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SISTEMA DE

PRODUÇÃO DE
MANGA
✓ A manga, fruta originária da
Índia, é cultivada nesta região há
mais de 4 mil anos
✓ A mangueira (Mangífera Indica
L.) é considerada uma das mais
1– importantes frutas tropicais
Introdução cultivadas no mundo
✓ Na América, o precursor de seu
cultivo foi o Brasil
Índia
✓ O Brasil ocupa a 7° posição entre os produtores de
manga no mundo
✓ O NE brasileiro é tradicional produtor de mangas
✓ Altos rendimentos alcançados e qualidade da manga
produzida
✓ Condições climáticas consideradas das melhores do
mundo

(FAO, 2007)
2006 2006
O plantio de manga pode ser
dividido em duas épocas:

• 1° → até a década de 60
(“Bourbon”, “Rosa”, “Espada”,
“Coqueiro”, “Ouro”)
2 – Aspectos • 2° →A partir de 70
socioeconômico • Hoje →PIF
• Produzida em todas as regiões do
Brasil (NE e SE)
3 – Clima

✓ Irregularidade das chuvas > problema do semi-árido


✓ Elevadas temperaturas→elevada déficit hídrico
✓ RADIAÇÂO SOLAR
✓ Absorção favorece o crescimento e floração
✓ Sombreamento reduz o florescimento
✓ Deve-se ter um manejo adequado →espaçamento
✓ Poda → aumenta a penetração de luz e melhora a
coloração dos frutos
✓ Luz confere maior sabor aos frutos
➢ TEMPERATURA
✓ Aumenta a evapotranspiração
✓ Interfere na atividade fotossintética
✓ Faixa ideal 24 – 30°C
✓ 0°C < T> 48°C→ paralisam as reações da planta
✓ T dia/noite de 30oC/25oC →Vegetação
✓ A combinação 28oC/18oC→Floração (Maio-Agosto)
➢ UMIDADE RELATIVA
✓ Favorece o surgimento de doenças
✓ Alta UR associada T elevada →inviabilizar a produção
✓ Em regiões úmidas reduz a evapotranspiração
➢ VELOCIDADE DO VENTO
✓ Poucos estudos sobre os danos
✓ Tem influência na evapotranspiração
✓ Remoção do vapor d’agua
➢ PRECIPITAÇÃO
✓ Bastante resistente a seca
✓ Pode resistir até 8 meses
✓ Regiões de cultivo: baixa precipitação e alta
evapotranspiração
✓ Excesso de chuva→doenças
4 – Nutrição, calagem e adubação

➢ Amostragem de solo
✓ Obs: amostragem em pomar implantado deve seguir
a projeção da copa
➢ Amostragem e análise da planta
✓ Deve-se separar por talhões
✓ Devem ter a mesma idade e mesma variedade
✓ As folhas devem estar na parte mediana da copa nos
quatro pontos cardeais
✓ Retirar 4 fls/pls em 20 pls
➢ Nitrogênio:
✓ Importância na produção e
crescimento da planta
✓ Deficiência afeta a produção
✓ Excesso pode aumentar as desordens
fisiológicas
✓ Pode prejudicar o florescimento
➢ Fósforo
✓ Necessário na divisão e crescimento
celular
✓ Favorece o crescimento radicular
✓ Interfere no crescimento da
inflorescência
✓ Tamanho da folha e maturação do
fruto
✓ Influência de forma positiva a
coloração da casca do fruto
➢ Potássio
✓ Importância na fotossíntese, produção
de amido, na atividade enzimática
✓ Relacionado diretamente com a
qualidade do fruto
✓ Controla as perdas de água pela folha
✓ MAIS IMPORTANTE NA QUALIDADE E
PRODUÇÃO DO FRUTO
✓ Excesso provoca desbalanço no Ca e
Mg
✓ Pode causar ainda queima no ápice das
folhas
➢ Cálcio
✓ Participa do
desenvolvimento celular
da planta e fruto
✓ Influência na firmeza e
vida de prateleira
✓ Baixo nível → colapso
➢ Magnésio
✓ Não é exigido em grandes quantidades
✓ Deficiência → reduz o desenvolvimento,
desfolha prematura
➢ Boro
✓ importante na polinização e
desenvolvimento do fruto
✓ Deficiência → inflorescência deformadas
✓ Morte das gemas terminais
• Corrigir a acidez do solo, elevar o
pH, disponibilizar Ca e Mg,
reduzindo efeito do Al e Mn
• Melhores resultados com calcário
dolomítico
4.2 – • Solos alcalinos a deficiência de
Mg é corrigida aplicando sais
Calagem solúveis de Mg, como sulfato,
cloreto ou nitrato
• Elevação da saturação por bases
(V) a 80%
4.3 – Adubação de plantio
➢ Adubação de formação
Quantidades de N, P2O5 e K2O indicadas para a adubação de plantio e formação da mangueira
irrigada no semi-árido.
Adubação1 N P solo, mg dm-3 K solo, mmolc dm-3
g/cova
<10 10-20 21-40 > 40 <1,6 1,6-3,0 3,1-4,5 >4,5
P2O5, g/cova K2O, g/cova
Plantio - 250 150 120 80 - - - -
· 0-12 meses 150 - - - - 80 60 40 20
· 13-24 210 160 120 80 40 120 100 80 60
meses
Formação
· 25-30 1502 - - - - 80 60 40 20
meses
1. Adicionar como fonte de P o superfosfato simples, ou como de N o sulfato de amônio, com o objetivo de se fornecer S às
plantas.
2. Antes de aplicar nitrogênio neste período, realizar análise foliar, principalmente se for fazer a indução floral entre 30 e 36
meses.
➢Adubação de produção

Quantidades de N, P2O5 e K2O indicadas para a adubação produção da mangueira em função


da produtividade e da disponibilidade de nutrientes

1. Usar como fonte de P o superfosfato simples no sentido de disponibilizar maior quantidade de cálcio para as plantas, o
que também poderia ser conseguido com a aplicação de nitrato de cálcio na fase de quebra de dormência das gemas florais
➢ Adubação orgânica
✓ Aplica 20 – 30 L de esterco.ano-1
➢ Adubação com micronutriente
✓ Maior deficiência com Zn e Bo
✓ Pode está sendo aplicado via solo ou foliar
➢ Fornecimento de cálcio
✓ Requerer em grande quantidade deve-se associar a
calagem à aplicação de gesso
5 – Manejo de solo
➢ Preparo de solo
✓ É realizado 3-4 meses antes da implantação
✓ Deve realizar a análise de solo
✓ Aração: 30-40cm, incorporação de restos culturais,
eliminar ervas daninhas
✓ Gradagem:Gradagem leve, após a aração e incorporação
de calcário
✓ Solo PH entre 5,5 e 6,8.
➢ Com o pomar implantado
✓ Visa proteger o solo de erosão
✓ Aumentar a infiltração e retenção de água
✓ Reduzir a evapotranspiração
✓ Aumentar o teor de M.O.
✓ Elevar a disponibilidade de água
✓ Uso de consórcio (gramíneas, leguminosas ou
oleaginosas)
Fotos: Embrapa Semi-Árido

Cobertura do solo com galhos Cobertura do solo com galhos Cobertura do solo com
verdes da própria planta. seco da própria planta colmos de bananeira
6 – Cultivares
✓ Depende do mercado
✓ Potencial produtivo de cada variedade em cada
região
✓ As variedades mais indicadas: apresentam aroma e
sabor agradável, casca avermelhada °Brix > 17%, etc.
✓ Copa reduzida
✓ Resistente a doenças, pragas, malformação floral e
colapso interno
6.1 – Cultivares brasileiras

‘Alfa Embrapa 142’


‘Roxa Embrapa 141’
Originada do cruzamento ‘Amrapali’ x ‘Tommy Atkins’
‘Ubá’ ‘Coração-de-Boi’

‘Coquinho’ ‘Bourbon’
‘Extrema’ ‘Maçã’

‘Lira’ ‘Coração Magoado’


‘Pequi’

‘Barra’
‘Caju’ ‘Coité’

‘Coité’ ‘Fafá’ ‘Família’


Rosa-42 Rosa-1 Rosa-3

Rosa-5

Rosa-35

Rosa-8

Rosa-4 Rosa-
17
Rosa-36
Espada

✓Variedade brasileira mais


antigas e comuns
✓É muito vigorosa, porte
Foto: Embrapa Semi-Árido

elevado e muito produtiva


✓O fruto é verde intenso ou
amarelo esverdeado (300g)

✓A polpa fibrosa e coloração amarelada


✓Sabor de regular para bom (18º Brix)
✓Destaque no mercado interno
✓Utilizada como porta-enxerto
Rosa

✓Variedade brasileira bastante


conhecida
✓É de porte médio e muito
Foto: Embrapa Semi-Árido

produtiva
✓O fruto é de amarelo rosa-
vermelha (350g)
✓A polpa amarelo ouro e moderadamente suculenta
✓É fibrosa e de bom sabor (21° Brix)
✓Usada industria e consumo in-natura
✓Pode produzir mais de uma vez/ano
6.2 – Cultivares americanas
‘Tommy Atkins’
Haden

✓Origem Flórida, USA


✓É de porte elevado e muito
densa
Foto: Embrapa Semi-Árido

✓O fruto é de amarelo quase


coberto de vermelha (350-
680g)

✓Sabor suave com pouca fibra


✓Apresenta uma relação polpa/fruta 66%
✓Tem baixo vingamento, precoce, antracnose, colapso
✓Baixa produção e sabor → alto preço no mercado
Keitt

✓Porte ereto, ramos longos e


finos
✓Fruto oval (610g), ápice
Foto: Embrapa Semi-Árido

oblíquo
✓Fruto verde amarelado de
verde-róseo (19°Brix)

✓Fibra somente ao redor da semente


✓Mercado interno relação polpa/fruto de 70%
✓Resistente ao míldio e suscetível antracnose
✓Produção tardia
Kent

✓Origem Flórida, USA


✓Porte ereto, copa aberta e
Foto: Embrapa Semi-Árido

vigor médio
✓O fruto verde amarelo
vermelha púrpuro (550-1000g)

✓Muito saboroso (21,5°Brix) alta qualidade de polpa


✓Relação polpa/fruta 62%
✓Suscetível a antracnose e ao colapso
✓Ciclo tardio-médio mercado→exportação
Tommy Atknis

✓Origem Flórida, USA


✓Frutos de médio-grande
Foto: Embrapa Semi-Árido

(450g)
✓Casca espessa e forma oval
✓Coloração atraente

✓Polpa firme e suculenta teor médio de fibra(16° Brix)


✓Resistente a antracnose e danos mecânicos
✓Problemas de colapso e mal formação floral
✓Adaptada a temperaturas altas →90% da exportações
Palmer

✓Origem Flórida, USA (1941)


✓Semi-anã de copa aberta
Foto: Embrapa Semi-Árido

✓Casca roxa(de vez) e


vermelha(madura)

✓Polpa amarelada, firme e suculenta sem fibra(21,6° Brix)


✓Relação polpa fruto de 72%
✓Boa vida de prateleira e produção regular
✓Produção tardia
Van Dyke

✓Planta vigorosa e copa


Foto: Embrapa Semi-Árido

aberta
✓Frutos médio (300-400g)
✓Coloração atraente

✓Polpa é firme e sem fibra


✓Sabor agradável e aroma superior a Tommy
✓Apresenta irregularidade na produção
✓Produção tardia
Culivares Produtividade Produtividade PMF
NF/Planta STT/ATT
(kg/planta) (t/ha) (g)
Amrapali 174,12 a 78,47 a 19,62 a 207,80 d 30,42 d
Embrapa-141 146,77 a 66,14 a 16,54 a 252,95 d 57,99 d
Mallika 134,62 a 60,67 a 15,17 a 356,98 c 62,76 d
Winter 101,75 b 45,86 b 11,46 b 273,44 d 56,91 d
Embrapa 142 82,50 b 37,18 b 9,30 b 348,70 c 85,20 c
Irwin 73,19 c 32,98 c 8,25 c 357,65 c 55,43 d
Edward 52,31 c 23,57 c 5,89 c 702,30 a 105,31 c
Glenn 33,00 c 14,87 d 3,72 d 362,04 c 62,67 d
Palmer 31,81 c 14,33 d 3,58 d 651,87 b 58,23 d
Kensington 30,57 c 13,78 d 3,44 d 634,80 b 52,47 d
Tommy Atkins 29,38 c 13,24 d 3,31 d 461,71 c 94,51 c
Keitt 27,26 c 12,28 d 3,07 d 761,63 a 87,52 c
Haden 25,47 c 11,48 d 2,87 d 435,21 c 147,56 b
Manzanilo 22,75 c 10,25 d 2,56 d 578,95 b 62,09 d
Sensation 16,02 c 7,22 d 1,81 d 392,26 c 82,05 c
Van Dyke 11,33 c 5,11 d 1,28 d 412,83 c 89,88 c
Southern Blush 1,19 c 0,53 d 0,13 d 382,20 c 224,51 a
Média 58,47 26,35 6,59 445,49 83,27
C.V. (%) 40,98 40,98 40,98 15,23 29,83
1
Medias seguidas da mesma letra, nas colunas, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de
Scott-Knott a 5%.
7 – Propagação

➢ VIVEIRO
✓ Terrenos planos e protegidos de ventos
➢ SUBSTRATO
✓ Pode ser em tubetes ou sacos
7 – Propagação

➢ PREPARO DAS SEMENTES


✓ Fornece porta-enxerto para implantação do pomar
✓ Os mais utilizados: Espada, coité, espadinha,
Itamaracá, carlota
✓ Plantas sadias e livres de doenças
Foto: Embrapa Semi-Árido

Remoção do endocarpo Seleção da amêndoa


7 – Propagação
➢ ENXERTIA
✓ Consiste na junção do enxerto com porta-enxerto
✓ Métodos: Borbulhia, Garfagem, Sobre enxertia
✓ Mais usual → Garfagem em fenda cheia
Foto: Embrapa Semi-Árido

Coleta dos garfos Encaixe do garfo


Cobertura com saquinho
8 – Plantio

➢ IMPLANTAÇÃO DO POMAR
✓ Características:
1. Climática
2. Física e química do solo
3. Tipo de solo
4. Recursos hídricos
✓ Atentar para uso de quebra ventos
8 – Plantio

➢ DENSIDADE DE PLANTIO
✓ Mais usual de 250 pl/ha (8 x 5m)
✓ Pomares mais adensados são usados
✓ Áreas com > 5% de declives→curvas de nível
➢ ABERTURA DE COVA
✓ 60 x 60 x60
✓ 20 – 30L esterco
✓ Enriquecer minerais
8 – Plantio

➢ PLANTIO DEFINITIVO
✓ Apresentar dois fluxo
➢ TUTORAMENTO E CUIDADOS

Foto: Embrapa Semi-Árido


✓ Formigas, ácaros e cochonilha
✓ Fazer uso de cobertura morta
uma muda, com 18 meses

Espaçamento 8 x 5 m
9 – Irrigação
✓ Segue alguns critérios:

❖Profundidade das raízes → 2m (média de 0,3 – 1,4m)


❖Coeficiente da cultura Kc
❖ Consumo H20
Kc = ETc/ETo
9 – Irrigação

• FERTIRRIGAÇÃO
✓Técnica de aplicação simultânea de água e
fertilizante
✓Observar a compatibilidade
10 – Poda
✓ Dá forma a planta
✓ Manter crescimento equilibrado dos ramos
✓ Manter um boa relação copa raiz
✓ Regular crescimento, vigor e produção
✓ Facilitar aeração e iluminação
❖ Tipos de poda

a) Podas de Formação

✓ Função - dirigir o crescimento dos ramos, seguindo uma forma pré-


determinada.
- 1ª Poda de Formação – efetuada quando a muda apresentar de 0,8 a 1,0 m
de altura
Objetivo: reduzir tamanho para 0,5 a 0,6 m, ou a 0,4 m em plantios mais
adensados. Deve ser feita abaixo do internódio.
- Podas subseqüentes – deixar sempre 3 pernadas.
- A partir da 4ª poda, o corte deve ser feito acima do internódio, em tecido
lignificado, com posterior seleção de 3 ramos voltados para fora da planta.
→ Nesta fase a planta terá entre 2,5 e 3 anos de idade.
- Na 5 ª poda a planta deverá ter 243 ramos.
b) Poda Anual ou de Produção
→ Podas realizadas durante a fase produtiva da planta.
1. Poda de limpeza – realizada após a colheita para remoção de ramos secos e
doentes, ramos com frutificação tardia, pedúnculos de frutos colhidos e ramos
malformados.
2. Poda de levantamento da copa – eliminação de ramos até 0,7 m de altura.
3. Poda lateral – visa manter o espaçamento entre fileiras que permita a
passagem de máquinas e veículos e facilite a realização de pulverizações,
colheita, etc.
→ Normalmente, a rua entre plantas corresponde a 45% do espaçamento entre
fileiras. Ex: Espaçamento de 8 x 5 m – rua de 3, 6 m.
4. Poda de topo – visa manter a altura da planta num limite pré-estabelecido.
→ Normalmente, considera-se altura máxima igual a 55% do espaçamento entre
fileiras. Ex: Espaçamento de 8 x 5 m – altura máxima de 4,4 m.
5. Poda de abertura central – visa melhorar a iluminação e a emissão de ramos
florais por meio da eliminação de ramos com ângulo de inserção menor que
45º.
6. Poda de equilíbrio – visa balancear o equilíbrio entre a produção de frutos e a
folhagem.
7. Poda de correção da arquitetura da planta – piramidal e vaso aberto ou em
forma de taça.

c) Podas para manejo da floração


1. eliminação da brotação vegetativa antes da aplicação do nitrato
→ estresse hídrico para forçar maturação do fluxo vegetativo inferior.
2. eliminação da inflorescência – corte da inflorescência (5 cm do nó terminal) no
estádio de chumbinho.
d) Poda de renovação e rejuvenescimento

✓ Visa revitalizar árvores velhas e descuidadas, mas sadias.


✓ Elimina-se folhagem e ramos secundários, deixando apenas o esqueleto
dos ramos principais.
→ Substituição de copa – também se utiliza esse tipo de poda.
Após a 1ª poda de formação

➢PODA DE FORMAÇÃO
✓Orientar o crescimento dos ramos
Fotos: Embrapa Semi-Árido

✓Deixa a planta com arquitetura


desejada
✓É de acordo com modo de
exploração

Após a 5ª poda de formação

Após a 2ª poda de formação


➢PODA DE LIMPEZA
✓Remoção dos ramos seco, doentes
e de floração tardia
✓Realizada uma vez por ano
✓Proporciona produção uniforme
✓É necessária para maturação das
gemas e coloração dos frutos
➢ PODAS DE PRODUÇÃO

Poda Lateral
➢PODA DE EQULÍBRIO
➢CORREÇÃO DE ARQUITETURA
Fotos: Embrapa Semi-Árido

Mangueira podada na forma piramidal Mangueira podada na forma de taça


➢ INTENSIDADE DA PODA
✓ Depende da época do ano e finalidade
✓ Desfolha
➢ PODA DE MANEJO FLORAL
✓ Eliminação da brotação vegetativa
✓ Eliminação da inflorescência
Fotos: Embrapa Semi-Árido

Eliminação da inflorescência antes da polinização. Panícula polinizada, mostrando o local da poda


• Maior interesse é conseguir
produção o ano todo
• O primeiro passo da indução
é paralisar o crescimento
11 – Indução • O uso de PACLOBUTRAZOL
(PBZ), regulador do
Floral crescimento
• Atua na síntese de
giberelinas
11 – Indução Floral
• As condições climáticas do Semi-Árido no Nordeste brasileiro estão
caracterizadas pela ocorrência de temperaturas noturnas inferiores a
20ºC e diurnas inferiores a 30ºC, no período de maio a agosto,
quando se registra a menor precipitação pluviométrica. A floração
natural da mangueira, nesta região, ocorre com maior intensidade
entre junho e agosto.

• O manejo artificial de floração da mangueira deve ser definido de


acordo com a época do ano.

• Quando a indução à floração (quebra de dormência das gemas) for


feita no período de maio a agosto, pode-se proceder de duas formas:
• Modelo A

• Duas a três pulverizações com sulfato de potássio (2 a 2,5%),


com intervalo de 12 dias, quando as plantas estiverem no
primeiro ou segundo fluxo de brotação vegetativa, depois da
poda pós-colheita.
• Uma a duas pulverizações com etefon (200 a 300 ppm), com
intervalo de 12 dias, devendo-se iniciar após a última do
sulfato de potássio.
• Redução da lâmina de água, com monitoramento para que
não haja amarelecimento e queda das folhas, até a
maturação do primeiro fluxo foliar.
• Pulverizações com nitrato de potássio (3% a 4%), alternando
ou não com o nitrato de cálcio (2%), para estimular a
brotação das gemas.
Modelo B

Aplicação de PBZ (aproximadamente 0.5 g ia/ m de diâmetro de copa - 1º ano


de aplicação).

Duas a três pulverizações, com sulfato de potássio, no intervalo de 12 dias e a


partir dos 30 a 40 dias da aplicação do PBZ.

Redução da lâmina de água, aos setenta dias da aplicação do PBZ.

Pulverizações com nitrato de potássio (3% a 4%), alternando ou não com o


nitrato de cálcio (2%).
O manejo da floração de um pomar, quando a indução (quebra de
dormência das gemas) está programada para o período mais quente
(temperaturas noturnas e diurnas superiores à 25°C/35°C,
respectivamente, e que corresponde ao período de outubro a abril), pode
ser conduzido da seguinte forma:

Modelo C

• Aplicação do PBZ (0.7g ia/ m de diâmetro de copa - 1º ano de


aplicação).
• Três pulverizações com sulfato de potássio (intervalo de 12 dias),
iniciando aos 30 dias da aplicação do PBZ.
• Redução da lâmina de água, aos 80 dias após a aplicação do PBZ.
• Duas pulverizações com etefon, com intervalo de 12 dias, iniciando 12
dias após a última pulverização com sulfato de potássio.
• Pulverizações com nitrato de potássio (3% a 4%), alternando ou não
com o nitrato de cálcio (2%).
• A eficiência dos modelos para o manejo da floração da mangueira
dependerá do estado nutricional e fitossanitário do pomar.
• Eliminar plantas indesejáveis
• Evitar competição
• Tiririca (Cyperus rotundus L.)
12 – capim-fino, capim-angola,
capim-de-planta (Brachiaria
Manejo de mutica Forsk) grama-seda
(Cynodon dactylon L.), entre
Plantas outros.
• AÇÃO MECÂNICA
invasoras • AÇÃO QUÍMICA
• OBS. Seguir a PIF
12 – Doenças
▪Podridão Seca da mangueira (Lasiodiplodia theobromae)
•Sintomas:
Fotos: Embrapa Semi-Árido

•Controle:
✓Químico - As pulverizações com thiabendazole (240
ml/100L) ou benomyl (100g/100L)
✓Cultural – podas e limpeza do pomar
▪Oídio (Oidium mangiferae)
•Sintomas:
Fotos: Embrapa Semi-Árido

•Controle:
✓Químico - S, na concentração de 0,2%, intercalados
com produtos sistêmicos - tebucunazole a 0,05% e
triadimenol a 0,1%, com intervalos de quinze dias
▪Mal formação floral (Fusarium subglutinans)
•Sintomas:
Fotos: Embrapa Semi-Árido

•Controle:
✓Químico – ácaro - com produtos à base de enxofre
molhável e quinomethionate
✓Cultural – evitar o uso de material infectado
▪Antracnose (Colletotrichum gloeosporides)
•Sintomas:
Fotos: Embrapa Semi-Árido

•Controle:
✓Químico - As pulverizações com moncozeb e benomyl
✓Cultural – espaçamento, pois está associado ao clima
▪Mancha angular (Xanthomonas campestris pv.
Mangiferai indica)
•Sintomas:
Fotos: Embrapa Semi-Árido

•Controle:
✓Químico – na época que precede as chuvas, com
Kasugamicina + Oxicloreto de Cobre + Adesivo
✓Cultural – poda leve de limpeza
▪Seca da Mangueira (Ceratocystis fimbriata)
•Sintomas:
Fotos: Embrapa Semi-Árido

•Controle:
✓Cultural – evitar o transporte de plantas infectadas
✓Usar material limpo
✓Retirar a planta afetada e queimar
13 – Pragas
▪Mosca das frutas (Anastrepha spp., Ceratitis capitata)
•Sintomas:
Foto: Antônio Souza Nascimento

•Controle:
✓Químico – através de iscas tóxicas – trichorfon ou
fenthion
✓Cultural ou biológico – eliminação dos hospedeiros e
uso de vespas
▪Broca-da-mangueira (Hypocryphalus mangiferae)
•Sintomas:
Foto: Antônio Souza Nascimento

•Controle:
✓Químico – pulverizar com fenitrothion ou parathion
✓Cultural – eliminar ramos atacados e evitar estresse
hídrico,
▪Ácaros (Eriophyes mangifera)
•Sintomas:
Foto: Antônio Souza Nascimento

•Controle:
✓Químico – prevenção com produtos a base de enxofre
molhável
✓Cultural – eliminar ramos atacados e queimar
COCHONILHAS (Aulacaspis tubercularis)
Foto: Antônio Souza Nascimento

TRIPES (Selenothrips rubrocinctus)


Foto: Antônio Souza Nascimento
14 – Colheita e Pós-colheita
▪ Cuidados antes da colheita
✓ Limpeza da panícula e raleamento dos frutos

– Limpeza da panícula consiste na eliminação dos restos florais, folhas em excesso e


frutos com problemas fitossanitários, mecânicos e fisiológicos.
– Fruto no estádio de “ovo” – retirada dos restos florais.
– Cerca de 30 dias antes da colheita – recomenda-se pincelar os frutos com
hidróxido de cálcio a 5% (1 g/20 L) para proteção contra queima pelo sol.
✓ Análise do pomar

– Visa verificar a aparência dos frutos, a maturação, a coloração e estimativa de


produtividade.
– Deve ser realizada cerca de 15 a 20 dias antes da colheita
Limpeza da Panícula Raleamento de folhas
▪ Colheita
– Estádio de maturação fisiológica
– Parte mais baixa da planta – colheita manual, com tesoura de poda.
– Parte mais alta da planta – uso de uma vara de colheita com cesta.
– Corte – deixar cerca de 10 a 15 cm de pedúnculo, visando evitar o escorrimento de
látex.
– Frutos manchados com látex devem ser separados para não manchar os frutos
limpos.
– Os frutos devem ser mantidos à sombra até o transporte.
– O transporte deve ser feito em caixas, nunca granel.

▪ Pós-Colheita
– No galpão de embalagem: recepção, lavagem, seleção, tratamento fitossanitário,
aplicação de cera, embalagem, paletização, pré-resfriamento, armazenamento e
transporte.
Formas de Colheita

Triciclo
▪ Pós-Colheita
– Classificação de acordo com as normas internacionais (CEE/ONU):
✓ Classe Extra – fruto uniforme; livre de danos e odores estranhos; excelente
apresentação; característico da variedade; livre de defeitos, salvo aqueles que
não afetam o aspecto do fruto e sua qualidade, inclusive a conservação e a
apresentação na embalagem.
✓ Classe I – fruto uniforme; aparência característica da variedade; pode apresentar
alguns defeitos leves de formato ou na casca em razão de atritos, queimaduras
pelo sol, manchas superficiais causadas pela exsudação do látex ou danos
cicatrizados que não ultrapassem a dimensão de uma polegada.
✓ Classe II – frutos com defeitos de formato e na casca, em virtude de atritos e
queimaduras pelo sol; manchas superficiais ocasionadas pela exsudação do látex;
danos cicatrizados que não ultrapassem a dimensão de uma polegada.
Caixas de Embalagem

Pallets montados
15 –
Sazonalida
de de
produção

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