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SUMÁRIO

A FAÍSCA............................................................................................................ 03
O CONCEITO..................................................................................................... 07
ESSE DIA É MEU............................................................................................... 09
HELLO, DARKNESS..........................................................................................11
A ENERGIA IDEAL............................................................................................ 14
FODA-SE VOCÊ................................................................................................. 17
A EMPATIA INQUEBRÁVEL.......................................................................... 19
O FLOW FAZ O SHOW................................................................................... 21
O AMOR DE SER.............................................................................................. 23
MONUMENTAL É SERVIR............................................................................. 25
FODA-SE O PÚBLICO...................................................................................... 27
MÃOS QUE FLUEM......................................................................................... 30
A MAGIA DO W................................................................................................ 32
ABORDAGEM DIRETA.................................................................................... 34
ABORDAGEM INDIRETA............................................................................... 36

CRIAR ATMOSFERA........................................................................................ 38

ALÉM DA MEDIOCRIDADE........................................................................... 40

MEU MELHOR AMIGO................................................................................... 42


O FOCO ABRANGENTE.................................................................................. 44

A ARTE DO CCG............................................................................................... 46
CATIVEIRO PARTICULAR.............................................................................. 49

FODA-SE O PITCH........................................................................................... 51
ADIE SEMPRE................................................................................................... 54
DEVOLVA O PALCO........................................................................................ 55
A FAÍSCA

FAAAALA COMIGO, MEU TUBARÃO E MINHA DEUSA! Seja muito bem-vindo,


seja muito bem-vinda ao livro ENCANTAR! E, caso você ainda não saiba, quero
te contar com muito amor tudo que levou este livro a nascer! Como já contei
em diversas entrevistas, eu comecei a trabalhar com 9 anos de idade para
poder ajudar minha mãe em casa e, neste mês, reparei que a primeira coisa
que aprendi na vida foi defender o sentido dela!
O SENTIDO DA VIDA é como o sucesso: relativo e muito particular para todo
ser humano. E é exatamente por isso que o Tantra traz a figura do Sagrado
Feminino como aquilo que nos dá sentido, que nos revigora e que consegue
nos ENCANTAR de uma maneira inigualável.
Por ter começado a trabalhar desde cedo, tive o privilégio de servir. Então,
vou listar pra você algumas das funções que exerci desde que comecei aos 9
anos de idade, para que possa entender de onde e como veio até nós tudo
que o Padrinho sintetizou para você aqui nesse livro.

ALERTA: como sempre trabalhei, não tenho muita clareza sobre as datas
exatas de quando comecei cada função. O importante é que nunca parei.
Talvez pareça confuso, por isso quis avisar antes (rs).

Comecei entregando folhetos para uma sorveteria com 9 anos, vendi


chocolate de porta em porta, depois vendi estalinho nas festas juninas na
barraca da mãe de um amigo da escola e também trabalhei no camelô dela
no mercado público da minha cidade entre 11 e 12 anos de idade. Junto a
isso, ainda aproveitava pra catar as latinhas das festas juninas que
trabalhava para revender depois, porque cada centavo naquela época era de
uma ajuda incrível.

Estamos falando de 2005, e eu entregava 500 folhetos de casa em casa por 10


reais e trabalhava nas festas juninas e no camelô (em época de Natal) por 15
reais o dia e a alimentação. Hoje, sei que parece miserável, mas dada a época
e as circunstâncias, era um valor enorme pra mim. Também fui ajudante de
pedreiro na casa de uma vizinha e aprendi a lavar carro dos vizinhos com
meu tio Waguinho por volta dos 11 anos.
Teve uma época que ajudei a fabricar trufas com uma vizinha que me pagava
25 centavos por hora, 4 horas por dia. Tem ideia? Eu fui sempre me virando,
desde o dia que ajudei um senhor a empacotar algumas garrafas de água no
supermercado que minha mãe trabalhava (porque não tinha com quem me
deixar naquele dia) e ele me deu 2 reais. Não lembro quantos anos eu tinha
exatamente, mas a sensação da recompensa naquele instante pôde me
ENCANTAR demais. Estar sempre disposto a colaborar foi um diferencial em
todas as funções que, creio eu, possa ter começado com aquele senhor
naquele dia.

Aos 14 anos entrei na Caixa Econômica Federal como adolescente aprendiz,


mas, aos 17, o contrato acabou e fui vender sanduíche natural na escola.
Faltando 3 meses pra me formar no ensino médio, larguei a escola pra fazer
supletivo para tentar passar no vestibular na Federal da minha cidade
mesmo contra a vontade de todos, e passei. Passei também no concurso da
Caixa e depois fui desclassificado por causa de UMA questão que marquei
errado.

Aos 17 anos, completamente frustrado e sem rumo, comecei a fazer bicos


como garçom e barman num restaurante japonês do pai de um amigo e no
lava jato do centro da cidade que eram próximos. Passei um bom tempo em
dupla jornada trabalhando no lava jato de manhã e no restaurante à noite
durante a semana. Nas sextas e sábados ainda fazia bico como barman
virado nas baladas da cidade.

Ou seja, trabalhava o dia todo durante semana, sexta ia pra madrugada,


voltava virado no sábado para o lava jato e restaurante, e ia virado pra mais
uma balada trabalhar. Eu só tinha o domingo “livre” pra dormir. Foi nessa
época que mais chorei de cansaço na minha vida, crendo que um dia valeria
a pena.
Fiquei nessa dos 17 aos 19 anos mais ou menos, até que entrei na UFF, sai do
lava jato, virei promoter de uma das baladas que frequentava e segui
fazendo uns bicos de vendedor de curso de inglês (durou 4 dias, mas vendi
em todos eles mais do que a equipe que já estava lá, supostamente
experiente). Até que, por indicação de um amigo da faculdade, Renanzinho,
entrei na Itaipava como Promotor de Vendas de Autosserviço.
Cinco meses depois fui demitido. Então, nessa época, resolvi fazer um curso
de Massoterapia para ir morar na Austrália com a minha irmã. Foi ali que o
Tantra me encontrou através de um livro que fez muito sentido por coisas
que minha avó falava desde que consigo lembrar. Então, voltei pra Itaipava
como vendedor, cresci 180% de uma rota em um ano, ganhei o prêmio de
melhor vendedor do Estado do Rio de Janeiro e fui comemorar no camarote
da Itaipava na Sapucaí.

Em 2019, ganhei a maior rota da empresa, quase infartei de tanto remédio


tarja preta e tudo conspirou bem pra minha saída. Eu saí em outubro de
2019, e pouco mais de dois anos depois, estou aqui te contando isso tudo.

Sabe por que esse capítulo se chama A FAÍSCA, meu tubarão e minha deusa?
Porque quando eu tinha 12 anos, meu cunhado comprou a primeira moto de
600 cilindradas dele, uma Hornet vermelho sangue com dourado, tipo as
cores do Homem de Ferro, e ali eu prometi pra ele o seguinte: “Léo, daqui a
10 anos, eu vou ter uma Hornet pra tomar água de coco passeando contigo e
com a minha irmã!”. Essa promessa foi A FAÍSCA na minha Alma, que mesmo
sem saber ou imaginar, mudaria tudo na minha vida.

Antes disso, qualquer artigo de luxo ou dinheiro era coisa de filme pra mim.
Eu nunca tinha tocado numa moto daquela, assim como nunca tinha sentido
um perfume importado como o que ele e seu mentor Wesley usavam, nem
visto as roupas de grife, que pra mim só existiam em filmes. Daquele dia em
diante, além de ajudar minha mãe, minha motivação maior foi sempre
HONRAR QUEM ME INSPIROU, até que, na minha última aula da autoescola,
com 18 anos, recebi a notícia de que ele tinha falecido num acidente de
moto.
Dos 12 aos 18 anos foram 6 anos trabalhando incessantemente pra honrar
aquela promessa que eu ainda tinha 4 anos pra cumprir. Com isso, te
pergunto meu tubarão e minha deusa: você consegue imaginar a dor, a
sensação de injustiça e o quão “sem chão” eu fiquei ali? Completamente
perdido e frustrado, parecia um buraco negro eterno em cada pensamento
que me vinha, muito pior do que o “fundo do poço” que falam por aí.

Foi por isso que tatuei a frase HONRE QUEM TE INSPIROU no braço esquerdo.
Se você reparar em cenas de tristeza e velório, as pessoas sempre tampam o
rosto com o braço esquerdo, nunca com o direito. Então eu fiz pra lembrar
do exemplo dele toda vez que estivesse triste e/ou cansado, e do quanto eu
amava honrar isso.
Como diz o ditado, “as cinzas ainda queimam, pelo calor ou pela saudade”. E
esse calor foi o que, nas tempestades mais turbulentas da minha vida,
aqueceu a Alma e o coração pra poder estar aqui compartilhando tudo
contigo hoje, meu tubarão e minha deusa!

Esse contexto é necessário pra você poder entender que, se analisar


friamente, tudo que fiz foi atendendo pessoas, servindo pessoas, precisando
de pessoas e em contato direto com elas. O mundo é assim: o povo que vive
no automático seguindo dicas de quem não tem mais de 15 anos nisso, como
o Padrinho, que às vezes não repara isso. Como disse o grande Simon Sinek
“100% dos clientes são pessoas, 100% dos funcionários são pessoas. Se você
não entende de pessoas, você não entende de negócios”, e eu complemento:
mesmo que você ainda não precise lidar com pessoas diretamente, por
exemplo um programador, são pessoas que vão elevar as oportunidades da
sua vida. Por isso, a pessoa que você se torna ao saber ENCANTAR muda
todas as possibilidades e circunstâncias para melhor. Quem aprende a
ENCANTAR encontra no impossível a solução. Entende?

DITO ISSO, o Padrinho quer te perguntar: QUAL A SUA FAÍSCA? Qual a sua
promessa? O que ou quem você sente que aquece seu coração e sua alma
quando decide honrar? Qual sentido revigorante há nos seus piores dias e
nas decisões que às vezes toma, contra tudo e contra todos, por acreditar
que é o certo? Ponderando essa questão e descobrindo qual é o seu
verdadeiro fogo, você vai conseguir ter ainda mais poder na hora de
ENCANTAR as pessoas e oportunidades ao seu redor. Guarde tudo que já
ouviu sobre timidez, vendas, oratória e conversação, porque hoje, aqui, meu
tubarão e minha deusa, TUDO VAI MUDAR pra te provar mais uma vez que
NADA É TÃO BOM QUE NÃO POSSA MELHORAR! E então, pensando sobre a
FAÍSCA que colaborou para tudo que o Padrinho teve de experiência nesses
anos, seguimos agora pra que você entenda com mais clareza sobre...
O CONCEITO DE
ENCANTAR
Nós já sabemos que antes de ler essa linha, a promessa deste livro fala sobre
resolver timidez, oratória, vendas e tudo mais. Então peço com muito amor,
que analise bem todos os detalhes deste livro, assimilando e entendendo
tudo que você precisa resolver. Por isso, lembro de dizer que se olhar no
dicionário, meu tubarão e minha deusa, encontrará a seguinte definição
sobre o verbo ENCANTAR:

Submeter (algo, alguém ou a si mesmo) à ação de encanto, feitiço ou magia;


enfeitiçar.
Envolver ou ser envolvido por algo sedutor; maravilhar(-se).

Com foco na comparação dos outros verbos, “MARAVILHAR E ENFEITIÇAR”,


podemos entender que tudo depende da nossa influência e do nosso encanto
em cada fala e postura, para os resultados que temos na vida. Sendo esse
resultado “negativo” pra algum aprendizado ou “positivo” quando
conquistamos algo tido como impossível, tudo depende do que entendemos
nas circunstâncias dessa oportunidade, pois aí o resultado vem. Ensinando
ou favorecendo, os resultados sempre nos tornam cada vez mais livres e
poderosos(as) para poder ENCANTAR cada vez mais.

E POR QUE PODEROSO E PODEROSA, PADRINHO?

Porque a liberdade de encontrar a solução no impossível é reflexo do nosso


poder, e esse poder nos traz liberdade. Quantas situações impossíveis o
Padrinho teve que solucionar? Quantas vezes você que está lendo, teve que
lidar com o impossível? Quantas vezes um recurso a mais possibilitou
sensações e experiências incríveis? Quantas vezes saborear a liberdade
perante o dinheiro, o amor e alguns desafios ou pessoas foi um sonho? É isso
que vamos descobrir e estruturar cada vez mais intensamente. Showwww,
meu tubarão e minha deusa?

Aqui não há hipocrisia e nem modéstia. Você vai reparar que algumas
verdades doem tanto pra entender, quanto pra assumir, e quanto mais
poder temos, mais liberdade e clareza precisamos pra lidar com ele. Então, se
fosse pra resumir...
O CONCEITO DE ENCANTAR seria uma perspectiva mais profunda de como o
mundo funciona no submundo. E por submundo, entenda que é um lugar
onde temos os resultados que ninguém tem, reparamos os detalhes que
ninguém repara, contornamos as situações que ninguém contorna e
sabemos os segredos que ninguém assume. O SUBMUNDO é um lugar que
ninguém habita ou entende- no mundo, na mente, na alma e no coração das
pessoas. É um lugar que você só acessa quando ganha a chave mestra que te
ensina tudo que precisa sobre esse poder tão raro e tão incrível que é saber,
literalmente, ENCANTAR.

Por isso, meu tubarão e minha deusa, vamos começar a construir essa chave
mestra com a matéria-prima mais importante desse poder: VOCÊ.

Entender sobre você vai te mostrar que precisamos sempre olhar depois de
viver AQUELE MILÉSIMO que citei no livro DESPERTAR, dizendo e sentindo
que...
ESSE DIA, É MEU!

Sim, com vírgula e exclamação.


E começando aqui a falar sobre timidez, medo, ou pânico, já reparou que
toda vez que temos uma grande oportunidade, tipo uma palestra, uma
abordagem na rua ou uma apresentação, qualquer energia
automaticamente se projeta pro futuro nos deixando ansiosos e temerosos?
Já reparou que as crises rápidas de ansiedade nos roubam oportunidades
magníficas? Quantas pessoas deixamos de conhecer por medo e depois
culpamos o universo dizendo “ah, não era pra ser”? Quantas entrevistas de
emprego ou propostas de negócios já se foram? Quanto a vergonha nos
assusta com o acúmulo de ter só perdido?

Isso geralmente acontece porque jogamos contra as circunstâncias de cada


interação sem reconhecer que “ESSE DIA” já é nosso. Do mesmo jeito que
projetamos as justificativas da perda em outros fatores, como seria se
abraçássemos cada detalhe fora do nosso controle como um favor, pelo
simples fato de ser um desafio?

O desafio de falar com alguém ou para várias pessoas, de se sentir


valorizado por quem você convive na empresa que trabalha, o desafio de
uma entrevista ou de vender para todo mundo que quiser, sabe? Por que não
o encarar como um favor? Por que não ter clareza que se você foi posto pra
vender algo, isso já te favoreceu? Por que não entender que se alguém te deu
cinco segundos da atenção dele, isso já te favoreceu? Digo isso, meu tubarão
e minha deusa, porque entendendo o submundo. O pânico da timidez rouba
tudo que podemos conquistar no mundo de quem sabe ENCANTAR.

O poder de ENCANTAR algo ou alguém, começa quando reconhecemos que é


sempre um desafio sim e por isso, um favor. Quem não ousou falar com
pessoas e convencê-las de algo, parou num ponto muito medíocre da vida em
relação a tudo. E é aí que começamos a entender que DESAFIO é igual a
FAVOR, porque se te desafiou, você já evoluiu.
Talvez você esteja se perguntando onde isso se encaixa na timidez, nas
vendas e na oratória, como foi prometido nesse livro. Então, quero enfatizar
antes do próximo capítulo, que quando você abraça essa ideia e integra às
suas intenções, análises, ações, falas e posturas assim que acorda e minutos
antes de resolver o que precisa ser resolvido, tudo melhora.

Ontem assisti o vídeo de um homem que ganhou o Arnold Classic contando


que quatro semanas atrás chorou no banheiro querendo desistir, que
minutos antes do palco também chorou no banheiro querendo desistir e na
entrevista, ele conclui com algo do tipo: a medalha no meu peito não é sobre
ter ganho, é sobre a jornada que me ensinou a não desistir, sobre meu choro,
minha fraqueza, minhas inseguranças e tudo que me levou a cogitar não
estar aqui. Essa medalha é muito mais que uma medalha!

Então, meu tubarão e minha deusa, qual dia você mais precisou entender
que aquele desafio foi um favor? Que aquele dia já era seu? E quantos dias
que virão, serão também? Sua meta batida, seu TCC aprovado, sua proposta
de negócio, sua fantasia de ménage... o quanto falar disso sabendo
ENCANTAR te ajuda a evoluir, pelo simples fato de estar pensando nisso
agora?

É daí que aplicamos um sorriso no rosto, na mente e na alma, pra absorver


um valor muito simples e poderoso que diz...
HELLO DARKNESS

Em português é bem amigável: OI ESCURIDÃO, MINHA VELHA AMIGA! E esse


valor vem da frase que diz “HELLO DARKNESS, MY OLD FRIEND”, porque como
o Padrinho sempre diz: na escuridão a visão se expande. A medicina também
diz que a nossa pupila dilata quando estamos em ambientes escuros e para
dissertar um pouco melhor, vamos aos termos:

DARKNESS significa ESCURIDÃO, e por escuridão entendemos tudo aquilo que


é desconhecido, assustador, paralisante, desafiador e tudo que nos faz
tímidos(as), inseguros(as), ansiosos(as) e temerosos(as), como por exemplo,
falar com uma ou mais pessoas ou vender algo. Tudo isso tende a assustar.
Então, o sentido de dizer “OI ESCURIDÃO” é dizer também para si mesmo
“olha aqui aquele favor (desafio) de novo”. Já na parte do “MINHA VELHA
AMIGA”, é porque induzimos nós mesmos à ideia de que já conhecemos essa
parte e com isso, esse desafio é recebido como um velho amigo em nossa
casa.

A casa, nesse caso, é nossa mente e nossa alma. Quando você se depara com
qualquer ambiente escuro e corre atrás de um fósforo ou um interruptor
querendo acender a luz, você perde tudo que poderia acessar, pensar e
sentir durante aquele minuto no escuro ali, entende? O inédito acrescenta
para nós tudo que precisamos, mesmo que ainda não saibamos dessa
necessidade.

Por exemplo: quando eu testei o orgasmo hipnótico pela primeira vez com
uma deusa estrangeira na Ucrânia - uma ruiva inacreditavelmente linda, de
olhos azuis, parecida com a Sansa Stark - no primeiro instante, como não
temer o inédito? Como não pensar no inglês falhando e na vergonha de
talvez não funcionar? Como não cogitar que poderia ter estragado uma noite
incrível antes de abraçar aquele desafio?

Lembrando que falamos que todo desafio é um favor, hoje posso agradecer
demais por toda expansão que aquela experiência me trouxe, e por
expansão, entenda: ambição, coragem, confiança, poder, perspectiva e TUDO
que eu precisava a mais e não sabia. Até o instante que disse pra mim
mesmo “HELLO DARKNESS, MY OLD FRIEND” e saboreei uma história
impossível e inexplicável, que me trouxe ao inédito muito mais do que eu
jamais cogitei precisar e merecer. Então, pense comigo:
A TIMIDEZ BATEU? O NERVOSISMO BATEU? O MEDO DE BROCHAR BATEU? O
MEDO DE GAGUEJAR BATEU? O MEDO DE SER RECUSADO BATEU? O MEDO DE
PERDER BATEU? O MEDO DE ESQUECER A PALESTRA BATEU? O MEDO DE NÃO
BATER A META BATEU? O MEDO DE NÃO SER APROVADO BATEU? O QUE MAIS
PODE BATER?

Bater na sua porta e ser recebido com esse valor “HELLO DARKNESS, MY OLD
FRIEND” tende a desarmar tudo que poderia ferir, ao invés de favorecer.
Metaforicamente, um ladrão de banco arromba cofres, um ladrão quebra
janelas e fechaduras, mas eles precisam de ferramentas, de força, de ímpeto
e ódio para executarem suas ideias. Um amigo, quando bem recebido,
precisa só de acolhimento. Isso porque ele traz leveza e benefícios pela
própria presença. Se você transforma o ladrão arrombador da sua mente
num velho amigo, qual a melhor forma dele ser um favor? E pra ilustrar...

A TEMIDA TIMIDEZ OU “INTROSPECÇÃO” geralmente é tida como o ladrão e


não como o velho amigo. Vale analisar, como disse no Instagram esses dias:
ENCANTAR depende também de saber ouvir para saber o que falar, como
falar e, por fim, ENCANTAR. É muito mais fácil pra um tímido que sempre
ouviu pelo medo de falar, do que pra um Johnny Bravo que não cala a boca
um segundo e só sabe falar de si. Quem exagera demais exercendo sua
presença “a todo instante” fica chato, soa egocêntrico, falastrão e raramente
vai ENCANTAR pessoas, lugares, oportunidades e situações. Entende, meu
tubarão e minha deusa?

OBVIAMENTE que aqui o Padrinho não está defendendo a timidez ou


julgando quem fala muito. É só mais uma perspectiva sobre o poder de
ENCANTAR. Se você tem a Síndrome do Johnny Bravo, já está aprendendo a
ouvir mais do que falar, porque nem sempre é bom quando visa ENCANTAR.
Se você se martirizava por ser tímido, já está aprendendo que é uma
vantagem saber ouvir. Consegue sentir o quanto essa conexão equilibrada
faz diferença?
No dia que gravei um especial de TV com uma apresentadora muito famosa
em São Paulo, estava virado por estar preocupado demais com o câncer da
minha mãe, que na época ainda não tinha sido confirmado. Isso foi, de longe,
um dos maiores favores(desafios) da minha vida.

Quanto me sentei diante dela, senti meu coração explodindo na orelha de


tanta adrenalina. A garganta secou e reparei que um dia, aquele dia se
revelaria um grande favor. Era minha primeira vez gravando com alguém tão
famosa, comunicativa e influente, mas quando reparei, disse ao pânico
exatamente o que estamos falando agora: “HELLO DARKNESS, MY OLD
FRIEND!”.

Quando estava lá naquele favor (desafio) que seria gravado para sempre,
reparei que às vezes precisamos entender, enquadrar e usufruir de um
detalhe chamado...
A ENERGIA IDEAL

Para começo de conversa, isso não é só sobre “RAPPORT”. É sobre saber ler,
adaptar e enquadrar ao outro. É sobre ser aquilo que conecta e ressoa com
os outros. Por quê? Porque quem ensina sobre PNL e Rapport geralmente diz
sobre espelhamento de tom de voz e linguagem corporal, mas aqui, com A
ENERGIA IDEAL, vamos aprender que:

Nos primeiro cinco segundos, se você imagina uma linha de energia saindo
de qualquer lugar do seu corpo para a pessoa e para o ambiente (também
com várias pessoas), presta atenção no quanto ela volta. Se eu sou enérgico e
lanço o “FALA COMIGO INSTAGRAMMMM” num ambiente onde ninguém me
conhece, eu presto atenção no retorno daquela energia que saiu de mim, se
ela volta proporcional, mantenho o tom. Se ela não volta, não houve
ressonância. Então, eu abaixo o tom. Mas, se ela passa e retorna ainda mais
forte, adequo o tom à energia da pessoa ou ao ambiente.

É tipo quando você vai com a mão neutra para cumprimentar alguém e a
pessoa aperta muito forte. Se você mantiver a mão neutra, a pessoa espreme
sua mão, assim como se você foi com a mão firme e ela com a mão neutra, é
necessário amenizar. Mas se ambos estão com a mão firme, colocando mais
energia, não machuca, porque ambos vibram no mesmo nível e se conectam
ainda mais.

Existem idosos que são enérgicos e extrovertidos, assim como existem jovens
calmos e apáticos. Assim entendemos a importância de fazer um “scam” nos
primeiros cinco segundos, ignorando os estereótipos e circunstâncias de
cada dia, entende? Em entrevistas e cortes de podcasts, você vê que pessoas
engraçadas falando de assuntos sérios conseguem ENCANTAR, assim como
pessoas sérias falando coisas engraçadas, sexuais, disruptivas, também. E
sabe por que isso acontece, meu tubarão e minha deusa? Por dom ou por
técnica aprendida. A energia ressoa entre os envolvidos de maneira que a
troca se faz constante.

Por isso, analisando bem todas as milhões de vezes que conectei podendo
ENCANTAR pessoas que me ouviram, reparei que não existe padrão algum
que possa ser considerado uma regra universal, e que acreditar nisso
geralmente leva a um fracasso iminente.
Já deixei de comprar muita coisa com vendedores que tentaram gerar
“rapport” usando gírias e citando minhas tatuagens, porque, sinceramente,
senti o interesse na vibração de quem estava falando pelo crachá, e não pelo
ser humano que estava atendendo outro ser humano.

Se eu sou jovem e tenho muitas tatuagens, por que ele assimila gírias e uma
postura despojada, como quem entende a tatuagem como um “sinal” de
informalidade? Se eu fosse um senhor de terno, ele falaria diferente ou mais
formalmente? E se o senhor de terno tivesse tatuagens e fosse despojado? Eu
não posso ser formal além da capa?

Isso também pode ser assimilado pelos jovens solteiros que rotulam
mulheres lindas como “marrentas” ou “difíceis”, ou o funcionário que rotula
os chefes como “inflexíveis” e “chatos”. Com isso, a dúvida que paira diante
desses exemplos é: a pessoa que é difícil, marrenta, chata e inflexível, ou eu
quem não soube ressoar com a energia dela? Será que eu não soube estar
presente igual ensinei no livro DESPERTAR sobre a mente vazia?

É geralmente muito mais fácil culpar o contexto ou a outra pessoa, quando


omitimos a nossa responsabilidade na equação das interações se você ainda
não sabe ENCANTAR. Então, além da dica do “scam”, vamos a mais algumas
aqui:

-Não quebre a mão de ninguém e nem deixe que quebrem a sua;


-A primeira dica não fala só da mão, e sim de tudo: olhares, abraços e gestos;
-Cada interação enérgica é única, assim como o sexo, e não adianta sofrer
com isso;
-No mesmo grupo, pode ser necessário vários tons e posturas;
-Ideal é aquilo que nos serve e nos faz bem, não aquilo que o outro espera;
-Se você fala baixo demais sempre, lembre das vezes que explodiu de alegria;
-Se você fala muito sempre, lembre-se do quanto é bom ser ouvido para ouvir
também;
-Preste atenção nos pés e nos olhares. Eles são o “norte” da bússola da
atenção;
-O tom de voz não depende de ser aguda ou grave, mas sim do que sentiu no
“scam”;
- Lembre sempre de se adequar constantemente. Empatia é vital;
-Falar alto com alguém apático não vigora, assim como ser apático com
alguém alegre;
No caso de palestras, apresentações e shows onde apenas você fala/entrega,
ao invés de “uma linha”, imagine uma onda de energia, da cor que preferir, e
repare onde ela reverbera melhor pra você, pois é como um radar, entende?
Quando estamos vidrados em algo, a euforia reverbera, assim como quando
estamos desinteressados, a apatia neutraliza essa “onda”.

Então, ao invés de desperdiçar energia em toda a plateia, foque sua energia e


sua onda elevando os que já estão envolvidos, porque será mais fácil
contagiar os outros ao redor através deles sem falar “o lado direito do teatro
tá dormindo aí?”, ou então como muitos palestrantes fazem na abertura
quando cumprimentam a plateia e não tem o retorno esperado e falam
“ESTÃO DORMINDO GENTE? BOM DIAAAA”, já que assim apenas força o
desinteressado a interagir só afastando ainda mais a atenção deles e isso é
muito chato. Aonde a energia voltar, você foca pra ENCANTAR os que estão
ao redor dos envolvidos, tipo quando tem alguém sentindo muito tesão do
seu lado e você já sente aquela energia? ENTÃO, FOCA NESSA PARTE.

DITO ISSO, meu tubarão e minha deusa, aprendendo sobre sentir e emanar a
energia ideal na individualidade de cada pessoa e situação, você vai poder
internalizar uma lição muito importante sobre a vida, a qual aprendi com
grande Raiam Santos, que é ...
FODA-SE VOCÊ

Sim, exatamente isso que você leu.


Para contextualizar, aprendi isso com o Raiam quando o vi alertando alguns
palestrantes antes mesmo de entrar na Fraternidade da Kobe: não gaste seu
tempo falando de si ou da sua jornada de herói. Isso é lixo, perda de tempo,
de respeito e de oportunidades.
Vou te explicar o porquê agora:
Não interessa a ninguém o que você passou, onde se formou e o que faz da
vida, SE E SOMENTE SE, o que você fala ou entrega não é incrivelmente foda e
encantador. Citando novamente Simon Sinek, as pessoas geralmente tentam
mostrar o ritmo contrário das coisas e no “GOLDEN CIRCLE” dele, que você
pode conferir no YouTube, diz para começarmos pelo PORQUÊ. A ordem
ideal, como ele cita o exemplo da Apple é: POR QUÊ fazemos isso, COMO
fazemos isso e O QUE é isso que fazemos.

Junto com essa referência, pegue a frase em latim que o Padrinho tatuou no
braço: “FINIS CORONAT OPUS!”, que significa em uma tradução livre “O FIM
COROA A OBRA”. Isso, num exemplo claro, seria dizer que não adianta ter o
melhor engenheiro, o melhor arquiteto, o melhor mestre de obras e o melhor
material, se a casa desabar no primeiro vento, entende?

O FODA-SE VOCÊ é chegar já com o pé na porta, sem ficar se apresentando e


nem contando sua história “linda”. Quando eu palestro, digo apenas: Eu sou
o Padrinho, reapresentei o Tantra pro mundo e quero falar com vocês sobre
TAL TEMA.

Sem enrolação, sem miséria, sem ego, sem síndrome do herói, sem nada
além do que o FODA-SE QUEM EU SOU! O que importa é o que eles precisam
saber, o que eu tenho a dar pra quem está escutando, o que isso vai mudar
na vida deles e o mais importante: NA VIDA DOS QUE OS OUVIREM DEPOIS DE
MIM! FODA-SE EU!

Te digo isso, meu tubarão e minha deusa, por experiência própria como
palestrante e como ouvinte. Quando comprei o curso do André Diamand na
turma zero do curso Sexy Canvas Academy em setembro de 2019, eu comprei
no segundo que ele subiu no palco, não quando ele fez o pitch no final e já
vamos falar mais sobre isso em outro capítulo. O Diamand, naquele dia,
mostrou a que veio. Entregou seu conteúdo e sua energia, e foi ali que eu
fiquei enlouquecido para saber mais. Não foi “quem ele era”, e sim o quão
grandioso eu senti o valor sobre o que ele disse com seu conteúdo. Entende a
diferença?
Se eu, Padrinho, ficasse falando “eu sou formado em tal coisa, sou
especialista disso, fiz tal curso, sou especialista naquilo, tenho x milhões na
conta, transei com y deusas, sou escritor, sou palestrante, sou milionário,
sou leal, sou dedicado, sou altruísta, sou isso, fiz aquilo, etc.”, não teria nem
um milésimo do valor que tem quando alguém vê meu instagram ou a
palestra mesmo sem me conhecer e sente: O QUE É ISSO QUE ESSE CARA FAZ?
COMO ELE FAZ ISSO? POR QUE ACONTECE ASSIM?

Tá reparando o Golden Circle do Simon aqui, meu tubarão e minha deusa? É


assim que a vida funciona melhor em tudo: na cama, nos negócios, na família
e nas amizades. Foda-se você, foda-se sua biografia e sua jornada, ATÉ
QUEEEEE alguém sinta curiosidade de saber. Foda-se mesmo, de coração, ok?

Tem um outro ditado americano que eu amo, que traduzindo diz “TRABALHE
DURO ATÉ QUE NÃO PRECISE SE APRESENTAR MAIS”, e assimilando aos
exemplos que citamos aqui, esse ditado fala sobre não perder NENHUM
MILÉSIMO DE SEGUNDO falando sobre você mesmo ou sua jornada. Invista
esse tempo trabalhando, plantando, manifestando e realmente colhendo a
sorte que temos quando fazemos com amor aquilo que escolhemos para nós.
Show, meu tubarão e minha deusa?

Essa percepção vai te dar uma liberdade incrível sobre saber que existe um
outro detalhe, um outro segredo, um outro mistério sobre o poder de
ENCANTAR que eu vi quando era vendedor de chocolate de porta em porta
com 10 anos de idade...
A EMPATIA IDEAL

PORQUE ASSIM É MELHOR, sem modéstia e sem falsas armaduras.


E o que é empatia ideal, meu tubarão e minha deusa? É se conectar
genuinamente com o que sente ou já sentiu um dia, a fim de abaixar a
barreira de quem escuta, porque eles não sabem o que é o seu conteúdo e
nem quem é você. Eles podem se assustar se você já chegar muito
fodão(ona), ou se entediar se você chegar muito coitadinho(a). Então, o
melhor dos meios pra chegar é o que eu chamo de DISPOSTO(A).

DISPOSTO a dar o meu melhor ao que me foi proposto, em respeito aos que
me recebem e me escutam nesse momento. Isso e apenas isso. ISSO
CONECTA COM TODO MUNDO, porque o ser humano naturalmente respeita
quem se mostra disposto a realizar algo. É tipo o ditado americano que diz
“se você parar com o carro estragado na estrada, ninguém ajuda, mas se
alguém te ver empurrando o carro, eles param a cidade inteira pela sua
causa.”

Esse conceito veio dos terríveis “últimos dias” do mês da época como
vendedor de cerveja, pois mesmo sendo o maior da empresa, mesmo tendo
treinado pessoas que tinham de venda o tempo que eu tinha de vida (ou
mais), mesmo tendo relacionamento forte com todos os clientes, eu ainda
encarava o IMPOSSÍVEL daquelas metas com muito, muito, muito medo!
Então, na ideia de estar disposto, antes de sair de casa nesses dias eu falava
com Deus e com o Universo:

“EU SEI, com muita clareza, que é impossível. Eu sei que ninguém acredita e
muitos ainda me julgam como retardado, problemático e sem noção por
acreditar. EU SEI que pela lógica, pela realidade e pela natureza das coisas, o
meu desafio é REALMENTE impossível, mas por favor, se tiver um jeito, EU
ESTOU DISPOSTO. Não importa qual seja, quanta energia e tempo me
demande. Se existir apenas um caminho e se eu estiver autorizado, por
favor, me mostre. Me mostre porque EU ESTOU DISPOSTO E EU SOU
DISPOSTO. Eu me disponho a qualquer movimento, a qualquer fé, a qualquer
manobra e a qualquer ideia. Por favor, se tiver qualquer jeito, me mostre,
porque EU ESTOU DISPOSTO.”

Esse tipo de sentimento me lembra também o verso do L7NNON, grande


poeta brasileiro, que diz “não é talento, mano, é disposição”, porque a
disposição de quem entrega sempre vai estar acima de quem “nasceu com o
privilégio” de qualquer talento. Entende, meu tubarão e minha deusa?
Resumindo:

-Diga que está feliz pela oportunidade de falar, ao invés dizer que está
nervoso;
-Se alegre pela oportunidade de ser ouvido por uma ou por mil pessoas;
-Ser modesto não encanta ninguém, assim como ser marrento assusta à toa;
-Permita que o “HELLO DARKNESS” te abrace no último segundo antes de
falar, sempre;
-Seja um bom ouvinte em todas as situações, repetindo em seus
pensamentos o que acabou de ouvir, pois isso vai te ajudar a estar mais
presente na reunião, na paquera, na palestra e no atendimento de todos os
clientes;
-Apenas sinta, apenas flua, apenas seja. O mundo já cansou de máscaras (em
todos os sentidos);
-Lembre-se sempre de estar disposto e se precisar fazer algo mesmo sem
estar, lembre-se do porquê e por QUEM você precisa falar naquele instante;
-Saiba que ENCANTAR é um poder, não um talento. O poder que você
escolheu ter estando aqui, muda tudo a partir de agora.

E sabendo isso sobre esse poder que embasa o próximo capítulo, agora
vamos sentir um pouco mais profundo um outro detalhe desse poder, que
nos diz que...
O FLOW QUE FAZ O SHOW

Se você reparar bem, as melhores sensações da vida vieram de situações que


não ensaiamos, não memorizamos e às vezes até “treinamos” para conferir
logo depois que aconteceu bem melhor do que imaginamos, né? Rs. O sexo
também tem uma similaridade incrível com isso. Já vi muitos bons
palestrantes e vendedores gaguejando e tremendo diante de grandes
oportunidades porque ENSAIARAM mais do que FLUÍRAM no momento. É
óbvio que não podemos fazer tudo “à moda caralho”, sem ensaio ou preparo
algum. É apenas sobre na hora de ENCANTAR, lembrar de deixar a balança
cair mais pro lado do fluido do que para o lado concreto, entende?

Bruce Lee disse “seja água” num vídeo muito famoso do século passado e
adaptando sua referência aqui, estamos falando sobre saber SOBRE o que
vamos falar sem precisar engessar algo mecânico e robótico, visto que nossa
memória é falha e traiçoeira. Esses instantes de flow absoluto são tipo o que
citei no livro DESPERTAR sobre a mente vazia: eu senti, eu falei e era pra ser.
Ponto final.

Sabe por que, meu tubarão e minha deusa? Vou te pedir pra digitar no
YouTube: best the voice blind auditions. Digita aí e volta aqui depois porque
vai ilustrar bem o que o Padrinho precisa te ensinar hoje.

Na maioria desses vídeos podemos reparar um flow de energia absurdo


entre os participantes, a plateia e os juízes. É óbvio que eles ensaiaram, eles
têm provavelmente anos de canto antes daquele show, mas que poderiam
ter perdido se tivessem mais travados do que fluidos, entende?

Na hora do show, o flow PRECISA vigorar e reinar, senão o medo trava, a


insegurança agride e o “e se” nos faz perder a fé de que merecemos aquele
momento, entende? Repare bem nesses vídeos como eles fluem e como essa
energia vai além da voz, do tom, do corpo e do “talento” deles, meu tubarão e
minha deusa.
Eu, Padrinho, quando atendia os clientes da cervejaria, entrava nos bares só
com os valores que precisava saber em mente, do tipo: custa X, ele vai lucrar
Y se vender por Z e ponto final (vamos falar de lucro X desconto em outro
capítulo). Esses valores eram claros na minha mente porque mostravam que
eu sabia do que estava falando, diferentemente dos vendedores que
entravam despreparados nos atendimentos. Quando o cliente pergunta
“quanto dá isso?” e o vendedor que diz “deixa eu calcular aqui” já perdeu, e
perdeu feio porque se você mesmo não sabe as porcentagens daquilo que
vende, imagina quem estava pensando em comprar? Qual segurança é
passada nisso?

Assim como hoje, quando palestro, anoto de 3 a 5 pontos que não podem ser
esquecidos e deixo o FLOW costurar eles entre si, nada além disso. E é
exatamente por isso que depois as pessoas querem saber quem eu sou, o
que eu vendo, como compram meus produtos e como acontece tudo que eu
posto. Lembra do Golden Circle, meu tubarão e minha deusa? É sobre ele. Por
que eu faço o que faço e consigo o que consigo tá na palestra, como é o que
vem depois, entende?

Traduzindo pra situações mais cotidianas, é melhor quando:

- Nos preparamos sobre pontos específicos com antecedência;


- Não travamos tentando lembrar de tudo;
- Não ficamos lendo script ou slide na hora de falar com alguém;
- Pensamos antes em qualquer possível objeção do outro, para que possamos
fluir na primeira resposta que vier na mente usando a ARTE DO CCG;
- Deixamos o flow costurar como deve, porque imprevistos acontecem na
vida como um todo. O palco é só uma das maiores provas disso;
- Entendemos que o que é nosso não erra caminho, e mesmo que venha algo
em mente que não parece ter nexo com o assunto, tem sim. Pode falar à
vontade, porque se veio na sua mente tem sentido pra você e o deixe fluir
para pra quem te escuta também;

Por isso, vamos a um dado muito interessante que vi numa pesquisa, que
nos diz, com muita convicção, que precisamos realmente sentir...
O AMOR DE SER

Aquilo que somos por si só. Justamente O AMOR DE SER muito


inteligente, muito burro, muito tímido, muito extrovertido. Muito, o que
quer que seja, como quem já sabe que precisa, quer e vai melhorar.

A pesquisa que me referi no fim do último capítulo falava sobre alunos com
boas notas visto como inteligentes serem tímidos, e os alunos bagunceiros
com notas baixas serem mais extrovertidos e socialmente dominantes.
Quando li, a sensação sem filtro que tive foi: então o gênio cala a boca e o
burro só fala merda? É isso mesmo? Quem definiu que a natureza das
interações precisa ser assim???

Sentir O AMOR DE SER aquilo que somos, é justamente sobre buscar esse
equilíbrio entre conhecimento e comunicação, para que possamos evoluir e
ENCANTAR cada vez mais. Se você detém um conhecimento específico, por
que não falar dele? Se você sabe, já é seu, então é só dividir. Tipo o nerd que
ajuda a coleguinha linda na escola porque gosta da atenção dela, mas trava
na hora de apresentar pra toda turma. Por que esse “nerd” não pensa que é a
coleguinha linda multiplicada em cada pessoa para se sentir múltiplas vezes
ainda melhor em falar sobre o tema? Por que não ter o AMOR DE SER culto e
comunicativo ao mesmo tempo?

Já o bagunceiro que só fala merda, por que não se inteirar de assuntos mais
profundos e melhores, já que ele detém a facilidade social que todo
introvertido sonha? Se você já detém a comunicação fluída, é só aprimorar o
conteúdo que vai comunicar. Por que esse bagunceiro não pensa que é ainda
mais gostoso ter atenção com assuntos realmente interessantes que
agregam aos outros? Por que não ter o AMOR DE SER comunicativo e culto ao
mesmo tempo?

E te digo isso, meu tubarão e minha deusa, porque eu sempre fui os dois no
mesmo aluno, os dois no mesmo funcionário, os dois no mesmo sócio, os dois
no mesmo professor e os dois no mesmo empresário. Conhecimento, quando
bem comunicado, muda vidas que nos conectam a uma força maior, gerando
crédito no Karma e mostrando cada vez mais o que nos faz bem quando
fazemos, entende?
No ensino médio, meu apelido entre os professores, diretoras, alunos e
funcionários de serviços gerais na escola era “O DIPLOMATA”. Eu tinha boas
notas em tudo, todos me conheciam e eu fazia parte de um ciclo positivo,
não por “ser influente”, mas por SER DISPOSTO a ajudar sempre a todos que
precisavam, até quando precisavam sem merecer. As boas notas eram pra
orgulhar minha mãe, assim como a boa vontade, e com todo o meu coração,
eu nunca perdi NADA com isso. Se perdi uma coisa ou outra, não consigo
lembrar, porque tudo que ganhei SENDO aquele que sentia O AMOR DE SER,
trouxe sempre mais conhecimento, amor, respeito, mulheres, amigos e
soluções que vejo e comprovo até hoje como empresário que dinheiro
NENHUM no mundo pode comprar. Consegue imaginar o poder disso?

Com isso, vamos a outro segredo que embasa muito bem o poder de
ENCANTAR que é aceitar, internalizar e sentir uma verdade conhecida
como...
MONUMENTAL É SERVIR

Concernente a ou próprio de monumento.


Que mostra admirável singularidade; magnífico, maravilhoso.
"obra artística m.

Sim, meu tubarão e minha deusa, esse é o significado que você encontra no
dicionário. E aí eu preciso te perguntar: você gosta de sentir que é singular,
magnífico, tipo uma obra artística? Se sim, vamos formar uma equação
maravilhosa sobre o poder de ENCANTAR agora. Show?

Eu li muitos anos atrás em algum fórum ou livro sobre os ângulos de 45 graus


nas estátuas mais antigas da humanidade e vou colocar imagens logo em
seguida para facilitar o entendimento. É sobre sentir que está sendo
contemplado mesmo que não esteja fazendo nada, enquanto está parado
esperando algo ou alguém e até quando está falando para milhares de
pessoas também.

Pela própria fisiologia, que você pode saber melhor no vídeo que tem no
YouTube com o título “TEDX sua linguagem corporal molda quem você é” com
a incrível Amy Cuddy, ela explica o quanto a postura que adotamos muda
nosso estado e nossos resultados na vida como um todo. O ponto aqui é
exatamente poder se sentir um monumento que vai ENCANTAR, sabendo
que o real sentido de algo monumental e maravilhoso de verdade, é
simplesmente maravilhar.

“Maravilhar” no sentido de agregar a uma foto, a uma mente, a uma vida ou


a um coração, pois somente assim conseguimos realmente intensificar nosso
poder cada vez mais, usando sempre a perna em 45 graus para que a âncora
se faça ainda mais poderosa, dia após dia, venda após venda, palestra após
palestra. Entende?

Se eu escuto um amigo que precisa de uma ajuda urgente com a mesma


postura que falo sobre algum tema ou vendo algo, meu corpo internaliza
aquela intenção de servir a um amigo, só que em escala e em situações que o
lucro financeiro ou sexual é mais direto, entende? Lembra da parte da onda e
da linha que sentimos o retorno? E se essa linha estiver sempre banhada na
boa intenção de quem agrega de verdade sabendo que MONUMENTAL É
SERVIR?
Não importa quantas vidas você pode mudar com seu conteúdo ou quantos
orgasmos aprendeu a causar com o Padrinho, se sua intenção não for SERVIR.
Como diz o grande Fernando Liberal: o único jeito de ter poder, é dando
poder. Por isso, quanto mais eu sirvo com o poder que dou, mais poder eu
tenho e essa é a equação dos seres humanos mais incríveis que a história já
falou. Sentindo seu poder e sentindo seu servir, temos uma equação infinita
de ganha-ganha por todos os lados, inexplicavelmente.

Ou seja:
- Mantenha sua perna em 45 graus sempre;
- Internalize o poder de servir para não ser refém do ego;
- Fale com uma criança do mesmo jeito que fala com qualquer milionário;
- Seja aquele(a) que é lembrado(a) por ser disposto(a), convicto(a) e
poderoso(a), porque esse equilíbrio entre PODER e SERVIR é raro;
- Tudo que é raro, é monumental.

E com essa perspectiva que vamos embasar mais uma lição poderosa, que é...
FODA-SE O PÚBLICO

Doido né, meu tubarão e minha deusa? Como o Padrinho fala de servir, todo
bonitinho, e depois deixa pra você um FODA-SE bem grande sobre as pessoas
que estarão me ouvindo? Rs

É justamente por isso que é bom o que você vai aprender no capítulo “O
PODER DO W”. Pode ficar tranquilo(a), ok? Vou te explicar melhor agora
mesmo.

Este capítulo nasceu de uma discussão que tive várias vezes com vários
“especialistas” em vendas, gestão sexual, marketing digital e toda essa
merda de títulos que vemos por aí. Sabe o “FODA-SE VOCÊ”? Então, foi dessas
pessoas que tirei ele também. Muito título, muita segmentação, muito nicho,
muito bla-bla-bla vindo de quem nunca teve resultados iguais ou maiores do
que os nossos aqui. E Tudo se resume a isso: se você não tem mais vidas
transformadas ou mais dinheiro do que eu, sua teoria sobre nichar e
especificar é lixo e te digo de coração que FODA-SE O PÚBLICO.

Vi durante a vida toda, em todas as funções que exerci, algumas pessoas


dizendo que “fulano não tinha perfil” ou que “ele jamais compraria isso”,
tentando nichar e se adequar pra vender mais para alguma parcela de
pessoas, sem pensar que poderiam vender mais para todas elas. Como
exemplo, pense: e se eu tivesse vendido o Tantra só pra homens? E se fosse
só pra mulheres? Só pra solteiros ou só pra casados? Quantas vidas teria
deixado de transformar pela tal “segmentação e adequação” que pregam por
aí?

Se for numa paquera, se for numa palestra, se for num atendimento pra
vender e até se estiver perdido na rua pedindo informações, FODA-SE O
PÚBLICO... se eles estão te ouvindo, tem algum motivo. Aquilo que é
insuportavelmente desinteressante nos faz levantar da palestra e ir embora,
desligar o telefone na cara, dar as costas pra quem tentou falar e por aí vai.
Sabe aquela cena do filme “Hitch, o conselheiro amoroso” onde o Will Smith
fala pro seu aluno “ela já te disse sim, quando poderia ter sido não. É só você
não cagar com tudo”? Então, é exatamente sobre isso.
Se você foi selecionado pela empresa que representa, pela pessoa que te deu
5 segundos da atenção dela ou pelo organizador do evento que te chamou
para palestrar, qualquer pessoa que te ouvir já tem um motivo. Por isso, vale
a reflexão: o quão melhor essa pessoa será depois que te ouvir? Entendeu
por que que monumental é servir?

Até no sexo, como sempre falamos... quão melhor aquela pessoa irá dormir
ao seu lado? Como ela se sentirá depois de uma noite de prazer contigo? É
pra fazer sentir que realmente valeu a escolha ou que era melhor ter ficado
sozinho(a) em casa? Por isso a frase do Tio Bem vale tanto sobre ser
monumental: grandes poderes, grandes responsabilidades. E sobre deixar a
vida de alguém melhor, é só saber o quanto vale sua entrega, além de
qualquer barreira que a pessoa possa ter.

Em casos raros e bem específicos tipo “empréstimo consignado para


aposentados militares”, obviamente o caso é outro, porque as taxas desse
mercado não se aplicam a jovens que fazem serviço como freelancers,
entende? Uma pessoa casada também não precisa do seu prazer, porque o
Karma vai te cobrar e a insatisfação do matrimônio é escolha dessa pessoa.
Tendo esse filtro do que é “bem específico” pra todo mundo, você amplia sua
visão sobre vender e ENCANTAR muito mais do que jamais teria imaginado
quando foi na ideia de “segmentar” seu público dentro de um “nicho”,
entende?

Se o que você vende melhora a vida dos outros, que “os outros” sejam
TODOS. TODOS que precisam, que merecem, que querem e que podem.
TODOS. Aos que não puderem ainda pagar por aquilo que você oferece, saiba
que você também os ajudou por dar a eles um novo parâmetro daquilo que
desejam para que evoluam a ponto de poder, ok? Antigamente eu não
precisava de um MacBook pra entregar meus trabalhos da escola, apenas
queria um computador. Hoje, preciso dele por todas as facilidades envolvidas
para cuidar dos meus livros e da empresa.

Antigamente eu não precisava de um perfume de quatrocentos dólares e


nem de um óculos de dois mil dólares, hoje preciso por todo simbolismo
envolvido neles. E não é o simbolismo de quem me vê usando, e sim de como
me sinto pelo poder de tê-los. Essa diferença é muito tênue e muito
poderosa, então agradeço muito a todas as marcas que um dia desejei antes
de poder ter, por hoje saber que o desejo me levou aonde eu precisava para
tê-las, assim como hoje você filtra quem te deseja, mas ainda não precisa de
ti.
Nessa equação de precisar x poder, encontrei também muito sentido em
todas as deusas que esperei por meses ou anos desde a primeira vez que as
desejei. Quando aconteceram situações bem específicas de dormir com
certas deusas, vi que se tivesse sido quando eu “quis”, não teria sido tão
bom como foi quando eu passei a “poder”. Eu provei o sabor de saber que
realmente precisava delas na hora certa.

Entre cinco minutos ou dez anos de espera, todas vieram no momento ideal.
Foi quando a equação se formou da melhor forma possível. E te pergunto, de
coração: quantas oportunidades, transas, lucros e sensações nós perdemos
por não respeitar esse equilíbrio? Quão melhor se torna a vida daquela
pessoa antes de podermos aquilo que precisamos porque um dia desejamos?
Não importa “quem” é ou a sua ansiedade quando você internaliza isso.

Se quiser, meu tubarão e minha deusa, tire cinco minutos pra refletir sobre
isso, porque todas as oportunidades que você acha que “perdeu” podem
ainda ser suas, na cama e na vida. Pense um pouco e digira isso, porque o
próximo capítulo é sobre uma lição que talvez tenha sido uma das maiores
que meu pai biológico deixou pra mim e pra todos que o conheceu. Essa lição,
eu chamei amorosamente de...
MÃOS QUE FLUEM

Como se houvesse uma linha de fantoche entre a nossa mente e as nossas


mãos, guiando e ilustrando tudo aquilo que queremos “comunicar”
complementando o que a nossa boca está “dizendo”. Sabe por quê?

Meu amado pai, João Bento, mais conhecido como “O Cowboy”, era um
homem conhecido por ser trabalhador, íntegro, honesto, legal, carismático e
muito engraçado. Eu tinha mais referências dele por “amigos em comum” do
que pela própria presença, e refletindo nesse ponto do passado, pensei:
como que esse malandro é tão foda falando tão pouco?

Ele era inexplicavelmente um homem literal nas suas POUCAS PALAVRAS e


estava sempre vestido como seu apelido, Cowboy, com Chapéu de boiadeiro,
cinto de fivela, bota e dedos polegares no cinto igual aqueles que vemos em
filmes de Faroeste, sabe? Então.

Ligando isso ao título deste capítulo, reparei que mesmo “falando” pouco
com a boca, ele era muito incisivo e claro em tudo que gesticulava, e
representava além do que “falava”. Foi nele que vi a importância das MÃOS
QUE FLUEM e assimilei até, com todo o respeito, as pessoas que têm um
sentido a menos e afloram outros. As “compensações sensoriais” provam
que se você não vê, você talvez sinta, escute e ouça melhor. Entende esse
ponto?

Por isso, refleti bem e testei especificamente numa gravação que fiz em São
Paulo proposta para ir para algumas plataformas de streaming a nível global
e a partir daí virou um hábito mais didático, sem treino e sem precisar ser
um “dom”:

Quando falar e imaginar uma linha de energia entre sua testa e sua mão,
suas mãos vão complementar com o gesto tudo aquilo que está sendo dito
pela sua boca, e assim poderá desenhar com gestos tudo aquilo que está
sendo dito na mente de quem está ouvindo. Entende?

É bem simples conectar essa linha entre a testa e as mãos como se


imaginasse o fluxo de energia descendo pelos seus braços e tendo também
uma linha, igual um fantoche, da mente para as mãos. Se os especialistas
dizem que 93% da nossa comunicação é não verbal, como seria poder
emendar todo esse fluxo com desenhos daquilo que estamos passando a fim
de ENCANTAR as pessoas que interagimos? Consegue imaginar?
Mais importante do que “queixo erguido” e “peito aberto”, reparei nesses
anos de experiência que se fazer entender para ENCANTAR nem sempre vai
fisgar todos com a sua “comunicação irresistível”, e sim fisgar mais
intensamente as pessoas certas. Minha paixão platônica uma vez me disse
um ditado que é muito claro nesse contexto aqui, que era “escolha suas
batalhas”. E a cito aqui porque reparei que não adianta tentar ganhar todas
as discussões, cativar todas as pessoas, ganhar todo o dinheiro do mundo ou
visitar o mundo todo... esse filtro não é sobre ser modesto(a) ou pouco
ambicioso(a). É saber ainda mais que o que é nosso não erra o caminho.
Entende, meu tubarão e minha deusa?

MÃOS QUE FLUEM com o desenho na mente daqueles que te ouvem é muito
mais importante do que tentar agradar a todos. E isso fomenta ainda mais a
parte de que O FLOW FAZ O SHOW. Vamos fluir e desenhar com as mãos toda
nossa comunicação, conseguindo ENCANTAR aqueles que, naquele momento,
desejam e precisam do que estamos dizendo, mesmo que ainda não saibam.
Show?

Junto a isso, existe uma oscilação energética que prende a atenção dos que
realmente se envolvem pela comunicação clara daqueles que sabem
ENCANTAR, a qual vamos falar no próximo capítulo. Antes dele, vamos
relembrar:

- Pense nos comunicadores mais icônicos entre as suas referências e repare o


quanto eles apenas fluem com as mãos, sem fingir uma postura exata ou
forçar uma comunicação discrepante com sua vibe;
- Desenhe duas linhas imaginárias de energia: uma entre sua testa e a palma
das suas mãos como um fantoche, e outra fluindo por dentro de você, da sua
mente até suas mãos igual à corrente sanguínea;
- Lembre do ângulo de 45 graus que falamos no capítulo MONUMENTAL É
SERVIR e seja contemplado pela oportunidade de estar comunicando bem
fluidamente;
- Brinque com as mãos, literalmente igual fazia quando era criança. Isso ativa
um conceito de leveza e diversão que contagia até nos assuntos mais sérios
que você consiga imaginar.

DITO ISSOOOO, meu tubarão e minha deusa, vamos a mais um detalhe desse
poder de ENCANTAR. Você com certeza já o viu em filmes e em dicas de
palestras, mas aqui, ele vem carinhosamente chamado de...
A MAGIA DO W

Isso é um parâmetro muito claro sobre a envolvência e a expectativa que


certos roteiros ou palestrantes causam em nós, igual aos filmes
Hollywoodianos. Vamos pensar aqui na Letra W como um norte de cada frase
ou apresentação que fizermos, ok?

Isso significa que começamos em alta, baixamos, subimos, baixamos e


concluímos.
Exatamente como a letra W:

Começo enérgico Energia Conclusão Forte

Scam/ contexto Cumplicidade

É tipo nos filmes de heróis que mostram algo bom acontecendo, aí vem um
problema com o vilão, depois outra parte empolgante, outra parte muuuito
complicada e depois o final feliz. Consegue lembrar de algum filme nesse
ritmo? Os mais envolventes costumam ser aqueles que deram merda
descomunal e no final, de repente, dá tudo certo, né? É isso que fazemos em
palestras, stories do Instagram, apresentações, atendimentos, propostas e
em todasss as paqueras até se você for comprometido/casado com alguém.

O PODER DO W com os meus stories no exemplo, seria:

- O meu “FAAALA COMIGO INSTAGRAM” (ALTA);


- Sempre em seguida, abaixo um pouco o tom pra trazer a atenção à tona
sem manter a gritaria pelo susto. Tipo quando alguém fala baixo e você
automaticamente se inclina pra ouvir melhor, sabe? Então (BAIXA);
- Depois energizo de novo contando algo empolgante (ALTA). Abaixo de novo
pelo suspense e cumplicidade (BAIXA) e concluo energizado de novo com o
que geralmente é um cumprimento gritando ‘UM BEEEEEIJO! (ALTA).
O PODER DO W nas palestras, atendimentos ou conversas:

- CUMPRIMENTAR COM SUA MELHOR EUFORIA (ALTA);


- Fazer o scam que falamos no “A ENERGIA IDEAL” (BAIXA);
- Mostrar interesse ou algo interessante com energia (ALTA);
- Ouvir o outro ou reparar a vibe (BAIXA);
- Emendar outro assunto com um contexto enérgico (ALTA).

Na #SURPRESINHA aqui do livro ENCANTAR, falarei mais desses temas


porque sei que pode parecer um pouco confuso quando lemos, mas se ainda
não assistiu, vamos deixar anotado aqui um mapa de sensações, tipo um
radar de golfinho:

- Seja eufórico sempre que falar pela primeira vez;


- Sinta o retorno da pessoa ou das pessoas para ter o feeling de energizar de
novo;
- Toda história, quando intensificada, mistura o âmago dos ouvintes que
acabam por se ENCANTAR, mesmo que não assumam ou reparem;
- Lembre-se sempre de fazer um SCAM CONSTANTE sobre o(os) ouvinte(s)
para que adeque seu tom, energia e postura com o feeling exato que vai
ENCANTAR;
- Só depende de você seguir essa ALTA/BAIXA com todo tipo de pessoa e
história. A vida toda eu fiz, e quando reparei, te ensinei aqui com todo amor
e carinho, meu tubarão e minha deusa.

Considerações sobre o SCAM CONSTANTE: como disse no começo, nada é uma


regra universal e absoluta. Às vezes precisamos ter mais tempo em baixa ou
em alta, dependendo do contexto para que a envolvência do ENCANTAR
aconteça de fato.

Por exemplo: nas festas que vou e danço feito um maluco com meus amigos,
a energia é de um nível elevadíssimo. Porém, se ao final da festa alguma
deusa pensa em ir embora comigo, não vou falar e interagir com a mesma
energia da dança, e sim naquela vibe da atmosfera, que você sabe que
acontece na luz vermelha, entende?

Assim como quando na época de vendedor, eu sempre chegava enérgico e


abaixava o tom para adequar o momento de dúvida e decisão do cliente na
hora do fechamento, entende?

Sobre isso, vamos então a alguns detalhes do poder de encantar na tão


querida e necessária...
ABORDAGEM DIRETA

Essa é uma das que mais gosto de lembrar da época que vendia chocolate de
porta em porta e curso de inglês por telefone. Existe um padrão muito formal
de pessoas que, no caso do inglês, seguem um mesmo roteirinho chato, e na
rua algumas pessoas que tentam vender por misericórdia, porque precisam
de ajuda, mas isso geralmente não chega a ENCANTAR ninguém.

Então, o que o Padrinho fazia de diferente nesses casos? E hoje, no mundo


digital, qual a diferença de ser direto DE VERDADE ou apenas mais um
amolador que quer vender algo ou transar com alguém? Vou te contar
dividindo em passos, meu tubarão e minha deusa:

CINCO SEGUNDOS DE EDUCAÇÃO: na rua ou na call, todo mundo tem tempo


de dar bom dia e cumprimentar o outro sorrindo apenas por educação. Ser
direto demais tipo ‘VAI UMA PAÇOCA AÍ? QUER UMA CADEIRA AÍ? QUER ALGO
PRA BEBER?” igual vejo alguns trabalhadores ambulantes fazendo na praia de
Jurerê Internacional só espanta. Sempre comprei daqueles que
cumprimentaram antes. Não adianta muito também chegar contando
história triste ou falar cheio de gatilhos sobre uma tal “OPORTUNIDADE”. É
tipo o PRELIMINAR da venda, sabe?

Feito isso, é necessário respeitar o TEMPO DO OUTRO. Diga o máximo que


puder e precisar logo após os 5 segundos para sentir se a pessoa realmente
deseja ou precisa da sua informação ou produto. Ninguém tem mais tempo
de ficar sendo enrolado por esses vendedores de laboratório que chegam
pregando verdades universais sendo que, no fim, são eles que precisam
vender, entende? Respeitar o tempo do outro também é evitar postergar
algo que pode ser dito por mensagem. Eu odeio quem tenta tomar meu
tempo “marcando uma call” pra seguir roteiro, igual a história do primeiro
encontro antes de transar.

Digo isso porque todos precisam vender - se vender ou vender algo. É uma
das maiores necessidades humanas, principalmente com o “novo normal”
pós-pandemia. O problema disso é que os livros clássicos sobre vendas,
sedução e persuasão foram escritos há muito tempo, e as dinâmicas
culturais mudaram ao redor do mundo. Vi no México, em Dubai, na Ucrânia e
em Montenegro o quanto algumas referências de convívio social que alguns
amigos me falavam mudaram com o medo que as pessoas criaram de
“morrer” de repente, entende?
Outro ponto muito importante pra quem deseja ENCANTAR é saber que se
seu produto/conteúdo/serviço realmente vai colaborar com a evolução do
outro em QUALQUER ponto, você não precisa falar tudo que já ouviu por aí
só porque o treinador de vendas mandou.

Se alguém me vende uma paçoca na praia dizendo que é pra deixar meu dia
mais doce, ele tem uma atenção, mas se ele diz que é porque o filho está
passando fome em casa, ele tem outra atenção. Geralmente a primeira
atenção é que me faz comprar todas as paçocas do vendedor ambulante para
que ele possa ir pra casa descansar ou vender ainda mais. A segunda atenção
só me lembra o quanto também fui fodido e ao invés de coitado, me mostrei
disposto a todos que podiam comprar a ideia de me ajudar.

Nos últimos dias do mês como vendedor de cerveja, vi muitos grandes


vendedores caindo no medo de não dizer “HELLO DARKNESS” e usando
argumentos do tipo “preciso pagar o documento do carro, o aluguel, o leite
das crianças... me ajuda aí” e eles não batiam. Assim como vi muitos
implorando pela implantação de um produto novo que a empresa estava
cobrando e também não conseguiam (vamos falar disso no próximo
capítulo).

O cérebro humano não é misericordioso na sua natureza e isso não é culpa


de ninguém. Por isso aprendemos como ENCANTAR a mente, a alma e o
corpo das pessoas de verdade, desde que elas queiram ou precisem,
entende? Não é seu cliente/chefe/paquera que é difícil... você que ainda não
sabia como ENCANTAR do jeito certo.

Então ao abordar alguém, por vontade ou necessidade diretamente, lembre-


se:

- Educação é sempre bem-vinda e todos tem tempo para um cumprimento;


- Seja prático e direto porque vender por enrolação geralmente gera
“remorso de compra”, e isso fere o relacionamento a longo prazo que poderia
ser muito mais produtivo e lucrativo para ambos;
- Alegre a vida do outro que você aborda, ninguém gosta de história triste.
Eles vão se ENCANTAR pela sua energia, não pela misericórdia;
- Tempo é sexo, paciência, energia, risadas, experiências e lucro muito além
do “tempo é dinheiro”, mas vamos falar disso no capítulo ALÉM DA
MEDIOCRIDADE. Esteja atento ao fazer máximo proveito de cada instante
que interagir com alguém.

E se você de certa forma preferir outro jeito, meu tubarão e minha deusa, eis
que te apresento...
ABORDAGEM INDIRETA

É a famosa arte que aprendemos no livro CATIVAR, especificada em um tipo


de situação aqui. Já que “QUEM SABE CATIVAR, NÃO PRECISA SEDUZIR”,
vamos começar com o exemplo da implantação de produto que falamos no
último capítulo para ilustrar várias outras situações da vida antes de falar
sobre CRIAR ATMOSFERA na própria fala, ok?

Quando precisava implantar algum produto novo em algum bar onde o


cliente era mais resistente, eu implantava no cliente que tinha um bar
próximo a ele, no qual eu já tinha mais relacionamento e facilidade. O
sentimento que fica é: se o fulano está ganhando dinheiro com esse produto
novo, como eu vou deixar de lucrar também?

Já está validado, tipo quando uma deusa que é muito amiga sua fala
muuuuito bem de você para alguma deusa amiga dela, e ela já vem
“comprando” a sua energia antes mesmo de te ver porque a amiga dela
falou, entende? Tipo quando você leu o CATIVAR e tem o respeito da
professora, da diretora, da tia da limpeza e seu nome se torna uma
abordagem indireta na mente das pessoas. Se a nossa reputação sempre nos
precede, façamos dela algo mais poderoso que nos poupe trabalho
desnecessário, entende?

Existem casos clássicos nas vendas onde um vendedor fez todos ao redor
daquele cliente que era “o mais importante” terem o produto, para induzir o
mesmo indiretamente a querer também. Se você quer vender algo para
aquela rede de mercados enorme, vai ficar na fila esperando o gerente de
compras que não te conhece por 5 horas ou vai vender para todos os
mercados menores ao redor dele? Vai implorar a atenção dele que já tem o
tempo corrido ou envolver o ciclo social dele antes que ele saiba quem você
é? Consegue entender a assimilação?

Quando você se torna a atmosfera que serve como referência entre as


pessoas que convive, tudo fica muito melhor mais fluído. E fazemos parte
dessa atmosfera através de detalhes simples, como:
- Ao invés de pedir uma indicação, seja bom a ponto de as pessoas quererem
te indicar;
- Envolva o ambiente onde seu interesse se encontra, sem precisar ser direto
em relação ao interesse. Sem insistência demais, sem chatice;
- Ao invés de chatear alguém que pode te trazer outras situações prazerosas
e lucrativas, preze pelo longo prazo e pelo relacionamento;
- Sempre faça mais do que foi pedido porque o mundo já cansou, de verdade,
de quem só faz o que precisa ser feito;
- Tenha sempre uma causa nobre como aliada. Além de poupar esforços, você
fica mais incisivo no poder de ENCANTAR;
- Igual vi num discurso no Instagram: comida de micro-ondas geralmente fica
fria no meio, comida de vó é mais saborosa sempre. Nosso micro-ondas faz
em 1 minuto o que a nossa vó leva horas ou dias preparando. Seja assim com
as pessoas que vai ENCANTAR.

E assim vamos poder ter ainda mais clareza sobre o próximo detalhe desse
poder, que é justamente...
CRIAR ATMOSFERA

Porque a nossa mente é nosso maior inimigo ou aliado. Quando ilustramos


situações sem tanta pessoalidade ou agressividade, o senso de perigo não
desperta desconfiança e barreiras que geralmente vêm à tona, como
acontece geralmente com as pessoas que não sabem ENCANTAR.

Este capítulo veio quando reparei que o meu primeiro ménage foi sorte, o
segundo aconteceu contando sobre o primeiro, o terceiro, sobre o segundo e
assim por diante. Contar histórias que falem do assunto que nos interessa
permite ao outro que pondere aquilo sem ser agressivo ou chato.

Como recebo milhares de perguntas toda semana sobre o tema ménage,


escolhi esse como a ilustração deste capítulo sobre CRIAR ATMOSFERA. Pensa
comigo, meu tubarão e minha deusa... o que é melhor: pedir um ménage ou
contar sobre alguém que já tenha feito e gostado? No meu caso, eu conto
porque não me importo com a reação de quem está ouvindo, mas se você
ainda se importa, pode contar sobre casos reais ou imaginários de quem fez
ou possa ter feito.

Isso não é, JAMAIS, sobre mentir sobre algo que é ou fez só pra induzir
o outro a querer comprar sua ideia de ménage ou produto. É sobre permitir
que a pessoa analise com as próprias percepções, sem pessoalidade, igual
ensinamos na PROPOSTA HTF do livro PRELIMINAR, entende?

Quando você sente algo acontecendo antes mesmo de se concretizar,


quando está no processo de ENCANTAR alguém, a pessoa vai sentir sua
vibração na ATMOSFERA ideal e poder ponderar aquilo que é proposto. Então,
eu te pergunto, meu tubarão e minha deusa:

- Como você se sente, realmente, quando propõe algo que é realmente


excitante e importante pra você?
- Como você vê o ambiente que está incluindo a proposta do ménage ou da
venda? Como merecedor, como enganador, ou como quem já é parte disso?
- Como você fala sobre algo que quer ENCANTAR o outro? Já estando
encantado consigo mesmo, ou fazendo com nervosismo ou desespero?
Esse nervosismo da última pergunta foi o que me fez desistir de comprar
um iPhone de última geração antes de vir pro México, quando senti que
o vendedor começou a tremer o pé no chão, falando embolado como
quem estava sentindo “MEU DEUS AGORA VOU VENDER UM
IPHONEEEEE”. E isso apagou completamente minha vontade de fazer a
compra naquele momento, daquele iPhone, com aquele vendedor. É tipo
quando estamos pra levar alguém pra cama, alguém que nem
acreditamos quando analisamos tanta sorte e ficamos nervosos por
achar que não merecemos, e então espantamos a pessoa, entende?

CRIAR A ATMOSFERA é pintar o cenário que precisamos mostrar à pessoa


na mente dela enquanto contamos histórias sobre aquilo, induzindo e
empoderando a percepção do outro sem ser direto. Repito isso com
muita ênfase porque vivemos rodeados de diversas atmosferas todos os
dias, num efeito manada, e muitas vezes não reparamos o quanto
podemos criar isso com palavras simples que vão realmente ENCANTAR
o outro.

Para ser ainda mais claro: entrar numa hamburgueria traz a tentação
pelo cheiro e pelos gatilhos de sabor mesmo que estejamos de dieta.
Entrar numa academia muda nossa vibe, mesmo que estejamos com
preguiça. Ver vídeos de viagens, paisagens e coisas sensuais nos motiva
mesmo se estivermos tristes antes daquele estímulo. É essa atmosfera
que você se torna quando fala desse jeito que o Padrinho acabou de te
ensinar. Showwww meu tubarão e minha deusa?!

E é CRIANDO A ATMOSFERA constantemente que conseguimos ir e elevar


as pessoas que vamos ENCANTAR para um lugar incrível que é o....
ALÉM DA MEDIOCRIDADE

Já que toda oferta é uma constância igual falamos do sexo no livro


PRELIMINAR, como podemos ir ALÉM DA MEDIOCRIDADE em tudo que
falarmos e fizermos para que as pessoas cheguem a se ENCANTAR de fato?
Qual chave trocamos na nossa mente e na nossa oralidade para que
possamos chegar a esse nível de realmente ENCANTAR alguém?

Já viu aqueles anúncios que dão descontos impossíveis, do tipo “de mil reais
por cem?” ou então o vendedor que tenta usar o gatilho da oportunidade e
fala sobre os 90% de desconto só pra usar o gatilho da ancoragem? Se eu
fosse te oferecer um iPhone de dez mil reais por mil, não soaria estranho? E
por que comprar um Samsung de mil parece ser mais normal? Consegue
entender o parâmetro aqui?

Para ir ALÉM DA MEDIOCRIDADE, nós focamos sempre no LUCRO ALHEIO e


não no “NOSSO DESCONTO”. Quando eu vendia cerveja e tinha alguma
promoção, eu evitava falar que o cliente iria “economizar x” e enfatizava
sempre que ele iria “ganhar y”. O que soa melhor nesses exemplos?

EXEMPLO A: VOCÊ VAI ECONOMIZAR/DEIXAR DE GASTAR 500 REAIS COM ESSA


COMPRA! VOU TE DAR UM DESCONTO ENORME!

EXEMPLO B: VOCÊ VAI GANHAR MAIS 300 REAIS DE MARGEM COM ESSA
COMPRA! IMAGINA 300 A MAIS A CADA PEDIDO? SERIA MARAVILHOSO PRO
CAIXA AQUI TAMBÉM?

Lê de novo, com frieza e pausadamente: DEIXAR de GASTAR 500... Ou então,


pra quem sabe ENCANTAR: GANHAR MAIS 300...

Os termos “deixar” podem remeter a mente do outro a “deixar pra lá”, assim
como o “gastar” remete a perda, prejuízo, negativo.

Os termos “ganhar” e “mais” remetem a vantagem, ganho e oportunidade,


mesmo que o valor seja menor. Isso é o que falei no curso Sussurro Tântrico,
quando respeitamos os limites da Hipnose entendendo o senso cognitivo da
mente humana.

No caso do iPhone de dez mil por mil, não seria mais encantador (se a
situação fosse real) dar nove mil em brindes que o cliente vai GANHAR, ao
invés de dar desconto?
Jogando esse exemplo na vida pessoal, quando falamos sobre fazer com que
a pessoa viva melhor depois de se ENCANTAR com a sua proposta e ter
certeza de que foi a melhor escolha dela, olhe os exemplos:

EXEMPLO A: pra que dormir sozinha(o)? É melhor comigo porque não vai
ouvir o barulho da chuva sozinha(o) se sentindo abandonado(a) e nem gastar
tempo, dinheiro e energia na balada! Pra que perder essa oportunidade?
Vem, por favor, que vai ser legal!

EXEMPLO B: se por acaso, a deusa russa de olhos azuis quisesse ganhar um


cafuné hoje, ela ganharia também um café da manhã na cama, um carinho,
um banho, uma massagem e um carinho cheio de amor! O que você acha que
ela diria da ideia?

CONSEGUE ENTENDER, meu tubarão e minha deusa, como no exemplo A


estamos focando muito mais no desconto do que no lucro? Muito mais na
misericórdia do que na vantagem verdadeira daquilo que oferecemos? Isso é
IR ALÉM DA MEDIOCRIDADE.

Quando você troca seu flow para tudo que agrega muito além do que “evita a
perda”, torna-se mais encantador em tudo que faz e fala porque quem está
na posição de comprar sua ideia pode estar numa posição de poder. E então,
voltamos à natureza humana: é melhor poder ganhar ou só deixar de perder?

E é por isso que vendendo desde sempre, reparei que as coisas soaram
melhores quando falei igual falo com...
O MEU MELHOR AMIGO

Sim, eu tenho um melhor amigo de infância que sempre cito por aí. E em
diversas vezes, pensei nele quando estava abordando alguém em todo tipo
de situação. Se você tem o seu melhor amigo(a), mesmo que seja imaginário
ou um animal de estimação, você já tem uma arma poderosíssima, meu
tubarão e minha deusa!

Por vezes, o medo diante de uma grande oportunidade toma conta da nossa
voz e da nossa comunicação igual aconteceu com o rapaz cheio de boa
vontade que perdeu a oportunidade de me vender um iPhone. E então,
refleti: como será que esse rapaz teria se sentido, se estivesse vendendo para
o melhor amigo dele? Aquele que já conhece há anos, todas as forças e
fraquezas, aquele que não julgaria, aquele que entenderia, aquele que
ouviria... como seria?

Nossa vibração vocal é muito mais importante do que o fato de tê-la grave ou
aguda porque ela emana nossa vibração com tudo. Se vemos em todas as
pessoas o nosso melhor amigo, internamente as pessoas tendem a se
sentirem próximas de nós e confortáveis em ouvir, assim como um melhor
amigo faria. Entende?

Eu sei que soa louco e comprovei isso também quando vendi curso de inglês.
Vou te ilustrar no exemplo da abordagem padrão da empresa, e da que eu
usava com o conceito do O MEU MELHOR AMIGO, ok?

EXEMPLO A: Boa tarde senhor Antônio, aqui é o João Vitor, consultor da


companhia Prime Golden Super Plus do Inglês (burocracia e repetição). Eu
recebi uma lista com uma grande oportunidade (gatilho inútil) de desconto
(90% do iPhone, soa estranho) para o senhor, para que possa investir no seu
futuro ou no daqueles que ama. O senhor tem interesse (pergunta fechada
que ele tende a dizer “sim” ou “não”)?

Nesse caso, por ser um script muito manjado, as pessoas já descartavam


meus colegas que usavam isso logo no primeiro minuto. E é aí que vem o
exemplo B, com a mesma pessoa, com o mesmo contexto:
EXEMPLO B: FALA TONIN, BOM DIA MEU REI (abreviação do nome + energia
alta do W). Aqui é o Jão (abreviação do meu, intimidade) e eu só te liguei
rapidinho (respeitar o tempo do outro), porque minha gerente passou uma
lista de quem talvez queira aprender inglês (respeitar o tempo sendo claro),
com um descontinho muito legal (oportunidade honesta, sem exagero
porque um termo tá no diminutivo seguido pela palavra “muito”). E então
queria te perguntar, Tonin (costura com o início) se por acaso te interessa
(por acaso da PROPOSTA HTF do livro PRELIMINAR)...

Só nesse curso de inglês, trabalhei 4 dias e vendi em todos os 4 só por falar


como se fosse com O MEU MELHOR AMIGO. E isso geralmente acontece
porque as pessoas são bombardeadas por anúncios e estímulos o dia todo
que as levam a viver num automático horrível. Mas, se fosse o melhor amigo
de infância ligando pra alguém na correria, o tom não seria diferente? A
atenção não seria outra? Então, é disso que estamos falando.
Na vida pessoal, o MEU MELHOR AMIGO é assimilado a cada gesto de
naturalidade que trazemos ao falar ou tocar alguém, como se já a
conhecêssemos de outras vidas. Senti poucas vezes que era “de outras vidas”
a conexão que tive ao me encantar com algumas deusas... ao mesmo tempo
que trato todas as PESSOAS como se já as conhecesse desde sempre.
Entende a diferença?

Se a melhor amiga da mulher diz “pode ir amiga, vai ser legal”, e eu digo “vou
amar te receber aqui, deusa” com o mesmo tom, a balança da sorte tende a
favorecer muito mais do que falar cheio de gatilho e formalidades igual
quem só quer transar com ela, entende meu tubarão e minha deusa?

É assim que a emoção da voz se conecta com pessoas totalmente


desconhecidas em todos os tipos de situação. Se você sente medo, o outro
sente medo. Se você sente adrenalina, o outro sente. Se você sente
intimidade e aconchego, o outro sente. E assim que criamos contextos com
mais facilidade, que fomentam a ATMOSFERA com o detalhe de ter O MEU
MELHOR AMIGO, independentemente de quem seja envolvido(a) no...
FOCO ABRANGENTE

“Foco” geralmente quer dizer esquecer ou apagar tudo em volta e, de fato,


focar em uma coisa só. Se você está com FOCO nos estudos e deixa de ir pra
festa, se você está com FOCO no namoro e deixa de ficar com outras pessoas,
ou se você está com FOCO em guardar dinheiro, e usa a matemática do
cafezinho que diz “se você deixar de tomar um cafezinho por dia que custa x,
em 50 anos, esse X terá virado milhões”, sabe? Então.

O problema disso é que ninguém quer nem deixar de tomar seu precioso
cafezinho e nem esperar 50 anos pra ter milhões. É um tipo de foco muito
entediante, que demanda esforço e fere nossa preguiça ou vaidade, igual a
história do banho gelado que falamos no livro DESPERTAR. Por isso, meu
tubarão e minha deusa, colocar um FOCO ABRANGENTE na história é
realmente agregar uma “visão periférica” em tudo que vive e fala para
realmente poder ENCANTAR.

No Tantra, dizemos que o prazer não é um “ponto de chegada” e sim a


jornada, como tudo na vida. É o prazer de evoluir e ver quem nos tornamos
enquanto saboreamos esse prazer do orgasmo sem ser um “pico” e sim, um
estado. O FOCO ABRANGENTE é justamente isso, agregar detalhes na
jornada daquilo que está sendo proposto, justamente para que não nos
cansemos ou frustremos antes mesmo de nos tornarmos aquilo que a
jornada propõe pra nós e para o outro. Entende?

Se meu “foco” é transar com alguém e eu foco literalmente nisso, pode trazer
a fissura de quem só quer transar e deixa de conhecer a outra pessoa de
verdade, todo mundo já faz isso na mais pura escassez. Se meu foco é bater
aquela meta da empresa, isso pode trazer fissura excessiva e perder a
jornada e as divisões de meta (quando divido por dias e por vários meios,
produtos e clientes). Se meu foco é conhecer alguém famoso, isso pode gerar
fissura de “endeusar” o famoso demais, e perder tudo que me torno até
conhecer de fato aquela pessoa e todas as pessoas/oportunidades que o
rodeia. Entende o meu ponto?

É assim que conseguimos expandir a visão sobre todas as vantagens e


detalhes que envolvem o nosso “foco”, para que ele se torne mais
abrangente e nos dê ainda mais poder para ENCANTAR as pessoas.
Seu foco é transar com alguém? Ok, então pondere: o que essa pessoa gosta
de comer? Onde ela geralmente vai? Que música escuta? Que tipo de animais
gosta? Que esporte pratica? Qual lado da família ela mais gosta? Qual o
maior sonho dela? Como ela demonstra em pequenos detalhes sua
maturidade em situações de raiva?

Seu foco é vender pra alguém? Ok, então pondere: o que levou essa pessoa a
começar o negócio dela? Ela tem planos futuros com isso? Qual hobby ela
tem como válvula de escape do trabalho? O que ela pode ter de
transformação na vida dela ao comprar de você? Qual margem de lucro ela
geralmente trabalha? Quanto ela pode LUCRAR a mais se te ouvir? O quanto
isso muda a esfera íntima, familiar, social e financeira pra melhor?

São perguntas que nós fazemos ao conhecermos um potencial comprador ou


amante, mas não para elas. São perguntas suas, pra você mesmo. Assim,
conseguimos costurar as propostas da melhor forma de um jeito eficaz, a fim
de ENCANTAR quem quer que seja.

Para ser ainda mais claro: seu foco é uma deusa nua na sua cama? Ok. O que
ela fez, se tornou, gosta de falar, ouvir e receber antes e depois da cama? O
quanto você pode ENCANTAR essa deusa trazendo a leveza do FOCO
ABRANGENTE, desde o primeiro “oi” até o café da manhã na cama de forma
leve, a ponto que ela nem se preocupe em querer o mesmo? Reflete um
pouco aí, porque é exatamente essa “leveza do oi ao bom dia” que eu vi por
ter sido criado por mulheres, igual te falei mais cedo, meu tubarão e minha
deusa.

E se, diante disso tudo, as objeções vierem, existe um detalhe desse poder
que falei em outro livro e vou repetir aqui só pra confirmar ainda mais.
Segredo este conhecido como...
A ARTE DO CCG

CONCORDA, CONTORNA E SUGERE!

Essa é a extensão da sigla, meu tubarão e minha deusa. Aprendi na época da


Cervejaria, ainda com meu grande supervisor, o Caio. E isso tem tudo a ver
com acolhimento, compreensão, conclusão e quebra de padrão sobre tudo
que quem não sabe ENCANTAR de fato.

Imagina que toda interação ou venda seja tipo um cabo de guerra, da época
da escola, lembra? Você puxa a pessoa com a ideia, ela puxa de volta com a
objeção ou dúvida, e você puxa de volta com um argumento... e ficam nessa
“queda de braço” desgastante que nunca leva a lugar nenhum.

Por isso, A ARTE DO CCG se provou um grande divisor de águas na minha vida
e na de todos que convivem comigo desde que aprendi. E vou te contar de
novo, agora com exemplos claros entre um vendedor de cerveja como eu fui
e o dono do bar, e outro exemplo entre homem e mulher:

EXEMPLO A:

O DONO DO BAR diz: “o tempo tá ruim, fim de mês, não vai vender nada e
não posso pegar nada hoje. Aquelas 10 caixas ainda estão ali...”
O VENDEDOR RETRUCA: MASSS eu vou te dar um desconto, logo o tempo
abre, me ajuda aí a bater meta! Vamos aproveitar! “Eu consigo” fazer pra
você um preço especial hoje!!!
E O DONO DO BAR RETRUCA: não dá, tô com pouco caixa, até queria te
ajudar...
E O VENDEDOR RETRUCA: mas o desconto é bom, pega antes que aumente.
Vou ligar pro meu supervisor aqui, e blablabla...

Esse exemplo geralmente leva a dois fins muito tristes que são: ou o cliente
se irrita e compra pela insistência, sem respeitar o vendedor que não
entendeu seu lado, ou ele se irrita e não compra de vez, fazendo o vendedor
perder qualquer possibilidade presente e futura de compra por ter sido
desrespeitoso, chorão e insistente demais na argumentação. O cliente
reconhece seu esforço e necessidade, mas não se encanta.

Agora, meu tubarão e minha deusa, sinta a diferença:

O DONO DO BAR diz: “nem precisa perguntar, eu tô muito fodido com esse
tempo que só chove! Ninguém pagou os fiados porque ainda não receberam.
Fim do mês é um inferno! Só daqui a duas semanas e olhe lá! Não sei nem o
que faço da minha vida!”
O VENDEDOR DIZ: esse tempo tá complicado demais mesmo. Ainda mais no
fim do mês que o pessoal fica doido pra tomar uma cerveja... (CONCORDA)
POR ISSO que às vezes vale uma fé no sol voltar de repente, no pessoal
recebendo um adiantamento e vir matar a saudade de lotar o bar tomando
uma, né meu rei? (CONTORNA) E se você quisesse pegar só o que vendeu na
última semana? Não precisa ser as 20 de sempre, pode ser só as 5 que estão
vazias mesmo, por garantia do tempo melhorar. O que que você acha?
(SUGERE)

E foi assim, meu tubarão e minha deusa, que muitos clientes que compravam
20, compraram 5, e de 5 em 5 eu bati as maiores metas da empresa onde fui
estatisticamente o melhor vendedor durante quase 3 anos. Entende a
importância de saber dividir a meta, concordando, contornando e sugerindo
com FOCO ABRANGENTE ao invés de só perder pela objeção do cliente?

Agora, no caso do homem e da mulher, num exemplo muito típico tipo a


MENSTRUAÇÃO, vamos aqui:

DEUSA DIZ: não sei se vou poder porque estou menstruada...


HOMEM RETRUCA: mas você pode me chupar, a gente bota uma toalha na
cama, sem problema!
DEUSA DIZ: não me sinto à vontade com o cheiro do sangue, é muito
complicado pensar em fazer as coisas quando estou menstruada...
HOMEM RETRUCA: então toda vez que estiver menstruada a gente não vai
poder fazer nada? Como que eu fico nessa? Achei que você queria...

E nesse exemplo, geralmente, só temos dois fins tristes também: ou o casal


briga de fato e complica a relação até o término, ou a mulher fica chateada e
vai tolerando sem se entregar de verdade ao homem até que a menstruação
passe e o problema continue.

Agora, com A ARTE DO CCG, o cenário costuma ser mais ou menos assim:

DEUSA DIZ: não sei se vou poder ir, estou menstruada e ainda sentindo
aquela tpm junto. Fico cansada, mal humorada e inchada, é realmente
horrível pra mim. Até minha cabeça tá doendo, não dá mesmo, de jeito
nenhum!

TUBARÃO DIZ: claro, deusa! Eu imagino o quanto seja horrível quando vem
assim, principalmente em dias que pensou em fazer outra coisa, né?
(CONCORDA). POR ISSO que diria até, caso você queira, pra gente só comer
algo e ficar conversando caso você prefira ser cuidada hoje (CONTORNA
tirando a obrigação do sexo)... Já pensou em ganhar um carinho e uma
conchinha hoje, ao invés de precisarmos fazer qualquer coisa íntima? O que
que você acha? (SUGERE)
Repara bem, meu tubarão e minha deusa, que coloquei aqui pra ilustrar o
segundo exemplo com objeções muito mais intensas do que no primeiro
onde teve “argumento”. Justamente pra te mostrar alguns exemplos que já
vivi na pele e concordei, contornei e sugeri do mesmo jeito e que deram certo
— até demais. Quando a pessoa puxa e você cede, passa da linha do cabo de
guerra, acolhe a situação e a pessoa concordando... o choque já quebra um
padrão vitalício que é imposto a maioria dos seres humanos, entende?

Quando você contorna dando o vislumbre de algo melhor, você remete sua
mente e a da pessoa a uma alegria que a tira daquela atmosfera que causou
a objeção (bar lotado/ser cuidada) e se mostra genuinamente ao lado dela.

Quando você sugere, demonstra respeito e parceria por saber que o mundo
não acaba naquele atendimento ou naquela transa. Se for mesmo pra
acontecer, que leve dias, meses ou anos, porque sabemos com clareza que O
QUE É NOSSO NÃO ERRA CAMINHO, certo? Então.

Eu já esperei certas deusas por anos, digo, MUITOS ANOS. E como falei em
outro exemplo, aconteceu na melhor hora, da melhor forma, na melhor
situação possível, que jamais teria sido tão boa se eu tivesse argumentado
na primeira objeção. Entende? E você pode pensar que isso é adiar a foda ou
adiar a venda, mas em tantos anos vendendo, posso te prometer: você
nunca perde uma venda que não era sua. NUNCA.

É que essa paciência vem de um lugar muito raro, incrível e poderoso que
podemos acessar constantemente quando o formamos bem. É onde nos
sentimos seguros, fartos e tranquilos para concordar, contornar e sugerir
qualquer coisa para qualquer pessoa. E esse lugar eu chamei, depois de
muita luta construindo, como o meu...
CATIVEIRO
PARTICULAR

Esse termo veio de algum lugar que li uma vez e não lembro onde foi, sobre
os soldados que são treinados para conseguirem enganar as “máquinas da
mentira” quando são capturados em guerra. E a nossa guerra é sempre um
bom sinal, como falamos no livro DESPERTAR, né meu tubarão e minha
deusa?

O exemplo que li falava algo do tipo: se o soldado é torturado com uma


máquina da mentira para que entregue a localização da sua tropa ao
inimigo, ele tende a conseguir mentir (para se proteger e proteger a tropa),
porque ele imagina, sente, lembra e fala da localização em outro lugar, então
induz todo seu corpo, através da mente, a soar verdadeiro, enganando até a
máquina que mede toda sua fisiologia.

Esse exemplo do soldado é meio triste, porém necessário. Em momentos de


pressão ou pressa onde precisamos falar algo com a ARTE DO CCG ou
qualquer outra, a segurança que criamos dentro de nós é tipo a de um
soldado, sozinho, torturado e perdido em frente ao exército inimigo,
entende? Nossa tortura aqui é o medo de perder, é o medo de não
aproveitar, é o medo de não conseguir bater a meta ou até de não transar
com aquela pessoa por pura pressa. Entende, meu tubarão e minha deusa?

Nos exemplos do capítulo anterior, quando ia usar o CCG com algum dono de
bar, meu cativeiro particular era acessar NA MESMA HORA:

- Todos os clientes que poderiam cobrir aquela venda se não acontecesse;


- Todas as vezes que comemorei outras metas que já tinha batido;
- Toda a comemoração que imaginei sobre aquela meta específica;
- Todo o relacionamento que tinha com aquele cliente específico pra lembrar
da credibilidade que havia entre nós por saber tirar o crachá;
- Todo o meu empenho sobre a meta que seria batida com certeza, mesmo
que nada mais ajudasse;
- Todo o amor por aquilo que fazia naquele instante e por todos que
mantiveram A FAÍSCA acesa por todos esses anos.
No exemplo da vida pessoal, quando alguma deusa coloca um empecilho
sobre qualquer ideia, meu CATIVEIRO PARTICULAR é acessar na mesma hora:

- Ela já disse sim pra essa ideia quando podia ter dito não, e hoje diz não
porque se respeita e eu respeito isso nela;
- Se ela estiver adiando ou realmente cancelando, tá tudo bem. Nós não
nascemos grudados e é melhor tê-la querendo estar aqui, do que só por
“tabela” para ambos”;
- Se nós já ficamos, lembro o quanto foi bom das outras vezes, porque a
próxima, com saudade, pode ser ainda melhor ainda;
- Se não ficamos, imagino que será incrível, porque ela teve a maturidade de
dizer algum “não” e isso me excita ainda mais a cuidar dela;
- Penso em todas as outras vezes que me diverti com amigos ou conversando
com outras deusas, porque isso ameniza a pressa do tesão de “argumentar”
com aquela objeção;
- Não importa se é verdade ou se é mentira, eu respeito o que foi dito porque
se fosse eu dizendo não, amaria ver o mesmo respeito.

E É ASSIM, MEU TUBARÃO E MINHA DEUSA, que internalizamos de fato A ARTE


DO CCG. Sendo honestos(as) e seguros(as) conosco antes de sermos com o
outro. Assim eu posso de fato concordar com a objeção, contornar com uma
proposta verídica e sugerir algo que realmente vá ser melhor para ambos.
Entende?

E é com essa mesma segurança de um soldado em cativeiro, no nosso


CATIVEIRO PARTICULAR, que agora é hora de entender algo muito
contraditório, mas que tem muita semelhança com o que falamos no FODA-
SE O PÚBLICO. Respira fundo pra ler o título do próximo capítulo, porque eu
amo falar disso até gritando, que é...
FODA-SE O PITCH!

FODA-SE O PITCH! ISSO MESMO, FODA-SE SEU PITCH DE VENDAS E TODOS OS


VENDEDORES FRACOS QUE UM DIA PREGARAM ISSO! FODA-SE! FODA-SE!
FODA-SE!

Caso você ainda não saiba o que é um “PITCH DE VENDAS”, meu tubarão e
minha deusa, vou contextualizar aqui pra nós rapidinho:

O pitch de vendas tem por definição convencer alguém a comprar ou investir


em algo que você oferece no fim de uma palestra, atendimento, paquera ou
reunião. É tipo o “xeque-mate” quando conhece alguém na balada e quer
falar no último minuto algo que a convença a ir transar contigo ou tentar
convencer alguém a transar só depois de estar dentro do quarto. Patético e,
na maioria dos casos, inútil.

Como citei no outro capítulo, eu comprei o curso do André Diamand no


momento que ele pisou no palco, não quando fez o “pitch” no final. Ele foi e é
pra mim, de longe, o maior exemplo de algo que comprei no FODA-SE O
PITCH, porque se ele não tivesse oferecido nada, eu teria ido atrás pra pedir
um curso com ele. Ele refletia a energia do tema na postura, na voz, na roupa
e em tudo que me arrepiou naquele instante.
Foda-se o pitch, é assim que o mundo gira.

Se você não respeita quem te escuta e se torna alguém que tenta fazer os
outros quererem você ou o que vende sem ENCANTAR de fato, não tem
gatilho nenhum no planeta que vire esse jogo. E nesses casos, tentar virar o
jogo só soa como desespero e como “cavar a própria cova” ainda mais.

Inclusive, uma analogia boa sobre isso, é o exemplo que citamos sobre
quando alguém fala baixo e você automaticamente se inclina pra ouvir
melhor. Aqui, nós fazemos como o processo do livro PRELIMINAR antes de
transar com alguém: inteiriço e ininterrupto.

Se você lidera uma equipe, não adianta querer forçá-los pela meta só no
último dia do mês. Se você quer transar com alguém, não adianta tentar
convencer dentro do quarto. Se você trabalha pra alguém, não adianta
querer aumento ou promoção forçando a barra quando anunciam uma
oportunidade. Se você não for produto do seu produto em tudo que
comunica pra ENCANTAR, por que o outro compraria?
Como aprendi com o grande mentor, escritor, fotógrafo e ícone Everton Rosa,
“as pessoas querem aquilo que o dinheiro não compra” e o dinheiro não
compra a sua verdade. A verdade é que as pessoas sentem em toda proposta
a energia que vem de você. No sentido de que a calma e a tranquilidade na
hora de ofertar algo seja justamente não ofertar diretamente com desespero
ou gatilhos, entende?

Você tem realmente um limite de desconto ou de vagas? Seja verdadeiro


sobre isso. Você realmente está ocupado e só pode ver a pessoa tal dia? Seja
verdadeiro sobre isso. Você entregou seu melhor naquilo que propõe a
vender na vida pessoal e profissional, e garante que funciona? Seja
verdadeiro nisso. Sua oferta é de fato limitada? Seja verdadeiro sobre isso.

Seja verdadeiro e sustente sua verdade, porque a maioria da humanidade


ainda espera ser amada e comprada por algo que fazem ou por aquilo que se
tornaram, sem saber que o verdadeiro amar, é servir. Por isso, sua venda
acontece muito mais fácil quando você coloca o AMAR E SERVIR, fazendo as
pessoas comprarem antes mesmo que você ofereça.

TODAS as vezes que palestrei até hoje sobre Kaula Tantra (usar a energia
sexual para atrair e fazer dinheiro) contando como fiz os primeiros milhões,
vi vendedores que se dizem ricos, ao fim de suas palestras tentando vender
produtos baratos e cheios de gatilhos. Já cortei relação com um “player do
marketing digital” que ensina as pessoas a ficarem ricas, porque eu
perguntei sobre uma vaga num produto dele que custava dez mil reais, e ele
respondeu: as vagas acabaram, mas se você quiser consigo uma por quinze
mil!

Na hora, pensei: se ele é tão rico, por que só cinco mil reais fariam a vaga
aparecer? Por que ele “consegue” como quem teria algum esforço, se o
produto é dele? Ou as vagas acabaram ou elas subiram de preço. Dizer que
acabou só pra cobrar mais caro, além de mentira, é um gatilho muito raso.
Cinco mil reais é dinheiro pra quem fez tantos milhões igual ele anuncia por
aí? Será que é isso mesmo?

Consegue entender, meu tubarão e minha deusa? O real interessado sempre


dá seu jeito e é esse que vale a pena. Esse real interessado vem com amor e
ainda te indica. Você não precisa forçar nada, principalmente se usar o W e a
ATMOSFERA durante todas as suas falas e mensagens. Assim você preserva
sua reputação, seu posicionamento e ainda atrai os compradores certos para
aquilo que oferece.
Ah, e só pra constar: das vezes que palestrei, sempre liberei algum presente
pra toda a plateia no final da palestra. Fiz promessa pública com o
organizador do evento e disse: pode liberar tal livro pra todo mundo que tá
aqui, só coleta os e-mails e me manda!

Faço isso quando dá na telha, porque sinto realmente de agradecer quem


ouviu. Não é pra provar ou parecer que sou rico, é um gesto que os leva a
conhecer mais do meu trabalho e que não me custa nada. Além de não
custar, não “deixo de ganhar”, porque se eles estiverem envolvidos no tema,
vão aprender algo que vai mudar a vida deles e baseado na Lei do Karma,
isso basta.

E complementando o FODA-SE O PITCH:

- Fazer querer é melhor do que oferecer;


- Quem sabe CATIVAR, não precisa seduzir;
- Não se queime pelo desespero momentâneo, seu valor percebido aumenta
com isso;
- Esteja aberto a explicar melhor CASO ALGUÉM QUEIRA, que é muito
diferente de apressar alguém pra comprar algo seu ou transar contigo;
- As pessoas não te devem os anos de experiência, você quem está propondo
a elas uma melhoria;
- Mesmo em posição de autoridade ou destaque em algum tema, falar com
leveza traz credibilidade. A pressa e os gatilhos só roubam tudo que você
construiu ou está construindo na mente de quem escuta.

E então, sem pitch e sem pressa, o Padrinho quer agora te contar mais um
conceito muito contraditório...
ADIE SEMPRE

Isso mesmo, adie sempre. E esse capítulo veio quando reparei alguns padrões
que pra todo ser humano pode até ser comum, mas raramente vai contribuir
pro poder de ENCANTAR.

Sabe quando alguém vem falar contigo porque precisa de algo que você
oferece ou domina o assunto? Sabe quando aquela pessoa só manda
mensagem porque quer transar? Sabe quando você lembra de alguém só
porque ela pode te proporcionar algo específico? Então, todo mundo faz isso.
Então, adie sempre.

Diversas vezes eu liguei ou mandei mensagem pra alguns clientes, amigos e


deusas só pra saber se eles estavam bem. Só pelo acompanhamento e pelo
sentimento de ter pensado na pessoa, sabe? Pra manter o contato, pra
mostrar que me importo, pra fazer valer o relacionamento profissional ou
pessoal. Em algumas dessas vezes, lembrei porque precisava de um favor ou
porque queria algo, mas adiei.

Adiei por um ou dois dias pra tocar no meu interesse e com isso, não ferir a
convivência igual a maioria dos apressados faz. Por que eles costumam
perguntar se a deusa está bem só quando querem transar com ela? Ou se um
amigo está bem só quando precisam de um favor? Ou com um cliente,
quando é alguém que pode ajudar a bater uma meta? Por que as pessoas
ainda vivem tão no automático do interesse sem saber o poder de
ENCANTAR?

Nesses anos, vi sempre que a venda por relacionamento sempre vence a


venda por impulso. Ouvi incontáveis vezes frases do tipo “estou comprando
só porque é você” ou então “eu não faria, mas vou fazer só porque é
contigo”... consegue entender a diferença, meu tubarão e minha deusa?

Nossos maiores interesses e necessidades geralmente são atendidos pelas


pessoas que cuidamos, ou frustramos quando esquecemos de cuidar do
relacionamento com elas só porque estamos afogados na pressa do
interesse. “Manter a chama acesa” é muito mais do que conhecemos sobre o
tesão no casamento. Serve pra tudo na vida, com todas as pessoas.

Então, meu tubarão e minha deusa, se você lembrar de alguém porque


precisa, fale com a pessoa porque quer primeiro. Os cinco segundos de
educação, carinho, cuidado... mesmo que você não adie por um ou dois dias
como o Padrinho faz, você sempre vai ganhar mais com isso sem ser um
interesseiro(a) barato(a). Isso aqui eu te prometo, ok?

E agora, pra fecharmos toda interação, atendimento e paquera


com chave de ouro tendo aprendido o poder de ENCANTAR, o conselho é...
DEVOLVA O PALCO

Porque além de demonstrar respeito e sair com classe de qualquer interação,


você estará sendo justo e sábio, meu tubarão e minha deusa. Além disso,
você não cria vínculo de dependência com ninguém que tenha te dado
atenção e empodera as pessoas ainda mais. Lembra que aprendi com o
Fernando que o único jeito de ter poder, é dando poder? Então.

Por isso os áudios do orgasmo hipnótico que gravei sempre falam através de
perguntas sobre a deusa com ela mesma. Para que ela saiba que o poder é
dela, com ela, para ela e por ela mesma, sem depender do Padrinho pra nada
e podendo acessar o poder do próprio prazer sempre que quiser, entende?

No caso de palestras, enalteça a plateia ou os organizadores do evento,


agradecendo a confiança e a situação quando for encerrar. No caso das
vendas, enalteça a gratidão pelo tempo e pela confiança do outro quando
concluir. No caso da sua vida pessoal, enalteça quem faz parte dela por saber
que essa pessoa poderia estar com qualquer outra, em qualquer lugar, e
ainda assim escolheu estar contigo. Em lugares que frequentar como cliente,
enalteça os pontos positivos da comida e do atendimento quando estiver
pagando a conta. Enalteça, dê poder, elogie genuinamente. Ninguém perde
nada por entregar ao outro uma palavra ou gesto de amor devolvendo o
palco para aquelas pessoas ali, entende? Isso é, de fato, ENCANTAR.

E é por isso, meu tubarão e minha deusa, que quero te contar algo aqui
muito sério:

Eu não sei sua idade, seu gênero e nem o que você prefere na cama. Não sei
sua altura, a cor dos seus olhos ou o tipo de corpo que se encontra hoje. Não
sei também tudo que passou, tudo que sofreu e muito menos o que está
passando hoje. Não sei suas dores e sabores, não sei suas vitórias e derrotas,
não sei o quanto você pôde assimilar o que passei aqui nesse livro com todo
o meu coração e nem o quanto isso vai valer pra você.

Mesmo que você me escreva, tatue, grite e me abrace algum dia, eu não faço
a mínima ideia do quanto tudo que eu passei na vida pra escrever esse livro
vai te fazer ganhar algo com tudo que está aqui. Não sei também o que te
levou a confiar em mim, a investir seu tempo, sua energia, sua atenção e seu
dinheiro nessa jornada de aprender comigo. Não sei o que te prometi, não sei
o que te convenceu, não sei o que representei, não sei o que falei, não sei o
que fiz. Sinceramente, eu não sei e nunca vou saber.
Por tudo que eu não sei, e por saber que há uma Alma linda por trás dos
olhos que lêem essas palavras agora, quero só deixar registrado que, mais
uma vez, aos prantos, me encontro num estado de absoluto “não sei” e que,
por isso, te agradeço muito. Foi uma viagem intensa demais pra mim, foi um
cutucar feridas e lembranças muito fortes que eu jurei que nunca mais
abriria e também, um desafio repensar em todos esses detalhes e
experiências pra poder hoje, dividir especialmente com você.

E diante de tudo que não sei sobre você, espero que você possa sentir um dia
o que eu sinto agora enquanto registro isso aqui: me sinto diante de alguém
grandioso, incrivelmente único e sábio que confiou num maluco, que só viu
sentido em tudo que passou estando diante da sua confiança. Me sinto
diante de alguém que em sua grandiosidade quis aprender e confiar,
trazendo sentido e viva para aquela faísca que foi acesa na minha vida anos
atrás. Me sinto na plateia de alguém que hoje sobe em diversos palcos
dentro e fora de si a fim de fazer o impossível acontecer como eu fiz várias
vezes, e só me orgulho disso hoje graças ao privilégio de poder compartilhar
com você.

Me sinto olhando nos olhos de quem também suportou situações


indescritíveis ao seu próprio modo para que hoje, esses olhos brilhem com o
seu fogo que é único e indecifrável. Hoje aqui, eu me decifro em lágrimas
devolvendo o palco da sua vida para que você seja cada vez melhor em tudo
que fizer, em cada palavra que falar, em cada passo que der e em cada meta
que atingir. Espero que esse poder te sirva como sua melhor arma, sua
melhor roupa, sua melhor desenvoltura assim como me serviu até que eu
pudesse compartilhar. Por isso, dome e brilhe no palco que hoje eu te
devolvo muito admirado, admirado como cada pessoa que a partir de hoje
você com palavras ou gestos, puder tocar. Muito obrigado, de coração, por
confiar no Padrinho o privilégio e o sentido desse nosso poder, que é o
ENCANTAR.

MAY THE KARMA


BLESS US ALL.

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