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O autoconhecimento, vulnerabilidade e resiliência no cenário da análise de um

fenômeno, no meio corporativo.


Autor: Marcos Simões Bellini

Quando analisamos um fenômeno qualquer, um objeto, um acontecimento,


logicamente que recorremos a nossos órgãos dos sentidos, audição, visão, tato,
paladar e olfato. Constituindo a experiência, o tateamento, desta apreensão. Em nosso
dia a dia, experimentamos vários estímulos e construímos nossas percepções dos
objetos a partir destas interações. Mas será que nossa percepção e a construção
deste objeto a partir de nossa observação, do lugar que observamos é totalmente fiel e
representa este fenômeno como realmente ele está se apresentando? Se partirmos da
premissa, que as pessoas pouco sabem de si mesmas, nos perguntamos, como elas
poderiam se diferenciar dos objetos que observam, uma vez que não sabem o que é
seu, como diferenciar o que é do outro? Como poderemos afirmar que a construção do
objeto resultante de sua observação não é o reflexo de si mesmas?
Ao olharmos de perto a fenomenologia, ela ensina: “O fenômeno é entendido como o
encontro entre aquilo que se mostra e aquele que vê.”(ÁCTIO — Docência em
ciências). Portanto, o que se mostra e o que se vê, poderão não ser a mesma coisa. E
quase sempre não serão. Quando Lacan, nos lembra sobre as dificuldades que
encontramos na comunicação, ele ensina que: posso saber o disse, mas nunca
saberei o que outro ouviu.
Bom, resta a pergunta, onde entra o autoconhecimento nesta história? Pergunta
importante para o título deste pequeno texto. Exige uma resposta, mas não tão
simples. A tarefa de se autoconhecer é fundamental e essencial, para que eu possa
realizar uma leitura do mundo, cada vez mais clara, na tarefa do autoconhecimento,
necessito me deparar com minhas vulnerabilidades, e terei que lidar com elas, para
que se transformem em potências. Nesta tarefa a resiliência será fundamental, uma
vez que sem esta ferramenta, me frustrarei constantemente, perdendo o controle,
subindo os níveis de ansiedade e angústia, a patamares patológicos. Por esta e outras
razões, o desenvolvimento de ferramentas SOFT SKILLS são tão importante no meio
corporativo. Somadas a este fator, a análise dos fenômenos, apontadas acima, deve
ser reformulada, agora, a luz, do “Luminus Magister Hegel”, portanto, na dialética,
entre sujeito-objeto, e na perceptiva dos prismas causais. Sob está ótica, tudo muda, e
pesa nova análise. E a sistêmica, das relações no meio corporativo, toma novas
nuances. Primeiro porque, "A" não será mais igual a "A", e segundo, no viés causal,
não nos deteremos mais em uma causa, mas em todas as causas que orbitam o
fenômeno. Então seria correto afirmar que: (-a) = (+a). E também, no que diz respeito
as causas, em circunferência aberta e crescente, diríamos que: (y elevado a menos
24) = (y elevado a mais 24) ou (y elevado ao infinito) é igual a (y elevado a menos
infinito). Devido às multiplicidades causais, e da resultante, sempre constante,”jacere”,
para o “ob”, ou do objeto para o sujeito e do sujeito para o objeto, em dialética,
formando, novos objetos, na dança do vir-a-ser.
Podemos então, em uma primeira análise, enunciar que o autoconhecimento, se
processará, partindo do sujeito, em direção aos objetos que compõem o todo, deverá
cumprir, uma dialética, de se ressignificar, a medida que identifico no outro, condição
que pede, o que rejeito neste outro. Para além desta simples, constatação, o espelho,
que inverte a coisa, fala de mim, pela letra que se inscreve no discurso dialético.
Antes mesmo de qualquer movimento, diríamos, que toda essência é negativa, a
medida que não é decantada no experimento de ser.

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