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Para reflexão e desenvolvimento de soft skill.

 
Poema: 

Cárcere

Irei para além dos campos, onde as flores são belas e perfumadas e as serpentes
emolduram seus caules. Nesta paisagem, não abraçarei Maia e não serei soberbo
diante do véu de Ísis. 

Se as correntes fustigarem meus pulsos, pulsam corações por liberdade. 


Reunidos sobre as sombras nas cavernas, assistiremos vultos, esperaremos
acorrentados como se estivéssemos em uma Galé. Esperaremos por algo, mas como
sempre navegamos no escuro, embalados pela sombra da velha morte.

E se cala no peito a angústia que aperta e espreme o cárcere. Eis que surge a  luz que
penetra a densa treva, Prometeu, ilumina a caverna, na mente de Platão, que espera a
aurora de Hercules e Quíron, que a corrente a espada, deflora.
Trazendo Ésquilo o mito titã, da libertação grunhidos que a  humanidade encerra.
Pergunta Pandora:
Que quimeras embrutecida era a mente do homem? 
Mônada. 
Metáfora adormecida. 
O Titã aguarda a águia algoz de Zeus, devorar seu fígado, para então, realizar a
transmutação das mentes dos homens, em fogo.
Adi-Aham, Eva adormecida, o lampejo de transgressão, que tu atravessas, o rugido
que o castigo encerra, o cárcere a mente desperta; diga-nos:  o invólucro  onde  sua
costela impera, a mulher, senhora destas terras, por quê tu te apoderas?
Prometeu, Adão, por que nos destes a liberdade que nosso mente encarcera?”

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