Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Escalas e Testes Na Demência 2007
Escalas e Testes Na Demência 2007
NA DEMÊNCIA
2.ª Edição
2007
COORDENADORES
Alexandre de Mendonça
Manuela Guerreiro
PARTICIPANTES
Alexandre Castro Caldas
Alexandre de Mendonça
Ana Nina
Ana Paula Silva
Ana Verdelho
António Barros
António Leuschner
Carlos Garcia
Carlos Roldão Vieira
Carolina Garrett
Élia Baeta
Félix Neto
Filomena Santos
Gilberto Pereira
Graça Melo
Helena Pedrosa
Isabel Monteiro
Isabel Santana
Isabel Tracana
João Barreto
José Barros
Lara Caeiro
Manuel Gonçalves Pereira
Manuela Guerreiro
Margarida Sobral
Maria Amália Botelho
Maria Odete Vieira
Olívia Robusto Leitão
Ricardo Paiva Lopes
Rosália Fonseca
Sandra Ginó
Sofia Madureira
Sónia Fonseca
Sónia Pérola
ÍNDICE
Este volume é uma colectânea de testes psicológicos e escalas de uso na clínica e na inves-
tigação tendo em vista a avaliação do estado mental de adultos. Corresponde à selecção
levada a cabo pelos membros do Grupo de Estudos do Envelhecimento Cerebral e Demên-
cias. O objectivo é o de uniformizar no nosso país os instrumentos que o Grupo considerou
de uso mais corrente e adequado à avaliação e registo dos aspectos cognitivos, comporta-
mentais/psicológicos e de desempenho nas actividades do dia a dia, particularmente das
pessoas que ultrapassaram a idade média da vida. Pretende-se, portanto, evitar que sejam
utilizadas diferentes versões dos diversos instrumentos aqui coleccionados permitindo, des-
te modo, uma melhor comparação de resultados entre diferentes centros. Repare-se que,
em certa altura, se reuniram oito versões de um determinado teste em uso em Portugal. Os
testes psicológicos e escalas aqui reunidos são todos estrangeiros já que se considerou que
tinham maior aceitação, tendo em vista uma publicação numa revista de projecção no es-
trangeiro ou uma apresentação numa reunião de âmbito internacional. As traduções dos ins-
trumentos reunidos nesta colecção ficaram a cargo de pessoas escolhidas pelo Grupo
tendo em conta a sua experiência quer na área a que cada instrumento se dirige, quer no
uso desse instrumento. Foi depois pedida, aos autores dos diferentes testes e escalas, apro-
vação e autorização para a divulgação e uso das traduções.
Alguns anos anos volvidos sobre a primeira edição das Escalas e Testes na Demência, e
esgotados de resto os exemplares iniciais, foi-se tornando óbvia a necessidade de proce-
der à segunda edição. Nesse sentido, os membros do Grupo de Estudos do Envelhecimen-
to Cerebral e Demências reuniram-se em Condeixa, em Março de 2006.
Para terminar uma palavra de agradecimento ao laboratório Novartis, cujo generoso patrocí-
nio tem possibilitado, desde os primeiros momentos, a consecussão do projecto das
Escalas e Testes na Demência.
Os Coordenadores
ESCALA DE DETERIORAÇÃO GLOBAL
GLOBAL DETERIORATION SCALE (GDS)
Reisberg B, Ferris S, Schulman et al. 1986. Longitudinal course of normal aging and progressive dementia
of Alzheimer’s type: a prospective study of 106 subjects over a 3.6 year mean interval.
Progress in Neuro-psychopharmacology and Biological Psychiatry 10: 571-8.
Nome:
Estádio GDS
10
ESCALA GLOBAL DE DETERIORAÇÃO (GDS)
(Escolha o nível global mais apropriado, de acordo com a cognição e função, e MARQUE SÓ UM)
11
Frequentemente ausência de défice nas seguintes áreas:
a) Orientação no tempo e no espaço.
b) Reconhecimento de pessoas e rostos familiares.
c) Capacidade de viajar para locais conhecidos.
12
É frequente continuarem a ser capazes de distinguir, no meio em que vivem, as pessoas
conhecidas das não conhecidas.
Clínico: Data: / /
2000 – Tradução para português por Olívia Robusto-Leitão, e Ana Nina (C. Psicogeriatria da Misericórdia de Lisboa),
validada por Isabel Monteiro,M.D e Barry Reisberg, M.D,.. e reproduzida com permissão.
© 1983 por Barry Reisberg, M.D. Reservados todos os direitos. A permissão é válida para utilização não comercial até
Abril de 2010.
13
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA
CLINICAL DEMENTIA RATING (CDR)
Morris J, 1993. The CDR: current version and scoring rules. Neurology 43; 2412-13.
ENTREVISTA
Trata-se de uma entrevista semi-estruturada. Por favor faça todas as perguntas.
Se achar necessário, faça perguntas adicionais que ajudem a determinar
o estadio do doente. Registe as informações adicionais.
Identificação:
Data: / /
Comentários:
Entrevistador:
16
QUESTIONÁRIO PARA O CUIDADOR
MEMÓRIA
5. A perda de memória interfere com as actividades diárias que o doente era capaz de
realizar há uns anos atrás)?
SIM NÃO
9. Data de Nascimento
17
10. Local de Nascimento
ORIENTAÇÃO
2. Sabe o mês
Geralmente Algumas vezes Raramente ?
3. Sabe o ano
Geralmente Algumas vezes Raramente ?
? significa quando o cuidador não tem informações suficientes para poder responder
2
18
JUÍZO E RESOLUÇÂO DE PROBLEMAS
1. Como considera, actualmente, a capacidade do seu marido/da sua mulher para resolver
problemas?
i) Como sempre
ii) Boa, mas não tanto como anteriormente
iii) Suficiente
iv) Má
v) Sem qualquer capacidade
2. Qual a sua capacidade para lidar com pequenas somas de dinheiro (trocos, gorjetas...)?
Sem defeito Defeito moderado Defeito grave ?
3. Qual a capacidade para lidar com assuntos financeiros mais complexos (pagar contas,
verificar livro de cheques,...)?
Sem defeito Defeito moderado Defeito grave ?
4. Como lida com um acidente em casa (pequeno incêndio, fuga de água, etc...)
i) Igual a antes da doença começar
ii) Pior do que antes da doença, devido às alterações de memória ou de raciocínio
iii) Pior do que antes da doença, devido a outras razões - quais?
19
ACTIVIDADE NA COMUNIDADE3
OCUPAÇÃO
1. Ainda trabalha?
SIM NÃO Não aplicável
ACTIVIDADE SOCIAL
20
8. Tem alguma função social fora de casa e da família?
SIM NÃO
Se não, porquê?
9. Um observador ocasional vê que se trata de uma pessoa doente pelo seu comporta-
mento?
SIM NÃO ?
1a. Tendo apenas em conta a perda cognitiva, que alterações ocorreram no desempenho
das actividades domésticas?
2a. Tendo apenas em conta a perda cognitiva, que alterações ocorreram no desempenho
dos seus passatempos?
ACTIVIDADES DO DIA-A-DIA
4
Tarefas domésticas: cozinhar, lavar e passar a roupa, limpeza da casa, compras de mercearia, pôr o lixo no local apropriado, limpeza dos pátios,
reparações simples...Passatempos: costura, pintura, artesanato, leitura, fotografia, jardinagem, jogos, cinema, desporto...
21
5. A que nível é capaz de realizar tarefas domésticas simples e rotineiras:
a) Sem actividade significativa
(executa actividades simples, tal como, fazer a cama com muita supervisão)
b) Limitado a algumas tarefas simples
(com supervisão lava pratos razoavelmente bem, põe a mesa...)
c) Independente em algumas actividades
(p. ex. manuseia aparelhos, p ex. o aspirador, a televisão; prepara refeições simples)
d) Executa todas as tarefas, mas com algum defeito
e) Executa, como habitualmente, todas as actividades
CUIDADO PESSOAL
A VESTIR
a. Normal sem ajuda
b. Pequena ajuda, ocasiona/ botões mal colocados
c. Sequência errada e com esquecimento de peças
d. Incapaz de se vestir
B HIGIENE E ARRANJO
a. Normal sem ajuda
b. Tem que se chamar a atenção
c. Algumas vezes necessita de ajuda
d. Necessita sempre ou quase sempre de ajuda
C ALIMENTAÇÃO
a. Limpo, utiliza correctamente os utensílios
b. Suja tudo e utiliza apenas a colher
c. Só consegue comer, sem ajuda, sólidos simples
d. Tem que ser alimentado
D CONTROLE ESFINCTERIANO
a. Normal, controle completo
b. Urina, ocasionalmente, na cama
c. Urina, frequentemente, na cama
d. Totalmente incontinente
22
QUESTIONÁRIO PARA O DOENTE
MEMÓRIA
3. Vou dizer-lhe uma morada que quero que decore. Dentro de alguns minutos vou pedir-
-lhe que a diga novamente. Repita a morada depois de eu lha dizer (até um máximo de
três repetições) [assinale os elementos correctos].
João Silva, Rua da Fábrica, 29, Vila Real
1 2 3 4 5
João Silva, Rua da Fábrica, 29, Vila Real
1 2 3 4 5
João Silva, Rua da Fábrica, 29, Vila Real
1 2 3 4 5
“Óptimo, agora não se esqueça desta morada”.
23
10. Quando é que se reformou. Porquê? (ou o cônjuge)
Correcto Incorrecto
ORIENTAÇÃO
Se a primeira resposta do doente não merecer a pontuação máxima, insistir até compre-
ender bem qual a capacidade do doente na compreensão do problema. Pontue a resposta
mais aproximada.
SEMELHANÇAS
Se eu lhe perguntar qual a semelhança entre uma laranja e uma banana, uma resposta certa
é dizer-me que são ambas frutas. Diga-me agora em que..são semelhantes (parecidos):
1. Cão e Leão
Animais, mamíferos, carnívoros (qualquer elemento abstracto) 0
Concreto (têm 4 patas, cauda, pelos ...) 1
Sem sentido ou não sabe 2
2. Mesa e cadeira
Mobília, móveis.... 0
Concreto (de madeira, com pés, servem para a cozinha, sala de jantar...) 1
Sem sentido ou não sabe 2
24
DIFERENÇAS
Se eu lhe perguntar qual a diferença entre faca e foice, uma resposta certa é dizer-me que
a faca é um utensílio para cortar alimentos e a foice para cortar erva. Diga-me agora em que
são diferentes:
1. Açúcar e Vinagre
P. ex. Doce e ácido ou azedo 0
P. ex. Dá exemplos concretos (para pôr no café e para as saladas) 1
Sem sentido ou não sabe 2
2. Mentira e Erro
P. ex. Intencional – Não intencional 0
P. ex. Só explica uma 1
Sem sentido ou não sabe 2
4. Quantas notas de 100 Euros são necessárias para ter 1500 Euros?
Correcto Incorrecto
CRÍTICA
8. Autocrítica:
Porque veio ao médico?
Qual é o seu estado de saúde? etc. ...(insight)
Bom Razoável Mau
25
DESENHO DO RELÓGIO
Pedir para desenhar um relógio redondo, colocando todas as horas e os ponteiros a marcar
nas 11 e 10.
Regras de Cotação
(Strub, RL & Black, FW; 1977 The Mental Status Examination in Neurology, pag. 93-95)
26
AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA
CLINICAL DEMENTIA RATING (CDR)
27
REGRAS
Use todas as informações disponíveis para fazer o melhor juízo possível. Pontue cada
categoria (M, O, JRP, AC, CPs, Cpes) da forma mais independente possível. Pontue o grau de
perda em relação ao desempenho anterior. Pontue apenas a incapacidade devida à perda
cognitiva e não a incapacidade provocada por alteração motora, depressão ou perturba-
ção da personalidade. Assinale apenas uma pontuação por categoria, sempre que existam
dúvidas entre duas pontuações (p. ex. ligeira (1) ou moderada (2), escolha a que corres-
ponde à maior incapacidade.
A afasia deve ser tida em conta tanto na avaliação das funções verbais como das não verbais
em cada domínio. Se a afasia é maior do que o grau de demência, pontue de acordo com
a demência global. Para isso é necessário acrescentar informações sobre funções cognitivas
não verbais.
O CDR global resulta das pontuações em cada uma das seis categorias (box scores), tal
como se segue.
PONTUAÇÃO
28
NENHUMA SUSPEITA LIGEIRA MODERADA GRAVE
0 0.5 1 2 3
MEMÓRIA Sem perda memória Esquecimentos ligeiros Perda de memória moderada Perda grave de memória; Grave perda de memória;
ou esquecimentos ligeiros e consistentes; recordação mais acentuada para factos apenas permanece o material só permanecem fragmentos
e inconstantes parcial dos acontecimentos. recentes; o defeito interfere muito aprendido; o novo
Esquecimento benigno com as actividades material perde-se rapidamente
do dia-a-dia
ORIENTAÇÃO Bem orientado Bem orientado com ligeira Dificuldade moderada com Dificuldade grave nas Apenas orientado quanto
dificuldade nas relações as relações de tempo; relações temporais; quase à sua pessoa
temporais orientado no espaço durante a sempre desorientado
observação; pode apresentar no tempo e muitas vezes
desorientação geográfica no espaço
noutros locais
JUÍZO E RESOLUÇÃO Resolve bem os problemas Ligeira dificuldade Moderada dificuldade Dificuldade grave Incapaz de resolver
DE PROBLEMAS do dia-a-dia, lida bem com em resolver problemas, em resolver problemas, em resolver problemas, problemas ou de ter
os assuntos de negócios semelhanças e diferenças semelhanças e diferenças. semelhanças e diferenças. qualquer juízo crítico
e dinheiro... O juízo crítico Juízo social geralmente Juízo social geralmente
é bom tendo em conta o mantido diminuído
desempenho anterior
29
ACTIVIDADES Independente na sua Ligeira dificuldade Incapaz de funcionar Sem possibilidade de um desempenho fora de casa
NA COMUNIDADE actividade profissional habitual, nessas actividades independentemente nessas
compras, voluntariado e actividades embora ainda
actividades sociais possa desempenhar algumas; Parece suficientemente Tem um aspecto demasiado
numa avaliação superficial bem para ser levado a doente para poder ser levado
parece normal actividades fora de casa a actividades fora de casa
CASA E Vida de casa Vida de casa, passatempos Diminuição ligeira mas Só realiza as tarefas mais Sem qualquer actividade
PASSATEMPOS e passatempos e interesses e interesses intelectuais evidente na realização das simples. Interesses muito significativa em casa
intelectuais mantidos ligeiramente afectados actividades de casa; abandono limitados e pouco mantidos
das mais complicadas; os
passatempos e interesses mais
complicados são também
abandonados.
CUIDADO PESSOAL Capacidade completa para Necessita de ser lembrado Requer assistência no vestir, Requer muita ajuda nos
cuidar de si próprio higiene e guarda dos cuidados pessoais.
objectos pessoais Incontinência frequente
PONTUAÇÃO GLOBAL
A AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DEMÊNCIA (CRD) foi desenvolvida pelo Dr. Leonard Berg, Dr. John
C. Morris, e colegas no âmbito do Memory & Aging Project, Alzheimer's Disease Research
Center, Washington University in St. Louis, Missouri, USA. Trata-se de um instrumento sujeito a
direitos de autor. Foi concedida autorização pelo Dr. Morris apenas para a presente
utilização . Para saber mais acerca do CDR ou obter permissão para o seu uso, por favor
visite a página ADRC em www .adrc. wustl.edu. Pode também trocar correspondência elec-
trónica em relação ao CDR em adrcedu@abraxas. wustl.edu.
The Clinical Dementia Rating (CDR) was developed by Dr. Leonard Berg, Dr. John C. Morris,
and colleagues through the Memory & Aging Project, Alzheimer's Disease Research Center,
Washington University in St. Louis, Missouri, USA. This is a copyrighted instrument. Permission
was granted by Dr. Morris for the present usage only. To learn more about the CDR or to
obtain permission for its use, please visit the ADRC web site at www .adrc. wustl.edu. You
may also e-mail correspondence concerning the CDR to adrcedu@abraxas. wustl.edu.
30
AVALIAÇÃO BREVE DO ESTADO MENTAL
ORGANIZAÇÃO
Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
Manuela Guerreiro, Ana Paula Silva, Maria Amália Botelho,
Olívia Leitão, Alexandre Castro Caldas, Carlos Garcia
mguerreiro@netcabo.pt
Lisboa, 1994
AVALIAÇÃO BREVE DO ESTADO MENTAL
I. ORIENTAÇÃO
"Vou fazer-lhe algumas perguntas. A maior parte delas são fáceis. Tente responder o melhor
que for capaz". (Dar 1 ponto por cada resposta correcta)
II. RETENÇÃO
“Vou dizer-lhe três palavras. Queria que as repetisse e que procurasse decorá-las porque
dentro de alguns minutos vou pedir-lhe que me diga essas três palavras".
As palavras são:
PERA GATO BOLA
"Repita as três palavras".
(Dar 1 ponto por cada resposta correcta).
"Agora peço-lhe que me diga quantos são 30 menos 3 e que ao número encontrado volte
a subtrair 3 até eu lhe dizer para parar."
(Dar 1 ponto por cada resposta correcta. Parar ao fim de 5 respostas. Se fizer um erro na subtracção, mas continuando
a subtrair correctamente a partir do erro, conta-se como um único erro).
32
IV. EVOCAÇÃO
(Só se efectua no caso do sujeito ter apreendido as três palavras referidas na prova de retenção).
"Agora veja se me consegue dizer quais foram as três palavras que lhe pedi há pouco para repetir".
(Dar 1 ponto por cada resposta correcta)
V. LINGUAGEM
NOTA TOTAL
33
FECHE OS OLHOS
34
35
AVALIAÇÃO BREVE DE ESTADO MENTAL
Valores do Grupo de controlo
PONTOS DE CORTE:
Idade superior a 40 anos:
36
ESCALA DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER
ALZHEIMER DISEASE ASSESSMENT SCALE – ADAS
Rosen WG, Mohs RC, Davis KL. 1984. A new rating scale for Alzheimer’s Disease.
American Journal of Psychiatry 141: 1356-64
Rosen, WG, Mohs, RC, Davis, KL (1984): A new rating scale for Alzheimer’s Disease
American Journal of Psychiatry, 141: 1356-1364
Nome:
Profissão:
Escolaridade:
Data de Observação: / /
Observador:
38
ADMINISTRAÇÃO
A aplicação da ADAS deve ocorrer num ambiente sem ruídos, com luz suficiente e sem
fontes distractivas, para que o sujeito possa estar o mais atento possível. As instruções
devem ser dadas de forma clara e pausada de modo a que o sujeito as ouça perfeitamen-
te. O observador deve ser sensível ao cansaço do sujeito e fazer as pausas necessárias. A
aplicação começa com uma breve entrevista para avaliar vários aspectos da linguagem tais
como, a linguagem oral ( subteste 9 ), a dificuldade em encontrar palavras no discurso
espontâneo (subteste 10) e a compreensão da linguagem oral (subteste 11). Após a
entrevista, o observador começa por aplicar a tarefa de evocação de palavras (subtes-
te 1), seguida dos restantes subtestes da parte cognitiva (subtestes de 1 a 11) pela ordem
indicada na escala.
Os comportamentos não cognitivos são avaliados com base nas informações dadas pelo
sujeito ou pelos seus acompanhantes e em função das observações efectuadas na entrevis-
ta e do contacto com o doente. A avaliação dos subtestes 1 (choro), 2 (sintomas depres-
sivos), 5 (delírio), 6 (alucinação), 7 (deambulação), 8 (actividade motora aumentada) e 10
(Comportamento alimentar) refere-se aos comportamentos ocorridos na semana anterior à
data da entrevista.
COTAÇÃO
39
ADAS COGNITIVA
40
2. Nomeação de objectos e dedos
Nesta prova pede-se ao sujeito para dizer o nome de doze objectos reais, de alta, média
e baixa frequência, apresentados aleatoriamente. A instrução deve ser: “Como se chama
isto? ou Qual é o nome deste objecto?” Se o sujeito não responde, então o observador
deve dar ajuda semântica para o objecto; se o sujeito continua sem responder ou comete
erros, o observador deve passar para o objecto seguinte.
Em seguida, pede-se ao sujeito para dizer os nomes dos dedos da mão dominante pela
seguinte ordem: polegar, mínimo, indicador, médio e anelar.
Polegar
Indicador
Médio
Anelar
Mínimo
Total =
Pontuação (itens – nomes de objectos e dedos):
0 = 2 itens incorrectamente nomeados
1 = 3 - 5 itens incorrectamente nomeados
2 = 6 – 8 itens incorrectamente nomeados
3 = 9 – 11 itens incorrectamente nomeados
4 = 12 – 14 itens incorrectamente nomeados
5 = 15 – 17 itens incorrectamente nomeados
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
41
3. Compreensão de ordens
Nesta prova avalia-se a compreensão da linguagem oral em função da capacidade do
sujeito para executar 5 ordens. Cada ordem só pode ser repetida uma vez. Se o sujeito não
responde ou comete erros à primeira instrução, o observador deve dar a ordem mais uma
vez, e passa à próxima ordem. Devem ser aplicadas todas as ordens. As ordens só são
consideradas correctas se executadas na totalidade.
1. “Feche a mão”.
2. “Aponte para o tecto e depois para o chão”.
NOTA: Os elementos sublinhados representam etapas únicas, mas cada ordem é cotada como um todo.
42
4. Capacidade Construtiva
Esta prova avalia a capacidade de copiar quatro figuras geométricas que vão deste um figura
simples (um círculo) até uma mais complexa (um cubo). As formas devem ser apresentadas
individualmente, em folhas de papel planas e brancas (na metade superior de uma folha A4).
O observador deve dar ao sujeito um lápis antes de lhe entregar a 1.ª forma. As instruções
fornecidas são: “Nesta folha está uma figura. Tente desenhar uma figura parecida, em
qualquer parte da folha”. São permitidas duas tentativas. Se o sujeito não consegue
reproduzir a figura em duas tentativas passa para a figura seguinte. O desenho é cotado
como correcto se o sujeito reproduzir todas as características geométricas do original. As
diferenças no tamanho não são cotadas como erro, assim como pequenas falhas entre as
linhas, desde que a forma esteja bem reproduzida (* ver exemplos a seguir).
NOTA: O uso de borracha não é permitido.
Pontuação:
43
4. Capacidade Construtiva
Desenho 1
44
4. Capacidade Construtiva
Desenho 2
45
4. Capacidade Construtiva
Desenho 3
46
4. Capacidade Construtiva
Desenho 4
47
5. Praxia Ideativa
Esta prova avalia a capacidade de o sujeito executar uma sequência de acções complexas
e familiares. Em cima da mesa e em frente do sujeito, coloca-se simultaneamente, uma folha
de papel A 4 e um envelope grande. A instrução deve ser: “Quero que faça de conta que
está a enviar uma carta a si próprio. Tome este papel e dobre-o de maneira que caiba
dentro do envelope, depois feche-o e escreva o seu nome, a sua morada e indique
onde colocaria o selo”. Se o sujeito se esquecer de uma parte do exercício ou se tiver
dificuldades, o observador deve repetir a instrução.
NOTA: Só é considerada alteração neste item, quando este reflecte apenas dificuldade na
execução duma tarefa conhecida e não alterações da memória.
1. Dobrar a carta
2. Pôr a carta dentro do envelope
3. Fechar o envelope
4. Endereçar o envelope
5. Indicar o local do selo
Pontuação:
0 = Todas as etapas executadas
1 = 1 etapa não executada
2 = 2 etapas não executadas
3 = 3 etapas não executadas
4 = 4 etapas não executadas
5 = Todas as etapas não executadas
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
48
6. Orientação
As componentes da orientação são: nome, ano, mês, dia, dia da semana, estação do ano,
local e hora (8 itens). Para o local deve ser indicado o nome do local onde o sujeito se
encontra no presente momento. Antes de testar a orientação o observador deve ter em
atenção as pistas periféricas no ambiente do teste (Ex.: relógio, calendário).
NOTA: Aceitam-se como respostas correctas a indicação do primeiro e último nome, + / -
1 h para as horas, nome incompleto para o local, indicação da próxima estação no período
de uma semana antes do seu início, e duas semanas depois do seu fim.
1. Nome completo
2. Ano
3. Mês
4. Dia
5. Dia da semana
6. Estação do ano
7. Local
8. Hora
Pontuação =
(pontuação máxima de 8)
49
7. Reconhecimento de palavras
Nesta prova são efectuadas três tentativas para aprender uma lista de 12 palavras. Em cada
tentativa, pede-se ao sujeito para ler em voz alta 12 palavras apresentadas em cartões e para
as memorizar. Depois estas palavras são misturadas com 12 palavras semelhantes na frequên-
cia e na imagiabilidade, e pede-se ao sujeito para decidir se cada uma dessas palavras fazia
ou não parte da lista inicial que ouviu . No princípio de cada tentativa, o observador fornece
a seguinte instrução: “Vou mostrar-lhe alguns cartões com palavras. Quero que as leia em
voz alta e que as tente memorizar”. No fim de cada prova de aprendizagem o observa-
dor deve fornecer a seguinte instrução: “Agora vou mostrar-lhe um novo conjunto de pala-
vras. Algumas destas palavras faziam parte da lista inicial que viu outras são novas. Para
cada palavra, quero que me diga se essa palavra é nova ou se já a mostrei antes”. O
observador mostra a primeira palavra e diz: “Esta palavra é alguma das que lhe mostrei
antes, sim ou não?”. As instruções são iguais para as duas primeiras palavras de cada ten-
tativa. Para as restantes palavras da prova o observador deve dizer: “E agora esta?”. Se o
sujeito não responde ou não compreendeu a tarefa, o observador deve repetir a instrução
e anotar o n.º de vezes em que repetiu a instrução (subteste 8).
NOTA: Para sujeitos analfabetos as palavras são ditas em voz alta pelo observador em vez do
sujeito.
50
7. Reconhecimento de palavras
As palavras a negrito são as palavras da lista inicial. Os círculos representam as respostas
incorrectas e os quadrados as respostas correctas.
51
8. Recordar as instruções do teste
Este item avalia a capacidade do sujeito para recordar as instruções da prova de reconheci-
mento de palavras (subteste 7). Em cada exercício de reconhecimento, pergunta-se ao sujeito,
na apresentação das duas primeiras palavras: “Já viu esta palavra antes?” ou “É uma palavra
nova?”. Para a terceira palavra pergunta-se: “E agora esta?” Se responder adequadamente, isto
é, sim ou não, a recordação das instruções está correcta. Se o sujeito não responder, isto
significa que as instruções foram esquecidas. Repetem-se as instruções. O procedimento
usado para a terceira palavra é repetido para as palavras 4 – 24. Anota-se as falhas de memória
para a instrução e depois de sete falhas no máximo, interrompe-se a contagem.
Pontuação:
0 = Sem necessidade de recordar instrução
1 = Defeito muito ligeiro (recordado 1 vez)
2 = Defeito ligeiro (recordado 2 vezes)
3 = Defeito moderado (recordado 3 a 4 vezes)
4 = Defeito moderadamente severo (recordado 5 ou 6 vezes)
5 = Defeito severo (recordado 7 vezes)
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
9. Linguagem oral
Este item é uma avaliação global da qualidade do discurso, isto é, clareza, dificuldade em
fazer-se entender (expressão). O observador deve considerar todo o discurso produzido
pelo sujeito na sessão quando avalia este item. Não são avaliadas neste item o débito do
discurso nem a dificuldade em encontrar palavras que irão ser avaliadas no subteste 10. As
pontuações mais elevadas (4 – 5) estão reservadas para sujeitos cuja capacidade de
expressão esteja de tal modo alterada que impeça o sujeito de comunicar.
Pontuação:
0 = Nenhuma alteração
1 = Alteração muito ligeira (1 situação de dificuldade de expressão)
2 = Alteração ligeira (o sujeito tem dificuldade de expressão entre 25% a 50% do tempo
da sessão)
3 = Alteração moderada (o sujeito tem dificuldade de expressão em um pouco mais de
50% do tempo da sessão)
4 = Alteração moderadamente grave (o sujeito tem dificuldade em claramente mais de
50% do tempo)
5 = Alteração grave (Produção de uma ou duas palavras, discurso fluente mas de conteúdo
vazio; mutismo)
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
52
10. Dificuldade em encontrar palavras no discurso espontâneo
Este item avalia a dificuldade do sujeito em encontrar as palavras desejada no discurso es-
pontâneo, uso de circunlóquios (explicar a função ou as características de um objecto em
vez de dizer o seu nome).
Pontuação:
0 = Nenhuma dificuldade
1 = Muito ligeira (1 ou 2 situações)
2 = Ligeira (circunlóquios notórios e substituição por sinónimos)
3 = Moderada (falta de palavras sem compensação no momento)
4 = Moderadamente grave (frequente falta de palavras sem compensação)
5 = Grave (falta quase total de palavras com conteúdo; discurso vazio; discurso com pro-
dução de uma ou duas palavras)
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
Pontuação:
0 = Nenhuma dificuldade
1 = Muito ligeira (1 situação de dificuldade de compreensão)
2 = Ligeira (3 a 5 situações de dificuldade de compreensão)
3 = Moderada (o observador tem de repetir várias vezes o que está a dizer)
4 = Moderadamente grave (o sujeito só ocasionalmente responde correctamente; isto é,
questões do tipo “sim” e / ou “não”)
5 = Grave (o sujeito responde de forma inapropriada na maioria das vezes; mas não como
resultado da pobreza de vocabulário)
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
53
ADAS NÃO COGNITIVA
A avaliação destes comportamentos, implica a sua ocorrencia durante a semana que ante-
cede a entrevista, especificamente em relação aos seguintes itens:
1. Choro
2. Sintomas depressivos
3. Delírio
4. Alucinação
5. Deambulação
6. Actividade motora aumentada
7. Comportamento alimentar (aumento/perda de apetite)
1. Choro
Pergunta-se ao sujeito ou ao informador qual é a frequência da ocorrência do choro.
Pontuação:
0 = Nenhuma
1 = Muito ligeira – Uma vez por semana ou na sessão de testes
2 = Ligeira – Ocorre 2 a 3 vezes durante a semana, incluindo a sessão de testes
3 = Moderada – Choro ocasional e de curta duração
4 = Moderadamente grave – Choro frequente, quase todos os dias
5 = Grave – Choro frequente e prolongado, todos os dias
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
2. Sintomas depressivos
Pergunta-se ao sujeito ou ao informador se o sujeito se sentiu triste, desinteressado. Se a res-
posta for afirmativa, o observador deve tentar compreender a gravidade desse comporta-
mento, perda de interesse ou de prazer na realização de actividades. O observador tam-
bém deve avaliar a expressão facial do sujeito, a flutuação do humor e a capacidade deste
para responder a piadas e a encorajamentos.
Pontuação:
0 = Nenhuma
1 = Muito ligeiro – sente-se um pouco (ou por vezes) triste (deprimido): clinicamente não
significativo
2 = Ligeiro – é visível e referido um humor ligeiramente depressivo; alguma perda de interesse.
3 = Moderado – sente-se com alguma frequência (e moderadamente) triste (deprimido)
4 = Moderadamente grave – sente-se) quase sempre, com considerável perda de interesse
5 = Grave – predomínio de humor depressivo; perda marcada (total) de interesse ou de
prazer
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
54
3. Concentração/Dispersão
Este item avalia a frequência com que o sujeito se dispersa devido a estímulos irrelevantes
e/ou tem de ser reorientado para a tarefa em curso, ou a frequência com que o sujeito se
distrai com os seus pensamentos. As informações dadas pelos informadores devem tam-
bém ser consideradas. Por exemplo: a capacidade de ver televisão, terminar as refeições,
terminar uma tarefa que inicia, conversar, etc.
Pontuação:
0= Nenhuma dispersão
1= Muito ligeira – uma situação de alteração da concentração
2= Ligeira – 2 a 3 situações de alteração da concentração
3= Moderada – 4 a 6 situações de alteração da concentração
4= Moderadamente grave – alteração na concentração/dispersão durante muito tempo na
entrevista e em casa
5 = Grave – extrema dificuldade em concentrar-se e extremamente disperso, com incapa
cidade de completar tarefas.
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
Pontuação:
0 = Nenhuma – o sujeito colabora
1 = Muito ligeira – uma situação de falta de colaboração
2 = Ligeira – 2 a 3 situações de falta de colaboração, mas o sujeito cumpre quando lhe é
pedido para continuar
3 = Moderada – 4 a 5 situações de falta de colaboração
4 = Moderadamente grave – necessita de ser permanentemente estimulado e encorajado
para terminar a entrevista
5 = Grave – recusa-se a continuar a entrevista
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
55
5. Delírio
Um delírio caracteriza-se por uma alteração do conteúdo do pensamento e pela presença
de ideias delirantes que persistem pelo menos durante um mês. Os sujeitos vivenciam
situações que não aconteceram. Não existe capacidade de crítica e essas ideias não são
modificáveis pela experiência nem pela argumentação lógica. As ideias delirantes estão
relacionadas com situações que podem acontecer na vida real (por exemplo, ser persegui-
do, infectado, envenenado, espiado, enganado ou traído pelo cônjuge ou outros). O sujei-
to com ideias delirantes pode ter um funcionamento psicossocial alterado quando as ideias
delirantes interferem na sua vida, de tal modo que vive em função delas ( por exemplo, uma
pessoa que acredita ser perseguida por terroristas, pensa que estão bombas no prédio e
não sai de casa nem vai ao trabalho, pois teme que assim que o faça, os terroristas invadam
a casa e o matem).
Existem vários tipos de ideias delirantes quanto ao conteúdo, entre as quais, o delírio de
ciúme, de perseguição, de influência, de auto-desvalorização, místicos ou religiosos.
Neste item avalia-se o grau de convicção e de convencimento do sujeito em acreditar em
ideias que, não são verdadeiras. Para classificar a gravidade, deve considerar-se o conven-
cimento no conteúdo do delírio, a preocupação e o efeito que esse delírio tem sobre a
vivência e o comportamento do sujeito.
Pontuação:
0= Nenhum
1= Muito ligeiro – convencimento passageiro do conteúdo do delírio
2= Ligeiro – delírio claramente presente, mas o indivíduo questiona o seu convencimento
3= Moderado – o sujeito está convencido do delírio, mas este não afecta o seu compor-
tamento
4 = Moderadamente grave – o convencimento afecta o seu comportamento
5 = Grave – acções significativas baseadas no delírio
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
56
6. Alucinação
A alucinação é uma alteração da percepção sensorial que tem o sentido da realidade de
uma percepção real, mas que ocorre sem a estimulação exterior do órgão sensorial cor-
respondente. Segundo Jaspers, as alucinações são falsas percepções corpóreas que não
se originam da transformação da percepção real, mas sim de um modo inteiramente novo
e que surgem como percepções reais. O sujeito com alucinações acredita totalmente na
sua alucinação e não possui capacidade de fazer o teste da realidade.
Neste item avaliam-se as alucinações visuais (surgem sob a forma de cores, sombras, luzes
e/ou cintilações, podem ser estáticas ou móveis, pessoas ou animais), auditivas (o sujeito ouve
vozes, sons e/ou ruídos que são referidas como vindas do exterior ou produzidas/ouvidas
dentro da sua própria cabeça; o sujeito ouve conspirações, ameaças contra si) e tácteis (o su-
jeito experimenta sensações cutâneas de ser agarrado, queimado, dominado, e estas sensa-
ções podem ou não ser acompanhadas de dor). O observador deve ter em conta a frequên-
cia e o grau da alucinação, ou seja o efeito que a alucinação exerce sobre o sujeito.
Pontuação:
0= Nenhum
1= Muito ligeira – o sujeito ouve uma voz a dizer-lhe uma palavra, uma alucinação visual
2= Ligeira
3= Moderada – várias alucinações ao longo do dia, que interferem com a vivência do sujeito
4= Moderadamente grave
5= Grave – alucinações quase constantes, que perturbam o funcionamento normal do
sujeito
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
7. Deambulação
Este item classifica a deambulação (vaguear), que deve ser distinguida do andar para trás
para a frente exageradamente e da actividade física normal do sujeito.
Pontuação:
0= Nenhuma
1= Muito ligeira – ocorrência muito rara
2= Ligeira – deambula durante períodos curtos de tempo, a certas horas do dia
3= Moderada – deambula frequentemente todos os dias
4= Moderadamente grave – deambula durante a maior parte do dia, mas é capaz de parar
para certas actividades, por exemplo para as refeições
5 = Grave – é incapaz de ficar quieto, deambula exageradamente
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
57
8. Aumento da actividade motora
Este item é classificado em função da quantidade de actividade do indivíduo em compara-
ção com o que era antes. Avalia-se neste item a hiperactividade sem finalidade e sem mo-
tivo. Admite-se uma pontuação de 2 no caso do informador ter registado pela entrevista
um aumento na actividade motora, que o sujeito não exibiu durante a observação. (Exem-
plos: o sujeito levanta-se e senta-se frequentemente, mexe e remexe em gavetas sem
justificação, ...).
Pontuação:
0= Nenhuma
1= Muito ligeira – aumento muito ligeiro dos movimentos
2= Ligeiro
3= Moderada – aumento significativo na quantidade de movimentos
4= Moderadamente grave – aumento significativo na quantidade de movimentos que in-
terferem noutras actividades
5 = Grave – o sujeito tem de estar em constante movimento; é raro ficar quieto
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
9. Tremor
Pede –se ao sujeito para levantar ambas as mãos, com as palmas viradas para baixo e com
os dedos abertos, mantendo esta posição durante 10 segundos. Observa-se se existe ou
não tremor.
Pontuação:
0= Nenhum
1= Muito ligeiro – ligeiro tremor; mal se observa
2= Ligeiro – tremor aparente, sem interferência com outras actividades
3= Moderado – interfere noutras actividades; por exemplo segurar num lápis, abotoar a
camisa
4 = Moderadamente grave – movimento óbvio; interfere com outras actividades; por
exemplo segurar num copo de água, etc
5 = Grave – movimentos muito rápidos com deslocamentos significativos
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
58
10. Comportamento alimentar (aumento/perda de apetite)
Este item foi incluído porque a alteração do apetite pode estar associada à depressão e
porque as observações clínicas de alguns sujeitos com Doença de Alzheimer revelam au-
mento e diminuição do apetite. O item é classificado em comparação com o habitual ape-
tite do sujeito (como o sujeito era antes).
Pontuação:
0 = Nenhuma alteração
1 = Muito ligeira – ligeira alteração, sem importância clínica, sem alteração de peso
2 = Ligeira – alteração do apetite, o sujeito come sem necessidade de ser estimulado e não
há evidente alteração de peso
3 = Moderada – alteração acentuada; o sujeito precisa de ser estimulado para comer; o
sujeito pode pedir mais comida com alguma frequência
4 = Moderadamente grave
5 = Grave – O sujeito não quer comer e precisa de ser alimentado à força, o sujeito queixa-se
frequentemente
Pontuação =
(pontuação máxima de 5)
59
ESCALA DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER – ADAS COGNITIVA
Nome: Idade:
Data de Nascimento: / / Profissão:
Escolaridade: Data de Obs: / / Observador:
60
ESCALA DE AVALIAÇÃO DA DOENÇA DE ALZHEIMER – ADAS NÃO COGNITIVA
Nome: Idade:
Data de Nascimento: / / Profissão:
Escolaridade: Data de Obs: / / Observador:
61
8. Aumento da actividade motora 10. Comportamento alimentar
Pontuação: (aumento/perda do apetite)
0 = Nenhuma Pontuação:
1 = Muito ligeira – aumento muito ligeiro 0 = Nenhuma alteração
dos movimentos
1 = Muito ligeira – ligeira alteração, sem
2 = Ligeiro importância clínica, sem alteração de peso
3 = Moderada – aumento significativo na quantidade 2 = Ligeira – alteração do apetite, o sujeito é capaz
de movimentos de comer sem ser estimulado, evidente alteração
4 = Moderadamente grave – aumento significativo de peso
na quantidade de movimentos que interferem 3 = Moderada – alteração acentuada; o sujeito precisa
noutras actividades de ser estimulado para comer; o sujeito pode
5 = Grave – o sujeito tem de estar em constante pedir mais comida com alguma frequência
movimento; é raro ficar quieto 4 = Moderadamente grave
5 = Grave – O sujeito não quer comer e precisa de
Pontuação ser alimentado à força, o sujeito queixa-se de
fome apesar de ingerir quantidades suficientes
9. Tremor
Pontuação: Pontuação
0 = Nenhum
Nota Total – NÃO COGNITIVA
1 = Muito ligeiro – ligeiro tremor; mal se observa
2 = Ligeiro – tremor aparente, sem interferência
com outras actividades
3 = Moderado – interfere noutras actividades;
por exemplo segurar num lápis, abotoar a camisa
4 = Moderadamente grave – movimento óbvio;
interfere com outras actividades; por exemplo Nota Total – COGNITIVA + NÃO COGNITIVA
segurar num copo de água, etc
5 = Grave – movimentos muito rápidos
com deslocamentos significativos
Pontuação
Tradução e distribuição a clínicos e investigadores autorizada por Richard C. Mohs, Ph.D. Em publicações ou outra
utilização mencionar os artigos referidos no início
62
ADAS – GRUPO DE CONTROLO
(média + desvio padrão)
escolaridade
Idade 1-4 anos >4 anos 1-4 anos >4 anos 1-4 anos >4 anos
40-59 7,2 + 4,0 4,4 + 2,7 5,3 + 3,2 3,6 + 2,0 1,9 + 2,2 0,8 + 1,1
60-79 11,9 +4,9 8,3 + 3,9 8,4 + 3,6 5,9 + 3,4 3,6 + 2,5 2,4 + 2,0
80-92 15,3 +8,3 13,7 +5,6 12,2 +5,8 8,3 + 1,5 3,1 + 3,3 5,3 + 5,4
63
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA
GERIATRIC DEPRESSION SCALE (GDS)
TRADUÇÃO EM PORTUGUÊS
Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demências
João Barreto, António Leuschner, Filomena Santos, Margarida Sobral
psyche@esoterica.pt
ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA
GERIATRIC DEPRESSION SCALE (GDS)
Yesavage et al. (1983) “Development and validation of
a geriatric depression screening scale’ J. Psychiatric Res. 17:37-49
Nome:
Responda Sim ou Não consoante se tem sentido de há uma semana para cá:
Sim Não
1. *Está satisfeito(a) com a sua vida? S N
14. *Acha que tem mais problemas de memória do que as outras pessoas? S N
66
Sim Não
21. *Sente-se cheio(a)de energia? S N
23. *Pensa que a situação da maioria das pessoas passa é melhor do que a sua? S N
67
ESCALA CORNELL PARA A DEPRESSÃO NA DEMÊNCIA
CORNELL SCALE FOR DEPRESSION IN DEMENTIA
Nome:
Cotação
A = não avaliável 0 = ausente 1 = ligeiro ou intermitente 2 = grave
A avaliação deve basear-se nos sintomas e sinais que ocorreram na semana anterior à entre-
vista. Não pontuar se os sintomas resultarem de incapacidade física ou doença. As pergun-
tas são feitas a quem preste cuidados ao doente.
B. Perturbações comportamentais
5. Agitação a 0 1 2
Inquietude, torcer as mãos, puxar os cabelos
6. Lentificação de movimentos, discurso ou reacções a 0 1 2
7. Queixas somáticas múltiplas (se só houver sintomas GI cotar 0) a 0 1 2
8. Perda de interesse a 0 1 2
Menor envolvimento nas actividades habituais
(cotar só se a mudança foi repentina, i.e., em menos de um mês)
70
C. Sinais físicos
9. Perda de apetite a 0 1 2
(Comer menos que habitual)
10. Perda de peso ( cotar 2 se superior a 2,5 Kg num mês) a 0 1 2
11. Perda de energia, fadiga fácil, incapaz de manter actividades a 0 1 2
(cotar só se a mudança foi repentina, i.e., em menos de um mês)
D. Funções cíclicas
12. Variação diurna do humor a 0 1 2
Sintomas mais acentuados durante a manhã
13. Insónia inicial a 0 1 2
Adormece mais tarde do que lhe é habitual
14. Despertares múltiplos a 0 1 2
15. Insónia terminal a 0 1 2
Acorda mais cedo do que lhe é habitual
E. Perturbações do pensamento
16. Suicídio a 0 1 2
Sente que não vale a pena viver, deseja morrer ou fez
tentativa de suicídio
17. Baixa auto-estima a 0 1 2
Culpabiliza-se, deprecia-se, tem sentimentos de fracasso
18. Pessimismo a 0 1 2
Antecipação do pior
19. Delírios congruentes com o humor a 0 1 2
Delírios de ruína, hipocondríacos ou de perda
Pontuação Final:
71
INVENTÁRIO NEUROPSIQUIÁTRICO
NEUROPSYCHIATRIC INVENTORY (NPI)
74
Nome: Data / /
Frequente Gravid.
Idade N/A Não FxG Desgaste
(F) (G)
Manifestações neuropsiquiátricas
Delírios x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Alucinações x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Agitação x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Depressão/disforia x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Ansiedade x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Euforia/elação x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Apatia/indiferença x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Desinibição x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Irritabilidade/labilidade x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Comportamento motor aberrante x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Nota total INP
Alterações neurovegetativas x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Comportamento nocturno x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Apetite/alteração alimentar x 0 1 2 3 4 1 2 3 1 2 3 4 5
Diagnóstico:
MMSE:
Idade:
Sexo:
Duração da doença:
Escolaridade:
Medicação:
75
INVENTÁRIO NEUROPSIQUIÁTRICO (INP):
Instruções para a utilização e para a administração
I. Objectivo do INP
O Inventário Neuropsiquiátrico (INP) tem por objectivo obter informação relativamente à
existência de psicopatologia em pacientes com alterações cerebrais. O INP foi concebido
para ser aplicado em pacientes com doença de Alzheimer e outras demências, mas pode
ser útil na avaliação de alterações do comportamento noutras situações. O INP abrange dez
secções do comportamento, e duas neurovegetativas:
• Delírios ∑ • Apatia
• Alucinações ∑ • Desinibição
• Agitação • Irritabilidade
• Depressão • Comportamento motor aberrante
• Ansiedade • Comportamentos nocturnos
• Euforia • Apetite e alterações alimentares
76
B. Alterações do comportamento
As perguntas referem-se a mudanças no comportamento do paciente surgidas desde o início
da doença. Não são pontuados comportamentos existentes ao longo da vida do paciente e
que não se alteraram com a doença, mesmo que sejam anormais (p. ex.: ansiedade,
depressão). Aceitam-se para pontuação comportamentos que tenham estado presentes ao
longo da vida, mas que tenham mudado desde o início da doença (p.ex.: a pessoa foi sem-
pre apática, mas regista-se um aumento apreciável da apatia durante o período do inquérito).
O INP é tipicamente utilizado para avaliar mudanças do comportamento surgidas num de-
terminado período de tempo (p. ex.: nas últimas quatro semanas, ou noutro intervalo defi-
nido). Nalguns estudos pode-se utilizar o INP para avaliar alterações decorrentes do trata-
mento, ou surgidas desde a ultima observação clínica. Dever-se-á então analisar o período
de tempo referente à pergunta, para avaliar o impacto nas alterações recentes. Sublinhe
bem ao cuidador que as perguntas se referem a comportamentos surgidos, ou modificados
desde o início da doença. As perguntas podem, por exemplo, ser formuladas assim: ”Des-
de que ele/ela iniciou o tratamento com os novos medicamentos…”, ou: ”Desde que se au-
mentou a dose de…”
C. Perguntas de “screening”
A pergunta de “screening” é feita com o fim de determinar se existe, ou não, alteração de
comportamento. Se a resposta à pergunta em questão for negativa, assinale NÃO, e selec-
cione pergunta seguinte, ignorando as perguntas subsequentes. Se a resposta à pergunta
seleccionada for positiva, ou se houver incertezas da parte do cuidador, ou quaisquer in-
consistências entre a resposta e outra informação conhecida pelo clínico (p. ex.: o cuidador
responde de forma negativa à pergunta sobre euforia, mas o clínico acha que o paciente
está eufórico), assinala-se a categoria com “SIM”, e analisa-se a questão com mais detalhe
com as perguntas subsequentes. Se estas confirmam a pergunta seleccionada, determina-
se a gravidade e a frequência do comportamento de acordo com os critérios referentes ao
respectivo comportamento. Ao determinar a frequência e a gravidade, utilize os compor-
tamentos identificados pelas perguntas subsequentes como os mais aberrantes. Por exem-
plo se, quando lhe está a colocar as “subperguntas” da secção de “Agitação”, o cuidador
referir que o comportamento de oposição é particularmente problemático, então guie-se
pelo comportamento de oposição no que diz respeito à frequência e à gravidade da agi-
tação. Se houver dois comportamentos muito problemáticos, use a frequência e a gravida-
de de ambos os comportamentos para pontuar o item. Por exemplo, se o paciente tem
dois, ou mais, tipos de delírio, use a gravidade e a frequência de todos os comportamentos
delirantes para formular as perguntas referentes à gravidade e à frequência.
Pode acontecer que, nalguns casos, o cuidador responda de forma positiva à pergunta de
“screening”, e de forma negativa a todas as perguntas subsequentes. Se isso acontecer, peça
ao cuidador para explicitar o motivo que o levou a responder de forma afirmativa. Se a
informação fornecida for relevante no domínio do comportamento, mas em termos diferen-
tes, o comportamento deve ser pontuado como habitualmente, em relação à gravidade e à
frequência. Se a resposta afirmativa original era errónea, comprometendo qualquer pergunta
subsequente (“subpergunta”), então substitui-se por “NÂO” na pergunta de “screening”.
77
Algumas secções, tais como as referentes ao apetite, foram concebidas de forma a registar aumen-
tos ou diminuições de intensidade do comportamento (aumento, ou diminuição da intensidade
do apetite, ou do peso). Se o cuidador responder “sim” à primeira das duas perguntas (houve
diminuição do peso do doente?), não coloque a segunda pergunta ( houve aumento do peso do
doente?), uma vez que a resposta à segunda pergunta está contida na resposta à primeira. Se o
cuidador responder “não” à primeira das duas perguntas, então deve colocar a segunda pergunta.
D. Determinação da frequência
Para determinar a frequência, diga à pessoa que está a ser entrevistada: “Agora desejo saber
quantas vezes acontecem estes episódios [defina de acordo com a descrição dos com-
portamentos que, nas “subperguntas”, eles destacaram como sendo mais problemáticos].
Acha que eles acontecem menos do que uma vez por semana, cerca de uma vez por se-
mana, várias vezes por semana, mas não todos os dias, ou todos os dias?”. Determinados
comportamentos, tais como a apatia, acabam por estar continuamente presentes, e nesses
caso pode-se substituir “estão constantemente presentes” por “todos os dias”.
E. Determinação da gravidade
Para determinar a gravidade, diga à pessoa que está a ser entrevistada: “Agora desejo saber qual a
gravidade desses comportamentos. Quando digo gravidade, quero dizer em que medida é que
isso perturba o doente. Acha que [esses comportamentos] são ligeiros, moderados, ou severos?”.
Em cada secção são fornecidas descrições complementares que podem ser usadas para ajudar o
entrevistador a clarificar cada um dos graus de gravidade. Assegure-se, em cada caso, de que o
cuidador lhe dá a resposta definitiva, relativamente à frequência e à gravidade dos comportamen-
tos. Não adivinhe aquilo que pensa que o cuidador teria dito com base na sua discussão. Achámos
que é útil dar ao cuidador uma folha de papel onde se encontra descrito o que é frequência, e o
que é gravidade (menos do que uma vez por semana, cerca de uma vez por semana, várias vezes
por semana, e diária, ou continuamente em relação à frequência; e ligeiro, moderado e severo em
ralação à gravidade), para que eles possam visualizar as respostas alternativas. Isto também poupa
ao entrevistador ter que estar sempre a repetir as hipóteses alternativas a cada questão.
G. Alterações neurovegetativas
Os items 11 (sono), e 12 (apetite), foram adicionados posteriormente à publicação original do INP
(Cummings et al, 1994). Foram incluídos por serem áreas problemáticas comuns à doença de
Alzheimer e a outras demências. Formam parte do síndroma depressivo nalguns pacientes, e
foram especificamente excluídos da subescala de disforia no INP, de forma a permitir que essa
subescala foque os sintomas do humor. Estes dois sintomas não se encontram habitualmente
incluídos na pontuação total do INP, e podem não se encontrar incluídos em todos os protocolos.
78
H. Desgaste do acompanhante (D-INP)
Quando todas as áreas se encontram completadas, e o cuidador terminou também o preenchi-
mento da frequência e da gravidade, pode querer saber qual o desgaste sentido pelo cuidador,
caso o seu protocolo inclua a avaliação do desgaste. Para isso, pergunte ao cuidador qual foi o
desgaste, “emocional ou psicológico”, se é que ele existiu, que o comportamento acabado de
discutir produziu na pessoa prestadora dos cuidados permanentes ao paciente. Esta pessoa po-
de avaliar o seu próprio desgaste numa escala de cinco pontos, em que 0= ausência de desgas-
te, 1= mínimo; 2= ligeiro; 3= moderado; 4= moderadamente grave; 5= muito grave, ou ex-
tremamente grave. A escala de desgaste, deste instrumento, foi concebida por Daniel Kaufer, M.D.
Daí que para cada sector comportamental haja quatro categorias a pontuar:
• Frequência
• Gravidade
• Total (frequência x gravidade)
• Desgaste no cuidador
A pontuação total do INP pode ser calculada pela soma dos pontos das 10 primeiras sec-
ções. Na maioria dos casos os 2 items neurovegetativos não se encontram incluídos na pon-
tuação total do INP. Caso eles estejam incluídos deve-se especificar que é a pontuação dos
12 items que se está a utilizar, em vez da dos 10. O desgaste do cuidador não é incluído
na pontuação total; será calculado aparte.
IV. INP-Lar
Foi criada uma versão do INP para lares (INP-Lar), a ser aplicada a cuidadores profissionais em
ambiente institucional. O seu conteúdo é semelhante ao do INP original; as perguntas foram re-
79
formuladas de modo a reflectir o facto de que o cuidador profissional não conheceu o pacien-
te antes do início da doença, pelo que desconhece se o comportamento actual é represen-
tativo de alterações relativamente ao comportamento pre-mórbido. As perguntas referentes ao
desgaste do cuidador foram revistas de forma a avaliar o estado de “ruptura ocupacional” cau-
sado pelo comportamento. O INP-Lar pode ser obtido através do “UCLA Alzheimer’s Disease
Center, Reed Neurological Research Center, 710 Westwood Plaza, Los Angeles, California, 90095-
1769. O custo de uma video-cassette para treino do INP-Lar é de US $ 25,-
V. Video-cassette de treino
As video-cassettes para aprendizagem do INP, e do INP-Lar, podem ser pedidas ao “UCLA
Alzheimer’s Disease Center, Reed Neurological Research Center, 710 Westwood Plaza, Los
Angeles, California, 90095-1769. O custo de uma video-cassette para treino do INP-Lar é de US
$ 25,- (sujeito a alteração). Recomenda-se vivamente o uso de cassettes video para treinar os
utilizadores e uniformizar a aplicação, caso se pretenda utilizar os instrumentos em investigação.
VI. Tradução
O INP encontra-se disponível em várias línguas (inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, bra-
sileiro, português, holandês, grego, norueguês, japonês, chinês, tailandês e hebreu), e estão
em curso mais traduções. Contacte, por favor, o Dr. Cummings no endereço abaixo indicado
(secção VIII) para informação sobre a disponibilidade destas traduções. Todas as traduções
passaram por um processo de tradução e retroversão por um cientista clínico bilingue, cuja
língua materna é a da tradução. O tradutor encontra-se identificado para fins de correspon-
dência, sempre que se fornece a tradução.
Referências
80
A. Delírios (NA)
O paciente acredita em coisas que não existem, ou não se estão a passar? Por exemplo, in-
siste em que alguém está a tentar fazer-lhe mal, ou a roubá-lo? Afirma que os seus familiares
não são quem dizem ser, ou que a casa onde mora não é a deles? Não me refiro só à des-
confiança; o que eu pretendo saber é se o paciente está convencido de que essas coisas
lhe estão a acontecer a ele (ou ela).
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O(a) paciente acredita que corre perigo - que os outros estão a planear
uma agressão contra ele (ela)?
2. O paciente acredita que está a ser roubado?
3. O paciente acredita que está a ser traído pelo cônjuge?
4. O paciente acredita que tem pessoas indesejadas a viver em sua casa?
5. O paciente acredita que o seu cônjuge, ou outros não são quem alegam
ser?
6. O paciente acredita que a sua casa não é o seu lar?
7. O paciente acredita que os seus familiares planeiam abandoná-lo?
8. O paciente acredita que personagens da televisão, ou das revistas, estão
presentemente em sua casa?
9. O paciente acredita noutras coisas invulgares que eu não tenha mencio-
nado?
81
B. Alucinações (NA)
O paciente tem alucinações, tais como falsas visões ou vozes? Parece ver, ouvir ou sentir
coisas que não estão presentes? Com esta pergunta não nos estamos a referir só a falsas
crenças, como a de afirmar que alguém que faleceu ainda está vivo. O que nós queremos
de facto saber é, se ele tem realmente percepções anormais de sons, ou visões.
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente diz que ouve vozes, ou reage como se ouvisse vozes?
2. O paciente conversa com pessoas que não se encontram ali?
3. O paciente descreve coisas que afirma ver, e que não são vistas pelos
outros, ou comporta-se como se visse coisas que os outros não veem
(pessoas, animais, luzes, etc)?
4. O paciente refere sentir cheiros não sentidos pelos outros?
5. O paciente refere sentir coisas na sua pele, ou aparenta estar a sentir
coisas a rastejar na pele, ou a tocá-lo?
6. O paciente descreve sabores sem justificação para tal?
7. O paciente descreve outras experiências sensoriais invulgares?
82
C. Agitação/Agressão (NA)
O paciente tem períodos em que se recusa a colaborar, ou não deixa que os outros o aju-
dem? É difícil de se lidar com ele?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente fica zangado com quem tenta tratar dele, ou opõe resistência
por ex. a tomar banho, ou a mudar de roupa?
2. O paciente é teimoso, e só faz as coisas como ele quer?
3. O paciente não colabora e rejeita a ajuda de terceiros?
4. O paciente apresenta algum outro comportamento que faça com que
seja difícil lidar com ele?
5. O paciente grita, ou pragueja zangado?
6. O paciente bate com as portas, atira com os móveis, deita fora coisas?
7. O paciente faz menção de magoar ou bater noutras pessoas?
8. O paciente apresenta qualquer outro comportamento agressivo ou alterado?
83
D. Depressão/Disforia (NA)
O paciente parece triste, ou deprimido? Diz que se sente triste, ou deprimido?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente tem períodos de choro ou de lamentações indicadores de
tristeza?
2. O paciente fala ou comporta-se como se estivesse triste ou desanimado?
3. O paciente desvaloriza-se, ou diz que se sente um falhado?
4. O paciente diz que é uma pessoa má, ou que merece ser castigado?
5. O paciente parece muito desanimado, ou refere não ter futuro?
6. O paciente considera-se um fardo para a família, ou acha que a família
passaria melhor se se visse livre dele?
7. O paciente manifesta desejo de morrer, ou fala em se matar?
8. O paciente revela algum outro sinal de depressão, ou de tristeza?
84
E. Ansiedade (NA)
O paciente anda muito nervoso, preocupado, ou assustado, sem razão aparente? Parece
muito tenso ou inquieto? Receia ser separado de si?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente diz que anda preocupado acerca de acontecimentos pla-
neados?
2. O paciente tem períodos em que se sente trémulo, incapaz de relaxar, ou
excessivamente tenso?
3. O paciente tem períodos [ou queixas] de falta de ar, em que se engasga,
ou tem soluços sem outra razão aparente a não ser o nervosismo?
4. O paciente queixa-se de sensação de “desconforto na barriga”, ou de
palpitações ou aceleração no coração, associados ao nervosismo?
[não sendo os sintomas explicáveis por saú de precária]?
5. O paciente evita certos locais ou situações que o põem mais nervoso,
tais como andar de carro, encontrar-se com amigos, ou estar no meio
de multidões?
6. O paciente fica nervoso e zangado quando está longe de si (ou da
pessoa que cuida dele)? (Agarra-se a si, para não ser separado)?
7. O paciente denota quaisquer outros sinais de ansiedade?
85
F. Elação/Euforia (NA)
O paciente parece muito animado, ou feliz, sem razão aparente? Não me refiro à alegria
normal, por encontrar amigos, receber prendas, ou estar com a família. O que eu pretendo
saber, é se paciente denota um bom-humor persistente e anormal, ou se acha graça a coisas
que não têm piada para os outros?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente aparenta sentir-se bem demais, ou estar demasiado feliz,
diferente do que lhe é habitual?
2. O paciente acha graça e ri de coisas a que os outros não acham graça?
3. O paciente parece ter um sentido de humor infantil, com tendência para
troçar ou se rir despropositadamente, como quando algo desagradável
acontece aos outros)?
4. O paciente conta piadas, ou faz comentários, a que os outros acham
pouca piada, mas que têm muita graça para ele?
5. O paciente faz partidas, tais como beliscar os outros ou jogar às escon-
didas, só para se divertir?
6. O paciente costuma “gabar-se”, ou achar-se com mais talentos ou bens
do que tem na realidade?
7. O paciente denota quaisquer outros sinais de sensação de bem estar, ou
de se sentir demasiado feliz?
86
G. Apatia/Indiferença (NA)
O paciente perdeu o interesse no mundo que o rodeia? Perdeu o interesse em fazer coisas,
ou falta-lhe a motivação para começar novas actividades? Conversa menos, e tem sido mais
difícil interessá-lo em fazer coisas? Anda apático ou indiferente?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente parece menos espontâneo e menos activo do que habitual-
mente?
2. O paciente tem tido menos interesse em começar uma conversa?
3. O paciente está menos carinhoso e emotivo do que o habitual?
4. O paciente ajuda menos nas tarefas domésticas?
5. O paciente parece menos interessado nas tarefas e nos planos dos outros?
6. O paciente perdeu o interesse pelos amigos e pela família?
7. O paciente anda menos entusiasmado relativamente aos seus interesses
habituais?
8. O paciente revela algum outro sinal de que não se interessa por fazer
coisas novas?
87
H. Desinibição (NA)
O paciente parece agir por impulsos, sem reflectir? Tem feito, ou dito coisas que habitual-
mente não se fazem, ou dizem em público? Faz coisas que são embaraçadoras para si, ou
para outros?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente age de forma impulsiva, sem medir as consequências?
2. O paciente fala com estranhos, como se os conhecesse?
3. O paciente diz coisas às pessoas, que são desagradáveis ou ferem a sua
sensibilidade?
4. O paciente diz frases grosseiras, ou faz comentários sexuais, que normal-
mente não faria?
5. O paciente fala abertamente sobre assuntos muito pessoais ou particulares,
que habitualmente não abordaria em público?
6. O paciente toma liberdades, ou toca, ou abraça outros, de uma forma
que não é habitual para o seu feitio?
7. O paciente exibe quaisquer outros sinais de perda de controlo dos seus
impulsos?
88
I. Irritabilidade/Labilidade (NA)
O paciente fica irritado e perturba-se com facilidade? O seu humor varia muito? Anda anor-
malmente impaciente? Não nos referimos à frustração pela perda de memória, nem à incapa-
cidade em executar as tarefas habituais; queremos saber se o paciente tem andado anormal-
mente irritado, impaciente, ou com oscilações do humor diferentes do que lhe é habitual.
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente anda mal humorado, “descontrolando-se” facilmente com
pequenas coisas?
2. O paciente tem mudanças bruscas de humor: tão depressa está bem,
como fica zangado no minuto seguinte.
3. O paciente tem súbitos rasgos de fúria?
4. O paciente anda sem calma, com dificuldade em aceitar atrasos ou es-
peras de actividades planeadas?
5. O paciente anda mal disposto e irritável?
6. O paciente discute, e é difícil lidar com ele?
7. O paciente exibe outros sinais de irritabilidade?
89
J. Comportamento motor aberrante (NA)
O paciente deambula, e volta a fazer muitas vezes as mesmas coisas, tais como abrir armá-
rios ou gavetas, ou mexe e remexe em coisas à sua volta, ou fica a enrolar fios e cordas?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente deambula pela casa, sem qualquer finalidade?
2. O paciente anda a vasculhar gavetas e armários?
3. O paciente veste-se e despe-se repetidamente?
4. O paciente passa a vida a repetir-se nas mesmas coisas, ou nos mesmos
hábitos?
5. O paciente entrega-se a actividades repetidas, tais como mexer em botões,
apanhar coisas, enrolar fios, etc?
6. O paciente mexe-se excessivamente, parece incapaz de permanecer
sentado em sossego, bate com os pés e tamborila com os dedos das
mãos?
7. O paciente tem quaisquer outras actividades que execute repetidamente?
90
L. Sono (NA)
O paciente tem tido dificuldade em dormir (não é de considerar, no caso do paciente se
levantar apenas uma, ou duas vezes por noite só para ir à casa-de-banho, voltando logo a
adormecer)? Passa a noite a pé? Deambula durante a noite, veste-se, ou perturba o seu
sono?
NÃO (passe à pergunta de “screening” seguinte) SIM (responda às “subperguntas”)
1. O paciente tem dificuldade em adormecer?
2. O paciente levanta-se durante a noite ( não considere caso o paciente se
levante uma, ou duas vezes por noite só para ir à casa-de-banho)?
3. Durante a noite o paciente deambula, ou põe-se a fazer coisas que não
vêm a propósito?
4. O paciente acorda-o durante a noite?
5. O paciente acorda durante a noite, veste-se e prepara-se para sair, pensan-
do que já é de manhã, e que está na hora de começar o dia?
6. O paciente acorda cedo demais de manhã (mais cedo do que lhe era
habitual)?
7. O paciente dorme excessivamente durante o dia?
8. O paciente apresenta qualquer outro comportamento nocturno que o in-
comoda e que não tenha sido referido?
92
ESCALA DE DEMÊNCIA DE BLESSED
TRADUÇÃO:
Carlos Garcia, 1984
mendonca@fm.ul.pt ou mguerreiro@netcabo.pt
ESCALA DE DEMÊNCIA DE BLESSED
Blessed G, Tomlinson BE, Roth M, 1968. The association between quantitative
measures of dementia and of senile change in the cerebral grey matter of elderly subjects.
British Journal of Psychiatry 114: 797-811
A. Vida quotidiana
Classificação: Ausência de defeito = 0; Presença de defeito = 1; Presença inconsistente = 0.5)
1. Incapacidade de realizar tarefas caseiras
(cozinhar, tratar da roupa, fazer limpezas, jardinar, fazer arranjos em casa, cuidar do carro..)
B. Mudança de hábitos
Classificação: a indicada em cada item (0, 1, 2, 3)
9. Comer
– Asseadamente, com os talheres adequados
(sem alterações) (0)
– Come sem asseio e só com a colher
(come com a mão, usa talheres ao acaso....) (2)
– Come só sólidos
(biscoitos, pão....) (2)
– Tem que ser alimentado (3)
94
10. Vertir
– Sem ajuda
(sem alterações) (0)
– Apresenta alguma dificuldade
(Abotoa botões fora do sítio, esquece ocasionalmente peças de vestuário.....). (1)
– Peças de vestuário na sequência errada
(esquece com frequência peças de vestuário...) (2)
– Incapaz de se vestir (3)
11. Esfíncteres
– Controlo completo
(sem alterações) (0)
– Urina na cama
(ocasionalmente) (1)
– Urina na cama
(com frequência) (2)
– Incontinência de fezes e urina (3)
TOTAL:
95
AVALIAÇÃO DA INCAPACIDADE FUNCIONAL
NA DEMÊNCIA
DISABILITY ASSESSMENT FOR DEMENTIA SCALE (DAD)
Examinador: Duração:
Planeamento e
organização
Eficácia de
execução
não precisou que o(a) ajudassem, ou lembrassem,
Iniciativa
nas seguintes actividades/tarefas:
HIGIENE
Lavar-se, ou tomar banho/duche
Lavar os dentes, ou tratar da sua prótese dentária
Tratar do seu cabelo (lavar e pentear)
Preparou a água, as toalhas, o sabonete para se lavar, ou tomar banho/duche
Lavou e limpou bem o corpo todo em segurança
Lavou os dentes, ou tratou da sua prótese dentária adequadamente
Tratou do seu cabelo (lavou-o e penteou-o)
VESTIR
Vestir-se
Escolheu as roupas apropriadas
(consoante a ocasião, o tempo, o estado de limpeza e a combinação das cores)
98
PREPARAÇÃO DA REFEIÇÃO
Decidir que tinha necessidade de confeccionar uma refeição ligeira para si próprio
Planeou adequadamente uma refeição ligeira (ingredientes, utensílios de cozinha)
Preparou ou confeccionou uma refeição ligeira nas normas de segurança
UTILIZAÇÃO DO TELEFONE
Resolver telefonar a alguém numa altura adequada
Encontrou e marcou correctamente um número de telefone
Manteve e terminou de forma adequada uma conversação telefónica
Anotaou e transmitiu de forma adequada uma mensagem telefónica
Planeamento e
organização
Eficácia de
execução
, não precisou que o(a)
Iniciativa
ajudassem, ou lembrassem, nas seguintes actividades/tarefas:
SAÍR À RUA
Resolveu saír para o exterior (passeio, visita, compras), numa altura apropriada
Preparar uma saída de forma adequada, prevendo o transporte, as chaves, o destino,
as condições do tempo, o dinheiro necessário e a lista de compras
Saír e dirigir-se a um local conhecido, sem se perder
Utilizar de forma segura o transporte adequado (automóvel, autocarro, táxi)
Regressar com as compras certas
FINANÇAS E CORRESPONDÊNCIA
Revelar interesse pelos seus assuntos pessoais, tais como as finanças ou a correspondência
Organizar as suas finanças para fazer os pagamentos (cheques, caderneta bancária, ecibos)
Organizar a sua correspondência adequadamente,
como por ex.: o papel de carta, os endereços, os selos
Comentários:
SUB-TOTAL/# items aplicáveis / / /
TOTAL DA IFD/# items aplicáveis / / /
TOTAL DA IFD em percentagem
Copyright © 1994 por L. Gauthier & I. Gélinas
99
ENTREVISTA DE ZARIT DE SOBRECARGA DO
CUIDADOR
ZARIT BURDEN INTERVIEW
Instruções:
Segue-se uma lista de perguntas em relação com sentimentos ou ideias que as pessoas têm,
por vezes, quando cuidam de um familiar doente. Por favor assinale, para cada pergunta, a
resposta que melhor indica a frequência com que se sente dessa forma ou tem esses pen-
samentos (“nunca”, “raramente”, “algumas vezes”, “bastantes vezes”, “quase sempre”, etc.).
Não existem respostas certas ou erradas, só interessa o que melhor se aplica a si próprio(a).
Muito obrigado.
1. Acha que o seu familiar pede mais ajuda do que ele(ela) realmente precisa?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
2. Acha que não tem tempo suficiente para si próprio(a), devido ao tempo que tem
de dedicar ao seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
3. Sente-se em "stress" por ter de se dividir entre o cuidar do seu familiar e as suas
outras responsabilidades (trabalho/família)?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
6. Acha que o seu familiar está presentemente a afectar, de forma negativa, a sua rela-
ção com outros membros da família ou com os seus amigos?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
102
9. Sente-se em tensão quando está com o seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
10. Acha que a sua saúde se tem ressentido por causa do seu envolvimento com o seu
familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
11. Acha que não tem tanta privacidade quanto desejaria, por ter de cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
12. Acha que a sua vida social se tem ressentido por estar a cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
13. Sente-se desconfortável quando recebe visitas dos amigos, por causa do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
14. Acha que o seu familiar espera que cuide dele como se fosse a única pessoa com
quem ele pode contar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
15. Acha que não tem dinheiro suficiente para cuidar do seu familiar, tendo em conta
todas as suas outras despesas?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
16. Acha que já não será capaz de continuar a cuidar do seu familiar por muito mais tempo?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
17. Sente que perdeu o controlo sobre a sua vida desde que a doença do seu familiar apareceu?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
18. Deseja que pudesse ser uma outra pessoa a cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
20. Acha que devia estar a fazer mais pelo seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
103
22. De uma maneira geral, de que forma se sente sobrecarregado(a) por estar a cuidar
do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
23. Acha que o seu familiar pede mais ajuda do que ele(ela) realmente precisa?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
24. Acha que não tem tempo suficiente para si próprio(a), devido ao tempo que tem
de dedicar ao seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
25. Sente-se em "stress" por ter de se dividir entre o cuidar do seu familiar e as suas
outras responsabilidades (trabalho/família)?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
28. Acha que o seu familiar está presentemente a afectar, de forma negativa, a sua
relação com outros membros da família ou com os seus amigos?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
32. Acha que a sua saúde se tem ressentido por causa do seu envolvimento com o seu
familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
33. Acha que não tem tanta privacidade quanto desejaria, por ter de cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
104
34. Acha que a sua vida social se tem ressentido por estar a cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
35. Sente-se desconfortável quando recebe visitas dos amigos, por causa do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
36. Acha que o seu familiar espera que cuide dele como se fosse a única pessoa com quem
ele pode contar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
37. Acha que não tem dinheiro suficiente para cuidar do seu familiar, tendo em conta todas
as suas outras despesas?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
38. Acha que já não será capaz de continuar a cuidar do seu familiar por muito mais tempo?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
39. Sente que perdeu o controlo sobre a sua vida desde que a doença do seu familiar
apareceu?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
40. Deseja que pudesse ser uma outra pessoa a cuidar do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
42. Acha que devia estar a fazer mais pelo seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
44. De uma maneira geral, de que forma se sente sobrecarregado(a) por estar a cuidar
do seu familiar?
nunca raramente algumas vezes bastantes vezes quase sempre
105
ESCALA DE QUEIXAS DE MEMÓRIA
Subjective Memory Complaints – SMC
ORGANIZAÇÃO:
Sandra Ginó, Manuela Guerreiro, Carlos Garcia,
Laboratório de Estudos de Linguagem – 2001
sandragino@gmail.com
ESCALA DE QUEIXAS DE MEMÓRIA
Subjective Memory Complaints – SMC
Schmand B, Jonker C, Hooijer C, Lindeboom J. 1996. Subjective memory complaints
may announce dementia. Neuroloy, 46, 121-125
SMC
108
8. Acha que anda a pensar mais devagar do que antes?
0 – Não
1 – Sim
2 – Sim, com problemas
109
ESCALA DE ACTIVIDADES INSTRUMENTAIS
DE VIDA DIÁRIA (IADL)
ESCALA DE LAWTON E BRODY
TRADUÇÃO DE
ESCALA DE ACTIVIDADES INSTRUMENTAIS
DE VIDA DIÁRIA (AIVD)
Escala de Lawton e Brody
SLawton M.P; Brody E.M. Assessment of older people: self-maintaining and instrumental
activities of daily living. Gerontologist. 1969 Autumn;9(3):179-86
B. Compras
1. Faz todas as compras independentemente 1
2. Só faz, independentemente, pequenas compras 0
3. Necessita ser apoiado para fazer pequenas compras 0
4. Completamente incapaz de ir às compras 0
Não aplicável 9
112
C. Cozinhar
1. Planeia, prepara e serve adequadamente as refeições,
de modo independente 1
2. Prepara as refeições adequadamente, se lhe forem dados os ingredientes 0
3. Aquece e serve refeições já preparadas ou prepara refeições,
mas não mantêm uma dieta adequada 0
4. Necessita que lhe preparem e sirvam as refeições 0
Não aplicável 9
D. Lida da casa
1. Cuida da casa sozinho ou com assistência ocasional
(ex.: ajuda para trabalhos domésticos mais pesados) 1
2. Faz trabalhos leves, como lavar a loiça e fazer as camas 1
3. Faz tarefas diárias leves, mas não pode manter um nível aceitável de limpeza 1
4. Necessita de ajuda em todas as tarefas domésticas 0
5. Não participa em qualquer actividade doméstica 0
Não aplicável 9
E. Tratamento da Roupa
1. Cuida completamente da lavagem da sua roupa 1
2. Lava pequenas peças (meias, cuecas, etc..) 0
3. Toda a lavagem de roupa é feita por outros 0
Não aplicável 9
F. Deslocações
1. Viaja independentemente em transportes públicos ou conduz
o seu próprio carro 1
2. Desloca-se de táxi, mas não usa transportes públicos 1
3. Viaja em transportes públicos quando acompanhado por outras pessoas 1
4. Viaja, limitado a táxi ou automóvel particular com assistência de outros 0
5. Não viaja de todo 0
Não aplicável 9
113
H. Capacidade para tratar das finanças
1. Trata de assuntos financeiros independente (assina cheques,
faz pagamentos, vai ao banco, etc.), mantendo organizado a sua escrita 1
2. Trata dos assuntos diários, mas necessita de ajuda para ir ao banco,
ou tratar de assuntos mais complicados 0
3. Incapacidade para utilizar o dinheiro 0
Não aplicável 9
114
ESCALA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA
Satisfaction With Life Scale (SWLS)
VERSÃO PORTUGUESA:
Félix Neto, José Barros, António Barros
Neto, F., Barros, J., e Barros, A. (1990). Satisfação
com a vida. In L. Almeida, R. Santiago, P. Silva. L. Oliveira, O. Caetano,
e J. Marques (Eds.), A acção educativa: Análise psico-social,
91-100. Leiria: ESEL./APPORT
ESCALA DE SATISFAÇÃO COM A VIDA
Satisfaction With Life Scale (SWLS)
Diener, Emmons, Larsen & Griffin (1985)
J Pers Assess. 1985 Feb; 49(1): 71-5
Em baixo seguem-se 5 afirmações com as quais pode concordar ou não. Usando a escala
de 1 a 7, que segue cada afirmação, indique a sua concordância com cada afirmação,
colocando um circulo em volta do número apropriado.
116
4. Até ao momento tenho alcançado as coisas importantes que quero para a minha vida.
1 Não concordo totalmente
2 Não concordo
3 Não concordo ligeiramente
4 Neutro, não concordo nem discordo
5 Concordo ligeiramente
6 Concordo
7 Concordo totalmente
117
OUTROS INSTRUMENTOS
Escala de Actividades de Vida Diária para Defeito Cognitivo Ligeiro do Estudo Coopera-
tivo na Doença de Alzheimer (Alzheimer's Disease Cooperative Study
– Activities of Daily Living - ADCS/ADL MCI)
Helena Pedrosa – lena@zmail.pt
118