UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DO ARQUIPÉLAGO DE ILHABELA

a recuperação de extensas áreas degradadas por

serrarias e atividades agrícolas, principalmente
pelas lavouras de cana-de-açúcar e café.
O PEI preserva uma porção significativa dos
7,3% que ainda restam da Mata Atlântica no
Brasil, com árvores que atingem mais de 40 me-
tros de altura e repletas de epífitas (bromélias,
caraguatás e orquídeas), formando um ambiente
único e harmônico.
Na mata, certos detalhes como insetos, micror-
ganismos, flores e cipós também surpreendem pela
singular beleza com que se revelam. Uma vez dentro
desse santuário natural, é preciso consciência e
respeito pelos seus tesouros, onde nada deve ser
retirado de seu lugar e nada deve ser acrescentado,
perpetuando assim suas características nativas.
O PEI tem como principais objetivos não só
garantir a proteção e a regeneração dos remanes-
centes da Mata Atlântica, que é um dos biomas
mais ameaçados do planeta, como também possi-
bilitar o seu uso para atividades de pesquisa,
ecoturismo e lazer.
As atividades permitidas no interior do PEI são
estabelecidas por um Plano de Gestão Ambiental,
que indica claramente, entre outros detalhes, quais
as áreas que deverão permanecer intocadas e
aquelas propícias para o desenvolvimento de
atividades turísticas, de pesquisas científicas e de
educação ambiental.
O PEI abriga oito dos 18 núcleos de comu-
nidades tradicionais de pescadores existentes no
arquipélago e foi designado como projeto piloto
1. Não retirar ou danificar a vegetação;
2. Não maltratar ou alimentar os animais;
3. Não deixar lixo espalhado (levar um saco
plástico);
4. Não poluir as águas;
5. Não fumar dentro da mata;
6. Evitar colocar a mão em locais cheios de
folhas e buracos;
7. Caminhar somente acompanhado nas trilhas;
8. Comunicar o roteiro de sua caminhada a fa-
miliares e autoridades;
9. Usar traje adequado e levar pouco peso nas
mochilas;
10. Respeitar as comunidades locais.
No PEI, os recursos do PPMA foram aplicados
na aquisição de veículos e equipamentos, siste-
mas de comunicação e treinamento de pessoal,
melhorando a qualidade das ações de fiscalização
e outras atividades.
A elaboração do Plano de Gestão Ambiental
para o PEI foi uma das principais metas do PPMA,
permitindo que essa unidade de conservação possa
receber agora verbas oriundas do Banco Mundial,
para aplicação em obras de infra-estrutura e
programas de ecoturismo.
Nivaldo Simões

do Projeto de Preservação da Mata Atlântica

(PPMA), mantido em parceria pela instituição
financeira alemã KfW e o governo paulista, por
meio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
com a meta de assegurar às futuras gerações um
dos maiores refúgios da biodiversidade do planeta.
O PPMA, inserido no Programa de Conser-
vação Financeira Brasil Alemanha, vem, desde
1996, investindo recursos na fiscalização, im-
plantação e consolidação das unidades de con-
servação paulistas. “Jardim” de cogumelos.

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Trilhas
O ecossistema da Ilha de São Sebastião é
caracterizado pela exuberância da vegetação,
riqueza da fauna e pela miríade de regatos,
ribeirões e cachoeiras que se complementam para
“Ducha” na cachoeira da Fazenda da Toca.
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UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DO ARQUIPÉLAGO DE ILHABELA
desaguar no oceano. Para que o homem pudesse
contemplar de perto esse verdadeiro espetáculo
da natureza, várias trilhas são mantidas abertas
na mata ao longo dos anos; a maioria delas no
interior do Parque Estadual de Ilhabela (PEI) ou
em seu entorno imediato.
Felipe Hadler
UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DO ARQUIPÉLAGO DE ILHABELA
A utilização das trilhas deve obrigatoriamente
ser feita com o acompanhamento de guias ou
monitores credenciados, pois existe o risco sempre
presente de o visitante se perder na mata ou
sofrer um acidente, principalmente em terrenos
pedregosos ou escorregadios, leitos ou margens
de cachoeiras e quedas d’água. O horário também
é muito importante, pois qualquer imprevisto
Trilha da Água Branca – O Parque
Estadual de Ilhabela mantém uma trilha ofi-
cial, localizada na margem esquerda da Estrada
dos Castelhanos. Ela é chamada de Trilha da
Água Branca e tem 2.145 metros de extensão,
com início na guarita do Parque que fica na
estrada. Classificada com o grau de dificuldade
médio, essa trilha é autoguiada, ou seja, por
pode fazer com que o visitante seja surpreendido
pelo anoitecer no interior da mata. As chuvas
tornam as trilhas perigosas, não só por deixá-las
escorregadias como pelo fenômeno chamado de
“cabeça d’água”, que, em questão de minutos,
pode transformar um pequeno regato em uma
cachoeira intransponível. Em caso de chuvas fortes
nunca se deve caminhar pelos leitos dos rios.
Nivaldo Simões
Cachoeira da Escada, na Trilha da Água Branca.
ser sinalizada o visitante não precisa estar acom-
panhado de guia ou monitor. Várias espécies
de árvores ao longo da trilha são identificadas
por placas, entre elas a figueira, o pau-jacaré,
o guaperuvu, o manacá-da-serra e a quares-
meira. A trilha conta com um posto de obser-
vação, onde podem ser vistos aves e pequenos
animais da Mata Atlântica.
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As cachoeiras e os poções de águas cristalinas
existentes ao longo da Trilha da Água Branca são
um convite ao mergulho. O primeiro poço –
verdadeira piscina natural – é o da Pedra. Na
seqüência da trilha, o visitante encontrará o Poço
da Escada, a Ducha, o Tobogã e, por fim, o Poço do
Jabuti, localizado a 1,4 mil metros da guarita do
Parque. Mediante agendamento prévio, a admi-
nistração do Parque poderá dispor de monitores
para acompanhar grupos de pessoas. O horário
de visitação vai das 9h00 às 16h30.
Trilha do Pico do Baepi – De grande
dificuldade, esta trilha pode ser percorrida em
quatro horas de caminhada até seus 1.058 metros
de altitude, de onde se pode avistar boa parte da
região. Exige-se um guia com experiência e co-
nhecimento da região para ser bem-sucedido na
escalada do Baepi, que em tupi significa “o calvo,
o careca”, numa referência ao paredão de pedra
localizado no setor noroeste do cume. É
desaconselhada para quem não está bem prepa-
rado fisicamente. Deve-se levar água, pois não
existem rios ao longo de todo o percurso.
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Trilha da Cachoeira da Laje Preta
– Conhecida também por Véu da Noiva, esta
trilha fica na Baía dos Castelhanos, e despende-
se na ida duas horas de caminhada. Indispen-
sável o acompanhamento de um guia, pois
existem diversas bifurcações ao longo da trilha.
O local é território de um bando de macacos-
prego.
Trilha da Estrada dos Castelhanos
– Estrada de terra com 20 quilômetros que
corta o Parque Estadual de Ilhabela e dá acesso
à Baía dos Castelhanos. O roteiro começa e
termina ao nível do mar, chegando a mais de
900 metros de altitude. Pode ser percorrida a
pé (em cerca de sete horas), de bicicleta, a ca-
valo, de motocicleta e também por automóvel
de passeio, dependendo das condições do leito
carroçável da estrada. Em dias chuvosos, so-
mente veículos off-road conseguem passar. Há
vários desses veículos que fazem passeios pela
estrada, bastando contatar as agências locais de
turismo. Não existe qualquer tipo de comércio
ao longo da estrada.
Vista da face oeste do Pico do Baepi.
UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DO ARQUIPÉLAGO DE ILHABELA
Trilha do Bonete – No extremo sul da Ilha
de São Sebastião vivem cerca de 200 pessoas na
comunidade tradicional do Bonete, composta
principalmente por pescadores. Local aconche-
gante para quem gosta de acampar, tomar banho
de cachoeira, nadar ou surfar na praia, cujas ondas
facilmente atingem mais de 1 metro. Esta trilha foi
outrora uma estrada, hoje interditada ao tráfego
de veículos a partir da Ponta da Sepituba, onde
Trilha da Cachoeira dos Veloso –
Trilha de nível fácil, que toma cerca de 30 mi-
nutos de caminhada até a primeira queda d’água
que cai sobre um poço com cerca de 70 metros
quadrados de área e que chega a cerca de 1,70 metro
de profundidade. Para alcançar as outras que-
das, o acesso torna-se bem mais íngreme e o
grau de dificuldade aumenta bastante. É preciso
encarar mais 40 minutos montanha acima, com
trechos muito íngremes e escorregadios, che-
gando-se a duas grandes quedas d’água. Do local
é possível desfrutar de uma linda vista do Canal
de São Sebastião e também da Serra do Mar, no
continente.
existe um estacionamento (pago) para automó-
veis. Daí até o Bonete são 14 quilômetros, passan-
do por diversas cachoeiras, entre elas a da Laje e
a do Areado (Ribeirão Ipiranga), que costumam
ficar intransponíveis quando chove mais forte. A
trilha exige boa forma física, percorrendo terreno
acidentado e muitas vezes íngreme; o que costuma
exigir uma caminhada superior a cinco horas,
contando-se as paradas para banhos nas cachoeiras.
Nivaldo Simões
Foz do ribeirão do Bonete, o Nema.
Trilha dos Três Tombos – Fica localiza-
da no bairro da Feiticeira, no interior do
loteamento Mirante da Ilha. De fácil acesso, é
uma trilha com menos de 500 metros de exten-
são, que dá acesso a três quedas d’água.
Trilhas das Cachoeiras do Couro do
Boi e Friagem – O acesso às duas trilhas é
feito a partir da praia do Viana. A trilha bifurca-
se, conduzindo às cachoeiras do Couro do Boi
e da Friagem. Trilhas de médio e alto grau de
dificuldade, exigem cerca de três horas de cami-
nhada, e é necessária a presença de um guia ex-
periente para serem alcançadas. Locais perigosos.
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Poço na antiga fazenda do Pirata Borges.
Trilhas das praias Mansa, Verme-
lha e Figueira – Partindo do setor sul da
praia dos Castelhanos, pode-se chegar até estas
três praias caminhado por uma trilha utilizada
pelos moradores locais. São 30 minutos até a
primeira praia, a Mansa. Daí até a praia Vermelha
são mais 45 minutos, caminhando-se através da
mata. Até a praia da Figueira são mais duas horas.
Todas com encantos peculiares, são hábitats da
fauna e flora da Mata Atlântica e de pequenas
comunidades tradicionais que sobrevivem da
pesca e da roça de subsistência.
Trilha do Poço – O início da trilha fica
no bairro do Jabaquara, no final da estrada
que dá acesso aos bairros do norte da Ilha de
São Sebastião. O trecho inicial é bastante ín-
greme. Após uma hora de caminhada, a trilha
dá acesso à praia da Fome. Desse acesso até a
praia do Poço são mais três horas. Na praia,
existe uma única moradia que forma uma
piscina. Dependendo da maré, a praia pode
“desaparecer”.
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UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DO ARQUIPÉLAGO DE ILHABELA
Felipe Hadler
Trilha do Pirata Borges – O início
dessa trilha fica na Fazenda da Toca, onde existe
infra-estrutura turística e cachoeira com tobo-
gã, poço e ducha naturais. Percorrer a trilha até
as ruínas da antiga fazenda de café do Pirata
Borges exige uma caminhada de uma hora, com
grau baixo de dificuldade. Nesta trilha é possível
testemunhar o alto poder de recuperação da
natureza. A mata, que foi radicalmente cortada
no século XIX para o plantio de café, hoje está
novamente exuberante.
Trilha do Gato – Do setor norte da praia
dos Castelhanos até a cachoeira do Gato são 25
minutos de caminhada. Ficar sob uma das maio-
res cachoeiras do arquipélago de Ilhabela, que
despenca de um paredão rochoso de 80 metros
de altura, é uma experiência inesquecível. A
trilha tem pequena inclinação e percorre mata
fechada. Aos poucos a inclinação vai se acentu-
ando, e a mata fica cada vez mais úmida, cada
vez mais cerrada. Muito cuidado com as pedras
escorregadias.
UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DO ARQUIPÉLAGO DE ILHABELA
Santuário Ecológico
da Ilha das Cabras
Protegido por lei municipal, o Santuário Eco-
lógico da Ilha das Cabras está localizado a menos
de 2 quilômetros da balsa, em direção aos bairros
que ficam no sul de Ilhabela. A Ilha das Cabras
está afastada cerca de 300 metros da Ilha de São
Sebastião. O santuário foi criado em 1992 para
proteger o ecossistema de fauna e flora marinha
de um trecho da costa sul da Ilha de São Sebas-
tião, que vinha sendo ameaçado pela ação pre-
datória de alguns poucos e mal informados
mergulhadores. Com a sua instituição, o santuá-
rio ganhou uma estátua de Netuno, localizada na
ponta sul da Ilha das Cabras a cerca de sete metros
de profundidade, e transformou-se em uma
espécie de ponto de encontro dos amantes do
mergulho. Peixes coloridos, algas e corais fazem
parte desse cenário, que pode ser facilmente
admirado por todos os que curtem a natureza
Porto do Meio, na Ilha dos Búzios.
marinha. Uma escola de mergulho localizada em
frente à Ilha das Cabras possui instrutores e equi-
pamento para mergulho.
Ilha dos Búzios
Localizada a cerca de 25 quilômetros da Vila
(o centro de Ilhabela), a Ilha dos Búzios é parte
integrante do Parque Estadual de Ilhabela. É um
paraíso para o mergulho autônomo ou em apnéia.
Por ali é comum a passagem de golfinhos, tarta-
rugas e baleias. Diversos tipos de peixes e lagostas
também podem ser vistos entre as pedras. A água
geralmente é muito limpa, com mais de trinta
metros de visibilidade, e a fauna marinha ao redor
da Ilha dos Búzios garante uma visão inesquecível.
Na Ilha dos Búzios estão estabelecidos cinco nú-
cleos de comunidades tradicionais e que, no total,
reúnem cerca de 200 moradores. Essas comuni-
dades estão localizadas em Porto do Meio,
Pitangueiras, Guanxumas, Jerivá e Mãe Joana.
Nivaldo Simões
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Praia Mansa, na Baía dos Castelhanos.
Ilha da Vitória
Localizada a cerca de 35 quilômetros da Vila,
possui as mesmas características naturais da Ilha
dos Búzios. No local existe um núcleo de comu-
nidade tradicional, onde vivem cerca de 30 pessoas.
Pico de São Sebastião
Ponto culminante do arquipélago de Ilhabela,
localiza-se na região central da Ilha de São Sebas-
tião. Tem 1.379 metros de altitude, e de seu
cume a vista é deslumbrante.
Pedras do Sino
Localizadas na praia de Guarapocaia, a cerca
de cinco quilômetros da Vila seguindo para o
lado norte. O local é excelente para banho. Al-
gumas das pedras localizadas ao lado da praia
emitem sons parecidos com os de sinos quando
percutidas por algum objeto.
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UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DO ARQUIPÉLAGO DE ILHABELA
Nivaldo Simões
Praia Mansa
Localizada na Baía dos Castelhanos, a praia
Mansa é pequena e abriga um dos núcleos das
comunidades caiçaras tradicionais de Ilhabela.
Possui a segunda maior frota de canoas de voga
do arquipélago, ficando atrás somente da praia
do Bonete.
Cachoeira da Toca
Nasce no espigão do Morro da Toca e é
formada por um conjunto de quedas-d’água,
resultando em piscinas naturais com profun-
didade média de três metros. A propriedade é
particular e o interessado paga uma pequena
taxa para a visitação. Possui sanitários, chur-
rasqueiras, bar e um engenho desativado que
pode ser visitado. Localiza-se no bairro da Toca,
a cerca de seis quilômetros do terminal das
balsas. O acesso é feito a partir da estrada dos
Castelhanos, e o acesso é ótimo.
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Cachoeira do Ribeirão Praia do Pinto

Acesso pelo caminho da praia do Curral – Próxima à praia da Guarapocaia, é uma exce-
lado sul da Ilha de São Sebastião. lente opção para um mergulho. Bastante procu-
rada por freqüentadores de Ilhabela, conta com
Cachoeira do Zabumba serviço de praia oferecido por ambulantes.

Nivaldo Simões
Localiza-se no bairro Tesouro da Colina, a
cerca de três quilômetros do terminal das balsas.

Praia da Armação

Com cerca de 400 metros de extensão, abriga

uma igrejinha e uma comunidade de pescadores.
Tem esse nome porque no local eram desossadas
as baleias cujo óleo era utilizado na iluminação e na
construção civil. Atualmente é um dos pontos dos
praticantes do windsurfe e do kitesurfe. Distante
cerca de 14 quilômetros da balsa em direção norte.
Praia do Pinto.
Nivaldo Simões

Praia do Engenho D’Água

Localizada na área urbana de Ilhabela, a Praia

do Engenho D’Água servia para o embarque de
cachaça fabricada no engenho ali ainda existente.
A praia e seus jardins são ideais para aqueles que
não têm muito tempo para ir a lugares mais dis-
tantes. O local é propício a caminhadas e leitura.

Nivaldo Simões

Praia da Armação.

Praia da Fome

A praia da Fome está localizada no norte da

Ilha de São Sebastião. Muito bonita, com cerca
de 150 metros de extensão. Chega-se até lá de
barco ou a partir da Trilha do Poço. No local
existe um núcleo de comunidade tradicional. Praia do Engenho D’Água.

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Setor norte da praia dos Castelhanos.
Praia do Bonete
A partir da ponta da Sepituba, extremo sul da
Ilha de São Sebastião, chega-se ao Bonete por
trilha ou por meio de embarcações que partem
do centro de São Sebastião ou da praia do Curral,
em Ilhabela. A praia tem cerca de 600 m de
extensão. Um dos núcleos de comunidades tra-
dicionais caiçaras do arquipélago, onde vivem
cerca de 250 pessoas. Com os ventos adequados,
a ondulação fica perfeita para a prática do surfe.
Localiza-se em um dos trechos mais perigosos
do litoral paulista, devido ao vento e à falta de
abrigo para embarcações pequenas. Além do ar
puro, belíssimas cachoeiras e o mar, o local ainda
conta com um belíssimo rio que deságua na
praia, quando recebe o nome de Nema. Em ju-
lho, é realizada a Festa de Santa Verônica, que
atrai uma multidão de jovens para o Bonete.
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UMA VIAGEM PELA HISTÓRIA DO ARQUIPÉLAGO DE ILHABELA
Nivaldo Simões
Praia dos Castelhanos
Trata-se da maior praia do arquipélago, com
cerca de 1,5 mil metros de extensão. No passado,
o local era utilizado para o desembarque de escra-
vos depois que o tráfico foi proibido pela Ingla-
terra. Chega-se a essa praia por uma estrada de
terra com 20 quilômetros de extensão, que atra-
vessa a Ilha de São Sebastião no sentido oeste a
leste. Mesmo com tempo seco, o acesso para veí-
culos de passeio é complicado, pois a estrada chega
a 900 metros de altitude. Várias agências de tu-
rismo receptivo de Ilhabela fazem o passeio para
Castelhos com veículos traçados. Com ventos de
leste, a praia torna-se ideal para a prática do surfe.
O borrachudo costuma freqüentar com assidui-
dade a praia... O local dispõe de alguns bares,
todos rústicos. O mar, com águas límpidas e cla-
ras, é um convite aos mergulhadores.