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Resumo dos Capítulos 6 e 8 do Livro "Sociologia da Educação" de Piletti - Educação e

Hegemonia: Gramsci p. 61 a 68 e Mészáros: a educação para além do capital p. 75 a 79.

Aluna: Roberta Cristina de Almeida Souza


2° Semestre Química.
Sociologia da Educação
Professora: Alexandra

Educação e Hegemonia: Gramsci

A base do trabalho do filósofo se dá no conceito da Hegemonia, que segundo o autor,


estaria diretamente ligada ao domínio das classes sociais. Nesse sentido, a hegemonia
poderia se dar na criação de um senso comum sobre determinadas questões, fazendo com
que a população acredite que esse seja o correto e não haja resistência, que o autor
denominava de domínio por consenso e, outra forma de se obter esse domínio seria pela
força, como o caso das instituições políticas e o estado.
Para Gramsci, toda relação de hegemonia é necessariamente uma relação pedagógica, ou
seja, para se obter poder e domínio é necessário primeiro conquistar as mentes, onde ele
apontava a importância dos intelectuais, no qual intelectual não se referia a uma formação
acadêmica específica, mas sim qualquer homem com capacidade de pensar e fazer a
ligação entre superestrutura e infraestrutura, independente de sua escolaridade. Assim,
para ele, os intelectuais teriam papel fundamental nas transformações sociais. A abordagem
de Gramsci sobre as escolas é bem clara, ele afirmava que a escola é um instrumento para
formar intelectuais de vários níveis. No Brasil, as ideias de Gramsci influenciaram
diretamente a formação dos conceitos pedagógicos sobre a sociedade civil, principalmente
na década de 80 e, inspirando Paulo Freire

Mészáros: a educação para além do capital

Mészáros ressalta que a educação se transformou em um instrumento de perpetuação da


lógica capitalista.
Para ele, o sistema educacional que antes era entendido como um espaço para
transmissão de conhecimentos e formação dos indivíduos está fortemente
influenciado por uma ideologia que eterniza as desigualdades. Desse modo, é
possível afirmar que a escola não está desconectada da realidade social que a cerca,
uma vez que tudo aquilo que ocorre no interior da escola é reflexo do conjunto de
relações que existem fora dela.
Se a escola está intimamente ligada à estrutura social a qual faz parte o interesse em
transformá- la é o interesse em transformar a própria realidade, por isso, a forma como o
sistema capitalista funciona sua lógica e suas consequências é irreformável não dá pra
consertar algo que na sua essência é problemático.
Mészáros afirma que no sistema do capital não há espaço para emancipação da
humanidade, diante disso mudanças superficiais não são eficazes, pois ir além do capital
significa realizar uma mudança radical na estrutura da sociedade.
Qualquer tipo de mudança não pode se limitar somente à estrutura educacional, tem que
atingir a sociedade como um todo.

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