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TEMA DE REDAÇÃO

Governo de SP bloqueia acesso a redes sociais e streamings em escolas estaduais;


veja apps proibidos

Segundo a Secretaria Estadual da Educação, acesso já era proibido a alunos desde o ano passado;

medida, agora, engloba também a parte administrativa dos colégios

TikTok está entre os aplicativos barrados nas escolas de SPReuters

Da CNN

05/02/2024 às 12:45

A partir desta segunda-feira (5), o acesso a redes sociais e aplicativos de vídeos está totalmente blo-
queado nas redes wi-fi e cabeada das escolas estaduais de São Paulo. O veto atinge plataformas co-
mo Facebook, Instagram, TikTok e Netflix (veja lista abaixo).

A Secretaria Estadual da Educação informa que o acesso a esses serviços já era bloqueado para os
alunos desde o ano passado. A mudança, agora, é o fato de que a medida também atinge a parte ad-
ministrativa das escolas.

Veja as plataformas bloqueadas:

Redes sociais:

TikTok
Kwai
Facebook
Instagram
X (Twitter)

Vídeos:

Globoplay
Netflix
Amazon Prime Video
HBO Max
Disney+

Apps ligados a games

Roblox
Steam

Procurada pela CNN, a secretaria diz que o objetivo da medida é “otimizar o uso de infraestrutura
tecnológica para o desenvolvimento pedagógico dos estudantes”.

Bloqueio para os alunos

O governo paulista anunciou em março do ano passado o bloqueio das redes sociais e dos aplicati-
vos de streamings para alunos da rede estadual. A medida, feita por meio das restrições no uso do
wi-fi e da rede cabeada, atingiu cerca de 5.500 escolas.

Na ocasião, a secretaria afirmou que o objetivo do bloqueio era garantir um ambiente “mais adequa-
do ao aprendizado” e evitar o uso inapropriado e excessivo das redes sociais por parte dos estudan-
tes.

Desde 2017, o uso de telefones celulares é permitido nas escolas estaduais de São Paulo.

(Publicado por Fábio Munhoz)

***

Uso excessivo de telas: pais e escolas se unem para controlar a utilização das re-
des sociais e da IA por alunos em Niterói

Proibição de uso de telefones em sala e no recreio já é adotada para evitar dispersão; cyber-
bullying é combatido desde cedo

Por Lívia Neder

02/02/2024 09h00 Atualizado há 3 semanas

Alunos do GayLussac usam laptop: equipamento é permitido, mas colégio tem ações de educação
digital — Foto: Divulgação
Com a tecnologia inserida na vida de crianças e adolescentes cada vez mais cedo, o controle do uso
das redes sociais e da inteligência artificial pelos alunos é um dos principais desafios encarados
por pais e educadores. A proibição do uso de telefones celulares nas salas de aula da rede munici-
pal, como já ocorria no Rio, virou lei em setembro do ano passado em Niterói. Na rede privada, as
regras variam de acordo com cada instituição. Já as práticas de bullying e cyberbullying, que este
mês passaram a ser consideradas crimes, impõem mais debates no âmbito escolar.

A preocupação do uso excessivo de telas por parte dos alunos não é de hoje no Instituto GayLussac.
O colégio, que já proíbe o uso de celulares dentro de sala desde 2001 e foi o primeiro do estado a
estender essa proibição para o recreio, vem reforçando o diálogo com famílias e alunos, através de
ações como educação digital já com os pequenos e educação computacional, a partir do 6º ano. Ou-
tra ação é a Semana da Internet Segura, para conscientizar sobre as relações estabelecidas nas redes.
A diretora Luiza Sassi considera que o uso das redes sociais pelos adolescentes tem sido muito pre-
judicial.

— Já proibíamos os telefones nas salas e estendemos para os recreios quando observamos que esta-
va interferindo sobremaneira nas relações interpessoais dos alunos, que mesmo lado a lado passa-
ram a conversar entre eles pelas redes. Hoje, até os pequenos estão fazendo uso das redes, que não
são regulamentadas e disponibilizam todo o tipo de conteúdo, incluindo barbaridades como apolo-
gia a crimes e práticas sadomasoquistas. Imagina como estarão na adolescência? As redes têm sido
a pauta da vida deles, e cada vez mais cedo. Há casos de crianças com crises de abstinência de telas
e estudos que comparam esse vício de telas ao de álcool e drogas. Quando resolvemos banir da es-
cola, achamos que teríamos uma revolta dos alunos e familiares, mas fomos surpreendidos positiva-
mente. Parece que queriam e precisavam desse freio. As famílias têm noção da gravidade, mas varia
a forma com que cada uma consegue supervisionar e controlar — explica ela.

Casos de tolerância zero

Luiza conta que as aulas de educação computacional são pensadas para que os alunos entendam a
lógica do algoritmo e não fiquem submetidos como usuários passivos, sem entender que aquilo tem
manipulação de mentalidade. Sobre a criminalização do bullying e cyberbullying, destaca que a es-
cola tem que ter tolerância zero.
— A escola fazer com que as crianças fiquem longe da tela como entretenimento não quer dizer que
não tenha tecnologia nas aulas. O uso de computadores e tablets é pensado para programar, para
pesquisas, com intencionalidade pedagógica. Temos um centro de tecnologia e inovação. A inteli-
gência artificial faz parte dos projetos desse centro, assim como as aulas de pensamento computaci-
onal trazem a reflexão sobre o que é o uso da inteligência artificial. Logo que saiu o Chat GPT, no
início do ano passado, os professores passaram por uma especialização. Quando começaram a pales-
trar para os alunos e liberaram o uso em algumas questões, os que pesquisaram apenas no Chat GPT
erraram, e outros que fizeram mais conferências acertaram. A máquina vem para auxiliar, mas não
vem substituir o homem. Queremos demonstrar para os alunos que são imprescindíveis a inteligên-
cia e a reflexão deles no pensar a tecnologia. São essas experiências que procuramos provocar —
completa a diretora do GayLussac.

Com a mudança na lei 14.811/2024, que passa a tipificar como crimes as práticas de bullying e cy-
berbullying, a Canadian School of Niterói projetou iniciar o ano letivo com ações específicas envol-
vendo alunos, professores e colaboradores, para debater o tema e estimular a empatia dentro e fora
do espaço escolar.

Psicóloga da Canadian, Ester Almeida explica que, alinhadas à educação do Canadá — onde, afir-
ma, o respeito, a tolerância, a cidadania e a prevenção ao bullying são trabalhados de maneira trans-
versal no currículo –, storytellings, discussões e reflexões são oferecidas aos alunos para que pen-
sem juntos em estratégias de combate ao bullying e cyberbullying.

— A sanção da lei é um marco importante na proteção integral da infância e juventude no espaço


escolar. Quando admitimos que a promoção de saúde diz respeito ao bem-estar biopsicossocial das
juventudes, é imprescindível pensar como os ambientes digitais impactam, positivamente ou não, o
desenvolvimento social e acadêmico dos estudantes. Ao mesmo tempo que os avanços das tecnolo-
gias podem trazer ganhos para o processo de ensino-aprendizagem, com ferramentas inovadoras e
novas formas de pensar o aprender, é preciso ter cautela, compreendendo que os danos de um mau
uso das redes podem ser irreversíveis. Construímos uma comunidade escolar forte, que discute os
impactos das novas tecnologias com colaboradores, corpo docente, estudantes e famílias, como uma
boa estratégia na prevenção às violências escolares. Assim, conseguimos trabalhar o uso consciente
e construir com crianças e adolescentes a ideia de que, mesmo digitalmente, são responsáveis pela
vida social coletiva — destaca a profissional.

Com base na leitura dos textos, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: O avanço
das redes sociais como parte da cultura brasileira e o desafio da gestão da educação. Ao desen-
volver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo
de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender o seu
ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema discutido em seu texto. Suas pro-
postas devem demonstrar respeito aos direitos humanos.

Com base nos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua for-
mação, produza uma carta dissertativo-argumentativa, respeitando a norma padrão da língua por-
tuguesa, ao ministro da educação, Camilo Santana, assumindo seu papel de cidadão, discutindo o
avanço das redes sociais como parte da cultura brasileira e o desafio de desenvolver educação de
qualidade.
Com base nos textos motivadores apresentados e nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua for-
mação, produza um texto de opinião, em que você se posicione sobre os limites da liberdade indivi-
dual e o acesso a redes sociais no Brasil.

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