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Homens e Fatos Do Seridó Antigo
Homens e Fatos Do Seridó Antigo
FATOS
DO
SERIDO
ANTIGO
L
to
PREFÁCIO
O Seridó, vasta região do território norte-riograndensc,
abrangendo de inicio apenas um municipio e compreendendo hoje
mais de uma dezena dêles, alguns dos quais com indice elevado de
desenvolvimento e de cultura, tem como sua principal fonte de vida
econômica o algodão, o famoso algodão mocó, a caracteristica
principal pela qual é conhecido nos meios agrícolas, comerciais e
industriais não só no Brasil como no estrangeiro.
Mas injustiça seria supor que sómente o algodão de fibra
longa, rival da famosa malvácea egipcia, dá prestígio e renome
âquele trecho das terras nordestinas.
Por muitos outros aspéctos o Seridó vem se destacando
através da história.
Um dêles é de ordem moral e religiosa — a unidade cristã,
especificamente católica, que ali se mantém desde os primórdios
da sua trajetória, devida em grande parte, ao que suponho, às
altas qualitades intelectuais e morais dos sacerdotes que têm sido
os seus guias e condutores espirituais, o maior dos quais, no pas-
Ó E A atuo sado, o Padre Francisco de Brito Guerra, foi um autêntico lider
da vida aorte-riograndense nos fins do periodo colonial e co-
mêço da indeperxtência nacional, tendo sido o fundador do primeiro
jornal editado em terras potiguáres, o criador da cafeira de latim
04
18
Rio, 27-11-6l.
JOSÉ AUGUSTO
Justificando-me
O presente opúsculo enfeixa uma breve e despre-
tenciosa série de crônicas sobre homens e fatos do Seridó
a: antigo que, há poucos anos, ainda Bispo de Caicó, publi-
Mo
"
SS AS
NM
RS
NS E NS
e =
BSS
SAS
O fundador de Caicó
as
honras da consagração pública. Trata-se do padre Fran-
cisco Alves Maia primeiro vigário do Caicó
o
e do Serido.
aé
Ão que me c a
irado oficial
continúa onste, o nom e dêsse homem de Deus
ignora
mente : . É
gnorado por aqui. Como Bispo dio
+
cesano
, e serid 0ense,
fa
a reparação.
Sã , |
Momento, e atrsvio o oa, Senhor Presidente, que, no
Celencia,
readores venho tra estas linhas, na pessõa de Vossa Ex-
do Caicó co.“ muito respeitável Câmara de Ve-
ia e legítima Ei de que ela, exprimindo a so-
Pal e a vontade d Po cação do Senhor Prefeito Munici-
9 Fovo, use das atribuições que lhe com-
ga e é
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Rica
b) — Revista d I
Vol. 1% a R de agerico
nes Histó e ; :
Geografico da Paraiba,
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 19
dai bi. pr
Local da matíriz
em 1800, an
N
tros, diluíd os
“lo, dos
depois «num
Batistas e tantos ou-
a família úni
ira UA E Unida noe amília única, en-
Ja intérmina de continuamente, numa teci-
câsamentos, perpetuando O
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 27
d)
— Êsse tijolo veve achar-se na Cúria Diocesana do Caicô,
onde o deixamos.
A7iZ,
nos
nhuns
Dantas, Bispo de Gara
Dom José Adelino
"=
30
zenda Serra
teerrriaass do Seridó foi O da fa
tar € m
À
To da. : .
Tó"
a| /* verdade, lhe pode tomar esse lugar.
e ninguem
:
ia
erd do no Doação de patrimônio em meados de 1735 .
para levantar e des-
benzer a capela,
da * Licênça
pachada em setembro do rontmesmo ano. Decorri-
ntad
* do
a e paramenta da
dos três mêses, capela DP
gário
de todo o necessário, informa a Olinda o vi
do Piancó. (e). O nome dêsse vigário deve ser
guardado. Foi, possivelmente, êle que celebrou
a primeira missa no Seridó. Sua graça: Padre
Domingos da Silva Ramalho, cura do Piancó.
a
962,
Construída a capela da fazênda Serra Ne-
ein
gra, os domínios espirituais da Senhora do Bom
pol. a
Sucesso do Piancó se estenderam ao Seridó, al-
da
cançando, dois anos mais tarde, as margens su-
periores do Acauã, onde o sargento Manoel Es-
q -
“Lino
ad
téves de Andrade teve a inspiração de edificar a
querida capela de Nossa Senhora da Guía. O
e
processo canônico para ereção dessa histórica mes
Mio
ermida seguiu os trâmites costumeiros. (f).
apa
É
a $
pista osdo trêsnsteo fi
e) — Ver ndat de Câmara Cascudo. Re-
o Histórico e Geográfico do Rio G. do
- 1052
mimo!S: XLVII- XLIX, pag. 78 onda? 1957 q
a mesma resta
SS? Primitiva capela foi demolida. Nada à
[)— Idem idem.
[) — Ainda exixiss te
+ m NO arquiv; o: paroquial: do Caicó,
E o assenta-
5, 4 vas
ento hi
solene. Vdbito do UiTiarca de Serra Negra. E' de teor
padrinho d, Fi Pena transcrevê-lo, numa homenagem ao «Ss.
Setembro dem q igreja do Seridó. — “Aos onze de b
Negra desta Frei lo renia e vinte na Fazenda Serra
demo do Siridô, faleceo com todos os
Linho
Qcramentos,
ereira Monteiro ndo Testamento aprovado,
“Vo Manoel
Que já er d PM idade de noventa, e tantos annos,
2 de Dona Ther eza Maria da Conceição; o
tu
— A primitiva igreja de Nossa Senhora da Guia do
Acarí, hoje igreja do Rosário. E' atualmente o templ>
mais antigo do Seridó. Nêle estão sepultados os pa-
triárcas mais ilustres da Ribeira do Acauã.
iqefe de a À plo 2 do deor A atual
É vá sê +/ do (Lenores LÃ. a 23-C-AG6L)
15 de abril de 1748.
dao
for
e ne la se im po ss av a O pr im eiro vigário,
instalav a
Mais uma vez, reunem-se OS cidadãos de
melhor nota, não mais no Piancó, mas no lugar
la
LCA
0 Ce-t
E a
ha
algum v e s t u a r i o sit a = o ? al
mandar fafizelhra. conforme a sua pros
34
i s e c a sado lhe
disse qu e d e p o
ie E Gomes
jh e fa zi a c o n t a de d emorar
Cap. J. os ue não s
o
.
fizessem es-
podetio q TER circunstancias
de casar, és ito fa rd an 1 tanto quanto fosse, a
e
tto
espe rar o pelloresudimo que antes de casar ele não deu.
é ve rd ad e e se m du vi da , ce rt o e assim affir-
T uE Matriz do
mo jurando-o, et im verbo sacerdotis.
55».
ciridó, 16 de Agosto de 17
o pa dr e qu e ab re à li st a dos vigários
Eis no-
a da Se nh or a Sa nt 'A na . Nã o há
da freguesi
qu e ha ja fa le ci do po r aq ui , nem que des-
tíciade
tino tomou.
O certo, porém, é que êle aquí esteve, cal-
cou êste chão, abrindo a marcha à frente do re-
banho nascente. Sua voz não se perdeu. Sua
pessõa sagrada tem para nós o sentido de uma
presênça, na continuidade do tempo e do mi-
nistério. As gerações de hoje, herdeiras de suas
bênçãos sacerdotais, não lhe esquecem o nome.
A frente dêsse Rebanho quê, no plano da Graça,
é e continúa a ser o mesmo Rebanho de ôntem,
evôco a memória do padre Alves Maia, o ho-
mem de Deus que aqui selou o primeiro amor,
batizou a primeira criança e sepultou o primei-
ro patriárca.
33
Curas posteriôres
,
Em
a era sesmeiro na ribeira do Patu.
ita gr Mamanguaps, como secre-
0
65, a l i se en, Mar cos Soa res de Oli vei ra.
ai
Tentos, Finale itTà ainda, assistindo a Ci”
ente, nas éras de 1775 a 1776,
rãa to Serina'
erid Topônim
O nr!
indigema. Pequeno afluer-
A
? de Parêlhar; desaguando um pouco acima do Boguei
" Tinha já esse nome nas éras de pao
— Homens e Fatos do Seridó
Antigo — 37
aparece novamente no Seridó, como cu
ra e vigá-
rio da freguesia de Sant'Ana.
Aqui, êle foi tambem proprietári
o AE
ras, dono do sítio Seridózinho ns LT
prou a Domingos Fernandes de Souza.
De 1767 a 1770, é cura do Seridó, o padre
José Pereira Lobato. Parece ter vindo de Páu
dos Ferros, onde era vigário em 1765.
Deixou marca de sua passagem. As es-
crituras de doação do sítio da Volta, feita ao
Santissimo Sacramento, em abril e dezembro
de 1769, foram referendadas por sua reveren-
dissima. O escrivão lhe dá o titulo de doutor.
De 1771 a 17TT, é vigário da vara do Seri-
dó o padre José Inácio Xavier Correia. Foi êsse
padre que instalou a Irmandade do Rosário, em
1773. Teve como coadjutor o padre Martinho
João Torres, e substituto, o padre Pedro Bezer-
ra de Brito.
Com efeito, em 1775 e 1776, o padre Be-
zerra de Brito assina, mais uma vez, como cura
e vigário. Em duas folhas de um velho livro
de Batizados, que desapareceu, restos de um pre-
cioso tesouro, datando cêsses dois anos, acham-
se escritos quatorze assentos. Dêsses O padre
Bezerra de Brito assina cinco, e O padre Xavier
Correia, nove. E' curioso que, nesses assentos,
já se façam referências a velhas fazêndas e si-
conservam atualmente os mes-
tios que ainda
como Tapéra, Campo Grande, Sus-
mos nomes,
|
suarana, Boqueirão, Tanques e outras.
ordenar à lis-
Como se vé, não é muito fácilerté nio pi
ta de curas do Seridó, segundo o padres q
lógico. As vezes, é tal a ocurrência de
o Dantas, Bispo de Garanhuns
o E
,
ag Dom es Adelin ã o é possij. 2
t r i b u i ç õ e s , q u e n
esmas a tre êles, Sao os vigários S
en
ex em as M uais,
o dis ubstitutos.
APT esentam-se como curas os
a 1TT8,
ra câmara Lima e José Antô.
Lourenço da 6à |
E ai no de Mesquita.
não Gac a 1782, volta o padre Lobáto,
cod djutor o padre Manoel Gomes
tendo como qt psi com o
de Azevêdo, que 0 abs
vice-cura. Os arquivos do Caicó guar-
a letra dêsse padre Azevêdo. Fi-
xou residência No Seridó e, a dar-se crédito à
tradição, teria falecido no Acari, onde substituiu
o capelão José da Costa Soares. Descendente de
pernambucanos, era irmão do cap. Francisco Go-
mes da Silva, genro do Cel. Caetano Dantas Cor-
reia, dos Pícos, que lhe deu em casamento sua fi-
lha Ana. No Seridó, nunca êsse padre usou O
cognome de Silva, mas o de Azevêdo. Foi êle
que assistiu o patriárca dos Pícos, nos últimos
momentos, e que o sepultou na igreja de Nossa
Senhora da Guia do Acari. O mesmo fez a Mi-
cacla Dantas Pereira, filha do mesmo e esposa
en Antônio de Azevêdo Maia, fundador de
rn Seridó. Foi tambem grande proprie-
tioCruzeta, a o Dia ja Ai AE do E
argo, foi um 4 a comprou em 1798. De espirito
Mônio do Di PoE benfeitores do patrl-
Uma fazênda de o DT, em maio de 1791,
Ças de comprido Fi gados, com oitocentas bra-
Em 1783 er uma legua de largura. .
ão de Ri e cura e vigario do Seridó O pa-
Padre Caetano à Rocha, em substituição ao
em diante
E 9 no de 180 e Mesquita. Dêsse ano vez
9 padre Caeta
d frep BUesia, no assume de
e e ultah AVETOPranto Faleceu em Caicó, a 17 de Ed put
2º) Asa,qe e mas de A
vm dude ff. E quiloe “q - 3
Tilho) Adeni ria sençhl k da (me
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 39
oito doannos,
vinte ee hum
tenta de fevereiro
mês nesta de mil setecentos e oi-
Matriz do Seridó, batizei e puz
a pa a q Francisco com treze dias de nascido,
Coie mo de Martinho Soares, natural da freguesia
bem de fi * de sua mulher Vicencia Ferreira, natural tão
otima de” apelo itérmo de João Baptista de Oliveira,
neto Etr entejo, e de Rosa Maria natural de Angola,
Olinda, e de de Antonio Alvares Ferreira, natural de
Goiana. Foi put. mulher Luzia dos Santos natural de
que fis est Ass rinho Romualdo Cavalcante, solteiro, de
Azev oA
deDona Ssento
rd
que e assignei, O padre Manoel Gomes
Vice Cura do Seridó”,
para ci ma , obedecia-se
dados
mi l ré is . Da í o s e ntte réis.
viin
n t
ÃO
ua l er a de t r e
an z e
contribuição
aa
êsse ; o
compromiss de nha sidBmo
1836 tea
, aisçã
Aliás, ainda Ea vigário
elo. podre Guerra. as Almas.
podia tradição, segundo a cd 0
fede es da rm aves Te
olad teria sido o fundador QUErra. AS-
rma in e
E > dicção é de qualquer fo e o Pã
ai ei já funcionava em 1769,
certa oito anos mais tarde.
— Homens e Fatos do Serido Antigo — 53
o capitulo segundo regulava os assuntos
de eleições e composição da Mêsa. As eleições
se realizavam na vêspera da Festa das Almas,
O capítulo quarto mandava que, além do
livro do Compromisso, houvesse mais sete ou-
tros, gratuitamente rubricádos por um dos
juizes. Os mais importântes eram os de lan-
camento das entradas dos irmãos, com a decla-
ração expressa do nome, dia, mês e ano, e o
da receita.
Exigia-se também um livro de óbitos,
um outro de lançamento das certidões de mis-
sas celebradas pelos irmãos falecidos.
O capítulo quinto fixava a Festa das Al.
mas para o dia 3 de novembro, logo após a ce-
lebração do Dia de Finados, mas admitia que
se transferisse para outro dia do mesmo mês,
conforme as circunstâncias, conquanto que não
caísse em dia de festa de ríto simples. A festa
devia constar de ofício funebre solêne a canto,
chão. Os sacerdotes, irmãos das Almas, ausen-
tes da séde, estavam desobrigados de compa-
recer.
A missa cantada era da competência do
Ya pároco, e os demais padres deviam celebrar pe-
3 los irmãos falecidos, recebendo a espórtula de
quatrocentos e oitenta réis pela missa. O páro-
L
/º
tava
b) — Esse
> livro
Iv velho
, é > uma das preciosidades do arquivo
roqu
quira
l do Ca Icô
Í
pa
icó. Nêle seão olav
tavam
Sas - anot os |
po nto Pelos irmãos mortos e, ao :
mesmo f emm-
-
ricula dos irmãos, em ordem alfabetica. In-
felizm a Restam
as di de OE 0es da letra A se perderam.
cibos de ii para a frente. A parte referente wos Tê
los respectivos data de 1797 o 1836, todos assinados pê-
ade
mandad Curas de então e pelos tesoureiros a
À lista é
mais de mil irmãos.
- «A
Uma do Ea
fura
É
compreende
erepassar a sério imensa da fina
do eleme Rn .
tar
tada, to social do Seridó antigo, alí presente € ano-
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 55
n
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josé Adelino Dantas, Bispo de Garanhuns
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«ealvesmi deram
| o Mélo as poderoso senhor dg
honras da tesouraria,
subugia daria
Em sua sel
encontraram OS Irmãos nêgros
dE dedesempenhar O delicado
pia das virtudes raras de cidadão
. orta a E
dentado, temente a Deus e de sã consciência».
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De nnines De ão eq arraia Nes A cia * < Cal « re Go mp om
q) — Es “é precioso documento
Cartórios locai acha-se em Caicó, num dos
forma primiti
Punho pelo futuis,ro nafamo !
so núitia ip am
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 65
cerebral, falecia no Rio, na residênc
dador Joaquim Inácio da ia do C
Costa Miranda E
forme seu desejo, foi sepultado na rele do
Sant'Ana. Dois anos mais tarde, seus E
teiros requeriam exumação e transladavam para
Caicó os restos mortais, que aqui chegaram em
julho de 1847. No dia 3 de agôsto dêsse ano, 9
povo da Vila do Príncipe, à frente o Côn.
Visitador Manoel José Fernandes, seu sobri-
nho, substituto e testamenteiro, com dezesseis
outros sacerdotes, quase todos seus antigos alu-
nos, prestava ao saudoso Padre Mestre as mais
pomposas honras fúnebres.
Seus restos foram depositados na Cape-
la-mór da Matriz de Sant'Ana, naquêle mesmo
local sagrado, donde êle, por mais de quarenta
anos, regêra os destínos espirituais, culturais e
políticos da vasta Freguesia.
Se as cinzas do padre Guerra tenham
permanecido na Capela-mór por todo um século,
é história que muitos poucos sabem contar por
aqui. No rolar de 110 anos, a tradicional Matriz
de Sant'Ana passou por tantas e tamanhas
transformações, que nem os mortos escaparam.
Restos de padres e leigos, mesmo dos mais ilus-
tres, sem excluir os dos fundadores da cidade,
foram removidos e postos na vala desconheci-
da (b). Por milagre, não removeram a propria
Matriz.
j Ro pa Ma-
ntigaemp
b) — Fato por demais lamentavel, Dentro mo
triz da Glóriosa Senhora Sant'Ana
as figuras mais ilustres do Serido antg e siri gd
Sacerdotes, patriárcas, grandes vultos ori Ate si
neja. Informaram-me que, aaaté à asprime aiiio quis
tra
cinzas Pisitador Fer-
do Vist
culo, ainda se podia identifi car
s
Jo sé Ad el in o Da nt as , Bispo de Garanhun
66 Dom
estiveram ex-
As cinzas do padre Guerra e nem
ao s ca pr íc ho s hu ma no s,
tas também
Dosmpre gozaram da paz eterna a que tinham
se
direito.
io .
Tr
de h o n r a € de br
varão é mi ss ão
º e
£L
ã o c a b e s e n ã o à c i d a d
E essa missão n e e e do
qu e êl e a m o u , h u m anizou
Principe, l u m i n o s a s de u m lani-
tas
zou, e a que abriu as ro gran-
de destino.
O padre Guerra, nosso primeiro
mestre de Latim
Na verdad
tem e, O padre Guerra foi, desde 08
ga Matos à udante, fervoroso cultor da Lin-
Vi famope,sa seria
do P “inci que abriria, depois,
escolao pont o de partida de
Ura ] o
da seus filhos. Je luminaria a terra e estimula '
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 71
a ei
.
. “q.
Te documenta
mo
! Vivamus tempus in o nente
mne, vale
Subditorum humillimus
Franciscus de Brito Guerra
Seminarii alumnus.
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 73
sp
e o
sem '
E +. P P : hs RA
Seas : MT + E > abs e ces) N
O f; ELZAO Ermo À
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Z- meses Es Nm Maetor o Re rea “a
o;
nO Es//iro perda Renee Sitios e
E “JA 43 an |
LE |
E: >
-
Ride
SA]
A,
me vo ss
da Guía do Acari.
] Gra, quem, em 1816 morre com 77 anos.
iu ter nascido em 1729. Se casou em 1753,
Cvia ter 14 anos de idade, nêsse ano, e não 16.
Era, pois, mais mô ça que Caetano 29 anos, O
qual, em 1753, tinha As anos.
ii Eae Correia é o tronco da
mil vezes
e
mu S do
ridó,
AA
tronco feraz e glorioso
;
,
Nos ramos franlicado, sôb as bênçãos de Deus,
morreu mais ondosos de uma árvore que não
| Afvore bôa e tão fecunda que, na
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 77
área étnica do Seridó, difícil se torna saber até
onde chega o fluxo rico de sua seiva.
Casando-se já idoso, nem por isso lhe ne-
gou Deus a bênção de um singular vigor prolí-
gero. Dezessete filhos, que êle criou e formou
«nos dogmas da religião católica e regras de
bem viver», inundaram de alegria e vida o solar
dos Picos. Todos sabem o que vinha a ser, na
mentalidade austéra do patriarcalismo sertane-
jo, criar filhos nas regras de bem viver.
— Regra de bem viver, dizia-me meu avô
materno, velhinho de cem anos, rebento da ve-
lha estírpe, a ninguem se impõe sem a medida
das obras de misericórdia.
O ilustre patriárca faleceu na sua fazen-
da dos Picos, aos 19 de julho de 1797, com todos
os sacramentos, tendo de idade oitenta e sete
anos, «ainda com alguma robustez de corpo e
de suas faculdades intelectuais», informa o fi-
lho crônista. Seus restos foram depositados, no
mesmo dia, na outróra igreja de Nossa Senhora
Polo À da Guia, hoje do Rosário, onde permanecem.
Assistiu-lhe os últimos momentos o capelão e
amigo, o padre Manoel Gomes de Azevêdo ir-
mão de um genro seu.
Por mais de uma vez, estando no Acari,
tive em mãos seu inventário, que lia com a maior
emoção. De tudo quanto nêle se relaciona, nada
me tocou mais a alma, que o arrolamento de seu
santuário domestico, «um oratório de madeira
lisa e sem ornamento», no qual se guardavam
as imagens da Conceição, de Santa Luzia e de
São Sebastião. Tudo fiz no sentido de recupe-
rar uma dessas imagens, não o conseguindo.
Ad el in o Da nt as , Bi sp o de Garanhuns
78 Dom José
do 160" aniver-
Em 1957, no transcurso
de sua morte, seus descendentes, vindos
cário
rte, do Seridó e de fóra do Seridó, por
>
Cculama
É
Afirmo in fide Parochi. Vila do Princine
20 de Oitubre de 13800 annos. Jozé Antonio Cas-
:
tano de Mesquita Cura».
E” claro, pois, que, se não vivia
q
S
Sor
as o
c o m p r a e ve nd a, e que o si.
tur a de E ,
se uma escril ção pe rtencêra outrora a um sar-
tio da Concei
Correia, era
Dantas Pereira
ano Dantas
ia filha mais velha do patriárca
.+
e .
; ,
b —
1x
Lidos A mu gr Crisigdto;
/ ace
ANA pa
Par mp8
A
q" PAO
-s
-
inventário consta que deixara sete filhos dos quais seis
dut
lhe sobreviveram: três do sexo masculino e quatro do fe-
minino, a saber: Antônio de Azevêdo Maia, casado com
Liutoto
A
Micaela Dantas Pereira; José de Azevêdo Maia, casado
/
A
com Josefa Maria; Damasio de Azevêdo Maia, casado com
Luzia de Melo; Lourença Pereira dos Santos, casada com
o alferes Carlos de Melo; Sebastiana Maria de Jesus, ca-
sa
?
Ú
EM
b
cano de Brito.
d)
— Em 4 de setembro de 1956, comemorou-se solenemente c
primeiro centenário da criação da paróquia de pa do
Seridó. Ponto alto dessas comemorações foi, pôr inicia-
tiva do então bispo diocesano de Caicó, tetraneto do fun-
dador da Conceição do Azevêdo, uma interessantissima
exposição histórico-paroquial, que reuniu imagens, san-
tuários, moedas, documentos, armas, louças e variadis-
simos objetos antigos do município e da região.
q0
A certidão de batismo de
Currais Novos
o
Sac io tra ,
de p oapiia para Patrimônio que fazem o Cap.
Re asconcelo d es Galvão e sua terr mulher D. Vicencia Lins
a de as de plantar tavot-
S de Serr
"03 na Pont a di a dolegoCat
meia unda para se erigir a Ca-
ra Sancta Anna”.
(Livro de Nota s ” j : de
co de praxe.
, ami-
O padre Guerra, V igário do Seridó
go pessoal do patriárca, presta-se a orientá-lo
e estimulá-lo.
A notícia de que Cipriano Lopes Galvão
havia doado patrimônio para erigir, à sua cus-
ta, uma capela no Seridó, chega ao paço episco-
pal de Olinda e, no dia 24 de fevereiro de 1808,
devidamente escriturada pelo chanceler da Cu-
ria, o Bispo Dom Frei José Maria de Araújo
manda expedir a «Provisão para se erigir a Ca-
pella de Sancta Ana da Fazenda Currais novos
a favor do Capitão Mór Cipriano Lopes Galvão
e sua mulher». (b)
Nêsse precioso documento, que felizmen-
ms (mate « 41
-[-/94 esa fura
mº à, pectiva provisão, encontra-se em
Vação no arquivo paroquial de Currais Novos,
) mento original.
bom estado
Dispensamo-nos de transcrevê-lo
de conser-
em docu-
aqui.
(*) — Termo de óbito do capitão-mór Cipriano Lopes Galvão: —
Aos trese de Dezembro de mil oito centos e trese falleceo
da vida presente com fodos sacramentos, deixando Tes-
dom (0 00 mp
tamento, o Capitão Mór Cipriano Lopes
Sessenta annos, casado com Dona
Galvão de idade
Vicencia Lins Vascon-
Rae e fallecido
de um antraz: seu cadaver envolto em
iabito de borel foi sepultado no dia seguinte na Capella de
dos Currais novos, filial desta Matriz do re-
ii Anna Para
partimento cima, sendo encomendado por mim, que
Para constar fiz este Assento, e assigno.
o Fra
Vig,aride
OÓbitos ncisco de Brito Guerra”.
(Li Ivro de 1811 a 1832, fl. 11 v.)
— “Homens e Fatos do Seridó Antigo — 95
a)
— O Padre Tomaz motriculou-se no seminário de Olinda, no
ano de 1826, conforme se lê num livro de matricula do
fumoso e querido educandário. Pelos 129 dias que passou
=m 1827, ano,
naquêle passou
pensão 45 mil e quinhentos réis.
pagounovede mêses. Regisia-se sua presença ali
1828, e 1820.
vos anosmasde reaparece
aii, Não aperece nos anos de 1830
em 1832, de janeiro a março, quan-
rua y M Bahia, onde a 17 desse mês, recebe ordens sa-
pro E E da Bahia a 1º de junho e sai, de uma vez,
quanti e 0. Pagou de pensão, por êsses quatro mêses, a
Sao Es Cincoentae oito mil e quinhentos réis. Ignora-
sáde de OR de ter ido orderar-se na Bahia, porquanto a
18º Bispo E provida, desde 1830, na pessôa do
seu peida « Marques Perdigão. Ordenou-se juntamente
& o padre Joaquim Felix de Medeiros.
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 97
er os co le ga s seus.e O no me
ar em in um
i com todas as letras Padr
toromb
rem € he : Ma no el
dês da Fonseca de Lima, nome pouco fa-
ba te ra m a po ei ra dos
liar para os que nunc a
arquivos da terra.
O dr. Manoel Dantas, em «Homens de
e, di.
Outróra», evoca a pessõôa dêsse sacerdotVi
zendo ter êle morrido gáriovelho e ter sido
de Caicó por muitos anos. E exata: a primeira
pa-
informação, mas há engano na segunda. O
dre Teixeira nunca foi vigário de Caicó.
Segundo êle mesmo declára, em seu tes-
tamento, era natural do Seridó, onde nasceu no
ano de 1773. Seu pai, Luís Teixeira da Fonsêca,
português de origem, contorme nota do padre
Guerra, casou-se com uma seridoense, de nome
Joana Batista da Encarnação. São êles os páis
de nosso padre Teixeira. Residiram sempre na
fazenda Angicos, do atual município de Jardim
=
E ae ho Slata Ja é ab MA z
emp
,
mi
de E SSB <a
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PA, asd vá O in Cornbro Ger Perriçr,
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ES ES 8 Pri me E Mo
e OS
Ras És
EO al ines do ra a SRI DE atm
(Hs
Enigiade So Pao Em, rice MES ii
Soqras Digi 49
E: ini iba e
sitador
No centenário da morte do Vi
Manoel José Fernandes
ce u re pe nt in am en te na Eça E
Fale o ap dia E
vere ir o de 18 58 , e nã
dia 10 de fe ra . Sepu apt
cr ev eu Ba rô nc io Gu er
como es or
a noite do mesmo dia, na capela-m
u O s e p u l t a m e n t o O ea pio
io
de Sant'Ana. Ofic e Francisco Justino
mo e colega, o padr do da Conceiçiçãao do Aze-
la
de Brito, vigário copressas.
vêdo, chamado às
elino Dantas, DlSpt is “C Citas
Villa do Principe,
fe 30 de Julho de 1858.
Bro. ro, Vizor
Vi Francisco Justino Pereira de Britto».
Tio— de Eê
hojge “O homem, q adr
evóca Padre que o € entená-
o
AASPml
/
si ;
Vo go
a res
o “A
o,
Liana
i
buco, desde a Fortaleza do Ceará, pela região maritima
e terra interior, até o rio São Francisco, que serve de
Es
Bahia,”
(Da bula de oriação da Diocese de Olinda, de 16 de
Novembro de 1076.
Dom José Adelino Dantas, Bispo de Garanhuns
22 Dom
«o Pinto de Almeida e Castro, natalense da
Io como o eram os seus oito irmãos.
gem ,
deixou são e salvo, até hoje, o Ter-
de ta que o secretário Virgínio Ro-
Ee -s Campélo lavrou com a lindeza de sua
encedor:
4 Tem frontispício solene e conv
Presbytero
«Inacio Pinto d'Almeida e Castro,
Secular, Vigário confirmado na Paroquial Igreja
de Santo Amaro de Jaboatão, por S.A. R. Visi-
tador Geral e Delegado dos Crismas dos Certoens
baixos do Norte, pelo Exmo e Revdmo Senhor
Dom Frei José Maria de Araujo, de saudosa me-
moria, e confirmado pelo Ilmo. Revmo. Cabido».
A séde de Olinda estava vacante. Tsse
Termo traz a data de 26 de setembro de 1809,
ano sêco, segundo a crônica de Dantas Correia.
Breve e sóbrio, não corresponde à rica enume-
ração das honorificências do cabeçalho. Não re-
sisto, entretanto, à curiosidade de transcrever
aquí o periodo inicial. Começa assim o ilustre
Visitador:
«Visitando a Igreja de Santa Anna da fre-
Suesia do Seridó, lôvo primeiramente o modo
rs DE o Reverendo Paroco condús o rebanho
que lhe foi commi t
mmitido pela Divina providencia,
EO virtude, já com a palavra, já com
* &SSe pároco era o Padre Guerra.
aver-
Dou, qi REA Poucas recomendações que
se-
"ia admissiy a especial menção e que não
Visitador projuos, Mas atuáis. O excelentissimo
qualquer fun-
ção Teligiosa terminantemente
toda a fregue rotura nas igrejas e capelas de
Último ês E exceção única e taxatíva para OS
“às da Semana Santa, Noite de Na-
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 123
tal, e no caso de levar-se Viático a algum enfer-
mo. Fóra dêsses casos, , não se abriaria igreja
igrei ne-
nhuma à noite.
o Foi êsse, pois, o padre Visitador que
Caicó acolheu na primeira década do século pas-
sado. Irmão de Frei Miguelinho, tinha nome ful-
gente nas terras pernambucanas, cuja Provin-
cia representaria, anos mais tarde, na Cóôrte
portuguêsa, e, como deputado, nas legislaturas
de 1826 a 1829.
or Não veio ao Seridó sózinho. Além do se-
| UMAS cretário, veio o irmão padre José Joaquim Pin-
quotas to de Almeida e Castro. Eram quatro os irmãos
sacerdotes.
À presença dêsse outro irmão do mártir
do movimento de 1817 não colhi do livro em que
se registou o Termo de Visita, mas de um livro
velho de anotações de missas da Irmandade das
Almas. Nêle o padre José deixou, de próprio pu-
nho, esta declaração:
Certifico que dice cinco Missas pelo po-
bre fallecido Nicolau Mendes, que por mim man-
dou dizer o Tezoureiro da Irmandade das Almas
o snr. Coronel Antonio da Silva e Souza, com a
esmola de doze vintens cada huma, e por esta-
rem ditas e em pago, passo apresente. Villa do
Principe, 27 de Setembro de 1809. O Padre Jozé
Joaquim Pinto de Almeida e Castro».
Para os que amam a terra generosa e bôa,
não deixa de ser muito amavel o ensejo de res-
suscitar, na emocionalidade dêsses documentos,
a presença e a voz dêsses dois padres que, há sé-
culo e meio, aqui vieram, e calcaram as terras
calcinádas do Seridó.
A
41
é d i a e p e n a d e m orte
Trag
em Caicó (1)
te rm os de ób it o de An a Ca ta rina
as os não co.
o ii e Cordulina, de teor solene e
a a exe.
“Num termo único vem registad
es cr av os , ma s nã o há qu al qu er re.
«ução de dois (1 ). A in fo rm aç ão do
ferência a José Francisc o.
do s Cu lp ad os do Ca rt ór io pr iv at ivo do Cri.
Rol se en .
me co in ci de co m a do li vr o pa ro qu ia l. Nã o
contra alusão alguma ao acaboclado José Fran-
-
cisco. A autoridade averbou no livro simplesmen
te isto: «Forão executados nesta Villa Camillo
e Cordulina. O reo Francisco Galdino de Aro
foi despronunciado em razão da prescripção em
1861». Não se esclarece, igualmente, o meio da
execução, se foram enforcados, ou arcabuzados.
Tanto a autoridade civil, como a religiosa usam
a expressão singela: foram executados, e nada
mais.
— “Aos
g) — Termo de obito de Ana Catarina da Anuncioção. enta e
sette dias do mez de Maio de mil oito centos e quar
das
à sima
dous foi sepultado nesta Matriz do Seridó,
Anunciação
grades, o cadaver de Ana. Catharina da
moradora pe
mulher de Francisco Galdino de Araújo, fm
e depois a
era nesta Freguesia, foi envenenada,
toalha apertarão-lhe as guellas, e osassim sufoca a, E
assassinos em Ju E
o ultimo bocejo, como confessarão a im E pi
em
tinha de idade dezoito annos; foi para Fa
preto , e enco mendado, sole mnemente pelo
mo, e Visitador propr ietar io da Freg uado : us K a
asstgno. anoe
constar fis este Assento que
nandes, Vice-Vigario do Seridó”.
132 Dom José Adelino Dantas, Bispo de Garanhuns
entre Jucurutuy :
C nadadas por desc
onhecidos,
Caicó.
E, finalmente, em que sítio teriam sido
sepultados OS cadaveres dos sentenciados? A
do is loca is : a ig re ja do Ro sário
tradição aponta
e o cemitério velho.
O padre Manoel José Fernandes, que viu
e ouviu tudo, que lavrou de próprio punho o
termo de óbito dos matadores de sua prima, ti-
ra todas as dúvidas. Informa que Camilo e Cor-
dulina dormem o último sono no chão sagra-
do da matriz de Sant' Ana.
OUTRAS NOTAS
(*) — “Francisco Galdino de Araújo, branco, viuvo, e seus Es-
cravos Camilo criolo e Cordulina mulata, e José Francisco
acaboclado, Benvinda por Deus ao Mundo, Florencia Maria
da Conceição e Senhorinha Pereira de Santa Anna, crimi-
nosos na morte feita em Anna Catharina d'Anunciação,
pelo Processo feito nesta Villa em 19 de Maio de 1842,
sendo todos os mais q excepção do primeiro solteiros
(Livro de Ról de Culpados, nº 3, de 1824 a 1845, fol. 15,
do 3º Cartório Judiciário, privativo do Crime) Ao lado du
declaração supra, escreven-se esta averbação — “Presos
na Cadeia desta Villa. Forão executados nesta Villa Camillo
e Cordulina. O réu Francisco Galdino de Aro. foi despro-
Fran-
o
as
cisco 2 e prescriçã
»
em 1861”. Esh J os
nunciado em raza ni
L 0 d r
Hs
ni E
sili e Brito Guerra. Este ind
indica Pernambuco e nãoo U q
|
nato pu oalÉ /
file O fo - 6 - At 4, Ven Jr cul prol
a mo de st a re se nh a, pa rtindo do ano
, staté 1942, enquadra-se um período de
de 1559Ne
cu lo s, ao lo ng o do s qu o”
ais os Cr
quase qu at ro sé
se ss en ta e sete flagelos. Dis-
nistas anotaram qu e nã o ha via sêcas
e pensam
no AOS dos qu as ha vi a
ou não . No Nordeste, E
co m a mes-
go s te mp os , ss
ma frequência de no os dias
Na An ti
é o
históricamente
mo e antigas, quanto
fe rê nç a re sí de Nº Ro
0 Br as il . A ún ica di ardá-
80 no ss os di as , O e
que, em
dis CIOSo de ma is ad eq ua do s de €
Go . de ráme ios
-las.
144 Dom Jo sé Adelino Dantas, Bispo de Garanhuns
jensa dessa tormenta climaté-
A série im
aqui e noutras partes do mundo, se Te-
cadência quase matematica, traz já
ete ça do século do Descobrimento. O
suas dim ita padre Serafim Leite, na sua «His-
pe, e mampanhia de Jesus», faz alusão a
tória navidas na Bahia e em Pernambuco,
nas
sêcas ha 1564, 1590 e 1592. E" de supor-se,
sra de 1599 ar
ba-
entretanto, não terem sido essas as únicas a
tizar o áureo século de nosso nascimento.
No século dezessete, dada a precariedade
de fontes informativas, foram assinaladas ape-
nas outras quatro. Foram sêcos os anos de
1600, 1614, 1691 e 1692. No século dezoito, a
lista cresce assustadoramente. Os meios de in-
formação alinham vinte e uma :
1710, 1711, 1728, 1724, 1725, 1726
1127, 17306, 1737, 1744, 1745, 1746,
1766, 1777, 1778, 1782, 1784, 1790,
1791, 1792, e 1798.
Foi nêsse século que se verificou a mais
longa e mais calamitosa de todas as sêcas do
Nordeste, abrangendo cinco anos consecutivos,
de 1723 a 1727, inclusive.
jo No século passado, o fenômeno
a Anotaram-se vinte e seis sêcas. Es progre-
ção caiu sobre os sa mal-
anos de :
1808, 1809, 1814, 1816. 1817 1824
da 1826, 1833, 1835, 1837 1844,
1846, 1860, 1868, 1869 1877,
1878, e 1879,
1890" 1898 188 55% 1888, 1889, 1891,
— Homens e Fatos do Seridó Antigo — 145
No século atual, a lis ta ainda vai relati-
vamente baixa, tendo se registado, até 19492
doze anos sêcos apenas, e que foram os se-
guintes :
1900, 1902, 1903, 1904, 1907, 1908
1915, 1919, 1930, 1931, 1932 e 1949,
Ao todo, num periodo, de 383 anos, sessen-
ta e sete sêcas.
Todos sabem da cisma que o sertanejo
tem aos anos terminados em oito.
Estivemos fazendo observações nêsse sen-
tido, em torno dos anos acima enumerados, e
verificou-se que, dos sessenta e sete anos sêcos,
7 foram anos terminados em O (zero)
» » » »
wNH
SIJJJLCROU
» » » »
» » » »
» » > »
» » » »
» » » »
DO ID
» » »
»
» » » »
» » » »
os não têm
Vê-se que os irmãos sertanej fin-
m com às éras
tanta razão de se assombrare nuú-
8. Se os in ve rn os de pe nd essem de
das em e 4.
s, os nú me ro s fa ta is deveriam ser 2
mero 1924 viria des-
o inverno copiosissimo de
Mas
mentir a regra.
ao É en ôm en o de duração das sê-
Quanto ta e sete, uma
qu e, da s se ss en
cas, verifi ca-se pr olongou
de to da s, qu e se
houve a mais longa
“ asotin Dantas, Bispo de Garanhuns
osé Adelino
aos flagelados Ea
ao ponto de vender a
mobília de sua residência
e alimentar-se de côco, sema
nas inteiras.
— A desastrosa tríplice sêca de 1744. 1746
deixou profundas marcas na memória dos serta-
nejos. O seridoense Manoel Antônio Dantas Cor-
reia, um dos mais completos crônistas da terra,
faz menção da fome e da morte, dizimando gen-
te e animais. Um manuscrito seu, que o dr. Oto
de Brito Guerra guarda carinhosamente, datado
de 1847, é rico de informações. E' impressionan-
te o relato das misérias que o velho acariense
recolheu. Crianças que andavam, voltaram a
arrastar-se. (Os moradores do rio Piranhas fo-
ram obrigados a desmanchar as rêdes de dor-
mir para fazê-las rêdes de pescar, pescar peixe
magro que só tinha espinhas e escâmas, e devo-
rá-lo sem outra mistura que agua e sal.
Apocalipticas são as memórias das sê-
cas de 1790 a 1793. Não pingou nos sertões, na-
quêles anos. Irimeu Jófili, em sua obra «Notas
sobre a Paraíba», calcado em fontes fidedígnas.
informa que, nessa terrivel sêca, além da de-
vastação natural, apareceu tamanha quantidade
que, mesmo de dia, atacavam pes-
Go”
de morcêgos
tá-los.
sôas e animais sem força mais de afugen
Pelas estradas, pousadas e mes mo dentro de
anças, mortos ou
casa, homens, mulheres e cri la fome pe
arrastavam-se exângues
moribundos,
lo s mo rc êg os . Am on to av am -Se, às vEgis, Tee
e pe
nosedk
ai nd a vi va s, pr os tr ad as no chão ou no
sõas e as pure vítimas
rt as de va mp ir os qu
tos, cobe enxota r.
tinham mais fôrça para
não
) Bispo de Garanhuns
s Adelino Dantas,
148 Dom josé À
ao
de Brito Guerra, sobrinho
Manoel Pas esbôço biográfico sobre
do padre E depondo a respeito da grande sêca,
o tio A 1798, escreve: — «Os gados grossos
de4 o acabaram-se quase totalmente no ser-
o só pela falta de alimentação, como pelo
fato de serem sangrados e chupados pelos mor-
cêgos.
Quando minha bisavó (a mãe do padre
Guerra) retirou-se com os filhos para os brejos
do Apodi, para ali passar o periodo da sêca, .
Pá 0
Que despa
é
cho
Se eM Nossos dias 1 dar ives-
ia Dom Diogo se vives
E crôni
Secas do Nordesto” Dantas Correia sobre as
Mais de y sê é abrangem um período de
às escr eveu “cul o, de 1723 a 1847. Diz que
"as. Depois discado .em tradições verdadei-
Mencionar o quadro tétrico
— - Homens e Fatos do Seridó Antigo — 149
da grande calamidade dos fins do século 18º
escreve sobre o ano de 1794 uma nota cu.
riosa. Informa que êsse ano foi bom de inverno
mas que nêle sucederam três gêneros de pragas
que, guardadas as proporções, faziam lembrar
as do Egito. A primeira foi uma de gafanhotos
de asas que, como um fôgo, devoravam toda sor-
te de folhas e frutos das plantas. Das três horas
da tarde em diante, via-se um enorme enxâme
nai
am dos sertões.
Até os peixes engordaram à custa dos
ratos, tendo se encontrado traíras com ratos ain-
da inteiros no ventre.
O século passado entrou agourando sêca.
Quatro anos calamitosos na primeira década.
Num livro velho, pertencente à paróquia de Jar-
dim do Seridó e que traz na integra o processo
da fundação da primitiva capela, lê-se um têr-
mo de visita do padre Guerra, de 1809, em que
êle declara ter ido visitar a dita capela, em subs-
tituição ao visitador de Olinda, impedido de vir
ao sertão por motivo de rigorosa seca.
Mas, as sêcas mais terríveis que Dantas
Correia viu, foram as de 1825 e 1845. Em 1825.
escreve êle, faltaram totalmente as chuvas, não
Ad el in o Da nt as , Bi sp o de Garanhuns
150 Dom José
se rt õe s, co mo no s o vi zi nh os e
só nêstes ne ss e ano,
nos Br ej os . O po vo di sp er so u. fo l
ei-
entretanto, que, no Serido, se fincou o prim
ro marco de combate às secas. E foi no rio
Acauã que começou a história. Um homem teve,
certo dia, a idéia de espelhar as areias escal-
dantes. Abriu uma vala, encontrou humidade e
plantou qualquer coisa. Operou-se O milagre da
primeira vazante. A notícia se espalhou e o
exemplo pegou. Uma éra nova começava, um
capítulo novo da história econômica do Seridó
se abria, e Dantas Correia não esconde o entu-
siasmo pela descoberta. Chegaram até a mudar
o nome do rio Acauã. Agora era o Nilo do Seri-
dó, o nosso Nilo. E acrescenta que, enquanto
gente e animais, retirando-se para lugares di-
versos, pereciam à fome e à sêde, os que tinham
cultivado o rio milagroso passavam na fartura.
co nc lú i su as cr ôn ic as co m
pantas Correia ião que as
çõ es . E” de o op in
onortu nas considera
vá ri os mo ti vo s. Re .
cêcas são necessarias, poransam a terra e fazem
formam OS rebanhos, de sc d a , a s ê ca
Não h á d u v i
os homens industriosos. a n e j o é o seu me-
é u m a gr an de m e s t r a , € O s e r t
o r m á r t i r . D e u m g r a n de
lhor aluno, o seu ma i
p r e n d e à ti ra r u m g r a n d e b e m
mal o homem a n t a d oras vazantes e
sêca é a m ã e da s e n c a
A
da açudagem. Foi ela que ensinou ao sertanejo
que nem toda agua deve correr para o mar. A
sêca é uma lição de amor, de amor a terra, li-
li
cão de perseverânça, de tenacidade.
O último período de Dantas ja é
testemunho da fé profunda que e Dias ;
pras Ro conclui êle, são dadas por
benção RE infinita que não pode errar e
o dispõe para o bem de seus filhos».
Detalhe da fazenda Picos de Cima, que evoca ainda hoje o nome do patriárca Caetano Dantas.
O lendário rio Acauã ainda de correnteza. As lições dos velhos sertanejos perduram. Fins
de inverno. Leirões se cavam. O coqueiral orna as margens. Além, o serrote dos Picos
completa a moldura evocadóra.
[53
Ag ui ar . Sã o êl es os fu nd ad or es de
Carvalho de nda se ai
Quro Branco, em cujas vizinhanças
,
vêem hoje restos de sua vetusta casa de morada
Em livros antígos da freguesia da Senho-
sora Santa Ana do Seridó, encontro, vez por ou-
“tra, notícia de batizados e casamentos realiza-
a
ka . Jor dos no Oratório do Espírito Santo. Ésse Orató-
”
Q
rio era o próprio lar daquêles fazendeiros.
Como se vê, é aqui que se lança a semen-
te das futuras discórdias. O Bispo de Olinda,
ao receber o pedido dos moradores do Espírito
Santo, tratou de agir com rapidez. Chama à
sua presença o Cônego Penitenciário, o ex-Vi-
sitador Manoel Vieira de Lemos Sampaio, que
conhecia êstes sertões como as palmas de suas
mãos, e pede-lhe informações. Ainda existe o
teor dêsse episcopal pedido de informação.
Passa-se isto, no dia 20 de setembro de 1790.
O ex-Visitador não se fez de rogado e
informa a seu prelado o seguinte: «A justifica-
ção e attestação dos Suplicantes provam con-
tra alguns que já attestaram serem mais de
quatro leguas, digo, as pessoas que estimam
em mais de quatro leguas a distancia que vae
da fazenda do Espirito Santo a Santa Luzia,
o não tendo havido medição de corda, não
pa cinta, nesta duvida tem os Suplicantes
aids a O ficarem notavelmente mais pro-
bem a O Seridó do que aos Patos, como tam-
ie Meio parte das terras da dita fazenda
ta Luzia E para o Seridó do que para San-
Serio pm Excelencia Mandará o que for
mil Eee vinte e oito de Setembro de
mos Samp ita x noventa. Manoel Vieira de Le-
de
o et
. a Homens e Fatos do Seridó Antigo — 157
j i ár
ra de Medeiros — do
b) — Padre Andrê Vieios Rocha. neto de An onde
Manoel de Medeir é bisneto de . iria
lhões, pelo lado materno, da
o primeiro. Aparece em
Araújo Pereira,
sad o no Ser idó , em it a “go Aca donde
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centenas
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O OROGÍNIE do Seminário de Olin-
Da ntas e Azevêdo.
batizou,
Ali ordenou-se
da registam seu nome.
m Jo sé Ad el ino Da nt as , Bispo de Garanhuns
164 Do
+ Saudou o sol de 1º de janeiro de 1700
: inha em flor, repetiu a facanha cem anos
mais tarde, a 1º de janeiro de 1800.
Viu êste Seridó ainda mata virgem e de-
serto, índio, cobra e onça dominando a terra
e viu muita coisa mais. Contemplou a vanguar-
da das primeiras bandeiras, dos primeiros ba-
tedores dêstes sertões, surgirem as primeiras
fazendas, construirem-se as primeiras moradas
do Caicó. Viu o Brasil daquêle tempo, o Brasil
menino, o Brasil colônia, o Brasil capitania e
reinado, e o teria visto tornar-se império e in-
dependente, não fôra o anjo da morte lhe ter
vindo dizer que já estava passando do tempo
e que ela era do Novo Testamento.
Aqui faleceu, no dia 17 de dezembro de
1821, cingida da rica corôa de cento e trinta e
cinco anos ! (c).
Nos dominios da velhice, teria sido Ma-
ria Fernandes Jorge a recordista do seu tempo,
sem competidores.
Pags.
O fundador de Caicó ..
A Matriz de Santa Ana .. E EE SM GE ME dE Ea 16
Os primeiros Curas da Freguesia de Santa Ana ..... 25
As escrituras da fazênda do Santissimo Sacramento ([) 43
As escrituras da fazênda do Santissimo Sacramento (II) 47
A Irmandade das Almas do Caicó ER ER mi 51
A Irmandade do Rosário dos homens de Côr do Caicó 57
O Padre Guerra, êsse grande esquecido... .. ...... 63
O Padre Guerra, nosso primeiro mestre de Latim .. 69
O patriárca Caetano Dantas Correia... +... cc. 75
Tomaz de Araújo Pereira, o segundo .... E 89
À certidão de batismo da Conceição do Azevêdo.. 85
À certidão de batismo de Currais Novos ..
Dois padres apostam idade .. .. cc. 97
Padre Franscisco Justino Pereira de Brito .. 102
No Cent. da morte do Visitador Manoel José Fernandes 108
Um Visitador, irmão de Frei Miguelinho, em Caicó . 120
Tragédia e pena de morte em Caicó (1) 124
Tragédia e pena de morte em Caicó CS na ss a 134
Frei Canéca em Caicó .. 137
No roteiro das sêcas .. E A O E Sã ER BE ES 143
O Seridó na questão de limites com a Paraiba .. .... 153
Um quarto gráu igual triplicado e complicado .. .... 158
Macróbios e mãe DELAS as ce wu su cs 161
L
five
O autor.
Fruto de díuturno labor e de
longas pesquisas em velhos ar-
quivos paroquiais e em Cartórios,
coligiu Dom José Adelino Dantas
material de grande valor histórico,
e de suas notas publicadas em a
«Folha» de Caicó, ordenadas, saem
a lume, testemunhas do amor que
ele consagra à terra e à gente se-
ridoenses.
Homens e Fatos do Seridó An-
tigo é um livro que a gente lê com
interesse, pois retrata ao vivo a
personalidade dos grandes Patriár-
cas que plasmaram com seu ci-
vismo, sua fé e lealdade a alma
mater da gente Seridoense. Len-
do-o, nota-se o interesse com que
Dom José Adelino faz sobresair
entre outras a figura impar do Pa-
dre Guerra, o heroi de porfiadas
lutas, o gigante, vencedor de gran-
des batalhas, anexando ao Rio
Grande do Norte a disputada re-
gião do Seridó. Dom José Adelino
tece hinos à cultura, à fé e ao
patriotismo dêsse grande sacer-
dote.
O Monitor sente-se feliz e ale-
gre, editando o livro de Dom José
Adelino, associando-se às homena-
gens que ele presta ao Sertão ami-
go que lhe serviu de berço.