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CENTRO UNIVERSITÁRIO DOUTOR LEÃO SAMPAIO- UNILEÃO

BACHAREL EM DIREITO

MARIA WEDJA RENNY DE SOUSA SOARES

EDUCAÇÃO DIGITAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES:


O COMBATE AOS CRIMES CIBERNÉTICOS

Juazeiro do Norte-CE
2023
MARIA WEDJA RENNY DE SOUSA SOARES

EDUCAÇÃO DIGITAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES:


O COMBATE AOS CRIMES CIBERNÉTICOS

Projeto apresentado ao Centro Universitário Doutor


Leão Sampaio/UniLeão, como requisito para a
obtenção de nota da disciplina Metodologia da
Pesquisa, sob orientação da Prof. Alyne Leite de
Oliveira.
Professor Orientador da Pesquisa: Francisco
Gledison Lima Araujo

Juazeiro do Norte-CE
2023
SUMÁRIO

RESUMO.................................................................................................................................................4
Palavras-Chave: Crimes Cibernéticos. Direitos Da Criança E Do Adolescente. Educação Digital.
Segurança Digital....................................................................................................................................4
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................5
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................................................5
1.2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................................5
1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................................................6
1.3 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................................6
3 MÉTODO............................................................................................................................................11
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................12
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................12
RESUMO

No mundo contemporâneo altamente conectado e digital, as crianças estão cada vez mais
expostas a riscos relacionados a crimes cibernéticos. A importância de abordar esse tema em
um contexto científico é evidente, dada a crescente dependência da sociedade em relação à
tecnologia e à internet. O presente projeto de pesquisa tem como objetivo geral Desenvolver e
implementar estratégias de educação digital abrangentes e eficazes para capacitar crianças e
adolescentes a protegê-los contra crimes cibernéticos e ameaças à sua privacidade,
promovendo um ambiente digital seguro e responsável para a nova geração e, além disso,
busca de forma especifica discutir sobre o avanço tecnológico na contemporaneidade e o
desenvolvimento do direito digital, Propor treinamento e recursos para educadores e pais ou
responsáveis, a fim de capacitá-los para orientar crianças e adolescentes sobre segurança
cibernética. Trata-se de uma pesquisa básica, descritiva, que usará o método de abordagem
qualitativa, por meio de levantamento bibliográfico. O aludido projeto objetiva o
levantamento de dados para esclarecimento de lacunas e a identificação de meios e
mecanismos que possam contribuir com a educação infanto-juvenil bem como, reforçar as
implicações legais frente a proteção integral dos direitos das crianças e adolescentes na era
digital.

Palavras-Chave: Crimes Cibernéticos. Direitos Da Criança E Do Adolescente. Educação


Digital. Segurança Digital.
1 INTRODUÇÃO

Após a pandemia, o sistema educativo precisou rever algumas questões relacionadas


com a utilização de recursos de ensino, incluindo recursos digitais que estão cada vez mais
presentes no atual sistema de ensino. Mesmo com dificuldades, as escolas ganharam
experiência que pode ser combinada ensinando o mundo tecnológico (SOUSA et al., 2022).
No entanto, a utilização generalizada das redes tem levantado questões sobre a proteção dos
dados pessoais, uma vez que o registo de perfis nestas redes implica o fornecimento de dados
de identificação para além da existência de fontes indiretas de captação de dados.
Bem como menciona Maciel e Edler (2022), a segurança dos dados pessoais apresenta
problema para os adultos e assume dimensões mais graves para as crianças, que são
destinatários mais vulneráveis e estão cada vez mais expostas a riscos relacionados a crimes
cibernéticos. Esses riscos incluem cyberbullying, exposição a conteúdo inapropriado, assédio
online, predadores virtuais e até mesmo a possibilidade de se tornarem involuntariamente
cúmplices de atividades ilegais na internet.
Por esta razão, a proposta desta tese assenta na análise da legislação relevante para a
proteção integral de menores na Internet, de forma a determinar se, para além das garantias
legais, estes princípios também são aplicados na prática. Além disso, o presente trabalho irá
analisar as principais ameaças cibernéticas frente a incidência de violação dos direitos da
criança e do adolescente no meio digital e as principais políticas educacionais que versam o
combate dos crimes virtuais contra crianças e adolescentes. A importância de abordar esse
tema em um contexto científico é evidente, dada a crescente dependência da sociedade em
relação à tecnologia e à internet.

1.1 PROBLEMÁTICA
Tendo em vista o crescente uso da tecnologia digital por crianças e o aumento das
ameaças online, como promover uma educação digital eficaz que capacite crianças e
adolescentes a navegarem com segurança na era digital, protegendo-os contra os riscos
crescentes de crimes cibernéticos e violações da privacidade?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Desenvolver e implementar estratégias de educação digital abrangentes e eficazes para


capacitar crianças e adolescentes a protegê-los contra crimes cibernéticos e ameaças à sua
privacidade, promovendo um ambiente digital seguro e responsável para a nova geração.

1.2.2 Objetivos Específicos

● Discutir sobre o avanço tecnológico na contemporaneidade e o desenvolvimento do


direito digital.
● Apontar riscos e benefícios do uso de tecnologias por crianças.
● Propor treinamento e recursos para educadores e pais ou responsáveis, a fim de
capacitá-los para orientar crianças e adolescentes sobre segurança cibernética.

1.3 JUSTIFICATIVA

A presente pesquisa assume uma relevância significativa tanto no âmbito acadêmico


quanto no campo profissional do direito. Seu objetivo é fornecer contribuições substanciais
para a formulação e implementação de ações educacionais e políticas públicas voltadas para a
segurança dos princípios do melhor interesse da criança e do adolescente. Além disso, busca
fornecer argumentos sólidos para enfatizar a imprescindibilidade da garantia da proteção
integral e do direito ao pleno desenvolvimento dessas faixas etárias, oferecendo-lhes uma
defesa contra crimes cibernéticos.
Por meio desta pesquisa, busca-se também promover um ambiente online mais seguro
e educativo para as crianças, minimizando os perigos potenciais da internet. Além disso,
pretende-se capacitar crianças e adolescentes a utilizarem a tecnologia de maneira responsável
e consciente, preparando-os para um futuro em que a tecnologia desempenhará um papel cada
vez mais central em suas vidas.
Além disso, a pesquisa adota uma abordagem multidisciplinar para analisar as
estratégias atuais de prevenção e educação contra crimes cibernéticos direcionados às
crianças. Isso inclui identificar eventuais lacunas e desafios que persistem nesse âmbito, com
o intuito de aprimorar a eficácia das iniciativas existentes e desenvolver abordagens mais
eficazes para garantir a segurança digital das crianças e adolescentes.

2 A INFÂNCIA E JUVENTUDE NA ERA DA EXPOSIÇÃO DE TELAS

2.1 DIREITO DIGITAL E O USO DE TECNOLOGIAS

O funcionamento de serviços de Internet no Brasil não possuía regulamentação legal


direta, até a chegada da Lei Geral de Proteção de Dados em 2014, regulamentando e
sistematizando a responsabilidade em casos de armazenamento e circulação de conteúdo
indevido, gerados por usuários em serviços de internet do ponto de vista jurídico, esse
controle jurídico não surgiu para servir como forma de censura e sim como um instrumento
eficaz para que haja a garantia de direitos dos usuários da rede e estabeleceu também
diretrizes para facilitar a atuação do poder público para em detrimento dos direito inerentes
aos indivíduos.
A Lei nº 12.965 de 2014, conhecida como Marco Civil da internet, reuniu diretrizes
relativas ao uso da rede mundial de computadores, estabelece princípios, garantias, direitos e
obrigações e regulamenta a atuação da União, dos estados e dos municípios nessa área. O
objetivo desta legislação está expresso no seu artigo 3.º, que enumera os seus principios,
vejamos:
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes princípios:
I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento,
nos termos da Constituição Federal;
II - proteção da privacidade;
III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei;
IV - preservação e garantia da neutralidade de rede;
V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de
medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso
de boas práticas;
VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades, nos termos da lei;
VII - preservação da natureza participativa da rede;
VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não
conflitem com os demais princípios estabelecidos nesta Lei.
Parágrafo único. Os princípios expressos nesta Lei não excluem outros previstos no
ordenamento jurídico pátrio relacionados à matéria ou nos tratados internacionais
em que a República Federativa do Brasil seja parte.(BRASIL, 2014)
Na mesma linha de pensamento, as crianças e os adolescentes são os beneficiários
mais vulneráveis ​neste mundo globalizado, porque não só porque têm um grande apetite pela
tecnologia, são também os mais frágeis. Portanto, quando se fala em crimes no âmbito da
tecnologia da informação, é obrigatório falar de crianças e jovens, devido à sua participação
ativa nas redes sociais e outras plataformas de distribuição de conteúdos digitais, tendo em
vista que as crianças e os jovens estão cada vez mais expostos a práticas contrárias às
proteções acima referidas.
Segundo Maciel e Edler (2022), entre as práticas recomendadas para o uso da Internet,
destacam-se as exigências trazidas pelo Marco dos Direitos Civis da Internet, quanto ao
público infantil foi incluído no artigo 29, ocasião em que o Marco Civil tratou do “exercício
do controle parental”, aplicado a partir da participação dos pais ou responsáveis ​na avaliação
do conteúdo exibido aos menores. Um único parágrafo do artigo citado determinava as
competências das “autoridades públicas, da sociedade civil e dos fornecedores de internet” no
que diz respeito à promoção da inclusão digital, à educação e à implementação de boas
práticas na utilização da internet por crianças e jovens. Quatro anos depois, em 2018, foi
publicada a Lei 13.709 – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, ou LGPD, que tratou mais
detalhadamente da questão da proteção e tratamento de dados pessoais, abordando
diretamente crianças e jovens.
O artigo 14 do dispositivo trata especificamente do tratamento de dados de crianças e
adolescentes, embora já no âmbito de sua atuação leve em consideração o princípio do seu
interesse superior quando se trata do tratamento de dados pessoais de menores que utilizam a
Internet. Os parágrafos que compõem o artigo acima modificam esta abordagem e apontam
para requisitos que giram em torno do consentimento dos representantes legais. Entre as
diretrizes desenvolvidas estão a exigência explícita do consentimento dos representantes
legais e sua plena participação na avaliação da concessão de dados para atividades virtuais
como jogos e outros aplicativos; a devida diligência dos fornecedores de dados para investigar
a validade do consentimento dos tutores; divulgar informações de maneira objetiva, mas
compreensível e inclusiva. A ênfase no consentimento em relação ao tratamento de dados é
justificada pelo princípio do melhor interesse de acordo com a aplicação das garantias e dos
direitos fundamentais das crianças, sobre o tema Teixeira e Rettore (2021, p. 11) elucidam:
A rigor, preservar o melhor interesse desse grupo, que é protegido na fase de
maturação e desenvolvimento, é agir de modo a potencializar o exercício de seus
direitos fundamentais segundo a sua fase de desenvolvimento. A previsão legal de
que a salvaguarda dos dados da criança e do adolescente deve ser feita em seu
melhor interesse indica que o resguardo das informações relevantes dos menores
deve ser sempre em prol do seu desenvolvimento e em atenção aos seus direitos
fundamentais (TEIXEIRA; RETTORE, 2021, p.11).
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 também trouxe inovações
significativas na área de proteção dos direitos da criança. O artigo 227.º da Carta Magna
enumera o cuidado como dever da família e a promoção e protecção dos direitos das crianças
como poder do Estado. O referido artigo diz:
Art. 227: É dever da família, da sociedade e do Estado garantir às crianças,
adolescentes e jovens o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao tempo
livre, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à família.
e a convivência comunitária como prioridade absoluta, além de protegê-los de todas
as formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão. (BRASIL, 1988)

2.2 CRIANÇA X TECNOLOGIA E A EXPOSIÇAO A TELAS


No entendimento de Teixeira e Rettore (2021), o reconhecimento das crianças e jovens
como sujeitos de direito é uma das grandes inovações que o diploma constitucional traz,
devido ao seu estatuto especial como seres humanos em desenvolvimento, as crianças são
posicionadas como sujeitos de direitos comuns e garantias especiais. O que já aponta para a
necessidade de proteger a proteção dos dados das crianças que utilizam a Internet, no que diz
respeito à sua exposição e tratamento inadequado. Assim, os dispositivos constitucionais
consideram dois princípios básicos: proteção integral, prioridade absoluta e melhor interesse.
O uso da tecnologia no contexto da educação infantil é um dos temas apresentados
neste cenário, considerando o conhecimento acumulado no campo da educação infantil e o
lugar que as tecnologias digitais ocupam atualmente na vida das pessoas. A educação
brasileira como um todo precisou organizar eventos para manter o vínculo dos alunos e das
famílias com as instituições de ensino, e isso evidenciou o debate no primeiro nível da
educação básica. Determinados grupos e agentes educativos levantaram-se para defender a
utilização de meios tecnológicos também para trabalhar com crianças na primeira infância, a
exemplo do que acontecia noutros níveis do ensino básico e superior (DOS ANJOS e
FRANCISCO, 2021).
A utilização de tecnologias digitais nas atividades infantis, especialmente se forem
mediadas pelos pais ou professores, pode contribuir para a ampliação das competências
sociais das crianças, pois inclui novas alternativas e formas de comunicação, preparará melhor
as crianças para atuarem no contexto atual, que pressupõe o desenvolvimento de
competências digitais. Ao mesmo tempo, observa-se que o tipo de tecnologia e o ambiente em
que as crianças a utilizam podem influenciar as interações sociais, ambientes como as escolas
onde os mediadores estão presentes e a constante possibilidade de interação social contribuem
para o não isolamento e permitem até mobilizar o diálogo e a cooperação no uso da tecnologia
(RAMOS E KNAUL, 2020).
Em contrapartida, estudos recentes têm demonstrado o quão prejudicial pode ser o uso
das redes por crianças e adolescentes, de acordo com Inagaki (2023) as formas de agressão e
os meios utilizados são numerosos e exigem uma atualização constante da legislação para
melhor combater este tipo de criminalidade que atinge crianças e jovens e coloca em risco o
desenvolvimento da criança receptora desta mensagempela facilidade de fazê-lo de forma
anônima e pela dificuldade de ser rastreado online, sendo as vítimas crianças e adolescentes
facilmente influenciáveis ​a praticarem atos que lhes serão prejudiciais. Logo, entende-se que
ao mesmo tempo que causa prejuízos, abre portas para o aumento e a naturalização da
pedofilia e da pornografia infantil. Nesse aspecto, visando o principio da proteção integral, o
Estatuto da criança e do adolescente dispõem no artigo e 17º:
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,
psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem,
da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais (BRASIL,1990)

2.3 ATUAIS POLÍTICAS DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES CONTRA


CRIMES CIBERNETICOS
A princípio, para tratar sobre as politicas de proteção contra crimes cibernéticos
voltada ao publico infanto-juvenil far-se-á uma breve exposição acerca da rede de proteção à
criança e adolescente.
Para Faraj, Siqueira e Arpini (2016), além da família e da comunidade temos algumas
entidades que fazem parte da rede de proteção a criança e ao adolescente, os CRAS, CREAS,
Conselhos Tutelares, Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente,
Assistência Social, representantes dos serviços de saúde, Casas de acolhimento, Ministério
Público, representantes das instituições de ensino e os demais órgãos que prestam serviços
direcionados ao atendimento da Criança e do Adolescente, sejam eles entidades
governamentais ou não governamentais.
A rede de proteção social de crianças e adolescentes é caracterizada por Motti e
Santos (2011) como uma equipe multidisciplinar entre pessoas e instituições que têm o
objetivo comum de garantir e assegurar a construção da cidadania a partir da garantia dos
direitos garantidos pela lei. Esta equipe multidisciplinar deve ser composta por vários
profissionais e entidades qualificadas para responder adequadamente às exigências de
prestação de assistência jurídica, psicológica, social e educativa a crianças, jovens e famílias.
Vale ressaltar que todos os procedimentos realizados nos atendimentos relacionados às
questões da infância e da juventude, sejam eles judiciais ou não, devem ser realizados por
meio de procedimentos especiais que se regem pelo que dispõe a lei.
Neste propósito, o artigo 87 do ECA menciona algumas linhas de ação das políticas
de atendimento usadas pela rede de proteção:
Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:
I - políticas sociais básicas; II - políticas e programas de assistência social de
garantia de proteção social e de prevenção e redução de violações de direitos, seus
agravamentos ou reincidências; III - serviços especiais de prevenção e atendimento
médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso,
crueldade e opressão; IV - serviço de identificação e localização de pais,
responsável, crianças e adolescentes desaparecidos; V - proteção jurídico-social por
entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente. VI - políticas e
programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio
familiar e a garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de crianças
e adolescentes; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009). Vigência
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianças e
adolescentes afastados do convívio familiar e à adoção, especificamente inter-racial,
de crianças maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de saúde ou
com deficiências e de grupos de irmãos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
(BRASIL, 1990).
Para Inagaki (2023), a utilização das novas tecnologias para explorar a vulnerabilidade
dos menores com a criação de novas formas de manipulação da sua imaturidade,
especialmente com a utilização de vários tipos de crimes que ameaçam a sua dignidade e
liberdade sexual, bem como aqueles que violam o bem jurídico da vida , representa um
problema social de progresso geométrico, sendo assim entende-se que o cibercrime não
desaparecerá, mas poderá ser combatido e prevenido se a sociedade for educada neste sentido.

3 MÉTODO

3.1 TIPOS DE PESQUISA

Para alcançar o objetivo de explorar estratégias eficazes de educação digital para


crianças e adolescentes na prevenção do crime cibernético, a presente pesquisa utilizará a
análise bibliográfica para obtenção dos dados a serem analisados. Quanto à natureza, a
pesquisa realizada é básica, pois objetiva a produção de novos conhecimentos, essenciais para
o avanço da ciência, sem a prática prevista inicialmente (GASTÃO, 2007). Seu método possui
abordagem qualitativa, pois ele procura aprofundar a compreensão dos resultados obtidos em
informações da literatura (KNETCHTEL, 2014). Quanto aos objetivos da pesquisa ela será
descritiva, visto que a pesquisa descritiva busca discorrer sobre as características de dados já
dispostos em artigos sobre o tema (GIL, 2017). Já o procedimento análise utilizado será o
levantamento bibliográfico, que segundo Rampazzo (2005) consiste no aproveitamento de
informações coletadas em materiais já publicados, dado que é realizada por meio do
levantamento teórico presente em referências já analisadas como artigos científicos, livros,
anais ou publicações na Internet.

3.2 CENÁRIO DA PESQUISA

O estudo em questão utilizará bases de dados a serem selecionados no meio eletrônico


na plataforma Google acadêmico, nas bases de dados Periódico CAPES, Biblioteca Digital da
Câmara dos Deputados, Repositório Institucional da UFJF e Scielo.
3.3 PROCEDIMENTO DE ANÁLISE DOS DADOS

Os dados serão coletados através por meio da análise de dados bibliográficos e


atualizações legislativas dos últimos anos no âmbito do direito digital e dos direitos da criança
e do adolescente. Dessa forma o estudo será realizado por meio da exploração dos trabalhos
que possuem maior similaridade quanto à temática em questão.

4.0 RESULTADOS ESPERADOS

Os benefícios almejados com este estudo além da abordagem teórica é o levantamento


de dados para esclarecimento de lacunas e a identificação de meios e mecanismos que possam
contribuir com a educação infantojuvenil na era digital frente as ameaças online e a
exploração de possíveis meios de proteção deste público passiveis de identificação, a fim de
favorecer a prevenção do aumento de crimes cibernéticos e reforçar as implicações legais
frente a estes casos. Além de contribuir com o meio acadêmico através da apresentação das
informações coletadas para os discentes.

REFERÊNCIAS

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