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ESCALAS E TESTES

NA DEMÊNCIA

Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demência

2.ª Edição

2007
COORDENADORES
Alexandre de Mendonça
Manuela Guerreiro

PARTICIPANTES
Alexandre Castro Caldas
Alexandre de Mendonça
Ana Nina
Ana Paula Silva
Ana Verdelho
António Barros
António Leuschner
Carlos Garcia
Carlos Roldão Vieira
Carolina Garrett
Élia Baeta
Félix Neto
Filomena Santos
Gilberto Pereira
Graça Melo
Helena Pedrosa
Isabel Monteiro
Isabel Santana
Isabel Tracana
João Barreto
José Barros
Lara Caeiro
Manuel Gonçalves Pereira
Manuela Guerreiro
Margarida Sobral
Maria Amália Botelho
Maria Odete Vieira
Olívia Robusto Leitão
Ricardo Paiva Lopes
Rosália Fonseca
Sandra Ginó
Sofia Madureira
Sónia Fonseca
Sónia Pérola
ÍNDICE

Escala de Deterioração Global (GDS) ............................................................................. 9

Avaliação Cínica da Demência (CDR) .............................................................................. 15

Avaliação Breve do Estado Mental ................................................................................... 31

Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer (ADAS) .......................................... 37

Escala de Depressão Geriátrica (GDS) ............................................................................ 65

Escala Cornell para a Depressão na Demência (CSDD) ........................................... 69

Inventário Neuropsiquiátrico (NPI) .................................................................................... 73

Escala de Demência (Escala de Blessed) ...................................................................... 93

Avaliação da Incapacidade Funcional na Demência (DAD) ................................... 97

Entrevista de Zarit de Sobrecarga do Cuidador ......................................................... 101

Escala de Queixas de Memória (SMC) ........................................................................... 107

Escala de Actividades Instrumentais de Vida Diária (IADL) .................................... 111

Escala de Satisfação com a Vida (SWLS) ...................................................................... 115

Outros Instrumentos ............................................................................................................... 118


PREFÁCIO – 1.ª EDIÇÃO

Este volume é uma colectânea de testes psicológicos e escalas de uso na clínica e na inves-
tigação tendo em vista a avaliação do estado mental de adultos. Corresponde à selecção
levada a cabo pelos membros do Grupo de Estudos do Envelhecimento Cerebral e Demên-
cias. O objectivo é o de uniformizar no nosso país os instrumentos que o Grupo considerou
de uso mais corrente e adequado à avaliação e registo dos aspectos cognitivos, comporta-
mentais/psicológicos e de desempenho nas actividades do dia a dia, particularmente das
pessoas que ultrapassaram a idade média da vida. Pretende-se, portanto, evitar que sejam
utilizadas diferentes versões dos diversos instrumentos aqui coleccionados permitindo, des-
te modo, uma melhor comparação de resultados entre diferentes centros. Repare-se que,
em certa altura, se reuniram oito versões de um determinado teste em uso em Portugal. Os
testes psicológicos e escalas aqui reunidos são todos estrangeiros já que se considerou que
tinham maior aceitação, tendo em vista uma publicação numa revista de projecção no es-
trangeiro ou uma apresentação numa reunião de âmbito internacional. As traduções dos ins-
trumentos reunidos nesta colecção ficaram a cargo de pessoas escolhidas pelo Grupo
tendo em conta a sua experiência quer na área a que cada instrumento se dirige, quer no
uso desse instrumento. Foi depois pedida, aos autores dos diferentes testes e escalas, apro-
vação e autorização para a divulgação e uso das traduções.

O Grupo de Estudos do Envelhecimento Cerebral e Demências


PREFÁCIO – 2.ª EDIÇÃO

Alguns anos anos volvidos sobre a primeira edição das Escalas e Testes na Demência, e
esgotados de resto os exemplares iniciais, foi-se tornando óbvia a necessidade de proce-
der à segunda edição. Nesse sentido, os membros do Grupo de Estudos do Envelhecimen-
to Cerebral e Demências reuniram-se em Condeixa, em Março de 2006.

No encontro decidiu-se incluir novos instrumentos, abrangendo áreas tão importantes


como a avaliação das queixas de memória, a aprendizagem de listas de palavras, as activi-
dades instrumentais de vida diária, a sobrecarga dos cuidadores e a avaliação específica de
tipos de demência como a demência fronto-temporal. De realçar a colaboração de vários
investigadores de grande mérito que não tinham participado nas fases antecedentes do
projecto. Conseguiu-se, na segunda edição, incluir vários dos instrumentos propostos, outros
não foi ainda possível por vicissitudes diversas.

Na reunião de Condeixa foi também estabelecido acrescentar, aos instrumentos considera-


dos de interesse geral, uma lista com escalas e testes de uso mais restrito, mencionando o
contacto dos investigadores que neles têm trabalhado; esta lista consta agora na parte final
do livro. Um aspecto também consensual foi a necessidade de aperfeiçoar a validação dos
instrumentos incluídos, incentivando o esforço que várias equipas têm desenvolvido com
esse propósito. Sempre que possível, incluíram-se dados de validação para a população
portuguesa, e bem assim as referências bibliográficas pertinentes. Também a recomendação
de dar à publicação um carácter mais prático e manuseável foi seguida na presente edição.

As Escalas e Testes na Demência são, presentemente utilizadas de um modo alargado e


uniforme, pelos profissionais interessados nesta área, em todo o país. Antecipamos que, no
futuro, possam facilitar ainda mais a colaboração entre profissionais e centros, no âmbito da
assistência e da investigação científica da mais elevada qualidade.

Para terminar uma palavra de agradecimento ao laboratório Novartis, cujo generoso patrocí-
nio tem possibilitado, desde os primeiros momentos, a consecussão do projecto das
Escalas e Testes na Demência.

Os Coordenadores
ESCALA DE DETERIORAÇÃO GLOBAL
GLOBAL DETERIORATION SCALE (GDS)

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS E ORGANIZAÇÃO


Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
Olívia Robusto Leitão, Ana Nina, Isabel Monteiro
oliviarobustoleitao@mail.telepac.pt
ESCALA DE DETERIORAÇÃO GLOBAL
GLOBAL DETERIORATION SCALE (GDS)
Reisberg B, Ferris SH, Leon MJ, Crook T. 1982. The Global Deterioration Scale (GDS) for assessment
of primary degenerative dementia. American Journal of Psychiatry 139: 1136-9.

Reisberg B, Ferris S, Schulman et al. 1986. Longitudinal course of normal aging and progressive dementia
of Alzheimer’s type: a prospective study of 106 subjects over a 3.6 year mean interval.
Progress in Neuro-psychopharmacology and Biological Psychiatry 10: 571-8.

Nome:

Idade: Sexo: Estado civil:

Habilitações: Profissão: Data: / /

Estádio GDS

1. Sem Declínio Cognitivo


2. Declínio Cognitivo Muito Ligeiro
3. Declínio Cognitivo Ligeiro
4. Declínio Cognitivo Moderado
5. Declínio Cognitivo Moderadamente Grave
6. Declínio Cognitivo Grave
7. Declínio Cognitivo Muito Grave

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ESCALA GLOBAL DE DETERIORAÇÃO (GDS)
(Escolha o nível global mais apropriado, de acordo com a cognição e função, e MARQUE SÓ UM)

1. Ausência de queixas subjectivas de défice de memória. Sem défice de memória evi-


dente durante a entrevista clínica.

2. Queixas subjectivas de défice de memória, mais frequentemente nas seguintes áreas:


a) esquecimento do local onde colocou objectos familiares;
b) esquecimento de nomes antes bem conhecidos.

Sem défice de memória objectivo durante a entrevista clínica.


Sem défice objectivo no emprego ou em ocasiões sociais.
Preocupação legítima em relação aos sintomas.

3. Ocorrências precoces de défice claro.


Manifestações em mais do que uma das seguintes áreas:
a) O paciente pode ter-se perdido quando viajava para um local desconhecido.
b) Os colegas dão-se conta do desempenho relativamente pobre do paciente.
c) As dificuldades em encontrar palavras e/ou nomes tornam-se evidentes para as pes-
soas mais próximas.
d) O paciente pode ler um texto, ou um livro, e reter relativamente pouco.
e) O paciente pode apresentar facilidade diminuída em recordar os nomes de pessoas
a quem é apresentado.
f) O paciente pode ter perdido, ou colocado em local errado, um objecto de valor.
g) Os testes clínicos podem evidenciar défice de concentração.

Défice de memória objectivo, evidente só no decurso duma entrevista intensiva.


Diminuição de desempenho em ocupações laborais de maior exigência, e em situações
sociais.
O paciente começa a manifestar denegação.
Ansiedade ligeira a moderada que acompanha frequentemente os sintomas.

4. Défices claramente evidentes em entrevista clínica cuidadosa


Défice manifesto nas seguintes áreas:
a) decréscimo no conhecimento de acontecimentos correntes e recentes.
b) Pode apresentar algum défice de memória na sua própria história pessoal.
c) Défice de concentração evidenciado nas subtracções seriadas.
d) Diminuição da capacidade para viajar, gerir as finanças, etc.

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Frequentemente ausência de défice nas seguintes áreas:
a) Orientação no tempo e no espaço.
b) Reconhecimento de pessoas e rostos familiares.
c) Capacidade de viajar para locais conhecidos.

Incapacidade para executar tarefas complexas.


A denegação é o mecanismo de defesa dominante.
Embotamento dos afectos e desistência em situações de desafio.

5. O paciente não consegue sobreviver sem alguma assistência.


Durante a entrevista, o paciente é incapaz de se recordar de aspectos relevantes da sua
vida actual, p. ex.:
a) do seu endereço, ou do seu número de telefone, que tem desde há muitos anos.
b) Dos nomes dos seus familiares mais próximos (tais como os seus netos).
c) Do nome do liceu (escola secundária), ou da faculdade em que se formou.

Apresenta frequentemente alguma desorientação relativamente ao tempo (data, dia da


semana, estação do ano, etc), ou ao local.
Uma pessoa escolarizada pode ter alguma dificuldade na subtracção em séries de 4 em
40, ou de 2 em 20.
As pessoas neste nível retêm a lembrança dos factos mais importantes relativamente a si
próprios, e a outros.
Sabem invariavelmente os seus próprios nomes, e conhecem, geralmente, os nomes do
conjuge e dos filhos.
Não precisam de auxílio para os cuidados de higiene, nem para as refeições, mas podem
ter dificuldade na escolha da roupa adequada para vestir.

6. Podem ocasionalmente esquecer-se do nome do conjuge de quem dependem intei-


ramente para sobreviver.
Podem de todo não se aperceber de todos os acontecimentos e experiências
recentes das suas vidas.
Retêm alguma noção do que os rodeia, do ano, da estação do ano, etc.
Podem ter dificuldade em contar de 1 até 10, em ordem decrescente, e por vezes em
ordem crescente.
Necessitarão de alguma assistência nas actividades da vida diária:
a) podem ficar incontinentes.
b) Necessitarão de assistência para viajar, mas poderão, ocasionalmente, ser capazes de
viajar para locais conhecidos.

O ritmo diurno encontra-se frequentemente alterado.


Lembram-se quase sempre do seu próprio nome.

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É frequente continuarem a ser capazes de distinguir, no meio em que vivem, as pessoas
conhecidas das não conhecidas.

Ocorrem alterações emocionais e da personalidade. São muito variáveis e incluem:


a) comportamento delirante, isto é, o paciente pode acusar o seu cônjuge de ser uma
pessoa impostora; pode falar para figuras imaginárias à sua volta, ou para a sua própria
imagem reflectida no espelho.
b) Sintomas obsessivos, isto é, a pessoa pode executar, repetida e sistematicamente, ac-
tividades simples de limpeza.
c) Podem ocorrer: sintomas de ansiedade, de agitação e mesmo um comportamento
violento antes inexistente.
d) Abulia cognitiva, isto é, perda da força de vontade, por o indivíduo não conseguir
manter um pensamento até completar uma acção.

7. Ao longo deste nível vão sendo perdidas todas as faculdades verbais.


Na fase inicial deste nível as palavras e as frases são faladas, mas o discurso é muito limi-
tado. Mais tarde deixa de haver discurso – apenas sons grunhidos.

Incontinente; requer assistência na higiene e na alimentação.

As competências psicomotoras básicas (como por ex. a capacidade de andar) vão


sendo perdidas com a progressão deste nível.
O cérebro parece não ser mais capaz de comandar o corpo.
Presença frequente de sinais e sintomas neurológicos difusos e corticais.

Clínico: Data: / /

2000 – Tradução para português por Olívia Robusto-Leitão, e Ana Nina (C. Psicogeriatria da Misericórdia de Lisboa),
validada por Isabel Monteiro,M.D e Barry Reisberg, M.D,.. e reproduzida com permissão.

© 1983 por Barry Reisberg, M.D. Reservados todos os direitos. A permissão é válida para utilização não comercial até
Abril de 2010.

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AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA
CLINICAL DEMENTIA RATING (CDR)

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS E ORGANIZAÇÃO


Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
Carolina Garrett, Filomena Santos, Isabel Tracana, João Barreto,
Margarida Sobral, Rosália Fonseca
carolina.garrett@iol.pt
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA
CLINICAL DEMENTIA RATING (CDR)
Hughes CP, Berg L, Danzinger LW, Coben LA and Martin RL, 1982,
British Journal of Psychiatry 140; 566-572.

Morris J, 1993. The CDR: current version and scoring rules. Neurology 43; 2412-13.

ENTREVISTA
Trata-se de uma entrevista semi-estruturada. Por favor faça todas as perguntas.
Se achar necessário, faça perguntas adicionais que ajudem a determinar
o estadio do doente. Registe as informações adicionais.

Identificação:

Data: / /

Comentários:

Entrevistador:

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QUESTIONÁRIO PARA O CUIDADOR

MEMÓRIA

1. O seu marido/A sua mulher tem problemas de memória ou de raciocínio?


SIM NÃO

a) Se sim, estes são persistentes (constantes, contínuos)?


SIM NÃO

2. É capaz de recordar uma pequena lista? (compras...)


Geralmente Algumas vezes Raramente

3. Tem notado perda de memória no último ano?


SIM NÃO

4. É capaz de recordar acontecimentos recentes?


Geralmente Algumas vezes Raramente

5. A perda de memória interfere com as actividades diárias que o doente era capaz de
realizar há uns anos atrás)?
SIM NÃO

6. É capaz de recordar acontecimentos importantes em poucas semanas?


(aniversário, viagem, visita...)
Geralmente Algumas vezes Raramente

7. É capaz de recordar pormenores desses acontecimentos?


Geralmente Algumas vezes Raramente

8. É capaz de recordar acontecimentos importantes da sua vida passada?


(data de nascimento, casamento, emprego...)
Geralmente Algumas vezes Raramente

Conte-me algum acontecimento que tenha ocorrido recentemente (dentro do último


mês), um pouco diferente do habitual (um passeio, uma visita, uma festa...) para que
quando falar com o seu marido/ a sua mulher possa ficar com uma ideia sobre a sua me-
mória. (ter atenção aos pormenores: dia, altura do dia, local, quem estava presente, o
que aconteceu, etc. ...)

9. Data de Nascimento

17
10. Local de Nascimento

11. Última escola em que andou


Nome:
Local:
Nível de escolaridade:

12. Qual foi a principal ocupação/ profissão do doente (ou cônjuge)?

13. Qual foi o último emprego (ou do cônjuge)?

14. Quando se reformou (ou cônjuge) e porquê?

ORIENTAÇÃO

1. Sabe o dia do mês


Geralmente Algumas vezes Raramente ?2

2. Sabe o mês
Geralmente Algumas vezes Raramente ?

3. Sabe o ano
Geralmente Algumas vezes Raramente ?

4. Sabe o dia da semana


Geralmente Algumas vezes Raramente ?

5. Tem dificuldades com as relações temporais?


(em situar os acontecimentos no tempo uns em relação aos outros?)
Geralmente Algumas vezes Raramente ?

6. Consegue orientar-se em ruas familiares?


Geralmente Algumas vezes Raramente ?

7. Consegue orientar-se fora da sua área de residência?


Geralmente Algumas vezes Raramente ?

8. Consegue orientar-se dentro de casa?


Geralmente Algumas vezes Raramente ?

? significa quando o cuidador não tem informações suficientes para poder responder
2

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JUÍZO E RESOLUÇÂO DE PROBLEMAS

1. Como considera, actualmente, a capacidade do seu marido/da sua mulher para resolver
problemas?
i) Como sempre
ii) Boa, mas não tanto como anteriormente
iii) Suficiente
iv) Má
v) Sem qualquer capacidade

2. Qual a sua capacidade para lidar com pequenas somas de dinheiro (trocos, gorjetas...)?
Sem defeito Defeito moderado Defeito grave ?

3. Qual a capacidade para lidar com assuntos financeiros mais complexos (pagar contas,
verificar livro de cheques,...)?
Sem defeito Defeito moderado Defeito grave ?

4. Como lida com um acidente em casa (pequeno incêndio, fuga de água, etc...)
i) Igual a antes da doença começar
ii) Pior do que antes da doença, devido às alterações de memória ou de raciocínio
iii) Pior do que antes da doença, devido a outras razões - quais?

5. Compreende o que se passa e aquilo que se lhe explica?


Geralmente Algumas vezes Raramente ?

6. Comporta-se apropriadamente nas situações sociais e na interacção com os outros?


Geralmente Algumas vezes Raramente ?

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ACTIVIDADE NA COMUNIDADE3

OCUPAÇÃO

1. Ainda trabalha?
SIM NÃO Não aplicável

2. Se não, as alterações de memória interferiram na decisão de se reformar?


SIM NÃO Não aplicável

3. Se sim, tem dificuldades pelas alterações de memória ou de raciocínio?


Geralmente Algumas vezes Raramente Não aplicável

ACTIVIDADE SOCIAL

4. Alguma vez conduziu carro (ou outro veículo motorizado)?


SIM NÃO Não aplicável

Se sim, ainda conduz?


SIM NÃO Não aplicável

Se não conduz, é devido às alterações de memória ou de raciocínio?


SIM NÃO Não aplicável

5. Se ainda conduz há problemas ou risco por causa das alterações de memória ou de


raciocínio?
SIM NÃO Não aplicável

6. É capaz, sozinho, de comprar o necessário?


i) Raramente ou nunca - Necessita de ajuda em qualquer compra
ii) Algumas vezes - Compra algumas coisas mas traz em duplicado e esquece outras
iii) Geralmente
iv) ?

7. É capaz de realizar, de forma independente, alguma actividade fora de casa?


i) Raramente ou nunca - Necessita de ajuda em qualquer actividade
ii) Algumas vezes – Limitada e/ou de rotina
(ex. participação superficial na Igreja; ida ao cabeleireiro...)
iii) Geralmente – Participação consciente em actividades (ex. votar)
iv) ?
3
Actividades na comunidade: ir à igreja, visitar amigos ou familiares, actividades políticas, organizações profissionais, associações recreativas, volunta-
riado, programas educativos...

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8. Tem alguma função social fora de casa e da família?
SIM NÃO

Se não, porquê?

9. Um observador ocasional vê que se trata de uma pessoa doente pelo seu comporta-
mento?
SIM NÃO ?

10. Se institucionalizado, participa em funções sociais?


SIM NÃO

ACTIVIDADES EM CASA E PASSATEMPOS4

1a. Tendo apenas em conta a perda cognitiva, que alterações ocorreram no desempenho
das actividades domésticas?

1b. Que tarefas ainda consegue realizar correctamente?

2a. Tendo apenas em conta a perda cognitiva, que alterações ocorreram no desempenho
dos seus passatempos?

2b. Que passatempos ainda consegue realizar correctamente?

3. Se institucionalizado, que actividades domésticas e passatempos ainda consegue realizar


correctamente?

ACTIVIDADES DO DIA-A-DIA

4. Capacidade na execução das tarefas domésticas?


Sem defeito Defeito moderado Defeito grave

Por favor descreva-as:

4
Tarefas domésticas: cozinhar, lavar e passar a roupa, limpeza da casa, compras de mercearia, pôr o lixo no local apropriado, limpeza dos pátios,
reparações simples...Passatempos: costura, pintura, artesanato, leitura, fotografia, jardinagem, jogos, cinema, desporto...

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5. A que nível é capaz de realizar tarefas domésticas simples e rotineiras:
a) Sem actividade significativa
(executa actividades simples, tal como, fazer a cama com muita supervisão)
b) Limitado a algumas tarefas simples
(com supervisão lava pratos razoavelmente bem, põe a mesa...)
c) Independente em algumas actividades
(p. ex. manuseia aparelhos, p ex. o aspirador, a televisão; prepara refeições simples)
d) Executa todas as tarefas, mas com algum defeito
e) Executa, como habitualmente, todas as actividades

CUIDADO PESSOAL

A VESTIR
a. Normal sem ajuda
b. Pequena ajuda, ocasiona/ botões mal colocados
c. Sequência errada e com esquecimento de peças
d. Incapaz de se vestir

B HIGIENE E ARRANJO
a. Normal sem ajuda
b. Tem que se chamar a atenção
c. Algumas vezes necessita de ajuda
d. Necessita sempre ou quase sempre de ajuda

C ALIMENTAÇÃO
a. Limpo, utiliza correctamente os utensílios
b. Suja tudo e utiliza apenas a colher
c. Só consegue comer, sem ajuda, sólidos simples
d. Tem que ser alimentado

D CONTROLE ESFINCTERIANO
a. Normal, controle completo
b. Urina, ocasionalmente, na cama
c. Urina, frequentemente, na cama
d. Totalmente incontinente

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QUESTIONÁRIO PARA O DOENTE

MEMÓRIA

1. Tem problemas de memória ou de raciocínio?


SIM NÃO

2. Há pouco o seu (marido, mulher,....) contou-me um acontecimento importante que se


passou, recentemente, consigo. Quer contar-me o que aconteceu? (incentivar para que
sejam referidos pormenores, tais como, datas, local, pessoas envolvidas, etc. ...) [caso
necessário, identifique qual o acontecimento].
Correcto Parcialmente correcto Incorrecto

3. Vou dizer-lhe uma morada que quero que decore. Dentro de alguns minutos vou pedir-
-lhe que a diga novamente. Repita a morada depois de eu lha dizer (até um máximo de
três repetições) [assinale os elementos correctos].
João Silva, Rua da Fábrica, 29, Vila Real
1 2 3 4 5
João Silva, Rua da Fábrica, 29, Vila Real
1 2 3 4 5
João Silva, Rua da Fábrica, 29, Vila Real
1 2 3 4 5
“Óptimo, agora não se esqueça desta morada”.

4. Quando nasceu Correcto Incorrecto

5. Onde nasceu Correcto Incorrecto

6. Qual foi a última escola que frequentou?


Nome Correcto Incorrecto
Local Correcto Incorrecto
Nível de escolaridade Correcto Incorrecto

7. Repita a morada que lhe disse há pouco [assinale os elementos correctos].


João Silva, Rua da Fábrica, 29, Vila Real
1 2 3 4 5

8. Qual é/foi a sua principal profissão? (ou do cônjuge)


Correcto Incorrecto

9. Qual é/foi o seu último emprego? (ou do cônjuge)


Correcto Incorrecto

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10. Quando é que se reformou. Porquê? (ou o cônjuge)
Correcto Incorrecto

ORIENTAÇÃO

1. Quantos são hoje? Correcto Incorrecto

2. Em que mês estamos? Correcto Incorrecto

3. Em que ano estamos? Correcto Incorrecto

4. Que dia da semana é hoje? Correcto Incorrecto

5. Qual é o nome desta casa? Correcto Incorrecto

6. Em que terra estamos? Correcto Incorrecto

7. Sem olhar para o relógio, diga-me que horas são? (± 1 hora)


Hora actual Hora referida Correcto Incorrecto

8. Quem é que o acompanhou à consulta? Diga-me o nome e o parentesco.


Correcto Incorrecto

JUIZO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Se a primeira resposta do doente não merecer a pontuação máxima, insistir até compre-
ender bem qual a capacidade do doente na compreensão do problema. Pontue a resposta
mais aproximada.

SEMELHANÇAS

Se eu lhe perguntar qual a semelhança entre uma laranja e uma banana, uma resposta certa
é dizer-me que são ambas frutas. Diga-me agora em que..são semelhantes (parecidos):

1. Cão e Leão
Animais, mamíferos, carnívoros (qualquer elemento abstracto) 0
Concreto (têm 4 patas, cauda, pelos ...) 1
Sem sentido ou não sabe 2

2. Mesa e cadeira
Mobília, móveis.... 0
Concreto (de madeira, com pés, servem para a cozinha, sala de jantar...) 1
Sem sentido ou não sabe 2

24
DIFERENÇAS

Se eu lhe perguntar qual a diferença entre faca e foice, uma resposta certa é dizer-me que
a faca é um utensílio para cortar alimentos e a foice para cortar erva. Diga-me agora em que
são diferentes:

1. Açúcar e Vinagre
P. ex. Doce e ácido ou azedo 0
P. ex. Dá exemplos concretos (para pôr no café e para as saladas) 1
Sem sentido ou não sabe 2

2. Mentira e Erro
P. ex. Intencional – Não intencional 0
P. ex. Só explica uma 1
Sem sentido ou não sabe 2

3. Quantas moedas de 5 cêntimos são necessárias para ter 20 cêntimos


Correcto Incorrecto

4. Quantas notas de 100 Euros são necessárias para ter 1500 Euros?
Correcto Incorrecto

5. Subtraia 3 a 30 e depois vá subtraindo 3 ao resultado obtido.


Correcto Incorrecto

CRÍTICA

6. Se chegasse a uma cidade desconhecida e quisesse entrar em contacto com um amigo


que lá vivesse mas não soubesse a sua morada, como faria?
Consultava a lista telefónica, telefonava a um amigo comum 0
Perguntava a um polícia 1
Sem sentido ou não sabe 2

7. O que faria se visse fumo a sair da janela de um seu vizinho?


Chamava os bombeiros, avisava as pessoas e/ou ajudava. 2
Dá apenas uma alternativa correcta. 1
Sem sentido ou não sabe 0

8. Autocrítica:
Porque veio ao médico?
Qual é o seu estado de saúde? etc. ...(insight)
Bom Razoável Mau

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DESENHO DO RELÓGIO

Pedir para desenhar um relógio redondo, colocando todas as horas e os ponteiros a marcar
nas 11 e 10.

Regras de Cotação
(Strub, RL & Black, FW; 1977 The Mental Status Examination in Neurology, pag. 93-95)

0 - Mau – Desenho não reconhecível ou distorção grosseira.


1 - Suficiente – O relógio deve conter um dos seguintes: face aproximadamente circular; números de 1 a 12.
2 - Bom – O relógio deve conter dois dos seguintes: face circular; números de 1 a 12; colocação simétrica dos números.
3 - Excelente – Representação perfeita ou quase perfeita.
Considerar normal uma pontuação ≥ a 2.

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AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA
CLINICAL DEMENTIA RATING (CDR)

Exemplo regra 1 Exemplo regra 4 Exemplo regra a


0 0.5 1 2 3 0 0.5 1 2 3 0 0.5 1 2 3

CDR = 1 CDR = 1 CDR = 2

Exemplo regra 2 Exemplo regra 5 Exemplo regra b


0 0.5 1 2 3 0 0.5 1 2 3 0 0.5 1 2 3

CDR = 2 CDR = 0.5 CDR = 1

Exemplo regra 3 Exemplo regra 6 Exemplo regra c


0 0.5 1 2 3 0 0.5 1 2 3 0 0.5 1 2 3

CDR = 1 CDR = 0.5 CDR = 0.5

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REGRAS

Use todas as informações disponíveis para fazer o melhor juízo possível. Pontue cada
categoria (M, O, JRP, AC, CPs, Cpes) da forma mais independente possível. Pontue o grau de
perda em relação ao desempenho anterior. Pontue apenas a incapacidade devida à perda
cognitiva e não a incapacidade provocada por alteração motora, depressão ou perturba-
ção da personalidade. Assinale apenas uma pontuação por categoria, sempre que existam
dúvidas entre duas pontuações (p. ex. ligeira (1) ou moderada (2), escolha a que corres-
ponde à maior incapacidade.
A afasia deve ser tida em conta tanto na avaliação das funções verbais como das não verbais
em cada domínio. Se a afasia é maior do que o grau de demência, pontue de acordo com
a demência global. Para isso é necessário acrescentar informações sobre funções cognitivas
não verbais.
O CDR global resulta das pontuações em cada uma das seis categorias (box scores), tal
como se segue.

PONTUAÇÃO

MEMÓRIA (M) É A CATEGORIA PRIMÁRIA, TODAS AS OUTRAS SÃO CATEGORIAS SECUN-


DÁRIAS (CS).
1. Se pelo menos 3 CS são = a M então CDR = M
2. Se 3 ou + CS são > (ou <) a M então CDR = maioria das CS > (ou <) M
3. Sempre que 3 CS têm pontuação de um lado de M e as outras duas têm pontuações do
outro lado o CDR=M
4. Se M = 0.5 e 3 ou mais CS são pontuadas ≥ 1 então CDR =1
5. Se M = 0.5 o CDR não pode ser = 0, só pode ser 0.5 ou 1
6. Se M = 0 então CDR = 0 excepto se 2 ou + CS forem ≥ 0.5 então CDR = 0.5
Embora aplicável à maioria das situações encontradas na doença de Alzheimer, estas regras
não cobrem todas as combinações possíveis. Situações pouco habituais podem ocorrer na
doença de Alzheimer ou surgirem noutros tipos de demências. Estas situações devem ser
pontuadas da seguinte forma:
a. Quando 4 CS se encontram de um lado de M, distribuídas uniformemente por 2 pontua-
ções, CDR = à pontuação mais próxima de M (ex. M e outra CS = 3, 2 CS = 2 e 2 CS =
1; CDR = 2)
b. Quando a 1 ou 2 CS é dada a mesma pontuação de M, CDR = M, desde que não mais
de 2 CS estejam de um dos lados de M.
c. Quando M ≥ 1, CDR não pode ser = 0; nesta circunstância, CDR = 0.5 quando a maioria
das CS são = 0

28
NENHUMA SUSPEITA LIGEIRA MODERADA GRAVE
0 0.5 1 2 3
MEMÓRIA Sem perda memória Esquecimentos ligeiros Perda de memória moderada Perda grave de memória; Grave perda de memória;
ou esquecimentos ligeiros e consistentes; recordação mais acentuada para factos apenas permanece o material só permanecem fragmentos
e inconstantes parcial dos acontecimentos. recentes; o defeito interfere muito aprendido; o novo
Esquecimento benigno com as actividades material perde-se rapidamente
do dia-a-dia

ORIENTAÇÃO Bem orientado Bem orientado com ligeira Dificuldade moderada com Dificuldade grave nas Apenas orientado quanto
dificuldade nas relações as relações de tempo; relações temporais; quase à sua pessoa
temporais orientado no espaço durante a sempre desorientado
observação; pode apresentar no tempo e muitas vezes
desorientação geográfica no espaço
noutros locais

JUÍZO E RESOLUÇÃO Resolve bem os problemas Ligeira dificuldade Moderada dificuldade Dificuldade grave Incapaz de resolver
DE PROBLEMAS do dia-a-dia, lida bem com em resolver problemas, em resolver problemas, em resolver problemas, problemas ou de ter
os assuntos de negócios semelhanças e diferenças semelhanças e diferenças. semelhanças e diferenças. qualquer juízo crítico
e dinheiro... O juízo crítico Juízo social geralmente Juízo social geralmente
é bom tendo em conta o mantido diminuído
desempenho anterior

29
ACTIVIDADES Independente na sua Ligeira dificuldade Incapaz de funcionar Sem possibilidade de um desempenho fora de casa
NA COMUNIDADE actividade profissional habitual, nessas actividades independentemente nessas
compras, voluntariado e actividades embora ainda
actividades sociais possa desempenhar algumas; Parece suficientemente Tem um aspecto demasiado
numa avaliação superficial bem para ser levado a doente para poder ser levado
parece normal actividades fora de casa a actividades fora de casa

CASA E Vida de casa Vida de casa, passatempos Diminuição ligeira mas Só realiza as tarefas mais Sem qualquer actividade
PASSATEMPOS e passatempos e interesses e interesses intelectuais evidente na realização das simples. Interesses muito significativa em casa
intelectuais mantidos ligeiramente afectados actividades de casa; abandono limitados e pouco mantidos
das mais complicadas; os
passatempos e interesses mais
complicados são também
abandonados.
CUIDADO PESSOAL Capacidade completa para Necessita de ser lembrado Requer assistência no vestir, Requer muita ajuda nos
cuidar de si próprio higiene e guarda dos cuidados pessoais.
objectos pessoais Incontinência frequente

PONTUAÇÃO GLOBAL
A AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA (CRD) foi desenvolvida pelo Dr. Leonard Berg, Dr. John
C. Morris, e colegas no âmbito do Memory & Aging Project, Alzheimer's Disease Research
Center, Washington University in St. Louis, Missouri, USA. Trata-se de um instrumento sujeito a
direitos de autor. Foi concedida autorização pelo Dr. Morris apenas para a presente
utilização . Para saber mais acerca do CDR ou obter permissão para o seu uso, por favor
visite a página ADRC em www .adrc. wustl.edu. Pode também trocar correspondência elec-
trónica em relação ao CDR em adrcedu@abraxas. wustl.edu.

The Clinical Dementia Rating (CDR) was developed by Dr. Leonard Berg, Dr. John C. Morris,
and colleagues through the Memory & Aging Project, Alzheimer's Disease Research Center,
Washington University in St. Louis, Missouri, USA. This is a copyrighted instrument. Permission
was granted by Dr. Morris for the present usage only. To learn more about the CDR or to
obtain permission for its use, please visit the ADRC web site at www .adrc. wustl.edu. You
may also e-mail correspondence concerning the CDR to adrcedu@abraxas. wustl.edu.

30
AVALIAÇÃO BREVE DO ESTADO MENTAL

ORGANIZAÇÃO
Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
Manuela Guerreiro, Ana Paula Silva, Maria Amália Botelho,
Olívia Leitão, Alexandre Castro Caldas, Carlos Garcia
mguerreiro@netcabo.pt
Lisboa, 1994
AVALIAÇÃO BREVE DO ESTADO MENTAL

I. ORIENTAÇÃO

"Vou fazer-lhe algumas perguntas. A maior parte delas são fáceis. Tente responder o melhor
que for capaz". (Dar 1 ponto por cada resposta correcta)

1. Em que ano estamos?


2. Em que mês estamos?
3. Em que dia do mês estamos? (Quantos são hoje?)
4. Em que estação do ano estamos?
5. Em que dia da semana estamos? (Que dia da semana é hoje?)
6. Em que País estamos? (Como se chama o nosso país?)
7. Em que Distrito vive?
8. Em que Terra vive?
9. Em que casa estamos? (Como se chama esta casa onde estamos?)
10. Em que andar estamos?
NOTA

II. RETENÇÃO

“Vou dizer-lhe três palavras. Queria que as repetisse e que procurasse decorá-las porque
dentro de alguns minutos vou pedir-lhe que me diga essas três palavras".
As palavras são:
PERA GATO BOLA
"Repita as três palavras".
(Dar 1 ponto por cada resposta correcta).

PERA GATO BOLA NOTA

III. ATENÇÃO E CÁLCULO

"Agora peço-lhe que me diga quantos são 30 menos 3 e que ao número encontrado volte
a subtrair 3 até eu lhe dizer para parar."
(Dar 1 ponto por cada resposta correcta. Parar ao fim de 5 respostas. Se fizer um erro na subtracção, mas continuando
a subtrair correctamente a partir do erro, conta-se como um único erro).

(30) (27) (24) (21) (18) (15) NOTA

32
IV. EVOCAÇÃO

(Só se efectua no caso do sujeito ter apreendido as três palavras referidas na prova de retenção).
"Agora veja se me consegue dizer quais foram as três palavras que lhe pedi há pouco para repetir".
(Dar 1 ponto por cada resposta correcta)

PERA GATO BOLA NOTA

V. LINGUAGEM

(Dar 1 ponto por cada resposta correcta)

a) Mostrar o relógio de pulso.


"Como se chama isto?" NOTA
b) Mostrar um lápis.
"Como se chama isto?" NOTA
c) Repetir a frase :
"O rato rói a rolha" NOTA
d) "Vou dar-lhe uma folha de papel. Quando eu lhe entregar o papel, pegue nele com a sua
mão direita, dobre-o ao meio e coloque-o no chão" (ou: “coloque-o aqui em cima da
secretária/mesa” – indicar o local onde o papel deve ser colocado).
(Dar 1 ponto por cada etapa bem executada. A pontuação máxima é de 3 pontos).

• Pega no papel com a mão direita


• Dobra o papel ao meio
• Coloca o papel no chão
(ou no local indicado) NOTA
e) "Leia e cumpra o que diz neste cartão".
(Mostrar o cartão com a frase: “FECHE OS OLHOS"
Se o sujeito for analfabeto o examinador deverá ler-lhe a frase).
(Dar 1 ponto por cada realização correcta). NOTA
f) "Escreva uma frase".
(A frase deve ter sujeito, verbo e ter sentido para ser
pontuada com 1 ponto. Erros gramaticais ou de troca de letras
não contam como erros). NOTA
A frase deve ser escrita numa folha em branco(se o sujeito for
analfabeto este ponto não é realizado)
g) "Copie o desenho que lhe vou mostrar" .
(Mostrar o desenho num cartão ou na folha)
(os 10 ângulos devem estar presentes e 2 deles devem estar intersectados
para pontuar 1 ponto. Tremor e erros de rotação não são valorizados). NOTA

NOTA TOTAL

33
FECHE OS OLHOS

34
35
AVALIAÇÃO BREVE DE ESTADO MENTAL
Valores do Grupo de controlo

PONTOS DE CORTE:
Idade superior a 40 anos:

• Analfabetos: defeito < 15


• 1 a 11 anos de escolaridade: defeito < 22
• 11 anos de escolaridade: defeito < 27

36
ESCALA DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
ALZHEIMER DISEASE ASSESSMENT SCALE – ADAS

Rosen WG, Mohs RC, Davis KL. 1984. A new rating scale for Alzheimer’s Disease.
American Journal of Psychiatry 141: 1356-64

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS E ORGANIZAÇÃO


Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
Manuela Guerreiro, Sónia Fonseca, João Barreto, Carlos Garcia
mguerreiro@netcabo.pt
ESCALA DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
ALZHEIMER DISEASE ASSESSMENT SCALE – ADAS
Mohs, RC, Rosen, WG, Davis, KL (1983): The Alzheimer’s Disease Assessment Scale:
An instrument for assessing treatment efficacy: Psychopharmacology Bulletin, 19:448-450

Rosen, WG, Mohs, RC, Davis, KL (1984): A new rating scale for Alzheimer’s Disease
American Journal of Psychiatry, 141: 1356-1364

Nome:

Idade: Data de Nascimento: / / Sexo:

Profissão:

Escolaridade:

Dados sobre a história clínica:

Data de Observação: / /

Observador:

38
ADMINISTRAÇÃO

A aplicação da ADAS deve ocorrer num ambiente sem ruídos, com luz suficiente e sem
fontes distractivas, para que o sujeito possa estar o mais atento possível. As instruções
devem ser dadas de forma clara e pausada de modo a que o sujeito as ouça perfeitamen-
te. O observador deve ser sensível ao cansaço do sujeito e fazer as pausas necessárias. A
aplicação começa com uma breve entrevista para avaliar vários aspectos da linguagem tais
como, a linguagem oral ( subteste 9 ), a dificuldade em encontrar palavras no discurso
espontâneo (subteste 10) e a compreensão da linguagem oral (subteste 11). Após a
entrevista, o observador começa por aplicar a tarefa de evocação de palavras (subtes-
te 1), seguida dos restantes subtestes da parte cognitiva (subtestes de 1 a 11) pela ordem
indicada na escala.

Os comportamentos não cognitivos são avaliados com base nas informações dadas pelo
sujeito ou pelos seus acompanhantes e em função das observações efectuadas na entrevis-
ta e do contacto com o doente. A avaliação dos subtestes 1 (choro), 2 (sintomas depres-
sivos), 5 (delírio), 6 (alucinação), 7 (deambulação), 8 (actividade motora aumentada) e 10
(Comportamento alimentar) refere-se aos comportamentos ocorridos na semana anterior à
data da entrevista.

COTAÇÃO

A escala de classificação é de 0 a 5 (para os subtestes 8 a 11 da ADAS - cognitiva e para


os subtestes 1 - 10 da ADAS comportamental), exprimindo o grau de gravidade da altera-
ção. Uma pontuação de 0 corresponde à ausência de alteração ou à ausência de deter-
minado comportamento; a pontuação 1 representa uma alteração muito ligeira; 2, 3 e 4
reflectem um nível de alteração ligeira, moderada e moderadamente grave, respectivamen-
te. A pontuação máxima de 5 reflecte o grau mais grave de alteração ou uma frequência alta
de ocorrência de determinado comportamento. Quanto maior for a pontuação total da
ADAS, maior será também o grau de deterioração do sujeito.

39
ADAS COGNITIVA

1. Tarefa de evocação de palavras


Nesta prova são efectuadas três tentativas para aprender uma lista de 10 palavras de alta
frequência (e altamente visualizáveis). As dez palavras impressas em cartões, são apresen-
tadas, uma a uma, pelo observador durante dois segundos cada. Na primeira tentativa o
observador fornece a seguinte instrução: “Vou mostrar-lhe cartões com palavras, um de
cada vez. Leia cada palavra em voz alta e tente memorizá-la, porque mais tarde vou pedir-
-lhe para recordar todas as palavras que lhe mostrei”. Depois da apresentação de todas as
palavras, o observador pede ao sujeito para tentar recordar o maior número possível de
palavras. Fazem-se mais duas aplicações de leitura e evocação.
NOTA: Para sujeitos analfabetos as palavras são lidas em voz alta pelo observador em vez de
apresentadas em cartões.
PONTUAÇÃO: Atribui-se 1 ponto a cada resposta errada. Soma-se e divide-se por três, ar-
redondando para o n.º inteiro mais próximo.

1.ª Tentativa 2.ª Tentativa 3.ª Tentativa

Recordada N/Recordada Recordada N/Recordada Recordada N/Recordada

Casa Criança Saia


Barco Mão Pente
Saia Carro Pão
Mão Médico Escola
Escola Casa Carro
Pão Pente Mão
Criança Saia Barco
Médico Pão Criança
Carro Barco Casa
Pente Escola Médico
Total = Total = Total =
Pontuação =
(pontuação máxima de 10)

40
2. Nomeação de objectos e dedos
Nesta prova pede-se ao sujeito para dizer o nome de doze objectos reais, de alta, média
e baixa frequência, apresentados aleatoriamente. A instrução deve ser: “Como se chama
isto? ou Qual é o nome deste objecto?” Se o sujeito não responde, então o observador
deve dar ajuda semântica para o objecto; se o sujeito continua sem responder ou comete
erros, o observador deve passar para o objecto seguinte.
Em seguida, pede-se ao sujeito para dizer os nomes dos dedos da mão dominante pela
seguinte ordem: polegar, mínimo, indicador, médio e anelar.

Objectos Pistas dadas quando há dificuldade Correcto Incorrecto

Alfinete Para prender, era usado nas fraldas dos bébés


Caneta Para escrever
Bola Para jogar e pode ser um brinquedo
Prego Para fixar (pendurar)
Cigarro Para fumar
Copo Por onde bebemos
Tesoura Para cortar
Colher Para comer a sopa
Selo Para colar nas cartas
Óculos Para ver melhor
Relógio Para ver as horas
Anel Para usar nos dedos

Dedos: Deve nomear os dedos da mão dominante

Resposta Correcto Incorrecto

Polegar
Indicador
Médio
Anelar
Mínimo

Total =
Pontuação (itens – nomes de objectos e dedos):
0 = 2 itens incorrectamente nomeados
1 = 3 - 5 itens incorrectamente nomeados
2 = 6 – 8 itens incorrectamente nomeados
3 = 9 – 11 itens incorrectamente nomeados
4 = 12 – 14 itens incorrectamente nomeados
5 = 15 – 17 itens incorrectamente nomeados
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

41
3. Compreensão de ordens
Nesta prova avalia-se a compreensão da linguagem oral em função da capacidade do
sujeito para executar 5 ordens. Cada ordem só pode ser repetida uma vez. Se o sujeito não
responde ou comete erros à primeira instrução, o observador deve dar a ordem mais uma
vez, e passa à próxima ordem. Devem ser aplicadas todas as ordens. As ordens só são
consideradas correctas se executadas na totalidade.

Ordens Correcto Incorrecto

1. “Feche a mão”.
2. “Aponte para o tecto e depois para o chão”.

Coloca-se em linha um lápis, um relógio e um cartão

3. “Ponha o lápis em cima do cartão e depois volte a colocá-lo


no lugar onde estava”.
4. “Ponha o relógio do outro lado do lápis e depois vire o cartão”.
5. “Bata duas vezes em cada um dos seus ombros com dois dedos
e com os olhos fechados”.

NOTA: Os elementos sublinhados representam etapas únicas, mas cada ordem é cotada como um todo.

Pontuação (itens – nomes de objectos e dedos):


0 = 0 Erros, 5 ordens correctas
1 = 1 Ordem incorrecta, 4 ordens correctas
2 = 2 Ordens incorrectas, 3 ordens correctas
3 = 3 Ordens incorrectas, 2 ordens correctas
4 = 4 Ordens incorrectas, 1 ordem correcta
5 = 5 Ordens incorrectas
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

42
4. Capacidade Construtiva
Esta prova avalia a capacidade de copiar quatro figuras geométricas que vão deste um figura
simples (um círculo) até uma mais complexa (um cubo). As formas devem ser apresentadas
individualmente, em folhas de papel planas e brancas (na metade superior de uma folha A4).
O observador deve dar ao sujeito um lápis antes de lhe entregar a 1.ª forma. As instruções
fornecidas são: “Nesta folha está uma figura. Tente desenhar uma figura parecida, em
qualquer parte da folha”. São permitidas duas tentativas. Se o sujeito não consegue
reproduzir a figura em duas tentativas passa para a figura seguinte. O desenho é cotado
como correcto se o sujeito reproduzir todas as características geométricas do original. As
diferenças no tamanho não são cotadas como erro, assim como pequenas falhas entre as
linhas, desde que a forma esteja bem reproduzida (* ver exemplos a seguir).
NOTA: O uso de borracha não é permitido.

Critérios de pontuação para cada forma


1. Círculo – Curva fechada.
2. Dois rectângulos sobrepostos – Cada rectângulo deve ter quatro lados e a sobreposição
deve ser igual à forma apresentada.
3. Losango – A figura deve ter quatro lados oblíquos e todos os lados devem ser aproxima-
damente iguais em comprimento.
4. Cubo – A forma deve estar em perspectiva, com a face anterior correctamente orientada,
as linhas internas correctamente desenhadas entre os cantos.

Correcto Incorrecto Correcto Incorrecto Correcto Incorrecto


2 3 4

Pontuação:

Registo Correcto Incorrecto 0 = 4 desenhos correctos


1 = 1 desenho incorrecto
Círculo 2 = 2 desenhos incorrectos
3 = 3 desenhos incorrectos
Dois rectângulos 4 = 4 desenhos incorrectos
sobrepostos 5 = Nenhuma forma, partes da forma,
ou palavras em vez de desenho
Losango
Pontuação =
Cubo (pontuação máxima de 5)

43
4. Capacidade Construtiva

Desenho 1

44
4. Capacidade Construtiva

Desenho 2

45
4. Capacidade Construtiva

Desenho 3

46
4. Capacidade Construtiva

Desenho 4

47
5. Praxia Ideativa
Esta prova avalia a capacidade de o sujeito executar uma sequência de acções complexas
e familiares. Em cima da mesa e em frente do sujeito, coloca-se simultaneamente, uma folha
de papel A 4 e um envelope grande. A instrução deve ser: “Quero que faça de conta que
está a enviar uma carta a si próprio. Tome este papel e dobre-o de maneira que caiba
dentro do envelope, depois feche-o e escreva o seu nome, a sua morada e indique
onde colocaria o selo”. Se o sujeito se esquecer de uma parte do exercício ou se tiver
dificuldades, o observador deve repetir a instrução.
NOTA: Só é considerada alteração neste item, quando este reflecte apenas dificuldade na
execução duma tarefa conhecida e não alterações da memória.

Componentes Correcto Incorrecto

1. Dobrar a carta
2. Pôr a carta dentro do envelope
3. Fechar o envelope
4. Endereçar o envelope
5. Indicar o local do selo

Pontuação:
0 = Todas as etapas executadas
1 = 1 etapa não executada
2 = 2 etapas não executadas
3 = 3 etapas não executadas
4 = 4 etapas não executadas
5 = Todas as etapas não executadas
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

48
6. Orientação
As componentes da orientação são: nome, ano, mês, dia, dia da semana, estação do ano,
local e hora (8 itens). Para o local deve ser indicado o nome do local onde o sujeito se
encontra no presente momento. Antes de testar a orientação o observador deve ter em
atenção as pistas periféricas no ambiente do teste (Ex.: relógio, calendário).
NOTA: Aceitam-se como respostas correctas a indicação do primeiro e último nome, + / -
1 h para as horas, nome incompleto para o local, indicação da próxima estação no período
de uma semana antes do seu início, e duas semanas depois do seu fim.

Item Correcto Incorrecto

1. Nome completo
2. Ano
3. Mês
4. Dia
5. Dia da semana
6. Estação do ano
7. Local
8. Hora

Pontuação =
(pontuação máxima de 8)

49
7. Reconhecimento de palavras
Nesta prova são efectuadas três tentativas para aprender uma lista de 12 palavras. Em cada
tentativa, pede-se ao sujeito para ler em voz alta 12 palavras apresentadas em cartões e para
as memorizar. Depois estas palavras são misturadas com 12 palavras semelhantes na frequên-
cia e na imagiabilidade, e pede-se ao sujeito para decidir se cada uma dessas palavras fazia
ou não parte da lista inicial que ouviu . No princípio de cada tentativa, o observador fornece
a seguinte instrução: “Vou mostrar-lhe alguns cartões com palavras. Quero que as leia em
voz alta e que as tente memorizar”. No fim de cada prova de aprendizagem o observa-
dor deve fornecer a seguinte instrução: “Agora vou mostrar-lhe um novo conjunto de pala-
vras. Algumas destas palavras faziam parte da lista inicial que viu outras são novas. Para
cada palavra, quero que me diga se essa palavra é nova ou se já a mostrei antes”. O
observador mostra a primeira palavra e diz: “Esta palavra é alguma das que lhe mostrei
antes, sim ou não?”. As instruções são iguais para as duas primeiras palavras de cada ten-
tativa. Para as restantes palavras da prova o observador deve dizer: “E agora esta?”. Se o
sujeito não responde ou não compreendeu a tarefa, o observador deve repetir a instrução
e anotar o n.º de vezes em que repetiu a instrução (subteste 8).
NOTA: Para sujeitos analfabetos as palavras são ditas em voz alta pelo observador em vez do
sujeito.

50
7. Reconhecimento de palavras
As palavras a negrito são as palavras da lista inicial. Os círculos representam as respostas
incorrectas e os quadrados as respostas correctas.

1.ª Tentativa 2.ª Tentativa 3.ª Tentativa

Sim Não Rec Sim Não Rec Sim Não Rec

Beijo Festa Dança


Papa Abraço Festa
Livro Talho Passeio
Festa Praia Praia
Mão Carta Carta
Feira Braço Jardim
Praia Rua Braço
Carta Pé Perna
Braço Teatro Museu
Queijo Museu Loja
Chuva Sol Bife
Museu Teatro Água
Sol Manteiga Sol
Manteiga Milho Manteiga
Semente Chapéu Padre
Gravata Café Milho
Parque Avião Chapéu
Milho Rio Rio
Chapéu Vinho Vestido
Parque Pérola Polícia
Rio Lenço Pérola
Pérola Cão Gato
Cão Vaca Cão
Cavalo Tinta Corda

Total de respostas incorrectas =


Total Rec =

NOTA: Rec = Recordação da instrução.


Para a pontuação somam-se as respostas incorrectas de cada tentativa, divide-se esse n.º
por três e arredonda-se para o n.º inteiro mais próximo.
Pontuação =
(pontuação máxima de 10)

51
8. Recordar as instruções do teste
Este item avalia a capacidade do sujeito para recordar as instruções da prova de reconheci-
mento de palavras (subteste 7). Em cada exercício de reconhecimento, pergunta-se ao sujeito,
na apresentação das duas primeiras palavras: “Já viu esta palavra antes?” ou “É uma palavra
nova?”. Para a terceira palavra pergunta-se: “E agora esta?” Se responder adequadamente, isto
é, sim ou não, a recordação das instruções está correcta. Se o sujeito não responder, isto
significa que as instruções foram esquecidas. Repetem-se as instruções. O procedimento
usado para a terceira palavra é repetido para as palavras 4 – 24. Anota-se as falhas de memória
para a instrução e depois de sete falhas no máximo, interrompe-se a contagem.

Pontuação:
0 = Sem necessidade de recordar instrução
1 = Defeito muito ligeiro (recordado 1 vez)
2 = Defeito ligeiro (recordado 2 vezes)
3 = Defeito moderado (recordado 3 a 4 vezes)
4 = Defeito moderadamente severo (recordado 5 ou 6 vezes)
5 = Defeito severo (recordado 7 vezes)

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

9. Linguagem oral
Este item é uma avaliação global da qualidade do discurso, isto é, clareza, dificuldade em
fazer-se entender (expressão). O observador deve considerar todo o discurso produzido
pelo sujeito na sessão quando avalia este item. Não são avaliadas neste item o débito do
discurso nem a dificuldade em encontrar palavras que irão ser avaliadas no subteste 10. As
pontuações mais elevadas (4 – 5) estão reservadas para sujeitos cuja capacidade de
expressão esteja de tal modo alterada que impeça o sujeito de comunicar.

Pontuação:
0 = Nenhuma alteração
1 = Alteração muito ligeira (1 situação de dificuldade de expressão)
2 = Alteração ligeira (o sujeito tem dificuldade de expressão entre 25% a 50% do tempo
da sessão)
3 = Alteração moderada (o sujeito tem dificuldade de expressão em um pouco mais de
50% do tempo da sessão)
4 = Alteração moderadamente grave (o sujeito tem dificuldade em claramente mais de
50% do tempo)
5 = Alteração grave (Produção de uma ou duas palavras, discurso fluente mas de conteúdo
vazio; mutismo)
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

52
10. Dificuldade em encontrar palavras no discurso espontâneo
Este item avalia a dificuldade do sujeito em encontrar as palavras desejada no discurso es-
pontâneo, uso de circunlóquios (explicar a função ou as características de um objecto em
vez de dizer o seu nome).

Pontuação:
0 = Nenhuma dificuldade
1 = Muito ligeira (1 ou 2 situações)
2 = Ligeira (circunlóquios notórios e substituição por sinónimos)
3 = Moderada (falta de palavras sem compensação no momento)
4 = Moderadamente grave (frequente falta de palavras sem compensação)
5 = Grave (falta quase total de palavras com conteúdo; discurso vazio; discurso com pro-
dução de uma ou duas palavras)

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

11. Compreensão da linguagem oral


Este item avalia a capacidade do sujeito para compreender o discurso. Não abrange as
respostas a instruções ou ordens.

Pontuação:
0 = Nenhuma dificuldade
1 = Muito ligeira (1 situação de dificuldade de compreensão)
2 = Ligeira (3 a 5 situações de dificuldade de compreensão)
3 = Moderada (o observador tem de repetir várias vezes o que está a dizer)
4 = Moderadamente grave (o sujeito só ocasionalmente responde correctamente; isto é,
questões do tipo “sim” e / ou “não”)
5 = Grave (o sujeito responde de forma inapropriada na maioria das vezes; mas não como
resultado da pobreza de vocabulário)

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

53
ADAS NÃO COGNITIVA

A avaliação destes comportamentos, implica a sua ocorrencia durante a semana que ante-
cede a entrevista, especificamente em relação aos seguintes itens:
1. Choro
2. Sintomas depressivos
3. Delírio
4. Alucinação
5. Deambulação
6. Actividade motora aumentada
7. Comportamento alimentar (aumento/perda de apetite)

1. Choro
Pergunta-se ao sujeito ou ao informador qual é a frequência da ocorrência do choro.
Pontuação:
0 = Nenhuma
1 = Muito ligeira – Uma vez por semana ou na sessão de testes
2 = Ligeira – Ocorre 2 a 3 vezes durante a semana, incluindo a sessão de testes
3 = Moderada – Choro ocasional e de curta duração
4 = Moderadamente grave – Choro frequente, quase todos os dias
5 = Grave – Choro frequente e prolongado, todos os dias
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
2. Sintomas depressivos
Pergunta-se ao sujeito ou ao informador se o sujeito se sentiu triste, desinteressado. Se a res-
posta for afirmativa, o observador deve tentar compreender a gravidade desse comporta-
mento, perda de interesse ou de prazer na realização de actividades. O observador tam-
bém deve avaliar a expressão facial do sujeito, a flutuação do humor e a capacidade deste
para responder a piadas e a encorajamentos.
Pontuação:
0 = Nenhuma
1 = Muito ligeiro – sente-se um pouco (ou por vezes) triste (deprimido): clinicamente não
significativo
2 = Ligeiro – é visível e referido um humor ligeiramente depressivo; alguma perda de interesse.
3 = Moderado – sente-se com alguma frequência (e moderadamente) triste (deprimido)
4 = Moderadamente grave – sente-se) quase sempre, com considerável perda de interesse
5 = Grave – predomínio de humor depressivo; perda marcada (total) de interesse ou de
prazer
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

54
3. Concentração/Dispersão
Este item avalia a frequência com que o sujeito se dispersa devido a estímulos irrelevantes
e/ou tem de ser reorientado para a tarefa em curso, ou a frequência com que o sujeito se
distrai com os seus pensamentos. As informações dadas pelos informadores devem tam-
bém ser consideradas. Por exemplo: a capacidade de ver televisão, terminar as refeições,
terminar uma tarefa que inicia, conversar, etc.

Pontuação:
0= Nenhuma dispersão
1= Muito ligeira – uma situação de alteração da concentração
2= Ligeira – 2 a 3 situações de alteração da concentração
3= Moderada – 4 a 6 situações de alteração da concentração
4= Moderadamente grave – alteração na concentração/dispersão durante muito tempo na
entrevista e em casa
5 = Grave – extrema dificuldade em concentrar-se e extremamente disperso, com incapa
cidade de completar tarefas.

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

4. Falta de colaboração nos testes


Neste item avalia-se o grau de colaboração do sujeito a certos aspectos da entrevista.

Pontuação:
0 = Nenhuma – o sujeito colabora
1 = Muito ligeira – uma situação de falta de colaboração
2 = Ligeira – 2 a 3 situações de falta de colaboração, mas o sujeito cumpre quando lhe é
pedido para continuar
3 = Moderada – 4 a 5 situações de falta de colaboração
4 = Moderadamente grave – necessita de ser permanentemente estimulado e encorajado
para terminar a entrevista
5 = Grave – recusa-se a continuar a entrevista

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

55
5. Delírio
Um delírio caracteriza-se por uma alteração do conteúdo do pensamento e pela presença
de ideias delirantes que persistem pelo menos durante um mês. Os sujeitos vivenciam
situações que não aconteceram. Não existe capacidade de crítica e essas ideias não são
modificáveis pela experiência nem pela argumentação lógica. As ideias delirantes estão
relacionadas com situações que podem acontecer na vida real (por exemplo, ser persegui-
do, infectado, envenenado, espiado, enganado ou traído pelo cônjuge ou outros). O sujei-
to com ideias delirantes pode ter um funcionamento psicossocial alterado quando as ideias
delirantes interferem na sua vida, de tal modo que vive em função delas ( por exemplo, uma
pessoa que acredita ser perseguida por terroristas, pensa que estão bombas no prédio e
não sai de casa nem vai ao trabalho, pois teme que assim que o faça, os terroristas invadam
a casa e o matem).
Existem vários tipos de ideias delirantes quanto ao conteúdo, entre as quais, o delírio de
ciúme, de perseguição, de influência, de auto-desvalorização, místicos ou religiosos.
Neste item avalia-se o grau de convicção e de convencimento do sujeito em acreditar em
ideias que, não são verdadeiras. Para classificar a gravidade, deve considerar-se o conven-
cimento no conteúdo do delírio, a preocupação e o efeito que esse delírio tem sobre a
vivência e o comportamento do sujeito.

Pontuação:
0= Nenhum
1= Muito ligeiro – convencimento passageiro do conteúdo do delírio
2= Ligeiro – delírio claramente presente, mas o indivíduo questiona o seu convencimento
3= Moderado – o sujeito está convencido do delírio, mas este não afecta o seu compor-
tamento
4 = Moderadamente grave – o convencimento afecta o seu comportamento
5 = Grave – acções significativas baseadas no delírio

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

56
6. Alucinação
A alucinação é uma alteração da percepção sensorial que tem o sentido da realidade de
uma percepção real, mas que ocorre sem a estimulação exterior do órgão sensorial cor-
respondente. Segundo Jaspers, as alucinações são falsas percepções corpóreas que não
se originam da transformação da percepção real, mas sim de um modo inteiramente novo
e que surgem como percepções reais. O sujeito com alucinações acredita totalmente na
sua alucinação e não possui capacidade de fazer o teste da realidade.
Neste item avaliam-se as alucinações visuais (surgem sob a forma de cores, sombras, luzes
e/ou cintilações, podem ser estáticas ou móveis, pessoas ou animais), auditivas (o sujeito ouve
vozes, sons e/ou ruídos que são referidas como vindas do exterior ou produzidas/ouvidas
dentro da sua própria cabeça; o sujeito ouve conspirações, ameaças contra si) e tácteis (o su-
jeito experimenta sensações cutâneas de ser agarrado, queimado, dominado, e estas sensa-
ções podem ou não ser acompanhadas de dor). O observador deve ter em conta a frequên-
cia e o grau da alucinação, ou seja o efeito que a alucinação exerce sobre o sujeito.

Pontuação:
0= Nenhum
1= Muito ligeira – o sujeito ouve uma voz a dizer-lhe uma palavra, uma alucinação visual
2= Ligeira
3= Moderada – várias alucinações ao longo do dia, que interferem com a vivência do sujeito
4= Moderadamente grave
5= Grave – alucinações quase constantes, que perturbam o funcionamento normal do
sujeito

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

7. Deambulação
Este item classifica a deambulação (vaguear), que deve ser distinguida do andar para trás
para a frente exageradamente e da actividade física normal do sujeito.

Pontuação:
0= Nenhuma
1= Muito ligeira – ocorrência muito rara
2= Ligeira – deambula durante períodos curtos de tempo, a certas horas do dia
3= Moderada – deambula frequentemente todos os dias
4= Moderadamente grave – deambula durante a maior parte do dia, mas é capaz de parar
para certas actividades, por exemplo para as refeições
5 = Grave – é incapaz de ficar quieto, deambula exageradamente

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

57
8. Aumento da actividade motora
Este item é classificado em função da quantidade de actividade do indivíduo em compara-
ção com o que era antes. Avalia-se neste item a hiperactividade sem finalidade e sem mo-
tivo. Admite-se uma pontuação de 2 no caso do informador ter registado pela entrevista
um aumento na actividade motora, que o sujeito não exibiu durante a observação. (Exem-
plos: o sujeito levanta-se e senta-se frequentemente, mexe e remexe em gavetas sem
justificação, ...).

Pontuação:
0= Nenhuma
1= Muito ligeira – aumento muito ligeiro dos movimentos
2= Ligeiro
3= Moderada – aumento significativo na quantidade de movimentos
4= Moderadamente grave – aumento significativo na quantidade de movimentos que in-
terferem noutras actividades
5 = Grave – o sujeito tem de estar em constante movimento; é raro ficar quieto

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

9. Tremor
Pede –se ao sujeito para levantar ambas as mãos, com as palmas viradas para baixo e com
os dedos abertos, mantendo esta posição durante 10 segundos. Observa-se se existe ou
não tremor.

Pontuação:
0= Nenhum
1= Muito ligeiro – ligeiro tremor; mal se observa
2= Ligeiro – tremor aparente, sem interferência com outras actividades
3= Moderado – interfere noutras actividades; por exemplo segurar num lápis, abotoar a
camisa
4 = Moderadamente grave – movimento óbvio; interfere com outras actividades; por
exemplo segurar num copo de água, etc
5 = Grave – movimentos muito rápidos com deslocamentos significativos

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

58
10. Comportamento alimentar (aumento/perda de apetite)
Este item foi incluído porque a alteração do apetite pode estar associada à depressão e
porque as observações clínicas de alguns sujeitos com Doença de Alzheimer revelam au-
mento e diminuição do apetite. O item é classificado em comparação com o habitual ape-
tite do sujeito (como o sujeito era antes).

Pontuação:
0 = Nenhuma alteração
1 = Muito ligeira – ligeira alteração, sem importância clínica, sem alteração de peso
2 = Ligeira – alteração do apetite, o sujeito come sem necessidade de ser estimulado e não
há evidente alteração de peso
3 = Moderada – alteração acentuada; o sujeito precisa de ser estimulado para comer; o
sujeito pode pedir mais comida com alguma frequência
4 = Moderadamente grave
5 = Grave – O sujeito não quer comer e precisa de ser alimentado à força, o sujeito queixa-se
frequentemente

Pontuação =
(pontuação máxima de 5)

59
ESCALA DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER – ADAS COGNITIVA
Nome: Idade:
Data de Nascimento: / / Profissão:
Escolaridade: Data de Obs: / / Observador:

1. Tarefa de evocação de palavras 7. Reconhecimento de palavras - Indicar o nº de res


1ª Tentativa postas incorrectas para cada tentativa
2ª Tentativa 1ª Tentativa 2ª Tentativa 3ª Tentativa
3ª Tentativa Pontuação Pontuação

2. Nomeação de objectos e dedos 8. Recordar as instruções do teste


Assinalar cada objecto e dedo incorrectamente nomeado Indicar o nª de repetições da instrução para cada tentativa
Alfinete Óculos 1ª Tentativa 2ª Tentativa 3ª Tentativa
Caneta Relógio Pontuação:
Bola Anel
Prego Polegar 0 = Sem necessidade de recordar instrução
Cigarro Indicador 1 = Defeito muito ligeiro (recordado 1 vez)
Copo Médio 2 = Defeito ligeiro (recordado 2 vezes)
Tesoura Anelar 3 = Defeito moderado (recordado 3 a 4 vezes)
Colher Mindinho 4 = Defeito moderadamente severo
Selo Pontuação (recordado 5-6 vezes)
5 = Defeito severo (recordado 7 vezes)
3. Compreensão de ordens Pontuação
Assinalar cada ordem executada correctamente
Feche a mão 9. Capacidade de linguagem oral
Aponte para o tecto e depois para o chão Pontuação:
Ponha o lápis em cima do cartão e depois volte
a colocá-lo no lugar onde estava 0 = Nenhuma alteração
Ponha o relógio do outro lado do lápis e depois 1 = Alteração muito ligeira
vire o cartão 2 = Alteração ligeira
Bata duas vezes em cada um dos seus ombros 3 = Alteração moderada
com dois dedos e com os olhos fechados 4 = Alteração moderadamente grave
Pontuação 5 = Alteração grave Pontuação

4. Capacidade construtiva 10. Dificuldade em encontrar palavras no discurso


Assinalar cada desenho incorrecto espontâneo
Círculo Pontuação:
Dois rectângulos 0 = Nenhuma dificuldade
Losango 1 = Muito ligeira
Cubo Pontuação 2 = Ligeira
3 = Moderada
5. Praxia ideativa 4 = Moderadamente grave
Assinalar cada etapa não executada ou executada in- 5 = Grave Pontuação
correctamenteo
Dobrar a carta 11. Compreensão da linguagem oral
Pôr a carta dentro do envelope Pontuação:
Fechar o envelope
Endereçar o envelope 0 = Nenhuma dificuldade
Indicar o local do selo Pontuação 1 = Muito ligeira
2 = Ligeira
6. Orientação 3 = Moderada
Indicar as componentes incorrectas 4 = Moderadamente grave
5 = Grave Pontuação
Nome completo Ano Mês
Dia Dia da semana Local
Estação do ano Hora Nota Total – COGNITIVA
Pontuação

60
ESCALA DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER – ADAS NÃO COGNITIVA
Nome: Idade:
Data de Nascimento: / / Profissão:
Escolaridade: Data de Obs: / / Observador:

1. Choro 4. Falta de colaboração nos testes


Pontuação: Pontuação:
0 = Nenhuma 0 = Nenhuma – o sujeito colabora
1 = Muito ligeira – uma situação de falta de colaboração
1 = Muito ligeira – uma vez por semana ou na sessão
2 = Ligeira – 2 a 3 situações, mas o sujeito cumpre
de testes quando lhe é pedido para continuar
2 = Ligeira – Ocorre 2 a 3 vezes durante a semana, 3 = Moderada – 4 a 5 situações de falta de colaboração
incluindo a sessão de testes 4 = Moderadamente grave – necessita de ser perma-
nentemente estimulado e encorajado para terminar
3 = Moderada – Choro ocasional e de curta duração
a entrevista
4 = Moderadamente grave – Choro frequente, quase 5 = Grave – recusa-se a continuar a entrevista
todos os dias Pontuação
5 = Grave – Choro frequente e prolongado, todos
os dias 5. Delírio
Pontuação
Pontuação:
2. Sintomas depressivos 0 = Nenhum
1 = Muito ligeiro – convencimento passageiro
Pontuação: do conteúdo do delírio
0 = Nenhuma 2 = Ligeiro – delírio claramente presente, mas o indivíduo
questiona o seu convencimento
1 = Muito ligeiro – sente-se um pouco (ou por vezes) 3 = Moderado – o sujeito está convencido do delírio,
triste (deprimido): clinicamente não significativo mas este não afecta o seu comportamento
2 = Ligeiro – é visível e referido um humor ligeiramente 4 = Moderadamente grave – o convencimento afecta
depressivo; alguma perda de interesse o seu comportamento
5 = Grave – acções significativas baseadas no delírio
3 = Moderado – sente-se com alguma frequência
Pontuação
(e moderadamente) triste (deprimido)
4 = Moderadamente grave – sente-se) quase sempre, 6. Alucinação
com considerável perda de interesse
Pontuação:
5 = Grave – predomínio de humor depressivo; perda
0 = Nenhum
marcada (total) de interesse ou de prazer
1 = Muito ligeira – o sujeito ouve uma voz a dizer-lhe
uma palavra, uma alucinação visual
Pontuação
2 = Ligeira
3 = Moderada – várias alucinações ao longo do dia,
3. Concentração/Dispersão que interferem com a vivência do sujeito
Pontuação: 4 = Moderadamente grave
5 = Grave – alucinações quase constantes, que
0 = Nenhuma dispersão perturbam o funcionamento normal do sujeito
1 = Muito ligeira – uma situação de alteração Pontuação
da concentração
2 = Ligeira – 2 a 3 situações de alteração 7. Deambulação
da concentração Pontuação:
3 = Moderada – 4 a 6 situações de alteração 0 = Nenhum
da concentração 1 = Muito ligeira – ocorrência muito rara
4 = Moderadamente grave – alteração na concentração 2 = Ligeira – deambula durante períodos curtos de
/dispersão durante muito tempo na entrevista tempo, a certas horas do dia
3 = Moderada – deambula frequentemente todos os dias
e em casa
4 = Moderadamente grave – deambula durante a maior
5 = Grave – extrema dificuldade em concentrar-se parte do dia, mas é capaz de parar para certas
e extremamente disperso, com incapacidade actividades, por exemplo para as refeições
de completar tarefas 5 = Grave – é incapaz de ficar quieto, deambula
exageradamente
Pontuação Pontuação

61
8. Aumento da actividade motora 10. Comportamento alimentar
Pontuação: (aumento/perda do apetite)
0 = Nenhuma Pontuação:
1 = Muito ligeira – aumento muito ligeiro 0 = Nenhuma alteração
dos movimentos
1 = Muito ligeira – ligeira alteração, sem
2 = Ligeiro importância clínica, sem alteração de peso
3 = Moderada – aumento significativo na quantidade 2 = Ligeira – alteração do apetite, o sujeito é capaz
de movimentos de comer sem ser estimulado, evidente alteração
4 = Moderadamente grave – aumento significativo de peso
na quantidade de movimentos que interferem 3 = Moderada – alteração acentuada; o sujeito precisa
noutras actividades de ser estimulado para comer; o sujeito pode
5 = Grave – o sujeito tem de estar em constante pedir mais comida com alguma frequência
movimento; é raro ficar quieto 4 = Moderadamente grave
5 = Grave – O sujeito não quer comer e precisa de
Pontuação ser alimentado à força, o sujeito queixa-se de
fome apesar de ingerir quantidades suficientes
9. Tremor
Pontuação: Pontuação
0 = Nenhum
Nota Total – NÃO COGNITIVA
1 = Muito ligeiro – ligeiro tremor; mal se observa
2 = Ligeiro – tremor aparente, sem interferência
com outras actividades
3 = Moderado – interfere noutras actividades;
por exemplo segurar num lápis, abotoar a camisa
4 = Moderadamente grave – movimento óbvio;
interfere com outras actividades; por exemplo Nota Total – COGNITIVA + NÃO COGNITIVA
segurar num copo de água, etc
5 = Grave – movimentos muito rápidos
com deslocamentos significativos

Pontuação

ADAS cognitiva (P.M = 70)


Observações:

ADAS não cognitiva (P.M = 50)


Observações :

ADAS - Total (P.M = 120)

Tradução e distribuição a clínicos e investigadores autorizada por Richard C. Mohs, Ph.D. Em publicações ou outra
utilização mencionar os artigos referidos no início

62
ADAS – GRUPO DE CONTROLO
(média + desvio padrão)

ADAS-Tot ADAS-Cog ADAS-não cog

escolaridade

Idade 1-4 anos >4 anos 1-4 anos >4 anos 1-4 anos >4 anos

40-59 7,2 + 4,0 4,4 + 2,7 5,3 + 3,2 3,6 + 2,0 1,9 + 2,2 0,8 + 1,1

60-79 11,9 +4,9 8,3 + 3,9 8,4 + 3,6 5,9 + 3,4 3,6 + 2,5 2,4 + 2,0

80-92 15,3 +8,3 13,7 +5,6 12,2 +5,8 8,3 + 1,5 3,1 + 3,3 5,3 + 5,4

Analfabetos (não foram consideradas necessárias divisões por grupos etários)

18,2 + 9,3 13,4 + 7,1 4,8 + 2,8

63
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA
GERIATRIC DEPRESSION SCALE (GDS)

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS
Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
João Barreto, António Leuschner, Filomena Santos, Margarida Sobral
psyche@esoterica.pt
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA
GERIATRIC DEPRESSION SCALE (GDS)
Yesavage et al. (1983) “Development and validation of
a geriatric depression screening scale’ J. Psychiatric Res. 17:37-49

Nome:

Idade: Data de Nascimento: / /

Responda Sim ou Não consoante se tem sentido de há uma semana para cá:
Sim Não
1. *Está satisfeito(a) com a sua vida? S N

2. *Pôs de lado muitas das suas actividades e interesses? S N

3. *Sente a sua vida vazia? S N

4. *Fica muitas vezes aborrecido(a)? S N

5. Tem esperança no futuro? S N

6. Anda incomodado(a) com pensamentos que não consegue afastar? S N

7. *Está bem disposto(a) a maior parte do tempo? S N

8. *Tem medo que lhe vá acontecer alguma coisa de mal? S N

9. *Sente-se feliz a maior parte do tempo? S N

10. *Sente-se muitas vezes desamparado(a)? S N

11. Fica muitas vezes inquieto(a)? e nervoso(a)? S N

12. *Prefere ficar em casa, em vez de sair e fazer coisas novas? S N

13. Preocupa-se muitas vezes com o futuro? S N

14. *Acha que tem mais problemas de memória do que as outras pessoas? S N

15. *Pensa que é bom estar vivo(a)? S N

16. Sente-se muitas vezes desanimado(a) e abatido(a)? S N

17. *Sente-se inútil? S N

18. Preocupa-se muito com o passado? S N

19. Acha a vida interessante? S N

20. É difícil para si começar novas actividades? S N

66
Sim Não
21. *Sente-se cheio(a)de energia? S N

22. *Sente que para si não há esperança? S N

23. *Pensa que a situação da maioria das pessoas passa é melhor do que a sua? S N

24. Aflige-se muitas vezes com pequenas coisas? S N

25. Sente muitas vezes vontade de chorar? S N

26. Tem dificuldade em se concentrar? S N

27. Gosta de se levantar de manhã? S N

28. Prefere evitar encontrar-se com muitas pessoas? S N

29. Tem facilidade em tomar decisões? S N

30. O seu pensamento é tão claro como era dantes? S N

Pontuação da GDS de 30 itens:


1 ponto para as respostas Sim nas questões: 2-4, 6, 8,10-14, 16-18, 20, 22-26, 28
1 ponto para as respostas Não nas questões: 1, 5, 7, 9, 15, 19, 21, 27, 29, 30

0 -10 = ausência de depressão


11-20 = depressão ligeira
21-30= depressão grave

Pontuação da GDS de 15 itens:

NOTA: Esta escala foi concebida para auto-avaliação

O autor considera que a escala está no domínio público

67
ESCALA CORNELL PARA A DEPRESSÃO NA DEMÊNCIA
CORNELL SCALE FOR DEPRESSION IN DEMENTIA

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS E ORGANIZAÇÃO:


Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
Carlos Roldão Vieira, Ricardo Paiva Lopes, Maria Odete Vieira
croldaovieira@netcabo.pt
ESCALA CORNELL PARA A DEPRESSÃO NA DEMÊNCIA
CORNELL SCALE FOR DEPRESSION IN DEMENTIA
Alexopulos Gas, Abrams RC, Young RC, Shamolan CA. 1988. Cornell Scale for
Depression in Dementia. Bilogical Psychiatry 23: 271-84

Nome:

Idade: Data / / Sexo:

Cotação
A = não avaliável 0 = ausente 1 = ligeiro ou intermitente 2 = grave

A avaliação deve basear-se nos sintomas e sinais que ocorreram na semana anterior à entre-
vista. Não pontuar se os sintomas resultarem de incapacidade física ou doença. As pergun-
tas são feitas a quem preste cuidados ao doente.

A. Sinais relacionados com o humor


1. Ansiedade a 0 1 2
Expressão ansiosa, ruminações, preocupações
2. Tristeza a 0 1 2
Expressão triste, voz triste, choro fácil
3. Falta de reactividade a acontecimentos agradáveis a 0 1 2
4. Irritabilidade a 0 1 2
Facilmente aborrecido, impaciência

B. Perturbações comportamentais
5. Agitação a 0 1 2
Inquietude, torcer as mãos, puxar os cabelos
6. Lentificação de movimentos, discurso ou reacções a 0 1 2
7. Queixas somáticas múltiplas (se só houver sintomas GI cotar 0) a 0 1 2
8. Perda de interesse a 0 1 2
Menor envolvimento nas actividades habituais
(cotar só se a mudança foi repentina, i.e., em menos de um mês)

70
C. Sinais físicos
9. Perda de apetite a 0 1 2
(Comer menos que habitual)
10. Perda de peso ( cotar 2 se superior a 2,5 Kg num mês) a 0 1 2
11. Perda de energia, fadiga fácil, incapaz de manter actividades a 0 1 2
(cotar só se a mudança foi repentina, i.e., em menos de um mês)

D. Funções cíclicas
12. Variação diurna do humor a 0 1 2
Sintomas mais acentuados durante a manhã
13. Insónia inicial a 0 1 2
Adormece mais tarde do que lhe é habitual
14. Despertares múltiplos a 0 1 2
15. Insónia terminal a 0 1 2
Acorda mais cedo do que lhe é habitual

E. Perturbações do pensamento
16. Suicídio a 0 1 2
Sente que não vale a pena viver, deseja morrer ou fez
tentativa de suicídio
17. Baixa auto-estima a 0 1 2
Culpabiliza-se, deprecia-se, tem sentimentos de fracasso
18. Pessimismo a 0 1 2
Antecipação do pior
19. Delírios congruentes com o humor a 0 1 2
Delírios de ruína, hipocondríacos ou de perda

Pontuação Final:

Foi obtida a autorização do autor

71
INVENTÁRIO NEUROPSIQUIÁTRICO
NEUROPSYCHIATRIC INVENTORY (NPI)

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS E ORGANIZAÇÃO:


Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
Olívia Robusto Leitão, Ana Nina
oliviarobustoleitao@mail.telepac.pt
INVENTÁRIO NEUROPSIQUIÁTRICO (INP)
NEUROPSYCHIATRIC INVENTORY (NPI)

Avaliação psicopatológica compreensiva em pessoas com demência

Cummings JL, Mega M, Gray K, Rosenberg-Thompson S, Carusi DA, Gornbein J. 1994.


The Neuropsychiatric Inventory: Comprehensive assessment of psychopathology
in dementia. Neurology 44: 2308-14

Endereço para correspondência: Jeffrey L. Cummings, MD


Reed Neurological Research Center
UCLA School of Medicine
710 Westwood Plaza
Los Angeles, CA 90095-1769
Tel.: (310)-206-5238
Fax:(310)206-5287

74
Nome: Data / /

Idade: Sexo: M F Entrevistador (iniciais):

Prestador de cuidados: conjuge filha(o) outro:

Reside com o paciente: Sim Não

Percentagem de assistência prestada pelo entrevistado: <25%; 25-50%; 50-75%; >75%

INVENTÁRIO NEUROPSIQUIÁTRICO (INP)


Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA)

Frequente Gravid.
Idade N/A Não FxG Desgaste
(F) (G)
Manifestações neuropsiquiátricas
Delírios x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Alucinações x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Agitação x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Depressão/disforia x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Ansiedade x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Euforia/elação x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Apatia/indiferença x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Desinibição x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Irritabilidade/labilidade x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Comportamento motor aberrante x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Nota total INP
Alterações neurovegetativas x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Comportamento nocturno x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Apetite/alteração alimentar x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5

Diagnóstico:
MMSE:
Idade:
Sexo:
Duração da doença:
Escolaridade:
Medicação:

75
INVENTÁRIO NEUROPSIQUIÁTRICO (INP):
Instruções para a utilização e para a administração

I. Objectivo do INP
O Inventário Neuropsiquiátrico (INP) tem por objectivo obter informação relativamente à
existência de psicopatologia em pacientes com alterações cerebrais. O INP foi concebido
para ser aplicado em pacientes com doença de Alzheimer e outras demências, mas pode
ser útil na avaliação de alterações do comportamento noutras situações. O INP abrange dez
secções do comportamento, e duas neurovegetativas:
• Delírios ∑ • Apatia
• Alucinações ∑ • Desinibição
• Agitação • Irritabilidade
• Depressão • Comportamento motor aberrante
• Ansiedade • Comportamentos nocturnos
• Euforia • Apetite e alterações alimentares

II. Aplicação do INP


A. A entrevista INP
O INP baseia-se em respostas fornecidas por um cuidador informado, de preferência al-
guém que viva com o paciente. Na ausência de um cuidador informado, o presente instru-
mento não deverá ser aplicado, ou então deverá ser modificado. A entrevista não deve ser
efectuada na presença do paciente, afim de facilitar uma discussão livre dos comportamen-
tos, difícil de executar com o paciente a assistir. Quando se apresenta o INP ao cuidador,
deve-se esclarecer alguns pontos, nomeadamente:
• o objectivo da entrevista;
• a pontuação – frequência, gravidade, desgaste (adiante descrito ).
• As respostas devem contemplar comportamentos que surgiram pela primeira vez des-
de o início da doença, e que se mantém ao longo das últimas 4 semanas, ou outro pe-
ríodo definido.
• As respostas podem, em regra, ser respondidas com “sim”, ou “não”, e devem ser breves.
Ao iniciar o inventário diga ao cuidador: “Estas perguntas foram feitas para avaliar o comporta-
mento do seu marido ( da sua esposa, etc). Na maioria das vezes podem ser respondidas com
um “sim”, ou “não”. Pedimos-lhe que tente ser breve nas respostas”. Se o cuidador enveredar
por respostas elaboradas, com pouca informação útil, lembre-lhe a necessidade de ser breve.
Algumas das questões levantadas podem causar alguma perturbação emocional, e o entrevis-
tador deve garantir que poderão discuti-las em pormenor uma vez terminado o inventário.
As perguntas devem ser formuladas exactamente como se encontram escritas. Se o cuida-
dor não compreender a pergunta, deve-se prestar esclarecimento. Este pode ser feito re-
formulando a pergunta em termos alternativos.

76
B. Alterações do comportamento
As perguntas referem-se a mudanças no comportamento do paciente surgidas desde o início
da doença. Não são pontuados comportamentos existentes ao longo da vida do paciente e
que não se alteraram com a doença, mesmo que sejam anormais (p. ex.: ansiedade,
depressão). Aceitam-se para pontuação comportamentos que tenham estado presentes ao
longo da vida, mas que tenham mudado desde o início da doença (p.ex.: a pessoa foi sem-
pre apática, mas regista-se um aumento apreciável da apatia durante o período do inquérito).

O INP é tipicamente utilizado para avaliar mudanças do comportamento surgidas num de-
terminado período de tempo (p. ex.: nas últimas quatro semanas, ou noutro intervalo defi-
nido). Nalguns estudos pode-se utilizar o INP para avaliar alterações decorrentes do trata-
mento, ou surgidas desde a ultima observação clínica. Dever-se-á então analisar o período
de tempo referente à pergunta, para avaliar o impacto nas alterações recentes. Sublinhe
bem ao cuidador que as perguntas se referem a comportamentos surgidos, ou modificados
desde o início da doença. As perguntas podem, por exemplo, ser formuladas assim: ”Des-
de que ele/ela iniciou o tratamento com os novos medicamentos…”, ou: ”Desde que se au-
mentou a dose de…”

C. Perguntas de “screening”
A pergunta de “screening” é feita com o fim de determinar se existe, ou não, alteração de
comportamento. Se a resposta à pergunta em questão for negativa, assinale NÃO, e selec-
cione pergunta seguinte, ignorando as perguntas subsequentes. Se a resposta à pergunta
seleccionada for positiva, ou se houver incertezas da parte do cuidador, ou quaisquer in-
consistências entre a resposta e outra informação conhecida pelo clínico (p. ex.: o cuidador
responde de forma negativa à pergunta sobre euforia, mas o clínico acha que o paciente
está eufórico), assinala-se a categoria com “SIM”, e analisa-se a questão com mais detalhe
com as perguntas subsequentes. Se estas confirmam a pergunta seleccionada, determina-
se a gravidade e a frequência do comportamento de acordo com os critérios referentes ao
respectivo comportamento. Ao determinar a frequência e a gravidade, utilize os compor-
tamentos identificados pelas perguntas subsequentes como os mais aberrantes. Por exem-
plo se, quando lhe está a colocar as “subperguntas” da secção de “Agitação”, o cuidador
referir que o comportamento de oposição é particularmente problemático, então guie-se
pelo comportamento de oposição no que diz respeito à frequência e à gravidade da agi-
tação. Se houver dois comportamentos muito problemáticos, use a frequência e a gravida-
de de ambos os comportamentos para pontuar o item. Por exemplo, se o paciente tem
dois, ou mais, tipos de delírio, use a gravidade e a frequência de todos os comportamentos
delirantes para formular as perguntas referentes à gravidade e à frequência.

Pode acontecer que, nalguns casos, o cuidador responda de forma positiva à pergunta de
“screening”, e de forma negativa a todas as perguntas subsequentes. Se isso acontecer, peça
ao cuidador para explicitar o motivo que o levou a responder de forma afirmativa. Se a
informação fornecida for relevante no domínio do comportamento, mas em termos diferen-
tes, o comportamento deve ser pontuado como habitualmente, em relação à gravidade e à
frequência. Se a resposta afirmativa original era errónea, comprometendo qualquer pergunta
subsequente (“subpergunta”), então substitui-se por “NÂO” na pergunta de “screening”.

77
Algumas secções, tais como as referentes ao apetite, foram concebidas de forma a registar aumen-
tos ou diminuições de intensidade do comportamento (aumento, ou diminuição da intensidade
do apetite, ou do peso). Se o cuidador responder “sim” à primeira das duas perguntas (houve
diminuição do peso do doente?), não coloque a segunda pergunta ( houve aumento do peso do
doente?), uma vez que a resposta à segunda pergunta está contida na resposta à primeira. Se o
cuidador responder “não” à primeira das duas perguntas, então deve colocar a segunda pergunta.

D. Determinação da frequência
Para determinar a frequência, diga à pessoa que está a ser entrevistada: “Agora desejo saber
quantas vezes acontecem estes episódios [defina de acordo com a descrição dos com-
portamentos que, nas “subperguntas”, eles destacaram como sendo mais problemáticos].
Acha que eles acontecem menos do que uma vez por semana, cerca de uma vez por se-
mana, várias vezes por semana, mas não todos os dias, ou todos os dias?”. Determinados
comportamentos, tais como a apatia, acabam por estar continuamente presentes, e nesses
caso pode-se substituir “estão constantemente presentes” por “todos os dias”.

E. Determinação da gravidade
Para determinar a gravidade, diga à pessoa que está a ser entrevistada: “Agora desejo saber qual a
gravidade desses comportamentos. Quando digo gravidade, quero dizer em que medida é que
isso perturba o doente. Acha que [esses comportamentos] são ligeiros, moderados, ou severos?”.
Em cada secção são fornecidas descrições complementares que podem ser usadas para ajudar o
entrevistador a clarificar cada um dos graus de gravidade. Assegure-se, em cada caso, de que o
cuidador lhe dá a resposta definitiva, relativamente à frequência e à gravidade dos comportamen-
tos. Não adivinhe aquilo que pensa que o cuidador teria dito com base na sua discussão. Achámos
que é útil dar ao cuidador uma folha de papel onde se encontra descrito o que é frequência, e o
que é gravidade (menos do que uma vez por semana, cerca de uma vez por semana, várias vezes
por semana, e diária, ou continuamente em relação à frequência; e ligeiro, moderado e severo em
ralação à gravidade), para que eles possam visualizar as respostas alternativas. Isto também poupa
ao entrevistador ter que estar sempre a repetir as hipóteses alternativas a cada questão.

F. Designações não aplicáveis


Nos doentes muito alterados, ou nos doentes com situações médicas especiais, pode não ser
aplicável uma série de perguntas. Por exemplo: os pacientes acamados podem ter alucinações
ou agitação, mas não exibir comportamento aberrante. Se o clínico ou o cuidador acha que
as perguntas não são apropriadas, deve assinalar-se a secção com NA (no canto superior
direito de cada secção), não se registando mais dados nessa secção. Da mesma forma, se o
clínico sente que as respostas não são válidas (p. ex.: o cuidador parece não compreender,
em particular, uma série de perguntas que lhe são colocadas), assinala-se isso com NA.

G. Alterações neurovegetativas
Os items 11 (sono), e 12 (apetite), foram adicionados posteriormente à publicação original do INP
(Cummings et al, 1994). Foram incluídos por serem áreas problemáticas comuns à doença de
Alzheimer e a outras demências. Formam parte do síndroma depressivo nalguns pacientes, e
foram especificamente excluídos da subescala de disforia no INP, de forma a permitir que essa
subescala foque os sintomas do humor. Estes dois sintomas não se encontram habitualmente
incluídos na pontuação total do INP, e podem não se encontrar incluídos em todos os protocolos.

78
H. Desgaste do acompanhante (D-INP)
Quando todas as áreas se encontram completadas, e o cuidador terminou também o preenchi-
mento da frequência e da gravidade, pode querer saber qual o desgaste sentido pelo cuidador,
caso o seu protocolo inclua a avaliação do desgaste. Para isso, pergunte ao cuidador qual foi o
desgaste, “emocional ou psicológico”, se é que ele existiu, que o comportamento acabado de
discutir produziu na pessoa prestadora dos cuidados permanentes ao paciente. Esta pessoa po-
de avaliar o seu próprio desgaste numa escala de cinco pontos, em que 0= ausência de desgas-
te, 1= mínimo; 2= ligeiro; 3= moderado; 4= moderadamente grave; 5= muito grave, ou ex-
tremamente grave. A escala de desgaste, deste instrumento, foi concebida por Daniel Kaufer, M.D.

III. Pontuar o INP


A frequência é pontuada da seguinte forma:
1 – ocasionalmente – menos do que uma vez por semana
2 – muitas vezes – cerca de uma vez por semana
3 – frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que diariamente
4 – muito frequentemente – diária, ou essencial e continuamente presente
A gravidade é pontuada da seguinte forma:
1 – ligeira – provoca pouca perturbação no paciente
2 – moderada – mais perturbador para o paciente, mas podendo ser reorientada pelo cuidador
3 – severa – muito perturbador para o paciente, e difícil de reorientar
A pontuação para cada secção é: pontuação de secção= frequência x gravidade.

O desgaste é pontuado como:


0 – ausência de desgaste
1 – mínimo
2 – ligeiro
3 – moderado
4 – moderadamente severo
5 – muito severo, ou extremo.

Daí que para cada sector comportamental haja quatro categorias a pontuar:
• Frequência
• Gravidade
• Total (frequência x gravidade)
• Desgaste no cuidador

A pontuação total do INP pode ser calculada pela soma dos pontos das 10 primeiras sec-
ções. Na maioria dos casos os 2 items neurovegetativos não se encontram incluídos na pon-
tuação total do INP. Caso eles estejam incluídos deve-se especificar que é a pontuação dos
12 items que se está a utilizar, em vez da dos 10. O desgaste do cuidador não é incluído
na pontuação total; será calculado aparte.

IV. INP-Lar
Foi criada uma versão do INP para lares (INP-Lar), a ser aplicada a cuidadores profissionais em
ambiente institucional. O seu conteúdo é semelhante ao do INP original; as perguntas foram re-

79
formuladas de modo a reflectir o facto de que o cuidador profissional não conheceu o pacien-
te antes do início da doença, pelo que desconhece se o comportamento actual é represen-
tativo de alterações relativamente ao comportamento pre-mórbido. As perguntas referentes ao
desgaste do cuidador foram revistas de forma a avaliar o estado de “ruptura ocupacional” cau-
sado pelo comportamento. O INP-Lar pode ser obtido através do “UCLA Alzheimer’s Disease
Center, Reed Neurological Research Center, 710 Westwood Plaza, Los Angeles, California, 90095-
1769. O custo de uma video-cassette para treino do INP-Lar é de US $ 25,-

V. Video-cassette de treino
As video-cassettes para aprendizagem do INP, e do INP-Lar, podem ser pedidas ao “UCLA
Alzheimer’s Disease Center, Reed Neurological Research Center, 710 Westwood Plaza, Los
Angeles, California, 90095-1769. O custo de uma video-cassette para treino do INP-Lar é de US
$ 25,- (sujeito a alteração). Recomenda-se vivamente o uso de cassettes video para treinar os
utilizadores e uniformizar a aplicação, caso se pretenda utilizar os instrumentos em investigação.

VI. Tradução
O INP encontra-se disponível em várias línguas (inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, bra-
sileiro, português, holandês, grego, norueguês, japonês, chinês, tailandês e hebreu), e estão
em curso mais traduções. Contacte, por favor, o Dr. Cummings no endereço abaixo indicado
(secção VIII) para informação sobre a disponibilidade destas traduções. Todas as traduções
passaram por um processo de tradução e retroversão por um cientista clínico bilingue, cuja
língua materna é a da tradução. O tradutor encontra-se identificado para fins de correspon-
dência, sempre que se fornece a tradução.

VII. Versão electrónica do INP


O INP e o INP-Lar podem ser obtidos em “diskette” (não existe versão electrónica para pon-
tuação, ou para administração) para MacIntosh. Pode solicitar a “diskette” ao Dr. Cummings,
para o endereço abaixo indicado (secção VIII).

VIII. Direitos de autor e utilização do INP


O INP, o INP-Lar, e todas as traduções e variantes, estão protegidas por direitos de autor,
inteiramente reservados a Jeffrey L. Cummings. O INP e o INP-Lar encontram-se disponíveis,
livres de encargos, para toda a investigação não comercial, e para fins clínicos. O uso do INP
e do INP-Lar para fins comerciais (ensaios clínicos, despistes para projectos comerciais,
administração com fins lucrativos, por prestadores de cuidados de saúde, etc) está sujeita
a pagamento, e o uso do instrumento tem que ser negociado com o Dr. Cummings, na
“UCLA Alzheimer’s Disease Center, Reed Neurological Research Center, 710 Westwood Plaza,
Los Angeles, California, USA 90095-1769 (tel. 310/206-5238; fax: 310/206-5287; e-mail
cummings@ucla .edu).
De todos os artigos e abstracts publicados, que utilizem o INP, ou o INP-Lar, deve ser enviada
uma cópia ao Dr. Cummings, para que constem da bibliografia.

Referências

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A. Delírios (NA)
O paciente acredita em coisas que não existem, ou não se estão a passar? Por exemplo, in-
siste em que alguém está a tentar fazer-lhe mal, ou a roubá-lo? Afirma que os seus familiares
não são quem dizem ser, ou que a casa onde mora não é a deles? Não me refiro só à des-
confiança; o que eu pretendo saber é se o paciente está convencido de que essas coisas
lhe estão a acontecer a ele (ou ela).
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O(a) paciente acredita que corre perigo - que os outros estão a planear
uma agressão contra ele (ela)?
2. O paciente acredita que está a ser roubado?
3. O paciente acredita que está a ser traído pelo cônjuge?
4. O paciente acredita que tem pessoas indesejadas a viver em sua casa?
5. O paciente acredita que o seu cônjuge, ou outros não são quem alegam
ser?
6. O paciente acredita que a sua casa não é o seu lar?
7. O paciente acredita que os seus familiares planeiam abandoná-lo?
8. O paciente acredita que personagens da televisão, ou das revistas, estão
presentemente em sua casa?
9. O paciente acredita noutras coisas invulgares que eu não tenha mencio-
nado?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade dos delírios.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia.
Gravidade: 1. Ligeira – delírios presentes, mas aparentemente inofensivos, perturbando
pouco o paciente.
2. Moderada – delírios perturbadores e descompensadores.
3. Acentuada – delírios fortemente descompensadores e fonte de grande alte-
ração do comportamento [a prescrição de medicamentos neurolépticos
significa que os delírios assumem uma gravidade acentuada]
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

81
B. Alucinações (NA)
O paciente tem alucinações, tais como falsas visões ou vozes? Parece ver, ouvir ou sentir
coisas que não estão presentes? Com esta pergunta não nos estamos a referir só a falsas
crenças, como a de afirmar que alguém que faleceu ainda está vivo. O que nós queremos
de facto saber é, se ele tem realmente percepções anormais de sons, ou visões.
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente diz que ouve vozes, ou reage como se ouvisse vozes?
2. O paciente conversa com pessoas que não se encontram ali?
3. O paciente descreve coisas que afirma ver, e que não são vistas pelos
outros, ou comporta-se como se visse coisas que os outros não veem
(pessoas, animais, luzes, etc)?
4. O paciente refere sentir cheiros não sentidos pelos outros?
5. O paciente refere sentir coisas na sua pele, ou aparenta estar a sentir
coisas a rastejar na pele, ou a tocá-lo?
6. O paciente descreve sabores sem justificação para tal?
7. O paciente descreve outras experiências sensoriais invulgares?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade das alucinações.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia.
Gravidade: 1. Ligeira – alucinações presentes, mas inofensivas, perturbando pouco o
paciente.
2. Moderada – alucinações perturbadoras e causadoras de descompensação
no paciente.
3. Acentuada – alucinações fortemente descompensadoras e fonte de grande
alteração do comportamento. Pode ser necessário o recurso a neurolépticos.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

82
C. Agitação/Agressão (NA)
O paciente tem períodos em que se recusa a colaborar, ou não deixa que os outros o aju-
dem? É difícil de se lidar com ele?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente fica zangado com quem tenta tratar dele, ou opõe resistência
por ex. a tomar banho, ou a mudar de roupa?
2. O paciente é teimoso, e só faz as coisas como ele quer?
3. O paciente não colabora e rejeita a ajuda de terceiros?
4. O paciente apresenta algum outro comportamento que faça com que
seja difícil lidar com ele?
5. O paciente grita, ou pragueja zangado?
6. O paciente bate com as portas, atira com os móveis, deita fora coisas?
7. O paciente faz menção de magoar ou bater noutras pessoas?
8. O paciente apresenta qualquer outro comportamento agressivo ou alterado?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade da agitação.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia.
Gravidade: 1. Ligeira – comportamento descontrolado, mas susceptível de intervenção
por reconversão e tranquilização.
2. Moderada – comportamento descompensado e difícil de reconverter ou
controlar.
3. Acentuada – agitação muito descompensadora e fonte importante de difi-
culdade; risco de danos pessoais.
O recurso a medicamentos é muitas vezes necessário.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

83
D. Depressão/Disforia (NA)
O paciente parece triste, ou deprimido? Diz que se sente triste, ou deprimido?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente tem períodos de choro ou de lamentações indicadores de
tristeza?
2. O paciente fala ou comporta-se como se estivesse triste ou desanimado?
3. O paciente desvaloriza-se, ou diz que se sente um falhado?
4. O paciente diz que é uma pessoa má, ou que merece ser castigado?
5. O paciente parece muito desanimado, ou refere não ter futuro?
6. O paciente considera-se um fardo para a família, ou acha que a família
passaria melhor se se visse livre dele?
7. O paciente manifesta desejo de morrer, ou fala em se matar?
8. O paciente revela algum outro sinal de depressão, ou de tristeza?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade da depressão.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia.
Gravidade: 1. Ligeira – a depressão causa perturbação, mas responde geralmente à recon-
dução ou tranquilização.
2. Moderada – a depressão causa perturbação; os sintomas depressivos são
espontaneamente verbalizados pelo paciente e difíceis de atenuar.
3. Acentuada – a depressão é muito perturbadora, e uma fonte importante de
sofrimento para o paciente.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

84
E. Ansiedade (NA)
O paciente anda muito nervoso, preocupado, ou assustado, sem razão aparente? Parece
muito tenso ou inquieto? Receia ser separado de si?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente diz que anda preocupado acerca de acontecimentos pla-
neados?
2. O paciente tem períodos em que se sente trémulo, incapaz de relaxar, ou
excessivamente tenso?
3. O paciente tem períodos [ou queixas] de falta de ar, em que se engasga,
ou tem soluços sem outra razão aparente a não ser o nervosismo?
4. O paciente queixa-se de sensação de “desconforto na barriga”, ou de
palpitações ou aceleração no coração, associados ao nervosismo?
[não sendo os sintomas explicáveis por saú de precária]?
5. O paciente evita certos locais ou situações que o põem mais nervoso,
tais como andar de carro, encontrar-se com amigos, ou estar no meio
de multidões?
6. O paciente fica nervoso e zangado quando está longe de si (ou da
pessoa que cuida dele)? (Agarra-se a si, para não ser separado)?
7. O paciente denota quaisquer outros sinais de ansiedade?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade da ansiedade.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia.
Gravidade: 1. Ligeira – a ansiedade causa perturbação, mas responde geralmente à recon-
dução ou tranquilização.
2. Moderada – a ansiedade causa perturbação; os sintomas ansiosos são
espontaneamente verbalizados pelo paciente e difíceis de atenuar.
3. Acentuada – a ansiedade é muito perturbadora, e uma fonte importante de
sofrimento para o paciente.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

85
F. Elação/Euforia (NA)
O paciente parece muito animado, ou feliz, sem razão aparente? Não me refiro à alegria
normal, por encontrar amigos, receber prendas, ou estar com a família. O que eu pretendo
saber, é se paciente denota um bom-humor persistente e anormal, ou se acha graça a coisas
que não têm piada para os outros?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente aparenta sentir-se bem demais, ou estar demasiado feliz,
diferente do que lhe é habitual?
2. O paciente acha graça e ri de coisas a que os outros não acham graça?
3. O paciente parece ter um sentido de humor infantil, com tendência para
troçar ou se rir despropositadamente, como quando algo desagradável
acontece aos outros)?
4. O paciente conta piadas, ou faz comentários, a que os outros acham
pouca piada, mas que têm muita graça para ele?
5. O paciente faz partidas, tais como beliscar os outros ou jogar às escon-
didas, só para se divertir?
6. O paciente costuma “gabar-se”, ou achar-se com mais talentos ou bens
do que tem na realidade?
7. O paciente denota quaisquer outros sinais de sensação de bem estar, ou
de se sentir demasiado feliz?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade da elação.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia.
Gravidade: 1. Ligeira – a elação é notada pelos amigos e pela família, mas não é causadora
de perturbação.
2. Moderada – a elação é nitidamente anormal.
3. Acentuada – a elação é muito marcada; o paciente anda eufórico, achando
graça a quase tudo.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

86
G. Apatia/Indiferença (NA)
O paciente perdeu o interesse no mundo que o rodeia? Perdeu o interesse em fazer coisas,
ou falta-lhe a motivação para começar novas actividades? Conversa menos, e tem sido mais
difícil interessá-lo em fazer coisas? Anda apático ou indiferente?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente parece menos espontâneo e menos activo do que habitual-
mente?
2. O paciente tem tido menos interesse em começar uma conversa?
3. O paciente está menos carinhoso e emotivo do que o habitual?
4. O paciente ajuda menos nas tarefas domésticas?
5. O paciente parece menos interessado nas tarefas e nos planos dos outros?
6. O paciente perdeu o interesse pelos amigos e pela família?
7. O paciente anda menos entusiasmado relativamente aos seus interesses
habituais?
8. O paciente revela algum outro sinal de que não se interessa por fazer
coisas novas?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade da apatia.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia.
Gravidade: 1. Ligeira – a apatia é notória mas causa pouca perturbação nas tarefas diárias;
só ligeiramente diferente do comportamento habitual do paciente. O pa-
ciente reage às sugestões para participar em novas actividades.
2. Moderada – a apatia é muito evidente, pode ser ultrapassada com a ajuda
da pessoa que o trata; responde espontaneamente só a acontecimentos
mais significativos, como visitas de familiares mais queridos.
3. Acentuada – a apatia é muito evidente, e deixa geralmente de responder
a qualquer incentivo, ou episódio externo.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

87
H. Desinibição (NA)
O paciente parece agir por impulsos, sem reflectir? Tem feito, ou dito coisas que habitual-
mente não se fazem, ou dizem em público? Faz coisas que são embaraçadoras para si, ou
para outros?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente age de forma impulsiva, sem medir as consequências?
2. O paciente fala com estranhos, como se os conhecesse?
3. O paciente diz coisas às pessoas, que são desagradáveis ou ferem a sua
sensibilidade?
4. O paciente diz frases grosseiras, ou faz comentários sexuais, que normal-
mente não faria?
5. O paciente fala abertamente sobre assuntos muito pessoais ou particulares,
que habitualmente não abordaria em público?
6. O paciente toma liberdades, ou toca, ou abraça outros, de uma forma
que não é habitual para o seu feitio?
7. O paciente exibe quaisquer outros sinais de perda de controlo dos seus
impulsos?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade da desinibição.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – praticamente sempre presente.
Gravidade: 1. Ligeira – a desinibição é notória, mas cede geralmente à recondução e orien-
tação.
2. Moderada – a desinibição é muito evidente e difícil de controlar pelo cui-
dador.
3. Acentuada – a desinibição não responde, em regra, a qualquer intervenção
pelo cuidador, e é fonte de embaraço, ou de perturbação social.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

88
I. Irritabilidade/Labilidade (NA)
O paciente fica irritado e perturba-se com facilidade? O seu humor varia muito? Anda anor-
malmente impaciente? Não nos referimos à frustração pela perda de memória, nem à incapa-
cidade em executar as tarefas habituais; queremos saber se o paciente tem andado anormal-
mente irritado, impaciente, ou com oscilações do humor diferentes do que lhe é habitual.
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente anda mal humorado, “descontrolando-se” facilmente com
pequenas coisas?
2. O paciente tem mudanças bruscas de humor: tão depressa está bem,
como fica zangado no minuto seguinte.
3. O paciente tem súbitos rasgos de fúria?
4. O paciente anda sem calma, com dificuldade em aceitar atrasos ou es-
peras de actividades planeadas?
5. O paciente anda mal disposto e irritável?
6. O paciente discute, e é difícil lidar com ele?
7. O paciente exibe outros sinais de irritabilidade?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade da irritabilidade.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – praticamente sempre presente.
Gravidade: 1. Ligeira – a irritabilidade ou labilidade são notórias, mas cedem geralmente à
recondução e tranquilização.
2. Moderada – a irritabilidade ou labilidade são muito evidentes e difíceis de
controlar pelo cuidador.
3. Acentuada – a irritabilidade e a labilidade são muito evidentes; falham geral-
mente na resposta a qualquer intervenção pelo cuidador, e são uma fonte
grande de perturbação
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

89
J. Comportamento motor aberrante (NA)
O paciente deambula, e volta a fazer muitas vezes as mesmas coisas, tais como abrir armá-
rios ou gavetas, ou mexe e remexe em coisas à sua volta, ou fica a enrolar fios e cordas?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente deambula pela casa, sem qualquer finalidade?
2. O paciente anda a vasculhar gavetas e armários?
3. O paciente veste-se e despe-se repetidamente?
4. O paciente passa a vida a repetir-se nas mesmas coisas, ou nos mesmos
hábitos?
5. O paciente entrega-se a actividades repetidas, tais como mexer em botões,
apanhar coisas, enrolar fios, etc?
6. O paciente mexe-se excessivamente, parece incapaz de permanecer
sentado em sossego, bate com os pés e tamborila com os dedos das
mãos?
7. O paciente tem quaisquer outras actividades que execute repetidamente?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade do comportamento motor aberrante.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – praticamente sempre presente.
Gravidade: 1. Ligeira – a actividade motora anormal é notória mas interfere pouco nas ac-
tividades diárias.
2. Moderada – a actividade motora anormal é muito evidente, podendo ser
controlada pelo cuidador.
3. Acentuada – a actividade motora anormal é muito evidente, falha, geralmen-
te, na resposta a qualquer intervenção pelo cuidador, e é uma fonte grande
de perturbação.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

90
L. Sono (NA)
O paciente tem tido dificuldade em dormir (não é de considerar, no caso do paciente se
levantar apenas uma, ou duas vezes por noite só para ir à casa-de-banho, voltando logo a
adormecer)? Passa a noite a pé? Deambula durante a noite, veste-se, ou perturba o seu
sono?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente tem dificuldade em adormecer?
2. O paciente levanta-se durante a noite ( não considere caso o paciente se
levante uma, ou duas vezes por noite só para ir à casa-de-banho)?
3. Durante a noite o paciente deambula, ou põe-se a fazer coisas que não
vêm a propósito?
4. O paciente acorda-o durante a noite?
5. O paciente acorda durante a noite, veste-se e prepara-se para sair, pensan-
do que já é de manhã, e que está na hora de começar o dia?
6. O paciente acorda cedo demais de manhã (mais cedo do que lhe era
habitual)?
7. O paciente dorme excessivamente durante o dia?
8. O paciente apresenta qualquer outro comportamento nocturno que o in-
comoda e que não tenha sido referido?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade das perturbações do sono.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia (todas as noites).
Gravidade: 1. Ligeira – existem comportamentos nocturnos, mas não particularmente per-
turbadores.
2. Moderada – existem comportamentos nocturnos (pode haver mais do que
um tipo de comportamento nocturno), que perturbam o paciente e o sono
do cuidador.
3. Acentuada – existem comportamentos nocturnos (podem haver vários); o
paciente fica muito perturbado durante a noite, e o sono do cuidador é
muito afectado.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo
91
M. Apetite e perturbações da alimentação (NA)
Tem havido alterações do apetite, do peso, ou mudança de hábitos (não considere, caso
o paciente se encontre incapacitado, ou tenha que ser alimentado)? Houve alguma altera-
ção nos hábitos alimentares?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. Houve perda de apetite?
2. Houve aumento de apetite?
3. O paciente perdeu peso?
4. O paciente aumentou de peso?
5. Houve alguma alteração no comportamento alimentar, tal como colocar de-
masiada comida na boca duma só vez?
6. Houve alguma modificação em relação às preferências alimentares, como
comer demasiados doces, ou outros tipos específicos de alimentos?
7. Desenvolveu comportamentos alimentares, tais como comer exactamente
o mesmo tipo de alimentos todos os dias, ou ingerir os alimentos exacta-
mente na mesma ordem?
8. Houve quaisquer outras alterações no apetite, ou na alimentação, que eu
não tenha indagado?

Se tiver respondido afirmativamente à pergunta de “screening”, determine a frequência e a


gravidade das perturbações da alimentação.
Frequência: 1. Ocasionalmente – menos do que uma vez por semana.
2. Muitas vezes – cerca de uma vez por semana.
3. Frequentemente – várias vezes por semana, mas menos do que todos os dias.
4. Muito frequentemente – uma ou mais vezes por dia ou continuamente.
Gravidade: 1. Ligeira – existem alterações no apetite, ou na alimentação, mas que não pro-
vocam alterações no peso, nem causam perturbação.
2. Moderada – existem alterações no apetite, ou na alimentação, causadoras
de flutuações mínimas no peso.
3. Acentuada – existem comportamentos óbvios no apetite, ou na alimenta-
ção, causadores de flutuações no peso, que são perturbantes duma forma
ou doutra.
Desgaste: Qual é o desgaste emocional que este comportamento lhe causa a si?
0. Nenhum
1. Mínimo
2. Ligeiro
3. Moderado
4. Acentuado
5. Muito acentuado, ou extremo

92
ESCALA DE DEMÊNCIA DE BLESSED

TRADUÇÃO:
Carlos Garcia, 1984
mendonca@fm.ul.pt ou mguerreiro@netcabo.pt
ESCALA DE DEMÊNCIA DE BLESSED
Blessed G, Tomlinson BE, Roth M, 1968. The association between quantitative
measures of dementia and of senile change in the cerebral grey matter of elderly subjects.
British Journal of Psychiatry 114: 797-811

A PREENCHER COM UM ACOMPANHANTE


(Pontuação máxima = 28)

A. Vida quotidiana
Classificação: Ausência de defeito = 0; Presença de defeito = 1; Presença inconsistente = 0.5)
1. Incapacidade de realizar tarefas caseiras
(cozinhar, tratar da roupa, fazer limpezas, jardinar, fazer arranjos em casa, cuidar do carro..)

2. Incapacidade para lidar com pequenas importâncias de dinheiro


(no café, pequenas compras, conferir trocos......)

3. Incapacidade para recordar pequenas listas


(compras, números de telefones......)

4. Tendência a desorientar-se na sua própria casa


(quer ir para a sala e entra na cozinha, fica parado a procurar a divisão da casa para onde quer ir.....)

5. Tendência a desorientar-se em ruas familiares


(quer ir a uma loja e dirige-se para o lado oposto, tem dificuldade em retomar o percurso cor-
recto para casa...)

6. Incapacidade para interpretar correctamente o ambiente


(reconhecer se está num hospital, se está numa agência bancária........)

7. Incapacidade para recordar acontecimentos recentes


(passeios, saídas, visitas....)

8. Tendência a rememorar o passado


(fala mais de acontecimentos passados do que do presente, recorda factos da sua infância de
uma maneira que não era habitual ..........)

B. Mudança de hábitos
Classificação: a indicada em cada item (0, 1, 2, 3)
9. Comer
– Asseadamente, com os talheres adequados
(sem alterações) (0)
– Come sem asseio e só com a colher
(come com a mão, usa talheres ao acaso....) (2)
– Come só sólidos
(biscoitos, pão....) (2)
– Tem que ser alimentado (3)

94
10. Vertir
– Sem ajuda
(sem alterações) (0)
– Apresenta alguma dificuldade
(Abotoa botões fora do sítio, esquece ocasionalmente peças de vestuário.....). (1)
– Peças de vestuário na sequência errada
(esquece com frequência peças de vestuário...) (2)
– Incapaz de se vestir (3)
11. Esfíncteres
– Controlo completo
(sem alterações) (0)
– Urina na cama
(ocasionalmente) (1)
– Urina na cama
(com frequência) (2)
– Incontinência de fezes e urina (3)

C. Alterações na Personalidade, nos interesses, no entusiasmo;


Classificação: Ausência de defeito = 0; Presença = 1)
12. Flexibilidade diminuída
(rigidez mental - comportamento infantil - quando lhe dizem, por exemplo,
que hoje tem de ir ao médico, não descansa enquanto não sai de casa
e pergunta consecutivamente “então não vamos?”...) (1)
13. Egocentrismo aumentado
(comportamento infantil - tem comportamentos de chamada de atenção sobre si;
amealha tudo, não quer dar nada.....) (1)
14. Diminuição da atenção pelos sentimentos dos outros
(Diz coisas ofensivas,ou que magoam os outros sem se preocupar nada com isso, .....) (1)
15. Aplanamento dos afectos
(durante o dia está sempre com o mesmo humor, não mostra reacção
diferente perante acontecimentos tristes ou alegres,.....) (1)
16. Diminuição do controlo emocional
(irritabilidade exacerbada) (1)
17. Hilariedade em situações inapropriadas
(ri, sem motivo que o justifique) (1)
18. Embotamento das respostas emocionais
(não mostra alegria se vê alguém de quem gostava, ....) (1)
19. Comportamento sexual bizarro
(comportamentos sexuais diferentes do seu habitual) (1)
20. Abondono dos interesses (“hobbies”)
(deixou de fazer renda, costura, ler, jogos,...) (1)
21. Diminuição da iniciativa
(apatia) (1)
22. Hiperactividade (sem finalidade)
(levanta-se e senta-se frequentemente, mexe e remexe gavetas, sem justificação, ......) (1)

TOTAL:

95
AVALIAÇÃO DA INCAPACIDADE FUNCIONAL
NA DEMÊNCIA
DISABILITY ASSESSMENT FOR DEMENTIA SCALE (DAD)

Gelinas I, Gauthier L, McIntyre M, Gauthier S. 1999. Developement of a functional measure for


persons with Alzheimer’s Disease: The Disability Assessment for Dementia.
American Journal of Occupational Therapy–53: 471-481

TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS E ORGANIZAÇÃO:


Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
Isabel Santana, Olívia Leitão
isabelsantana@huc.min-saude.pt, oliviarobustoleitao@mail.telepac.pt
AVALIAÇÃO DA INCAPACIDADE FUNCIONAL
NA DEMÊNCIA (IFD)
DISABILITY ASSESSMENT FOR DEMENTIA SCALE (DAD)

Nome: N.º de processo:


Data: MMS: GDS: IFD:
Pessoa entrevistada: Parentesco ou equival:
Indicar qualquer alteração do sistema motor ou sensorial:

Examinador: Duração:

Ao longo das duas últimas semanas, o(a) doente

Planeamento e
organização

Eficácia de
execução
não precisou que o(a) ajudassem, ou lembrassem,

Iniciativa
nas seguintes actividades/tarefas:

COTAÇÃO: SIM = 1 NÃO = 0 N/A = Não aplicável

HIGIENE
Lavar-se, ou tomar banho/duche
Lavar os dentes, ou tratar da sua prótese dentária
Tratar do seu cabelo (lavar e pentear)
Preparou a água, as toalhas, o sabonete para se lavar, ou tomar banho/duche
Lavou e limpou bem o corpo todo em segurança
Lavou os dentes, ou tratou da sua prótese dentária adequadamente
Tratou do seu cabelo (lavou-o e penteou-o)
VESTIR
Vestir-se
Escolheu as roupas apropriadas
(consoante a ocasião, o tempo, o estado de limpeza e a combinação das cores)

Vestiu-se pela ordem correcta (roupa interior, vestido/calças, sapatos)


Vestir-se na totalidade
Despir-se na totalidade
CONTROLO DE ESFINCTERES
Utilizar a casa-de-banho no momento certo
Utilizou a casa-de-banho sem “acidentes”
ALIMENTAÇÃO
Achar que tinha necessidade de comer
Escolheu adequadamente os utensílios e condimentos ao alimentar-se
Tomou as suas refeições a um ritmo normal e de forma adequada

98
PREPARAÇÃO DA REFEIÇÃO
Decidir que tinha necessidade de confeccionar uma refeição ligeira para si próprio
Planeou adequadamente uma refeição ligeira (ingredientes, utensílios de cozinha)
Preparou ou confeccionou uma refeição ligeira nas normas de segurança
UTILIZAÇÃO DO TELEFONE
Resolver telefonar a alguém numa altura adequada
Encontrou e marcou correctamente um número de telefone
Manteve e terminou de forma adequada uma conversação telefónica
Anotaou e transmitiu de forma adequada uma mensagem telefónica

Ao longo das duas últimas semanas, nome)

Planeamento e
organização

Eficácia de
execução
, não precisou que o(a)

Iniciativa
ajudassem, ou lembrassem, nas seguintes actividades/tarefas:

COTAÇÃO: SIM = 1 NÃO = 0 N/A = Não aplicável

SAÍR À RUA
Resolveu saír para o exterior (passeio, visita, compras), numa altura apropriada
Preparar uma saída de forma adequada, prevendo o transporte, as chaves, o destino,
as condições do tempo, o dinheiro necessário e a lista de compras
Saír e dirigir-se a um local conhecido, sem se perder
Utilizar de forma segura o transporte adequado (automóvel, autocarro, táxi)
Regressar com as compras certas
FINANÇAS E CORRESPONDÊNCIA
Revelar interesse pelos seus assuntos pessoais, tais como as finanças ou a correspondência
Organizar as suas finanças para fazer os pagamentos (cheques, caderneta bancária, ecibos)
Organizar a sua correspondência adequadamente,
como por ex.: o papel de carta, os endereços, os selos

Lidar de forma adequada com o seu dinheiro (fazer trocos)


MEDICAÇÃO
Tomar os medicamentos na altura correcta
Tomar os medicamentos tal como prescrito (na dose indicada)
LAZER E TRABALHO DOMÉSTICO
Mostrar interesse por actividade(s) de lazer
Mostrar interesse pelos trabalhos domésticos que costumava realizar antes
Planear e organizar de forma adequada as tarefas domésticas que costumava realizar antes
Completar de forma adequada as tarefas domésticas que costumava realizar antes
Ficar só em casa, sem perigo, quando necessário

Comentários:
SUB-TOTAL/# items aplicáveis / / /
TOTAL DA IFD/# items aplicáveis / / /
TOTAL DA IFD em percentagem
Copyright © 1994 por L. Gauthier & I. Gélinas

99
ENTREVISTA DE ZARIT DE SOBRECARGA DO
CUIDADOR
ZARIT BURDEN INTERVIEW

VERSÃO AUTORIZADA PARA PORTUGAL:


(M.G.Pereira & M.Sobral, 2006). Esta versão encontra-se em validação.
Para contacto: Manuel Gonçalves Pereira
(Departamento de Saúde Mental,Faculdade de Ciências Médicas
U. N. Lisboa; Tel. 218803000)
gpereira.sm@fcm.unl.pt
ENTREVISTA DE ZARIT DE SOBRECARGA DO CUIDADOR
ZARIT BURDEN INTERVIEW
Zarit, Orr & Zarit, 1985

Instruções:
Segue-se uma lista de perguntas em relação com sentimentos ou ideias que as pessoas têm,
por vezes, quando cuidam de um familiar doente. Por favor assinale, para cada pergunta, a
resposta que melhor indica a frequência com que se sente dessa forma ou tem esses pen-
samentos (“nunca”, “raramente”, “algumas vezes”, “bastantes vezes”, “quase sempre”, etc.).
Não existem respostas certas ou erradas, só interessa o que melhor se aplica a si próprio(a).
Muito obrigado.

1. Acha que o seu familiar pede mais ajuda do que ele(ela) realmente precisa?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

2. Acha que não tem tempo suficiente para si próprio(a), devido ao tempo que tem
de dedicar ao seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

3. Sente-se em "stress" por ter de se dividir entre o cuidar do seu familiar e as suas
outras responsabilidades (trabalho/família)?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

4. Sente-se envergonhado(a) com o comportamento do seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

5. Sente-se irritado(a) quando está com o seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

6. Acha que o seu familiar está presentemente a afectar, de forma negativa, a sua rela-
ção com outros membros da família ou com os seus amigos?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

7. Tem medo do que o futuro pode reservar ao seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

8. Acha que o seu familiar está dependente de si?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

102
9. Sente-se em tensão quando está com o seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

10. Acha que a sua saúde se tem ressentido por causa do seu envolvimento com o seu
familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

11. Acha que não tem tanta privacidade quanto desejaria, por ter de cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

12. Acha que a sua vida social se tem ressentido por estar a cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

13. Sente-se desconfortável quando recebe visitas dos amigos, por causa do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

14. Acha que o seu familiar espera que cuide dele como se fosse a única pessoa com
quem ele pode contar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

15. Acha que não tem dinheiro suficiente para cuidar do seu familiar, tendo em conta
todas as suas outras despesas?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

16. Acha que já não será capaz de continuar a cuidar do seu familiar por muito mais tempo?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

17. Sente que perdeu o controlo sobre a sua vida desde que a doença do seu familiar apareceu?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

18. Deseja que pudesse ser uma outra pessoa a cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

19. Sente-se indeciso(a) quanto ao que fazer com o seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

20. Acha que devia estar a fazer mais pelo seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

21. Acha que podia cuidar melhor do seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

103
22. De uma maneira geral, de que forma se sente sobrecarregado(a) por estar a cuidar
do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

23. Acha que o seu familiar pede mais ajuda do que ele(ela) realmente precisa?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

24. Acha que não tem tempo suficiente para si próprio(a), devido ao tempo que tem
de dedicar ao seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

25. Sente-se em "stress" por ter de se dividir entre o cuidar do seu familiar e as suas
outras responsabilidades (trabalho/família)?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

26. Sente-se envergonhado(a) com o comportamento do seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

27. Sente-se irritado(a) quando está com o seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

28. Acha que o seu familiar está presentemente a afectar, de forma negativa, a sua
relação com outros membros da família ou com os seus amigos?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

29. Tem medo do que o futuro pode reservar ao seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

30. Acha que o seu familiar está dependente de si?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

31. Sente-se em tensão quando está com o seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

32. Acha que a sua saúde se tem ressentido por causa do seu envolvimento com o seu
familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

33. Acha que não tem tanta privacidade quanto desejaria, por ter de cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

104
34. Acha que a sua vida social se tem ressentido por estar a cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

35. Sente-se desconfortável quando recebe visitas dos amigos, por causa do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

36. Acha que o seu familiar espera que cuide dele como se fosse a única pessoa com quem
ele pode contar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

37. Acha que não tem dinheiro suficiente para cuidar do seu familiar, tendo em conta todas
as suas outras despesas?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

38. Acha que já não será capaz de continuar a cuidar do seu familiar por muito mais tempo?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

39. Sente que perdeu o controlo sobre a sua vida desde que a doença do seu familiar
apareceu?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

40. Deseja que pudesse ser uma outra pessoa a cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

41. Sente-se indeciso(a) quanto ao que fazer com o seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

42. Acha que devia estar a fazer mais pelo seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

43. Acha que podia cuidar melhor do seu familiar?


nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

44. De uma maneira geral, de que forma se sente sobrecarregado(a) por estar a cuidar
do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre

Cotação dos itens: nunca=1; raramente=2; algumas vezes=3; bastantes vezes=4;


quase sempre=5

105
ESCALA DE QUEIXAS DE MEMÓRIA
Subjective Memory Complaints – SMC

Schmand B, Jonker C, Hooijer C, Lindeboom J. 1996. Subjective


memory complaints may announce dementia. Neuroloy, 46, 121-125

ORGANIZAÇÃO:
Sandra Ginó, Manuela Guerreiro, Carlos Garcia,
Laboratório de Estudos de Linguagem – 2001
sandragino@gmail.com
ESCALA DE QUEIXAS DE MEMÓRIA
Subjective Memory Complaints – SMC
Schmand B, Jonker C, Hooijer C, Lindeboom J. 1996. Subjective memory complaints
may announce dementia. Neuroloy, 46, 121-125

SMC

1. Tem queixas acerca da sua memória?


0 – Não
1 – Sim, mas sem importância
2 – Sim, com alguma importância
3 – Sim, com problemas

2. Já lhe disseram que o(a) acham esquecido(a)?


0 – Não
1 – Sim, por vezes
2 – Sim, frequentemente

3. Esquece com frequência nomes de pessoas da família ou de amigos?


0 – Não
1 – Sim, mas sem importância
2 – Sim, com alguma importância
3 – Sim, com problemas

4. Esquece-se frequentemente onde põe as coisas?


0 – Não
1 – Sim, mas sem importância
2 – Sim, com alguma importância
3 – Sim, com problemas

5. Costuma tomar apontamentos para não se esquecer das coisas?


0 – Não
1 – Sim, por vezes
2 – sim, frequentemente

6. A conversar costuma ter dificuldades em encontrar as palavras?


0 – Não
1 – Sim

7. Já alguma vez se perdeu perto de sua casa?


0 – Não
1 – Sim

108
8. Acha que anda a pensar mais devagar do que antes?
0 – Não
1 – Sim
2 – Sim, com problemas

9. Sente que as suas ideias por vezes ficam confusas (baralhadas)?


0 – Não
1 – Sim
2 – Sim, com problemas

10. Tem tido dificuldades em concentrar-se?


0 – Não
1 – Sim
2 – Sim, com problemas

A pontuação da escala varia de 0 (ausência de queixa) a 1, 2 ou 3 pontos, conforme a


gravidade da queixa, podendo somar um máximo de 21 pontos.
Ponto de corte na população portuguesa: 3/4 (valor < 3: queixas sem relevância)

109
ESCALA DE ACTIVIDADES INSTRUMENTAIS
DE VIDA DIÁRIA (IADL)
ESCALA DE LAWTON E BRODY

TRADUÇÃO DE
ESCALA DE ACTIVIDADES INSTRUMENTAIS
DE VIDA DIÁRIA (AIVD)
Escala de Lawton e Brody
SLawton M.P; Brody E.M. Assessment of older people: self-maintaining and instrumental
activities of daily living. Gerontologist. 1969 Autumn;9(3):179-86

A escala deve ser administrada a um acompanhante.


Não aplicável: cotar 9 (não aplicável) quando a tarefa nunca foi feita na vida. Nos casos em
que a tarefa não é feita no presente por motivos aparentemente independentes da vontade
ou capacidade do sujeito (ex: o sujeito não tem telefone em casa ou nunca usa os trans-
portes públicos porque não precisa), o examinador deve formular a questão da seguinte
maneira: "suponha que o doente tinha que fazer um telefonema, usar um transporte público,
etc…., acha que seria capaz de o fazer?" e cotar de acordo com a resposta.

Instrumental Activities of Daily Living Scale (I.A.D.L.)


Tradução: LEL com alterações de acordo com o projecto LADIS
Nome:

Data da Observação: / / Observador:

A. Capacidade para usar o telefone


1. Usa o telefone por sua iniciativa, marca os números, etc. 1
2. Marca alguns números conhecidos 1
3. Atende o telefone, mas não marca 1
4. Não usa o telefone de todo 0
Não aplicável 9

B. Compras
1. Faz todas as compras independentemente 1
2. Só faz, independentemente, pequenas compras 0
3. Necessita ser apoiado para fazer pequenas compras 0
4. Completamente incapaz de ir às compras 0
Não aplicável 9

112
C. Cozinhar
1. Planeia, prepara e serve adequadamente as refeições,
de modo independente 1
2. Prepara as refeições adequadamente, se lhe forem dados os ingredientes 0
3. Aquece e serve refeições já preparadas ou prepara refeições,
mas não mantêm uma dieta adequada 0
4. Necessita que lhe preparem e sirvam as refeições 0
Não aplicável 9

D. Lida da casa
1. Cuida da casa sozinho ou com assistência ocasional
(ex.: ajuda para trabalhos domésticos mais pesados) 1
2. Faz trabalhos leves, como lavar a loiça e fazer as camas 1
3. Faz tarefas diárias leves, mas não pode manter um nível aceitável de limpeza 1
4. Necessita de ajuda em todas as tarefas domésticas 0
5. Não participa em qualquer actividade doméstica 0
Não aplicável 9

E. Tratamento da Roupa
1. Cuida completamente da lavagem da sua roupa 1
2. Lava pequenas peças (meias, cuecas, etc..) 0
3. Toda a lavagem de roupa é feita por outros 0
Não aplicável 9

F. Deslocações
1. Viaja independentemente em transportes públicos ou conduz
o seu próprio carro 1
2. Desloca-se de táxi, mas não usa transportes públicos 1
3. Viaja em transportes públicos quando acompanhado por outras pessoas 1
4. Viaja, limitado a táxi ou automóvel particular com assistência de outros 0
5. Não viaja de todo 0
Não aplicável 9

G. Responsabilidade com os seus próprios medicamentos


1. É responsável em tomar a sua medicação em dosagens
correctas e a horas certas 1
2. É responsável, se a medicação é organizada previamente
e separada em doses 0
3. Não é capaz de tomar conta da sua própria medicação 0
Não aplicável 9

113
H. Capacidade para tratar das finanças
1. Trata de assuntos financeiros independente (assina cheques,
faz pagamentos, vai ao banco, etc.), mantendo organizado a sua escrita 1
2. Trata dos assuntos diários, mas necessita de ajuda para ir ao banco,
ou tratar de assuntos mais complicados 0
3. Incapacidade para utilizar o dinheiro 0
Não aplicável 9

114
ESCALA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA
Satisfaction With Life Scale (SWLS)

Diener, Emmons, Larsen & Griffin (1985)


J Pers Assess. 1985 Feb;49(1):71-5.

VERSÃO PORTUGUESA:
Félix Neto, José Barros, António Barros
Neto, F., Barros, J., e Barros, A. (1990). Satisfação
com a vida. In L. Almeida, R. Santiago, P. Silva. L. Oliveira, O. Caetano,
e J. Marques (Eds.), A acção educativa: Análise psico-social,
91-100. Leiria: ESEL./APPORT
ESCALA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA
Satisfaction With Life Scale (SWLS)
Diener, Emmons, Larsen & Griffin (1985)
J Pers Assess. 1985 Feb; 49(1): 71-5

Em baixo seguem-se 5 afirmações com as quais pode concordar ou não. Usando a escala
de 1 a 7, que segue cada afirmação, indique a sua concordância com cada afirmação,
colocando um circulo em volta do número apropriado.

1. Em muitos campos a minha vida está próxima do meu ideal.


1 Não concordo totalmente
2 Não concordo
3 Não concordo ligeiramente
4 Neutro, não concordo nem discordo
5 Concordo ligeiramente
6 Concordo
7 Concordo totalmente

2. As minhas condições de vida são excelentes.


1 Não concordo totalmente
2 Não concordo
3 Não concordo ligeiramente
4 Neutro, não concordo nem discordo
5 Concordo ligeiramente
6 Concordo
7 Concordo totalmente

3. Estou satisfeito com a minha vida.


1 Não concordo totalmente
2 Não concordo
3 Não concordo ligeiramente
4 Neutro, não concordo nem discordo
5 Concordo ligeiramente
6 Concordo
7 Concordo totalmente

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4. Até ao momento tenho alcançado as coisas importantes que quero para a minha vida.
1 Não concordo totalmente
2 Não concordo
3 Não concordo ligeiramente
4 Neutro, não concordo nem discordo
5 Concordo ligeiramente
6 Concordo
7 Concordo totalmente

5. Se pudesse viver a minha vida de novo não mudaria quase nada.


1 Não concordo totalmente
2 Não concordo
3 Não concordo ligeiramente
4 Neutro, não concordo nem discordo
5 Concordo ligeiramente
6 Concordo
7 Concordo totalmente

População Portuguesa (Sónia Pérola, 2002) (sonia_silva79@hotmail.com)


média total: 23,9 + 5,5 (Percentil 50: nota 24)

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OUTROS INSTRUMENTOS

Bateria Breve de Avaliação Cognitiva (BBAC)


Gilberto Pereira – gilbertopereira2@clix.pt

Escala de Actividades de Vida Diária para Defeito Cognitivo Ligeiro do Estudo Coopera-
tivo na Doença de Alzheimer (Alzheimer's Disease Cooperative Study
– Activities of Daily Living - ADCS/ADL MCI)
Helena Pedrosa – lena@zmail.pt

Escala de Avaliação da Apatia


Lara Caeiro – laracaeiro@fm.ul.pt

Escala de Avaliação de Delirium


Lara Caeiro – laracaeiro@fm.ul.pt

Escala de Avaliação de Demência de Mattis


Sara Cavaco – saracavaco@yahoo.com

Escala de Avaliação na Demência Vascular


– Cognitiva (Vascular Dementia Assessment Scale, VaDAS-cog)
Sofia Madureira – smadureira@hotmail.com
Ana Verdelho – averdelho@fm.ul.pt

Escala de Comportamento TEMPS


Lara Caeiro – laracaeiro@fm.ul.pt

Questionário de Comportamento Frontal (Frontal Behavioral Inventory)


Élia Baeta – eliaborlido@hotmail.com

Questionário do Sentido de Competência do Cuidador


Graça Melo – graca.melo@esenfcgl.pt

Teste de Memória Verbal da Califórnia (CVLT)


Élia Baeta – eliaborlido@hotmail.com
Filipa Ribeiro – filipa.c.ribeiro@sapo.pt
Manuela Guerreiro – mguerreiro@netcabo.pt; mgil@fm.ul.pt

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