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E.M.ANTENOR G.

VIANA JÚNIOR

INTERNET
SEGURA
REFLEXÃO SOBRE O USO ÉTICO E
RESPONSÁVEL DA REDE

PROFA. JULIA FENONILIA


TRÊS ESTRATÉGIAS PARA DISCUTIR O TEMA NA ESCOLA
O mundo online é cheio de armadilhas que vão desde vírus, cadastro em
aplicativos que deixam seus dados expostos ou propagação de notícias
falsas, além de questões como cyberbullying e, em casos extremos, até
ameaças à vida.

É importante entender que a internet é uma ferramenta. Assim, é o uso


dado a ela que vai atestar comportamentos positivos ou negativos. O
debate sobre isso tem de começar desde cedo. A pesquisa TIC Kids Online
Brasil, divulgada em 2018, mostrou que 8 em cada 10 crianças e
adolescentes de 9 a 17 anos são usuárias da internet, o que corresponde a
24, 7 milhões de jovens em todo o país.

Das mais de três mil crianças e adolescentes de todo o Brasil


entrevistados para a pesquisa, 39% declararam ter contato com formas de
discriminação na rede no último ano. Entre os principais tipos
identificados estão discriminação de cor ou raça (26%), aparência física
(16%) e preferência sexual (14%).

Em contrapartida, pais e cuidadores, que também foram ouvidos na


pesquisa, estão cada vez mais ligados em estratégias de orientação sobre
segurança na internet. Cerca de 70% dialogam com os filhos sobre
conteúdos da internet que incomodem ou aborreçam, 79% ensinam formas
de usar a internet com segurança e 84% ensinam a se comportar no
relacionamento com pessoas por meio das redes sociais.

O PAPEL DA ESCOLA:
O fundamental é fortalecer o debate sobre como manter a
internet segura. “Não é só porque a internet está nos marcos
regulatórios, mas é para educar as novas gerações para um
mundo cada vez mais digital”, avisa Rodrigo, o especialista da
Safernet Brasil. “A escola pode e deve ser uma ponte para o
entendimento da dimensão ética, de cidadania,
responsabilidade e autocuidado no uso das tecnologias,
independentemente do nome que elas tenham”, complementa.

É fundamental que a escola engaje em ações práticas, como a


distribuição de cartazes que alertam sobre os perigos da rede.
Aumentar a parceria com os pais para encontrar maneiras de
estender essa conscientização para além dos muros da escola
também é boa alternativa.
Estratégia 1: Aprendizado na prática
Faça atividades com o uso das redes sociais, Facebook, Instagram, por
exemplo, permeada por conversas sobre o uso consciente das redes,
discutindo os lados positivos e negativos dessas mídias, fazendo com que
eles entendam que existe um uso pedagógico das ferramentas que pode
ser muito divertido.

A atividade traz maior senso de responsabilidade com as redes sociais,


já que os estudantes poderão ficar encarregados de cuidar dos perfis
criados na atividade. Os laços entre as crianças e os educadores também
se estreitaram, o que facilita o compartilhamento offline de experiências
vividas online.

Estratégia II: Rodas de conversa


Proibir não é o caminho. A internet oferece muitas possibilidades e a
conscientização é a melhor forma de proteger a todos. E fazemos isso por
meio da empatia e da solidariedade.
Assim, os estudantes são estimulados a discutir assuntos relacionados às
mídias sociais e o uso seguro da internet nas rodas de conversa. A escola
também poderá levar o debate para o conselho de escola composto por
pais, aproximando as famílias da discussão.
Claro que enfrentaremos muitas situações delicadas. Os professores
também precisam se adaptar à dinâmica que a internet traz para as aulas,
mas precisamos conversar sempre sobre tudo isso e construir juntos a
melhor maneira de se apropriar das tecnologias digitais, sempre com
empatia, escuta e acolhimento.

Estratégia III: Cartilhas e materiais extras


A Safernet Brasil disponibiliza algumas cartilhas que ajudam
educadores a trabalhar o tema em sala de aula. É o caso do Guia
Responsável para Uso da Internet, feito em quadrinhos para estimular o
pensamento sobre uso da rede de forma lúdica e da A Web que Queremos.
Voltada para público adolescente, traz exercícios e debates sobre o futuro
da internet, liberdades online, privacidade e cidadania digital.
Em parceria com o Ministério da Educação (MEC), a ONG também
produziu algumas cartilhas para educadores. O documento Internet, eu e a
sociedade: o que está mudando? reúne algumas reportagens que discutem
o assunto e promovem o debate.
A plataforma Dialogando, que tem como objetivo debater o próprio papel
da tecnologia e meios de manter a internet segura, disponibiliza uma série
de reportagens sobre o uso seguro da internet ao longo de todo o mês de
fevereiro.
Outros materiais:

Cartilhas para pais de crianças: Clique aqui.

Cartilha sobre Segurança Virtual ensina crianças a se protegerem na web:


Clique aqui.

DESAFIO DO MÊS:
Utilizar uma estratégia, das três apresentadas na página anterior, para
trabalhar o tema " Internet Segura" com seus alunos.

Registre o(s) momento(s) em fotos ou vídeos para exposição na próxima


oficina.

Referências:
https://blog.mackenzie.br/mercado-carreira/mercado-de-
trabalho/nocoes-de-etica-no-mundo-digital-2/

https://www.arvore.com.br/blog/7-motivos-para-os-professores-usarem-
os-celulares-na-sala-de-aula

https://www.fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/internet-segura-
tres-estrategias-para-discutir-o-tema-na-escola/

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/cyberbullying.htm

https://new.safernet.org.br/content/guia-de-uso-respons%C3%A1vel-da-
internet-%E2%80%93-gurigvt

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