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1ª edição
Presidente
Carlos Gomes
Vice-Presidente
Vladas Urbanavicius Júnior
120 p.
CDD 133.9
CDE 40.01.01
PROGRAMAÇÃO DO VIII CONGRESSO DE INICIAÇÃO À CIÊNCIA ESPÍRITA –
CONICE 2021
ABERTURA DO EVENTO
ARTIGOS COMPLETOS
(Por ordem alfabética dos títulos dos trabalhos)
espírita......................................................................................................... 11-27
– MG............................................................................................................ 28-37
espírita......................................................................................................... 38-46
MG............................................................................................................... 47-58
espírita......................................................................................................... 59-67
eterno......................................................................................................... 94-101
Jesus....................................................................................................... 106-113
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
Paraná 2%
Goiás 3%
4 RESULTADOS DA PESQUISA
Sim, está
Sim, está
funcionando de Sim, está
funcionando Já possuiu mas
forma híbrida Nunca possuiu funcionando
presencialment está desativada
(presencial e online
e
online)
Série1 0,00% 4,88% 14,63% 26,83% 53,66%
Chama a atenção na figura 5 que 80% das mocidades espíritas possuem entre
2 a 10 frequentadores. A figura 6 identifica a participação do respondente na mocidade
espírita.
A figura 9 mostra que apenas 41% das casas espíritas possuem condições
para adotar o modelo híbrido. A figura 10 identifica as dificuldades para iniciar ou
manter uma mocidade espírita.
18
Falta de
conheci
Falta de
Falta de mento Falta de Falta de
conheci Falta de
estrutur Falta de Falta de sobre apoio apoio
mento interesse
a da casa material outros apoio da funciona dos pais dos
das dos
(espaço didático Diretoria mento dos Trabalha
obras Jovens
físico) de uma jovens dores
básicas
mocidad
e
Série1 4,27% 5,98% 5,98% 6,84% 10,26% 11,97% 14,53% 17,09% 23,08%
que atendia aos jovens das casas espíritas da localidade. Mais tarde cada casa foi
implantando a sua própria mocidade;
o Iniciou com os filhos dos frequentadores da casa e aberta aos que queriam
participar;
o Foi criada juntamente com Evangelização Infantil, a mais ou menos, vinte a trinta
anos atrás;
o Havia o desejo de jovens adultos frequentadores do centro de iniciarem esse
projeto. Assim, após autorização da diretoria foi iniciada a atividade;
o Em setembro de 2016, a diretoria da casa me convidou para implantar o trabalho de
mocidade. Não havia esse trabalho lá. Foi então que a mocidade nasceu;
o Surgiu através da necessidade de atender os nossos alunos Evangelização infantil;
o Para entreter e atender algumas crianças das proximidades da Casa;
o Foi criada por meio de amigos que frequentavam a casa e perceberam que a
Mocidade 1 não atendia mais a demanda da casa;
o Solicitamos à diretoria da casa que nos permitissem criar uma mocidade, já que a
casa não tinha evangelização infantil e mocidade. Além disso, o bairro apresentava
uma grande quantidade de jovens que se reuniam para andar de skate na praça
principal;
o A casa ficou sem mocidade durante 10 anos, depois que o último coordenador se
mudou da cidade, então eu e uma companheira frequentadora da casa também nos
juntamos e tentamos voltar com as reuniões, e conseguimos;
o Pelos jovens que vieram das outras casas quando fundaram o centro;
o A mocidade deu início com as crianças crescendo...e a necessidade. De continuar
os estudos;
o Funcionou de 2018 até o início da pandemia. Era reuniões mensais de uma hora.
Primeiramente era no sábado à tarde, depois as reuniões eram na terça-feira à
tardinha;
o Foi criada como um grupo de estudos para atender os jovens frequentadores da
casa;
o Eu não sei, pois comecei a auxiliar há pouco tempo. Já estava online.
Fonte: Dados da pesquisa.
o Em nossas reuniões foi decidido que seria melhor online, no momento. Vamos
acompanhando como ficam os decretos da cidade, em relação a isso. Mas
acreditamos que com a vacinação tudo isso será viável;
o Por enquanto ainda não. Talvez para o ano que vem, toda Evangelização volta.
Deus quer!
o Precisamos avaliar a questão de logística de trabalhadores e a opinião dos
evangelizandos;
o Sim, já temos esta modalidade para palestras e úteis estudos;
o Sim, já estamos nos preparando, pois temos jovens de outras Cidades, no formato
online e não podemos perder o vínculo;
o Tenho pensado bastante nisso e vejo possibilidades interessantes, mas ainda
precisamos amadurecer a ideia, talvez até o retorno já saiba o que fazer!
o Não. Os jovens da nossa casa espírita não se adequaram a esta modalidade;
o Não, pois não temos trabalhadores para isso;
o Seria possível, desde que as famílias concordassem;
o No momento não, pois não houve vacinação de todos;
o Estamos nos organizando para isso ... ainda não temos internet na casa espírita;
o Eles são resistentes a ideias novas. É preciso conversar com diretoria;
o Tem como nos estruturar para tal sim;
o Sim, já foi iniciado de forma on-line. Porém, atualmente está suspensa com planos
de retornar presencial;
o Não;
o Sim. No retorno, tivemos algumas experiências deste tipo, até que voltamos para a
presencial no Centro, por escolha através de votação;
o Ainda não adquirimos os equipamentos para a realização, os evangelizadores
fazem o estudo de sua própria casa por enquanto. A aquisição já está sendo
realizada pela diretoria da casa, para se adequar ao possível retorno presencial
neste semestre;
o Acredito que existe sim essa possibilidade, desde que seja bem estruturado. Pode
inclusive ser muito oportuno para atender tanto aos jovens que por algum motivo
tenham dificuldade de estarem presentes no formato online (falta de dispositivos,
problemas de conexão, etc.), quanto aos jovens que não poderiam frequentar
presencialmente (pessoas internadas, em viagens, morando em outras regiões do
país ou fora dele, etc.);
o Ainda não há estrutura para isso.
Fonte: Dados da pesquisa.
o Criar o hábito nas pessoas, encontrar o grupo de jovens que se afinizam e formar um
grupo estável;
o Reação de jovens junto aos mais antigos que os tratam como crianças o que causa
afastamento da casa e absorção de novas tarefas;
o Trata-los como pessoas que pensam por si. Deixar de trata-los como infância e
desmitificar o preconceito junto as atividades jovens junto a Direção;
o Falta de interessados em participar, por isso estamos tentando organizar um grupo
via AME, envolvendo as 3 Casas, mas ainda estamos num estágio muito inicial;
o Falta incentivo dos pais, temas de interesse dos alunos que estejam atrelados aos
ensinamentos da doutrina. Além da falta de material humano e didático;
o Conseguir reunir os jovens;
o Em geral, vejo o receio do despreparo dos trabalhadores para criar um ambiente
adequado e que atenda ao interesse dos jovens;
o O planejamento dos estudos. Na época não conhecia o movimento espírita e
pesquisava no Google ideias vindas de outras mocidades em que tinham páginas na
Web e as informações disponibilizadas pela própria FEB. Não menos importante, era
o envolvimento da casa para garantir que no horário combinado para a reunião da
mocidade, não houvesse atividades paralelas no local. No caso do Centro Espírita,
como a casa é muito pequena - conta com um salão, uma biblioteca bem pequena e
outra sala também bem pequena - apenas o salão principal estava disponível para
todas as reuniões da casa. Porém, frequentemente, no horário definido para a
mocidade, havia trabalhadores conversando no local. Na grande maioria das vezes,
nada relacionado à doutrina. Apenas hábito de estar na casa naquele horário;
o Para iniciar não vejo dificuldades, acho difícil manter pois a oscilação do número de
jovens na Mocidade e o desafio de trazer algo que interesse a eles, pode assustar
aqueles que se dispõe a coordenar;
o Os jovens não se interessam muito;
o Eu diria que, em primeiro lugar, seria a falta de trabalhadores interessados nessa
área dentro da casa espírita e em segundo lugar a falta de motivação dos jovens;
o Várias. Talvez a maior para iniciar seja o interesse dos jovens quando ainda
desconhecem o funcionamento de uma mocidade;
o Muito amor...e estudo;
o Hoje percebemos que os jovens estão desmotivados, estão sobrecarregados com os
estudos escolares online, e isso repercute também nas aulas da doutrina;
o Público;
o Como despertar o interesse sobre o estudo da doutrina e envolver os jove ns na casa
de forma prazerosa;
o Ter jovens;
o Jovens que queiram participar assiduamente;
o Preparar o evangelizador para atender os jovens;
o São várias, trabalhadores, a falta de experiência com os jovens... Quando iniciamos
não havia material, eu pedia ajuda para as pessoas, perguntava como é o que fazer,
foi um início bem no improviso, graças a Deus deu certo, mas poderia não ter
dado...e aí???
o Permanência do jovem na mocidade;
24
Através dos relatos obtidos pela pesquisa é possível notar alguns pontos em
comum, destacando-se:
Dentre diversas ações práticas citadas na pesquisa foi possível observar algumas
tendências, listadas abaixo:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se com o artigo, que mais de 85% dos respondentes são de Centros
Espíritas que já possuem ou que em algum momento possuíram mocidade, e dentre
esses 53% estão funcionando de forma online no momento, tendo mais da metade dos
grupos (54%) entre 6 a 10 jovens.
Sobre os formatos virtuais atuais, 68% responderam que acha viável online, e
73% responderam que acham viável o estudo de forma híbrida, porém apenas 41% das
casas dos respondentes estariam aptas para adotar o formato híbrido neste momento.
27
REFERÊNCIAS
RESUMO
Nesta pesquisa, o objetivo foi contextualizar a ascensão do movimento espírita na
cidade de Pedralva – MG e/ou o Núcleo Espírita Humberto de Campos, dando ênfase
na característica histórica do espiritismo brasileiro, bem como as características que
conferem o bom funcionamento de um núcleo espírita. O estudo foi conduzido por meio
de revisão bibliográfica e entrevistas com pessoas de papel relevante na formação do
núcleo espírita em questão, o qual se fez correspondente com a formação do espiritismo
no Brasil, bem como suas premissas e condutas como rege todo um início e
funcionamento. O Núcleo Espírita Humberto de Campos embora tenha tido problemas
de assiduidade no seu início, hoje conta com um grupo mais coeso, embora ainda
diminuto. O núcleo expandiu suas atividades, podendo atender melhor a comunidade,
podendo assegurar inclusive o respeito diante da mesma e o estabelecimento dos seus
freqüentadores.
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Spinola (1997), retrata que Kardec (2003), defendia que os núcleos deveriam ser
pequenos, com poucas pessoas, para que houvesse uniformidade de sentimentos,
maior eficácia dos elementos constituintes, menor divergência de idéias e menor
facilidade de espíritos perturbadores semearem a discórdia.
3 METODOLOGIA
4 ANÁLISE DE RESULTADOS
Foi sempre empréstimo, nós começamos a casa num sítio, depois ficou
difícil das pessoas irem lá. Depois fomos para uma sala de uma prima,
ela era dentista e fazíamos reuniões por lá. Depois a gente abriu uma
porta de um cômodo e em seguida passamos a fazer as reuniões na
casa do Sr. Antônio Fortes (ENTREVISTADO 2). O Núcleo ficou alguns
anos inativo retornando no endereço atual. No momento ainda estamos
com uma sede emprestada, mas já tentando arrecadar fundos para
uma sede própria, pois já ganhamos um terreno.
Nós fomos procurados pelo Sr. Antônio no CEAK (Núcleo Espírita Allan
Kardec) de Itajubá - MG. A intenção era tomar contato com os
princípios da Doutrina Espírita. A princípio era somente eu quem dava
as orientações. Depois formamos um Grupo do CEAK, fizemos uma
escala e semanalmente passamos a fazer reuniões que obedeciam a
uma programação. A casa espírita que deu esse apoio foi o CEAK. Eu
era o Presidente, inclusive o Nome da Instituição foi uma sugestão
nossa. Desenvolviam-se os princípios básicos da Doutrina Espírita.
32
B
Figura 1b: Antigo cômodo do Núcleo Espírita Humberto de Campos.
1300
1250
1200
1150
1100
1050
1000
950
900
850
800
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Figura 4: Curva de ascendência dos frequentadores do Núcleo Espírita Humberto de
Campos: eixo (x): Anos; eixo (y): Frequência.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CRISTIANO, E.; NORA. Aconteceu na casa espírita. Campinas: Centro Espírita Allan
Kardec, departamento editorial. 2002. 192 p.
FEB 2006 (Federação Espírita Brasileira). Orientação ao Centro Espírita. Disponível em:
<http://www.febnet.org.br/ba/file/Downlivros/orienta.pdf>. Acessado em: 26 jul. 2016.
FLAUSINO, V.; MEDEIROS, O. R. C.; JUNIOR, V. M. V. “Na casa de meu Pai, há muitas
moradas”: a doutrina espírita no modo de pensar dos gestores de Uberaba/MG. In: VIII
Encontro de Estudos Organizacionais da ANPAD, 2014, Gramado/RS. p. 1-15.
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns. Rio de Janeiro: Federação Espírita do Brasil. 2003.
578 p.
PIRES, J. H. O Centro Espírita. São Paulo: Editora Paidéia LTDA. 1980. 129 p.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
pelos Centros Espíritas, além da presença ou não dos respondentes desta pesquisa
nesses estudos.
Quanto às dificuldades em relação à Área Mediúnica, busca-se entender quais
são as que mais se destacam e, a partir desta pesquisa, a AOM (Área de Orientação
Mediúnica) do 23º CRE mapeará áreas de maior interesse/necessidade sobre o tema
Mediunidade e proporá planos de ação que visem ajudar às AMEs e Centros Espíritas.
dom ou qualidade especial atribuída a um espírito. Quanto à variedade dos médiuns (ou
tipos de mediunidade) que foi usada no questionário, o Livro dos Médiuns nos ensina:
3 MÉTODOS DA PESQUISA
Entrevista com
pessoas dotadas
Elaboração de de mediunidade Análise das
Pesquisa um e aplicação do informações
bibliográfica questionário questionário junto coletadas
sobre o tema estruturado ao movimento
espírita
4 ANÁLISE DE RESULTADOS
20
16
15
9
10
4 4 4 5
5 3 2 1 1 1 1 1 1 1 1
0
Nota-se acima que, dentre as cidades do 23º CRE Itajubá, Santa Rita do Sapucaí
e Pouso Alegre foram as cidades com maior número de respondentes, seguidas por
Pedralva, Monte Sião, Bueno Brandão e depois por Ouro Fino, Extrema, Piranguinho e
Brasópolis. São Paulo-SP, Guarulhos-SP, Itanhadú-MG, Jundiaí-SP, Mongaguá-SP,
Santo André-SP e São Lourenço-MG foram as cidades que não estão na área de
atuação do 23º CRE e que também tiveram respondentes.
Quanto aos Centros Espíritas que responderam, houve um total de 31, sendo
59% deles pertencentes ao 23º CRE. Abaixo a lista de Centros, em ordem alfabética.
Os Centros em vermelho não pertencem à área de atuação do 23º CRE.
20% 20%
60%
Desta forma, analisando as respostas dos que Médiuns afirmam ter apenas um
tipo de mediunidade temos que 12% dos respondentes (10, no total) se dizem Médiuns
Psicofônicos ou Falantes, 5% Médiuns Sensitivos ou Impressionáveis (4), 2% Médiuns
de Psicografia (2) e 1% Médiuns Videntes (1). As explanações sobre cada tipo de
Mediunidade encontram-se descritas anteriormente neste artigo, no tópico 2,
Mediunidade: Aspectos Conceituais. Assim, obteve-se nesta pesquisa 49% de médiuns
não-ostensivos, 20% de médiuns com um único tipo de mediunidade e os restantes 31%
dos médiuns possuem 2 ou mais tipos diferentes de mediunidade.
Na pergunta sobre a existência de Estudos Mediúnicos, obteve-se o seguinte
resultado:
44
Percebe-se que 4% dos respondentes (3) responderam que não há estudo sobre
Mediunidade em seu Centro Espírita, 12% deles (10) responderam que há Estudos
Mediúnicos e eles participam eventualmente, 19% (15) ainda responderam que há
Estudos Mediúnicos, mas eles não participam dos grupos de Estudo. A grande maioria,
portanto, ou seja, 65% dos respondentes (53) responderam que há estudos e eles
participam assiduamente. Calcula-se em 25 (31%) o total de médiuns que ou não
participa ou participa eventualmente, duas situações que se encontram descritas nas
dificuldades em relação ao trabalho mediúnico, abordado abaixo.
Novamente alerta-se para a situação da pandemia e, apesar de não ser foco
desta pesquisa, sabe-se que vários Centros mantiveram estudos e vibrações (sem
atividade mediúnica de comunicação) de forma online durante este período e alguns
Centros já retomaram os Estudos de forma presencial, igualmente às Reuniões
Mediúnicas, com todos os cuidados sanitários e seguindo as recomendações e
protocolos de cada município.
Em relação aos livros e apostilas usados, tanto pelos Centros Espíritas, como
pelos respondentes (eventualmente até mesmo de forma individual), seja em estudos
presenciais ou online (essa informação não foi alvo desta pesquisa), apenas 1
respondente disse ter usado um único material, a Apostila da FEB (Federação Espírita
Brasileira). Todos os demais fizeram uso de 2 ou mais materiais para estudar e se
preparar para o trabalho mediúnico. Em resumo, o uso dos livros e apostilas mostra-se
da seguinte forma:
Percebe-se que o uso das obras básicas de Allan Kardec é bastante difundido e
78 respondentes (22%) mencionaram o uso de O Livro dos Espíritos, 75 respondentes
(21%) de O Evangelho Segundo o Espiritismo e 71 disseram que usam O Livro dos
Médiuns (20%). Essas obras foram usadas de forma combinada em diversas situações,
seja entre si ou junto com outros livros e materiais sobre Mediunidade (não foram
solicitados seus nomes, foram apenas marcados como Outros), conforme 58
respondentes (16%), ou com Apostilas sobre Mediunidade da UEM (União Espírita
Mineira) segundo 40 respondentes (11%), ou ainda com Apostilas sobre Mediunidade
da FEB (Federação Espírita Brasileira0 conforme 36 respondentes (10%). Havia uma
curiosidade e uma expectativa quanto ao uso de O Livro dos Médiuns, a expectativa de
confirmou, com o uso mais intensivo de outras Obras Básicas - O Livro dos Espíritos e
O Evangelho segundo o Espiritismo como principais obras em uso, mas, uma agradável
surpresa ao notar um percentual elevado (20%) de uso de O Livro dos Médiuns.
Quanto às dificuldades encontradas, as principais foram elencadas no gráfico
abaixo, sendo que a falta de estudo ou o desinteresse pelo estudo pelos médiuns,
juntamente e como consequência disso a falta de preparo dos médiuns (neste caso,
também falta de preparo dos dialogadores) bem como a falta de responsabilidade, de
comprometimento ou de disciplina dos integrantes do grupo mediúnico. De certa forma,
um fator carreia o próximo, pois sem estudo não há compreensão ampla do que se faz
nem do porquê se faz e isso afeta o preparo dos médiuns e dos dialogadores na
execução do seu trabalho e, também por não ter compreensão ampla, o
comprometimento com o trabalho, a responsabilidade e a disciplina (vigiar e orar,
durante todas as horas de todos os dias) também são afetadas.
Abaixo estão listadas todas as situações que obtiveram 3 ou mais citações (ou
se enquadraram numa das citações, por serem parecidas e/ou terem significado similar).
21%
19%
9%
8%
7%
6% 6%
5% 5%
3% 3%
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BÍBLIA SAGRADA. N. T. 22. ed. Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica
Brasileira, 1986.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, ou Guia dos médiuns e dos evocadores:
Espiritismo experimental. Trad. de Guillon Ribeiro. 71. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003.
XAVIER, Francisco Cândido. Evolução em Dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz. 5.
ed. Rio de Janeiro. FEB, 1979.
47
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA ADOTADA
aos centros espíritas do país. Esses documentos têm por objetivo estimular o estudo, a
prática e a difusão do espiritismo, fundamentados nos livros de Allan Kardec.
O autor alerta também que há um considerável número de centros espíritas no
Brasil que não estão unidos às respectivas entidades federativas espíritas estaduais e,
consequentemente, ao CFN da FEB.
Perri de Carvalho apresenta uma questão bastante grave ao dizer que, em suas
viagens pelo país, foi possível perceber a existência de um grande abismo entre aquilo
que aparece formalmente escrito nos documentos do CFN da FEB e as realidades dos
centros espíritas brasileiros e de seus frequentadores.
O 19o CRE - Conselho Regional Espírita compõe junto aos demais CREs o
Conselho Federativo de Minas Gerais (COFEMG). Sediado na cidade Santa Luzia, na
região Centro Norte, encontra-se com uma equipe de gestores composta de presidente,
vice-presidente, secretária, tesoureiro e coordenadores de área de trabalho.
O quadro apresentado a seguir apresenta as cidades que possuem Aliança
Municipal Espírita e os Centros Espíritas Adesos.
6 RESULTADOS DA PESQUISA
O quadro 2 apresenta uma visão geral da área de atuação do 19º CRE, indicando
as cidades, número de espíritas, população, número de espíritas por pessoas.
Observa-se na figura 4, que Santa Luzia, Sabará e Nova Lima são as cidades
com maior número de espíritas declarados no Censo do IBGE 2010. A figura 3 ainda
apresenta sugestões de ações que seriam importantes no sentido de consolidar o
movimento espírita da região.
Santana do Riacho 9
Itabira 119
Taquaraçu de Minas 128
Caeté 129
Jabuticatubas 155
Conceição do Mato 224
Dentro
Bom Jesus do Amparo 266
Fonte: Dados da pesquisa.
Observa-se no quadro 5 que o 19º CRE possui 4 AMEs estruturadas, sendo elas:
Santa Luzia, Nova Lima, Itabira e Sabará. Observa-se ainda que a região possui 1
cidade com projeto de AME, sendo ela a: Caeté.
Atividades Descrição
Projeto Porque Estudar Todas as áreas doutrinarias do CRE se intercalam para
divulgar mensalmente dentro da proposta do Projeto um
vídeo de 10 minutos, deixando claro o porque estudar os
assuntos basilares da Doutrina Espírita em determinada
área de atuação. A base de pesquisa será Kardec ou o
Evangelho de Jesus
57
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
KARDEC, Allan. Viagem Espírita em 1862. 4ª Edição, Matão/SP. Editora Clarim, 2012.
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo geral analisar a realização do evangelho no lar
no Movimento Espírita.
Como objetivos específicos o trabalho busca verificar: os participantes do
evangelho no lar; o formato de realização das reuniões; o horário e dia em que são
realizadas as reuniões; os livros adotados na realização e os principais benefícios
obtidos com as reuniões de Evangelho no Lar.
O trabalho foi dividido em cinco seções, sendo elas: a primeira, que é a
apresentada neste contexto introdutório. A segunda seção que trata da fundamentação
teórica do trabalho. A terceira seção que se refere a metodologia de pesquisa adotada
na pesquisa. A quarta seção que expõe os resultados do trabalho e a quinta que
apresenta as principais conclusões sobre o tema abordado.
2 EVANGELHO NO LAR
Evangelho no Lar não é uma inovação, é uma necessidade em toda parte onde o
Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação" (ibid).
Ainda reforça Emmanuel (XAVIER, 1994) que o Evangelho é roteiro
imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O
Cristo espera que o convertamos em companheiro da prece, em livro escolar no
aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora das mais humildes ações no trabalho
comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal.
Bezerra de Menezes (XAVIER, 1978) enfatiza que, ao se levar as claridades da
Boa-Nova a um templo familiar, aprimoram-se todos os valores que a experiência
terrestre possa oferecer. Sendo assim, é preciso trabalhar pela implantação desse
trabalho, sempre que possível.
Orienta-nos o Espírito Joanna de Ângelis (FRANCO, 2016): “dedica uma das
sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar
em tua casa. Jesus no Lar é vida para o Lar”.
Schubert (2018) reforça que a reflexão da família em torno dos ensinos do
Mestre, as ponderações e comentários, sob o ponto de vista de cada um, são elementos
altamente terapêuticos favorecendo a psicosfera do lar. Ainda segundo a autora, “a
oração em conjunto amplia os horizontes mentais e eleva as almas na direção do Bem”:
3 MÉTODOS DA PESQUISA
Trata-se de uma pesquisa descritiva, uma vez que busca identificar na amostra
a percepção e a opinião dos respondentes sobre as características pertinentes a
realização do Evangelho no Lar no movimento espírita.
A amostra da pesquisa tem como critério de elegibilidade do respondente ser
espírita. Sendo que a pesquisa foi direcionada para espíritas participantes de
atividades/grupos de WhatsApp de espiritismo
A amostra é não probabilística, uma vez que não foi possível elencar todos os
pertencentes a população. Portanto, os resultados não são generalizáveis. Consiste em
uma amostra por conveniência, uma vez que os respondentes são aqueles que estão
disponíveis ou apresentam disponibilidade para as respostas.
O instrumento de coleta de dados consiste em um questionário com dez
questões objetivas relacionadas com a temática da pesquisa e 3 questões de
identificação da amostra. O questionário foi aplicado por meio do google forms via link
em grupos de WhatsApp.
No total foram obtidos 267 respostas, sendo 97% do Estado de Minas Gerais e
3% oriundas de outros estados. No total de respostas, 41% são oriundas de cidades
que pertencem ao 23º Conselho Regional Espírita de Santa Rita do Sapucaí, MG.
4 ANÁLISE DE RESULTADOS
Após a aplicação dos questionários, foi possível obter os dados para a análise
da pesquisa. Os resultados apresentados a seguir mostram a percepção dos
respondentes no que tange a realização do evangelho no lar no movimento espírita.
A figura 1 identifica se os respondentes realizam evangelho no lar em suas
residências.
realiza Evangelho no Lar com os vizinhos. A figura 4 identifica em qual dia da semana
é realizado o Evangelho no Lar.
4; 1%
69; 26%
96; 36%
98; 37%
Evangelho Segundo o Espiritismo conjugado com outro livro espírita, totalizando 73%
das reuniões adotam este livro. No total de 26% dos respondentes adotam outros livros
espíritas na em suas reuniões de Evangelho no Lar. Apenas 1% dos respondentes não
adotam livros. O quadro 1 apresenta os principais benefícios obtidos na realização do
Evangelho no Lar.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Espírito Joanna de Ângelis orienta que devemos dedicar uma das sete
noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar
em nossa casa, porque Jesus traz vida para o Lar.
Após a análise dos dados da pesquisa verificou-se que essa orientação
de Joanna de Ângelis tem sido cumprida em um número significativo de espíritas.
Das 267 respostas obtidas 86,5% responderam que realizam essa prática.
Constatou-se também que o horário preferencial é o noturno (84,3%), aos
domingos (43,4%) e em família.
67
REFERÊNCIA
XAVIER, Francisco C. Temas da vida. (Espíritos diversos). São Paulo: CEU, 1978.
RESUMO
Há 60 mil anos teve início uma grande transformação na maneira de ser humano:foi o
advento da explosão cultural do Paleolítico Superior. A criatividade elevou-se a novo
patamar. O feito mais extraordinário das novas habilidades humanas foi a invenção
das imagens, notadamente a pintura rupestre. Especialistas, na atualidade, sustentam
a tese de que certo tipo de pintura na rocha, praticado na Pré-História, é o registro de
visões obtidas em estados alterados de consciência, ou seja, em transe – a base
fenomênica para as experiências mediúnicas.
1) Esse grupo especial de pinturas foi gravado não em locais em que pudesse ser
admirado, mas em paredes altas de cavernas completamente escuras, profundas,
inóspitas, algumas quase inacessíveis; e
2) Tais pinturas não se referem somente à fauna, mas também a temas abstratos,
figuras que não se relacionam com o mundo material, compostas de pontos, linhas,
formas geométricas, as vezes associadas à fauna. Outras vezes são detalhes de
animais enxertados no corpo humano e vice-versa, formando novas e estranhas
criaturas.
1O professor David Lewis-Williams é renomada autoridade sobre a antiga arte na rocha e leciona
na Witwatersrand, a mais afamada universidade da África do Sul.
69
na evolução humana foi entre duas espécies de consciência, e não simplesmente entre
uma inteligência moderada e uma inteligência avançada”[1]. (traduzimos). A conclusão
de Lewis-Williams é revolucionária: o marco mais importante da evolução da espécie
humana foi o início da relação/influência entre a consciência comum e os estados
alterados de consciência.
Hoje, uma geração de especialistas também acredita que algumas dessas
gravuras eram similares às imagens formadas na mente do homem primitivo nos
estágios de aprofundamento do transe. O inglês Julian Bell2, em seu magnífico Uma
Nova História da Arte, também se perguntou por que aquelas pessoas “se recolhiam
da luz do sol em passagens frias, escuras e perigosas” para praticar a pintura nas
cavernas. Sua tese é:
2O professor Julian Bell ensina teoria e história da arte na tradicional City & Guilds of London Art
School, fundada em 1879. Seus quadros são expostos em vários países e ele escreve resenhas
sobre arte e livros para importantes jornais do mundo.
70
Bibliografia:
[1]
LEWIS-WILIAMS, David. The mind in the cave – consciousness and the origins of
art. Londres: Editora Thames & Hudson, 2002 (1ª publicação no Reino Unido).
[2]
BELL, Julian. Uma nova história da arte. Tradução Roger Maioli. São Paulo: Editora
Martins Fontes, 2008.
[3]
MNEME - Revista de Humanidades - dossiê arqueologias brasileiras, vol. 6, n. 13,
dezembro/2004-janeiro/2005. Artigo ‘Uma interpretação levistraussiana das
representações rupestres da Gruta do Índio, Vale do Peruaçu, MG’.
[4]
XAVIER, Francisco Cândido; VIERA, Waldo. Evolução em dois mundos. Pelo
Espírito André Luiz. 27.ed. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2014.
71
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
3 Da reencarnação
“Todo plano traçado na Esfera Superior tem por objetivos fundamentais o bem e
a ascensão e toda alma que reencarna no círculo da Crosta, ainda aquela que se
encontre em condições aparentemente desesperadora, tem recursos para melhorar
sempre” (André Luiz - Missionários da luz).
É na sobrevivência da individualidade da alma que se baseia o conceito mais
forte na Doutrina Espírita. Somos seres espirituais ligados aos seres corporais,
experimentando sensações, experiências e muitas vezes fracassos.
4 ANÁLISE DE RESULTADOS
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
XAVIER, Francisco Cândido (André Luiz – Espírito). Evolução em Dois Mundos. 19 ed.
Rio de Janeiro: FEB.
XAVIER, Francisco Cândido (André Luiz – Espírito). Missionários da Luz. 31 ed. Rio de
Janeiro: FEB.
XAVIER, Francisco Cândido (André Luiz – Espírito). No Mundo Maior. 20 ed. Rio de
Janeiro: FEB.
RESUMO
Reencarnação é o processo pelo qual o espírito retorna à vida física em um novo corpo.
A crença na reencarnação é antiga e comum em várias culturas e religiões muito antes
de Cristo. Para a Doutrina Espírita esta crença está fundamentada na revelação dos
espíritos à Allan Kardec e na justiça de Deus, sendo considerada uma lei natural para a
evolução do Espírito. Mais recentemente, este tema tem despertado o interesse de
pesquisadores que investigam diversos casos sugestivos de reencarnação. Os casos
pesquisados cientificamente incluem recordações espontâneas de vidas passadas,
relatadas principalmente por crianças. Este artigo apresenta o resultado de uma
pesquisa bibliográfica sobre evidências de reencarnação, relacionando a publicação de
alguns pesquisadores na área, apresentando os tipos de evidências científicas
pesquisadas e padrões universais nos casos investigados. Com o objetivo de ilustrar as
evidências investigadas, são relatados três casos sugestivos de reencarnação entre
milhares disponíveis na literatura.
1 INTRODUÇÃO
Keil HHJ, Tucker JB. "An unusual birthmark case thought to bê linked to a person
who had previously died." Psychological Reports 87:1067-1074, 2000.
Tucker JB. "Reincarnation." In Macmillan Encyclopedia of Death and Dying,
Kastenbaum R (ed.). New York: Macmillan Reference USA, 705-710, 2003.
Keil HHJ & Tucker JB. "Children who claim to remember previous lives: Cases
with written records made before the previous personality was identified." Journal of
Scientific Exploration, 19(1):91-101, 2005.
Sharma P & Tucker JB. "Cases of the reincarnation type with memories from the
intermission between lives." Journal of Near-Death Studies, 23(2):101-118, 2005.
Tucker JB. Life Before Life: A Scientic Investigation of Children's Memories of
Previous Lives, New York: St. Martin's Press, 2005, 256 págs. ISBN 0-312-32137-
6.
Pasricha SK, Keil J, Tucker JB, Stevenson I. "Some bodily malformations
attributed to previous lives." Journal of Scientific Exploration, 19(3):359-383, 2005.
Tucker, J.B. "Children's reports of past-life memories: A review." EXPLORE: The
Journal of Science and Healing, 4(4):244-248, 2008.
Tucker JB & Keil HHJ. "Experimental birthmarks: New cases of an Asian
practice. International Journal of Parapsychology, em processo de publicação.
Many Lives, Many Masters. 1988. (Muitas Vidas, Muitos Mestres, no Brasil e
em Portugal) ISBN 978-85-7542-450-6.
Through Time Into Healing. 1996.(A Cura Através da Terapia de Vidas
Passadas, no Brasil; O Passado Cura, em Portugal) ISBN 978-85-7542-266-3.
Mirrors of Time. 2000. (Os Espelhos do Tempo, no Brasil e em Portugal) ISBN
978-85-7542-270-0.
Messages From the Masters. 2001. (Mensagens dos Mestres, no Brasil) ISBN
978-85-7542-002-7.
Healing the Mind and Spirit Cards. 2002. Ainda sem tradução para a Língua
Portuguesa, ISBN 978-15-6170-948-9.
Same Soul, Many Bodies. 2004. (Muitas Vidas, Uma Só Alma, no Brasil;
Muitos Corpos, Uma Só Alma, em Portugal) ISBN 978-97-2711-960-8.
Casos que Sugerem Renascimento (Ed. O Clarim, 1988) e Renasceu por Amor – Um
Caso que Sugere Reencarnação: Kilden & Jonathan (Ed. Folha Espírita, 1995).
Esse grupo, que abrange recordações extraídas sob hipnose ou terapia de vidas
passadas (TVP), foi o responsável por reintroduzir o tema reencarnação em grande
escala no Ocidente. Esse marco ocorreu em 1954, quando o hipnólogo amador Morey
Bernstein causou um grande impacto nos Estados Unidos ao divulgar em jornais a
história de Ruth Simmons, uma jovem dona de casa paciente sua que, sob hipnose,
declarou se chamar Bridey Murphy e ter vivido na Irlanda no início do século 19.
Embora a moça fornecesse diversas informações verificáveis sobre Bridey e a
vida cotidiana irlandesa daquela época, o caso posteriormente perdeu força porque
muitos estudiosos disseram que a moça poderia simplesmente ter descrito dados lidos,
vistos ou ouvidos quando ela era criança. Muitos profissionais que trabalham com a
TVP, aliás, dizem que os conteúdos revelados por seus pacientes não representam
necessariamente vidas passadas.
3.3 MEDIUNIDADE
Nesse grupo, detalhes sobre vidas passadas seriam transmitidos por médiuns –
por exemplo, os relatos de reencarnações feitos pelo médium americano Edgar Cayce.
Segundo os pesquisadores, esses são os casos mais vulneráveis a fraudes, e mesmo
os dados mais críveis colhidos dessa forma podem ter sido obtidos consciente ou
inconscientemente pelo médium em outras fontes de informação.
6 MÉTODOS DA PESQUISA
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 AGRADECIMENTOS
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, H.G. Renasceu por Amor – Um Caso que Sugere Reencarnação: Kilden &
Jonathan. Ed. Folha Espírita, 1995.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Trad. J. Herculano Pires. São Paulo: LAKE, 2001.
___________ A Gênese. Trad. J. Herculano Pires, 22. Ed. São Paulo: LAKE, 2005.
MATLOCK, J.G. Signs of Reincarnation: Exploring Beliefs, Cases, and Theory. Rowman
& Littlefield Publishers: 2019.
Resumo
A partir das informações trazidas pelas obras psicografadas por Francisco Cândido
Xavier, ditadas pelo Espírito André Luiz sobre a glândula pineal e os fenômenos
mediúnicos, pensou-se em pesquisar na literatura científica o que existe sobre a referida
glândula e sua função no organismo humano. Utilizando-se da revisão bibliográfica
como metodologia buscou-se em artigos científicos o que se tem descoberto sobre a
pineal. Interessante perceber que as obras mediúnicas citaram as funções dessa
glândula 13 anos antes dos cientistas se interessarem pelo assunto. Assim, tem-se um
grande número de pesquisas atuais, apontando muitas funções vitais para a epífise por
meio de seu produto principal, o hormônio Melatonina.
1 INTRODUÇÃO
2 DESCOBERTAS DA CIÊNCIA
Por muito tempo, até a metade do século XIX a glândula pineal foi considerada
apenas como um órgão evolutivo vestigial, sem função definida. Somente no século XX
é que sua natureza neuroendocrinológica foi finalmente confirmada. López-Muñoz et al
(2010) afirmam em sua pesquisa que no início do século XX surgiram publicações sobre
o funcionamento da pineal, tendo sido confirmado apenas em 1958, quando isolou-se o
hormônio melatonina, graças ao trabalho de Aaron B. Lerner e equipe da Universidade
de Yale (EUA). As pesquisas de Aaron Lerner, segundo López-Muñoz et. al (2010)
revelaram que a pineal funciona como um “transdutor neuroendócrino”, transformando
a informação captada pela retina, através da luz, em resposta hormonal, ou endócrina,
sintetizando a melatonina. Esse hormônio, por sua vez, funciona como um “relógio
biológico” do organismo.
Cipolla-Neto e Amaral (2018) elucidam em seu artigo que em 1958 a equipe de
Aaron Lerner isolou o fator ativo da pineal, responsável em agregar grânulos de
melanina dentro dos melanócitos, nomeando esse fator de melatonina. A partir de então
inúmeras pesquisas foram realizadas e hoje é possível encontrar cerca de mais de 28
mil publicações a respeito da melatonina e suas diferentes funções, o que distingue a
glândula pineal como de grande importância no organismo humano.
3 FUNÇÕES DA MELATONINA
É importante estudar sobre a melatonina, pois foi a partir desse hormônio que se
descobriu a pineal, sua fonte de produção. Dentre as suas inúmeras funções destaca-
se a principal, que é regular o ritmo de vários processos fisiológicos, participando do
controle do relógio biológico humano.
Segundo Maganhin et al (2008) a melatonina participa também do sistema
genital feminino, influenciando a função ovariana e a fertilidade, devido à sua interação
com os esteroides sexuais, como o estrogênio.
Langer et al (1997) apud Maganhin et al (2008) afirmam que a melatonina é a
molécula chave que controla o ciclo circadiano dos animais e humanos, sendo que na
espécie humana, a maior concentração de melatonina ocorre durante a infância, caindo
rapidamente antes do início da puberdade e sofrendo nova queda acentuada durante a
senectude. Dessa forma, postula-se ainda que a melatonina teria papel importante
durante o ciclo da vida, ou seja, no crescimento, no desenvolvimento e amadurecimento,
bem como no processo de envelhecimento.
90
Semm et al (1980) sugerem em seu trabalho que a pineal seria a estrutura ideal
para detectar os campos magnéticos que influenciam os sistemas biológicos, tanto do
homem, quanto de outros vertebrados. Essa função seria possível devido ao fato de ser
ela um órgão de cronometragem sensível à luz.
O Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, pesquisador da estrutura da glândula pineal,
apresenta em seu artigo a hipótese de que essa glândula poderia agir como um
transdutor psiconeuroendócrino, captando energias sutis que, além de trabalhar com a
captação de campos magnéticos, se ligaria à função tempo dentro de seus mecanismos
cronobiológicos.
Para Oliveira (2000) a pineal funcionaria como um sensor capaz de perceber o
mundo espiritual e de coligá-lo com a estrutura biológica, chegando a afirmar que: “O
estudo dos mecanismos físicos envolvidos no funcionamento dessa glândula são
excelentes modelos experimentais para o estudo da relação do mundo espiritual com o
mundo material.” (OLIVEIRA, 2000).
91
A espiritualidade revela assim que o papel dessa glândula tanto está ligado aos
fenômenos da emotividade, quanto ao papel de desatar os laços divinos da Natureza,
que ligam uma existência à outra. A partir dela são produzidas unidades de força
responsáveis em atuar nas energias geradoras das glândulas reprodutoras.
Segundo a instrução do Espírito Alexandre a André Luiz, a pineal tem
ascendência sobre todo o sistema endócrino. Liga-se à mente por princípios
eletromagnéticos do campo vital, comandando as forças subconscientes, submetendo-
se à ação da vontade. Manancial criador dos mais importantes, suas atribuições são
extensas e fundamentais.
Em relação à questão espiritual essa glândula é fundamental no crescimento
mental do homem e no enriquecimento dos valores da alma. Como uma unidade de
força deve ser aproveitada e controlada no serviço de iluminação, refinamento e
benefício da personalidade do ser humano.
Em outra obra dos mesmos autores, “Nos Domínios da Mediunidade”, o Espírito
André Luiz é apresentado à irmã Celina durante uma reunião mediúnica prática. O
Espírito Áulus informa a André que Celina acrisolara as faculdades medianímicas,
aperfeiçoando-as nas chamas do sofrimento moral.
Ao observar o cérebro de irmã Celina, utilizando-se de aparelho da
espiritualidade, o Espirito André Luiz visualizou células especializadas, com funções
diversificadas, funcionando como detectores e estimulantes, transformadores e
amplificadores da sensação e da ideia, semelhante a raios luminosos. Chamou-lhe a
atenção o fato de a pineal estar brilhando como um pequenino sol azul.
Em outro livro, “Evolução em Dois Mundos”, o Espírito André Luiz apresenta a
glândula pineal como um fulcro de energia de sensações sutis. Ela traduz e seleciona
os estados mentais diversos, prenunciando as operações da mediunidade, de forma
consciente ou inconsciente, nas quais os Espíritos encarnados e desencarnados se
consorciam uns com os outros na mesma faixa vibratória.
92
“É nela, na epífise, que reside o sentido novo dos homens; entretanto, na grande
maioria deles, a potência divina dorme embrionária.” (XAVIER, 2015).
Lembrando sempre, de acordo com o Espírito Alexandre, que “...tudo é espírito,
manifestação divina e energia eterna (...) todas as manifestações psicofísicas se
derivam da influência espiritual.” (ibid)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SANTOS, Jorge Andréa dos. Palingênese, A Grande Lei. 4.ed. Petrópolis, RJ:
Sociedade Editora Espiritualista F. V. Lorenz, 1990.
Artigos:
93
LUCCHETTI, G.; DAHER JR, J. C.; IANDOLI JR, D.; GONÇALVES, Juliane P. B.;
LUCCHETTI, Alessandra L. G. Aspectos históricos e culturais da glândula pineal:
comparação entre teorias fornecidas pelo Espiritismo na década de 1940 e a
evidência científica atual. Neuroendrocrinology Letters, 2013. Disponível em:
<https://www.febnet.org.br>. Acesso em:18/06/2021.
MAGANHIN, Carla C.; CARNONEL, Adriana A. F.; HATTY, Juliana H.; FUCHS, Luiz
F. P.; OLIVEIRA JR.; Itamar S. de; SIMÕES, Ricardo S.; BARACAT, Edmundo C.;
SOARES JR.; José M. Efeitos da melatonina no sistema genital feminino: breve
revisão. Revista da Associação Médica Brasileira, 54, junho 2008, 2007. Disponível
em <https://www.scielo.br/j/ramb/a/wwrCwdBKsqPqZQHV3gBRMjs/?lang=pt>
Acesso em: 19/06/2021.
RESUMO
O sermão profético, dito por Jesus há mais de 2000 mil anos, é um texto atual. Tomado
como orientações para cada indivíduo e para a humanidade ele nos alerta com relação
a nos posicionarmos como espíritos desejosos de construir um mundo regenerado,
regenerando a nós mesmos. Apresentamos neste trabalho a análise dos versículos 31
a 33 do capítulo 25 do evangelista Mateus. Utilizamos para a análise o EMEJ - Estudo
Minucioso do Evangelho de Jesus.
1 INTRODUÇÃO
2 O SERMÃO PROFÉTICO
O sermão continua com Jesus alertando para alguns sinais: abominação no lugar
santo; fugir da Judeia e ir para os montes; permanecer no telhado, se lá estiver; as
grávidas sofreriam; não fugir nem no inverno, nem no sábado. Porém apesar do grande
sofrimento, a misericórdia divina é grande e poupa os que se esforçam no bem:
2. Mt. 24: 29 a 51 e Mt. 25: 1 a 31 – Nesta parte do sermão Jesus indica alguns
elementos que poderão ocorrer anunciando o final das tribulações: estrelas cairão do
céu, anjos do Senhor trocarão trombetas. Porém ele alerta para o fato de que nem todos
conseguiriam superá-las. Os que não se ajustarem à vontade divina não desfrutarão da
companhia do Filho do Homem, cuja vinda significa uma nova etapa de paz para a
humanidade. Então ele apresenta a ideia de que apesar de todo conhecimento que ele
tem e de sua afinidade com as leis divinas, só Deus sabe exatamente quando ocorrerá
este momento de separação entre os que se rendem à vontade do Pai e os que se
rebelam contra ela: “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus,
nem o Filho, mas unicamente meu Pai” (Mt. 24: 36).
Jesus então convida todos à vigilância para que não percamos este momento. É
quando ele exemplifica esta questão através de três parábolas: a dos dois servos, a das
dez virgens e a dos dez talentos.
3 MÉTODOS DA PESQUISA
4 ANÁLISE DE RESULTADOS
4.1. Mt. 25: 31 - “E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os
santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória”.
Filho do Homem: Esta expressão é muito utilizada por Jesus, tendo sido
registradas 55 citações nos quatro evangelistas. Em várias vezes Ele se identifica como
Filho do Homem. Destacamos o texto de Mateus referido como A última páscoa, a santa
ceia:
Vemos nos textos que Jesus claramente assume para si a denominação de Filho
do Homem. Como Jesus é um espírito puro, vemos que Ele se coloca como referência
para a humanidade. Tal referência está registrada em O Livro do Espíritos: “625. Qual
o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
Jesus” (Kardec, 1991, p. 308).
Como Filho do Homem Jesus assume, com humildade, a condição de ser um
filho de Deus, como nós mesmos e, portanto, irmão de todos nós. Entendemos também
o filho como expressão da gestação de um novo ser na nossa intimidade, originando
97
um homem melhor, que se move dentro dos princípios do Amor e da Caridade para com
todos.
Vier em sua glória: a glória de Jesus é a dos espíritos puros. Segundo Kardec
(1991) os espíritos puros realizam a vontade de Deus e têm como característica: “112.
Nenhuma influência da matéria. Superioridade intelectual e moral absoluta, com relação
aos Espíritos das outras ordens” (Kardec, 1991, p. 94).
Portanto, quando Jesus retornar à Terra o fará com todas as suas virtudes de
espírito puro. Mas aqui precisamos entender também que este retorno não deve ser
esperado como uma nova encarnação do Cristo, mas sim como sua presença no
planeta regenerado quando os espíritos que aqui permanecerem vivenciarem a
mensagem de Jesus em suas ações.
Se assentará no trono da sua glória: Entendendo a vinda do Cristo na nossa
intimidade vemos que o assentar propõe a acomodação da mensagem do Evangelho
em nossa mente e no nosso coração. Desta forma estaremos vivendo em plena sintonia
com as atitudes características da grandeza de Jesus. Não temos aqui expectativa de
que os espíritos regenerados já terão alcançado a qualidade de espíritos puros, mas
estarão no esforço contínuo de praticar o bem, como nos esclarece Kardec, na lição de
Santo Agostinho:
4.2 Mt. 25: 32 – “E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns
dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas”.
E todas as nações serão reunidas diante dele: No início do Sermão Jesus diz:
“Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e
pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das
dores” (Mt. 24: 7 e 8).
7:15 e 16). Vale destacar que versículos semelhantes a estes são registrados 12 vezes,
além da mencionada acima, só no capítulo 7 do livro de Números.
Segundo Abreu (2007) o bode, macho, representa nossa afinidade com as
questões meramente pessoais, racionais. A docilidade da ovelha lembra a criatura
exercitando o sentimento, em sintonia com o pastor, Jesus. Entendemos assim que
bodes e ovelhas representam nossos posicionamentos. O bode no erro, que lembra
nossa preferência pela rebeldia perante as leis do Criador. As ovelhas, simbolizando no
Evangelho a mansidão, exemplificada pelo próprio Cristo, nos remete à escolha dos que
preferem a obediência a Deus. Paulo na sua epístola a Hebreus nos fala que não
precisamos mais de bodes para expiar nossos erros. A mensagem de Jesus vivenciada
por nós é o que nos coloca à direita do Senhor:
4.3 Mt. 25: 33 – “E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda”. E
porá as ovelhas à sua direita:
Direita: No livro de Salmos, cap. 110, versículo 1, Davi esclarece que o Senhor
põe à direita os que a ele obedecem. Portanto a expressão colocar à direita também
não é nova para os que ouviam Jesus: “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à
minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés” (Salmos
110: 1).
Pedro em seu discurso aos judeus, narrado em Atos dos Apóstolos, fala sobre
esta questão três vezes, referindo-se à posição hierárquica, espiritual, de Jesus:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
101
REFERÊNCIAS
__________. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 71.ed. Brasília: FEB,
1991.
__________. Pelo espírito Emmanuel, Caminho, verdade e vida. 22.ed. Brasília: FEB,
2002.
__________. Pelo espírito Emmanuel, Pensamento e vida. 4.ed. Brasília: FEB, 2002.
__________. Pelo espírito André Luiz, Ação e reação. 15.ed. Brasília: FEB, 2002.
102
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 PESQUISA
Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as
contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? (Lc 14:28).
A segunda questão, todavia, teve uma resposta surpreendente. Quase 70% dos
48 centros participantes declararam atender e acolher a pessoa com deficiência de
forma efetiva, como mostra o gráfico 2 abaixo. Contudo, as respostas seguintes
contradisseram essa conclusão, como será apresentado à frente. Talvez os
conselheiros tenham relatado, na verdade, o carinho ou a boa vontade em acolher quem
chega ao centro, do que não se pode duvidar. Porém, é importante destacar que certas
adaptações ou práticas são indispensáveis a esse bom atendimento, ainda que os
trabalhadores espíritas tenham boa intenção.
104
Além disso, o que não deixa de ser positivo, mais de 80% dos centros declararam
ter percebido a necessidade de realizar adaptações, mas menos da metade declarou
tê-las executado.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, é claro que as condições financeiras de cada centro espírita são
determinantes para decisões desse teor. Adaptações arquitetônicas, como elevadores,
e tecnológicas, como instalação de telão/datashow, audiodescrição, etc., demandam
investimentos consideráveis. Logo, é importante certo planejamento financeiro para
ações futuras. Entretanto, iniciativas de baixo custo podem e devem ser implementadas.
Por exemplo, em divulgações nas redes sociais, a inserção de legendas em
vídeos e de descrição em imagens já é possível gratuitamente. Além disso, o argumento
de que não há pessoas com deficiência em seu centro espírita não é suficiente para que
sejam negligenciadas ações inclusivas. Muitas vezes, essas pessoas deixam de
frequentar nossas instituições justamente por não terem o acolhimento adequado. Logo,
fazendo referência à epígrafe evangélica que encima o tópico anterior, é necessário
inserir, nas bases da torre que queremos construir, a preocupação com a inclusão. Para
isso, são fundamentais planejamento e compromisso.
Em caso de dúvidas ou para sugestões, entre em contato conosco pelo e-mail
amejf@amejf.com.br. Acesse também nosso site, em seu link específico sobre inclusão
(amejf.org.br/inclusao/), para conhecer melhor as iniciativas da AME/JF nesse sentido.
REFERÊNCIAS
SILVA, Daniel Salomão. Pesquisa sobre inclusão e acessibilidade nos centros espíritas
de Juiz de Fora. Disponível em http://omedium.amejf.org.br/2021/05/
10/pesquisa-sobre-inclusao-e-acessibilidade-nos-centros-espiritas-de-juiz-de-fora/.
Acesso em 23 de junho de 2021.
106
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
2 METODOGRAFIA DA PESQUISA
O prefixo ‘psique’ tem sua origem grega em psukhe.ês, significando “sopro, vida.
A alma, o princípio espiritual do homem que se opõe ao corpo. O espírito, a parte
imaterial, incorpórea e inteligente do homem”3. Resposta similar obteve Allan Kardec
quando questionou a espiritualidade superior, no item 23 de O Livro dos Espíritos (“Que
é o Espírito?”), e obteve como resposta: “o princípio inteligente do Universo” (KARDEC,
1997, p. 59).
O sufixo ‘logia’, também de origem grega – lógos, significa estudo detalhado;
“tratado, estudo, teoria”4. Já o sufixo ‘Terapia’, tem sua origem do latim therapia, advindo
ainda do grego therapeia.as, significando “tratamento que busca amenizar ou acabar
com os efeitos de uma doença (física, psíquica, motora etc); terapêutica” 5. Por fim, o
sufixo ‘Iatria’, do grego iatreía, constitui uma variação do termo ‘iátrica’, do grego iatriké,
que significa “arte de curar; medicina”6 (medicina – “arte e ciência de diagnosticar as
doenças, preveni-las e trata-las”7).
Destarte, ao unir o prefixo aludido com os sufixos destacados, temos: (i) a
Psicologia – estudo do espírito; estudo detalhado do princípio espiritual do ser humano.
(ii) a Psicoterapia – terapêutica do princípio espiritual do ser humano; tratamento que
busca amenizar ou acabar com os efeitos de uma doença (física, psíquica, motora,
dentre outras) do espírito. (iii) a Psiquiatria – arte de curar o espírito; medicina do
espírito; arte e ciência de diagnosticar, prevenir e tratar as doenças do princípio
espiritual do ser humano.
Tais definições são passíveis de mais de uma interpretação, sem que, com isso,
alguém incorra em equívoco. Apresento, neste trabalho, a minha interpretação, que não
tem maior valor que uma opinião. A Psiquiatria remete-se à reabilitação, ou seja, de
competência a curar as doenças do espírito. A Psicoterapia se refere também ao
tratamento, mas, especialmente, à prevenção, quer dizer, compete a evitar/prevenir
problemas com o espírito (uma espécie de manutenção preventiva). E a Psicologia nos
oportuniza uma compreensão, ampla e profunda, sobre o espírito. Para Carl Gustav
Jung, eminente psicólogo suíço (JUNG,2013a),
Sem dúvidas temos aqui um problema sério para aqueles que querem
libertar o relacionamento entre o homem e Deus da psicologia. Para o
psicólogo a situação é menos complexa. [...] Ele [o amor – grifo meu]
é uma das mais possantes forças motrizes das coisas humanas. É
considerado “divino”, e esta designação lhe cabe com justa razão, pois
tudo o que há de mais poderoso na psique sempre foi chamado de
“deus”. [...] Sempre e em toda parte o psiquicamente poderoso se
chama algo como “Deus”. No entanto, “Deus” sempre é confrontado
com o homem e dele expressamente diferenciado. O amor, contudo, é
comum a ambos (JUNG, 2013b, p. 87).
2020d). Jesus já dizia a mais de dois mil anos: ‘porque vedes o cisco nos olhos do teu
irmão e não vedes a trave no vosso?’. Este é o problema em não conseguirmos lidar
com nossas sombras, com nosso inconsciente.
De acordo com Ângelis (2019b, p. 91), “o Self, na condição de um arquétipo
primordial, preside ao processo de desenvolvimento que lhe é imperioso alcançar,
mediante as experiências que fazem parte dos estatutos da Vida”.
Já a individuação,
Por meio da Série Psicológica, a Mentora Joanna de Ângelis nos apresenta uma
bússola, um verdadeiro roteiro para nosso autoconhecimento e autorrealização,
baseado na busca pela progressão moral e tendo no Amor um método e terapêutica
inefáveis – bem como sempre foi o Evangelho de Jesus. O Cristo de Nazaré nos disse
‘amar ao próximo como a ti mesmo’. Não podemos amar àquele que não conhecemos.
À vista disso, temos de aprender a nos conhecer (autodescobrimento) permitindo
compreendermos o outro (nos colocando em seu lugar). E somente desta maneira a
humanidade vai parar de se destruir, fisicamente e moralmente, extirpando o orgulho e
a vaidade de sua conduta.
O autodescobrimento é o maior desafio da vida. Descobrir-se é retirar alguns
véus que nos encobrem, desnudando (psiquicamente) a nós mesmos ante um espelho
sem sentir vergonha, medo e/ou raiva do que se vê. Este processo, longo e muitas vezes
penoso, e que exige disciplina, determinação e vontade, conforme Joanna de Ângelis,
é “[...] o grande desafio contemporâneo para o homem [...]”, pois não se trata apenas da
“[...] identificação das suas necessidades, mas, principalmente, da sua realidade
emocional, das suas aspirações legítimas e reações diante das ocorrências do
cotidiano” (ÂNGELIS, 2020a, p. 20).
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim como a Ciência propriamente dita tem por objetivo o estudo das
leis do princípio material, o objetivo especial do Espiritismo é o
conhecimento das leis do princípio espiritual. Ora, como este último
princípio é uma das forças da natureza, que reage incessantemente
sobre o princípio material e vice-versa, daí resulta que o conhecimento
de um não pode ser completo sem o conhecimento do outro; que o
Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; que a Ciência,
sem o Espiritismo, acha-se impossibilitada de explicar certos
fenômenos somente pelas leis da matéria, e que é por haver ignorado
o princípio espiritual que ela se deteve no meio de tão numerosos
impasses; que sem a Ciência, faltaria apoio e comprovação ao
Espiritismo e ele poderia iludir-se. Se o Espiritismo tivesse vindo antes
das descobertas científicas, teria sido uma obra abortada, como tudo o
que surge antes do seu tempo (KARDEC, 2007, p. 36 e 37).
Partindo dessa premissa, tem-se que o estudo da alma, enquanto ser humano
integral – a Psicologia –, deve ser completo, de modo a abranger os vieses materialista
112
“Onde está escrita a lei de Deus? Na consciência” (KARDEC, 1997, p. 307 – item
621).
REFERÊNCIAS
ÂNGELIS, Joanna de. O Ser Consciente. Psicografado por Divaldo Pereira Franco. 18ª
edição. Série Psicológica, volume 5. Salvador: LEAL, 2019a.
ÂNGELIS, Joanna de. Triunfo Pessoal. Psicografado por Divaldo Pereira Franco. 9ª
edição. Série Psicológica, volume 12. Salvador: LEAL, 2019b.
ÂNGELIS, Joanna de. Encontro com a Paz e a Saúde. Psicografado por Divaldo Pereira
Franco. 5ª edição. Série Psicológica, volume 14. Salvador: LEAL, 2019c.
ÂNGELIS, Joanna de. O Homem Integral. Psicografado por Divaldo Pereira Franco. 23ª
edição. Série Psicológica, volume 2. Salvador: LEAL, 2020a.
ÂNGELIS, Joanna de. Autodescobrimento: uma busca interior. Psicografado por Divaldo
Pereira Franco. 19ª edição. Série Psicológica, volume 6. Salvador: LEAL, 2020b.
ÂNGELIS, Joanna de. Vida: desafios e soluções. Psicografado por Divaldo Pereira
Franco. 14ª edição. Série Psicológica, volume 8. Salvador: LEAL, 2020c.
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Do original francês Le Livre des Esprits, de 1857.
Tradução de Guillon Ribeiro. 77ª edição. Rio de Janeiro: FEB, 1997.
RESUMO
1 - INTRODUÇÃO
complementares, dos espaços de atendimento a pessoas que batem à sua porta e dos
mecanismos disponíveis nas casas espíritas. O que precisa se verificar é o que tem sido
realizado na prática pelos centros espíritas a fim de atuar como um locus de acolhimento
e esclarecimento para quem está no limite de por fim a sua existência física provocado
pela angústia e pelo sofrimento psíquico.
2 - REVISÃO DE LITERATURA
A forma de lidar com o suicídio oscilou nas diversas culturas em diferentes
épocas. Há dados históricos que denotam que já foi tido como honra e altruísmo. De
acordo com Botega (2015, p. 16), na antiguidade clássica, “… para ser legitimado, o
suicídio precisava ser consentido previamente pelas autoridades” (apud DURKHEIM,
1996). Na Idade Média, a conceituação recaia sobre modalidades distintas de acordo
com a categoria social a que o suicida pertencia. Artesãos e camponeses ao cometerem
o ato para fugir da miséria e do sofrimento recaíam sob a classificação de suicídio direto
e egoísta ao passo que o cavaleiro e o clérigo para escapar da humilhação e evitar que
o infiel triunfasse, era denominado suicídio indireto e altruísta (MINOIS, 2018).
Caminhamos da indiferença, perseguição, martírio a cadáveres, julgamento,
condenação até atingirmos a consciência do acolhimento como lenitivo necessário na
contemporaneidade. Podemos, atualmente, constatar, através de dados quantitativos,
a proporção que a questão do suicídio tomou nas últimas décadas tornando-se uma
questão de saúde pública mundial. Ressalte-se, ainda, que há subnotificação dos casos
devido à vergonha e ao estigma que acompanham a problemática.
Nesse enquadramento, ao abordarmos os dados qualitativos, emergem relações
de afinidade entre suicídio e transtornos psiquiátricos. Os dados estatísticos
demonstram o vínculo entre suicídio e saúde mental.
3 – METODOLOGIA
4 – RESULTADOS
recebimento e acolhimento dos pacientes que baterem a sua porta. Em 2019, foi
aprovada a Lei nº 13.189 que estabeleceu a Política Nacional de Prevenção da
Automutilação e do Suicídio que deve ser implementada pela União, Estados,
Municípios e o Distrito Federal fornecendo diretrizes em âmbito de saúde pública dos
cuidados com a saúde mental para o público em geral.
Outro suporte advém de práticas religiosas que vêm sendo tidas como um fator
protetivo de suma importância. No que tange à Doutrina Espírita, essa pode trazer
contribuições importantes tanto na prevenção, nos cuidados imprescindíveis com
aqueles que já tentaram o ato quanto no suporte à família nos casos anteriormente
mencionados e no lidar com a experiência do ato consumado.
Tais auxílios podem ser pautados no acolhimento fraterno, nos passes, na água
fluidificada, na propagação do ensinamento do Evangelho no lar, no equilíbrio da
mediunidade, entre outros. Uma análise aprofundada das cinco obras da Doutrina
Espírita abre a visão de nossa dupla existência nos revelando a transitoriedade material
terrena e a permanência espiritual, verdadeiro estado de nosso ser.
A auto-execução tem repercussão em nosso corpo espiritual (perispírito), pois
ainda se encontra animalizado e repleto de forças vitais quando no momento do
desencarne. Em nosso projeto reencarnatório, trazemos conosco essas forças vitais
para período completo de nossa encarnação que vão se exaurindo com nosso tempo
de existência terrestre. Logo, a imposição violenta do desligamento do corpo físico
permite “… a persistência mais prolongada e tenaz do laço que une o Espírito ao corpo,
por estar quase sempre esse laço na plenitude de sua força no momento em que é
partido”, conforme Pereira (2019) aduz em Memória de um suicida.
Com essa amplitude de conhecimento, embora o suicida não tivesse a intenção
de sair da vida e sim da dor, mas somente se apercebeu da porta larga dessa saída, a
pessoa adquirirá noção do pós túmulo. “O que há é o choro convulso e inconsolável dos
condenados que nunca se harmonizam! O assombroso “ranger de dentes” da
advertência prudente do sábio Mestre de Nazaré!” (PEREIRA, 2019, p. 19). Ledo
engano, pois o desencarnante se defrontará com agravamento potencialmente maior do
que aquele em que se encontrava.
No que diz respeito aos pensamentos distorcidos que impossibilitam o amparo
ao pretenso suicida temos os mitos espraiados anteriormente elencados. Precisamos
tecer redes de desmistificação nos mais diversos setores. É importantíssimo saber que
os suicidas em geral dão sinal de suas intenções para reconhecermos os indicativos de
alerta e oferecer apoio. Sua expressão não deve ser tida como simples ameaça ou
chantagem emocional e sim como um pedido de socorro.
Acrescente-se que se deve conversar abertamente sobre os pensamentos de
suicídio que a pessoa vivencia. Perguntar sobre a intenção de tirar a própria vida não
aumenta o desejo de executar o ato. É mito! Pelo contrário, é momento da pessoa
expressar sua dor que está contida em si, ser ouvida sem julgamento, aliviar sua tensão.
Por último, nem todo suicídio está associado a outro suicídio na família 5. A
ausência de informação, além de prejudicial à elucidação dessas falsas premissas,
corrobora para uma carga estigmatizante sobre indivíduos que têm se envolvido em
episódios de tentativas bem como para seus familiares. Esse rótulo também recai sobre
as pessoas que apresentam transtorno mental. São seres com dores psíquicas agudas
agravadas pela incompreensão daqueles que estão em sua volta.
Ao examinarmos o cotidiano, a mídia, órgãos governamentais e não
governamentais, ficamos com a sensação de que campanhas esclarecedoras ocorrem
abundantemente no mês de setembro, mas que ficam esvaziadas durante os outros
meses, ou mesmo, não estão atingindo a comunidade em geral.
Em tempos de pandemia, abordou-se um pouco mais as questões de saúde
mental e assim resvalou no tema suicídio6, mas aparentemente as produções acabam
por ficarem circunscritas ao meio acadêmico.
118
5 – DISCUSSÃO
O suicídio é um ato de desespero por pensar não haver saída para seu
sofrimento e encontrando neste caminho uma porta ilusória de término dessa situação
angustiante para ele. Em realidade, o que de fato se busca não é morrer, e, sim, se livrar
da dor que o atormenta. Portanto, socorrendo esse ser em sua angústia e dor, previne-
se a consumação do agir dirigido ao arrebate da vida corpórea. Os fatores de risco não
são uma condenação nem tampouco um fatalismo.
Mister se faz a compreensão de que somos mais que famílias biológicas distintas
num plano material. Somos uma família única, universal em um plano espiritual. À vista
disso, a dor do outro não é somente dele, é minha dor também.
A pretensão da maior parte das religiões é nos (re)conectar com algo divino,
transcendente, sagrado. Aquelas que acreditam em Deus, monoteístas, cristãs
orientam-se pela confiança (não crença!) de que esse ser supremo, criador de tudo e
de todos é fonte de amor inesgotável e que sua sabedoria é suprema. Entre essas,
encontra-se o Espiritismo que através do Consolador prometido nos eleva a um grau de
percepção da vida além túmulo como nenhuma outra.
As casas espíritas precisam estar aptas a receber essas pessoas que estão em
desequilíbrio buscando entender a dor delas e como pode ajudá-las. Elas não são
fracas, elas estão doentes do corpo e da alma em proximidade de cometer um ato de
desespero seja por pensamentos e comportamentos recorrentes, na visão espírita, de
certos vícios, ou mesmo por processos obsessivos.
Hodiernamente, a própria ciência ratifica o acolhimento como forma terapêutica
de ajuda às pessoas com ideação suicida. Lembremo-nos de que foi a maior receita que
Jesus Cristo nos deixou: a busca pela cura através do amor, entendendo cura como um
processo que transpassa em muito um corpo físico saudável.
6 - NOTAS
1 Cientista social, bacharel em Direito, graduanda em psicologia pela UFPB. Palestrante espírita.
2 http://www.conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/809-um-suicidio-ocorre-a-cada-40-
segundos-no-mundo-diz-organizacao-mundial-da-saude. Acessado em 29/05/2021.
3 https://www.paho.org/pt/noticias/17-6-2021-uma-em-cada-100-mortes-ocorre-por-suicidio-
revelam-estatisticas-da-oms. Acessado em 13/07/2021.
4 https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/09/folheto-popula-o.pdf. Acessado em
13/07/2021.
5 https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/09/folheto-popula-o.pdf. Acessado em
14/07/2021.
6 https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2020/05/cartilha_prevencaosuicidio.pdf. Acessado em 14/07/2021.
7 - REFERÊNCIAS
ARANTES, Ana Claudia Quintana. A morte é um dia que vale a pena viver. Rio de
Janeiro: Sextante, 2016.
BOTEGA, Neury José. Crise suicida: avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015.
FRANCO, Divaldo Pereira. O homem integral. Pelo espírito Joanna de Ângelis. 23.ed.
Salvador: LEAL, 2020.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 88.ed. Rio de Janeiro: FEB,
2006.
__________ O céu e o inferno. Trad. Salvador Gentile. 8.ed. Catanduva/SP: Boa Nova
Editora, 2018.
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