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Rosa de Sangue por Sunnie L.

O jeito que aqueles olhos eram profundos...

Olhando nos seus olhos, era um perfeito caos interno.

Tão desesperado em silêncio que era perturbadoramente relaxante.

Tragicamente poético.

Seu amor era a liberdade,

Seu ódio era a condenação.

Uma alma tão perfeita que apontaria como Deus o destino de todos.

Se um dia um ser de tamanha magnitude morrer, as causas seriam obvias.

Sufocado em tudo que pensava e nunca falava.

Afogado nas dúvidas sobre quem é, quem foi e quem será.

Esmagado pelo peso dos “Porquês”.

Céus, como uma alma tão jovem carrega uma sabedoria centenária?

O ser que carrega conhecimento de outras vidas é mais poderoso que


qualquer um.

Ouvi-lo falar era como presenciar um poema de William Shakespeare.

Nunca subestime o poder da sedução de um amplo vocabulário

Sua beleza era como a de uma rosa vermelha tingida de sangue.

Se aproximar demais dele remetia a mesma rosa.


Tão belo, tão poético, tão trágico.

Estar perto era tentador, até sabendo que iria se ferir com os espinhos.

Afinal, de onde vinha essa aura?

Uma aura incrível portadora de uma beleza e paz perturbadora.

Ao mesmo tempo em que era leve o suficiente pra voar, era delicada.

Tão delicada que poderia te cortar em um milhão de pedaços.

Tão suave que poderia te esfaquear com doçura.

Tão limpa que poderia te cegar com amor.

Aquela sabedoria e conselhos eram tão profundos e claros

Que me atrairiam cegamente pra uma paixão sem saída.

Um amor que me sufocaria até que eu agonizasse em alegria.

Ele não fala nada da boca pra fora.

Sempre reflete suas palavras. Suas falas são do coração pra dentro.

Ele fala de um jeito tão distraído, mas presta atenção no que fala.

Sempre cheio de “e se’s” e congitando tudo.

Pergunto-me se um dia ele irá voltar.

Voltar a me ver, voltar para os meus braços.

Voltar a alimentar essa paixão.

Bem, deve ser difícil voltar quando se estão sete palmos abaixo do chão.

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