participando da violência e as consequências são
muito reais;
– Não é porque é digital que a violência online não machuca. O Ciberbullying pode arruinar a
vida das vítimas;
– A partir de 12 anos os adolescentes já podem responder pelo ato infracional equivalente aos
crimes associados à difamação. Injúria, racismo, ameaça etc;
– As autoridades tem como descobrir os responsáveis pelos conteúdos violentos e
responsabilizar na justiça;
– Quanto mais audiência as pessoas dão para conteúdos de ciberbullying, mais chata e violenta
a Internet será;
– Valorize conteúdos positivos na rede ao invés de dar atenção aos conteúdos de
discriminação. Valorize a diversidade!

Aproveite os recursos educacionais abertos da SaferNet com Cartilhas, Vídeos, Sugestões de


aula, todas gratuitas e disponíveis.

- Cartilha você encontra dicas e orientações para esse tipo de situação:


http://new.safernet.org.br/node/266#

- Guia para criar contra-narrativas on-line, combatendo o ódio com atitudes positivas. Este
material é um ótimo roteiro para fazer atividades com os alunos:
http://saferlab.org.br/guia.pdf

Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=ehMAdF7Dlt4
https://www.youtube.com/watch?v=-Xmg5zdqjOo
https://www.youtube.com/watch?v=Yxg4FeHZCSA
https://www.youtube.com/watch?v=qn04Ey161Hs&list=PL9CC8479B8B9CAFCE&index=1
8&t=0s

Atividades: Use a sugestão de roteiro “Ficha Matérias”, escolha uma das notícias relacionadas
no arquivo “Notícias para debates” e promova um debate com a turma de estudantes em sala.

1.4 COMO DENUNCIAR?

Ciberbullying pode ser denunciado e os responsáveis punidos quando houver ato infracional.

Como envolve crianças e/ou adolescentes, os pais e/ou responsáveis de confiança precisam ser
informados para ajudar a resolver o problema. O mais adequado é buscar resolver diretamente
com os envolvidos (geralmente outras crianças e adolescentes) na escola ou ambiente no qual
ocorreu o caso, mediando o conflito para promover a cultura de paz e campanhas de prevenção
na instituição. A mediação do conflito com a participação dos alunos e da direção da escola
pode ser uma ótima estratégia pedagógica para mobilizar os pares e não apenas vítimas e
agressores.

Quando não há possibilidade de identificar o agressor e/ou não há espaço para resolver de forma
mediada e preventiva, o caso pode ser comunicado ao Conselho Tutelar, Ministério Público ou
delegacia de polícia quando houver atos infracionais. É importante gravar todas as mensagens
e imagens ofensivas recebidas e bloquear os contatos. A vítima ou responsável legal deve fazer
um boletim de ocorrência com as provas (mensagens, fotos, e-mail, n° celular da origem das
agressões) para que se iniciem as investigações.

Escola, família e testemunhas são co-responsáveis e podem ser responsabilizadas por omissão
caso negligenciem os sinais e as consequências do ciberbullying.

A recomendação é estimular os alunos e alunas a quebrarem o silêncio e perceberem que


testemunhar calado a este tipo de agressão não é nada legal. Para evitar o medo de serem
encarados como “dedo duro”, os alunos e alunos podem ser estimulados por rodas de conversa
ou canais de ouvidoria nas escolas, como as caixas de opiniões/reclamações anônimas para
apontar situações de incômodo no cotidiano escolar.

Sempre que souber de casos na instituição, o importante é oferecer ajuda às vítimas para
interromper a violência. Na SaferNet, nosso trabalho na prevenção e orientação direta às
crianças e adolescentes no www.canaldeajuda.org.br busca justamente evitar que o
Ciberbullying prolifere. Sensibilizar os alunos sobre os limites das "zoeiras" e as implicações
legais dos seus atos na Internet é cada vez mais urgente.

A SaferNet aposta nesse caminho preventivo, conciliando as diretrizes do Programa de


Combate à Intimidação Sistemática com o que está previsto no Art. 26 do Marco Civil da
Internet sobre a educação para o uso seguro e consciente da Internet.

Divulgue o canal para educadores, estudantes e familiares www.canaldeajuda.org.br Quanto


mais gente mobilizada, mais força pra enfrentar o Ciberbullying. Confira o vídeo sobre o Canal
de Ajuda:
https://youtu.be/mXhahWQQCac

AULA 2

2 SEXTING

2.1 O QUE É?
Sexting é um exemplo de uso da Internet para expressão da sexualidade na adolescência. É um
fenômeno recente no qual adolescentes e jovens usam seus celulares e recursos da Internet para
produzir e divulgar fotos sensuais de seu corpo (nu ou seminu). Envolve também mensagens
de texto eróticas (no celular ou Internet) com convites e insinuações sexuais para namorado(a),
pretendentes e/ou amigos(as).

Sexualidade e sexo não são a mesma coisa e precisamos perceber as diferenças para educar
nossas crianças e adolescentes sobre seus direitos sexuais sem confundir as coisas.
Sexo é uma das expressões da sexualidade já amadurecida que envolve a escolha de um(a)
parceiro(a) e que pode acontecer a partir do desenvolvimento da puberdade quando já
conquistada certa maturidade psicológica.

Já a sexualidade está presente em todo o desenvolvimento do indivíduo, mas com características


diferentes em cada etapa da vida. A sexualidade na criança, por exemplo, é muito diferente da
sexualidade no adulto.

Um novo problema relacionado ao compartilhamento não consentido de imagens íntimas é


conhecido como Sextorsão. Confira o vídeo e as dicas para reconhecer esta violência na
Internet:

http://www.sextorsao.com.br/

Além das dicas e orientações da campanha “Pare a Sextorsão”, sugerimos que leia as
orientações abaixo para estimular a discussão sobre sexualidade e Internet de forma mais ampla
na sua escola.

2.2 O QUE FAZER?

É importante não negar nem recusar o diálogo sobre a sexualidade na infância, evitando
confundir com sexo e achar que este diálogo faria a criança perder a inocência. É preciso romper
o tabu para compreendermos mais as características da sexualidade no desenvolvimento infantil
e estar presente, como educadores, no diálogo que informe e oriente para que o
desenvolvimento seja saudável e ético.

Se as crianças e adolescentes não têm os espaços para falar de sua sexualidade nas escolas ou
em casa, com pessoas de confiança, deixamos aberto o espaço para que procurem saber mais
com estranhos na Internet ou mesmo experimentar sem as devidas precauções que poderiam
evitar sérios riscos.

Sabemos que a infância é marcada por brincadeiras e curiosidades sexuais em cada faixa etária.
A curiosidade começa com perguntas, por exemplo, sobre de onde vêm os bebês e em
determinada idade passa também pelo enigma da diferença entre meninos e meninas, entre
tantas outras. Como educadores, é importante que não encaremos este tema apenas com
repressão.

Podemos abrir espaços de conversa para que as crianças e adolescentes expressem suas dúvidas
e contem com ajuda para amadurecer. Cuidado para também não se antecipar apresentando
questões que a criança ainda não pensou, nem perguntou. O equilíbrio é necessário para falar e
conversar sobre o que se sente confortável e a partir daquilo que a criança verbalizou ou se
interrogou. Quando reprimimos a dúvida e a curiosidade, reprimimos também o
desenvolvimento intelectual da criança.

2.3 COMO PREVENIR?

A sensação de anonimato e a mediação tecnológica podem favorecer uma exposição maior do


que aquela que é feita na interação presencial. Diante do computador ou do celular as crianças
nem sempre percebem a dimensão da publicidade e exposição quando publicam uma foto, um
vídeo ou falam com alguém em um bate-papo.

Em muitos casos a descoberta da sexualidade na adolescência conta com a ajuda de amigos nas
redes sociais, de respostas obtidas nos buscadores e de conversas íntimas feitas com conhecidos
virtuais. Estas práticas podem ser saudáveis desde que haja um histórico de orientações e
diálogos prévios na infância que permitam uma descoberta responsável e segura.

O mais importante é estimular os(as) adolescentes a desenvolverem o auto-cuidado com seu


corpo e sua sexualidade, percebendo os limites saudáveis para suas experimentações e o dever
de respeitar a intimidade dos outros.
Outro ponto importante é enfrentar o tabu de repressão à sexualidade feminina que ainda é
encarada de forma machista pela sociedade. Nos casos de vazamento de conteúdo íntimo, as
meninas e mulheres são majoritariamente as mais prejudicadas. Não bastasse a violência da
exposição sem autorização, as meninas são ainda culpabilizadas e julgadas de forma violenta
nas escolas como se fossem responsáveis pelo problema. Em hipótese alguma a escola pode
julgar a expressão da sexualidade, mas pode e deve atuar na mediação do conflito para que as
autoridades possam identificar os responsáveis pelo vazamento, o que é crime.

Produzir e compartilhar nude de si é uma expressão possível da sexualidade. Porém, uma vez
que o arquivo se torna digital é muito, muito difícil ter controle sobre ele. Dependendo da idade,
esta prática de produção de nude pode ser muito arriscada e gerar danos ao desenvolvimento
saudável da sexualidade. Por sua vez, a produção, distribuição e simples posse de conteúdos
sexual de alguém menor de 18 anos é crime de acordo com o artigo 241-E do Estatuto da
Criança e do Adolescentes.
2.4 COMO DENUNCIAR?

No Estatuto da Criança e Adolescente considera-se crime produzir e armazenar fotografias ou


imagens pornográficas e de sexo explícito de menores de 18 anos - "Art. 241. Apresentar,
produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive
rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas
de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente". Portanto, havendo imagens com este
teor, cabe formalizar uma denúncia. Confira Infográfico com os detalhes para denunciar:

Se o conteúdo for acessivelmente publicamente, denuncie preenchendo o formulário na página


http://www.safernet.org.br/site/denunciar . Solicite formalmente a remoção do conteúdo ilegal
ao prestador de serviço responsável por hospedá-lo, através de uma carta, neste link você
encontra um modelo.

Se não for um conteúdo acessível publicamente, e-mail, conversas pelo celular, páginas
privadas, preserve todas as provas, procure a Delegacia de Polícia Civil mais próxima do local
de residência da vítima e registre a ocorrência. Você também pode ir a uma Delegacia
Especializada em Crimes Cibernéticos.

Mesmo que o(a) adolescente tenha produzido voluntariamente este tipo de conteúdo, sua
circulação não é permitida por representar um risco geral de banalização das imagens de abuso
sexual de crianças e adolescentes que circulam nas redes criminosas. Além disso, atualmente a
circulação dos “nudes” ocorre no contexto de redução da sexualidade feminina como objeto
passivo.

PARA DEBATER

É importante debater este tema não apenas pelo viés da criminalização, mas também aproveitar
para refletir sobre educação e ética relacionadas à sexualidade. De acordo com o PCN e com o
Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, as questões ligadas à sexualidade devem
ser parte dos temas transversais dos currículos e parte dos debates sobre ética e cidadania no
mundo contemporâneo.

- Dialogar sobre o que os alunos fazem e vêem na Internet, incluindo conteúdos mais íntimos;
- Propor às crianças e adolescentes uma reflexão e discussão dos limites da intimidade num
espaço público como a Internet, respeitando as faixas etárias;
- Promover atividades que explorem as fronteiras do corpo de cada um, a imagem que se projeta
dele e o que se deve proteger. Quais referências de beleza temos?;

MATERIAIS DE REFERÊNCIA PARA ESTUDO


Cartilha Bullying não é brincadeira do Ministério Público da Paraíba
Este material apresenta explicações, dicas e exemplos de como prevenir e se defender das
situações de bullying. Quais consequências psicológicas de quem sofre? Quais consequências
legais para quem faz? Como e para quem pedir ajuda? As respostas para estas e outras
perguntas sobre bullying e ciberbullying estão de forma simples nesta cartilha, ajudando a
construir uma cultura de paz na Internet.
http://new.netica.org.br/adolescentes/arquivos-cartilhas/cartilha-bullying.pdf

Cartilha Diálogo Virtual


Esta cartilha da SaferNet Brasil, organização que promove Direitos Humanos na Internet, foi
especialmente desenvolvida para crianças e adolescentes e possui ilustrações e testes para
aprender sobre o uso seguro e responsável da Internet, além de apresentar o Helpline BR: um
canal de ajuda on-line e gratuito (www.canaldeajuda.org.br), criado especialmente para tirar
dúvidas sobre perigos na rede e ajudar quem sobre algum tipo de violência, chantagem ou
discriminação na Internet (enfoque sobre Ciberbullying nas páginas 10 e 11):
https://bit.ly/2r3ss8u

Cartilha a Web que queremos


Tradução realizada pela Safernet Brasil do livro paradidático The Web We Want, publicado
pelo European Schoolnet e parceiros, trazendo vários exercícios que convidam para o debate
sobre o futuro da Internet, liberdades online, privacidade e cidadania digital (enfoque sobre
Liberdade de expressão na página 17, identidade na página 29 reputação na página 30):
https://bit.ly/2LwbACQ

Planos de aula
No link abaixo você encontra sugestões de aulas desenvolvidas pela Safernet Brasil para
orientar sobre o uso ético e responsável da rede. Escolha uma das atividades e remodele de
acordo com as demandas de sua instituição. Os materiais podem ser adaptados para que
possam ser conectados com as atividades curriculares de cada unidade:
http://www.safernet.org.br/site/sites/default/files/Planos de Aula_SaferNet_2015.zip

Privacidade
goo.gl/kwvLBJ

Sexting e nudes
goo.gl/Ej9Lpc

Mais vídeos canal Youtube SaferNet

Palavras que machucam


https://www.youtube.com/watch?v=qn04Ey161Hs&list=PL9CC8479B8B9CAFCE&index=1
0
Narração
https://www.youtube.com/watch?v=QekkiY_5dLQ&list=PL9CC8479B8B9CAFCE&index=8

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