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Formação em Aromaterapia - Módulo I - Curso Terra Flor

Formação em Aromaterapia
Módulo I

Fevereiro/2013

Organização e textos:
Vishwa (Luciane Schoppan)

www.terra-flor.com

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Formação em Aromaterapia - Módulo I - Curso Terra Flor

O tempo passa rápido.


Percebo como toda a cadeia relacionada a Aromaterapia têm evoluído, desde
a cultura de plantas aromáticas, ao desenvolvimento técnico da destilação nacional, a pesquisa
científica sobre a ação dos óleos essenciais, a comercialização, tudo progride a passos largos.
No contexto terapêutico, a Aromaterapia ganhou espaço
não só no Brasil, mas amadureceu também no mundo, em países onde já é tradição.
Eu vejo este evento como resultado da eficência e rapidez de seus resultados, assim como da
facilidade e praticidade de seu uso, resultando em demanda crescente e cada vez mais exigente.
Assim, é importante andarmos juntos, em compasso com este contexto dinâmico.
Esta edição que você tem em mãos pretende incorporar os mais recentes resultados da pesquisa
científica e quântica em aromaterapia.
Gratidão a todos os que acreditaram no potencial da
Terra Flor Aromaterapia e ajudaram o florescimento mútuo.

Vishwa e Vistar
sócios-diretores da Terra Flor Aromaterapia

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Formação em Aromaterapia - Módulo I - Curso Terra Flor

Advertência:
Todo material didático Terra Flor foi criado para ajudá-lo a fazer uso
doméstico e terapêutico profissional dos principais óleos essenciais
usados na Aromaterapia.
A utilização dos OE não deve ser considerada um substituto de
assistência profissional especializada
em caso de doenças. No caso de sintomas clínicos graves, deve-se
sempre procurar ajuda médica ou
de um profissional qualificado. Entretanto,
sempre que usado de forma correta, os óleos essenciais podem ser
aplicados com segurança à família, amigos, em casa, no trabalho como
auxílio valioso para o relaxamento, o alívio do stress, coadjuvante em
tratamentos de beleza e melhoramento da saúde e bem estar.

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Formação em Aromaterapia - Módulo I - Curso Terra Flor

Índice

5 O que é Aromaterapia
5 O sentido esquecido: o olfato
7 O Sistema Olfatório
8 Cavidade Nasal
8 O processo olfativo: como percebemos os aromas
10 Como atuam os OE
11 O Sistema Nervoso
11 Divisão anatômica do Sistema Nervoso
15 Propriedades dos principais Óleos Essenciais
15 Bergamota
17 Canela
18 Canela casca
20 Canela folha
21 Cardamomo
22 Grapefruit
23 Hortelã verde
25 Laranja amarga
26 Lavandin
28 Lemon grass
32 Manjericão
32 Manjericão exótico
33 Manjericão qt. linalol
35 Manjerona
37 Menta brasileira
39 Mirra
40 Olíbano
42 Palmarosa
43 Pimenta preta
46 Pimenta rosa
47 Pinho da sibéria
49 Sândalo amyris
51 Sândalo indiano
52 Tangerina
54 Óleos Vegetais ou Óleos Carreadores
55 Principais Óleos Carreadores
55 Abacate
55 Argan
56 Barú
57 Gergelim
57 Germe de Trigo
58 Jojoba
58 Macaúba
59 Rosa Mosqueta
59 Semente de Uva
60 Porcentagens de ácidos graxos presentes nos óleos vegetais
61 Sinergias Ayurvédicas
62 Projeto Professores Terra Flor
63 Obras Consultadas
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O que é Aromaterapia

Aromaterapia é a terapia que utiliza os aromas vegetais, ou seja, os óleos das plantas aromáticas -
óleos essenciais (OE) - para cuidar da saúde do corpo e da mente. Esse termo foi criado por volta de 1938, com
a publicação do livro Aromathérapie de autoria do engenheiro químico francês René Maurice Gattefossé.
Na prática, utilizamos os OE através de inalações, vaporizações, difusões ambientais, banhos,
massagens aromáticas, escalda pés, bochechos, gargarejos. São utilizados ainda na fabricação de
produtos cosméticos como cremes, loções, shampoos, sabonetes, nos óleos vegetais para hidratação
corporal, etc. Nestas práticas os OE interagem com os receptores celulares gerando reações em
vários sistemas do organismo vivo.
Com o auxílio da tecnologia aplicada à pesquisa, a aromaterapia evoluiu bastante. O que antes
era baseado e atestado apenas em experiências empíricas, hoje pode ser comprovado cientificamente.
Sabia-se, por exemplo, desde a antiguidade que a lavanda era um OE relaxante. Agora, através de
testes de cromatografia gasosa1 pode-se definir exatamente que o acetato de linalina, composto
molecular presente no OE da lavanda, é um dos responsáveis pelo relaxamento do sistema nervoso
decorrente do uso deste OE.

Principais práticas da aromaterapia da atualidade:

Aromacologia: segundo a Aromacologia, os aromas inspirados causam uma sensação


olfatoria, que é o resultado do reconhecimento das moléculas aromáticas nos receptores olfatórios.
Cada molécula aromática libera um impulso nervoso que atua diretamente no sistema límbico, parte
do sistema nervoso, reconhecida como o cérebro emocional ou cérebro do cheiro. A Aromacologia
atua no campo das emoções e sensações.
A indústria da perfumaria e cosmética vem trabalhando cada vez mais com esse conceito
Aromacologia (Aromachology®), marca registrada pelo Sense of Smell Institute criado em 1989 com
o objetivo de desenvolver estudos e pesquisas para acompanhar as inter-relações entre a Psicologia
e a tecnologia em fragrâncias.

Aromatologia: é a abordagem científica dos OE e seus efeitos no organismo humano.


Pesquisa as propriedades físico-químicas e potencial elétrico das moléculas aromáticas. O termo foi
elaborado pela escola francesa de aromaterapia, desenvolvido principalmente por nomes como Dr.
Belaiche, Dr. Paul Dupont, Franchome, Dr. Daniel Pénoël. Neste ramo da prática da aromaterapia,
leva-se em conta o potencial terapêutico do OE de estimular o sistema imunológico para que através
desta resposta se restaure ou mantenha a saúde.

Aromaterapia Quântica: criada pelo médico francês Dr. Daniel Pénoël, aplica na prática
da aromaterapia os conceitos trazidos à luz pela física quântica, tais como interconectividade e
influência do observador sobre o objeto observado.

O sentido esquecido: o olfato

Poucas coisas ou eventos impactam a psique humana tão profundamente evocando as


mais remotas memórias como os cheiros. Um aroma pode nos levar de volta à infância, ao dia
do casamento, à morte de um ente querido, à lembrança do primeiro namorado, ou seja, pode nos
1 Método físico-químico de separação de misturas e identificação de seus componentes.
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envolver em estados emocionais de tristeza, alegria ou qualquer outra emoção.


Os aromas evocam memórias antigas e fazem o passado tornar-se presente como nenhum
outro sentido.
Acredita-se que a sensibilidade aos aromas é influenciada pela cultura. Uma fragrância pode
ser codificada como normal, aceitável, prazerosa para uns e não para outros. As pessoas podem
expressar respostas emocionais diferentes para um mesmo aroma. O cheiro de peixe agrada aos
habitantes de uma ilha, lembrando-os da infância, da conexão com o meio em que vivem, mas pode
ser totalmente rejeitado por habitantes do interior do continente sem a vivência e o contato com o
litoral.
Diversas pesquisas envolvendo o sentido olfatório vêm sendo realizadas em várias partes do
mundo. Uma experiência foi realizada utilizando o aroma de baunilha com pessoas do ocidente e com
japosenes. Os ocidentais, ao sentirem o aroma de baunilha, relaxaram e alegraram-se, sentiram-se
em casa lembrando do bolo da vovó, do creminho da mamãe. Já os japoneses, não experienciaram
nenhuma resposta significativa a este aroma pois a baunilha não é um condimento utilizado na
culinária japonesa, não remetendo assim a nenhuma lembrança.
Susan Schiffman, psicóloga e professora da Universidade de Duke na Carolina do Norte,
apresentou em um estudo o mesmo aroma para pessoas de culturas diferentes. A reação das pessoas
a esses cheiros foram as mais variadas, constatando-se que emoções individuais associadas com um
determinado cheiro podem mudar a percepção do que se experiencia. Especula-se que a exposição
a cheiros não usuais pode promover a tolerância. A partir deste estudo, ela sugere que crianças
sejam propositalmente expostas a cheiros multiculturais para acostumarem-se a aromas que lhes
sejam inusitados, não usuais em suas culturas, para tornarem-se adultos mais abertos, tolerantes e
pacíficos.
O cheiro é a nossa comunicação mais direta com a natureza. Apesar de não conscientes,
monitoramos o mundo a nossa volta através dos cheiros.

“Cheiros... o olfato não é apenas biologicamente o mais


antigo de todos os sentidos, é também o mais evocativo.
Penetra mais profundo que os pensamentos
conscientes, que a organização da memória e têm vontade própria,
a qual a imaginação humana é compelida a obedecer.”
(Laurans Van Der Post, apud Keville & green, 2009).

Sabe-se que memórias evocam emoções e que estas desencadeiam liberações hormonais. Há
dados demonstrando que emoções positivas liberam hormônios de prazer e que emoções negativas
liberam hormônios do stress. A aromaterapia pode ser utilizada para equilibrar a psiquê humana
criando ambientes evocativos de boas memórias, fortalecendo o organismo através de estímulo do
sistema imunológico com bons hormônios. Pode-se ainda evocar memórias traumáticas com aromas
para o resgate de traumas e experiências negativas, porém, esta prática dentro da aromaterapia deve
ser utilizada apenas por profissionais com especialização e conhecimento em psicologia.
Normalmente, na aromaterapia trabalha-se com aromas que são reconhecidos como
prazerosos pelo cérebro límbico. Entretanto, alguns autores afirmam que, mesmo sem a evocação
de lembranças, os aromas induzem também o sistema endócrino a liberar hormônios devido à
especificidade eletroquímica das moléculas aromáticas. De acordo com Tisserant (1993), o aroma
excitante do grapefruit e da sálvia sclarea estimulam o tálamo a secretar encefalinas (analgésicos
naturais) induzindo o corpo a sentir uma sensação de bem-estar geral. O aroma afrodisíaco do ylang-
ylang estimula a glândula pituitária a secretar endorfina e outros hormônios na corrente sanguínea,
que regularão outras glândulas como a tireoide e as suprarrenais. Acredita-se também que o aroma
sedativo da manjerona estimula o sistema límbico desencadeando a secreção e a liberação de

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serotonina, hormônios antidepressivos que auxiliam entre outras coisas, na regulação do sono.
Para compreender como a aromaterapia funciona e os efeitos dos OE, deve-se ter uma
noção de dois processos fisiológicos básicos: o funcionamento do sistema olfatório e a absorção
das moléculas dos OE pelo organismo.

O Sistema Olfatório

O olfato é o resultado da interação físico-química entre as moléculas voláteis do ar que


respiramos e os receptores olfatórios. O epitélio2 que reveste a cavidade olfatória é extremamente
sensível, constituído por mais de 20 milhões de terminações nervosas. Poucas moléculas odoríferas
são suficientes para estimulá-lo, produzindo a sensação aromática. Estes receptores transformam
a informação olfatória em uma linguagem especial denominada impulso elétrico nervoso,
compreendida e interpretada pelo cérebro humano como cheiro.
Uma substância com cheiro é uma substância da qual desprendem partículas voláteis que,
levadas pelo ar, impressionam as terminações das células nervosas olfatórias da mucosa que reveste
a cavidade nasal. Estimuladas, as células olfatórias transmitem impulsos elétricos ao bulbo olfatório,
que os retransmite à área cerebral responsável pela olfação - o sistema límbico - causando reações
inconscientes e conscientes de ordem fisiológica e psicológica.
O olfato foi há bem pouco tempo atrás, o sentido menos pesquisado. Somente há quinze anos
atrás foi realizado um importante estudo neste sentido pelo neurofisiologista alemão Heinz Breer,
da Universidade de Stuttgart-Hohenheim. Ele pesquisou como os estímulos químicos que chegam
à cavidade olfatória são transformados em sinais elétricos que o cérebro capta para transformar em
sensação. Por esta pesquisa, Breer recebeu o Prêmio Leibniz da Sociedade Alemã de Pesquisa.
A sensação do cheiro ocorre quando a mensagem é recebida pelo hipotálamo3. Este age como
uma central de transmissão, enviando a mensagem odorífera para outras partes do cérebro, como
a glândula hipófise, que então continua a cadeia de retransmissão enviando mensagens químicas
para:
- a corrente sanguínea;
- o córtex olfatório, que auxilia a distinguir os aromas;
- o tálamo, que ajuda a associar a mensagem aromática com funções específicas;
- o neocórtex, que analisa o aroma, relacionando-o com os outros sentidos;
- o sistema nervoso central, que estimula o pensamento consciente.
Todo este processo ocorre em menos de um segundo. Neste ínfimo instante o indivíduo já
responde aos odores de forma emocional e intelectual. O olfato humano possui a percepção média
de 10 mil odores diferentes, sendo o olfato o sentido que mais cedo amadurece (o bebê reconhece
a mãe pelo cheiro), porém, decai na idade adulta devido ao desuso e pela exposição constante a
cheiros sintéticos agressivos e também à poluição ambiental.
Muito ainda precisa ser compreendido a respeito do sistema olfatório, pois trabalhamos
com suposições. Na realidade, poucas teorias foram até agora comprovadas com exatidão sobre
como os receptores olfatórios reagem. Muitos afirmam que a resposta ao cheiro ocorre devido ao
tamanho, forma, potencial elétrico e a combinação de tudo isto entre as moléculas aromáticas e as
células sensitivas do olfato.
A idéia de que substâncias de um aroma natural afetam diretamente a mente humana é
bastante promissora para as pesquisas médicas representando uma esperança de tratamento através
dos OE para acessar as partes do cérebro adormecidas em decorrência de doenças como o Alzheimer
2 Tipo de tecido com funções que incluem secreção, absorção seletiva, proteção, transporte transcelular e detecção de sensação.
3 Região do cérebro com a função de regular determinados processos metabólicos e outras atividades autônomas. Liga o sistema
nervoso ao sistema endócrino, liberando hormônios. Está presente no processo de controle emocional e atividade sexual. Também
controla a temperatura corporal, a fome e a sede.
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e acidentes vasculares cerebrais. De acordo com Keville e Green (2009), existe uma teoria muito
interessante do biofísico Luca Turin, da University of London, de que os receptores olfatórios e
as moléculas aromáticas possuem ondas com frequências vibratórias e quando essas frequências
sintonizam-se, a molécula encaixa-se no receptor específico à sua frequência gerando energia
necessária para impulsionar o lançamento do elétron em direção ao bulbo olfatório. Desta forma o
sinal elétrico é amplificado e enviado ao cérebro para ser interpretado. Nesta teoria cada molécula
possui um padrão vibratório único, relacionado a um único cheiro. Turin ainda afirma que “não
cheiramos com nosso nariz, cheiramos com nosso cérebro, então não devemos nos surpreender que
os cheiros afetam nossos humores”.
Em 2006, Richard Axel e Linda Buck ganharam o Prêmio Nobel em biologia nos EUA pela
comprovação da teoria chave-fechadura, que afirma que cada molécula aromática possui uma forma
que encaixa perfeitamente em um receptor específico.

A cavidade nasal

A cavidade nasal começa à partir das narinas ou fossas nasais, separadas uma da outra por
uma parede cartilaginosa revestida por um epitélio secretor de muco. Em seu interior existem dobras
chamadas conchas nasais, que forçam o ar a turbilhonar. No teto das fossas nasais existem células
sensoriais responsáveis pelo sentido do olfato.
O órgão olfatório é a mucosa que reveste a parte interior e superior do teto das fossas nasais,
chamada mucosa amarela. Esta mucosa é rica em terminações nervosas. Os produtos aromáticos
voláteis que se desprendem das substâncias, ao serem inalados, entram nas fossas nasais e se
dissolvem na mucosa amarela. Excitam então as terminações nervosas que se dirigem ao bulbo
olfatório e produzem a sensação de cheiro ou odor.

O processo olfativo: como percebemos os aromas

O processo olfativo está ligado a respiração e consiste numa corrente de reações químicas e
elétricas, ou seja, as moléculas aromáticas precisam reagir eletroquimicamente dentro do organismo
vivo para que possamos senti-las. Assim, elas são transmitidas na seguinte sequência até que perceba-
se o estímulo aromático:
1. As moléculas aromáticas voláteis entram na cavidade nasal com o ar;
2. Na cavidade nasal o ar é aquecido e as moléculas aromáticas dissolvem-se no epitélio
olfatório;
3. As moléculas aromáticas encaixam-se nos receptores olfatórios específicos, presentes no
epitélio olfatório, desencadeando mensagens eletroquímicas;

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4. A célula neural presente no epitélio olfatório é bipolar, isto é, apresenta duas extremidades.
Em uma dessas extremidades, em contato com o meio externo, as células nervosas formam os cílios
olfatórios que recebem as moléculas aromáticas. Na outra extremidade formam o bulbo olfatório,
feixe de fibras nervosas em contato direto com a área límbica do sistema nervoso central.
5. Os cílios olfatórios são formados por milhões de receptores nervosos. Estes recebem a
primeira mensagem odorífera e a transmitem a um segundo receptor olfatório, o bulbo olfatório, que
a retransmite ao sistema nervoso central via sinais eletroquímicos gerando a sensação do cheiro;
6. As fibras nervosas do bulbo olfatório, que trazem as mensagens eletroquímicas da
percepção do aroma, inserem-se diretamente dentro do sistema nervoso. Elas estão em conexão
direta com o hipotálamo e com estruturas da região límbica cerebral, denominadas de hipocampo e
amígdala. Estas áreas do cérebro límbico estão relacionadas especificamente ao armazenamento de
memórias, ao sentimento de emoções como raiva, medo e sensações de prazer ou dor. Isto explica

como o cheiro dos OE ativa a memória e sentimentos, criando uma resposta emocional;
7. O reconhecimento e a ligação da molécula aromática, no sítio ativo do receptor específico,
é feita nas membranas dos cílios olfatórios por proteínas - as proteínas G transmembrana, fixadoras
de moléculas aromáticas. Quando a molécula encontra o sítio ativo específico, inicia-se o processo
de sinalização eletroquímica;
8. As proteínas G transmembrana, através de sinalização eletroquímica estimulam o sistema
endócrino a sintetizar neurotransmissores como: endorfina, dopamina, encefalina, serotonina e
noradrenalina;
9. O sistema olfatório é capaz de distinguir apenas um aroma de cada vez, que pode ser a
combinação de vários aromas. Entre dois ou mais aromas, predominará o de maior intensidade.
No caso de ambos possuírem a mesma intensidade, forma-se um aroma intermediário, chamado de
mascaramento.
Algumas moléculas aromáticas originam mensagem eletroquímica, que será convertida em
ação e expressão de sentimentos como: euforia, relaxamento, concentração, coragem, força, etc,
dependendo dos neurotransmissores ativados (item 8). Após a emissão da mensagem eletroquímica,
são rapidamente expelidas da cavidade nasal pela expiração.
Outras moléculas ficam presas à mucosa nasal ligando-se a um átomo de oxigênio da próxima
inspiração e acabam por penetrar nos pulmões acopladas ao oxigênio. Na troca de gases que ocorre
nos pulmões, elas passarão para a corrente sangüínea transportadas por todo o organismo, onde
serão absorvidas pelos órgãos necessitados, desencadeando respostas terapêuticas específicas.

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Como atuam os OE

Como já foi dito, o sistema límbico e o hipotálamo controlam a maioria das funções
vegetativas e endócrinas do corpo. A aromaterapia trabalha justamente ativando determinadas áreas
destes dois sistemas.
Os OE penetram no organismo de 2 maneiras:

• Através da inalação: via cílios olfatórios e bulbo olfatório estimularão o sistema nervoso,
o sistema límbico e endócrino, desencadeando liberação hormonal e resposta emocional. Ainda,
via inalação poderão chegar até o sistema circulatório via pulmões, ocasionando respostas físicas
imediatas como diurese, hipertensão etc.

• Através da absorção pela pele: via folículos pilosos e poros sudoríparos da pele, penetram
nos capilares sanguíneos da derme, por onde alcançarão a corrente sanguínea, provocando respostas
terapêuticas variadas, dependendo da necessidade do organismo.

Assim como as moléculas odoríferas interagem com o sistema nervoso através de sinalização
e impulsos eletroquímicos, elas também são fácil e rapidamente absorvidas pela pele devido à sua
alta solubilidade lipídica, afinidade lipofílica das membranas celulares e pelo tamanho diminuto de
suas moléculas.
Estudos demonstraram que após uma massagem com óleo vegetal aromatizado em
concentração de 2% de OE de lavanda, foram detectados moléculas aromáticas como linalol e
acetato de linalina na corrente sanguínea. A concentração é mais alta após 20 minutos do término
da massagem, tornando-se indetectável após 90 minutos.

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O Sistema Nervoso

Divisão anatômica do Sistema Nervoso (SN):

Sistema Nervoso Central (SNC)


1. Encéfalo
A. Tronco Encefálico
A.1. Bulbo;
A.2. Ponte;
A.3. Mesencéfalo.
B. Cérebro
B.1. Diencéfalo (tálamo e hipotálamo);
B.2. Telencéfalo (córtex = hemisférios cerebrais).
C. Cerebelo.
2. Medula espinhal

Sistema Nervoso Periférico (SNP)


1. Sistema Nervoso Somático (SNS): Voluntário – Conduz impulsos aos músculos esqueléticos;
2. Sistema Nervoso Autônomo (SNA): Involuntário - Conduz impulsos ao músculo liso, cardíaco
e glandular.
A. Sistema Nervoso Simpático (SNS): envolve gasto de energia.
B. SN Parassimpático (SNP): restaura e conserva a energia corporal.

A Evolução do Cérebro

Durante a evolução dos seres vivos, o sistema nervoso como um todo e o cérebro em
particular, sofreram um grande processo de evolução e aperfeiçoamento.
Segundo Khalsa (1997) & Oliveira (1997), observa-se que o cérebro humano pode ser
dividido em três partes distintas, funcional e evolutivamente:

Cérebro primitivo - Cérebro reptiliano ou Arqueopálio

É a estrutura cerebral herdada evolutivamente dos répteis. Considera-se como cérebro


reptiliano a coluna vertebral e a região do tronco encefálico (bulbo, ponte e mesencéfalo, todos
situados logo acima da coluna vertebral). Estes também foram os primeiros elementos do cérebro
a evoluir. Hoje sabe-se que estas estruturas do cérebro são as primeiras a serem formadas durante
a gestação.
O cérebro primitivo é responsável pelas funções vegetativas, reações instintivas e
comportamentos relacionados à sobrevivência e auto-preservação. As funções vegetativas
compreendem as funções vitais básicas, como respiração, batimentos cardíacos e metabolismo,
que asseguram o funcionamento do organismo mantendo a vida.
O cérebro reptiliano é caracterizado funcionalmente por comportamentos repetitivos,
conquista e manutenção do território. O processo reptiliano também conhecido como processo
operacional transfere as informações recebidas do meio externo através dos sentidos e controla os
instintos básicos de reprodução, sobrevivência, agressividade e coordenação dos músculos.
Em animais cujo complexo cerebral é constituído basicamente pelo cérebro reptiliano, não
se observam vínculos mais estreitos entre seus semelhantes. Os répteis caçam apenas para si, sem
a divisão do alimento, a cópula é sem escolha do parceiro, não há obediência à hierarquia social,

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não há cuidado parental, os pais podem devorar a prole logo após o nascimento, etc.

Cérebro límbico - Cérebro emocional ou Paleopálio

Desenvolveu-se evolutivamente em torno do cérebro reptiliano à partir dos mamíferos


primitivos. Constitui o cérebro das emoções. Acredita-se que tenha surgido entre 70 e 80 milhões
de anos. É uma área cerebral intermediária, o elo entre o corpo e a mente. Todos os órgãos do
corpo estão conectados com as estruturas do cérebro límbico. Nesta região cerebral as principais
estruturas encontradas são o hipocampo (centro da memória), amígdala (centro da emoção), tálamo,
hipotálamo e hipófise - centros ligados às respostas de dor e prazer, reconhecendo e informando ao
organismo as sensações agradáveis e desagradáveis.
Repete alguns dos comportamentos do cérebro reptiliano, mas de forma mais elaborada,
dando ao indivíduo uma estruturação familiar, preocupação com os membros da mesma espécie,
cuidado com a prole e divisão de alimentos. Isso contribui para a sofisticação da adaptação da espécie
no meio em que vive, aumentando a probabilidade de cooperação intraespécie, sobrevivência e reprodução.
Na espécie humana, o cérebro límbico é o substrato dos instintos básicos tais como a busca
pelo alimento ou parceiro sexual. Com o desenvolvimento do neocórtex, a expressão dos instintos
básicos foi sendo cada vez mais aprimorada em razão de uma constante troca ou feedback com
esta nova estrutura. Primitivamente os instintos eram expressos sem qualquer elaboração, ou seja,
na medida em que sentia-se, expressava-se. À medida que o ser humano foi evoluindo, foram
sendo criadas normas e padrões de comportamento gravadas no neocórtex, balizando a expressão
do instinto dentro de normas explícitas ou implícitas. As crianças, por exemplo, que ainda não
absorveram o condicionamento social, fruto de um neocórtex educado, expressam seus instintos
com mais fidelidade ao sistema límbico, ou seja, aos seus instintos básicos.
Compartilhamos o sistema límbico com outros mamíferos. Porém, no ser humano, esta
estrutura também evoluiu sendo, por exemplo, muito mais especializado do que o das aves. O
processo límbico ou intuitivo humano responde pela ludicidade, afetividade, criatividade, estética,
religiosidade e pela memorização, características não encontradas em outras espécies.

Neocórtex - Cérebro evoluído que raciocina ou Neopálio

É a estrutura cerebral que evoluiu mais recentemente. Chamado também de “cérebro humano”
embora apareça menos evoluído em cachorros, gatos, cavalos e macacos. É no homo sapiens que
ele atinge o auge de seu desenvolvimento.
Evoluiu gradativamente em torno do cérebro límbico possibilitando a realização de tarefas
associadas ao intelecto, cognição e elaboração do pensamento abstrato. Confere ao homem as
capacidades da fala, escrita, motricidade elaborada, realização de cálculos matemáticos, composição
artísticas, enfim, tudo aquilo que nos diferencia e nos identifica como seres humanos.
O neocórtex confere ao homem a racionalidade, ampliando suas emoções e seu intelecto.
O sentimento familiar, antes restrito aos componentes da própria espécie, torna-se extensivo aos
demais seres vivos e também ao meio em que vive.
Este centro cognitivo responde pelos processos de atenção, concentração, inibição dos
impulsos e dos instintos, das relações sociais e do comportamento moral.

Sistema Límbico ou Cérebro Emocional - o Cérebro do Cheiro

Sistema límbico deriva do latim limbus, que significa elo. No ser humano o sistema límbico
é o elo entre o pensamento e o instinto. Em coordenação com o neocórtex esse sistema produz as
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sensações e suas consequentes respostas hormonais. O sistema límbico é também conhecido como
Cérebro do Cheiro.
O pesquisador Dr. John J. Ratey, neuropsiquiatra americano, professor-adjunto da clínica
psiquiátrica da Escola Médica de Harvard, investiga a possibilidade do sistema límbico ter se
desenvolvido a partir da função inicial de interpretar os cheiros. Os cheiros agem no inconsciente
pelo fato dos nervos olfatórios estarem diretamente ligados ao cérebro reptiliano e límbico, ou seja,
sem passarem pela interpretação racional do neocórtex. Segundo Ratey (2002), em contraste com os
outros sentidos, os nervos olfatórios projetam-se diretamente na amígdala, hipocampo e no córtex
olfatório, que são partes integrantes do sistema límbico. Os nervos olfatórios dispõem de uma linha
direta para o cérebro emocional sem intermediação do tálamo, estrutura límbica que ao receber a
informação nervosa a transmite diretamente ao neocórtex. A mensagem eletroquímica advinda das
moléculas aromáticas atinge primeiramente as estruturas do sistema límbico (hipocampo e amígdala),
despertando os instintos, produzindo sensações e memórias imediatas e só então a informação é
enviada para o tálamo e a partir daí, para o lóbulo frontal que controla a maior parte do raciocínio
abstrato, ocasionando inibições e respostas ligadas ao condicionamento social.
A resposta olfatória é mais rápida e decisiva para os sistemas orgânicos do que os outros
sentidos (visão, audição e tato), pois não levará em consideração a filtragem comportamental do
neocórtex para reagir e responder. Com o surgimento do neocórtex, o sistema límbico ficou encoberto
pela massa cinzenta associativa que forma o cérebro cortical. Com esse advento, os instintos do
cérebro límbico ficaram encobertos pela razão. Cientistas estão interessados em pesquisar o sistema
olfatório devido a possibilidade do olfato ajudar a minimizar os sintomas de doenças como depressão,
distúrbio bipolar, entre outras. Por exemplo, um trauma infantil pode ter sido associado a um
determinado cheiro que estava no ambiente no momento do acontecimento traumático e a criança
cresceu trazendo na base de sua personalidade esse trauma, tornando-se um adulto depressivo.
Porém, na idade adulta seu neocórtex predomina e ela não tem mais acesso a origem límbica de
seu trauma onde este ficou registrado, ficando cada vez mais depressiva e sem a possibilidade de
recuperar a saúde emocional. Recentemente pesquisas estão sendo desenvolvidas com o intuito de
tentar, através do olfato, viabilizar ao adulto o acesso à sua memória infantil armazenada no sistema
límbico e a partir daí liberar o complexo emocional.
De acordo com Khalsa (1997), as principais partes do sistema límbico são hipocampo,
amígdala, hipotálamo, tálamo e hipófise. Abaixo será fornecido uma pequena descrição dessas
partes.

Hipocampo

É o centro da memória do cérebro, responsável por armazenar algumas memórias


recentes e poucas remotas, enviando as remotas para o neocórtex para que fiquem armazenadas
permanentemente.
Este centro armazena fatos não emocionais e é a parte do cérebro que processa a maior parte
do aprendizado de livros, é a memória semântica. Seu desenvolvimento se dá após os primeiros
dois anos de vida, devido a isso, não lembramos de nossa primeira infância pois até essa idade
não tínhamos hipocampo, sendo impossível transportar as memórias para um armazenamento
permanente.
Nos pacientes com Alzheimer, o hipocampo está entre as primeiras áreas do cérebro a serem
danificadas. Isso explica porque os pacientes perdem suas memórias recentes antes de perderem as
remotas, pois a maioria das memórias remotas já está guardada com segurança no neocórtex.

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Amígdala

É a principal área de armazenamento da memória emocional. Auxilia o hipocampo a


classificar e armazenar as memórias, mas concentra-se em informações com impactos emocionais.
A amígdala decide a quantidade de impacto emocional que cada pensamento traz consigo. Quanto
mais emoção tem um pensamento, mais probabilidade há de ser enviado pela amígdala ao hipocampo
e a partir daí para o neocortex, sendo armazenada permanentemente.
Atuando juntamente com o hipocampo, a amígdala diz ao corpo e ao neocórtex racional
como reagir emocionalmente a cada situação. Contudo, o neocórtex fornece informações intelectuais
para a amígdala e o hipocampo, para que possam tornar as escolhas mais inteligentes em relação
às reações emocionais.

Hipotálamo

Intimamente ligado à amígdala, auxilia o corpo a reagir às várias situações. Mas isso só
acontece depois que o hipocampo, a amígdala e o neocórtex decidem o quão importante a situação
é. O hipotálamo envia mensagens à hipófise, que por sua vez, as retransmite para o restante do
corpo através de liberação hormonal.
O hipotálamo ainda secreta hormônios, controla a temperatura do corpo, sede, fome e funções
sexuais.

Tálamo

É o principal responsável em dar sentido aos constantes bombardeios sensoriais de seu corpo.
Recebe as mensagens sensoriais que nos chegam através dos órgãos dos sentidos, exceto as do olfato,
e as retransmite para os centros de processamento no cérebro. É a estação de retransmissão.

Hipófise

Também chamada de glândula pituitária, é a glândula mestra do sistema endócrino. Recebe


as mensagens do hipotálamo e depois determina o que as outras glândulas devem fazer para auxiliar
o organismo a produzir os hormônios necessários para reagir às diversas situações.

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Propriedades dos principais Óleos Essenciais

As moléculas aromáticas presentes nos OE possuem mensagens eletroquímicas específi-


cas, que acarretam respostas biológicas. A seguir, abordaremos as propriedades terapêuticas dos
OE, para compreender como um OE interage e produz respostas no organismo vivo.
(OE): óleo essencial; (OV): óleo vegetal.

Legenda:
Desaconselhável o uso nos três primeiros meses de gestação;
3

Desaconselhável o uso durante toda a gestação;


Dermoagressivo, deve ser diluído em veículo carreador. Se usado puro diretamente sobre a
pele, pode provocar ardência, vermelhidão ou irritação;
Fotossenssível, deve-se evitar exposição ao sol até 6h após seu uso.


Bergamota
Citrus x bergamia
Citrus auramtium var. bergamia

“OE do amor próprio”

Família: Rutaceae.
Sinônimos populares: nenhuma referência significativa encontrada na literatura pesquisada.
Etimologia: foi introduzida na Europa pelos Turcos do Império Otomano no século XV. Segundo
esta hipótese, o nome deriva do turco beg-armut ou Beg-âr-mû-dî, que significa a “pera do Rei”
ou “Príncipe das peras” por alusão a forma do fruto. Em algumas bibliografias encontramos que
“bergamia” provém da cidade italiana de Bergamo, na região da Lombardia no norte da Itália, onde
o OE foi inicialmente destilado. O OE de bergamota foi um dos primeiros a aromatizar o famoso
chá Earl gray. Este OE também é muito utilizado em águas-de-colônia.
Origem: Ásia, não se tem certeza, porém acredita-se que tenha sua origem na Índia. Atualmente,
a região da Calabria, sul da Itália, é o maior produtor deste OE.
Parte da planta utilizada: casca da fruta não totalmente madura.
Forma de extração: pressão a frio da casca, ou destilação a vapor.
Rendimento: 200Kg de cascas frescas/1Kg de OE. (Erligmann, 2009).
Características da planta: a bergamota é um híbrido do limão (citrus medica limonum) com a
laranja amarga (citrus aurantium var. amara). Pequena árvore ramificada que lembra uma laranjeira,
com aproximadamente 4 a 5 metros de altura, conhecida unicamente em estado cultivado. Suas
características lembram muito a laranja amarga e o limão. Possui folhas alternas, ovais, lanceoladas,
dentadas e de coloração verde brilhante. O fruto é do tamanho de uma laranja, adotando o formato
de uma pêra ou marmelo em miniatura e quando maduro apresenta coloração verde amarelada. As
flores são brancas parecidas com as do limoeiro. O fruto possui uma polpa de coloração amarela
esverdeada com sabor amargo como a laranja amarga e ácida como o limão. Este pequeno fruto
cítrico não é comestível, porém sua casca apresenta um aroma muito agradável. A extração do OE
poderá ser realizada por pressão a frio da casca, onde todas as cumarinas epermanecerão intactas
e o fator fotossensibilizante estará presente, ou por destilação a vapor, onde as cumarinas serão
desestabilizadas pelo calor, sendo esse OE então denominado “bergapteno free”, com ausência do
fator fotossensibilizante. A cor deste OE vai do amarelo claro quase transparente ao verde claro
devido a fragmentos de clorofila e de pigmentos remanescentes do processo de destilação à vapor
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de suas cascas. A extração do OE é realizado um pouco antes da maturação do fruto.


Propriedades terapêuticas e principais indicações:
A originalidade bioquímica do OE de bergamota lhe confere um aroma suave e delicado com
excelentes propriedades para tratamentos dermatológicos. Trata-se de um dos OE de maior
importância na cosmética e limpeza da pele. Primeira opção para assepsia da pele oleosa e mista,
pois diminui a hiperatividade das glândulas sebáceas da pele e do couro cabeludo.
Anti-infeccioso, antisséptico, cicatrizante. Por sua ação combatente a proliferação de micro-
organismos que infectam a pele, é muito usado nos cuidados da pele como: inflamações, acne,
eczema, dermatite, dermatose, psoríase e vitiligo.
Segundo Dupont (2008), favorece a pigmentação da pele por isso, é utilizado em produtos para
bronzeamento (obs: nunca utilize OE cítricos extraídos das cascas por pressão a frio sem algum
veículo carreador direto sob a pele em exposição ao sol pois todos eles são fotossensíveis, podendo
ocasionar manchas escuras na pele).
Na bibliografia encontramos dados de uso deste OE no tratamento de leucorréia, cistite e candidíase.
Também é digestivo, carminativo e um suave laxante. Estudos evidenciam o uso deste OE como
coadjuvante no combate a inapetência e distúrbios do apetite (anorexia).
Ainda segundo Dupont (2008), na medicina popular italiana tem sido usado como vermífugo,
combatendo áscaris e oxiurus.
Conforme, Pénoël & Frachome (2001), em compressas frias no corpo combate o paludismo (febre da
malária).
De acordo com o pesquisador Paolo Rovesti da Universidade de Milano, o OE de bergamota é
adaptogênico, tendo propriedades calmante e/ou sedativa, tônico e/ou estimulante.
Acalma a agitação mental dissipando a tensão de problemas do dia a dia que afetam o sono do
adulto. Utilizado para combater a insônia, atenuar o nervosismo e a ansiedade.
Tônico mental, auxilia em momentos de depressão, desânimo e apatia.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 0,7% alfa-pineno, 3,4% beta-pineno, 20-40%
limoneno;
Aldeído: 0,19% citral;
Álcool monoterpênico: 15-24% linalol, 0,4% nerol, 0,09% geraniol, 0,24% alfa
terpineol;
Éster: 29-36% acetato de linalina, 0,5-1,5% acetato de geranila, 0,5-15 acetato de nerila;
Cumarina e furanocumarina: 5% bergapteno, traços de bergaptole, auraptenole, limetina,
methoxi furano - 2,3,6,7-cumarine.
Toxicidade: levemente dermoagressivo, pode irritar peles muito sensíveis. Fotossensível.
Contraindicações: não aplicar puro sobre a pele. Não expor-se ao sol até 6h após seu uso, pois em
contato com o sol, poderá ocorrer manchas na pele.
Aromacologia: “OE do amor próprio”
O aroma deste OE age como um raio de sol dissipando a insegurança e a ansiedade. Equilibra as
emoções despertando a tranquilidade necessária para a cura emocional. Levanta a moral, ilumina
as sombras da mente, liberando sentimentos de medo, vulnerabilidade, timidez e rejeição.
Auxilia o tratamento de comportamentos destrutivos e compulsivos relacionados ao sono,
alimentação, relações, etc..
Ameniza culpa e autocrítica fortalecendo a autoestima e a autoimagem.
Elimina a negatividade e atrai a positividade, promovendo a autoaceitação.
O OE de bergamota associado ao OE de cipreste atua no estímulo da busca de novos objetivos,
incentivando as pessoas a valorizarem-se. Boa opção para adolescentes.
Trata estados ansiosos e depressivos de angústia e tristeza. Se estivermos chorando internamente
o OE de bergamota vai iluminar o coração, dissolver a culpa trazendo amor próprio, confiança e
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autoaceitação.
Formas de uso:
Aromatização ambiental para combater a depressão: o aroma animador do OE da
bergamota levanta o astral de quem está deprimido. Pingue 10 gotas de OE de bergamota no difusor
de aromas ambiental;
Banho de assento para os males íntimos da mulher (tratamento de cândida, cistite e
leucorréia): dissolva 1 colher de sopa de leite em pó em um copo de água, adicione 10 gotas de
OE de bergamota. Coloque a mistura em uma bacia de água morna para fria;
Banho de imersão relaxante para amenizar insônia e nervosismo: prepare um banho
morno à noite, adicione 2 colheres de sopa de leite em pó em um copo de água, misture bem e
adicione 15 gotas de OE de bergamota. Relaxe por 25 minutos na banheira, permitindo que seu ser
desabroche com tranquilidade e confiança;
Estímulo da autoconfiança e da autoestima: pingue 3 gotas de OE de bergamota no colar
aromático individual;
Limpeza e tonificação da pele: em uma cumbuca de água morna pingue 2 gotas de OE de
bergamota, 2 gota de OE de petitgrain e 2 gotas de OE de grapefruit. Está pronta sua água aromática
de limpeza facial noturna;
Paludismo: adicione 30 gotas (adulto), 15 gotas (criança) de OE de bergamota, em 2 litros
de água fria e aplique compressas em todo o corpo para baixar a febre da malária;
Ritual para estimular a busca por novos objetivos: pingue 2 gotas de OE de bergamota
e 2 gotas de OE de cipreste no chakra cardíaco e nos pulsos;
Vitiligo: adicione 10 gotas de OE de bergamota, 3 gotas de OE de cravo botão, 5 gotas
de OE de tea tree e 5 gotas de OE de limão em 30ml de óleo de rosa mosqueta. Massageie a zona
despigmentada à noite, evitando a exposição da pele ao sol devido a fotossensibilidade dos OE
cítricos.


Canela

Existem duas espécies principais de canela usadas na aromaterapia: canela do Ceilão ou da


Índia (Cinnammomum zeylanicum) e a canela da China (Cinnammomum cassia). Das duas espécies
pode-se obter OE tanto das cascas quanto das folhas.
O OE extraído da casca e das folhas de ambas as espécies possui utilizações diferenciadas.
O OE da casca da canela da Índia é mais caro que o da canela da China e possui aroma mais
pronunciado.
Considerada pelos antigos como uma das mais importantes fragrâncias aromáticas, a canela
já era comercializada entre a China, Índia e Egito há mais de 4 mil anos. Provavelmente chegou ao
Egito no século V.
Ao longo de toda a antiguidade a canela foi, ao lado da pimenta, a mais cara e a mais
cobiçada das especiarias. Na época dos romanos era reservada aos césares. Conservou seu valor
durante a Alta Idade Média onde permaneceu inacessível aos simples mortais. É só no século XIII
que começa a ser difundida mais amplamente pela Europa.
Teve muita influência no desenvolvimento das grandes navegações em fins do século XV
e início do século XVI, dado ao seu valor e à sua procura na Europa.

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Canela casca
Cinnamomun zeylanicum; Cinnamomun cassia

“OE da celebração”

Família: Lauraceae.
Sinônimos populares: canela cássia (China - C. cassia), canela do Ceilão (Ìndia - C.
zeylanicum).
Etimologia: Cinnamomum deriva do indonesiano kayu manis, que significa “madeira doce”. Mais
tarde recebeu o nome em hebreu quinamomum, que evoluiu para o grego kinamomum.
Origem: Cinnamomun zeylanicum da Índia e Cinnamomun cassia da China.
Parte da planta utilizada: casca.
Forma de extração: destilação à vapor.
Rendimento: 150kg de cascas/1kg OE. (Werner, 2007).
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Na bibliografia aromaterápica encontra-se referências a este OE como antisséptico, anti-infeccioso,
antimicrobiano potente. Bactericida de amplo espectro, 98% de ação em bactérias patogênicas, cocos
gram positivos, bacilus gram negativo), antiviral e antifúngico (cândida albicans e C. aspergillus),
age frequentemente onde outros OE são ineficazes.
Antiparasitário e vermífugo (pulgas, piolhos, sarnas, amebas, áscaris, tênias). Previne a infestação
pelo protozoário Plasmodium malariae (malária/paludismo).
Digestivo, carminativo, estomáquico e regulador intestinal, combate infecções intestinais e/ou
diarréia (salmonelas e Echerichia coli). Estimulante da imunidade.
Levemente analgésico, emenagogo, ameniza distúrbios menstruais, dismenorréias, amenorréia,
dilata os vasos sanguíneos uterinos provocando a menstruação e auxiliando o trabalho de parto por
reforçar as contrações.
Coadjuvante em tratamentos antiflacidez e anticelulite, reduz o acúmulo de líquidos intersticial.
Excelente antioxidante, destrói radicais livres no corpo, preserva a composição de produtos
cosméticos naturais. Redutor de verrugas (uso tópico);
Em pequenas doses é extremamente afrodisíaco, estimulante da libido, trata frigidez e impotência.
Combate depressão e exaustão nervosa, trata o desânimo, a fadiga e a sonolência.
Em doses elevadas poderá ocasionar dores de cabeça, enjôos e queda da pressão sanguínea.
Tônico cardíaco e circulatório, aquece as extremidades frias. De acordo com Dupont (2002), o OE
de canela casca fortalece o tônus capilar favorecendo a dilatação dos vasos capilares auxiliando
também a circulação arterial dos membros inferiores aquecendo os pés frios.
Ao contrário de outras bibliografias, segundo Silva (2004), o OE da canela demonstrou ser um
agente hipotensivo. Esta propriedade de reduzir a pressão arterial alta é resultante da clivagem e
inativação da angiotensina, um hormônio vasopressor, envolvido na elevação da pressão arterial.
Inokuchi, J. et al. Inhibitors of angiotensin converting enzime in crude drugs. Chem. Pharmac.
Bulletin. Vol.32, n 9, pp. 3615-3619, 1984.
Componentes moleculares:
Casca - Aldeídos aromáticos: 75-85% aldeído cinânico (bactericida), 1-1,5%
hidroxinamaldeído, 3-4% benzaldeído;
Fenol: 5-18% eugenol (analgésico);
Cumarina: 8%.
Toxicidade: dermoagressivo, alergênico.
Contraindicações: desaconselhável o uso em gestantes (emenagogo), bebês e crianças. Não usar
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puro sobre a pele nem em banhos quentes pois a temperatura elevada da água aumenta o fator
dermoagressivo.
Aromacologia: “OE da celebração”
O amor em todas as suas nuances manifesta-se através do aroma da casca da canela possibilitando
o acesso a áreas escondidas do nosso eu antes não permitidas ser acessadas com amorosidade.
Tônico das emoções cardíacas, possibilita a exteriorização do amor interno.
Afrodisíaco, seu aroma quente e picante cria um ambiente caloroso e sensual despertando a libido
e incentivando a manifestação da sexualidade amorosa e criativa. Liberador de inibições, auxilia
pessoas envergonhadas e paralisadas a expressarem seus sentimentos afastando a sensação de
ridículo.
Formas de uso:
Aromatização ambiental festiva: 5 gotas de OE de canela casca, 25 gotas de OE de laranja
doce e 3 gotas de OE de noz-moscada no rechaud, ou misture 55ml de álcool de cereais, 55ml de
água deionizada, 65 gotas de OE de laranja doce, 3 gotas de OE de canela casca e 3 gotas de OE
de noz-moscada em uma embalagem spray para borrifar o local da festa;
Combate a micro-organismos do ambiente: adicione 5 gotas de OE de canela casca em
um difusor de ambiente ou adicione 5 gotas de OE de canela casca e 3 gotas de OE de cravo folha
na água da limpeza;
Combate a sonolência: adicione 8 gotas de OE de canela casca em uma solução com 45ml
de álcool de cereais, 55ml de água destilada. Coloque em uma embalagem spray para ativar a energia
do ambiente;
Diarréia e infecção intestinal: adicione 1 gota de OE de canela casca ao chá de cascas de
canela, ou adicione 3 gotas de OE de canela casca em uma colher de OV, juntando a 5 colheres de
argila e água para um cataplasma abdominal;
Escalda pé para ativar a circulação e aquecer extremidades frias: adicione em uma
colher de sopa de óleo vegetal, 3 gotas de OE de canela casca, 5 gotas de OE de pimenta preta e 5
gotas de OE de cipreste. Adicione tudo em um balde de água morna para um escalda-pés ao final
do dia;
Fricção estimulante e afrodisíaca: adicione 5 gotas de OE de canela casca, 30 gotas de
OE de alecrim qt. cineol, 4 gotas de OE de cravo folha e 15 gotas de OE de gengibre em 120ml de
sinergia vegetal. Friccione duas vezes por dia a coluna vertebral da base do occipital ao sacro. Evite
contato com as mucosas;
Frigidez, debilidade e exaustão nervosa: pingue 2 gotas de OE de canela casca no
lençol;
Infecção urinária: pingue 1 gota de OE de canela casca em 1colher de sopa de óleo de
gergelim e massageie o baixo ventre;
Óleo de massagem ou hidratação pós-banho para aquecimento do corpo em dias frios:
adicione 10 gotas de OE de canela casca, 30 gotas de OE de cipreste e 10 gotas de OE de pimenta
preta em 120ml de sinergia vegetal;
Óleo de massagem auxiliar do parto: pingue 8 gotas de OE de canela casca e 50 gotas
de OE de sálvia sclarea em 120ml de sinergia vegetal. Massageie a região lombar, toda a extensão
da coluna vertebral e o ventre da gestante após a bolsa ter se rompido. Essa massagem estimula
as contrações, influenciando positivamente o trabalho de parto e inspirando confiança à futura
mamãe;
Tratamento para vermicose e amebíase: pingue 1 gota de OE de canela casca, 1 gota de
OE de canela folha, 1 gota de OE de cardamomo e 1 gota de OE de hortelã pimenta em uma colher
de café de mel. Use essa mistura aromática para adoçar uma xícara de chá de casca de canela.

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Canela folha
Cinnamomun zeylanicum; Cinnamomun cassia

“OE da fluidez”

Família: Lauraceae.
Sinônimos populares: canela cássia (China - C. cassia), canela do Ceilão (Ìndia - C.
zeylanicum).
Etimologia: Cinnamomum deriva do indonesiano kayu manis, que significa “madeira doce”. Mais
tarde recebeu o nome em hebreu quinamomum, que evoluiu para o grego kinamomum.
Origem: Índia, Madagaskar e Sri Lanka (antigo Ceilão).
Parte da planta utilizada: folhas.
Forma de extração: destilação a vapor.
Rendimento: 100kg de folhas/700gr de OE. (Erligmann, 2009).
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Antálgico, analgésico, anti-inflamatório usado como coadjuvante em tratamentos de reumatismo,
gota, LER, bursite, artrite, artrose, dores musculares, lombalgia, fibromialgia, tendinite.
Imunoestimulante, hipotensor leve, tônico geral e emenagogo.
Coadjuvante em tratamentos antiflacidez e celulite.
Componentes moleculares:
Folhas: Fenol: 70-90% eugenol (analgésico);
Aldeído aromático: 5-10% cinamaldeído (bactericida).
Toxicidade: dermoagressivo.
Contraindicações: desaconselhável uso em gestantes, bebês e crianças. Não usar puro sobre a
pele.
Aromacologia: “OE da fluidez”
Equilibra pessoas nervosas, desaloja a rigidez psíquica acumulada nas articulações em forma de
toxinas que impedem o movimento, a espontaneidade e a jovialidade.
Indicado para pessoas com personalidade distante, rígida, reservada e de difícil acesso.
Auxilia a superação do sentimento de isolamento, aquecendo a frieza dos sentimentos.
Formas de uso:
Dissolver a frieza emocional impregnada em ambientes: adicione 3 gotas de OE de canela
folha, 10 gotas de OE de laranja doce e 4 gotas de OE de tangerina no difusor ambiental;
Óleo balsâmico para aliviar dores musculares e articulares: adicione 10 gotas de OE
de canela folha, 10 gotas de OE de cânfora branca, 10 gotas de OE de copaíba destilada, 5 gotas
de OE de cravo folha ou botão, 10 gotas de OE de gengibre, 10gotas de OE de pimenta preta e 8
gotas de OE de wintergreen ou bétula doce em 120ml de sinergia vegetal.

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Cardamomo
Elettaria cardamomum

“OE do empoderamento”

Família: Zingiberaceae.
Etimologia: nenhuma referência significativa encontrada na literatura pesquisada.
Origem: Índia e América Central.
Parte da planta utilizada: frutos secos.
Forma de extração: destilação à vapor.
Rendimento: 100Kg de frutos secos/1Kg de OE. (Erligmann, 2009).
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Estimulante da energia vital, tônico digestivo. Na bibliografia encontra-se referências a este OE como
estomáquico, eupéptico e carminativo. Popularmente tem sido usado para combater indigestões,
arrotos, cólicas intestinais, azia, mau-hálito, vômitos e verminoses.
Também é utilizado como anticatarral e expectorante, alguns autores como Franchomme & Pénoël
citam a capacidade deste OE de expulsar o catarro dos brônquios.
Na medicina Ayurvédica é citado como suavizante do efeito intoxicante e irritante gástrico da cafeína
e como estimulante do apetite sexual, sendo um OE muito utilizado como afrodisíaco.
Ameniza cardialgia de fundo nervoso e taquicardia.
Segundo Tisserant (1993), seu aroma alivia náuseas na gestação.
Componentes moleculares:
Óxido: 45% 1,8-cineol (mucolítico para infecções respiratórias, alivia dores musculares);
Hidrocarboneto monoterpênico: 7% limoneno, mirceno, sabineno;
Álcool monoterpênico: 6% linalol, terpineol-4, alfa-terpineol;
Éster: 40% acetato de linalina e de terpinelina, acetato de alfa terpineol (anti-
espasmódico).
Toxicidade: dermoagressivo.
Contraindicações: não usar puro sobre a pele, nem em banhos de imersão sem veículo
carreador.
Aromacologia: “OE do empoderamento”
O exótico aroma deste OE nos remete aos mistérios do oriente. Indicado para estimular a criatividade
e abundância que emanam do eu superior. Abranda a confusão mental advinda em momentos de
sobrecarga de trabalho e excesso de responsabilidade. Estimula a coragem para enfrentar o medo
que paralisa, permitindo a expressão das emoções sem excessos, com lucidez e sabedoria.
Auxilia pessoas com falta de vontade própria a posicionarem-se, acalma a ansiedade que paira
sobre o plexo solar, trazendo segurança em momentos desafiantes como: falar em público, realizar
provas e entrevistas.
Formas de uso:
Aromatização do café: adicione 1 gota de OE de cardamomo na xícara de café;
Cansaço, desânimo, falta de coragem: pingue 2 gotas de OE de cardamomo na planta de
cada pé e friccione-os;
Cólicas intestinais ou menstruais: adicione 6 gotas de OE de cardamomo em uma colher
de óleo vegetal e massageie o baixo ventre, aqueça a região com uma compressa quente;
Dor de garganta: adicione 2 gotas de OE de cardamomo e 2 gotas de OE de sândalo amyris
em uma colher de óleo vegetal e massageie a garganta e o peito;
Flatulência: adicione 3 gotas de OE de cardamomo em uma colher de óleo vegetal e
massageie o abdômen no sentido horário;
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Tosse e resfriados: adicione 6 gotas de OE de cardamomo em uma bacia de água quente,


cubra a cabeça com um cobertor e inale até a água esfriar.

Grapefruit
Citrus x paradisii

“OE da harmonia”

Família: Rutaceae.
Sinônimos populares: este fruto também é conhecido pelos nomes de jamboa, laranja-melancia,
pamplemussa, toranja, laranja-vermelha, laranja-romã entre outras denominações.
Etimologia: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Origem: Ásia.
Parte da planta utilizada: casca do fruto.
Forma de extração: prensagem à frio da casca do fruto.
Rendimento: 100kg de cascas/1Kg de OE. (http://www.wikipedia.com).
Características da planta: grapefruit é um híbrido resultante do cruzamento do pomelo (Citrus
maxima) com a laranja-doce (Citrus x sinensis).
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
A bibliografia cita que a propriedade diurética deste OE lhe confere bons resultados em tratamentos
para emagrecimento, redução de celulite e edemas. Segundo Keville & Green (2009), este OE
estimula a vesícula biliar e auxilia a digestão de gorduras sendo um excelente coadjuvante para
aqueles que necessitam perder peso. Pode ser adicionado a óleos vegetais e cremes para massagem
de drenagem e descongestionamento linfático. Ativa a circulação sanguínea e linfática, tonificando
e eliminando toxinas.Adstringente, usado para aliviar articulações inchadas.
Imunoestimulante.
Antidepressivo, Mais relaxante que tônico. Segundo Sellar (2002), este OE apresenta ação
equilibradora do SNC sendo considerado benéfico para estabilizar os distúrbios bipolares.
Usado em shampoos para cabelos oleosos e loções anticelulite.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 96% limoneno;
Aldeído: terpênico (citral, citronelal), alifático (nonanal, decanal);
Cumarina e furanocumarina: aurapteno, limettine, meranzina, bergaptole.
Toxicidade: fotossensível. Em contato com a água quente é dermoagressivo.
Contraindicações: não expor-se ao sol por 6hs após seu uso.
Aromacologia: “OE da harmonia”
Como todos os cítricos, a suavidade do aroma deste OE nos remete à infância permitindo o sentir
desembaraçado de questionamentos mentais e existenciais, auxiliando o estado de não mente.
Proporciona leveza e equilíbrio ao ambiente conectando mente/corpo/espírito. Estimula a delicadeza
e sutileza para cuidar do outro e a si mesmo em momentos de convalescença física e emocional pós-
choque, final de relação, término de ciclos, onde se necessita recuperar a harmonia e o equilíbrio
gentilmente.
Possibilita a experimentação de estados de serenidade e espontaneidade, tarzendo ao ambiente a
alegria de viver.
Também tem sido relatado a capacidade desse aroma aportar a possibiliade de harmonia na relação de
má gestão do tempo, de desorganização, precipitação e desordens na relação afetiva com o outro.
Indicado para momentos limites, onde existe fragilidade física e/ou emocional.
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Formas de uso:
Banho relaxante do SN, estimulante do sistema imunológico: dissolva 3 colheres de
sopa de leite em pó em um copo de água e adicione 21 gotas de OE de grapefruit. Adicione tudo
na banheira. Relaxe na banheira com água quente por 20 min;
Criação de ambiente harmônico e reconfortante para pessoas gravemente enfermas
ou em fase terminal: pingue no difusor ambiental 15 gotas de OE grapefruit ou pingue 3 gotas de
OE de grapefruit na sola dos pés, massageando-os;
Difusão ambiental para estimular a delicadeza e harmonizar o ambiente: adicione ao
difusor ambiental 6 gotas de OE de grapefruit, 2 gotas de OE de manjerona e 2 gotas de OE de
bergamota. Esta fórmula também promove o relaxamento e restaura o amor próprio;
Edemas, retenção de líquidos: friccione 3 gotas de OE de grapefruit na sola dos pés ou
adicione 100 gotas de OE de grapefruit no creme ou no óleo de massagem de 120ml;
Hidratação corporal pós banho: adicione 100 gotas de OE de grapefruit em 120ml de
sinergia vegetal. Com o corpo ainda úmido após o banho, aplique esta sinergia vegetal em todo o
corpo;
Inalação antidepressiva: pingue 2 gotas de OE de grapefruit nos pulsos, friccione-os e
inale profundamente;
Para restabelecer a positividade e alegria de viver: pingue 3 gotas de OE de grapefruit
no colar aromático individual.


Hortelã verde
Mentha spicata

“OE da autoestima”

Família: Lamiaceae.
Sinônimos populares: menta verde, hortelã doce.
Etimologia: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Origem: Europa Mediterrânea e Oriente Médio.
Partes da planta utilizada: sumidades floridas.
Forma de extração: destilação à vapor.
Rendimento: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Características da planta: apresenta folhas enrugadas e espetadas, com flores púrpuras, podendo
apresentar cerca de 90cm da altura. Dentre as espécies de menta, esta é a que apresenta menor
concentração de mentol e mentona.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
De todas as mentas, a hortelã verde é a que menos resfria o corpo. A nível energético ela ativa
o plexo cardíaco e a glândula timo; Harmonizador do SN, revitalizante físico, ameniza a fadiga
nervosa e o cansaço mental.
Afrodisíaco masculino, combate a fraqueza sexual masculina.
Tem sido usado ao longo da história na higiene bucal para o tratamento de inflamações na gengiva
e clareamento dos dentes. Hoje encontramos este OE adicionado a muitos dentifrícios.
Na bibliografia encontramos referências de propriedades terapêuticas tais como colagogo e colérico,
podendo ajudar em problemas digestivos como indigestão, flatulências, insuficiência biliar, vômito
e parasitas intestinais. Estimula o relaxamento da musculatura gástrica, aliviando soluços e náuseas.
Pode ainda amenizar enjôos em viagens terrestres, aéreas e marítimas e auxiliar na liberação de
retenção urinária.
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Tônico neuroendócrino, tonifica os ovários e a próstata, anti-inflamatório, usado para amenizar


a inflamação na próstata, bexiga. Usado na medicina popular em banhos de assento para tratar
leucorréia.
Auxilia na redução da produção de leite e enrijecimento dos seios, podendo ser útil no período de
desmame.
Ameniza dor de cabeça e enxaqueca.
Apresenta efeitos antipruriginoso, podendo ser usado para tratar a coceira intensa da pele aliviando
a coceira de sarnas e picadas de carrapatos e outros insetos.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 9-20% limoneno, 5% mirceno;
Álcool monoterpênico: 0,5% mentol, 1,1% linalol;
Óxido: 2% 1,8-cineol;
Cetona: 55-65% carvona, 0,4% mentona, 0,4% pulejona.
Toxicidade: abortivo. Pode causar irritação ocular.
Contraindicações: desaconselhável o uso em gestantes e bebês.
Aromacologia: “OE da autoestima”
O aroma estimulante, porém adocicado desta menta desperta o potencial curativo da glândula
timo permitindo a fusão da energia do plexo solar com o coração, acalmando e estabilizando as
emoções.
Possibilita a expressão da vontade interior com amorosidade, traz vitalidade afetiva, estimulando
a coragem de ser quem se é.
Auxilia a transpor a barreira do medo do julgamento dos outros.
Encoraja aqueles que sentem-se desencorajados de seguir seus sonhos por medo de críticas alheias,
Aporta estabilidade psíquica permitindo as pessoas se libertarem da necessidade da opinião dos
outros. Dá segurança para pessoas inseguras. Encoraja a ouvir a voz interior, seguir a intuição e
fazer as próprias escolhas, mesmo que sejam decisões difíceis.
Recupera a vitalidade afetiva, após exposição emocional pública, ou excessos emocionais.
Formas de uso:
Apaziguar o elemento fogo: adicione algumas gotas de OE de hortelã verde em preparados
cosméticos para equilibrar o biotipo ayurvédico Pitta;
Branqueamento de dentes: adicione 2 gotas de OE de hortelã verde na escova de dentes
junto com o dentifrício para a escovação;
Estímulo e coragem para expressar a verdade interior: pingue 3 gotas de hortelã verde
no colar aromático individual;
Fadiga nervosa: pingue 3 gotas de OE de hortelã-verde em uma colher de sopa de
óleo vegetal quente e massageie suavemente o abdome com movimentos circulares no sentido
horário;
Fricção afrodisíaca masculina: adicione 4 gotas de OE de hortelã verde em duas colheres
de sopa de óleo vegetal e friccione a coluna vertebral;
Fricção encorajadora e estabilizadora para seguir suas próprias escolhas: adicione 4
gotas de OE de hortelã verde a 5ml de óleo vegetal de gergelim. Use este óleo aromatizado para
friccionar o plexo solar;
Tonificar a função pancreática: pingue 2 gotas de OE de hortelã verde em meio copo de

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suco de laranja. Ingerir três vezes ao dia antes das principais refeições.

Laranja amarga
Citrus aurantium var. amara; Citrus bigaradia

“OE da tonificação”

Família: Rutaceae.
Sinônimos populares: laranja-da-terra.
Etimologia: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Origem: extremo Oriente, particularmente China, Índia e Persia (atual Irã).
Parte da planta utilizada: casca.
Forma de extração:
Três tipos de OE são extraídos da planta bigarade:
Laranja amarga - prensagem a frio das cascas.
Petitgrain bigarade, ou petitgrain paraguay - destilação à vapor das folhas, pequenos
brotos e ramos frescos;
Néroli ou flor de laranjeira - destilação à vapor das flores.
Rendimento:
OE de laranja amarga: 180Kg de cascas frescas do fruto maduro/1kg de OE;
OE de petitgrain: 100Kg de folhas, brotos novos e ramos/1,2Kg de OE;
OE de neróli: 1ton de flores/1kg de OE.
Características da planta:
A maior produção da laranja amarga ocorre na Sicília, Itália. Foram os árabes que a introduziram no
Mediterrâneo. Seu fruto não é comestível no estado fresco pelo homem, porém é o fruto preferido
dos elefantes. O fruto da laranja amarga é menor do que a laranja doce. A casca de seu fruto é muito
utilizada na indústria de licores. Domésticamente pode ser adicionado ao vinho para promover a
digestão e de sua polpa pode ser feito doces e geléias (Erligmann, 2009).
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Laranja amarga: A presença de ésteres em sua composição química lhe confere propriedades
antiespasmódica, que aliviam cólicas intestinais e espasmos digestivos. Calmante digestivo e gástrico,
exerce forte ação apaziguadora sobre o estômago. Acalma indigestões especialmente as de origem
nervosa, combate a formação excessiva de gases. Adaptogêncio, trata diarréia e prisão de ventre.
Sedativo e relaxante benéfico no combate à insônia e nervosismo decorrentes da ansiedade.
A presença de álcoois monoterpênicos proporciona a esse OE propriedades anti-inflamatória,
diurética e anticoagulante sanguíneo favorecendo a fluidificação do sangue e estimulando a circulação
venosa e linfática. Por isso é muito utilizado como coadjuvante no tratamento de combate à celulite
através de eliminação de toxinas da pele congestionada e redução de edemas.
Ainda é encontrado na bibliografia alusões à propriedade febrífuga e sudorífera, que aporta benefícios
em fricções e compressas em casos de resfriados, gripes com febres.
Segundo Sellar (2002), este OE auxilia a formação do colágeno, vital para o crescimento e renovação
dos tecidos do corpo tornando-o um regenerador celular e cutâneo, eficaz para a tonificação da pele
seca e enrugada.
Estudos recentes realizados pelo Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista Júlio
Mesquita Filho (Unesp) de Botucatu demonstraram que o OE extraído da casca da laranja amarga
poderá ser utilizado para o desenvolvimento de um remédio para tratar úlcera e gastrite. Fonte:
http://www.reporternews.com.br/noticia.php?cod=284252.
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Petitgrain bigarade ou petitgrain paraguay: calmante, regulador intestinal (diarréia/prisão de


ventre), citofilático (peles ressecadas, envelhecidas).
Neróli ou flor-de-laranjeira: calmante, TPM, antidepressivo, afrodisíaco, ansiolítico e
citofilático.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 90% limoneno;
Álcool monoterpênico: 0,4-3% (linalol, geraniol, alfa terpineol, citronelol, nerol);
Aldeído: 0,8-7% (citronelal, geranial, citronelal, n-octanal);
Éster: 2,1% (acetato de nerila, acetato de linalina, acetato de geranila);
Cumarina e furanocumarina: 0,09% (aurapteno, bergaptole, iso-imperatorina) -
arteriodilatadora, anti-inflamatória, antimicrobiana.
Toxicidade: fotossensível.
Contraindicações: não expor-se ao sol até 6h após seu uso. Desaconselhável o uso por
hemofílicos.
Aromacologia: “OE da tonificação”
Este aroma renova e regenera despertando o poder de cura interior. Acalma o sistema nervoso
abalado, aportando o estado de renascimento à psiquê. Útil em casos de sobrecarga emocional e
ansiedade, que surgem após o enfraquecimento que acompanha uma doença física.
Excelente opção de tonificação nervosa durante a convalescença, fortalece pessoas fragilizadas por
estafa física ou emocional.
É um aroma indicado para momentos em que o mínimo pode ser demais, onde a pessoa está exaurida
sem conseguir responder a nem mais um estímulo.
Formas de uso:
Aromatização ambiental para convalescentes: adicione ao difusor ambiental 5 gotas de
OE de laranja amarga, 3 gotas de OE de grapefruit, 2 gotas de OE de limão siciliano e 2 gotas de
OE de lavanda francesa;
Amenizar sintomas de gastrite: pingue 3 gotas de OE de laranja amarga em um copo de
suco de limão e beba três vezes ao dia;
Creme de drenagem linfática: adicione 100 gotas de OE de laranja amarga a 120ml de
sinergia vegetal para massagem;
Loção hidratante anticelulite: adicione 40 gotas de OE de laranja amarga, 10 gotas de
cedro Atlas, 10 gotas de limão siciliano e 4 gotas de anis estrelado a 120ml de sinergia vegetal para
hidratação;
Óleo de massagem para combate a celulite: adicione 80 gotas de OE de laranja amarga
a 120ml de sinergia vegetal;
Tonificação para pessoas fragilizadas: pingar 3 gotas de OE de laranja amarga no colar
aromático individual.

Lavandin
Lavandula hybrida

“OE da tolerância”

Família: Lamiaceae.
Sinônimos populares: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Etimologia: origina-se do latim lavare, que significa “lavar”.
Origem: regiões mediterrâneas.
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Partes da planta utilizada: sumidades floridas.


Forma de extração: destilação à vapor.
Características da planta: no início da utilização da lavanda no anos 1920, a colheita de plantas
selvagens era realizada por mulheres, crianças, ciganos, pastores e pequenos camponeses. Desde
então, eles notaram a diferença entre as plantas. Algumas eram mais desenvolvidas que as outras
e eles as chamavam de lavanda larga, lavanda fina e lavanda bastarda. Esta última variedade era
o lavandin, resultado da hibridização natural entre a Lavandula latifolia x Lavandula officinalis.
Esta hibridização ocorreu devido a ação dos insetos e abelhas que transportavam o pólen de flor
em flor.
A polinização artificial entre a Lavandula latifolia x Lavandula officinalis deu-se primeiramente
em 1927 nos laboratórios Chiris à Grasse.
Na natureza existem muitos lavandins diferentes, uns mais próximos da Lavandula latifolia (spica),
outros da Lavandula officinalis. Muitos aspectos intermediários são possíveis na hibridização natural,
o que torna a identificação morfológica mais difícil.
No cruzamento entre espécies ocorre o fenômeno de heterósis, onde o valor médio do descendente
geralmente é superior ao valor médio das espécies cruzadas.
Os lavandins podem se desenvolver em baixas altitudes como a lavanda spike, são mais robustos,
adaptam-se mais facilmente ao clima e a natureza do solo, apresentando um rendimento 10 vezes
superior ao da lavanda fina, porém a qualidade olfatória inferior.
Sendo híbrido, o lavandin a princípio é estéril, portanto sua reprodução é realizada normalmente
através de mudas de estacas. Todas as plantas reproduzidas por mudas são normalmente iguais
entre si, constituindo-se clones.
Existem quatro variedades principais de lavandins clones reproduzidos por mudas:
Lavandin abrialis: variedade muito utilizada nos anos 30, tendo sido clonada inicialmente de
plantas selvagens. Apresenta semelhança morfológica à lavanda spica. Essa variedade foi substituída
pelo lavandin super. Atualmente a variedade abrialis, corresponde entre 7 a 10% da produção de
lavandin.
Lavandin super: variedade mais próxima da lavanda fina. Atualmente, o lavandin super representa
5% da produção de lavandin.
Lavandin sumiam: próximo do lavandin abrialis. Atualmente, corresponde entre 7 a 10% da
produção de lavandin.
Lavandin grosso: esse clone foi selecionado por Merlé Grosso, é robusto e produtivo, ficou
conhecido a partir de 1975. As outras variedades apresentavam durabilidade de vida entre 3 a 4
anos enquando o lavandin grosso apresenta uma durabilidade entre 10 a 12 anos. Por isso, as outras
variedades foram substituídas e atualmente, o lavandin grosso representa 70 a 80% da produção
de lavandins. Esta variedade não representa aumento no rendimento e sim na longevidade, o que
acaba aportando maior rentabilidade à produção.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Segundo Dupont (2008), este OE apresenta propriedades antálgica e espasmolítica, usado para
acalmar dor, rigidez muscular e articular e também para tratar rompimentos de tendões, reumatismos
e torcicolo.
Calmante da tensão nervosa, porém sua ação calmante é bem menor que a lavanda, não sendo
indicado para casos onde se deseja a sedação. A concentração de acetato de linalina é bem menor
do que em sua mãe, a lavanda fina.
Benéfico para o aparelho respiratório pois apresenta 1,8-cineol e cânfora como seu pai, a lavanda
spica. Anticatarral, expectorante e descongestionante respiratório, útil em casos de sinusite.
Anti-inflamatório e analgésico epitelial, antisséptico, cicatrizante, antialérgico.
Útil em queimaduras, coceiras e sarna.
Componentes moleculares:
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Álcool monoterpênico: 40% linalol, 5% lavandulol;


Cetona monoterpênica: 16% cânfora;
Óxido: 26% 1-8 cineol.
Toxicidade: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: desaconselhável o uso durante a gestação e em bebês com até 12 meses, por
conter cânfora.
Aromacologia: “OE da tolerância”
O aroma de todas as variedades de lavanda incorporam a energia acalentadora, protetora e amorosa
da Mãe Terra.
O Aroma deste OE aporta tranquilidade e sossego para o campo energético, acalma as emoções,
apazigua estados de profunda ansiedade, nervosismo e irritabilidade. Cria uma atmosfera acolhedora
em momentos difíceis, ajuda na pacificação do “sangue quente”, atenuando a intolerância.
Indicado para pessoas ansiosas e impacientes que não sabem esperar ou para aqueles momentos
de tolerância zero.
Formas de uso:
Calmante dos ânimos de pessoas intolerantes e impacientes: pingar 3 gotas de OE de
lavandin no colar aromático individual;
Desodorante: em uma embalagem de 120ml, coloque 55ml de álcool de cereais e 55ml de
água deionizada, adicione 40 gotas de OE de lavandin, 15gotas de OE de tea tea, 10 gotas de OE
de alecrim qt. cineol e 5 gotas de OE de sávia sclarea;
Difusão ambiental para criar uma atmosfera acolhedora: adicione 3 gotas de OE de
cedro Atlas, 2 gotas de may chang e 5 gotas de lavandin ao difusor ambiental;
Óleo aromático para tratar pele seca e opaca: adicione 40 gotas de OE lavadin, 10 gotas
de OE de petitgrain e 10 gotas de OE de bergamota em 120ml de sinergia vegetal.

Lemon grass
Cymbopogon citratus

“OE da renovação”

Família: Poaceae.
Sinônimos populares: erva cidreira, capim santo, capim limão.
Etimologia: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Origem: Índia e Malásia.
Parte da planta utilizada: partes aéreas.
Forma de extração: destilação a vapor das partes aéreas. A planta deverá estar parcialmente seca.
O ideal é que seja colhida e colocada para secar por 3 a 4 dias.
Rendimento: 50 kg de erva seca/1kg OE. (Werner, 2007). Nascimento et al. (2003), estudando o
efeito do horário de corte do capim santo (Cymbopogon citratus), verificaram que para obter maior
rendimento do óleo o mesmo deve ser colhido entre 9 e 11 horas.
Característica da planta: o gênero Cymbopogon possui aproximadamente 60 espécies aromáticas
cultivadas em regiões tropicais. Algumas destas espécies são muito utilizadas na medicina popular.
Citamos como exemplo o lemon grass (capim limão), a citronela e a palmarosa. Os capins da família
Poaceae são muito parecidos, tornando dificil sua identificação. A experimentação direta com suas
folhas para sentir o aroma é uma das melhores maneiras de identificá-los.
Existem duas variedades de lemon grass, essas produzem OE com diferentes concentrações de citral,
o aldeído responsável pelo seu aroma. Segundo Franchomme & Pénoël (2002), o Cymbopogon
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flexuosus conhecido como verbena indiana é produzido na Índia e possui menor concentração de
citral (60-85%). O outro é o Cymbopogon citratus produzido nos EUA, África, Índia e Brasil,
com maior concentração de citral (79-86%). Encontra-se dados de que a maior parte do citral do
Cymbopogon flexuosus produzido na Índia é retirado do OE e vendido separado.
Este é o 15º OE.no ranking de vendas internacionais.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Na farmacopéia indiana, o lemon grass é tradicionalmente utilizado como antídoto contra doenças
infecciosas como cólera, malária e para acalmar estados febris. (Willem, 2007).
De acordo com Dupont (2002), o lemon grass cresce em estado selvagem na África, principalmente
no Congo, onde é utilizado nas três fases do combate a malária pois repele o mosquito.
1. Tonifica o fígado e estimula a eliminação de toxinas hepáticas. É neste órgão que o parasita
(Plasmodium malariae e P. falciparum) deverá passar antes de entrar na corrente sanguínea e
infectar todo o organismo.
2. Apresenta propriedade antifebrífuga (antipirética).
3. Repele o mosquito, tonifica o fígado e ameniza os sintomas da febre.
O componente mais importante do OE do capim santo é o citral. Este composto químico apresenta
fenômeno de isomeria espacial1, dando origem a dois compostos químicos diferentes o geranial
(trans-isômero Citral-A) e o neral (cis-isômero Citral-B).
Os isômeros cis e trans diferem na fórmula espacial. No isômero cis, os ligantes iguais ficam do
mesmo lado do plano da dupla ligação. No isômero trans, os ligantes iguais ficam em lados opostos
ao plano da dupla.
Citral fórmula plana: C10H16O.
Geranial (trans-isômero Citral-A) Neral (Cis-isômero Citral-B)

O geranial tem um odor forte de limão. O neral tem o odor mais doce e menos intenso de limão.
Neste OE encontramos ainda um hidrocarboneto monoterpênico, conhecido como mirceno.
À presença de citral atribui-se ação calmante e espasmolítica comprovada, considerando-se a
atividade analgésica deste OE devida ao mirceno. Previne a liberação do mediador prostaglandina
PGE22, ocasionandoa analgesia. (MATOS, 2000). Este OE apresenta ainda ação analgésica e anti-
inflamatória local, relaxa e desinflama a musculatura. Auxilia o alívio da dor aguda pós-operatória
e dor neuropática3 do nervo ciático.
Torna os músculos mais flexíveis, pois auxilia na eliminação do ácido lático; Tonificante muscular
usado para tratar a flacidez da pele decorrente de dieta alimentar e/ou falta de exercício físico.
Estimula a secreção das glândulas digestivas, combate a má digestão, ajudando a desintoxicação
hepatobiliar; Estimula a excreção da bílis, fortalece as funções de eliminação do organismo; Regula
o fluxo do trânsito intestinal; Trata enxaqueca e ressaca.
Antidesmineralizante; Atua como coadjuvante em tratamentos de combate a osteoporose. (Willem,
1. Isomeria espacial: neste caso, os isômeros têm a mesma fórmula molecular e fórmula espacial diferente. Existem dois casos de isomeria espa-
cial: geométrica ou Cis – Trans ou Óptica.
2. Prostaglandina PGE2: foram isoladas pela primeira vez no líquido seminal. Consideradas hormônios, encontram-se em todos os tecidos corpo-
rais. Existem dois tipos a PGE1 (regulam a troca entre as membranas de diferentes sistemas) e a PGE2 (causam inflamação e dor de cabeça).
3. Dor neuropática: é comum em pacientes com câncer como um resultado direto da doença em nervos periféricos (por exemplo, compressão por
um tumor), como um efeito colateral de muitas drogas da quimioterapia e como resultado de dano elétrico.
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2007).
De acordo com Terentine (1995), este OE é recomendado durante a gestação e lactação pois apresenta
propriedades galactogênicas, isto é, estimula a produção do leite materno.
Segundo Franchomme & Pénoël (2002), pesquisas japonesas demonstraram que os receptores
olfatórios do citral são eficientes para ajudar os fumantes a se desacostumarem do tabaco, diminuindo
os efeitos da tensão resultantes da síndrome de privação.
Antisséptico aéreo, auxilia no combate a doenças respiratórias contagiosas.
Fungicida, usado para tratar micoses cutâneas, inguinais e ataques de fungos em grãos.
Diminui a oleosidade do couro cabeludo; Anticaspa.
Bacteriostático, usado para controlar a transpiração excessiva.
Repelente de insetos.
Na bibliografia encontramos uma curiosidade em relação a ação do OE de lemon grass, em relação
a ação junto ao sistema nervoso. Conforme pesquisa bibliográfica e publicações científicas, em
alguns momentos cita-se a propriedade relaxante e sedativa do sistema nervoso, em outros cita-se
a propriedade estimulante da concentração e revitalizadora nervosa.
Este OE é composto basicamente de 70 a 85% de aldeídos terpênicos, moléculas que segundo a
teoria da eletronegatividade molecular sugerida por Franchomme & Pénoël (2002), apresentam
propriedades anti-inflamatórias primárias, calmantes do SNC e antissépticas aéreas. Porém, o
aldeído terpênico presente na composição deste OE é o citral, que é o menos eletronegativo de
todos os aldeídos, apresentando certa carga de correntes positivas, podendo ser considerado um
adaptogênico.
Deve-se também levar em consideração, analisando este OE, de que os aldeídos terpênicos assim
como as cetonas, apresentam atividade bifásica, com efeito inicial estimulante, tornando-se calmantes
em doses mais elevadas ou contínuas. Entretando, os aldeídos terpênicos não apresentam nenhuma
neurotoxicidade como as cetonas.
Acredito, ser devido a este fator de atividade bifásica, que em algumas bibliografias como
Franchomme & Pénoël (2002), Baudoux (2006), Corazza (2002), Trentini (1995), encontramos que
o lemon grass é sedativo e calmante do SNC sendo indicado para combater a insônia, o nervosismo
e os estados de estresse crônico, podendo ser usado à noite no auxílio ao relaxamento e ao sono
profundo. Já em outras bibliografias como Sellar (2002), Amaral (2009) e outros, este OE é citado
como revitalizante, tônico geral do organismo, ativador da memória e da concentração, sendo seu uso
indicado em ambientes de trabalho onde necessita-se de uma atmosfera motivadora e criativa como
em salas de estudo para facilitar a concentração, memorização e absorção do conteúdo estudado.
Após ter analisado o estudo de vários autores, conclui-se que o lemon grass é um adaptogênico
nervoso. Entretanto, deve-se observar a dosagem do uso deste OE, pois este inicialmente desperta
a mente e revitaliza o corpo, porém na medida que se aumenta a dosagem e o tempo de uso, pode
causar efeitos inversos de relaxamento, indução ao sono e sedação.
Este OE possui forte ação vasodilatadora, o que o torna um excelente OE para hipertensos. Porém,
pessoas com pressão sanguínea baixa (hipotensos), devem estar atentas ao seu uso durante o
trabalho e o estudo. Pessoas com pressão sanguínea alta (hipertensos) podem ser beneficiadas com
as propriedades revitalizantes mentais deste OE.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 11% limoneno, mirceno;
Aldeído monoterpênico: 75% citral (33% neral e 42% geranial) - fungicida e antialérgico,
14,5% citronelal;
Álcool monoterpênico: 2% alfa-terpineol, 2% borneol, 1,5% geraniol, 1,5% nerol;
Álcool sesquiterpênico: 10% farnesol – bacteriostático na conservação de alimentos
estocados;
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Formação em Aromaterapia - Módulo I - Curso Terra Flor

Aldeído sesquiterpênico: 3% farnesal.


Toxicidade: dermoagressivo.
Contraindicações: desaconselhável para hipotensos e hiperplasia prostática.
Aromacologia: “OE da renovação”
Com doçura e simplicidade o aroma deste OE é um elixir para o coração, nos faz perceber que somos
o resultado de nossas escolhas. Grande auxílio na aceitação e responsabilização pelas experiências
vivenciadas, liberta da miséria e vitimização. Este OE é indispensável na busca da liberação das
mágoas e cargas negativas que envolvem questões do passado.
Fortalece a prática do perdão, encorajando o perdão daqueles que nos feriram e o autoperdão,
trazendo renovação psíquica e energética.
Desarma o ímpeto de agressão para consigo mesmo e para com os outros. É um importante
companheiro da melhor idade, onde o tempo permite a reflexão dos fatos vivenciados ao longo da
jornada.
Formas de uso:
Armazenamento de alimentos: pingue algumas gotas de OE de lemon grass num
chumaço de algodão no local onde se guarda e estoca alimentos para combater a proliferação de
microorganismos;
Aromatização ambiental de trabalhos terapêuticos profundos: pingue 8 gotas de OE de
lemon grass no difusor de aromas;
Bromidrose (chulé): pingue 2 gotas de OE de lemon grass nos sapatos, tênis, etc;
Combate a acne e micoses: adicione 3 gotas de OE de lemon grass em uma colher de óleo
vegetal de jojoba e aplique na área afetada. Tome cuidado com a região aplicada pois este OE é
extremamente dermoagressivo;
Compressa para combater micose inguinal: misture 250ml de chá de barbatimão, 20ml de
vinagre e 1 colher de café de bicarbonato de sódio em uma pequena cumbuca. Mexa bem e adicione
3 gotas de OE de lemon grass, 6 gotas de OE de bergamota, 6 gotas de OE de lavanda francesa, 5
gotas de OE de tea tree, 1 gota de OE de tomilho qt. linalol, 3 gotas de OE de camomila azul e 20ml
de OV de rosa mosqueta. Aplique a compressa com um algodão 3 vezes ao dia na região afetada.
Após aplicar a compressa aplique sobre a área afetada pó de argila para deixar a região seca, sem
umidade. Deixe a argila agir por 1h e logo após lave bem a área com água e hidrate a pele com OV
de rosa mosqueta;
Desinfetante: pelo seu excelente desempenho bacteriostático é indicado para limpeza da
casa. Pingue 3 gotas de OE de lemon grass para a limpeza de vasos sanitários, 5 gotas na água do
balde para limpeza da casa, para a limpeza de pias de cozinha, tábuas de carne e ainda algumas
gotas de OE de lemon grass poderão ser adicionadas a água de limpeza de legumes e frutas para
matar vermes e bactérias. Este OE possui um efeito tão bom quanto o cloro e menos prejudicial à
saúde. Com apenas algumas gotas é possível fazer a assepsia de toda casa e ainda deixá-la com um
cheiro maravilhoso de natureza;
Desodorante: em uma embalagem spray de 120ml misture 80ml de álcool de cereais e 35ml
de água deionizada, adicione 5 gotas de OE de lemon grass, 10 gotas de OE de lavandin, 10 gotas
de OE de tea tree, 20 gotas de OE de alecrim qt. cineol, 5 gotas de OE de sálvia sclarea e 10 gotas
de OE de lavanda francesa;
Difusão ambiental para incentivar o perdão: adicione ao difusor ambiental 2 gotas de
OE de lemon grass, 3 gotas de OE de may chang, 2 gotas de OE de manjericão e 4 gotas de OE de
ho wood;
Fricção na sola dos pés para controlar a hipertensão: friccione 2 gotas de OE de lemon
grass na planta de cada um dos pés;

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Para controlar hipertensão: pingue 2 gotas de OE de lemon grass no colar aromático.




Manjericão

O gênero Ocimum, da família Lamiaceae é uma importante fonte de OE, sendo utilizado
na medicina popular em todos os continentes. Compreende grande variedade de espécies de ervas
e subarbustos dispersos nas regiões tropicais e subtropicais da Ásia, África, Américas Central e do
Sul.
A identificação botânica correta para as espécies e variedades do gênero Ocimum, no qual
o manjericão comercial está incluído, é de grande interesse, uma vez que várias variedades dessa
espécie têm sido utilizadas, sendo relatados algumas diferenças nas formas de uso. Muitas vezes
questiona-se a verdadeira identidade botânica do manjericão citada em algumas publicações. A
dificuldade em classificar mais de 60 variedades de Ocimum provavelmente se deve à ocorrência
de polinização cruzada facilitando hibridações e resultando dessa maneira, um grande número de
subespécies, variedades e formas.
Muitas vezes os manjericões são classificados de acordo com os aromas doce, cítrico,
canforado, anisado e de cravo que apresentam. Quanto às características morfológicas da planta,
o manjericão pode receber uma nomenclatura dependendo do porte, formato da copa, tamanho e
coloração da folhagem. A composição molecular dos OE pode caracterizar os manjericões em tipo
europeu ou mediterrâneo, egípcio, comoro, búlgaro, tropical exótico e santo.
Basicamente no princípio teria duas variedades de manjericão, de onde foram surgindo as
outras variedades. As primeiras seriam avariedade dos países mediterrâneos (qt. linalol) e a africana
(qt. metil chavicol).
Nesta apostila nos ateremos ao estudo de três variedades de manjericão:
Manjericão exótico - Ocimum basilicum qt. metil chavicol: cultivado na África, Índia, Vietnã,
Ilhas Reunião, Comores e Egito;
Manjericão doce - Ocimum canum qt.linalol: cultivado na Europa mediterrânea, Índia e Brasil.
Manjericão cravo - Ocimum gratissimum qt. eugenol: cultivado na África, Índia e Brasil.
História da planta:
Na Índia o manjericão é chamado de Tulsi. É consagrado a Vishnu e a Krishna, considerado protetor
da família. O Tulsi é considerado uma planta que reforça a capacidade de entusiasmar-se, aportando
compaixão e clareza espiritual. Tulsi, que significa em sânscrito “incomparável”, era uma amante
de Krishna que foi transformada em planta. Na cultura indiana costuma-se indicar um banho com
as folhas do manjericão santo aos mortos, colocando um ramalhete de manjericão sobre seu peito
para que este integre todo seu potencial espiritual antes de sua jornada rumo ao eterno. Também
é costume das pessoas se adornarem com colares de manjericão para que a proteção divina seja
alcançada. Frequentemente, plantam manjericão na entrada de suas casas e templos.
Ao longo da história da utilização das plantas aromáticas o manjericão tem sido reverenciado pelos
seus supostos poderes mágicos. Na África, suas folhas foram utilizadas para conceder proteção
contra a má sorte e proteção contra a perseguição de espíritos desorientados. O espírito associado ao
manjericão era representado por uma serpente com asas de galo que protege dos perigos imprevistos
da vida, dos quais apenas a proteção divina pode livrar.

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Manjericão cravo qt. eugenol 3

Ocimum gratissimum qt. eugenolol

“OE da inspiração”

Família: Lamiaceae.
Sinônimos populares: manjericão cravo.
Origem: África. Atualmente também é produzido na Índia, Vietnã, Egito e Brasil.
Parte da planta utilizada: flores e folhas.
Forma de extração: destilação a vapor de flores e folhas.
Rendimento: 1ton de planta florida/1,5kg OE. Duas colheitas por ano.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Tem demonstrado bons resultados na redução de ácido úrico no sangue aliviando os sintomas de
gota, dores articulares e musculares em geral
Anti-infeccioso, combate staphylococus e streptococus
Antiparasitário, combate tênia e áscaris.
Toxicidade:
Contraindicação:
Aromacologia: “OE da inspiração”
Alivia a dor física, encorajando a busca pelo propósito de vida. Tônico nervoso, inspira, incita a
renovação e a confiança, diminuindo o nervosismo de apresentar-se diante de público.
Formas de uso: ver final manjericão exótico.

Manjericão doce qt. linalol 3

Ocimum canum qt. linalol

“OE da integração”

Família: Lamiaceae.
Sinônimos populares: manjericão doce.
Origem: Mediterrâneo. Atualmente também é produzido na Índia e Brasil.
Parte da planta utilizada: flores e folhas.
Forma de extração: destilação a vapor de flores e folhas.
Rendimento: 1ton de planta florida/1,5kg OE. Duas colheitas por ano.
Características da planta: O manjericão é uma planta herbácea anual. Inicia-se o corte para a
extração de OE à partir do 3º ao 4º mês após o plantio inicial. Durante mais ou menos cinco anos a
planta renderá entre dois a três cortes anuais para extração de OE.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Segundo Tisserant, o OE de manjericão qt. linalol é um excelente tônico do sistema nervoso,
auxiliando o combate da fadiga intelectual e quando difundido no ambiente fortalece a mente,
aportando clareza aos pensamentos. Este aroma é estimulante, revitalizante, neurotônico.
Indicado para todo tipo de distúrbio nervoso, principalmente aqueles associados com fraqueza e
falta de vitalidade.
Exerce forte ação na esfera digestiva sendo um antiespasmódico eficiente no combate às flatulências,
acelera a digestão difícil que causa sonolência resgatando a vitalidade após uma refeição pesada.
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Combate as dores de cabeça, principalmente quando estão relacionadas a problemas digestivos. Na


medicina popular este OE tem sido usado para tratar náuseas, vômitos e soluços.
Segundo Sellar (2002), este OE pode ajudar a recobrar os sentidos após um desmaio.
Ainda de acordo com Sellar (2002), este OE apresenta ação “Strogen-like”, sendo útil para regular
distúrbios menstruais como cólicas, fluxo escasso e inchaço nos seios, além de acelerar a expulsão
da placenta no momento do parto. Descongestiona a próstata e o útero.
Pelo alto conteúdo de linalol presente em sua composição química, este OE torna-se valioso na
regeneração do tecido cutâneo em eczema seco e psoríase. Acalma as reações inflamatórias da pele,
possui efeito equilibrador sobre as glândulas supra renais ajudando a reduzir alergias, principalmente
se relacionadas ao stress. Ainda é indicado para conter abcessos mamários (Dupont, 2008).
O Brasil produz um manjericão com 40% de linalol e com concentrações significativas de 1,8-cineol e
cânfora. Desta forma o OE de manjericão doce qt. linalol brasileiro, também apresenta ação benéfica
sobre o aparelho respiratório e é usado para tratar sinusite, asma, bronquite e gripes. Auxiliando a
restauração do olfato perdido com o acúmulo do catarro.
Já o Ocimum canun qt. linalol, proveniente da Índia contém 75% de linalol, excelente anti-
inflamatório e cicatrizante.
Tanto o brasileiro como o indiano são antidepressivo.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 2% alfa e beta-pineno;
Hidrocarboneto sesquiterpênico: iso e beta cariofileno, beta elemeno;
Álcool monoterpênico: 40-75% de linalol, 6-12% de fenchol;
Cânfora: 13% cânfora;
Éster: 8% acetato de linalina, 1% acetato de fenchila;
Fenol: 5-12% eugenol;
Fenol Metil Éter: 2,5-7% metilchavicol M.E.;
Óxido: 20-26% 1,8-cineol.
Toxicidade: levemente dermoagressivo.
Contraindicações: desaconselhável o uso nos três primeiros meses de gestação. Devido a sua ação
“Strogen-like” deve ser evitado por pessoas com problemas relacionados ao excesso de produção
de estrogênio.
Aromacologia: “OE da integração”
Este aroma possibilita o despertar da compaixão, equilibrando a realidade espiritual com a material.
Harmoniza o consciente com o inconsciente, integra o pensar, o sentir e o agir, traz equilíbrio entre o
individual e o coletivo, aportando reconhecimento e respeito para as necessidades tanto individuais
como para as do outro.
Restaura a integridade física, mental e emocional, ameniza dissociação entre sexualidade e
espiritualidade.
Indicado para aqueles que vivem na dualidade com grande dificuldade de integrar os opostos:
matéria e espírito.
Formas de uso: ver final manjericão exótico.

Manjericão exótico 3

Ocimum basilicum qt. metil chavicol

“OE da estabilidade”
Família: Lamiaceae.
Sinônimos populares: alfavaca de cheiro.
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Etimologia: Basilicum para os os gregos significa “erva majestosa” e o adjetivo ocimum significa
“para cheirar”.
Origem: África. Atualmente também é produzido na Índia, Vietnã e Egito.
Parte da planta utilizada: flores e folhas.
Forma de extração: destilação a vapor de flores e folhas.
Rendimento: 100kg da planta florida/600Gr OE. Duas colheitas por ano.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Tônico digestivo, combate arroto, gases, cólicas intestinais, diarréias.
Segundo Badoux (2006) e Dupont (2008), este OE é antiviral e possui propriedade hepatoprotetora
promovendo alívio à congestão hepática, sendo útil como coadjuvante na convalescença de
hepatite A e B. É usado como antisséptico aéreo para combater viroses tropicais e vírus da gripe.
Antiespasmódico, combate cólicas menstruais e câimbras musculares.
Anti-inflamatório útil em inflamações do aparelho respiratório como bronquite, do aparelho
geniturinário como cistite e prostatite.
Antálgico, bom para cefaléia e enxaqueca, ameniza dores reumáticas, artrite, tendinite.
Algumas bibliografias citam propriedades afrodisíacas e estimulantes do sistema nervoso, sendo
indicado para combater a fadiga mental e aumentar a concentração.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 4% alfa e beta-pineno;
Hidrocarboneto sesquiterpênico: 9% cariofileno;
Álcool monoterpênico: linalol, alfa-terpineol, citronelol, nerol, geraniol;
Éster: 3% acetato de citronelina e terpenila;
Fenol: 2,5% eugenol;
Fenol Metil Éter: 85% metilchavicol M.E.;
Óxido: 3% 1,8-cineol.
Toxicidade: dermoagressivo.
Contraindicações: desaconselhável o uso nos três primeiros meses de gestação.
Aromacologia: “OE da estabilidade”
Indicado para aqueles que se esgotam e sacrificam-se para servir ao outro e esquecem de si mesmo.
Bom para pessoas que se perdem no coletivo, esgotando-se e desequilibrando-se facilmente tentando
resolver os problemas e a vida dos outros.
Útil na estabilização da energia vital após doenças contagiosas. Acalma, trazendo proteção e
compaixão.
Formas de uso:
Banho de imersão para combater a falta de dinamismo, de vontade e de perseverança:
dissolva 2 colheres de sopa de leite em pó em um copo de água e adicione 18 gotas de OE de
manjericão (todos os qt.) neste copo. Após ter dissolvido o OE junto ao copo com leite em pó,
adicione tudo na banheira. Relaxe na banheira morna por 20 min;

Compressa de argila para combater diarréia: faça uma pasta de argila seguindo a
proporção de 3 gotas de OE de manjericão exótico (qt. metil chavicol), para cada colher de sopa
de argila. Aplique o cataplasma sobre todo o ventre;

Difusão ambiental para controlar a fadiga mental: adicione ao difusor de aromas 3 gotas
de OE de manjericão (todos os qt.), 2 gotas de OE de lemon grass, 4 gotas de OE de hortelã pimenta

e 3 gotas de OE de alecrim qt. cineol;


Dissolução de soluço: pingue 1 gota de OE de manjericão exótico (qt. metil chavicol) em
um cotonete e coloque-o por 10 segundos abaixo da língua;

Fricção na planta dos pés para momentos de pressão, finalização de trabalhos, exames,
competição esportiva para estimular o dinamismo e a perseverança: pingue todas as manhãs 2
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gotas de OE de manjericão (todos os qt.) na planta dos pés e friccione. Repita esse processo durante
o dia quantas vezes achar necessário;
Integração mente/corpo/espírito: pingue 2 gotas de OE de manjericão doce (qt. linalol)
no colar aromático pessoal;
Óleo vegetal para hidratação e massagem imunoestimulante: adicione 50 gotas de OE
de manjericão exótico (qt. metil chavicol) e 20 gotas de OE de hortelã levante em 120ml de sinergia
vegetal. Aqueça esta sinergia vegetal aromática em banho maria e massageie os pés e as mãos;
Para acalmar a tagarelice mental e aumentar a concentração: pingue 2 gotas de OE de
manjericão (todos os qt.) sobre o plexo solar e massageie a região com movimentos circulares no
sentido horário;
Para estimular o trabalho de parto: adicione 40 gotas de OE de manjericão (todos os qt.)
a 120ml de sinergia vegetal, massageie a região lombar, pés e ventre, assim que iniciar as primeiras
contrações.


Manjerona
Origanum majorana

“OE do afeto”

Família: Lamiaceae.
Etimologia: deriva do grego orosganos que significa “alegria da montanha”.
Origem: região mediterrânea, norte da África e Egito.
Parte da planta utilizada: ramos e sumidades floridas.
Forma de extração: destilação a vapor.
Características da planta: existem algumas variedades de manjerona sendo que a mais comum
é a “Origanum majorana” ou manjerona doce, planta herbácea de pequeno porte que pode chegar
até 25cm da altura com pequenas folhas ovais e flores branca roseadas. Existe também a manjerona
silvestre “Thymus mastichina”, originária da Espanha. Esta espécie contém alto teor de 1,8-cineol,
é muito confundida com a manjerona doce, porém são plantas distintas e a manjerona silvestre
parece ter qualidade inferior.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Esse OE nutre as células nervosas, tonifica o sistema nervoso parassimpático, acalmando e relaxando
o SNC. Trata-se de um dos melhores aromas para amenizar sintomas de distúrbios cardiovasculares,
taquicardia, palpitação e arritmia decorrentes de stress e ansiedade.
Calmante, sedativo, útil no combate à insônia, principalmente aquela ocasionada pelo aumento da
pressão arterial, vasodilatador, hipotensivo.
Regulador tiroidiano, coadjuvante em tratamentos de combate ao hipertireoidismo. Digestivo, de
grande auxílio em indigestões, fermentações e/ou prisão de ventre de fundo nervoso.
Analgésico, alivia dores reumáticas, artrite, artrose e dor muscular, principalmente dores lombares
advindas de distúrbios menstruais.
Expectorante, libera o catarro. Segundo Franchomme & Pénoël (2002), este OE é anti-infeccioso,
antisséptico e bacteriostático, podendo exercer ação destrutiva sobre os coccus gr +, staphylococcus
doré e pneumococcus. Pode ser aspergido no ar onde existem pessoas contaminadas; Apresenta
bons resultados em massagens peitorais para acalmar a tosse, atenua os sintomas de rinite e sinusite
alérgica.
Anafrodisíaco, trata distúrbios sexuais (obcessões sexuais).
Emenagogo, indicado para cólicas menstruais e ciclo menstrual desregulado, atrasado e insuficiente.
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Excelente coadjuvante para a hora do parto, acalma a angústia pré-parto amenizando a dor, além
de fortalecer as contrações uterinas acelerando o nascimento. Em muitas bibliografias consta que
o aroma deste OE tem auxiliado a depressão pós-parto.
Tem sido usado para acalmar o nervosismo advindo do excesso de estímulos das grandes cidades,
apresentando bons resultados para acalmar pessoas que moram em ruas muito movimentadas, ou
perto de hospitais com barulho constante de sirenes de ambulâncias, para viajantes que necessitam
dormir em um hotel perto de uma rodovia com barulho incessante da movimentação de veículos.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico:1,5-2,5% alfa e beta-pinenos; 2,5% sabineno; 2% mirceno;
Hidrocarboneto sesquiterpênico: 2,5% beta-caryofileno, 2% humuleno;
Álcool monoterpênico: 14-22% terpineol; 13% tujanol-4; 5% linalol;
Éster: 3% acetato de terpenila, 3% acetato de linalina, 1,2% acetato de geranila;
Fenól metil-éter: 0,5% trans-anetol (traços).
Toxicidade: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: desaconselhável durante a gestação.
Aromacologia: “OE do afeto”
Este OE possui um aroma doce que acalma as emoções, transmite paz a quem sofre, resgata e
conforta o coração ferido e solitário. “Mãe Geradora”, fortalece a internalização do arquétipo da
mãe interior acalentando a criança interna, reconforta quem não foi oportunizado de viver o amor
materno. Libera traumas psicológicos profundos, acalma a emotividade excessiva, transforma
a autodestrutividade em amor próprio e gera autossuficiência emocional auxiliando a cura da
necessidade de agradar o outro.
Preenche o vazio interior, evita o desgaste energético na busca da aprovação do outro.
Propicia a experiência de um profundo amor interior auxiliando o florescimento do ser afetuoso e
maduro, capaz de gerar amor e compartilhar sua transformação emocional.
Purifica, instaurando a tão sonhada paz interior.
Formas de uso:
Banho antifadiga do SN: 15 gotas de OE de manjerona diluídos ena banheira morna. Relaxe
por 20 min;
Criação de um ambiente acalentador, amoroso e afetuoso para receber recém-nascidos:
pingue 4 gotas de OE de manjerona, 2 gotas de OE de ylang-ylang, 2 gotas de OE de tangerina e
1 gota de OE de palmarosa no difusor ambiental;
Fricção corporal reparadora do SN e geradora de paz interior: 4gotas de OE de
manjerona, 6 gotas de OE de lavanda francesa, 4 gotas de OE de petitgrain e 4 gotas de OE de ho
wood. Fricicone todo o corpo. Ideal para a noite;
Massagem digestiva: adicione 5 gotas de OE de manjerona, 1 gotas de OE de orégano e
2 gotas de OE de manjericão em 10ml de OV de semente de uva. Massageie o abdome no sentido
horário;
Preenchimento do vazio interno: pingue 3 gotas de OE de manjerona no colar aromático
individual ou 3 gotas de OE de manjerona no travesseiro;
Resgate do arquétipo da mãe interior: pingue 2 gotas de OE de manjerona no chakra
cardíaco e massageie a região uma vez por dia, durante 3 meses;
Sinergia para tratamento de depressão, insônia e angústia: pingue 5 gotas de OE de
manjerona, 5 gotas de OE de lavanda francesa e 5 gotas de OE de manjericão no difusor de aromas
ambiental.

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Menta Brasileira
Mentha arvensis

“OE do despertar”

Família: Lameaceae.
Sinônimos populares: menta japonesa.
Etimologia: o gênero Mentha é originário da região mediterânea como quase todas as lameaceas.
Origem: mediterrâneo.
Parte da planta utilizada: sumidades floridas.
Forma de extração: destilação a vapor das sumidades floridas.
Rendimento: 100 kg de sumidade florida/1 kg OE. (Erligmann, 2009).
Características da planta: é a mais rica em mentol de todas as mentas. A menta se disseminou
pelo globo sofrendo hibridações naturais, mutações e variações, dando oportunidade ao surgimento
de numerosas espécies dificultando a correta identificação das inúmeras variedades, mesmo por
especialistas.
Planta utilizada desde a antiguidade pelos egípcios, hebreus, gregos, romanos e americanos. Com
sua origem confundida com mitos ela aparece em todas as listas de ervas da antiguidade. Na Bíblia
aparece como dízimo. Já os árabes regavam as mesas de banquete com menta antes das festas e
limpavam o chão com a erva para estimular o apetite dos convidados.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
O aroma deste OE assim como o da hortelã pimenta acorda, desperta, estimula a memória e o
raciocínio, aportando concentração e criatividade. OE muito utilizado para melhrar a memória e a
concentração. Facilita a absorção do conteúdo estudado e sua posterior lembrança.
É indicado o estudo com esse aroma difundido no ambiente e no dia de provas este OE deverá ser
inalado para que a memória do que foi estudado seja ativada.
Útil em ambientes de trabalho e estudos para criar uma atmosfera revitalizadora e motivadora.
Antálgico, analgésico. Utilizado como anestésico local para aliviar dor de cabeça, odontalgia,
nevralgia, entorses, reumatismos, artrose e dores musculares.
Vasoconstritor, hipertensor leve, pode ser usado em caso de hipotensão.
Estimulante biliar, desintoxicante hepático, digestivo, combate náusea, vômito, dispepsia, mal do
mar, mal aéreo.
Trata azia e mau-hálito.
Alivia o mal estar respiratório do início de gripes e a congestão nasal, expectorante, combate a
tosse, sinusite e rinite alérgica.
Antipruriginoso, útil para aliviar coceiras, dermatoses e psoríase.
Traz frescor para queimaduras solares.
Ativa a circulação do couro cabeludo, diminuindo a queda dos cabelos.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 13% limoneno;
Hidrocarboneto sesquiterpênico: 2,5% beta-cariofileno;
Álcool monoterpênico: 70% mentol;
Éster: 3% acetato de metila;
Cetona: 20% mentona, 2% piperitona, 1,2% pulejona.
Toxicidade: o mentol contrai e irrita as cordas vocais, por isso não deve ser usado em crianças com
menos de três anos de idade.
Contraindicações: desaconselhável o uso em crises de asma, epilepsia, convulsões e fibrilação
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cardíaca.
Aromacologia: “OE do despertar”
Este aroma desperta todas as sensações, estimula os sentidos, revitaliza, refresca e melhora a
concentração. Ameniza o cansaço, calma emoções preocupantes alojadas no plexo solar, relaxando
o diafragma.
Auxilia a descontração de pessoas preocupadas e ansiosas nos momentos que antecedem provas,
palestras, cursos, entregas de projetos, monografias, cirurgias, entrevistas.
Útil em todos os momentos onde a ansiedade toma conta dificultando o desempenho de tarefas
com segurança e tranquilidade.

Formas de uso:
Água digestiva para aliviar indigestão e dor de cabeça: pingue 1 gota de OE de menta
brasileira em um copo de água gelada e beba lentamente;
Banho de imersão antifadiga do SN: dissolva 2 colheres de sopa de leite em pó em um
copo d’água, adicione 5 gotas de OE de menta brasileira, 5 gotas de OE de alecrim qt. cineol neste
copo e adicione tudo a banheira. Relaxe na banheira morna por 20 min;
Bochecho para acalmar a nevralgia oral: pingue em um copo de água morna 2 gotas de
OE de menta brasileira e 1 gota e OE de cravo botão e bocheche;
Difusão ambiental refrescante: adicione ao difusor ambiental 4 gotas de OE de menta
brasileira, 2 gotas de OE de lavanda francesa, 2 gotas de OE de manjerona e 2 gotas de OE de pinho
da Sibéria;
Fricção reparadora do SN: pingue 3 gotas de OE de menta brasileira na coluna vertebral
e friccione-a vigorosamente;
Sinergia para fraqueza e depressão: pingue 2 gotas de OE de menta brasileira e 1 gota
de OE de pimenta preta em um colar aromático;
Massagem digestiva: pingue 3 gotas de OE de menta brasileira no abdome e faça uma
massagem suave com movimentos circulares no sentido horário;
Nevralgia corporal: pingue 5 gotas de OE de menta brasileira, 2 gotas de OE de wintergreen
ou bétula doce e 2 gotas de OE de lavanda francesa em duas colheres de sopa de semente de uva.
Aqueça a sinergia e massageie a região dolorida;
Para acalmar ansiedade e preocupação antes de momentos decisivos como provas e
entrevistas: pingue 2 gotas de OE de menta brasileira no colar aromático individual.

Mirra
Commiphora myrrha

“OE da maturidade”

Família: Burseraceae.
Etimologia: “Mrr”, vem do árabe amargo.
Origem: Sudeste da península arábica (Oman, Yêmen), norte da África (Somália, Etiópia, Djibouti)
e nordeste do Kenya.
Parte da planta utilizada: resina. Quando são feitos cortes no tronco da árvore um líquido de
tonalidade branco amarelado (goma) escorre. Em contato com o oxigênio, transforma-se em uma
massa marrom avermelhada, que solidifica-se com o passar do tempo, tornando-se uma resina, a
qual será destilada para dar origem ao OE.
Forma de extração: destilação a vapor da resina.
Rendimento: 100kg de goma resina/7kg OE. (Erligmann, 2009).
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Características da planta: É usada a mais de 4000 anos como medicamento para acalmar a dor e para
fins religiosos. A árvore apresenta pequeno porte, podendo alcançar no máximo 4m de altura.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Antioxidante, regenerador cutâneo, hidrata e previne o envelhecimento precoce da pele, rejuvenesce
peles maduras. Foi o OE mais usado pelas rainhas egípcias na manutenção da beleza do corpo e
nos cuidados da pele.
Antálgico, anti-inflamatório, anti-infeccioso, cicatrizante, apresentando resultados excepcionais de
regeneração do tecido epitelial em feridas mal curadas, úlceras, dermatoses, dermatites, alergias,
recupera peles lesionadas pelo uso de produtos químicos abrasivos, podendo também ser útil em
afecções vaginais e inguinais por fungos.
Foi muito utilizado na antiguidade para amenizar dores como artrite, artrose, reumatismo, bursite e
tendinite. Atualmente pesquisas confirmam que a sinergia da composição química da mirra possui
ação antálgica potente, podendo ser comparada a morfina.
Segundo Dupont (2008), este OE pode regular as glândulas endócrinas, modera a ação da tireóide.
Trata hipertireoidismo.
Controla a produção excessiva de estrogênio, atua como coadjuvante em tratamento para redução
da endometriose, reduz o fluxo menstrual, útil em casos de metrorragias, este é um OE que pode
ser testado em males ocasionados pela produção excessiva de estrogênio.
Componentes químicos:
Hidrocarboneto sesquiterpênico: 29% alfa e beta-elemeno, 10% alfa-copaeno;
Aldeído: 2,2% 3-methil-2, 2-butenal;
Cetona: 6% methil-isobutil cetona;
Toxicidade: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Aromacologia: “OE da maturidade”
Aroma balsâmico, persistente, doce-amargo com potencial de equilibrar as emoções e estruturar a
psiquê. Prepara o ser para a fase madura da alma, fortalece a aceitação da ação do tempo.
Auxilia a encontrar o valor da beleza da vida quando os objetivos e metas materiais já foram
alcançados, cria uma atmosfera ambiental propícia a reflexão para a mudança do foco das realizações
materiais para a busca espiritual.
Aporta sabedoria para aqueles que estão vazios emocional e espiritualmente, estimula a jornada rumo
a compreensão do grande mistério. Auxilia o desapego das experiências passadas, permitindo deixar
para traz a aridez emocional. Reconforta o SN abalado, ameniza o medo do desconhecido.
Formas de uso:
Compressa para tratar endometriose e controlar excesso de fluxo menstrual: adicione
10 gotas de OE de mirra em uma bacia de água morna, realize compressas na região do baixo ventre
por 15 minutos;
Creme para prevenção de rugas: adicione a 50 gramas de creme neutro, 2ml de OV de
rosa mosqueta, 6 gotas de OE de mirra, 3 gotas de OE de olíbano, 3 gotas de OE de cipreste, 2
gotas de OE de gerânio, 2 gotas de OE de palma rosa, 3 gotas de OE de pau-rosa e 2 gotas de OE
de sândalo amyris;
Criação de um ambiente propício a fase de amadurecimento da alma: pingar 3 gotas
de OE de mirra, 2 gotas de OE de olíbano, 2 gotas de OE de cedro Atlas, 3 gotas de OE de cipreste
e 2 gotas de OE de sândalo amyris no difusor de aromas;
Estímulo para a busca da jornada espiritual: pingar 2 gotas de OE de mirra no colar
aromático individual;
Fricção no baixo ventre para tratar endometriose e controlar excesso de fluxo menstrual:
pingue 6 gotas de OE de mirra no baixo ventre e friccione a região suavemente;
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Massagem local para controlar hipertireoidismo: adicione 4 gotas de OE de mirra e 3


gotas de OE de manjerona em 10ml de sinergia vegetal;
Óleo para hidratar a pele afetada por fungos: adicione 20 gotas de OE de mirra, 10 gotas
de OE de lavanda francesa, 5 gotas de OE de lemon grass, 10 gotas de OE de tea tree, 2 gotas de
OE de tomilho qt. linalol, 5 gotas de OE de camomila azul e 2 gotas de OE de canela do Ceilão
(casca) em 120ml de OV de rosa mosqueta.
Óleo para massagem recuperador de peles ressecadas: adicione 20 gotas de OE de mirra,
10 gotas de OE de gerânio, 10 gotas de OE de patchouli e 10 gotas de OE de cipreste a 120ml de
sinergia vegetal;
Para picadas de carrapatos, micuins e pulgas: aplicação tópica de 2 gotas de OE de
mirra;

Olíbano
Boswellia carterii

“OE da meditação”

Famíla: Burseraceae.
Sinônimos populares: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Etimologia: olíbano é derivado do árabe al-lubán - “o leite”, em referência à seiva leitosa que sai
da pequena árvore de olíbano. O nome em francês, encens, deriva do latim insencum, que significa
“aquele que queima”. Em inglês, frankinsence, faz referência aos francos (tribos germânicas, que
ocuparam o território hoje denominado França) que introduziram a resina como forma de incenso
na Europa. Na Somália, seu maior produtor, é conhecida como “moho”, que significa “árvore de
Deus” - aquela que aporta proteção.
Origem: originária da região do Mar Vermelho, norte da África e Península Arábica.
Parte da planta utilizada: resina.
Forma de extração: destilação a vapor.
Rendimento: 100kg resina/5Kg OE. (Erligmann, 2009).
Características da planta: atualmente esta árvore tortuosa que vive em seu estado natural sob
clima subdesértico tornou-se rara. A resina do tronco é retirada de dois em dois anos. Apenas as
árvores machos produzem a resina, após 10 anos de idade.
Faz-se várias incisões profundas no tronco da árvore de onde escorre uma seiva leitosa, a qual com o
tempo e o contato com o oxigênio, escurece e solidifica. Quanto mais clara a resina mais terapêutico
e valioso torna-se o OE; quanto mais escura a resina menos terapêutico e mais barato o OE.
Foi uma das substâncias mais apreciadas no mundo antigo, sendo um aromático tão valioso quanto
as gemas e metais preciosos. Era vendido a preço de ouro. Seu valor era tal, que teve considerável
influência na economia de alguns países, chegando a ser causa frequente de disputas políticas.
(Tisserant, 1993).
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Este OE era empregado pelos egípcios na fabricação de máscaras cosméticas de rejuvenescimento.
Cicatrizante, antioxidante, citofilático, quando adicionado ao creme facial pode reduzir os sinais do
tempo e de expressões, proporcionando vitalidade a pele madura. Pela sua propriedade adstringente
pode ser útil para controlar a oleosidade da pele, combatendo acnes.
A bibliografia é unânime em afirmar sua propriedade terapêutica anticatarral, expectorante,
antisséptica e descongestionante respiratória. Acredita-se que possua ação calmante em casos
de bronquite, tosse, crises de asma, laringite e resfriado. Também considerado um excelente
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imunoestimulante e anti-inflamatório articular e geniturinário, sendo recomendado na medicina


popular para aliviar os sintomas de bursite, rigidez articular, cistite e leucorréia.
No Oriente, durante a antiguidade, era usado no combate a lepra de pessoas de classes sociais
privilegiadas.
Segundo Sellar (2002), possui propriedade adstringente, podendo aliviar o fluxo menstrual intenso,
agindo como um tônico uterino. Sendo que a autora recomenda o uso deste OE para aromatizar a
sala do parto e na depressão pós-parto por sua ação calmante e acalentadora.
Esta resina foi usada ao longo da história da humanidade em fumigações nos doentes para expulsar
os maus espíritos que lhes causavam a doença. Em tempos mais modernos, o aroma deste OE
é considerado antidepressivo capaz de estimular bons pensamentos e eliminar a negatividade,
criando um ambiente meditativo onde a paz mental é um elixir recuperador da saúde e da depressão
nervosa.
De acordo com Keville & Green (2009), é um dos melhores OE para curar feridas emocionais que,
quando não tratadas, manifestam-se na forma de doenças físicas. Pode-se dizer que este OE pode
oferecer bons resultados no tratamento de doenças psicossomáticas.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 40% alfa-pineno e limoneno;
Hidrocarboneto sesquiterpênico: alfa-gurjuneno e guaieno;
Álcool monoterpênico: borneol, trans-pimocarvol, farnesol;
Composto bi-funcional: álcoois cetônicos = olibanol; álcoois óxidos = incensoloxido.
Toxicidade: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Aromacologia: “OE da meditação”
O OE do princípio dos tempos, aporta paz e serenidade para a conexão com a energia divina. Seu
aroma místico dos desertos estimula a glândula pineal e o 7º chakra. Cria um ambiente propício à
reverência ao sagrado, facilitando a meditação e favorecendo a percepção espiritual.
Purifica o ambiente e estimula o relaxamento da mente, permite a conexão entre o humano e o
divino. Promove o espaço energético protegido necessário para o desenvolvimento da devoção.
Desperta o interesse pela meditação.
Formas de uso:
Criação de um ambiente sagrado, tranquilo, propício ao desenvolvimento da mente
meditativa: adicione 10 gotas de OE de olíbano ao difusor de aromas ambiental;
Para acalmar pensamentos obsessivos e cultivar pensamentos positivos: pingue 3 gotas
de OE de olíbano no colar aromático individual;
Para combater o envelhecimento precoce da pele e reduzir as rugas: acrescente 10 gotas
de OE de olíbano aos cremes ou loções corporais;
Para aliviar rígidez muscular e articulações presas: adicione 100 gotas de OE de olíbano
em 120ml de OV de gergelim e massageie localizadamente;
Para acalmar a dor em casos de artrose, bursite e tendinite: adicione 3 ml de OV de
gergelim, 20 gotas de OE de olíbano, 6 gotas de OE de canela folha e 10 gotas de OE bétula doce
a 120 gramas de creme lanette;
Ritual de mudança: adicione 60 gotas de OE de olíbano em uma solução de 60ml de
água deionizada e 60ml de álcool de cereais e borrife por todos os cômodos da casa para limpar as
energias antigas;
Realização de idéias e/ou projetos espirituais - uso tópico: Aplique 3 gotas de OE de
olíbano na base do crânio durante 40 dias, ao acordar.

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Palmarosa
Cymbopogom martinii

“OE da beleza”

Família: Poaceae.
Origem: Sudeste Asiático, Índia e Paquistão.
Etimologia: nenhuma referência na literatura pesquisada.
Parte da planta utilizada: parte aérea florida.
Forma de extração: destilação a vapor das partes aéreas.
Rendimento: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
OE da beleza da pele. A maior parte da bibliografia aromaterápica cita as propriedades antibacteriana,
fungicida e antiviral deste OE, útil no tratamento de infecções cutâneas em geral. Apresenta
excelente tolerância cutânea. Citofilático, rejuvenescedor da pele, estimula a secreção natural da
oleosidade da pele, equilibrando tanto a pele seca, como a oleosa. É indicado para peles acnéicas,
secas, eczematosas e maduras.
Antioxidante, adicionado ao creme nutritivo combate os radicais livres reduzindo o aparecimento
de rugas prematuras e prevenindo o envelhecimento precoce da pele.
Segundo Sellar (2002), pode ser útil quando o corpo está superaquecido como em casos de febre,
sendo eficaz em abaixar a temperatura corporal. Com isso, amplifica sua ação bacteriostática pois
as bactérias se enfraquecem em ambientes frios.
Neurotônico, citado como estimulante do apetite para quem sofre por anorexia nervosa.
Imunoestimulante.
Tônico da musculatura lisa do útero, coração e vasos sanguíneos, usado para estimular as contrações
uterinas na hora do parto e para acalmar taquicardia.
De acordo com Dupont (2006), pode ser usado para acalmar os sintomas cutâneos de impetigo,
candidíase, micose inguinal, psoríase, rubéola, escarlatina e varicela. Também pode ser usado nos
tratamentos de vaginite, cistite e otite.
Útil na drenagem linfática pois estimula a circulação e o equilíbro dos líquidos do corpo.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: limoneno e alfa-felandreno;
Álcool monoterpênico: 65% garaniol, 2-4% linalol, 0,0-1,5% nerol;
Éster: 5-20% acetato de geranila.
Toxicidade: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: desaconselhável o uso durante a gestação.
Aromacologia: “OE da beleza”
Seu aroma floral acalenta e alegra, traz a sensação de se estar entre as flores num imenso jardim.
Sensibiliza o ser da importância do cultivo do amor próprio, da beleza interna e externa. Encoraja
a gentileza e o cuidado com o corpo aceitando-o em todas as etapas da vida. Desperta o amor
incondicional para com nós mesmos e para com os outros.
Cria um ambiente leve e descontraído onde o amor pode florescer naturalmente. Auxilia a valorização
da amizade, lealdade e fidelidade nas relações. Incentiva o reconhecimento e a expressão do valor
dos verdadeiros amigos.
Estimula a hipófise, o timo e o coração, favorecendo a visualização criativa.
Antidepressivo e tônico para deprimidos que não querem sair da cama. Influencia positivamente os

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sentimentos. Ajuda pessoas tristes e solitárias a cultivar amigos e compartilhar a amizade.


Formas de uso:
Banho de imersão regenerador da pele congestionada: adicione 10 gotas de OE de
palmarosa, 5 gotas de OE de cipreste e 5 gotas de OE de copaíba destilada na banheira;
Difusão ambiental para incentivar a amizade, lealdade e fidelidade: adicione 4 gotas de
OE de palmarosa, 2 gotas de OE de grapefruit e 3 gotas de OE de laranja doce ao difusor de aromas
ambiental. Esta sinergia irá estimular a valorização e reconhecimento dos verdadeiros amigos;
Limpeza de escaras: adicione à água que será usada para fazer a limpeza da ferida 2 gotas
de OE de palmarosa, 2 gotas de OE de tea tree, 2 gotas de OE de patchouli e 2 gotas de OE de
lavanda francesa;
Para despertar o amor incondicional: pingue 2 gotas de OE de palmarosa no colar
aromático individual;
Tratamento para peles maduras: adicione 10 gotas de OE de palmarosa em OV, cremes, ou
loções para rejuvenescer a pele. É uma excelente opção para o tratamento de rugas e envelhecimento
precoce da pele. O OE de palmarosa também controla a produção de sebo, tornando a pele mais
suave e elástica;
Tratamento de frieira (pé de atleta): uso tópico de 2 gotas de OE de palmarosa, 2 gotas
de OE de tea tree;
Tratamento de mastoses: faça um emplastro para aliviar a dor da mama, adicionando na
proporção de 3 gotas de OE de palmarosa para uma colher de sopa de argila;
Vaporização regeneradora psíquica: adicione 5 gotas de OE de palmarosa e 4 gotas de
OE de limão siciliano a uma bacia com água quente, cubra a cabeça com um cobertor e respire até
a água esfriar.

Pimenta preta
Piper nigrum

“OE da vitalidade”

Família: Piperaceae.
Etimologia: o radical latim piper deriva do sânscrito pippali.
Sinônimos populares: pimenta do reino.
Origem: Floresta de Kerala, sul da Índia.
Parte da planta utilizada: frutos secos.
Forma de extração: destilação a vapor dos frutos secos.
Rendimento: 500kg de frutos/1kg OE (Erligmann, 2009).
Características da planta: a espécie Piper nigrum, do gênero Piper, é uma das mais conhecidas
dentre as mais de 1000 espécies da família Piperaceae, devido ao seu valor comercial, econômico
e a sua importância medicinal. A busca por essa especiaria, utilizada e valorizada desde tempos
imemoriais, foi uma das principais causas da expansão e apogeu do império português. Nessa
época, 60 kg de Piper nigrum L. chegou a valer 52 gramas de ouro (http://facimed.edu.br/site/
revista/?onChange=Ler&ID=44).
Planta arbustiva trepadeira com forma colunar, tem certa semelhança com a videira, com folhas
verde-escuras e ovais, flores brancas inseridas em espigas longas que ficam em pêndulos. Os frutos
são redondos, verdes quando imaturos e vermelhos ao amadurecerem.
Cresce naturalmente cerca de 6 metros de altura, necessitando de um suporte. A pimenta preta
fornece um OE mais aromático, apresentando maior rendimento do que a pimenta branca. Foi uma
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especiaria muito popular entre os romanos, usada para o pagamento de impostos.


Existem alguns tipos de pimenta preta com coloração variada, isso dependerá do momento da
colheita e do tipo de beneficiamento, como mostrado a seguir:
Pimenta preta: deverá ser colhida quando estiver com a coloração verde-clara ou amarelada.
Beneficiamento: secar ao sol. Esta é a pimenta preta utilizada para a extração de OE;
Pimenta vermelha: deverá ser colhida quando estiver com a coloração vermelha a
ligeiramente púrpura. Beneficiamento: debulhada, imersa em salmoura por 24 horas, drenada,
pasteurizada a 80º C, novamente imersa em salmoura por 72 horas para drenagem final;
Pimenta branca: deverá ser colhida quando estiver com a coloração amarelada ou vermelha.
Beneficiamento: maceradas em água corrente, imersas em calcário e água durante 12 dias, então
secas ao sol;
Pimenta verde: deverá ser colhida quando estiver com a coloração verde. Beneficiamento:
debulhada, imersa em salmoura por 24 horas, drenada, pasteurizada a 80º C e novamente imersa
em salmoura por 72 horas para drenagem final.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
OE muito utilizado na medicina ayurvédica. Tem sido amplamente usado na Índia para o tratamento
de problemas urinários, pois apresenta excelente efeitos diuréticos, aumenta o fluxo da urina e
estimula as funções renais.
Segundo Dr. Miller (2005), renome da medicina ayurvédica, este OE apresenta propriedades
analgésica e anti-inflamatória, podendo ser usado para amenizar a dor muscular, fibromialgia,
torcicolo, reumatismo e traumatismo ósseo.
Ainda de acordo com Dr. Miller este OE poderá ser de grande auxílio em dietas de emagrecimento.
Seu uso externo poderá ajudar a eliminar a gordura localizada, pois favorece a queima de calorias.
Deve ser usado onde houver excesso de frio e água. Indicado para o biotipo ayurvédico Kapha.
Segundo Tisserant (1993), tonifica e estimula as glândulas digestivas, favorecendo a digestão,
possui efeito fortificante sobre o estômago e é bom para cessar o vômito, auxiliando a eliminação
de toxinas. Uma fricção abdominal com este OE pode ser uma boa opção após refeição gordurosa
e pesada.
De acordo com Sellar (2002), este OE pode auxiliar na formação de novas células sanguíneas, sendo
útil em caso de anemia. Ativa a circulação, aquece o corpo e as extremidades.
Pode apresentar ação benéfica como coadjuvante no tratamento de distúrbios cardiovasculares
evitando a formação de coágulos de gordura no sangue e tromboses. Fortalece as artérias auxiliando
a prevenção de aterosclerose. Usado na recuperação em casos de paralisia temporária de membros.
Vasodilatador, ajuda a regularizar a pressão arterial.
Segundo Marguerie Maury, este OE combate a atonia muscular.
Estimula o metabolismo, trata hipotireoidismo.
Febrífugo, antálgico, combate a cefaléia, enxaqueca e a dor de dente.
Estimula a produção de endorfinas, antidepressivo, afrodisíaco, aumenta o apetite sexual.
Tonifica o couro cabeludo, estimulando o crescimento do cabelo, combate a calvície.
Usado para cabelos oleosos e com pontas ressecadas.
A piperina demonstrou toxidez aos mosquitos das espécies Cullex pipiens pallens, Aedes togoi e
Aedes aegypti. (http://facimed.edu.br/site/revista/?onChange=Ler&ID=44).
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 4% alfa e beta-pineno;
Hidrocarboneto sesquiterpênico: 90% beta-caryofileno, alfa-humuleno, alfa-gaieno, beta-
helemeno, beta-bisaboleno;
Álcool monoterpênico: terpineol-4, alfa-terpineol, linalol, trans-pinocarveol, trans-
carveol;
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Cumarina: balsamiferona hidroxisuberosina.


Toxicidade: pode causar irritação em peles sensíveis.
Contraindicações: desaconselhável o uso em peles inflamadas e em situações onde o biotipo
ayurvédico Pitta esteja muito agravado.
Aromacologia: “OE da vitalidade”
Seu aroma quente e picante revitaliza e promove energia de ação. Ameniza o medo, fortalece a
coragem tão necessária para o movimento em direção ao novo, encorajando a mudança de padrões
prejudiciais.
Traz força em momentos de adversidades, ajuda o posicionamento e otimiza a tomada de decisões.
Promove a sensação de merecimento da vida.
Indicado para pessoas apreensivas e preocupadas que precisam de força para fazer
transformações.
Formas de uso:
Alívio de dor de cabeça e dor muscular: aplique 3 gotas de OE de pimenta preta na base
do occipital e nas têmporas e no local da dor muscular e friccione;
Aquecimento de extremidades frias: pingue 3 gotas de OE de pimenta preta na planta dos
pés e fricione-as;
Eliminação de líquidos e estímulo da circulação sanguínea: pingue 5 gotas de OE de
pimenta preta, 4 gotas de OE de cipreste, 3 gotas de OE de grapefruit em um balde com água quente.
Deixe seus pés repousarem dentro do balde por 15 minutos;
Diminuir a ansiedade por comida: pingue 3 gotas de OE de pimenta preta e 2 gotas de
OE de patchouli na palma das mãos e inale;
Formulação ayurvédica antálgica do Dr. Miller para acalmar dor muscular e articular:
adicione 10 gotas de OE de pimenta preta, 10 gotas de OE de lavanda francesa, 5 gotas de OE de
olíbano, 5 gotas de OE de bétula doce em 50ml de óleo de gergelim e faça massagem nas áreas
afetadas;
Fraqueza geral e falta de apetite sexual: pingue 5 gotas de OE de pimenta preta na coluna
vertebral e friccione;
Fricção vitalizante: pingue 3 gotas de OE de pimenta preta na planta dos pés e
friccione;
Indigestão, digestão lenta e gases: pingue 3 gotas de OE de pimenta preta no abdôme.
Massageie com movimentos suaves e circulares no sentido horário;
Óleo de massagem para aliviar dor muscular, articular e reumatismo: adicione 42 gotas
de OE de pimenta preta, 20 gotas de OE de alecrim qt. cânfora, 8 gotas de OE de bétula doce a
120ml de OV de semente de uva e faça massagem nas áreas doloridas;
Promoção de ação para tomada de decisão: pingue 3 gotas de OE de pimenta preta no
colar aromático individual;
Tonificação do couro cabeludo para evitar a queda de cabelos, controlar a calvície e
diminuir a oleosidade do couro cabeludo: pingue 2 gotas de OE de pimenta preta, 1 gotas de OE
de sálvia sclarea, 1 gotas de OE de alecrim qt. cineol, 1gotas de OE de lavanda francesa e friccione
o couro cabeludo. Espere no mínimo por 6 horas antes de lavar os cabelos.

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Pimenta rosa
Schinus terebinthifolius

“OE da prosperidade”

Família: Anacardiaceae.
Origem: América do Sul.
Etimologia: popularmente também é conhecida pelos nomes de: aroeira-pimenteira, aroeira-mansa,
aroeira-brasileira, aroeira-da-praia, aroeira-vermelha, aroeira-negra, etc.
Parte da planta utilizada: frutos maduros.
Forma de extração: destilação a vapor dos frutos maduros.
Rendimento: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Característica da planta: A árvore adulta tem de 5 a 10 metros de altura, com o tronco envolto
por casca grossa e medindo de 30 a 60 cm de diâmetro à altura do peito. A copa é densa e as suas
folhas são compostas por 3 a 10 pares de folíolos de bordas serreadas. As suas flores são pequenas
e têm coloração levemente amarelada, florescendo geralmente de setembro a janeiro. Seus frutos
maduros avermelhados são usados na culinária.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Possui potente ação bacteriostática, antiviral e anti-inflamatória. Indicado na medicina popular no
tratamento de inflamações, artrite, febre, ferimentos e reumatismo.
Registram-se os seguinte usos etnofarmacológicos: antioxidante, muito utilizado para produtos
cosméticos, tônico, diurético, antileucorréico, adstringente, vulnerário, cicatrizante e balsâmico.
Muito utilizado para combater acne, psoríase, dermatite, como também para melhorar a circulação
sanguínea e ajudar no tratamento e prevenção de varizes e flebite.
Encontra-se indicações na medicina popular de banhos de assento para prevenir inflamações e
infecções bacterianas e fúngicas (candidíase) sem alterar o Ph vaginal da mulher, como também o
uso em compressas locais de argilas para tratar micoses de pele.
Ainda segundo a tese defendida na Unicamp (http://www.feq.unicamp.br/~cobeqic/top14.pdf),
A pimenta rosa é ativadora da produção de sangue na medula óssea, portanto é antiraquítica, atua
também na depuração e purificação do organismo. Sendo ainda, anti-vermífuga.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico:19,56% de alfa-pineno, 7,88% de beta-pineno, 16,15%
de limoneno, 6,79% de sabineno;
Éster:1,6% de acetato de linalila.
Toxicidade: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Aromacologia: “OE da prosperidade”
Suas sementes vermelhas e abundantes nos presenteiam com o sentimento de merecimento da
riqueza do universo, isso auxilia a permissão da entrada da prosperidade em nossas vidas.
Ajuda a transformar a crença de que a prosperidade se apresenta apenas com excesso de trabalho
árduo e cansativo.
Dá um suporte também, para aqueles que por excesso de responsabilidades se encontram com
dificuldade de entregar-se ao prazer e a ternura da sensibilidade corporal.
Traz a consciência dos pensamentos, da mente para o corpo, aflorando a percepção ao toque corporal.
Seu aroma “caliente”e picante desperta o romance e a sedução. Relaxa o ambiente para a entrega
da magia, da abundância e do amor.
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Formação em Aromaterapia - Módulo I - Curso Terra Flor

É um bom aroma para ser usado em momentos de depressão, falta de vitalidade, para desinibir
aqueles que tem vergonha do corpo, ou para os momentos que queremos permitir o despertar
da sensibilidade da pele ao prazer do corpo e principalmente para atrair riqueza, abundância e
prosperidade em todos os níveis.
Formas de uso:
Atrair prosperidade: pingar 3 gotas de OE de pimenta rosa no colar aromático;
Aumentar a libido: pingar 4 gotas de OE de pimenta rosa nos lençóis;
Banho de assento para os males íntimos da mulher: dissolva 2 colheres de sopa de leite
em pó em um copo d’água, adicione a essa mistura 6 gotas de OE de pimenta rosa, 3 gotas de OE
de bergamota e 4 gotas de OE de tae tree, acrescente tudo na água do banho de assento;
Criar um ambiente próspero: adicionar 6 gotas OE de pimenta rosa, 4 gotas de OE de
cedro Atlas, 3 gotas de OE de olíbano, 3 gotas de OE de bálsamo do Peru e 3 gotas de OE de grape
fruit no difusor de aroma ambiental;
Creme antioxidante: adicionar a 60gr de creme neutro 10 gotas de OE de pimenta rosa, 6
gotas de OE de copaíba bálsamo, 2 gotas de OE de gerânio e 3 gotas de OE de olíbano. Usar como
hidratante noturno;
Fricção afrodisíaca: pingar 3 gotas de OE de pimenta rosa, 1 gota de OE de ylang ylang
de 1 gotas de OE de pimenta preta na planta dos pés e friccionar;
Óleo de massagem antirreumático: adicionar 40 gotas de OE de pimenta rosa, 20 gotas
de bétula doce e 20 gotas de alecrim qt. cineol em 120ml de sinergia vegetal.

Pinho da Sibéria
Abies sibirica

“OE do acolhimento”

Família: Pinaceae.
Origem: Sibéria.
Etimologia: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Parte da planta utilizada: galhos, agulhas e cones.
Forma de extração: destilação a vapor dos galhos, agulhas e cones.
Rendimento: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Característica da planta: o pinho da Sibéria (abies sibirica), pinheiro silvestre (pinus sylvestris),
pinheiro marítimo (pinus pinaster), pinheiro branco (abies alba) ou árvores agulha como são
chamadas popularmente, distribuem-se em climas temperados possuindo várias espécies com aromas
e propriedades terapêuticas muito próximas umas das outras. Todas possuem notável ação no sistema
respiratório. Da resina do pinheiro silvestre é extraído a terebentina, substância tóxica utilizada
em tintas, solventes e lustra móveis. O OE do pinheiro silvestre utilizado para fins terapêuticos é
completamente diferente, sendo extraído das folhas, ramos e pinhas.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Antisséptico e anti-inflamatório pulmonar, descongestionante dos pulmões. Tem demonstrado
bons resultados como coadjuvante em tratamentos para bronquite, asma, pneumonia, tosse, gripe,
resfriado e sinusite.
Apresenta ainda propriedades antiespasmódicas, capaz de ser útil em crises de asma, podendo ser
de grande ajuda em todas as situações onde a respiração está obstruída ou dificultada.
Sua constituição molecular possui o potencial para fazer assepsia ambiental aérea doméstica, em
lugares públicos como locais de trabalho, escolas, bibliotecas, shoppings, durante estações frias e
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úmidas, propícias a proliferação de micro-organismos danosos ao sistema respiratório.


Apresenta ainda, potencial para acalmar dores reumáticas e articulares, porém sua ação mais útil
parece ser no sistema respiratório.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 10% canfeno;
Éster: 30-40% acetato de bornila, acetato de terpenila.
Toxicidade: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Aromacologia: “OE do acolhimento”
O aroma amadeirado e adstringente deste OE nos remete às florestas, trazendo a sensação de se
estar ao ar livre junto à natureza. Os pinheiros foram um dos primeiros exemplares vegetais de vida
terrestre com lenho forte e desenvolvido. Observaram o ir e vir da humanidade através dos tempos.
Silenciosos e implacáveis, apenas testemunham nossa efêmera passagem entre eles. No meio de uma
floresta de pinheiros podemos experienciar a nossa unicidade com a natureza e a efemeridade da
vida, trazendo o sentimento de “volta para casa” e acolhimento original. Este aroma nos ensina que
o não julgamento, o amor e a generosidade do espírito são imortais e que permanecem eternamente
nos corações de todos os seres, apesar das mudanças.
Ajuda a eliminação do pesar e tristeza dos ambientes, incentiva o acolhimento e a irmandade. Auxilia
as pessoas a sentirem-se confortáveis em qualquer situação.
Indicado para momentos em que opressão e a autopunição impedem a abertura para receber
ajuda.
Formas de uso:
Controle do vírus da gripe: adicione 5 gotas de OE de pinho da Sibéria, 3 gotas de OE de
eucalipto globulus, 3 gotas de OE de cravo botão e 3 gotas de OE de limão siciliano ao difusor de
aromas ambiental;
Estimular a energia vital, combater a falta de energia e o esgotamento mental: adicione
40 gotas de OE de pinho da Sibéria, 20 gotas de OE de eucalipto globulus e 10 gotas de OE de
alecrim qt. cineol a 120ml de OV de semente de uva para massagem;
Febre e dores no corpo devido a gripes e resfriados: adicione a um balde de água quente
5 gotas de OE de pinho da Sibéria, 3 gotas de OE de eucalipto globulus e 8 gotas de OE de tea tree.
Descanse os pés na água quente do balde por 15min;
Gripes e resfriados: dissolva 3 colheres de sopa de leite em pó em um copo de água e
adicione 3 gotas de OE de pinho da Sibéria, 3 gotas de OE de eucalipto globulus, 3 gotas de OE de
tea tree, 3 gotas de OE benjoin e 5 gotas de OE de limão siciliano. Adicione tudo a água morna da
banheira e relaxe por 20 minutos;
Vaporização para acalmar a asma: adicione em uma bacia de água quente 3 gotas de OE
de pinho da Sibéria, 3 gotas de OE de eucalipto globulus, 3 gotas de OE de tea tree, 3 gotas de OE de
lavandin e 3 gotas de OE de menta brasileira. Cubra a cabeça com um cobertor e inale profundamente
o vapor d’água até a água esfriar;
Vaporização para bronquite: adicione em uma bacia de água quente 3 gotas de OE de
pinho da Sibéria, 3 gotas de OE de eucalipto globulus, 3 gotas de OE de breu branco, 3 gotas de OE
de tea tree, 3 gotas de OE benjoin e 2 gotas de OE de petitgrain. Cubra a cabeça com um cobertor
e inale profundamente o vapor de água até a água esfriar.

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Sândalo amyris
Amyris balsamifera

“OE da sensualidade”

Família: Rutaceae.
Sinônimos populares: sândalo ocidental, sândalo dos pobres.
Etimologia: Amyris provém do grego Amyron que significa “intensamente fragrante”.
Origem: América Central.
Parte da planta utilizada: lascas das cascas picadas.
Forma de extração: destilação a vapor.
Rendimento: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Características da planta: É uma árvore de médio porte que chega a alcançar de 5 a 13m de altura.
Cresce em estado selvagem nas encostas do Haiti. Produz uma bela flor branca. Ao contrário do
santalum album, onde o OE encontra-se no cerne, o OE da Amyris balsamifera encontra-se nas
lascas do caule. Existe pouca documentação acerca deste OE, talvez devido ao fato de que até 1886
essa árvore era chamada de Schimmerelia oleisera. Foi nessa data que Kirby and Holmes estudaram
essa árvore e através de exames microscópicos de suas folhas, modificaram o nome botânico de
Schimmerelia oleisera para Amyris balsamifera. (http://EzineArticles.com/649279).
No Haiti é conhecida como “madeira de vela” devido sua madeira possuir alto teor de óleo, tornando-a
incandescente. Era usada como tocha para iluminar o caminho. Internacionalmente, também é
conhecida como “sândalo ocidental” ou ainda, ”sândalo dos pobres”.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Cardiotônico, usado para fortalecer o músculo cardíaco fatigado.
Analgésico, sedativo e cicatrizante da pele, útil para aliviar queimaduras solares, coceiras, rachaduras
do calcanhar e dos cotovelos. Hidratante, citofilático, regenerador de tecidos, amacia e regenera a
pele madura, reduzindo os sinais do tempo. Trata acne e psoríase.
Na medicina popular este OE é usado como coagulante em pequenos sangramentos em cortes e
ferimentos leves. Apresenta bons resultados como cicatrizante e anti-inflamatório em feridas e
cortes, o que pode ser constatado pela presença majoritária de sesquiterpenos em sua composição
química.
O grau de eficácia das propriedades citadas abaixo, não possuem comprovação de pesquisas e testes
científicos, são apenas indicações empíricas de utilização popular.
Antimicrobiano, usado em banhos de assento para aliviar os sintomas de ardência e coceira de
cândidíase e cistite; Por ser associado a propriedades antissépticas, é amplamente usado pelos
nativos do Haiti em compressas para fazer limpeza de feridas e na recuperação do períneo da
mulher após o parto.
Expectorante; Antiespasmódico; Utilizado em massagens e compressas para acalmar tosse e laringite;
Descongestionante do sistema linfático e venoso. Coadjuvante no combate de edemas, varizes e
hemorróidas.
Calmante do sistema nervoso, coadjuvante em tratamentos de síndrome de pânico.
Afrodisíaco, desperta o desejo sexual, estimula a libido feminina e masculina.
Por ser um OE com a maioria de notas perfumísticas baixas é muito apreciado na indústria cosmética
e perfumística como fixador.
Em 2006, foi realizado um estudo intitulado de “Estudo da atividade repelente e larvicida de
mosquitos de cinco óleos essenciais”. Este estudo comparou a eficiência repelente dos seguintes óleos
essenciais: tomilho, amyris balsamifera, eucalipto citriodora e canela. Três espécies de mosquitos
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foram testadas e o OE de amyris balsamifera demonstrou o maior efeito inibitório nas larvas.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto sesquiterpênico: 30% cariofileno;
Álcool sesquitepênico: 70% cadinol;
Cumarina: balsamiferona, hidroxisuberosina.
Toxicidade: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Aromacologia: “OE da sensualidade”
Seu aroma exótico nos remete ao oriente. Ameniza a tensão nervosa, eleva o espírito facilitando a
abertura do coração. Faz a ponte entre o chakra básico e o chakra coronário.
Aporta harmonia e confiança ao ambiente favorecendo a intimidade nos relacionamentos, propícia
a expressão dos sentimentos, envolvendo o casal num clima de cumplicidade e ternura.
Traz naturalidade, espontaneidade e sacralidade ao ato sexual, preenche o ambiente com segurança
e equilíbrio, conduzindo a mente ao estado meditativo criando assim a possibilidade de um
relacionamento maduro, fundindo as almas no nível espiritual.
Indicado para pessoas vazias do sentimento sagrado do ato sexual, que recriminam ou banalizam
a sexualidade e para aqueles que possuem dificuldade em se soltar e confiar.
Formas de uso:
Amaciar a pele: adicione 10 gotas de OE de sândalo amyris, 10 gotas de OE de gerânio e
10 gotas de OE de limão siciliano ao óleo de massagem;
Banho Relaxante Oriental: adicione 25 gotas de OE de sândalo amyris. Adicione tudo a
água quente da banheira. Relaxe por 30 minutos;
Combater pequenos sangramentos em pequenas lesões, cortes, etc.: pingue algumas
gotas de OE de sândalo amyris diretamente no local para estancar o sangramento e auxiliar o
processo de cicatrização;
Favorecer a meditação: adicione 8 gotas de OE de sândalo amyris, 4 gotas de OE de cedro
Atlas, 4 gotas de OE de olíbano no difusor ambiental;
Óleo dos amantes: adicione 40 gotas de OE de sândalo amyris, 20 gotas de OE de sálvia
sclarea em 120ml de sinergia vegetal. Massageie o corpo e os órgãos sensíveis ao prazer do par-
ceiro;
Para os momentos íntimos: aromatização ambiental do quarto, adicione 8 gotas de OE
de sândalo amyris, 2 gotas de OE de ylang-ylang, 3 gotas de OE de pau-rosa e 2 gotas de OE de
pimenta preta ao difusor ambiental;
Perfume: adicione 10ml de OE de sândalo amyris em 100ml de álcool 70%.

Sândalo Indiano
Santalum album

“OE da elevação espiritual”

Família: Santalaceae.
Sinônimos populares: sândalo indiano, sândalo branco, sândalo de Myssouri.
Etimologia: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Origem: Índia.
Parte da planta utilizada: cerne da árvore picada.
Forma de extração: destilação a vapor.
Rendimento: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
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Características da planta: a madeira do sândalo indiano possui uma longa história na vida cultural
e espiritual da Ásia. É explorada para construção de templos, esculturas sagradas, móveis e estátuas.
Também é usado como a madeira sagrada na cremação dos Brahmanes para que suas almas tenham
a possibilidade de integrar-se com o divino. Essa madeira foi utilizada em todos os rituais das
tradicões religiosas orientais como incenso, associada a práticas meditativas.
Os Indus aplicam uma pasta da madeira do sândalo no 3º olho para despertar o eu interior conectado
com a essência divina. Os budistas utilizam a madeira para protegerem-se de demônios e parasitas
energéticos. Para as escolas tântricas relaciona-se tanto ao chakra da raíz como ao chakra coronário,
servindo para despertar a Kundalini transformando-a em energia espiritual.
Este OE possui um lugar privilegiado na medicina ayurvédica, chinesa e tibetana, utilizado para
acalmar o excesso do elemento fogo e harmonizar o biotipo ayurvédico Pitta.
A árvore possui aproximadamente 10m de altura sendo que a qualidade do OE depende muito da
idade da árvore e da qualidade da madeira. O melhor OE é obtido pela destilação a vapor de árvores
com menos de 30 anos. Também pode ser obtido um OE mais barato e de menor qualidade do pó
das raízes secas, apresentando uma coloração amarelada (Willem, 2007).
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Anti-infeccioso geniturinário, descongestionante do baixo ventre. Trata cistites, vaginites, leucorréia
e prostatite.
Estimulante linfático e venoso, combate hemorróidas, varizes e congestão linfática.
Adstringente e a ntisséptico, usado nos cuidados para amaciar e regenerar as peles acnéicas, secas
e ásperas, maduras com sinais do tempo. Trata dermatose e psoríase;.
Anti-inflamatório muscular e articular combate lumbago e inflamação do nervo ciático.
Cardiotônico, trata a fadiga do músculo cardíaco. Calmante nervoso.
Afrodisíaco, estimula a produção de testosterona; Acorda o apetite sexual.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto sesquiterpênico: alfa e beta santaleno;
Álcool sesquitepênico: 67% alfa e beta santalol;
Ácido carboxílico: 2,5% ácido nortriciclo, ecta-santálico.

Toxicidade:
nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Contraindicações:
nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Aromacologia: “OE da elevação espiritual”
Aroma místico, amadeirado e “adoçicado”, característico do oriente que incentiva a meditação.
Auxilia a percepção da parcela divina presente na consciência humana, desenvolvendo a visão
espiritual; Auxilia a liberação de pensamentos fixos, expande a paz e a serenidade.
Formas de uso:
Banho relaxante e afrodisíaco: em uma banheira com água morna pingue 6 gotas de OE
de sândalo indiano, 5 gotas de OE de ylang-ylang, 2 gotas de OE de cardamomo e 4 gotas de OE
de patchouli;
Criação de um ambiente propício ao auto conhecimento e ao despertar da espiritualidade:
pingue 4 gotas de OE de sândalo indiano, 5 gotas de OE de olíbano e 4 gotas de OE de cedro Atlas
no difusor de aroma ambiental;
Óleo de massagem sensual: adicione 60 gotas de OE de sândalo indiano e 5 gotas de OE
de ylang-ylang em 120ml de sinergia vegetal;
Para tratar peles ressecadas: pingue 6 gotas de OE de sândalo indiano em 20 ml de OV
de rosa mosqueta. Indicado para hidratação noturna do rosto, após a limpeza facial.

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Tangerina 3

Citrus reticulata

“OE da alegria”

Família: Rutaceae.
Etimologia: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Origem: Ásia, sul da China e Indochina (Vietnã e Birmânia).
Parte da planta utilizada: casca.
Forma de extração: pressão a frio da casca.
Rendimento: nenhuma referência encontrada na literatura pesquisada.
Propriedades terapêuticas e principais indicações:
Reequilibrador nervoso, anima e relaxa.
Trata hiperatividade infantil, agitação e angústia de crianças na ausência dos pais. Antidepressivo.
Como todos os cítricos, é digestivo, aperiente e regulador de distúrbios alimentares como bulimia
e anorexia.
Antiespasmódico e carminativo, trata cólicas e gases do bebê.
Coadjuvante no tratamento do vitiligo.
Componentes moleculares:
Hidrocarboneto monoterpênico: 88-90% limoneno;
Álcool monoterpênico: 4% citral (neral e geraniol);
Éster: acetato de benzila;
Cumarina e furanocumarina.
Toxicidade: fotossensível.
Contraindicações: não expor-se ao sol até 6h após seu uso. Desaconselhável nos três primeiros
meses de gestação.
Aromacologia: “OE da alegria”
Aroma leve e descompromissado, estimula a alegria de viver. Diminui a ansiedade e o nervosismo
do ambiente, criando uma atmosfera espontânea e descontraída.
Auxilia pessoas sérias, sisudas e carrancudas a reencontrarem a alegria interior e resgatarem o
sorriso contagiante, resgata o bem estar.
Indicado para crianças agitadas, nervosas e briguentas e também para adultos irritados e mal-
humorados.
Formas de uso:
Amenizar distúrbios alimentares: pingue 2 gotas de OE de tangerina e 1 gota de OE
bergamota no colar aromático individual;
Para aliviar preocupações e aportar leveza e alegria ao ambiente: ao final da tarde,
adicione ao difusor de aromas ambiental, 8 gotas de OE de tangerina, 2 gotas de OE de bergamota,
2 gotas de OE de palmarosa e 1 gota de OE de canela cássia;
Difusão ambiental para inspirar a comunicação e positivismo: adicione ao difusor de
aromas ambiental em escritórios, 8 gotas de OE de tangerina, 5 gotas de OE de laranja doce e 5
gotas de OE de hortelã pimenta;
Para crianças que fazem birra para comer: pingue 3 gotas de OE de tangerina em um
algodão e dê para a criança cheirar de 10 em 10 minutos, meia hora antes das refeições;
Para eliminar gases e cólicas dos bebês: pingue 2 gotas de OE de tangerina e 2 gotas de
OE de laranja doce em uma colher de sopa de OV. Esquente em banho maria e massageie o abdome
do bebê com movimentos no sentido horário;
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Amenizar distúrbios alimentares: pingue 2 gotas de OE de tangerina e 1 gota de OE


bergamota no colar aromático individual;
Tratamento de vitiligo: adicione 30 gotas de OE de tangerina, 20 gotas de OE de bergamota
e 20 gotas de OE de palmarosa em 120ml de sinergia vegetal e aplique no local.

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Ácidos Graxos Essenciais

Também conhecidos como vitaminas lipídicas ou vitamina F, não são sintetizadas pelo organis-
mo sendo necessário repô-los por meio de dieta alimentar. Os ácidos graxos essenciais fazem parte dos
lipídios ou gorduras e pertencem a dois grupos: ácidos graxos saturados e ácidos graxos insaturados.
Muitos óleos de origem vegetal são ricos em ácidos graxos insaturados. Contém compostos
como ácido linoleico (ômega 6), ácido linolênico (ômega 3) e ácido oleico (ômega 9) que possuem
ação antioxidante e reconstituinte das membranas celulares. Atuam também como agentes coagu-
lantes, ajudando a manter a elasticidade da pele e combater seu envelhecimento precoce.
Os ácidos graxos insaturados são substâncias essenciais ao organismo, por serem precursoras
de hormônios e neurotransmissores envolvidos no crescimento, na regulação de funções sexuais e
nervosas.
Na Aromaterapia não se utiliza os óleos minerais pois estes, apesar de ajudarem a retenção
hídrica da pele, dificultam sua respiração, fecham os poros da epiderme, fazendo-a acumular gordura
e impedindo a absorção de nutrientes para o interior do organismo. Da mesma forma, impedem
a absorção de OE, vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K). Por sua vez, os OV são absorvidos pela
pele.

Óleos Vegetais (OV) ou Óleos Carreadores (OC)

Os óleos vegetais (OV) são usados para diluir os OE antes da sua aplicação na pele. Cha-
mados também de óleos carreadores (OC), possibilitam que os OE sejam absorvidos pela pele e a
partir daí, através da corrente sanguínea circulem por todo o organismo.
Geralmente os OV são prensados a frio a partir das partes gordurosas das plantas. Ao con-
trário dos OE, que evaporam e possuem aromas concentrados, os OV não evaporam e não contêm
aromas tão fortes.
Óleos e manteigas vegetais são ricos em emolientes, substâncias que mantêm a suavidade,
a maciez e a flexibilidade da pele, protegendo-a também contra a secura e a perda da umidade
dérmica.
O processo de extração é fundamental para garantir suas propriedades e características.
Muitos óleos comercializados no varejo são prensados a altas temperaturas, o que faz com que as
moléculas se desagreguem, saturando-se e perdendo seu efeito terapêutico.
Os OV possuem alto potencial de rancidificação. Adicionando algumas gotas de óleo de
germe de trigo ou de jojoba, que são ricos em Vitamina E, tem-se ação antioxidante ajudando a
manter as características originais por mais tempo.
Os OV e manteigas vegetais mais utilizados são: abacate, barú, gergelim, semente de uva,
germe de trigo, macadâmia, jojoba, rosa mosqueta, amêndoa doce, girassol, oliva, prímula, soja,
manteiga de cupuaçu, de karité e de cacau, entre outros.


Como funcionam os Óleos Vegetais (OV)

Os óleos vegetais penetram facilmente na pele, nutrindo, protegendo e reconstituindo a


camada córnea. Dão brilho à pele deixando-a fina e flexível, graças à sua ação amaciante, flexibi-
lizante, tonificante e regeneradora. Previnem o envelhecimento precoce protegendo a pele contra
a secura e a perda de umidade.
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Dificilmente provocarão alguma reação alérgica pois apresentam total compatibilidade


com as membranas das células. Os OV apresentam vitaminas, lecitinas, minerais e ácidos graxos
insaturados.
Muitos OE não podem ser usados puros sobre a pele por apresentarem dermoagressividade.
Para que possam ser usados com segurança, devem ser diluídos em OV. Quando se adiciona OE aos
OV, estes também serão absorvidos pela pele, atingindo a corrente sanguínea e produzindo efeitos
terapêuticos como relaxamento, cicatrização, etc.

Principais Óleos Carreadores

OV de Abacate
Persea americana

Família: Lauraceae.
Origem: México e América Central.
Cor: verde-oliva.
O OV de abacate é derivado da polpa do fruto prensado a frio e filtrado sem o uso de calor
ou solventes. Contém glicerídeos derivados do ácido oleico (ômega 9), linoleico (ômega 6), ceras,
proteínas, vitaminas A, B e D e sais minerais.
Melhora a maciez e flexibilidade da epiderme. O OV de abacate é bom para todos os tipos de
pele, mas especialmente para as peles secas e sensíveis. Também pode ser utilizado em tratamentos
de hidratação para cabelos secos e rebeldes.
Em sinergias com outros OV, deverá ser usado em pequenas proporções para que não se
sobreponha na combinação.
O OV de abacate não refinado turva e solidifica-se naturalmente em baixas temperaturas,
retém uma coloração verde escurecido e exala um odor graxo intenso. O OV refinado não se turva
à baixas temperaturas, é inodoro e incolor.

OV de Argan
Argania spinosa

Família: Sapotaceae
Origem: Marrocos
Cor: levemente avermelhado
Chamado de “o ouro do Marrocos”, este OV é extraído das sementes da árvore por pressão
a frio. É um óleo rico em ácidos graxos essenciais insaturados (80%), ômega 6 (ácido linoléico
35%), ômega 9 (ácido oléico 45%), vitamina E (62mg/100mg), esqualeno (0,3%), polifenóis
(5,6mg/100mg), carotenóides e esteróis (160mg/100g), com ação antioxidante e regeneradora das
células. Podendo também ser utilizado como um excelente complemento alimentar. Possui grande
resistência à oxidação, mais do que o azeite de oliva.
Possui forte atividade biológica por ser rico em vitamina E - mais do que qualquer outro
óleo vegetal - o que lhe confere propriedades anti-idade para a pele. A presença das vitaminas A e
D proporcionam efeito antioxidante e regenerativo aos fios de todos os tipos de cabelo.
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Os marroquinos utilizam o óleo de argan como um bioativo no tratamento dos cabelos há


séculos. Seus benefícios vêm da capacidade natural de hidratar, o que ajuda a diminuir o frizz e
controlar os cabelos rebeldes. Seus antioxidantes e vitaminas melhoram a elasticidade dos fios, dão
brilho luminoso e ajudam a renovar os cabelos contra danos causados pelo calor, vento, excesso
de escovação e químicos. É muito suave, sendo absorvido instantaneamente sem deixar cheiro ou
oleosidade sobre os cabelos.
O óleo de argan é capaz de nutrir e reestruturar os cabelos secos e quebradiços, reduzindo
as pontas duplas, além de proteger de danos térmicos. Como beneficio adicional, ajuda a manter a
cor dos cabelos tingidos por mais tempo. É o tratamento capilar eleito pelos profissionais, já que
seus benefícios são percebidos desde a primeira aplicação. Uma vantagem do uso antes da escova
é diminuir o tempo de secagem. Está sendo muito utilizado na cosmética natural para substituir as
escovas progressivas de formol.
No metabolismo humano, sua rica concentração de ômega 9 é responsável por promover
o aumento das secreções biliares, por desempenhar papel fundamental na síntese dos hormônios,
fortalecer os tecidos do organismo, tonificar os nervos e acalmar as membranas das mucosas,
além de auxiliar na dissolução dos depósitos de colesterol nas artérias. O óleo de argan tem sido
amplamente estudado em várias universidades do Marrocos onde se pesquisam suas propriedades
capazes de reduzir os níveis do colesterol ruim (LDL). Desde há muito tempo é usado como um
componente básico da dieta e medicina tradicional marroquina.
Estudos mostraram que 2 colheres de sopa de óleo de argan diariamente por um mês
podem reduzir significativamente os níveis de colesterol no sangue. Além disso, foi demonstrado
que ele pode contribuir na redução da hipertensão e prevenção da aterosclerose.
Estudos experimentais demonstraram que o esqualeno, um dos componentes do OV de argan,
estimula respostas imunológicas, pois o esqualeno protege as membranas das células imunológicas
contra os radicais livres. Entre as várias propriedades do esqualeno, destacam-se a sua capacidade
antioxidante, desintoxicante, hipocolesterolêmica e anti-carcinogênica/quimiopreventiva. O esqua-
leno também é um agente emoliente e umectante em formulações cosméticas. Depois de ingerido
o esqualeno é estocado nos tecidos epiteliais, o que garante alta taxa de proteção para a pele contra
radicais livres.
Este óleo penetra facilmente na pele deixando-a hidratada, porém sem gordura, além de
estimular sua oxigenação e a elasticidade.
Age na reestruturação e endurecimento das unhas, podendo ser aplicado diariamente.

OV de Barú
Dipteryx alata Vog

Família: Papilionoideae.
Origem: Cerrado brasileiro.
Cor: amarelo-brilhante
O barú é usado tradicionalmente de várias maneiras. Sua amêndoa é apreciada como alimento
humano e é rica em óleo insaturado, proteína, cálcio e fósforo.
A polpa do fruto é fonte de alimento para os animais do Cerrado. Possui alto teor de fibra,
é rico em açúcar, potássio, cobre e ferro. O OV possui ácido graxo oleico (ômega 9), vitaminas A,
B e E e sais minerais como cálcio e fósforo.

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Este OV é um ótimo hidratante para a pele, prevenindo presença de estrias.


É um excelente OV para massagem por ser fino e de fácil absorção. Protege a pele dos raios
solares e regenera a pele de queimaduras devido à presença de vitamina E e ácidos graxos.
Devido ao ômega 9, reduz inflamações e protege a pele da ação degeneradora dos radicais
livres.
Tem um sabor muito agradável, apesar de ainda não ser muito divulgado em receitas, pode
dar um toque exótico e diferenciado em pratos diversos.

OV de Gergelim
Sesamum indicum

Família: Pedaliaceae.
Origem: Oriente, Índia e China, onde tem sido cultivado há mais de 6000 anos.
Cor: levemente amarelada.
É obtido pela prensagem a frio das sementes. O OV é rico em vitaminas A, B e E, ácidos
oleico (ômega 9), linoleico (ômega 6), linolênico (ômega 3). Relatos sobre seu potencial terapêutico
são encontrados em antigos pergaminhos egípcios.
É empregado na hidratação, tonificação e proteção da pele. Por conter alto teor de vitamina
E é usado em tratamentos de rejuvenescimento da pele.
A presença de cálcio em sua composição confirma seu potencial calmante nervoso e ansiolí-
tico. É considerado um excelente coadjuvante em tratamentos de desordens nervosas pois fortalece a
produção de glóbulos vermelhos do sangue, melhorando a oxigenação do cérebro. Também contêm
aminoácidos que melhoram a transmissão de impulsos nervosos. Ainda é utilizado como protetor
cárdiovascular pois evita a formação de depósitos de gordura.
Contém sesamol, considerado um filtro solar.
Na medicina chinesa e ayurvédica é usado para aumentar e facilitar a circulação da energia
vital, sendo indicado para fadiga. Nestas tradições encontram-se inúmeros relatos de seu uso para
problemas de inflamações articulares e reumatismos.

OV de Germe de trigo
Triticum sativum L.

Família: Poaceae
Origem: Mediterrâneo Oriental (Líbano, Síria, Turquia), Irã e Iraque.
Cor: amarelo-claro a vermelho
O óleo presente no germe de trigo representa aproximadamente 2% do grão de trigo, sendo
considerado a maior fonte de vitamina E da natureza. É obtido por pressão a frio, sem uso de calor
ou de solventes químicos.
O OV de germe de trigo é rico em ácido linoleico (ômega 6), linolênico (ômega 3), oleico
(ômega 9), fosfolipídios, vitaminas A, B1, B2, B3, B6, D, E e K, além de ser altamente rico em
lecitina.
É um potente antioxidante que protege a membrana das células musculares, reduzindo le-
sões causadas pelo estresse oxidativo. Devolve a vitalidade à pele, fortalece os vasos sanguíneos
(evitando a ocorrência de varizes), auxilia no tratamento de flebite e trombose.
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É extremamente eficiente no tratamento de queimaduras e tecidos em processo de cicatri-


zação. Ajuda a suavizar peles ásperas.
Por suas propriedades antioxidantes pode prolongar a vida útil quando adicionado a misturas
de OV para massagem, evitando sua rápida oxidação.

OV de Jojoba
Simmondsia chinensis

Família: Buxaceae.
Origem: deserto de Sonora (Califórnia, Arizona e México).
Cor: amarelo-claro.
A jojoba possui um sistema radicular que pode alcançar até 30 metros de profundidade à
procura de água. Consegue sobreviver a uma seca de até 18 meses.
A semente de jojoba contém 50% de cera líquida e 30% de proteína. O OV de jojoba é rico
em ésteres, ácidos monoetilênicos, álcoois, vitamina E e sais minerais. Composição muito similar
à da gordura de baleia, contém ácidos graxos linoleico (Ômega 6) e ácido gondóico. É obtido por
pressão a frio, sem uso de calor ou de solventes químicos.
Por sua riqueza molecular lhe é conferido um lugar de destaque na cosmetologia moderna.
Suas propriedades protetoras da pele são inigualáveis. Agem contra o envelhecimento precoce
da pele e a formação de rugas prematuras. Mantém o equilíbrio das glândulas sebáceas do couro
cabeludo, dando vitalidade aos cabelos e evitando a queda.
O OV de jojoba ativa o metabolismo de elastina e diminui a perda hídrica da pele, sendo
especialmente indicado para todos os tipos de pele, ressecadas e desidratadas, oleosas, mistas,
acnéicas e inflamadas, pois age regulando a produção de gordura da pele.
Possui ainda em sua composição componentes que apresentam FPS 5.
À baixas temperaturas, pode solidificar-se homogeneamente.
Não oxida com facilidade, apresentando vida longa. Em sinergia com outros OV evita a oxi-
dação da sinergia. É usado na fabricação de óleos de massagens e cremes hidratantes para pele.


OV de Macaúba
Acrocomia aculeata

Família: Arecaceae (Palmae)
Origem: Brasil
Cor: levemente amarelado
O OV é extraído das amêndoas por pressão a frio. Comestível, possui grande riqueza nutri-
cional e pode substituir o azeite de oliva no tempero das saladas.
Rico em ômegas 3, 6 e 9, contém uma alta concentração de ácido láurico, considerado um
importante componente do leite materno humano. Esse ácido possui a capacidade de fortalecer o
sistema imunológico pelo aumento da fabricação de células brancas de defesa. Além disso, age como
anti-inflamatório pela inibição da síntese local de prostaglandinas (PGE2) e interleucina 6 que são
substâncias pró-inflamatórias presentes em quadros reumáticos, artrites e inflamações musculares.
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Possui também atividade antiviral e anti-bacteriana.


É rico em vitaminas A, B, C e E. Na sabedoria popular em alguns lugares, é adicionado aos
chás para combater resfriados e pelas suas características farmacêuticas é utilizado no combate à
bronquite e outras doenças respiratórias.
Tem alto poder antioxidante e boa absorção pela pele. Possui ativos que regeneram e forta-
lecem os fios de cabelos danificados e quebradiços, dando mais força e hidratação profunda, sendo
utilizado para tratamentos de reparação das pontas dos cabelos.
Não oxida com facilidade, penetra com extrema rapidez pelos poros da pele facilitando a
entrada dos óleos essenciais. Ao penetrar no corpo age como imunomodulador, contribuíndo assim
para o fortalecimento da imunidade e equilíbrio de quadros inflamatórios.

OV de Rosa mosqueta
Rosa moschata, Rosa rubiginosa e Rosa canina

Família: Rosaceae.
Origem: Europa.
Cor: clara.
Rosa mosqueta é o nome dado a pelo menos três espécies: Rosa moschata, Rosa rubiginosa
e Rosa canina, plantas que foram introduzidas no Chile pelos espanhóis.
O OV é extraído das sementes e é obtido por pressão a frio, sem o uso de calor ou de sol-
ventes químicos.
Rico em ácidos graxos insaturados, como o ácido linolênico (ômega 3), linoleico (ômega
6), oleico (ômega 9), palmítico, esteárico, mirístico e palmitoleico.
Contém ainda uma substância denominada de tretinon, derivado do retinol (vitamina A),
que renova e reconstrói o tecido epitelial. Possui também tocoferóis, antioxidantes derivados da
vitamina E.
Devido a esta composição, seu uso é especialmente útil nos produtos de efeito antioxidante.
Possui forte poder regenerador dos tecidos. É de grande utilidade para o tratamento de queimadu-
ras, cicatrização de suturas, redução de cicatrizes antigas, feridas mamilares, quelóides, assaduras,
ulcerações e psoríase. Ajuda a reduzir a coloração de manchas, cicatrizes antigas e formação de
rugas prematuras. Oxida rapidamente, por isso deverá ser usado junto com pequenas porcentagens
de germe de trigo ou jojoba.

OV de Semente de uva
Vitis vinifera

Família: Viataceae
Origem: Ásia menor
Cor: clara, com um leve toque verde-amarelado
O óleo é extraído das sementes por pressão a frio.
É rico em ômega 6 (68%), ômega 9 (20%) e ômega 3 (1%), substâncias essenciais na rege-
neração e hidratação da pele. Contém alto teor de vitamina E (tocoferol) e procianidina (antioxi-
dantes naturais) que fazem deste óleo um excelente coadjuvante contra a ação de radicais livres e
envelhecimento celular. Amacia e suaviza a pele, auxilia na recuperação da elasticidade dos tecidos
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e na redução de edemas. Usado em todos os tipos de pele, inclusive as acnéicas.


Seu uso é indicado para a realização da Shantala, técnica indiana de massagem para bebês.

Porcentagens de ácidos graxos presentes nos Óleos Vegetais

Óleo vegetal Ômega 6 Ômega 3 Ômega 9



Abacate 10-15% --- 45-75%
Baru 6% ---- 50%
Gergelim 43% 0,5% ---
Germe de Trigo 53% 7% 30%
Jojoba 0,1% --- 71%
Rosa Mosqueta 44% 36% 16%
Semente de Uva 68% 1% 16%


“Para hidratação após o banho, retire o excesso de água do seu corpo com
as mãos e então espalhe o óleo vegetal com óleos essenciais em todo seu corpo
ainda molhado. Espere alguns segundos para que o óleo seja absorvido pela pele,
só então enxugue-se. Essa sinergia transformará a sua pele. Ela ficará suave e ace-
tinada. O aroma dos óleos essenciais fornecerá um bem estar físico e psíquico.
Para a beleza dos cabelos secos e danificados, pode-se massagear todo o
couro cabeludo com a sinergia de óleo vegetal e essencial, antes de dormir. Deixe
agindo por toda a noite, lavando os cabelos ao acordar. Esse processo lhe propor-
cionará cabelos brilhantes, suaves e fáceis de pentear. É um excelente tratamento
para cabelos ressecados pelo sol, vento, tinturas e banhos de mar. É o segredo dos
cabelos das haitianas e indonesianas.
Esta forma de utilização também é indicada para mãos, cotovelos, sola
dos pés secas e rachadas, rugas, cicatrizes, insolações, unhas quebradiças, seios
machucados pela amamentação e assaduras de bebês.”
(Chantal&Lionel Clergeaud, 2003 - Amyris Edition)

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Sinergias Ayurvédicas

Ayurveda é o sistema de cura conhecido como o mais antigo da humanidade, onde se
enfatiza a prevenção. Baseia-se na harmonia entre os elementos éter, ar, fogo, água e terra. Estes
elementos combinam-se em pares formando os três biotipos ayurvédicos, denominados de Do-
shas VATA, PITTA e KAPHA.

Em equilíbrio, o Dosha Em desequilíbrio, o Dosha


Vata pensa Vata dispersa
Pitta age Pitta critica
Kapha mantém Kapha deprime

As sinergias Ayurvédicas Terra Flor foram elaboradas com OV extra virgens e OE 100% puros,
para a realização de massagens e hidratação da pele pós-banho.

Vata
Ar e éter;
Principal característica = criatividade;
Mente ágil, inovadora e entusiasmada;
Em desequilíbrio torna-se desatento e inconstante não terminando os projetos que começa;
Tendência a insônia e a desvitalização;
Pele áspera e seca, suscetível ao envelhecimento precoce.
A sinergia Vata equilibra o Dosha VATA. Acalma a agitação. Indicado para mentes criativas e ide-
alistas, porém ansiosas e dispersas, que planejam muito, sem concretizar seus projetos. Hidrata a
pele seca.

Pitta
Fogo e água;
Principal característica = realização;
Mente empreendedora. Carismáticos e naturalmente líderes;
Sob stress, torna-se impaciente e irritado, criando conflito;
Em desequilíbrio desiste facilmente. Tendência a explosões emocionais;
Pele mista.
A sinergia Pitta equilibra o Dosha PITTA. Harmoniza temperamentos intensos e explosivos. Indi-
cado para acalmar a irritação e a impaciência das mentes empreendedoras e determinadas, auxilia-
ndo a liderança. Indicada para todos os tipos de pele.

Kapha
Terra e água;
Principal característica = perseverança;
Mente calma e estável, transmite confiança e segurança;
Sob stress, fica triste e depressivo;
Em desequilíbrio torna-se rígido e inflexível com dificuldade para mudar;
Tendência a reter líquido e gordura;
Pele oleosa.
A sinergia Kapha equilibra o Dosha KAPHA. Estimula a energia vital, elimina os líquidos, reduz o
acúmulo de gordura. Revigorante e animador, auxilia as mentes apegadas a realizarem mudanças.
Incentiva a autoestima. Trata a pele oleosa.
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Projeto Professores Terra Flor



Este projeto foi criado em fevereiro de 2009, com o propósito de capacitar facilitadores e
professores que possam divulgar a utilização doméstica, terapêutica e clínica dos óleos essenciais,
na forma da disciplina conhecida por AROMATERAPIA, com identidade visual e didática no padrão
Terra Flor, potencializando o trabalho de todos pelo intercâmbio de nossos conhecimentos.
Os facilitadores e professores são capacitados por Luciane Schoppan, Vishwa, bióloga,
sócia-fundadora da Terra Flor Aromaterapia.

Distrito Federal: Brasília


Paola Simoni Silveira - paolasim@gmail.com
Goiás: Alto Paraíso
Ariane Maria Roehe - ariane1320@gmail.com
Rio Grande do Sul: Caxias do Sul e Serra Gaúcha
Bernardete Primiere Carelli - betecarelli@gmail.com
Salete Fígur da Rosa - saletedarosa@terra.com.br
Rio Grande do Sul: Porto Alegre
Cida Vayu - cidavayu@yahoo.com.br
Salete Fígur da Rosa - saletedarosa@terra.com.br
Santa Catarina: Florianópolis
Iara Reinke - iaraia27@gmail.com

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Obras Consultadas
BAUBOUX, Dominique. L’Aromathérapie, Se soigner par lês huiles essentielles. Bruxelles: Editions Amyris, 2008.
BADOUX, Dominique. Les cahiers pratique D’aromathérapie selon L’ecole Françoise.
__________________. Grossesse. Luxenburg: Ed.Inspir, 2006.
__________________. Pediatrie. Luxenburg: Ed. Inspir, 2006.
__________________. Dermatologie. Luxenburg: Ed. Inspir, 2006.
__________________. Reflexologie. Luxenburg: Ed. Inspir, 2008.
BITSAS, André. Aromathérapie Corps Et Âme. Espagne: Editions Amyris, 2009.
BOSSON, Lydia & DIETZ Guénolée. L’aromathérapie énergétique. Bruxelles: Editions Amyris, 2004.
COUSIN, Nathalie. Les huiles végétales pour votre santé. França: Delville, 2005.
CLERGEAUD, Lionel; CHANTAL. Les huiles végétales. Bruxelles: Editions Amyris, 2003.
DUPONT, Paul. Propriétés physiques et psychiques des huiles essentielles. França: Diffusion Rosicrucienne, 2008.
ERLIGMANN, Ariane. Les huiles essentilles culinaires. Aix-En-Provance. França: Édisud, 2009.
FRANCHOMME, Pierre. La science de l’aromathérapie Vol.1. Romênia: Aromathéca, 2004.
FRANCHOMME, Pierre; PÉNOËL, Daniel; JOLLOIS, Roger. L’Aromathérapie exactement. França: Editions Roger
Jollois, 2001.
KEVILLE, Kathi. Green, Mindy. Aromaterapy. A Complete guide to the Healing art. Berkeley. EUA: Crossing Press,
2º ed. , 2009.
KHALSA, Dharma Singh M.D.; STAUTH Cameron. Longevidade do cérebro. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.
KRCMÁR, Martina. Les huiles végétales pour votre santé. França: Editions Dangles, 2007.
MEUNIER, Christiane. Lavandes & lavandins. França: Édisud, 1999.
MILES, Elske; ODOUL, Michael. La phyto-énergétique. França: Éditions Albin Michel, 2004.
MILLER, Light; MILLER, Bryan. Ayurveda & Aromatherapy. Delhi: Lotus Press, 1995.
OLIVEIRA, Maria Aparecida de. Neurofisiologia do comportamento. Canoas: Editora ULBRA,1997.
PÉNOËL, Daniel; PÉNOËL, Rose-Marie. Natural home health care using essential oils. França: Éditions Osmobiose,
1998.
SCHNAUBELT, Kurt. Medical Aromatherapy, healing with essential oils. California: Frog LTD., 1999.
SCHNAUBELT, Kurt. Advanced Aromatherapy, the science of essential oil therapy. Vermont: Healing Arts Press,
1998.
SELLAR, Wanda. Óleos que curam. Rio de janeiro: Nova Era, 2002.
TISSERANT, Robert. Arte da Aromaterapia. São Paulo: Roca, 1993.
VALNET, DR. Jean. L’aromathérapie. Traitement des maladies par les essences des plantes. Paris: MALOINE S.A.
ÉDITEUR, 1990.
WERNER, Mônica. Guide de L’aromathérapie. Italy: Lombarda, 2007.
WILLEN, Dr. Jean-Pierre. Les huiles essentielles, medicine d’avenir. Paris: Editions du dauphin, 2007.
WORWOOD, Valerie Ann. Aromatherapy for the soul. Novato, Califórnia –USA: Group West, 1999.
Organização e textos: Luciane Schoppan (Vishwa)

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