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POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
NOÇÕES DE IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO 2
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NOÇÕES DE IGUALDADE RACIAL E DE GÊNERO 2
Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabelecimento Art. 16. Constitui efeito da condenação a perda do cargo
comercial, negando-se a servir, atender ou receber ou função pública, para o servidor público, e a suspensão
cliente ou comprador. do funcionamento do estabelecimento particular por
prazo não superior a três meses.
Pena: reclusão de um a três anos.
Art. 17. (Vetado).
Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso
de aluno em estabelecimento de ensino público ou Art. 18. Os efeitos de que tratam os arts. 16 e 17 desta
privado de qualquer grau. Lei não são automáticos, devendo ser motivadamente
declarados na sentença.
Pena: reclusão de três a cinco anos.
Art. 19. (Vetado).
Parágrafo único. Se o crime for praticado contra menor
de dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço). Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em
nacional. (Redação dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabelecimento
similar. Pena: reclusão de um a três anos e multa. (Redação dada
pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de três a cinco anos.
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular
Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em
símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou
restaurantes, bares, confeitarias, ou locais semelhantes
propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para
abertos ao público.
fins de divulgação do nazismo. (Redação dada pela Lei nº
Pena: reclusão de um a três anos. 9.459, de 15/05/97)
Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela
estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou Lei nº 9.459, de 15/05/97)
clubes sociais abertos ao público.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput é
Pena: reclusão de um a três anos. cometido por intermédio dos meios de comunicação
Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento em social ou publicação de qualquer natureza: (Redação
salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou casas de dada pela Lei nº 9.459, de 15/05/97)
massagem ou estabelecimento com as mesmas Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.(Incluído pela
finalidades. Lei nº 9.459, de 15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos. § 3º No caso do parágrafo anterior, o juiz poderá
Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em edifícios determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido
públicos ou residenciais e elevadores ou escada de deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de
acesso aos mesmos: desobediência: (Redação dada pela Lei nº 9.459, de
15/05/97)
Pena: reclusão de um a três anos.
I - o recolhimento imediato ou a busca e apreensão dos
Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transportes públicos, exemplares do material respectivo;(Incluído pela Lei nº
como aviões, navios barcas, barcos, ônibus, trens, metrô 9.459, de 15/05/97)
ou qualquer outro meio de transporte concedido.
II - a cessação das respectivas transmissões radiofônicas,
Pena: reclusão de um a três anos. televisivas, eletrônicas ou da publicação por qualquer
Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao serviço meio; (Redação dada pela Lei nº 12.735, de 2012)
em qualquer ramo das Forças Armadas. III - a interdição das respectivas mensagens ou páginas
Pena: reclusão de dois a quatro anos. de informação na rede mundial de computadores.
(Incluído pela Lei nº 12.288, de 2010)
Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou forma,
o casamento ou convivência familiar e social. § 4º Na hipótese do § 2º, constitui efeito da condenação,
após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do
Pena: reclusão de dois a quatro anos. material apreendido. (Incluído pela Lei nº 9.459, de
Art. 15. (Vetado). 15/05/97)
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990)
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Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário. Art. 2º Toda mulher, independentemente de classe, raça,
(Renumerado pela Lei nº 8.081, de 21.9.1990) etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível
educacional, idade e religião, goza dos direitos
Brasília, 5 de janeiro de 1989; 168º da Independência e
fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe
101º da República.
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver
JOSÉ SARNEY sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu
Paulo Brossard aperfeiçoamento moral, intelectual e social.
Este texto não substitui o publicado no DOU de 6.1.1989 Art. 3º Serão asseguradas às mulheres as condições para
e retificada em 9.1.1989 o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia,
ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à
cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à
convivência familiar e comunitária.
LEI FEDERAL Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 (LEI
MARIA DA PENHA). §1º O poder público desenvolverá políticas que visem
garantir os direitos humanos das mulheres no âmbito
das relações domésticas e familiares no sentido de
resguardá-las de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e
LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006.
opressão.
§2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar
Cria mecanismos para coibir a violência as condições necessárias para o efetivo exercício dos
doméstica e familiar contra a mulher, nos direitos enunciados no caput.
termos do §8º do art. 226 da Constituição
Art. 4º Na interpretação desta Lei, serão considerados os
Federal, da Convenção sobre a Eliminação
fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as
de Todas as Formas de Discriminação contra
condições peculiares das mulheres em situação de
as Mulheres e da Convenção
violência doméstica e familiar.
Interamericana para Prevenir, Punir e
Erradicar a Violência contra a Mulher;
dispõe sobre a criação dos Juizados de TÍTULO II
Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher; altera o Código de Processo Penal, DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e MULHER
dá outras providências. CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência
TÍTULO I doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos do §8º do art. 226 da Constituição Federal, da I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como
Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou
Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a agregadas;
Mulher e de outros tratados internacionais ratificados II - no âmbito da família, compreendida como a
pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a comunidade formada por indivíduos que são ou se
criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar consideram aparentados, unidos por laços naturais, por
contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e afinidade ou por vontade expressa;
proteção às mulheres em situação de violência
doméstica e familiar.
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VIII - a promoção de programas educacionais que ocorrência adotará, de imediato, as providências legais
disseminem valores éticos de irrestrito respeito à cabíveis.
dignidade da pessoa humana com a perspectiva de
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste
gênero e de raça ou etnia;
artigo ao descumprimento de medida protetiva de
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os urgência deferida.
níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de
humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao
violência doméstica e familiar, a autoridade policial
problema da violência doméstica e familiar contra a
deverá, entre outras providências:
mulher.
I - garantir proteção policial, quando necessário,
comunicando de imediato ao Ministério Público e ao
CAPÍTULO II Poder Judiciário;
DA ASSISTÊNCIA À MULHER EM SITUAÇÃO DE II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR e ao Instituto Médico Legal;
Art. 9º A assistência à mulher em situação de violência III - fornecer transporte para a ofendida e seus
doméstica e familiar será prestada de forma articulada e dependentes para abrigo ou local seguro, quando
conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei houver risco de vida;
Orgânica da Assistência Social, no Sistema Único de
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para
Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre
assegurar a retirada de seus pertences do local da
outras normas e políticas públicas de proteção, e
ocorrência ou do domicílio familiar;
emergencialmente quando for o caso.
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta
§1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da
Lei e os serviços disponíveis.
mulher em situação de violência doméstica e familiar no
cadastro de programas assistenciais do governo federal, Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e
estadual e municipal. familiar contra a mulher, feito o registro da ocorrência,
deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os
§2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência
seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles
doméstica e familiar, para preservar sua integridade
previstos no Código de Processo Penal:
física e psicológica:
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e
I - acesso prioritário à remoção quando servidora pública,
tomar a representação a termo, se apresentada;
integrante da administração direta ou indireta;
II - colher todas as provas que servirem para o
II - manutenção do vínculo trabalhista, quando
esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
necessário o afastamento do local de trabalho, por até
seis meses. III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas,
expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida,
§3º A assistência à mulher em situação de violência
para a concessão de medidas protetivas de urgência;
doméstica e familiar compreenderá o acesso aos
benefícios decorrentes do desenvolvimento científico e IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de
tecnológico, incluindo os serviços de contracepção de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais
emergência, a profilaxia das Doenças Sexualmente necessários;
Transmissíveis (DST) e da Síndrome da Imunodeficiência V - ouvir o agressor e as testemunhas;
Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos
necessários e cabíveis nos casos de violência sexual. VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos
autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a
existência de mandado de prisão ou registro de outras
CAPÍTULO III ocorrências policiais contra ele;
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito
policial ao juiz e ao Ministério Público.
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de
violência doméstica e familiar contra a mulher, a §1º O pedido da ofendida será tomado a termo pela
autoridade policial que tomar conhecimento da autoridade policial e deverá conter:
I - qualificação da ofendida e do agressor;
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II - nome e idade dos dependentes; substituição de pena que implique o pagamento isolado
de multa.
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas
solicitadas pela ofendida.
§2º A autoridade policial deverá anexar ao documento CAPÍTULO II
referido no §1º o boletim de ocorrência e cópia de todos
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA
os documentos disponíveis em posse da ofendida.
Seção I
§3º Serão admitidos como meios de prova os laudos ou
prontuários médicos fornecidos por hospitais e postos de Disposições Gerais
saúde. Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da
ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito)
horas:
TÍTULO IV
I - conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as
DOS PROCEDIMENTOS
medidas protetivas de urgência;
CAPÍTULO I
II - determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão
DISPOSIÇÕES GERAIS de assistência judiciária, quando for o caso;
Art. 13. Ao processo, ao julgamento e à execução das III - comunicar ao Ministério Público para que adote as
causas cíveis e criminais decorrentes da prática de providências cabíveis.
violência doméstica e familiar contra a mulher aplicar-se-
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser
ão as normas dos Códigos de Processo Penal e Processo
concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério
Civil e da legislação específica relativa à criança, ao
Público ou a pedido da ofendida.
adolescente e ao idoso que não conflitarem com o
estabelecido nesta Lei. §1º As medidas protetivas de urgência poderão ser
concedidas de imediato, independentemente de
Art. 14. Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar
audiência das partes e de manifestação do Ministério
contra a Mulher, órgãos da Justiça Ordinária com
Público, devendo este ser prontamente comunicado.
competência cível e criminal, poderão ser criados pela
União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos §2º As medidas protetivas de urgência serão aplicadas
Estados, para o processo, o julgamento e a execução das isolada ou cumulativamente, e poderão ser substituídas
causas decorrentes da prática de violência doméstica e a qualquer tempo por outras de maior eficácia, sempre
familiar contra a mulher. que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados
ou violados.
Parágrafo único. Os atos processuais poderão realizar-se
em horário noturno, conforme dispuserem as normas de §3º Poderá o juiz, a requerimento do Ministério Público
organização judiciária. ou a pedido da ofendida, conceder novas medidas
protetivas de urgência ou rever aquelas já concedidas, se
Art. 15. É competente, por opção da ofendida, para os
entender necessário à proteção da ofendida, de seus
processos cíveis regidos por esta Lei, o Juizado:
familiares e de seu patrimônio, ouvido o Ministério
I - do seu domicílio ou de sua residência; Público.
II - do lugar do fato em que se baseou a demanda; Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da
instrução criminal, caberá a prisão preventiva do
III - do domicílio do agressor.
agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento
Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à do Ministério Público ou mediante representação da
representação da ofendida de que trata esta Lei, só será autoridade policial.
admitida a renúncia à representação perante o juiz, em
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão
audiência especialmente designada com tal finalidade,
preventiva se, no curso do processo, verificar a falta de
antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério
motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la,
Público.
se sobrevierem razões que a justifiquem.
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência
Art. 21. A ofendida deverá ser notificada dos atos
doméstica e familiar contra a mulher, de penas de cesta
processuais relativos ao agressor, especialmente dos
básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo
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da intimação do advogado constituído ou do defensor §3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de
público. urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento,
auxílio da força policial.
Parágrafo único. A ofendida não poderá entregar
intimação ou notificação ao agressor. §4º Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que
couber, o disposto no caput e nos §§5º e 6º do art. 461
da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de
Seção II Processo Civil).
Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o
Agressor
Seção III
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e
Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida
familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz
poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo
separadamente, as seguintes medidas protetivas de de outras medidas:
urgência, entre outras:
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, programa oficial ou comunitário de proteção ou de
com comunicação ao órgão competente, nos termos da atendimento;
Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento
com a ofendida; do agressor;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem
prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das
alimentos;
testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre
estes e o agressor; IV - determinar a separação de corpos.
b) contato com a ofendida, seus familiares e Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da
testemunhas por qualquer meio de comunicação; sociedade conjugal ou daqueles de propriedade
particular da mulher, o juiz poderá determinar,
c) frequentação de determinados lugares a fim de
liminarmente, as seguintes medidas, entre outras:
preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes
agressor à ofendida;
menores, ouvida a equipe de atendimento
multidisciplinar ou serviço similar; II - proibição temporária para a celebração de atos e
contratos de compra, venda e locação de propriedade
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
em comum, salvo expressa autorização judicial;
§1º As medidas referidas neste artigo não impedem a
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida
aplicação de outras previstas na legislação em vigor,
ao agressor;
sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias
o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao IV - prestação de caução provisória, mediante depósito
Ministério Público. judicial, por perdas e danos materiais decorrentes da
prática de violência doméstica e familiar contra a
§2º Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se
ofendida.
o agressor nas condições mencionadas no caput e incisos
do art. 6º da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório
o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou competente para os fins previstos nos incisos II e III deste
instituição as medidas protetivas de urgência concedidas artigo.
e determinará a restrição do porte de armas, ficando o
superior imediato do agressor responsável pelo
cumprimento da determinação judicial, sob pena de
incorrer nos crimes de prevaricação ou de
desobediência, conforme o caso.
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CÓDIGO PENAL BRASILEIRO (ART. 140). LEI FEDERAL Nº 9.455/1997 (COMBATE À TORTURA).
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§6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de Com as penas do art. 121, §2º, do Código Penal, no caso
graça ou anistia. da letra a;
§7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a Com as penas do art. 129, §2º, no caso da letra b;
hipótese do §2º, iniciará o cumprimento da pena em
Com as penas do art. 270, no caso da letra c;
regime fechado.
Com as penas do art. 125, no caso da letra d;
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o
crime não tenha sido cometido em território nacional, Com as penas do art. 148, no caso da letra e;
sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em Art. 2º Associarem-se mais de 3 (três) pessoas para
local sob jurisdição brasileira. prática dos crimes mencionados no artigo anterior:
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Pena: Metade da cominada aos crimes ali previstos.
Art. 4º Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a cometer
julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. qualquer dos crimes de que trata o art. 1º:
Brasília, 7 de abril de 1997; 176º da Independência e Pena: Metade das penas ali cominadas.
109º da República.
§1º A pena pelo crime de incitação será a mesma de
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO crime incitado, se este se consumar.
Nelson A. Jobim §2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a
incitação for cometida pela imprensa.
Art. 4º A pena será agravada de 1/3 (um terço), no caso
dos arts. 1º, 2º e 3º, quando cometido o crime por
LEI FEDERAL Nº 2.889/56 (COMBATE AO GENOCÍDIO).
governante ou funcionário público.
Art. 5º Será punida com 2/3 (dois terços) das respectivas
penas a tentativa dos crimes definidos nesta lei.
LEI Nº 2.889, DE 1º DE OUTUBRO DE 1956. Art. 6º Os crimes de que trata esta lei não serão
considerados crimes políticos para efeitos de extradição.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.
Define e pune o crime de genocídio.
Rio de Janeiro, 1 de outubro de 1956; 135º da
Independência e 68º da República.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA:
JUSCELINO KUBITSCHEK
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
Nereu Ramos
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em
parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como
tal:
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de
membros do grupo;
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de
existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física
total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos
no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo
para outro grupo;
Será punido:
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