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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

Departamento de Ciências Sociais Aplicadas


Curso Técnico em Hospedagem

Nome: Jean Araújo Turma: HOSP2A

Professor: Daniel Hübner Data: 09/09/2021

Parque Nacional da Chapada Diamantina

O Parque Nacional da Chapada Diamantina, localizado no estado da Bahia, é um parque


nacional brasileiro. Ele atua como um protetor de toda exuberância e beleza natural da região,
que inclui belas cachoeiras, sítios arqueológicos e imponentes chapadões. O parque foi criado
no início dos anos 80, com o intuito de preservar os ecossistemas da Serra do Sincorá e
conservar suas nascentes, com destaque para o principal rio baiano, o Paraguaçu. Esta unidade
de conservação guarda um banco genético importantíssimo para a pesquisa científica no âmbito
da biodiversidade. A cada ano, diversas novas espécies de plantas endêmicas e animais são
descobertas na região. Sua administração é feita pelo ICMBio, uma autarquia ligada ao
Ministério do Meio Ambiente, a sua área representa apenas uma pequena parte de toda a
Chapada Diamantina, região que engloba dezenas de municípios. Com sede na cidade de
Palmeiras, o Parque abrange seis municípios (Andaraí, Lençóis, Mucugê, Palmeiras, Ibicoara e
Itaetê), contribuindo para a preservação de lugares de relevância histórica e cultural.

Turismo

A Chapada Diamantina é um dos principais destinos do Ecoturismo no Brasil, possui


cachoeiras, rios, cânions e grutas que forma um cenário único. Lugar de belezas naturais, a
Chapada conta com uma diversidade grande de fauna e flora. São mais de 50 tipos flores além
de espécies animais raras e inúmeros tipos de pássaros e cobras. O acesso ao Parque pode ser
realizado através de diversas trilhas. Lá não há portarias, sinalização nas trilhas, sanitários ou
estruturas de apoio, portanto, não é cobrado ingresso.

− Como chegar: A maneira mais rápida e prática para chegar a Chapada Diamantina é
através do aeroporto Horácio de Matos, no município de Lençóis, que recebe voos
regulares a partir de Salvador e está a 20km do centro da cidade, na BR-242. Para quem
deseja ir de ônibus através da capital do estado, há três companhias que fazem o
transporte de Salvador até a região e a viagem dura cerca de seis horas. De Salvador até
Lençóis são 409 km. De carro desde a capital baiana, o trajeto pode ser feito pela BR-
324 até Feira de Santana e depois pela BR-116 até a ponte sobre o rio Paraguaçu. O
trecho seguinte é percorrido pela BR-242 até Lençóis.
− Acomodações: A Chapada Diamantina ocupa uma área muito extensa e há atrações
espalhadas em todas as regiões. Escolher a hospedagem para curtir todos os dias da
viagem não é difícil, porém, é preciso estar atento ao roteiro para que os pernoites
ajudem a não perder tempo demais em deslocamento. São várias as bases para
hospedagem, mas a principal delas é a cidade de Lençóis, onde está a maior
concentração de pousadas, agências de turismo, restaurantes e serviços. O ideal seria
tentar dividir o tempo na Chapada Diamantina em pelo menos duas bases, para
economizar nos trajetos e, conhecer os diferentes pontos de apoio. Mesmo que a viagem
seja feita com agências de turismo, vale a pena investir em pernoites em regiões
variadas. Entre as bases de hospedagem na Chapada Diamantina, as principais são:
Lençóis, o Vale do Capão (oficialmente chamado de Caeté-Açu), Mucugê e Igatu
(Andaraí). É necessário ressaltar, entretanto, que para quem está de carro, há diversas
opções de hospedagem mais isoladas ao longo das estradas, não necessariamente
localizadas nas cidades e vilarejos mais populares. As hospedagens na Chapada
Diamantina seguem o perfil de pousadas, algumas mais rústicas, outras mais elegantes
e muitas delas com ar descolado e alternativo. Não há grandes redes hoteleiras ou hotéis
com alto padrão de luxo. O mais comum na Chapada Diamantina são ambientes simples,
mas sempre de bom gosto e com grande foco na natureza. Os preços não são tão altos,
se comparados aos valores dos passeios, não pesarão tanto no total do orçamento da
viagem. Com R$ 150 é possível conseguir um bom quarto duplo, com ar-condicionado
e café da manhã. As pousadas da Chapada Diamantina, especialmente de Lençóis,
costumam ser muito bem lembradas pelo café da manhã, principalmente as pousadas
que se preocupam em manter um cardápio regional. E para os que desejam hostels,
aluguel de temporada ou pousadas um pouco mais sofisticadas, também não falta opção.
Além das pousadas e hotéis, quem vai à Chapada Diamantina poderá se deparar com
hospedagens em campings e casas de moradores da região. Os campings são comuns
especialmente nos casos de trilhas longas, com mais de um dia de duração e pernoite no
meio do caminho. Nesses casos, as agências costumam fornecer o material de
acampamento. Caso o turista contrate um guia particular, é necessário levar todos os
materiais necessários para acampamento. Quando se menciona os campings, não é
necessariamente locais com muita infraestrutura. Quase sempre o pernoite nas trilhas é
em meio à natureza. Em algumas rotas, como a do Vale do Pati e da Cachoeira do
Roncador, o pernoite pode ser na casa dos moradores locais, que fazem as vias de
pousadas e recebem os viajantes. Nesses casos, é comum que haja oferta de quartos e
também de refeições, não sendo necessário carregar barraca ou alimentos para todos os
dias de trilhas. A principal base de hospedagem para quem visita a Chapada Diamantina
é Lençóis. A cidade abriga o maior número de pousadas e hotéis da região, tem muitos
restaurantes e oferece diversas agências de turismo para fazer os passeios pela Chapada
Diamantina. Por ter a melhor infraestrutura turística, Lençóis acaba sendo ponto de
passagem obrigatório dos turistas que vão para a região. Muitas vezes, a cidade é a única
base em toda a viagem.
− Atividade permitidas no Parque:
→ Trekking e Caminhada: São mais de 40 atrativos naturais, principalmente rios e
cachoeiras, com diferentes níveis de dificuldades, que podem ser acessados a pé;
→ Travessias: Existem diversas opções de travessias que podem ser realizadas de um a
cinco dias, com pernoite em acampamento, ou na casa de moradores;
→ Mountain Bike: A região da Chapada Diamantina possui grande vocação para prática
do esporte. Dentro da unidade existem locais destinados a prática. Trilha do Pai Inácio-
Barro, Estrada Velha do Garimpo, Estrada para o Mar da Espanha, Trilha da Cachoeira
da Sibéria;
→ Remo: Esportes que utilizam remo, como canoagem, caiaque e stand up paddle, podem
ser praticados no Mar de Espanha, em Macugê. No Pantanal do Marimbus, entre
Andaraí e Lençóis, é possível realizar canoagem. Antes da atividade, consulte o centro
de informações turísticas de cada município para checar a balneabilidade dos rios;
→ Rapel: O Rapel pode ser praticado em duas localidades: na Cachoeira do Capivari e na
Gruta do Lapão;
→ Banho de Cachoeira: De norte ao sul do Parque Nacional existem poços e quedas
d’água de diversos tamanhos. O banho de cachoeira é a atividade mais procurada na
unidade e pode ser praticada em dezenas de localidades;
→ Espeleoturismo: A região é conhecida internacionalmente por suas cavernas. No
Parque existem duas destinadas à visitação: Gruta do Lapão e do Castelo;
→ Observação de Aves: A Chapada apresenta elementos da avifauna da caatinga, da mata
atlântica e do cerrado, com mais de 400 espécies catalogadas, sendo dez endêmicas
(encontradas somente na região). A atividade pode ser realizada em todas as áreas
destinadas à visitação;
→ Geoturismo: Pode ser praticado em todas as localidades abertas à visitação, pois seu
intuito é apresentar aos visitantes as origens do ambiente, sendo a informação geológica
um dos fundamentos para o conhecimento ambiental.

É importante frisar que, dentro do Parque não há sinalização nas trilhas ou estruturas de apoio
para as atividades que foram listadas. Para realizá-las é recomendado contratar previamente
agências e guias especializados ou levar seu próprio equipamento, quando for necessário.

− Souvenirs: As melhores compras da Chapada estão no distrito de Igatu, a cem


quilômetros de Lençóis. Na Galeria Arte & Memória, que ocupa uma bonita casa de
pedra, estão obras de arte e peças de decoração. Já no centro da vilazinha, no Ponto do
Amarildo, armazém de propriedade do nativo que dá nome ao espaço, as atrações são
os livros que contam a história da região, escritos a mão pelo igatuense. Em Lençóis, as
lembranças típicas são as cachaças destiladas nos arredores. Já quem passar pelo Vale
do Capão encontra o mel produzido na região; ou as lembrancinhas do ateliê da Pousada
Villa Lagoa das Cores: travesseiros e sabonetes feitos com ervas aromáticas plantadas
no herbário da propriedade.
− Gastronomia: A Chapada Diamantina é conhecida pela sua alimentação tipicamente
sertaneja e utilização de produtos naturais da região. A culinária local é herdada dos
tempos de garimpo, e hoje conta com diversos pratos típicos. Em Lençóis, por exemplo,
a Rua das Pedras e a Rua da Baderna estão repletas de cafés, docerias, bares e
restaurantes onde pode-se encontrar desde gastronomia contemporânea e internacional.
Conhecido por sua culinária alternativa, o Vale do Capão (Palmeiras), por sua vez, conta
com o Palmito de Jaca, ingrediente para várias receitas e uma ótima alternativa para
quem não come carne. Também se destaca o mel orgânico da Associação de Apicultores
e Meliponicultores do Vale do Capão (Palmeiras), e que hoje conta com criadores de
outros locais, como Lençóis, Seabra e Iraquara. No Vale do Capão, a Pizzaria Capão
Grande inovou com a Pimenta em Mel, dando um sabor especial nas suas pizzas. Hoje
é um dos pontos turísticos da Chapada Diamantina. A Chapada Diamantina se destaca
também pela produção de café, especialmente o gourmet, e vem colecionando
premiações em concursos de cafés especiais, que podem ser provados em diversas
cafeterias. A “cidade da cachaça”, Abaíra, produz a Cachaça Abaíra, bebida orgânica e
artesanal que segue uma receita tradicional há mais de 200 anos. Produzida em
alambiques de Abaíra, Jussiape, Mucugê e Piatã, é resultado do trabalho de diversos
produtores associados à COOPAMA. A Chapada Diamantina tem investido na
produção artesanal de cervejas, e as mais conhecidas da região são Cavalo do Cão, do
Vale do Capão-Palmeiras; Sincorá, de Lençóis; Chapada, de Lençóis e Cangaceira, de
Mucugê.

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