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PROJETO DE ENSINO, INICIAÇÃO CIENTÍFICA E N° do doc.

: N° do doc
EXTENSÃO Data: 08/02/2024

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO


Título do Projeto Cidadania Conectada: Conscientização dos Direitos na Era Digital para
Jovens Estudantes
Tipo de Projeto Extensão
Período de Execução 10/02/2024 a 22/05/2024
☐Curso
☐Evento
☒Oficinas
☐Palestra
Modalidades
☐Prestação de Serviço
☐Responsabilidade Social
☐Grupo de Estudos
☐Grupo de Pesquisa
☐Arte, Cultura e Esportes
☐Comunicação
☒Direitos Humanos e Justiça
☒Educação
Temática
☐Meio Ambiente
☐Saúde
☒Tecnologia e Produção
☐Trabalho
Jovens, adolescentes do ensino médio da rede pública e privada de
Público Alvo
Marabá/PA e também de cursos pré-vestibular e preparatórios para o
Enem.
Orientador (es) Professora Sara Brigida Farias Ferreira
Curso Direito Turma 3° Período

2. PALAVRAS CHAVES
Tecnologia; cyberbullying; violência no ambiente acadêmico.

3. RESUMO
O projeto "Cidadania Conectada: Educando Jovens sobre Direitos na Era Digital" visa desenvolver
competências e habilidades relacionadas à ética e respeito digital para estudantes do ensino médio,
pré-vestibulandos e Enem, sobre cidadania digital e as implicações de violá-la, tanto para o infrator
quanto para a vítima. Desde o estabelecimento do Estado Democrático de Direito até os dias atuais,
significativas transformações foram implementadas na sociedade, desafiando o legislador a adaptar
os direitos às novas realidades. Com isso, surge uma nova geração de cidadãos, detentores de
direitos inéditos. É crucial que os adolescentes do ensino médio compreendam esses direitos e as
repercussões de suas violações. O projeto busca ensinar como a cidadania se manifesta na prática.
Em um tempo dominado pela tecnologia e pelo digital, que afeta diretamente os âmbitos estudantil,
pessoal e profissional, é imprescindível que os jovens estejam informados sobre os efeitos jurídicos,
sociais e psicológicos para aqueles cujos direitos são infringidos. Os delitos digitais ocorrem a todo
momento, seja através de uma publicação em redes sociais ou pelo compartilhamento não autorizado
de textos e fotos. Diante do avanço jurídico, tais atos são passíveis de penalização, mas é a vítima
quem sofre o maior dano, enfrentando exposição desmedida nas mídias digitais.

4. INTRODUÇÃO
Estudos diversos abordam a complexidade do cyberbullying no ambiente escolar sob a ótica dos
educadores (Flores et al, 2022). A investigação qualitativa desvenda as percepções dos docentes
acerca do cyberbullying e as táticas implementadas por instituições educacionais para combater tal
fenômeno. Referências como Minayo (2013) e Stelko-Pereira e Willians (2010) ajudam a situar a
violência dentro de um contexto sociopolítico, ressaltando seu impacto na saúde pública e no bem-
estar individual e coletivo. Tais investigações salientam a relevância do treinamento inicial e contínuo
de professores para uma intervenção eficaz no cyberbullying, sublinhando o déficit na capacitação dos
educadores para administrar agressões virtuais. Conclui-se a necessidade de uma estratégia
abrangente, envolvendo toda a comunidade escolar no enfrentamento ao cyberbullying, e sugere-se
que a sinergia entre escolas, famílias e órgãos governamentais é crucial para estabelecer um ambiente
educativo seguro e acolhedor. Sendo assim, treinar estudantes universitários para que tornem-se
educadores combatentes contra o cyberbullying tornou-se a estratégia eleita para esta temática no
âmbito da extensão universitária, com a finalidade de formar profissionais comprometidos socialmente
e aptos a lidar com conflitos sociais latentes e urgentes.

5. JUSTIFICATIVA
A necessidade de educar jovens sobre os direitos constitucionais e a responsabilidade no ambiente
digital nunca foi tão premente. A revolução digital transformou a maneira como interagimos,
aprendemos e nos comportamos socialmente, trazendo consigo novos desafios e oportunidades. No
entanto, essa evolução também expõe os jovens a riscos significativos, como o cyberbullying, a
violação de privacidade e outros delitos digitais, que têm implicações legais e psicológicas graves. A
Constituição Federal de 1988 estabelece um arcabouço de direitos e garantias fundamentais que
visam proteger os cidadãos, mas muitos jovens têm conhecimento limitado sobre esses direitos e,
mais criticamente, sobre as consequências de suas violações. A falta de consciência sobre a
extensão legal de suas ações na internet pode levar a comportamentos prejudiciais, tanto para si
mesmos quanto para outros. Além disso, a dinâmica em rápida mudança das tecnologias digitais e
das redes sociais exige uma compreensão atualizada e relevante dos direitos e responsabilidades
online. Este projeto visa equipar jovens com as competências necessárias para navegar pelos
complexos desafios legais, sociais e emocionais que surgem com o uso da internet. Ao capacitá-los
com a habilidade de fazer escolhas esclarecidas e éticas, pretende-se que os jovens compreendam
as implicações de infringir direitos na esfera digital, incentivando-os a promover um espaço online
seguro e respeitoso. Dessa forma, eles podem contribuir ativamente para o desenvolvimento de uma
sociedade mais justa e igualitária. Em essência, esta iniciativa serve como uma intervenção proativa
aos obstáculos trazidos pela era digital, fornecendo aos jovens o saber e as ferramentas essenciais
para desempenharem sua cidadania de forma consciente e integral, abrangendo tanto as interações
no espaço físico quanto no digital.

6. OBJETIVOS
6.1. Objetivo Geral:
Fomentar o entendimento crítico e a conscientização sobre os direitos constitucionais e as
responsabilidades no ambiente digital, visando uma participação online segura, ética e responsável.

6.2. Objetivos Específicos:


Explicar as implicações legais, sociais e emocionais de condutas impróprias na internet, como
cyberbullying, violação de privacidade e compartilhamento ilegal de conteúdo;
Oferecer treinamento e recursos para que os estudantes aprendam a identificar riscos online,
proteger sua privacidade e interagir de forma segura e respeitosa;
Estimular os jovens a se tornarem defensores de um espaço digital ético, respeitando a diversidade e
promovendo a inclusão.

7. DESCRIÇÃO DA AÇÃO E METODOLOGIA


Os alunos se dividirão em grupos de até 7 alunos e participarão do Projeto de Extensão da disciplina
que consiste em ministrar palestras sobre cyberbullying. Os próprios alunos ministrarão as palestras e
confeccionarão o material educativo para os alunos. Ao final, os alunos entregarão um relatório
contendo imagens (fotografias) comprobatórias da palestra e relato de experiência.
Sendo assim, os discentes irão:

- Estudar a temática previamente por meio de livros e artigos científicos;


- Realizar uma pesquisa inicial com os jovens para entender seu nível de conhecimento sobre direitos
digitais, práticas de segurança online e experiências prévias com questões digitais;
- Identificar lacunas de conhecimento e habilidades digitais entre os estudantes para personalizar o
conteúdo do programa;
- Criar materiais educativos adaptados às diferentes faixas etárias, incluindo guias, vídeos, infográficos
e apresentações sobre direitos digitais, segurança online e cidadania digital;
- Realizar oficinas presenciais, utilizando metodologias ativas de aprendizagem, como estudos de caso,
simulações, debates e jogos educativos.

8. METAS E RESULTADOS
Conscientizar os alunos do ensino médio das escolas públicas e privadas de Marabá/PA, bem como
os que frenquentam cursos pré-vestibular e Enem, sobre o cyberbullying, reduzindo sua incidência no
meio escolar.

9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
ETAPAS DURAÇÃO
Início Término
Formulário projeto 29/01/2024 06/02/2024
Desenvolvimento e apropriação do tema pelos acadêmcios 10/02/2024 06/03/2024
Estruturação e testagem das oficianas pelos acadêmicos 07/03/2024 10/03/2024
Realização das oficinas das escolas, em datas a definir 17/04/2024 01/05/2024
Apresentação do relatório e debates dos resultados 15/05/2024 22/05/2024

10. REFERÊNCIA

FLÔRES, F. N. et al.. Cyberbullying no contexto escolar: a percepção dos professores. Psicologia Escolar e
Educacional, v. 26, p. e226330, 2022.

MINAYO, M. C. S. (2013). Conceitos, teorias e tipologias de violência: a violência faz mal à saúde individual e
coletiva. In K. Njaine, S. G. Assis; P. Constantino. (Eds.), Impactos da Violência na Saúde (21-42). Rio de Janeiro:
EAD/ENSP.

STELKO-PEREIRA, A. C.; WILLIAMS, L. C. de A. (2013). Como eu defino violência na escola? In: L. C. de A.


Williams; A. C. Stelko-Pereira. (Eds.). Violência Nota Zero: Como aprimorar as relações na escola (pp. 18-26).
São Carlos: EdUFSCar.

WENDT, GW; LISBOA, CS DE M.. Agressão entre pares no espaço virtual: definições, impactos e desafios do
cyberbullying. Clínica Psicologia , v. 1, pág. 73–87, janeiro. 2013.

Marabá/PA, 08 de fevereiro de 2024

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Prof. Esp. Ceres Daiane Gavioli Ramos dos Prof. Msc. Alexandre Bueno
Santos Diretor Acadêmico
Coordenadora do Curso de Direito

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